Você está na página 1de 34

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.

com
Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades mecânicas

 Materiais Dentários
 Há séculos os materiais dentários vêm buscando repor ou alterar a estrutura dentária existente, por meio de
materiais biocompatíveis e duráveis para restaurações dentárias de preenchimento direto e materiais
protéticos processados, indiretamente capazes de suportar as condições adversas do ecossistema oral.
O material ser biocompatível significa que não vai fazer mal ao organismo e dentro dos materiais existem
materiais que são mais biocompatíveis e materiais que são menos biocompatíveis, e todos eles, devido a
condição do meio bucal, que é um meio úmido com bactérias, com diferença de pH, esses materiais têm que
ter uma durabilidade pelo menos razoável.
Tem-se materiais que podem ser utilizados de forma direta, como é o caso da resina composta, e tem
materiais que são os protéticos, que são utilizados de forma indireta, como é o caso das coroas, dos pinos.

 Grupos:
o Metais;
 A maioria atua de forma indireta, porém há metais como o amálgama que atua de forma
direta, que é colocado na cavidade bucal;
 Tem coroas que são totalmente metálicas;
 Tem-se os pinos metálicos;
 Tem-se próteses também que são livres de metais.
o Cerâmicas:
 As coroas podem ser metalocerâmicas, sendo que por dentro elas são de metal e por fora
são de cerâmica;
 Já se tem implantes que são cerâmicos, a base de zircônia.
o Polímeros:
 É como se fosse uma variação da resina composta;
 As dentaduras são feitas com polímeros, depois tem-se os elastômeros, cimento de
ionômero de vidro, selante de cicatrículas e fissuras, então todos eles são agrupados em
polímeros, que são materiais de polimento.
o Resinas compostas

 Material Ideal:
o Ser biocompatível;
o Ter adesão permanente as estruturas dentárias e ósseas;
o Ser estético;
o Exibir propriedades semelhantes ao tecido que irá substituir;
o Ser capaz de promover regeneração ou reparação tecidual.

 Classificação dos materiais:


o Materiais preventivos
- Usa antes de a pessoa ter um problema, logo servirá para prevenir;
- Ex.: Selante de cicatrículas e fissuras  Se a pessoa tem um molar com um sulco muito profundo,
coloca-se um material para preencher esse sulco, o que dificulta a retenção de placa.
- Materiais que diminuem a quantidade de microorganismos na boca como a clorexidina.
- Flúor  pode ser em formato de verniz ou gel, e são utilizados para remineralizar, então a pessoa
ainda não está com cárie, então tem-se que usar esse flúor para que essa cárie, não apareça.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 1

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Materiais restauradores
- São os materiais que vão servir para a restauração;
- Ex.: Resina, amálgama, cimento de ionômero de vidro, sistema adesivo.
o Materiais auxiliares
- São os materiais que não vão ficar na boca do paciente de uma maneira definitiva, e sim
temporariamente;
- Resina acrílica, gesso...

 Propriedades dos materiais:


o Para que estudar as propriedades dos materiais? R: Para que se consiga entender e ter uma visão
de como aquele material é aplicado, quais são realmente as suas propriedades, para que eles
servem, como eles são utilizados;
o O estudo das propriedades dos materiais odontológicos permite ao cirurgião-dentista definir quais
materiais odontológicos estarão indicados para cada tipo de procedimento, em cada situação, com
o intuito de atingir o sucesso em seus procedimentos.
o As propriedades dos materiais podem ser:
1- Mecânicas;
2- Físicas;
3- Elétricas;
4- Outras propriedades

1- Propriedades Mecânicas

 Definição:
o São definidas pelas leis da mecânica, isto é, ciência física que trata de energia e forças, e seus
efeitos nos corpos, então é basicamente uma força que a gente põe em cima do corpo, que vai
gerar uma outra resposta sobre a gente;
o O estudo das propriedades mecânicas implica no exame das relações entre um corpo e as forças
que atuam sobre o mesmo, assim como as consequências dessas relações.

 Tensão e deformação:
1) Força: ação que produz ou tende a produzir alteração de movimento de um corpo ou a sua deformação.
FORÇAS OCLUSAIS

INCISIVOS = 150 N
CANINOS = 200 N
PRÉ-MOLARES = 300 N
MOLARES = 400 A 800N

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 2

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


OBS.: Dentes x Restaurações  Não consegue-se devolver com as restaurações, a mesma força que o dente natural
tem. Quanto maior a restauração, menos força esse dente vai ter, por isso que o dente vai se tornando mais frágil,
conforme vai se tendo um maior volume de material restaurador.

2) Tensão
o Reação interna de um corpo a uma força externa com igual intensidade e com direção oposta.
o Quando a seta empurra o bloco ao lado com uma força, esse bloco vai empurrar essa seta com
uma mesma força, só que com direção oposta.
o Unidade de medida: N/m²
o Tensão (T) = Força/Área
Pa (Pascal) = 1 N/m²
Mpa (MegaPascais) = 106 Pa

o Tipos de tensão:
2.1) Tensão de tração:
 Resposta a uma força que tende a esticar ou alongar um corpo.
 Ao puxar o bloco (dos dois lados) para fora, tem-se uma resposta, uma tensão de
tração para dentro do corpo.

2.2) Tensão de compressão:


 Resposta à uma força que tende a comprimir ou encurtar um corpo.

2.3) Tensão de cisalhamento:


 Resposta a uma força que tende a deslocar ou torcer um corpo;
 É uma força que “esfrega” ou é uma força que torce.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 3

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


2.4) Tensão por flexão:
 Aplicação de uma força concentrada sobre a porção mediana do corpo apoiado pela
suas extremidades;
 A parte que aplica-se a força não está apoiada.
 Um exemplo clássico é quando se tem uma prótese fixa, quando tem-se dois dentes
que tem raiz, e um dente que não tem raiz, então ele é apoiado em outros dois
pilares.

3) Deformação:
o Alteração do corpo pela ação da força/tensão;
o Ocorre quando a reação interna (tensão) é superada pela força;
o Logo, quando tem-se uma força que é maior que a força do objeto, isso tende a causar uma
deformação.

