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2.

(G1 - ifpe 2020) Observando o uso de figuras de linguagem no texto,


TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: analise as afirmativas abaixo como verdadeiras ou falsas.
O texto está inserido no movimento literário Poesia Marginal. Leminski,
como outros poetas, substituíram os meios tradicionais de circulação ( ) O termo “papel” é uma metáfora para “planeta”, na tirinha.
por meios alternativos, ficando à margem do mercado editorial, o que ( ) Ao dizer “este é o meu planeta”, a criança cria um paradoxo, já
os deixou conhecidos como “poetas marginais”. Eles abordam, que não existiria um mundo só de crianças.
comumente, temas cotidianos com sarcasmo, humor e ironia, e ( ) A tirinha trabalha com antíteses: tanto o tamanho do adulto e da
utilizam uma linguagem coloquial e espontânea. criança quanto seus pontos de vista se chocam.
( ) A fala da criança “eu vi você deixar cair o papel” é um eufemismo
BEM NO FUNDO para “eu vi você jogar lixo no chão”.
Paulo Leminski ( ) O termo “Coroa” é utilizado como uma personificação, que atribui
características humanas a objetos inanimados.
No fundo, no fundo,
bem lá no fundo, A sequência CORRETA é
a gente gostaria a) F V F F V.
de ver nossos problemas b) V V V V F.
resolvidos por decreto c) F F V V V.
d) F F V V F.
a partir desta data, e) V V F F F.
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula 3. (G1 - ifpe 2019) Leia o texto para responder à questão.
e sobre ela
– silêncio perpétuo O AMOR COMEU MEU NOME
O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato.
extinto por lei todo o remorso, O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu
maldito seja quem olhar pra trás, endereço.
lá pra trás não há nada, O amor comeu meus cartões de visita.
e nada mais O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.
O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas.
mas problemas não se resolvem, O amor comeu metros e metros de gravatas.
problemas têm família grande, O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o
e aos domingos tamanho de meus chapéus. [...]
saem todos a passear Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha,
o problema, sua senhora escovas, tesouras de unhas, canivete. [...]
e outros pequenos probleminhas. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu
inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu
medo da morte.
RIBEIRO NETO, A. (Org.) Poesia Marginal – Antologia Poética: Geração
Mimeógrafo – Anos 1970. Universidade Federal da Paraíba, PB, 2018. MELO NETO, J. C. Disponível em:
Disponível em: <https://www.culturagenial.com/maiores-poemas-de-amor-literatura-
<http://www.cchla.ufpb.br/dlcv/contents/documentos/banco-de- brasileira/>. Acesso em: 04 out. 2018.
textos/amadorrnetoorgantpoesia-marginal.pdf>. Acesso em: 26 out.
2019.
A principal figura de linguagem utilizada na construção do poema de
João Cabral de Melo Neto reproduzido, em parte, no texto é
1. (G1 - ifpe 2020) Assinale a alternativa que contém a figura de a) eufemismo, uma vez que os objetos devorados pelo amor são
linguagem utilizada para caracterizar os problemas na última estrofe. representações da realidade.
a) Eufemismo. b) hipérbole, já que o amor devora, de forma exagerada, vários objetos
b) Pleonasmo. que fazem parte do cotidiano do eu lírico.
c) Personificação. c) prosopopeia, pois ao amor são atribuídas ações humanas.
d) Antítese. d) sinestesia, como se pode perceber pela repetição do verbo “comer”
e) Metonímia. associado ao substantivo abstrato “amor”.
e) metonímia, a qual é marcada pela relação entre “nome, identidade e
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: retrato” (primeiro verso), pois há uma gradação entre esses termos.

TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:


VILAREJO

Há um vilarejo ali
Onde areja um vento bom
Na varanda quem descansa
Vê o horizonte deitar no chão
Pra acalmar o coração
Lá o mundo tem razão

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E se plantar não nasce, se nascer não dá
Terra de heróis, lares de mãe Até pinga da boa é difícil de encontrar
Paraíso se mudou para lá
Por cima das casas cal Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar
Frutas em qualquer quintal E se plantar não nasce, se nascer não dá
Peitos fartos, filhos fortes Até pinga da boa é difícil de encontrar
Sonhos semeando o mundo real
Toda a gente cabe lá Cadê a flor que estava aqui?
Palestina, Shangri-lá Poluição comeu
E o peixe que é do mar?
Vem andar e voa Poluição comeu
Vem andar e voa E o verde onde é que está?
Vem andar e voa Poluição comeu
Nem o Chico Mendes sobreviveu
Lá o tempo espera
Lá é primavera GONZAGA, Luiz. Disponível em: <https://www.letras.mus.br/luiz-
Portas e janelas ficam sempre abertas gonzaga/295406/>. Acesso em: 08 maio 2019.
Pra sorte entrar
Em todas as mesas pão

