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Professora: Juranilde Lira.

Atividade recuperativa em Língua Portuguesa e suas Literaturas.

1ª Leia o texto.

A formiga

As coisas devem ser bem grandes


Pra formiga pequenina
A rosa, um lindo palácio
E o espinho, uma espada fina

A gota d'água, um manso lago


O pingo de chuva, um mar
Onde um pauzinho boiando
É navio a navegar.

O bico de pão, o corcovado


O grilo, um rinoceronte
Uns grãos de sal derramados,
Ovelhinhas pelo monte.

O texto " A formiga " é um poema porque apresenta

A) Versos livres.
B) Palavras bonitas e rimas.
C) Estrofes que falam de formiga.
D) Rimas e versos que falam de natureza.
E) Rimas, versos e estrofes.

2ª Leia o poema

Trem de ferro

Café com pão

Café com pão

Café com pão

[...]

Muita força

Muita força

Muita força

[...]

Pouca gente

Pouca gente

Pouca gente

A repetição de versos serve para


A) Criar um ritmo que lembra uma locomotiva em movimento.
B) Demostrar que a palavras repetidas fazem o texto ficar melhor.
C) Mostrar que alguém gosta de tomar muito café e comer pão.
D) Indicar que para se fazer um poema é necessário colocar rimas.
E) Para se fazer um poema é necessário se colocar as métricas iguais.

3ª Leia os textos

Texto I

“Minha terras tem palmeiras

Onde canta o Sabiá

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá”

Texto II

“Minha terra tem cachoeiras

E luar em Paquetá...

- Mas se quer o meu conselho

Não procure ir lá

Porque as aves que gorjeavam...

Não gorjeiam mais por lá.”

Os textos I e II, de acordo com suas características, são

A) Crônicas
B) Textos poéticos.
C) Textos jornalísticos.
D) Textos informativos.
E) N. D. A.

4ª Leia o texto

Texto I José

1.E agora, José?


2. A festa acabou,
3. a luz apagou,
4 .o povo sumiu,
5 .a noite esfriou,
6 .e agora, José?
7. e agora, você?
8. você que é sem nome,
9. que zomba dos outros,
10. você que faz versos,
11. que ama, protesta?
12. e agora, José?

13. Está sem mulher,


14. está sem discurso,
15. está sem carinho,
16. já não pode beber,
17. já não pode fumar,
18. cuspir já não pode,
19. a noite esfriou,
20. o dia não veio,
21. o bonde não veio,
22. o riso não veio,
23. não veio a utopia
24. e tudo acabou
25. e tudo fugiu
26. e tudo mofou,
27. e agora, José?

28. E agora, José?


29. Sua doce palavra,
30. seu instante de febre,
31. sua gula e jejum,
32. sua biblioteca,
33. sua lavra de ouro,
34. seu terno de vidro,
35. sua incoerência,
36. seu ódio — e agora?

37. Com a chave na mão


38. quer abrir a porta,
39. não existe porta;
40. quer morrer no mar,
41. mas o mar secou;
42. quer ir para Minas,
43. Minas não há mais.
44. José, e agora?

45. Se você gritasse,


46. se você gemesse,
47. se você tocasse
48. a valsa vienense,
49. se você dormisse,
50. se você cansasse,
51. se você morresse...
52. Mas você não morre,
53. você é duro, José!

54. Sozinho no escuro


55. qual bicho-do-mato,
56. sem teologia,
57. sem parede nua
58. para se encostar,
59. sem cavalo preto
60. que fuja a galope,
61. você marcha, José!
62. José, para onde?

Texto II

Muitos poemas de Drummond funcionam como denúncias de opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra
mundial. A temática social, resultante de uma visão dolorosa e penetrante da realidade, predomina em Sentimentos do mundo
(1945), obras que não fogem a uma tendência observável em todo o mundo, na época: a leitura comprometida com denúncia da
ascensão do nazifascismo.

A consciência do tenso momento histórico produz a indagação filosófica sobre o sentido da vida, pergunta para qual poema só
encontra uma resposta pessimista.

Os contextos histórico, social e cultura refletem-se nas obras literárias. Diante disso, o verso do texto I que exemplifica a reflexão
filosófica sobre o sentido da vida, referida no texto II, e:

A) E agora, José? (verso I)


B) Você que é sem nome, (verso 8)
C) Seu ódio, -e agora? (verso 36)
D) Se você morresse... (verso 51)
E) Que fuja a galope, (verso 60)

5ª Leia o texto

O texto anterior explora, simultaneamente, a palavra e a imagem. No plural visual, utiliza elementos gráficos, como o
espelhamento das letras, simbolizando o reflexo da lua na água.