Força Deformação
Axial Alongamento
o
Contração
Cisalhamento Cisalhamento

Torção Torção

Flexão Flexão

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 4

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Tipos de deformação:
1) Deformação elástica:
 Conceito: a deformação elástica é uma deformação reversível;
 Quando coloca uma força sobre o elástico vai ser esticado;
 Desaparece quando a força é removida

2) Deformação plástica:
 Conceito: a deformação plástica é uma
deformação permanente;
 Não se recupera quando a força é removida

o Lei de Hooke
 A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação elástica;
 É utilizada para calcular a deformação causada pela força exercida sobre um corpo;
 Logo quanto mais aumenta o peso, mais estará aumentando a deformação elástica.

o Limite Proporcional (LP)


 É a tensão máxima que uma estrutura pode suportar antes de começar a apresentar
deformação plástica;
 Valor acima do qual as tensões aplicadas não mais serão proporcionais às deformações
respectivas.

Gráfico: Tensão/Deformação

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 5

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


Explicação gráfico: Se colocar uma força de 400kg, suportará antes de começar a se deformar plasticamente, logo, se
deformará apenas elasticamente, teve uma deformação de 0,4%, ao tirar essa força a sua deformação volta para
zero, entretanto se for colocado uma força maior do que 400kg irá se deformar plasticamente.

o Limite Elástico:
 Tensão máxima suportada por um material de modo que, removida a carga, o mesmo
retorne às suas dimensões originais.
 Limite proporcional X Limite Elástico
 Limite Proporcional
Tensão acima da qual não há mais proporcionalidade entre a tensão aplicada e
a deformação.
 Limite Elástico:
Tensão máxima que um material pode suportar antes de apresentar
deformação plástica.

OBS: O limite proporcional e o limite elástico é o mesmo ponto no gráfico. A única


diferença entre eles é o conceito.

o Limite de Escoamento:
 Valor da tensão necessária para induzir uma pequena quantidade de deformação
plástica.
 É o primeiro ponto que vai e não volta mais, após aplicar uma força.
o Limite Convencional de Escoamento (LCE)
 Tensão necessária para se produzir uma deformação em particular previamente
escolhida;
 É o limite que a gente escolhe, vai-se aplicar uma força e vai ver o quanto o corpo
deforma.

Carga Deformação
100 Kg 0,1 %
200 Kg 0,2 %
300 Kg 0,3 %
400 kg 0,4 %
500 Kg 0,68 %
600 kg 0,83 %

o Propriedades mecânicas nas deformações ELÁSTICAS


 Módulo de elasticidade, elástico ou de Young (E)
Descreve a rigidez de um material dentro do LP (limite proporcional);
Quanto menor o módulo de elasticidade, maior vai ser a deformação elástica,
quanto maior o módulo de elasticidade, menor a deformação elástica.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 6

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


Contraste

E = Tensão/Deformação

E = Deformação elástica

 Flexibilidade
Propriedade de ser passível a grandes deformações elásticas.

 Flexibilidade máxima ( )

Deformação que ocorre quando o material é tensionado ao seu LP (Limite
proporcional).

o Propriedades mecânicas nas deformações PLÁSTICAS


 Resiliência
Energia absorvida por um material quando tensionado até o LP

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 7

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Friabilidade
Incapacidade relativa do material de suportar uma deformação plástica;
Suporta mais uma deformação elástica, em compensação quando ela chega em
uma deformação plástica, ela logo para, pois aí ela quebra.

 Ductibilidade e Maleabilidade

TRAÇÃO COMPRESSÃO

Definição para ambos Capacidade do material de suportar uma deformação


permanente sem ruptura
A diferença entre um e outro, é que, se usa o termo dúctil quando está se
falando de tração e usa-se o termo maleável quando está se falando de
compressão.

 Explicação gráfico: No gráfico tem-se escrito ductibilidade, mas também


poderia está escrito maleabilidade.
Tem-se o material A, ele tem um grande limite de proporcionalidade, depois
desse grande limite de proporcionalidade, ele tem uma alta deformação plástica
também, então ele tem uma deformação elástica que aguenta uma grande
força, mas que se deforma pouco, e depois ele vai se deformando e
deformando, desde que não aumente muito a força.

Tem-se um material B, que vai ter um limite de proporcionalidade, com uma


força menor, então com menos força ele se deforma mais. Tem-se também o
material C, que se deforma com pouca força, e se deforma mais, mas quando
ele entra no limite de deformação plástica ele já se rompe. Agora, ao pensar em
ductibilidade ou maleabilidade, tem-se que, apesar do material A aguentar bastante força sem se deformar, de
maneira que ele não volte, ele também consegue se deformar bastante, sem romper, então a ductibilidade dele é
maior, do que um material que vem se deformando, deformando, vem se alterando sem se deformar, e depois
rompe. Então a ductibilidade vem da somatória tanto da deformação elástica, quanto da deformação plástica, então
seria o quanto esse material conseguiria se deformar plasticamente.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 8

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Tenacidade
Quantidade de energia necessária para a fratura

OBS.: RMT (Resistência Máxima


de Tenacidade)

 Propriedades de resistência
 Resistência
Tensão necessária para causar fratura ou deformação plástica;
Vai-se observar o quanto o material suporta de força antes de se deformar ou
quanto o material suporta de força antes de se romper;
Resistência máxima
 Tensão máxima suportada antes da fratura

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 9

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


Propriedades de resistência
1) Resistência à tração
- Geralmente usa-se esses testes com materiais metálicos;
- Quanto o material vai suportar se puxar ele.

2) Resistência à tração diametral


-Esse teste é utilizado quando se tem
materiais friáveis ;
- Vai-se colocar uma força, e apesar de
está escrito tração geralmente é uma
força de compressão, e o objeto que é
cilíndrico que vai está em estudo, tende a
se romper na metade, ao meio.

3) Resistência à compressão
- Vai comprimir um corpo, e esse corpo vai se deformar da maneira que ele
quiser, não necessariamente vai quebrar ao meio, ele vai se quebrar de
qualquer maneira.