Flores enfeitando 5. (G1 - ifpe 2019) As figuras de linguagem são recursos utilizados para
Os caminhos, os vestidos tornar os textos mais ricos, garantindo-lhes maior expressividade. De
Os destinos e essa canção posse dessa informação, assinale a alternativa na qual a figura
Tem um verdadeiro amor existente é a mesma que se apresenta no trecho destacado em “Cadê a
Para quando você for flor que estava aqui? / Poluição comeu” (Xote Ecológico).
a) Aquele que agride a natureza age como alguém irracional.
Compositores: Marisa Monte/Pedro Baby/Carlinhos Brown/Arnaldo b) Todos morremos de medo da extinção dos recursos naturais.
Antunes c) Meu pensamento caminha sem destino diante da minha
impossibilidade de evitar as agressões ao meio ambiente.
d) Já não sentimos o cheiro suave que vinha da mata em dias chuvosos.
e) Falar em recursos naturais, no Brasil, é pensar em vida e em morte
4. (G1 - ifpe 2019) Em relação aos recursos de estilo no texto O simultaneamente.
VILAREJO, analise as afirmativas abaixo.
6. (G1 - ifpe 2016) Cartas de Meu Avô
I. Os compositores optaram por empregar uma linguagem Manuel Bandeira
predominantemente denotativa, impessoal, o que comunga com o
gênero em que se enquadra o texto.
II. A seleção vocabular em pares como “varanda/descansa”, A tarde cai, por demais
“fartos/fortes” e “sonhos/semeando” revela o emprego de figuras Erma, úmida e silente…
como aliteração e assonância, o que contribui para a sonoridade do A chuva, em gotas glaciais,
texto. Chora monotonamente.
III. No verso “Sonhos semeando o mundo real”, infere-se que os sonhos
não se contrapõem à realidade; eles são importantes para a E enquanto anoitece, vou
construção de um mundo mais justo. Lendo, sossegado e só,
IV. Uma interpretação possível para o texto é a de que o “Vilarejo” é As cartas que meu avô
uma metáfora de um lugar onde existam segurança e igualdade Escrevia a minha avó.
social.
V. Levando-se em consideração que o sufixo da palavra “Vilarejo” Enternecido sorrio
expressa uma ideia de pequeno tamanho, é um equívoco que nesse Do fervor desses carinhos:
lugar não haja exclusão – “Toda a gente cabe lá”. É que os conheci velhinhos,
Quando o fogo era já frio.
Estão CORRETAS, apenas, as afirmativas
a) III e IV. Cartas de antes do noivado…
b) I, II e V. Cartas de amor que começa,
c) I, II e IV. Inquieto, maravilhado,
d) II, III e IV. E sem saber o que peça.
e) I e V.
Temendo a cada momento
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Ofendê-la, desgostá-la,
Xote Ecológico Quer ler em seu pensamento
E balbucia, não fala…
Não posso respirar, não posso mais nadar
A terra está morrendo, não dá mais pra plantar A mão pálida tremia

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Contando o seu grande bem. Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Mas, como o dele, batia Amou daquela vez como se fosse o último
Dela o coração também. Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
A partir da leitura do poema “Cartas de Meu Avô”, do poeta Subiu a construção como se fosse sólido
pernambucano Manuel Bandeira, um dos principais nomes do Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Modernismo brasileiro, podemos dizer que Tijolo com tijolo num desenho lógico
a) no último verso da primeira estrofe, há uma prosopopeia ou Seus olhos embotados de cimento e tráfego
personificação. Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
b) a expressão “erma, úmida e silente”, no segundo verso, está se Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
referindo à chuva. Bebeu e soluçou como se fosse máquina
c) a palavra “enternecido”, no início da terceira estrofe, tem como Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
sinônimo “quente”. E tropeçou no céu como se ouvisse música
d) o sujeito de “balbucia”, último verso da penúltima estrofe, é a E flutuou no ar como se fosse sábado
palavra “pensamento”. E se acabou no chão feito um pacote tímido
e) em “quando o fogo era já frio”, no final da terceira estrofe, ocorre Agonizou no meio do passeio náufrago
uma antonomásia. Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: Beijou sua mulher como se fosse lógico
Responda à(s) questão(ões) com base na tirinha abaixo. Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contramão atrapalhando o sábado
[...]

Chico Buarque. Trecho. Disponível em:


<https://www.vagalume.com.br/chicobuarque/construcao.html>.
Acesso em: 09 jun. 2016.