No plano fonético, explora a musicalidade, que foi obtida por meio de qual recurso?

A) Disposição dos versos.


B) Presença de onomatopeias.
C) Utilização de substantivos.
D) Repetição das vogais A e U.
E) Utilização de adjetivos.

6ª Leia o texto

O menino dorme.

Para que o menino


Durma sossegado,
Sentada a seu lado
A mãezinha canta:

— "Dodói, vai-te embora!


"Deixa o meu filhinho.
"Dorme... dorme... meu..."

Morta de fadiga,
Ela adormeceu.[...]

Os textos poéticos podem contar histórias ou relatar acontecimentos, como é o caso desse poema de Manuel Bandeira, que
também a intenção de

A) Apresentar um ser irreal.


B) Explicar um fato diferente.
C) Informar uma má notícia.
D) Provocar emoção no leitor.
E) Transmitir uma ideia ao leitor.

7ª Leia o poema

Enchente

Chama o Alexandre!
Chama!

Olha a chuva que chega!


É a enchente.
Olha o chão que foge com a chuva...

Olha a chuva que encharca a gente.


Põe a chave na fechadura.
Fecha a porta por causa da chuva,
olha a rua como se enche![...]

Nos versos “Chama o Alexandre! /chama!”, os pontos de exclamação reforça a entonação de ordem, como na alternativa:

A) Lucas, vá depressa buscar o pão!


B) Joana, ai! Que dor sinto nos pés!
C) Lara, que dia maravilhoso tivemos!
D) Felipe, você está agindo muito mal!
E) Que poema maravilhoso!

8ª Leia o texto:

Da vez primeira...

Da vez primeira em que me assassinaram


Perdi um jeito de sorrir que eu tinha...
Depois, a cada vez que me mataram...
Foram levando qualquer coisa minha...

Hoje, dos meu cadáveres eu sou


O mais desnudo, o que não tem mais nada...
Arde um toco de Vela amarelada...
Como único bem que me ficou!

Assinale a alternativa em que o texto apresenta características que podem ser observadas nesse texto, as quais comprovem ser
ele literário.

A) Compromisso com a transformação social; as quais comprovem ser ele literário.


B) Exposição de uma realidade aplicável à humanidade; amplo uso de comparações; enumeração de características
pessoais.
C) Emprego de verbos no pretérito imperfeito subjuntivo.
D) Emprego de verbos no pretérito e no presente; vocabulário simples; subjetividade expressa pelo uso da primeira
pessoa.
E) Produção ficcional; emprego de palavras com múltiplos sentidos; exploração da musicalidade por meio de rimas.

9ª Leia o texto:
Talvez

Talvez não ser,


é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,

E desde então, sou porque tu és


E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

O discurso é considerado especifico, pois a seleção e a combinação das palavras se fazem levando em consideração diversos
critérios, dentre os quais o sonoro. A musicalidade manifesta-se nesse poema

A) Da repetição intencional de fonemas.


B) De combinações inusitadas de rimas.
C) Do caráter acentuado de oralidade.
D) Do sentido conotativo dos vocábulos.
E) Do sentido denotativo dos vocábulos.

10ª Leia o poema:

A Avó

A avó, que tem oitenta anos,

Está tão fraca e velhinha!...

Teve tantos desenganos!

Ficou branquinha, branquinha,

Com os desgostos humanos.

Hoje, na sua cadeira,

Repousa, pálida e fria,

Depois de tanta canseira:

E cochila todo o dia,


E cochila a noite inteira.

Às vezes, porém, o bando

Dos netos invade a sala ...

Entram rindo e papagueando :

Este briga, aquele fala,

Aquele dança, pulando ...

A velha acorda sorrindo.

E a alegria a transfigura;

Seu rosto fica mais lindo,

Vendo tanta travessura,

E tanto barulho ouvindo.

Chama os netos adorados,

Beija-os, e, tremulamente,

Passa os dedos engelhados,

Lentamente, lentamente,

Por seus cabelos doirados.

Fica mais moça, e palpita,

E recupera a memória,

Quando um dos netinhos grita :

"Ó vovó ! conte uma história!

Conte uma história bonita!"[...]

Os versos que descrevem a reação da avó diante do pedido de um dos netos são:

A) “As vezes, porém, o bando/ Dos netos invade a sala...”


B) “E a alegria s transfigura; / Seu rosto ficam mais lindo,”
C) “Fica mais moça, e palpita, / E recupera a memória,”
D) “Ficou branquinha, branquinha, / com o desgosto humanos.”
E) N. D. A.

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