4) Resistência à flexão
- Tem-se duas bases, um material em cima e faz-se uma força no meio desse
material;
- Se quiser por exemplo saber quanto uma prótese vai suportar, fazer uma força
entre as próteses.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 10

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


- Tem-se os implantes dentários, se pegar uma dentadura e colocar sobre esses implantes, só que o material que é
feito a dentadura que é um polímero, quando a pessoa começar a mastigar, vai tender a quebrar entre um implante
e outro, para tentar solucionar esse problema, pode-se colocar uma barra metálica, e quando fizer a força de flexão,
vai resistir muito mais do que se só tivesse um material sem essa barra. Então a força de flexão que o metal aguenta
é muito maior do que a que o acrílico aguenta. Então para conseguir fazer com que não quebre a dentadura entre
um implante e outro, coloca-se uma barra metálica e vai distribuir melhor essa tensão.

5) Resistência á fadiga
- É um teste que se faz para ver o quanto de ciclos aquela estrutura vai suportar;
- Quantos ciclos a estrutura aguenta até formar ou um defeito ou uma trinca ou
uma fratura.

6) Resistência ao impacto
- Coloca-se dois pilares/suportes, coloca-se uma barra, nessa barra faz-se um
entalhe e depois coloca-se um pêndulo, o pêndulo pode bater apenas uma
única vez, e o objeto quebrar, ou o pêndulo pode bater várias vezes até que o
objeto se quebre.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 11

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


Propriedades mecânicas de superfície
1) Dureza
- Resistência á endentação ou penetração na superfície;
- Quanto mais o material se deformar menos duro ele é.

- TESTES DE DUREZA

2) Fricção
- Resistência de um material sobre o outro ao movimento.

3) Desgaste
- Perda de material pela remoção e deslocamento de materiais através do
contato entre eles.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 12

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Propriedades mecânicas nas estruturas dentárias

ESMALTE E DENTINA

 Esmalte é um material mais rígido e mais friável, então ele demora para se
deformar, tem uma resistência elástica maior, e quando ele começa a se deformar
plasticamente logo ele quebra.
 Dentina é um material mais flexível e mais tenaz. Tem uma deformação elástica
menor do que a do esmalte, mas tem uma deformação plástica maior do que a do
esmalte.

2) Propriedades Físicas

 O que são?
o São baseadas em leis da mecânica, acústica, óptica, termodinâmica, eletricidade, magnetismo,
radiação, estrutura atômica ou fenômenos nucleares.
 Óptica;
 Térmica;
 Elétrica

 Propriedades ópticas

o Cor
 A percepção de cor de um objeto é resultado de uma resposta fisiológica a um
estímulo física, que é a luz.
 A cor pode sofrer interferência
 A cor ela “não é fixa”, cada pessoa vai enxergar de uma maneira. Contudo quando
vai-se para a boca de um paciente, tem-se que acertar a cor, logo o aluno de

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 13

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


odontologia deve começar a treinar o olhar, para conseguir ter semelhanças do que
se está enxergando com a cor real do dente.
 Luz Visível
 Dentro do espectro visível de luz, vai-se desde o violeta até o infra-vermelho.
São as cores que nós vamos conseguir enxergar.

 Dentro da odontologia divide-se as cores de três maneiras, que se chama de:


- Matiz
- Croma
- Valor

 Matiz
Determina a cor, segundo o seu comprimento de onda no espectrograma.
Descreve o tipo de cor (nome)
Vai definir se a cor é amarela, se é vermelho, se é azul, por exemplo.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 14

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Croma/Saturação
Mede a intensidade do matiz;
Maior ou menor intensidade de saturação;
Quanto maior a saturação mais escura fica, quanto menor a saturação mais claro fica.

 Valor/Luminosidade
Brilho da cor – quantidade de pigmentos brancos ou preto, que o dente vai ter;
Cada dente tem uma característica de absorver ou refletir a luz, então quanto mais ele
reflete a luz, mais branco ele tende, e quanto mais esse dente absorve, mais pigmentos
para o escuro se tende;
Gradação de quanto essa cor reflete ou absorve luz.

o Mensuração de cor
- Para poder conseguir medir a cor tem-se dois métodos:
 Técnicas instrumentais:
Espectrômetro  vai avaliar a cor de acordo com equações
matemáticas, então aponta a ponta para o dente e ele vai
medir. Ele vai dar tanto os valores que costuma-se usar que é
os que vêm na resina A1, A2, A3, como também vai-se dar
valores mais específicos, que são valores de delta.
Odonto – Sensor Digital de Cor
Easyshade Advance 4.0 Vita – Wilcos

 Técnicas Visual:
Usa-se a escala de cores
A escala de cor que se tem na clínica da Fainor foi feita para avaliar cerâmicas, quando
vai fazer uma prótese indireta. Para avaliar resina, cada resina tem um sub tom
diferente, então muitas vezes o tom da resina de uma marca, muitas vezes não é o tom
da resina A”x”, que seria semelhante a da outra marca. Então o ideal é sempre que se
teste depois a resina na boca, para poder saber se aquele A”x” escolhido realmente
condiz com o A”x” da boca do paciente.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 15

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


X = 1 ou 2 ou 3 ou...
Ex.: Escala de Cores Vita Classical – Wilcos

OBS.: Os “A’s” são os tipos de matiz, depois A1, A2, A3, A3/2, A4... são o nosso croma, e
depois a nossa saturação a gente só consegue medir quando se tem esse tipo de escala, que
é uma escala já mais completa.

o Metamerismo
 Capacidade de uma cor ser idêntica a outra em uma mesma fonte de luz.
 É quando muitas vezes achamos que é uma determinada cor quando estamos sob
uma luz, ou a mesma cor em diferentes luminosidades se tornem diferentes.
 **Pode se tornar diferente ao mudar a iluminação

o Fluorescência
 É a emissão de energia luminosa por um material, quando
um feixe de luz brilha sobre ele;
 É a capacidade que um material tem de refletir uma luz;
 As luzes azul e ultravioleta produzem uma luz fluorescente
passível de ser vista;
 O dente tem uma fluorescência natural, tem dentes que são
mais fluorescentes e tem dentes que são menos fluorescentes;
 As resinas compostas tem umas que são muito fluorescentes e
outras que são bem menos fluorescente.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 16

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Opacidade | Translucidez e Transparência
o Opacidade:
 É a propriedade dos materiais que previne/evitar a passagem da luz.

o Translucidez:
 É a propriedade das substâncias que permite a passagem de luz, mas a dispersa, então os
objetos não podem ser vistos através do material.

o Transparência:
 Permitem a passagem de luz, de tal forma que ocorre
pouca distorção e os objetos podem ser claramente
visualizado através deles.