8. (G1 - ifpe 2016) As figuras de linguagem são uma forma de


7. (G1 - ifpe 2016) O humor da tirinha foi conferido, sobretudo, pela expressão que consiste no emprego de palavras ou expressões em
não compreensão por parte da personagem Chico Bento da figura de sentido não usual. Em muitos casos, elas são usadas como um recurso
linguagem utilizada por seu interlocutor. A essa referida figura de estilístico na estrutura do texto, destacando-se por unir forma e
linguagem dá-se o nome de conteúdo. Um exemplo disso está na música Construção, de Chico
a) anáfora. Buarque, ícone da Literatura contemporânea brasileira.
b) metonímia.
c) perífrase. Considerando esse uso particular figurativo, analise as proposições a
d) hipérbole. seguir.
e) aliteração.
I. A comparação e a zeugma são duas figuras de linguagem que se
destacam, por exemplo, nos três primeiros versos, e criam um
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
ambiente de expectativa que pode ser lido como o anúncio de um
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir.
desastre.
II. Do verso 9 ao verso 13, a comparação revela um estado emocional
CONSTRUÇÃO
da personagem, que pode ser associado à alegria, uma vez que
todos os elementos a que se compara o homem se relacionam a
Amou daquela vez como se fosse a última
situações positivas, vivenciadas em bons momentos.
Beijou sua mulher como se fosse a última
III. Nos trechos “Subiu a construção como se fosse máquina” e “E
E cada filho seu como se fosse o único
tropeçou no céu como se fosse um bêbado”, temos uma
E atravessou a rua com seu passo tímido
metonímia e uma metáfora, respectivamente, mantendo a
Subiu a construção como se fosse máquina
estrutura comparativa que predomina no texto.
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
IV. Nos trechos “Amou daquela vez como se fosse a última” e “Amou
Tijolo com tijolo num desenho mágico
daquela vez como se fosse o último”, a troca do gênero do termo
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
destacado altera o elemento da comparação, alterando também
Sentou pra descansar como se fosse sábado
seu significado, uma estratégia que muito se repete no texto.
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
V. No último verso de cada estrofe, percebe-se uma gradação que se
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
constitui durante narrativa, ou seja, um recurso figurativo utilizado
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
para expressar a relação inversamente proporcional entre o
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
acidente, que cresce, e o homem, que é diminuído.
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Estão CORRETAS as afirmações constantes nos itens
Agonizou no meio do passeio público

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a) III, IV e V. TEXTO 1 TEXTO 2
b) II, III e V.
c) I, II e III. “Vamos celebrar nossa “Há manifestantes representando
d) I, IV e V. justiça policiais, que defendem a votação
e) I, II e IV. A ganância e a difamação da PEC (Proposta de Emenda à
Vamos celebrar os Constituição) 300, que estabelece o
9. (Upe 2014) Soneto II preconceitos piso nacional para policiais militares
O voto dos analfabetos e bombeiros. Outro grupo
(Descreve um horroroso dia de trovões) Comemorar a água podre representa médicos que querem a
E todos os impostos derrubada do veto ao projeto de lei
Na confusão do mais horrendo dia, Queimadas, mentiras do Ato Médico; e um terceiro bloco
Painel da noite em tempestade brava, E sequestros...” é formado por profissionais de 13
O fogo com o ar se embaraçava categorias da área de saúde que
Da terra e água o ser se confundia. defendem a manutenção do veto.”

Bramava o mar, o vento embravecia Com base nos textos 1 e 2, analise as afirmativas a seguir:
Em noite o dia enfim se equivocava,
E com estrondo horrível, que assombrava, I. A linguagem literária é predominantemente referencial, visto que é
A terra se abalava e estremecia. de natureza complexa e ambivalente.
II. A denotação está presente no texto 1, pois as palavras possuem
Lá desde o alto aos côncavos rochedos, sentidos mais precisos.
Cá desde o centro aos altos obeliscos III. O texto 1 é polissêmico por ser literário e passível de provocar
Houve temor nas nuvens, e penedos. interpretações diferenciadas.
IV. A expressão “... celebrar nossa justiça...” é produzida com ironia
Pois dava o Céu ameaçando riscos pelo eu lírico.
Com assombros, com pasmos, e com medos V. A sigla PEC 300, utilizada no texto 2, possui sentido figurado e gera
Relâmpagos, trovões, raios, coriscos. dubiedade na compreensão.

