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Indiretas GESSO
Indiretas GESSO
Indiretas GESSO
GESSOS ODONTOLÓGICOS
UTILIZAÇÃO EM ODONTOLOGIA
A principal razão para o seu uso diversificado é que os materiais à base de gesso são
de natureza única e suas propriedades podem ser facilmente modificadas por meios físicos
ou químicos.
A forma do Sulfato de Cálcio Diidratado, chamada gesso, geralmente é de cor
branca ou amarelo-leitosa e é encontrada na natureza como uma massa compacta. A gipsita
mineral é de importância comercial, sendo fonte do gesso de Paris.O termo gesso Paris foi
aplicado para esse produto porque ele é obtido pela queima da gipsita proveniente de
depósitos próximos à Paris, na França. Os depósitos de gipsita, no entanto, atualmente são
encontrados na maioria dos países.
A reação que ocorre durante a presa dos produtos de gesso determina a quantidade
de água necessária. A reação de 1g mol de gesso comum com 1,5 g mol de água produz 1g
mol de material de gesso. Em outras palavras, 145g de gesso comum requer 27g de água
para reagir e formar 172g de gesso. Portanto, 100g de gesso comum requer 18,6 g de água
para formar sulfato de cálcio diidratado. Como visto na prática, no entanto, o gesso comum
para modelo não pode ser misturado com uma quantidade de água tão pequena e ainda
desenvolver uma massa adequada para manipulação. A tabela abaixo mostra a água
recomendada para a mistura, a água requerida e o excesso de água permitido para o gesso
comum, o gesso-pedra e o gesso especial (pedra-melhorado ou pedra de alta resistência)
Exemplo: Para misturar 100g de gesso comum para modelo até obter uma consistência
adequada, use 45mL de água. Note que apenas 18,6g dos 45mL de água reagem com 100g
do gesso comum para modelo, e o excesso fica como água livre na massa cristalizada, sem
ser usada na reação química. A água em excesso é necessária para molhar as partículas de
pó durante a mistura. Naturalmente, se 100g do gesso comum para modelo for misturado
com 50mL de água, a massa resultante é mais fina, e a mistura é vazada mais facilmente no
molde, porém a qualidade do gesso cristalizado é inferior e mais fraca que quando são
utilizados 45mL de água. Quando o gesso comum é misturado com uma quantidade menor
de água, a massa misturada é mais espessa, é mais difícil de ser manipulada e encapsula
bolhas mais facilmente quando é vazado no molde, mas o gesso endurecido geralmente é
mais forte. Assim, o controle cuidadoso da quantidade adequada de água na mistura é
necessário para a manipulação adequada e qualidades ideais da massa cristalizada.
A principal diferença entre os tipos de gesso está no formato dos cristais de sulfato de
cálcio hemiidratado. No gesso comum, os cristais são irregulares em formato e porosos em
natureza, enquanto os cristais do gesso pedra e dos dois gesso pedra de alta resistência são
densos e mais regulares em formato. Esta diferença possibilita a obtenção da mesma
consistência com menos água em excesso para o gesso pedra que para o comum. O especial
requer menos ainda. A diferença nas proporções água/ pó tem um efeito pronunciado na sua
resistência à compressão e à abrasão.
Note que todos os produtos de gesso possuem a mesma fórmula química, e a natureza
química das massas produzidas pela mistura deles com água também é idêntica (massa dura
de gesso), as diferenças entre eles estão em princípio nas suas propriedades físicas.
PROPRIEDADES
As importantes incluem qualidade, fluidez no momento de vazar, o tempo de presa, a
expansão linear de presa, resistência à compressão, resistência à tração, dureza, resistência
à abrasão e a reprodução de detalhes. Estes requisitos são descritos pela especificação nº 25
da ANSI/ADA (ISSO 6873), assim resumidas:
Faixa de Resistência à Reprodução dos
Tipo expansão de compressão (MPa) detalhes (um)
presa ( % )
Gesso comum 0 – 0,30 9,0 75 +/- 8
Gesso pedra 0 – 0,20 20,0 50 +/- 8
Gesso pedra de alta resistência 0 – 0,15 35,0 50 +/- 8
/ baixa expansão
Gesso pedra de alta resistência 0,16 – 0,30 35,0 50 +/- 8
/ alta expansão
Tempo de presa final é o tempo necessário para a reação completar.
O tempo de presa não pode ter uma diferença maior que 20% do valor afirmado
pelo fabricante.
Se a velocidade da reação é muito rápida ou o material possui um tempo de presa
curto, a massa misturada pode cristalizar-se antes do operador conseguir manipulá-
la adequadamente. Por outro lado, se a reação for muito lenta, é necessário um
tempo excessivamente longo para completar o procedimento.
A reação química se inicia no momento em que o pó é misturado com a água, mas no
estágio inicial apenas uma pequena parte do hemiidrato é convertida para gesso.A massa
recém-misturada possui uma consistência semifluida e pode ser vazada em um molde com
qualquer formato. À medida que a reação procede, mais cristais diidratados são produzidos;
a viscosidade aumenta, e a massa não pode mais fluir reproduzindo detalhes do molde. É o
fim do chamado tempo de trabalho.O tempo de presa final é quando o material pode ser
separado do molde sem distorção ou fratura.
Proporção água/pó
O operador pode mudar o tempo de presa dos gessos alterando a proporção água/pó (A/P)
ou a extensão da manipulação.
Quanto mais água tiver a mistura de gesso, maior será o tempo de presa.
Material Proporção água/pó (mL/g) Giros de Tempo inicial (Vicat) de
espatulação presa (minutos)
Gesso comum 0,45 8
0,50 100 11
0,55 14
Gesso-pedra 0,27 4
0,30 100 7
0,33 8
Gesso-pedra de alta 0,22 5
resistência. 0,24 100 7
0,26 9
Efeito da viscosidade
Foram observadas mais bolhas nos modelos confeccionados com gesso-pedra com as
viscosidades mais altas.
O gesso comum para moldagem é utilizado com pouca freqüência, mas ele possui baixa
viscosidade, o que possibilita moldagens com um mínimo de força nos tecidos moles
(técnica mucostática).
Quanto MAIS ÁGUA for utilizada para a mistura, MENOR será a resistência à compressão.
PROPRIEDADES REQUERIDAS
a) VISCOSIDADE
b)RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO
c)DUREZA DE SUPERFÍCIE E RESISTÊNCIA À ABRASÃO
d)RESISTÊNCIA À TRAÇÃO
e)REPRODUÇÃO DE DETALHES
f)EXPANSÃO DE PRESA
g)MANIPULAÇÃO
PROBLEMAS SELECIONADOS
1-Mecanismo de presa
2-Contração volumétrica
3-Efeito da temperatura
4-Efeito da umidade
5-Efeito dos sistemas coloidais e do pH.
6-Mensurações
7-Fatores controlados pelo fabricante
Bibliografia:
- Materiais dentários restauradores CRAIG, R G; POWERS, J M.
- Materiais dentários: propriedades e manipulação CRAIG, R G; POWERS, J M ; WATANA, J C.
- Materiais dentários PHILIPS
- Materiais dentários de SKINER
- Química, ciências, tecnologia e sociedade. Ed FTD. REIS, Martha.
- Química do cotidiano. Ed Moderna. FELTRE, Ricardo.