 Propriedades térmicas
1) Calor de fusão
2) Calor específico
3) Condutibilidade térmica
4) Coeficiente de expansão térmica
1) Calor de fusão:
 É o calor em calorias, ou joules, necessário para converter 1 g
de material do estado sólido para o estado líquido.

2) Calor específico:
 É a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura
de 1g da substância em 1°C.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 17

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


3) Condutibilidade térmica:
 É a capacidade que o material tem de conduzir o calor;
 É quantidade de calor, em calorias ou joules por segundo, que passa através do corpo com 1
cm de espessura, com uma secção transversal com 1cm2, quando a diferença de temperatura
for 1°C.
 Ao pensar no dente, por exemplo, a prata é muito mais condutora de calor do que quando se
pega o esmalte e a dentina. Então quando se tem uma restauração de amálgama, que entre
os componentes dele vai-se ter a prata, o amálgama conduz muito mais temperatura do que
o nosso dente. Então quem tem uma restauração grande e está comendo alguma coisa que é
quente, deve sentir mais nesse dente do que nos outros dentes que são naturais.
 Quanto de calor uma estrutura dentária comporta?
Nosso corpo está a +/- 37°C, e aí ele consegue aumentar até 5,5°, indo para 42,5°C, então
quando se tem uma resposta com um calor com mais de 5,5°C existe uma tendência de
causar um dando irreversível à polpa, então pode causar uma necrose e assim por diante. Por
isso que quando se usa a “alta rotação”, usa ela com água, para poder conseguir resfriar esse
calor, pois esse calor da alta rotação aquece o dente muito mais do que 5,5°C, e ao invés
dessa pessoa ganhar uma restauração ela vai ganhar um tratamento de canal.

MATERIAL CONDUTIBILIDADE TÉRMICA (cal/s/cm²/°C/cm)


Prata 1,006
Cobre 0,918
Ouro 0,710
Amálgama 0,055
Resinas Compostas 0,0026
Esmalte 0,0022
Dentina 0,0015

4) Coeficiente de expansão térmica:


 A mudança no comprimento por unidade de comprimento do material para uma mudança de
1°C na temperatura é chamada de coeficiente linear de expansão térmica;
 É o quanto o material expande ou contrai com a mudança do calor.
 A resina tem um coeficiente de expansão parecido com a estrutura dentária, enquanto que o
amálgama se expande muito mais do que o dente. Então quando se tem uma restauração de
amálgama e ela está ali sofrendo calor, aí ela expandiu, aí vai para o frio e aí contrai, aí vai
para o calor e expande novamente e aí volta para o frio e contrai novamente, aí pode ocorrer
uma fratura do dente. Então quando se tem um dente que tem pouca estrutura e bastante
amálgama, muitas vezes esse calor e esse frio pode causar uma fratura.

3) Propriedades elétricas

 “Dar choque” não é a única propriedade elétrica que existe


 O comportamento dos materiais, em resposta a um campo elétrico externo, define as suas propriedades
elétricas.

o Condutibilidade elétrica
 A capacidade de um material conduzir uma corrente elétrica;
 É importante quanto a avaliação do limiar de dor, resultante da aplicação de estímulo
elétrico;

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 18

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Estímulo elétrico que pode passar pela estrutura do dente ou pela estrutura da restauração, e
quando o material é mais condutor, a gente sente as vezes muito mais esse choque, do que
quando o material é isolante.

 Dielétrico: Material que fornece isolamento elétrico, logo quando o material é isolante chama ele de
dielétrico.

o Galvanismo:
 Eletricidade desenvolvida pelas ações química ou pelo contato de dois metais diferentes, com
um líquido interposto;
 Resultada da diferença de potencial entre restaurações diferentes nos dentes opostos ou
adjacentes.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 19

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


4) Outras propriedades

1) Resistência à abrasão
2) Viscosidade
3) Deslustre e Descoloração
4) Sorção da água
5) Solubilidade e desintegração
6) Tempo de presa
7) Vida útil
1) Resistência à abrasão:
 Abrasão: perda de material da superfície pela ação mecânica, ou
combinação de ações mecânicas e químicas.
 Depende (o que vai poder ocasionar a abrasão):
Dureza do material;
Força da mordida;
Frequência de mastigação;
Abrasividade da dieta;
Composição dos líquidos;
Variações de temperaturas;
Aspereza de cada superfície;
Propriedades físicas dos materiais.

2) Viscosidade:
 Propriedade dos materiais em estado líquido;
 É a resistência do líquido a fluir;
 É a medida da consistência de um fluido e sua incapacidade de escoamento;
 Vai ser medido de acordo com a dificuldade que o material tem de cair;
 Quanto mais viscoso for o líquido mais dificuldade ele tem de sair.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 20

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Conforme diminui a viscosidade, aumenta a fluidez e vice-versa.
 A viscosidade da maioria dos líquidos diminui rapidamente com o aumento da temperatura;
Geralmente o líquido é mais viscoso quando ele está frio, e conforme vai esquentando ele,
vai se tornando mais fluido.

 Tixotropia:
Quando um líquido se torna menos viscoso e mais fluido sob pressão;
Quando pega a pasta de dente e coloca na escova ela não cai, porém se sofrer
alguma agitação, ou se pressionar ela, ela tende a ficar mais fluida.