Gregório de Matos. Disponível em: Estão CORRETAS


http://www.jornaldepoesia.jor.br/grego.html, Consultado em julho de a) I, II e III.
2013. b) I, II e IV.
c) II, III e IV.
d) II, IV e V.
Considerando o texto, tanto no âmbito da estrutura da linguagem e) III, IV e V.
quanto no âmbito da temática, analise as afirmativas a seguir:
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
I. O eu lírico na poesia em análise ironiza a situação climática e deflagra O urubu mobilizado
certo telurismo sacro.
II. O eu lírico, desde a primeira até a última estrofe, demonstra sentir Durante as secas do Sertão, o urubu,
receio. de urubu livre, passa a funcionário.
III. O dia, caracterizado como “horrendo”, impressiona o eu lírico e o O urubu não retira, pois prevendo cedo
amedronta. que lhe mobilizarão a técnica e o tato,
IV. “Em noite o dia enfim se equivocava” é um verso que ratifica a cala os serviços prestados e diplomas,
tendência eufêmica do autor. que o enquadrariam num melhor salário,
V. “A terra se abalava e estremecia”, embora seja uma expressão e vai acolitar os empreiteiros da seca,
exagerada, coaduna-se com o tema central do texto. veterano, mas ainda com zelos de novato:
aviando com eutanásia o morto incerto,
Estão CORRETAS ele, que no civil quer o morto claro.
a) I, II e III.
b) I, II e IV. Embora mobilizado, nesse urubu em ação
c) II, III e IV. reponta logo o perfeito profissional.
d) II, III e V. No ar compenetrado, curvo e conselheiro,
e) III, IV e V. no todo de guarda-chuva, na unção clerical,
com que age, embora em posto subalterno:
10. (Upe 2014)
ele, um convicto profissional liberal.

MELO NETO, João Cabral de. O urubu mobilizado. In: A educação pela
pedra. Rio de Janeiro:
Alfaguara, 2008, p. 209.

11. (Upe 2014) Considerando o vocabulário empregado no texto e os


sentidos promovidos pelo uso da linguagem figurada, analise as
proposições a seguir.

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A casa, a estrada, a correnteza
I. O poeta se vale da associação entre urubu e morte para construir a O sol, a ave, a árvore, o ninho da beleza
metáfora do “urubu funcionário”, que trabalha intensamente no
período da seca.
II. Verifica-se o emprego de um vocabulário relacionado ao mundo do 14. (G1 - ifpe 2012) Qual a única afirmativa verdadeira a respeito do
trabalho ao lado de palavras associadas à morte. texto “A linha e o linho”?
III. O trecho “O urubu não retira” destaca a ideia de que “o urubu a) No segundo verso, não podemos dizer que ocorre uma metáfora,
funcionário” age diferentemente de outras aves que, durante a devido ao fato de o conectivo comparativo “como” estar explícito.
seca, abandonam o Sertão. b) “Zig-zag” é uma tentativa de imitação de um som ou ruído natural,
IV. O urubu (funcionário) “vai acolitar os empreiteiros da seca”, isto é, que chamamos de metonímia.
vai acompanhá-los e ajudá-los. c) O eu lírico tem a intenção de transmitir seus sentimentos, por isso
V. A representação do urubu como um “perfeito profissional” constitui faz uso da função poética e de uma linguagem predominantemente
uma expressão de admiração por quem trabalha com denotativa.
profissionalismo e afinco. d) Em sentido figurado, poderíamos dizer que, nos versos 8 (oito) e 9
(nove), a paixão é a responsável pela construção no bordado da vida
Estão CORRETAS, apenas: de uma pétala de rosa.
a) I, II e III. e) Fica clara, no texto, uma submissão do eu lírico em relação à amada,
b) I, II, III e IV. tendo em vista que ela é quem comanda o processo criativo do
c) I e V. bordado.
d) II, III, IV e V.
e) IV e V. TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO:
"Grande foi a sensação do beijo; Capitu ergueu-se, rápida, eu recuei até
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: a parede com uma espécie de vertigem, sem fala, os olhos escuros.
RECEITA DE ACORDAR PALAVRAS Quando eles me clarearam, vi que Capitu tinha os seus no chão. Não
me atrevi a dizer nada; ainda que quisesse, faltava-me língua. Preso,
Palavras são como estrelas atordoado, não achava gesto nem ímpeto que me descolasse da
facas ou flores parede e me atirasse a ela com mil palavras cálidas e mimosas."
elas têm raízes pétalas espinhos
(Dom Casmurro, Machado de Assis)
são lisas ásperas leves ou densas
para acordá-las basta um sopro
em sua alma Na(s) questão(ões) adiante escreva nos parênteses (V) se a afirmação
e como pássaros for verdadeira ou (F) se for falsa.
vão encontrar seu caminho.

