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UERJ – INSTITUTO DE LETRAS – DEPARTAMENTO LECO

Professora – Elisa Costa Brandão de Carvalho


Professora – Fernanda Lemos de Lima
Aluna- Fernanda Camanho do Carmo

Avaliação de Literatura Grega II

1- “Tudo aquilo que os homens escreveram sobre as mulheres é suspeito,


porque eles são, ao mesmo tempo, juízes e parte.”
Safo amava a beleza em todas as faces, contraponto de Sócrates, ela buscava
a beleza das almas; uma voz feminina que descreve uma intensa exaltação
sensorial, há um apagamento da obrigatoriedade do desejo vincular-se ao
masculino ou ao feminino, pois desejo é desejo, independente do sexo do
objeto de desejo. Ama-se e deseja-se o encanto despertado e existe no corpo
que nos atrai qualquer que seja o sexo que o aprisiona.

A biografia de Safo aparece ancorada em enigmas, a única forma legítima


para conhecimento da vida da poetisa são seus poemas; seus versos revelam que
se dedica de alma e coração a várias jovens que viviam em sua esfera social,
seus versos revelam uma ligação afetiva com estas jovens unidas por um ideal de
beleza e arte.
A poesia de Safo está a serviço da expressão de um mundo de
sentimentos, desde o êxtase da paixão amorosa, à revolta e á ira, mas é o amor
que constitui a fonte principal da sua inspiração. Safo representa um momento
fundamental e decisivo na poesia lírica grega e no mundo.

3 – A velhice disforme é temida por autores como Mimnermo, Anacreonte,


Safo. Quanto mais se teme a morte, mais se torna terrível a velhice, nem
mesmo a sabedoria será característica dela como nas epopeias. Mimnermo
descreve a velhice como “odiosa e igualmente desonrosa, a qual não só
irreconhecível põe um homem, como prejudica os olhos, também a
inteligência abraçando”. A desonra que há no envelhecimento seria o que há
de mais doloroso nele.

O desprezo do velho indica o não reconhecimento de uma Arete própria da


velhice que é odiada pelo medo da morte em contraste com a desejada juventude,
pelos regalos de amor, pela virilidade, beleza e etc... O amor é dom da juventude.
Nas odes anacreônticas encontramos mesmas penas, preocupações,
desgostos que parecem males típicos da velhice. A velhice arruína em faltas, doenças e
preocupações que oprimem o coração. O amor está na juventude e realiza-se no
êxtase, o tema do velho rejeitado pela idade é expresso por Anacreonte, mostra que o
amor não resiste a velhice e, muito menos, a morte.

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