3) Deslustre e descoloração
 Deslustre
Descoloração superficial do metal ou perda ou
alteração do acabado ou brilho superficial;

 Descoloração:
Perda, destruição ou desbotamento da cor natural;
A resina composta, de acordo o tempo vai passando,
ela vai sofrendo uma descoloração.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 21

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


4) Sorção de água:
 Adsorção:
Adesão firme de um líquido ou gás a superfície,
pela ligação das moléculas da superfície de um
sólido ou líquido.

 Absorção:
Uma substância absorvida penetra dentro da outra
(sólido) num processo chamado difusão;
A água ou líquido entra para dentro da estrutura
dentária.

 Sorção:
Representa a quantidade de água adsorvida na superfície ou absorvida para dentro
do corpo do material durante a sua confecção ou em quanto a restauração está em
uso.
É tanto ficar na superfície quanto penetrar para dentro da estrutura dentária.
Um dos materiais que acontece isso é o ionômero de vidro, por isso que quando faz-
se uma restauração com ionômero tem-se que proteger depois, para evitar que esse
líquido penetre na estrutura da restauração.

5) Solubilidade e Desintegração:
 Solubilidade:
Está relacionada com a capacidade que um
material, denominado de soluto, apresenta de
ser dissolvido por outro, o solvente;
Tem materiais que são mais solúveis e tem
materiais que são menos solúveis.

 Desintegração:
Ação ou efeito de desintegrar; condição daquilo
que se encontra desintegrado, descomposto,
separado;
Vai se desintegrar em uma outra superfície.

6) Tempo de presa:
 Tempo necessário para o material reagir e endurecer;
 Não é necessariamente o tempo que vai demorar para terminar de reagir;
 O ionômero, por exemplo, vai demorar uns 8 minutos para tornar preso, mas ele continua
reagindo geralmente até 48 horas;
Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -
@resumodontologia Página 22

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Não indica o termino de reação;
 Pode ser influenciada pela manipulação;
 Podem ser acompanhadas de alterações exotérmicas e de modificações de volume.

7) Vida útil:
 Tempo aplicado para a deterioração geral e alteração da qualidade dos materiais durante o
transporte e armazenamento;
 É o tempo que o material vem se comportando de forma ideal;
 Pode ser alterada pela data de validade do material, ou pelo armazenamento dependendo da
temperatura que for armazenado, umidade, tempo a quantidade de material que se tem
junto, o tipo de recipiente que ele for armazenado...
 Temperatura, umidade tempo de armazenamento, quantidade do material, tipo de
recipiente para armazenamento, são fatores significativos.

Odontologia Pré-Clínica 1 – 4º Semestre – 1ª Unidade - Aula 1 – Materiais dentários e suas propriedades -


@resumodontologia Página 23

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com
Clínica Integrada 1 – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 - Proteção do Complexo Dentina-Polpa

 O conjunto calcificado esmalte/dentina é a estrutura responsável pela proteção biológica da polpa, do tecido
pulpar;
 Se não existissem o esmalte e a dentina a polpa estaria exposta, sem proteção;
 O esmalte é um tecido extremamente duro, já a dentina é um tecido mais amolecido, que serve para
absorver o impacto, logo o modulo de elasticidade da dentina absorve o impacto para o dente não
trincar/fraturar;
 Uma vez que se realiza um preparo cavitário ou uma lesão cariosa no dente, e realiza o preparo cavitário
posteriormente, está-se removendo o esmalte e dentina que faz a proteção natural, logo precisa colocar um
material que faça a proteção, pois o tecido de proteção original foi perdido. Logo não pode-se fazer uma
restauração sem fazer a proteção, porque se não o paciente vai sentir consequências como sensibilidade pós
operatória, necrose pulpar ao longo do tempo, então a proteção é essencial.
 Esmalte, Dentina e Polpa
 Polpa:
 É um tecido que não se quer ver, pois não se quer exposição pulpar.
 É um tecido conjuntivo frouxo especializado;
 Rico em células, vasos sanguíneos, nervos  Logo é altamente sensitivo;
 Circundada por paredes inelásticas, logo por tecidos duros que não se expandem, então quando há
uma repercussão na polpa:
o Quando há alguma repercussão na polpa como uma pulpite, o paciente reclama de muita
dor, pois há uma inflamação na polpa e a caixa de dentina e esmalte não acompanha esse
edema, a polpa fica pulsando, mas a caixa endurecida não acompanha essa inflamação.
 Precisa-as da polpa para produzir dentina – via odontoblastos.
 Odontoblastos:
o Células altamente diferenciada, especializada na produção de dentina primária, secundária e
terciária.
 Dentina:
 Dependente da polpa (via odontoblastos);
 A dentina é quem faz o contato íntimo com a polpa, por isso que se chama de complexo-dentina
polpa, os túbulo dentinários (dentro tem os prolongamentos odontoblásticos que fazem parte da
polpa) e dentina estão em intimo contato com a dentina;
 Quando se realiza um preparo onde se retira todo o esmalte, e já se está com preparo em dentina,
está-se movimentando odontoblastos, está-se realizando um preparo também em células da polpa,
por isso que o paciente sente dor, por isso não pode realizar sem anestesia, pois a polpa é altamente
sensitiva;
 Tecido mineralizado;
 Proteção da polpa.
 Organização da dentina
o São organizadas através de túbulos dentinários, os túbulo dentinários a medida que se
aproximam da polpa são maiores em diâmetro, com maior quantidade, e isso significa que a
comunicação com a polpa, quanto maior o preparo cavitário, maior será a comunicação.
o Cristais de apatita em meio a uma matriz de colágeno;
o A permeabilidade dentinária próximo da polpa é altíssima;
o Tecido tubular
Dentina Peritubular  É mais mineralizada;
Dentina Intertubular  É menos mineralizada.
Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -
@Resumodontologia Página 1