(MURRAY, Roseana. Receitas de olhar. São Paulo: FTD, 1997. p.10.) 15. (Ufpe 1996) Sobre o texto:
( ) É uma narração onde os verbos de ação ganham destaque. O
12. (G1 - ifpe 2014) Marque a opção que corresponde à figura de narrador é onisciente e em terceira pessoa, distanciando-se do assunto
linguagem presente nos seguintes versos “Palavras são como estrelas / tratado.
facas ou flores”. ( ) FALTAVA-ME LÍNGUA, PRESO e DESCOLASSE são expressões
a) Comparação metafóricas, não correspondendo, pois, ao sentido denotativo.
b) Metáfora ( ) Em "Capitu tinha os SEUS no chão", há um pronome possessivo e
c) Hipérbole refere-se a OLHOS; o mesmo acontecendo com ELES, na frase anterior.
d) Eufemismo
( ) "ELES ME CLAREARAM". Neste caso, o ME pode ser substituído
e) Metonímia
pelo possessivo MEUS.
( ) "MIL PALAVRAS" é uma expressão denotativa e refere-se a uma
TEXTO PARA A PRÓXIMA QUESTÃO: quantificação exata.
A Linha e o Linho ( ) hipérbato
Lenine ( ) hipérbole
( ) silepse
É a sua vida que eu quero bordar na minha ( ) anacoluto
Como se eu fosse o pano e você fosse a linha ( ) pleonasmo
E a agulha do real nas mãos da fantasia
Fosse bordando ponto a ponto nosso dia
E fosse aparecendo aos poucos nosso amor
Os nossos sentimentos loucos, nosso amor
O zig-zag do tormento, as cores da alegria
A curva generosa da compreensão
Formando a pétala da rosa, da paixão
A sua vida o meu caminho, nosso amor
Você a linha e eu o linho, nosso amor
Nossa colcha de cama, nossa toalha de mesa
Reproduzidos no bordado

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A arquitetura da cana-de-açúcar O bicho Cidadezinha qualquer

Os alpendres das casas-grandes Vi ontem um bicho Casas entre bananeiras


de par em par abertos, anchos, Na imundície do pátio mulheres entre laranjeiras
cordiais como a hora do almoço, Catando comida entre os detritos. pomar amor contar.
apesar disso não são francos.
Quando achava alguma coisa, Um homem vai devagar.
O aberto alpendre acolhedor Não examinava nem cheirava: Um cachorro vai devagar.
no casarão sem acolhimento Engolia com voracidade. Um burro vai devagar.
tira a expressão amiga, amável
do que é fora e não dentro: O bicho não era um cão, Devagar... as janelas olham.
Não era um gato,
dos lençóis de cana, tendidos, Não era um rato. Eta vida besta, meu Deus!
postos ao sol até onde a vista,
e que lhe dão o sorriso aberto O bicho, meu Deus, era um homem. (Carlos Drummond de Andrade)
que disfarça o que dentro é urtiga.
(Manuel Bandeira)
(João Cabral de Melo Neto)

13. (Upe 2014) Considerando o poema de Manuel Bandeira, “O bicho”, analise as afirmativas a seguir:
I. Trata-se de um poema em que o lirismo amoroso é mais forte que a crítica social reveladora de uma situação humana execrável, dado que o homem
vive momentos que o igualam, na linguagem do poeta e nos versos metrificados, aos animais irracionais.
II. Homem e animais distinguem-se nos versos em redondilha maior, de Manuel Bandeira, ao buscarem a subsistência no mesmo espaço físico. Esse fato
demarca a degradação humana por meio de ações zoomórficas.
III. O Bicho é um título que conduz a temática da zoomorfização do homem, desenvolvida em cinco estrofes de versos decassílabos, em que o eu poético
equipara o homem ao animal.
IV. Ao expressar que [...] “O bicho não era um cão”, / “Não era um gato”, / “Não era um rato” [...] e concluir que se tratava de um homem, o eu lírico
evoca Deus, demonstrando surpresa por meio de orações que se relacionam à cadeia alimentar cão, gato, rato, cuja ruptura ocorre quando, no
último verso, constata se tratar de um ser humano.
V. Composto por três tercetos e um monóstico, o poema de Manuel Bandeira revela uma crítica social intensa quando atribui ao homem faminto as
mesmas atitudes inerentes ao animal que não consegue examinar o que está ingerindo, apenas engole.

Estão CORRETOS
a) IV e V.
b) I, II, III, IV e V.
c) I, II e V.
d) III, IV e V.
e) I, IV e V.

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