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Diâmetro do túbulo dentinário:
o A medida que se aproxima do tecido pulpar, tem-se um diâmetro maior da embocadura do
túbulo dentinário, aumentando a permeabilidade dentinária;
o Próximo a esmalte – 0,7 micrometros
o Junto à polpa – 2,6 micrometros
o Dentina permeável à medida que se aproxima da polpa.
IMAGEM
 Dentina Primária:
1. Primária  Dentina que é formada durante a fase de formação do elemento dentário;
2. Secundária  Formada ao longo da vida;
3. Terciária  É a dentina que é formada quando há um estimulo externo.
*Esclerose  A dentina terciária pode ser caracterizada de várias formas como é o caso da
dentina esclerótica que é quando há obliteração do túbulo dentinário, tendo um processo de
adesão muito ruim;
* Dentina terciária reparadora  A coloração parece coloração de cárie, e no momento em
que se está fazendo o preparo tem-se dificuldades de diferenciar o que é dentina reparadora e o que
é tecido cariado, e para fazer essa diferença deve-se analisar a textura da dentina com o auxílio de
uma cureta dentinária, se estiver duro, não tem mais tecido cariado ativo, a dentina terciária é
endurecida, a dentina normal não é escura ela é brilhosa, a cárie tem aspecto amolecido.
IMAGEM
* Dentina Esclerosada  Teve o estímulo da cárie, o túbulo dentinário não forma apenas
dentina terciária, forma a dentina terciária do tipo esclerótica, a dentina vai “entender” que está
vindo uma agressão, e precisa-se fechar o túbulo para que a agressão não chegue até a polpa, assim
vai-se formar dentina para obliterar a todo o túbulo dentinário, é a chamada dentina esclerótica. Aqui
tem-se uma ruim adesão, pois o túbulo está completamente obliterado, quando se coloca um ácido
fosfórico a intenção do ácido fosfórico é abrir os túbulo dentinários, para o primer-bond penetrar. Se
tem um túbulo já obliterado, o ácido fosfórico precisa abrir, tirar toda a dentina que está na entrada
do túbulo, então o ácido tem uma ação mais lenta, o ácido não age de uma maneira tão eficiente.
Quando se tem esse tipo de dentina, deve-se imaginar que é preciso colocar um material que tenha
uma união melhor do que o sistema adesivo, e o material que se une quimicamente à estrutura do
dente é o IONÔMERO DE VIDRO, então toda vez que se tem uma dentina terciária do tipo esclerótica,
que são as dentinas mais escurecidas, vai forrar a cavidade com ionômero de vidro, pois o ionômero
de vidro se liga quimicamente e se liga de maneira forte com essa dentina que está altamente
calcificada e o ácido fosfórico vai ter ação na dentina, que está em volta e ao redor do esmalte, que
tem uma ótima adesão, assim melhorando a adesão da restauração.
IMAGEM
 Agressões pulpares:
 Bacterianos;
 Físicos;
 Restauradores.
1. Bacteriano  Cárie:
o O próprio desenvolvimento da lesão cariosa já é uma agressão pulpar. A bactéria “pega” o
carboidrato e forma o ácido que vai desmineralizar o esmalte e a dentina e esse ácido é
tóxico ao tecido pulpar;
o Quando há a formação da lesão de cárie o odontoblastos produz a dentina terciária para
distanciar a lesão de cárie da polpa, ela pode produzir apenas terciária, ou produzir

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 2

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


terciária do tipo esclerótica, e isso é uma forma de proteção do organismo contra a ação
da lesão de cárie.
o Difusão das substâncias tóxicas produzidas pelos microorganismos nos túbulos:
Formação de dentina terciária;
Esclerose dentinária
2. Físicos ou Químicos:
o O próprio preparo de cavidades já são agressões:
Quando se realiza o preparo cavitário está-se cortando literalmente esmalte e
dentina, então quando for realizar preparo deve-se tomar cuidado;
Profundidade do preparo;
Pressão de corte  a pressão a mais pode gerar uma agressão à polpa;
Calor Friccional da turbina;
Desidratação da dentina;
o Traumas e fraturas
o Refrigeração das turbinas  O ideal é ter dois orifícios jogando água para a ponta ativa da
broca;
o Se não colocar água, está aquecendo e desidratando a dentina, a dentina não pode ficar
extremamente seca, quando seca demais a dentina força a movimentação do
odontoblastos, para produzir mais fluido
o Preparo cavitário:
Instrumentos novos;
Refrigeração abundante;
Menos pressão de corte;
Corte intermitente  Coloca, tira um pouco, coloca, tira um pouco
Minimizar a secagem de ar, não pode desidratar a dentina. O ideal é bolinha de
algodão, pois o jato de ar muito forte movimenta demais os odontoblastos, para
produzirem mais fluidos para umedecer essa dentina e aí o paciente sente
sensibilidade pós-operatória.
o Secagem da cavidade:
Bolinhas de algodão ou curtos jatos de ar, o uso de ar por 10 segundos ou mais
causam desorganização da camada odontoblástica;
o Trauma Oclusal:
Gera desconforto e uma agressão pulpar;
Uma simples restauração alta, se não for removido o contato prematuro, pode
gerar uma necrose pulpar, o paciente vai precisar fazer endo por causa de uma
restauração alta;
O mínimo de excesso oclusal causa suficiente desconforto para motivar o retorno
do paciente ao dentista;
Contatos exagerados;
Aumento da pressão intrapulpar.

OBS.: Toda vez que se realizar uma restauração, precisa-se fazer o conto oclusal antes de se iniciar o preparo e
depois que finaliza a restauração, antes para poder observar onde o paciente realmente oclui, e aí tenta-se fugir
desse ponto de oclusão do paciente durante o preparo, se tiver cárie não tem jeito, se não tiver deve-se tentar evitar
mexer naquele lugar, porque aí sabe que não vai precisar devolver o ponto exato de oclusão. Finalizou a restauração
sempre faz o registo de oclusão (papel carbono + pinça Miller) e o paciente faz os movimentos de lateralidade,
protrusão... e se tiver em excesso faz-se a remoção, o paciente não pode ir para casa com excesso de restauração.

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 3

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


3. Restaurador:
o Componentes ácidos e de monômeros não polimerizados;
o Microorganismos provenientes da contaminação ou de falhas da restauração;
o Na resina tem-se monômeros resinosos, e alguns paciente possuem alergia, porém é raro;
o O ácido fosfórico é bastante agressor;
o Amálgama, partículas, íons metálicos.

1. Materiais de Proteção:
 Requisitos para os materiais serem considerados  Materiais de Proteção Pulpar:
 Precisa proteger a polpa de choques térmicos e elétricos (proteger o complexo dentina-polpa);
 Precisa ser útil como agente bactericida  pois tem contaminantes na cavidade oral;
 Inibir a penetração de íons metálicos das restaurações  principalmente das restaurações de
amálgama;
 Evitar a inflamação de elementos tóxicos ou irritantes constituintes dos materiais restauradores 
entrando como exemplo a resina composta, o ácido fosfórico, o próprio primer adesivo que também
tem monômero resinoso. Então quando se coloca essa camada de material de proteção, inibe a
penetração dele dentro do túbulo dentinário a chegar no tecido pulpar, inibe a agressão pulpar.
Quanto mais profundo maior a permeabilidade, se não coloca o material de proteção mais
contaminante vai ir para a região da polpa.

 Tipos de Material
 Produtos à base de hidróxido de ácido;
 Cimento de Ionômero de Vidro;
 Sistema Adesivo;
 Verniz;
 Óxido de zinco e eugenol;

1. Produtos a base de HIDRÓXIDO DE CÁLCIO:


o Estimular a produção de dentina;
o Biocompatibilidade;
o Alcalinidade – reduz a acidez cavitária (logo é ALCALINO)
o Hemostático  isso vai ser interessante quando ocorre a exposição pulpar acidental da polpa, vai-se
colocar uma bomba de hidróxido de cálcio;
o Bacteriostático/Bactericida  É antimicrobiano;
o Forma de apresentação:
 Solução de Hidróxido de Cálcio  Mistura que faz do hidróxido de cálcio
com a água destilada ou as vezes com soro fisiológico;
o Cimento de hidróxido de cálcio PA  Pó branco;
o Pasta  Hidro C, onde tem-se a pasta BASE e a pasta
CATALIZADORA

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 4

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Não tem resistência mecânica, por isso que se coloca ionômero de vidro por cima, e a sua inserção é
em pequeno incremento, não se pode forrar uma pulpar toda com o cimento de hidróxido de cálcio,
só o pontinho na área mais profunda, pois não tem resistência mecânica, se forrar com ele, mesmo
colocando o ionômero, se for condensar o amálgama, o cimento de hidróxido de cálcio vai craquelar
todo, pois não tem resistência mecânica;
o Não pode colocar o CIV e aplicar o ácido, ou aplicar o amálgama por cima, todo CIV precisa de
ionômero por cima, precisa do forrador, por conta do CIV ser um material solúvel em água, logo
após aplicar o ácido sairia tudo, e porque não tem resistência mecânica.

2. Cimento de Ionômero de Vidro (CIV):


o Biocompatibilidade;
o Adesividade;
o Liberação de Flúor;
o Coeficiente de expansão térmica linear semelhante à estrutura dentária.
o É um material excelente;
o Tem do tipo forrador, restaurador, restaurador modificado;
o Em pediatria é o material praticamente de primeira escolha;

3. Sistemas Adesivos:
o O próprio sistema adesivo pelo seu procedimento de hibridização da dentina, é um protetor pulpar;
o Selamento dos túbulos dentinários;
o Prevenção microinfiltração;
o O sistema adesivo sela os túbulos dentinários, formando a camada híbrida e os tags resinos, então ele
é um agente de proteção;

4. Vernizes Cavitários:
o Só é utilizado para a proteção de amálgama;
o Protege o tecido pulpar, contra os íons metálicos do amálgama;
o Película não uniforme (+/- 5 mm)  Aplica em um único sentido que é para o verniz selar
completamente aquela dentina. Espera evaporar um pouco e logo em seguida pode-se condensar o
amálgama na cavidade;
o Isolar o complexo dentino-pulpar dos materiais restauradores;
o Alta solubilidade e pequena capacidade de selamento;

5. Óxido de zinco e eugenol:


o IRM  é uma marca;
o Materiais rígidos – 1 a 3 mm;
o Isolamento térmico e elétricos;
o Preenchimento de áreas retentivas;
o Não pode fazer oxido de zinco e eugenol como proteção antes da dentina, pois o eugenol na
composição do óxido de zinco e eugenol ele altera a composição a reação de fotopolimerização da
resina, não deixa a resina endurecer, tomar presa. Então é um material ESTRITAMENTE para
amálgama.

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 5

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 O que vai determinar o que será usado, se será oxido de zinco, resina, verniz? Depende do material restaurador
para se escolher o material de proteção, mas uma coisa que determina muito na proteção é a profundidade
cavitária.

2. Fatores que orientam as estratégias de proteção do Complexo Dentinopulpar:


 Profundidade Cavitária:
1. Superficial;
2. Rasa;
3. Média;
4. Profunda
5. Muito profunda.
 A proteção em 1 não será igual a proteção do 5, como em 5 tem
uma maior permeabilidade dentinária, precisa-se de uma proteção
mais agressiva, uma proteção melhor.
 Qualidade e tipo de dentina remanescente:
 Se tem dentina esclerótica tem ruim adesão, então pode-se orientar a utilização apenas de ionômero
de vidro;
 Idade do paciente:
 Paciente jovem tem um volume de câmara pulpar maior, então o paciente jovem não tem uma
mesma profundidade que um paciente idoso, que terá uma redução desse volume pulpar, além de
ter menos quantidade de esmalte por conte do desgaste fisiológico sofrido ao longo da vida, mas tem
uma maior quantidade de dentina, então trabalha-se com mais tranquilo em uma pessoa idosa.
 Material restaurador:
 A depender do material restaurador que vai se utilizar também vai determinar. Para amálgama por
exemplo só serve para amálgama o verniz e o óxido de zinco e eugenol. Agora se for para amálgama
tem-se outras opções.

PROTOCOLOS

 Tipos de proteção pulpar:


 Proteção pulpar INDIRETA  Sem exposição pulpar
o Cavidades rasas, médias e profundas;
o Tratamento expectante.
 Proteção pulpar DIRETA  Com exposição pulpar
o Diretamente no tecido pulpar;
o Opções:
 Capeamento pulpar;
 Curetagem pulpar;
 Pulpectomia
1. Proteção Pulpar Indireta
o Quando vai ser realizada?
 Quando decidir restaurar, quando a polpa estiver sadia, quando durante o exame
anamnésico e radiográfico definir que não há lesão periapical, não há necrose, que a polpa
está viva, com os objetivos abaixo;
o Polpa normal ou com inflamação reversível;
o Ausência de exposição pulpar;
o Manter a vitalidade pulpar;

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 6

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


o Inibir o processo carioso;
o Reduzir microinfiltração;
o A proteção pulpar INDIRETA pode ser IMEDIATA ou MEDIATA
o Estimular a formação de dentina reparadora.
o Proteção pulpar indireta IMEDIATA é imediatamente, no momento que vai restaurar;
o TRATAMENTO EXPECTANTE, aguarda um tempo de espera (mediata)

OBS.: A remoção do tecido cariado é sempre com cureta dentinária e brocas em baixa rotação.

 Cavidades
 Cavidades Rasas:
 Cavidade com mais de 2 mm (mais ou menos) de estrutura remanescente entre o
assoalho e a polpa;
Resina Composta:
 Sistema Adesivo  O próprio sistema adesivo é suficiente, a camada hibrida
que forma é suficiente para bloquear das agressões, não precisa nada mais;
Amálgama:
 Nenhum protetor é necessário

 Cavidades médias:
 Cavidades com mais de 0,5 mm e menos de 1 mm de estrutura remanescente entre o
assoalho e a polpa
Resina Composta:
 Sistema Adesivo
Amálgama:
 Verniz Cavitário;

 Cavidades Profundas:
 Cavidades com menos de 0,5 mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a
polpa;
Resina Composta:
 CIV + Sistema Adesivo;
OU
 HCA + CIV + Sistema Adesivo
OBS  O que vai determinar se vai-se colocar o hidróxido de cálcio (HCA) ou não, vai ser se o tipo
de dentina, se houver dentina terciária não será necessário, se não tiver aí coloca o HCA.
Amálgama:
 Verniz Cavitário (colocado como selador) e IRM (óxido de zinco e eugenol
colocado como forrador)

 Cavidades muito profundas:


 Cavidades com menos de 0,5 mm de estrutura remanescente entre o assoalho e a
polpa:
Resina Composta:
 HCA + CIV + Sistema Adesivo
Amálgama:
 HCA + Verniz + IRM (óxido de zinco e eugenol)

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 7

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


1.1 Proteção Pulpar Indireta Mediata:
 Tratamento expectante
 É feito em duas etapas, na primeira etapa remove a cárie das paredes circundantes, deixa a parede
de fundo com a cárie, coloca o CIV restaurador e colocar o hidróxido de cálcio na intenção de inibir o
crescimento bacteriano. O hidróxido de cálcio que é bactericida vai inibir a progressão vai produzir
dentina reacional e o CIV vai remineralizar, então vai bloquear a agressão que estava atingindo a
polpa;
 Espera de 30 até 60 dias/45 até 60 dias para saber o resultado;
 Risco de exposição pulpar;
 Tratamento em duas etapas;
 Bloquear as agressões que atingem a polpa;
 Inativar as bactérias e estimular a formação de dentina terciária;
 Remineralizar parte da dentina remanescente;
 Protocolo do tratamento expectante:
 Anamnese;
 Anestesia (alguns autores preconizam para não anestesiar para saber se o paciente sente dor, se
sentiu vai saber que a polpa está viva). O que vai determinar se a polpa está viva ou não vai ser o
exame clínico com o radiográfico, não vai-se fazer teste de cavidade;
 Isolamento do campo operatório  Sempre, pois se expor da para fazer a proteção pulpar
direta;
 Acesso à cavidade;
 Remoção da dentina cariada superficial;
 Cimento de Ca(OH)2;
 Selamento cavitário com o (CIV).
 Tratamento expectante:
 Quando o paciente volta, faz-se todos os testes de vitalidade (radiografa, percurssão...), para
saber se o dente respondeu ao tratamento feito, se respondeu será feita a restauração;
 Teste de vitalidade pulpar;
 Radiografia periapical (verificar periápice e formação de barreira dentinária cariada
remanescente);
 Remoção da dentina cariada remanescente;
 Capeamento pulpar indireto;
 Restauração definitiva
 Qual o objetivo do CIMENTO DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO?
 Formar dentina para distanciar depois do procedimento de restauração.

2. Proteção Pulpar Direta:


o Feita quando houver a exposição do tecido pulpar;
o Polpas normais expostas acidentalmente;
o Sangramento vivo e abundante;
o Ausência de tecido cariado;
o Fraturas dentais;
o Sintomatologia pulpar provocada.
o Protocolo da Proteção pulpar Direta:
 Anamnese;

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 8

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com


 Isolamento do campo operatório;
 Remoção da dentina cariada
 Limpeza Cavitária – solução Ca(OH)2;
 Aplicação de pó de Ca(OH)2;
 Cimento de Ca(OH)2
 Aplicação de cimento de ionômero de vidro;
 Restauração definitiva.

OBSERVAÇÕES FINAIS:

 O ácido fosfórico é colocado sempre depois da proteção;

 O CIV (cimento de ionômero de vidro) precisa de pelo menos 5 minutos para fazer sua reação inicial de presa,
logo o ácido só pode ser colocado depois de 5 minutos.

 A pulpotomia é a remoção da polpa somente coronária, deixando a polpa radicular;

 O paciente sentir dor espontânea nem precisa mais planejar tratamento expectante nem nada, isso aí já é sinal de
tratamento radical da polpa.

 Se ao remover a cárie, está no finalzinho terminando a remoção, expôs a polpa, vai fazer a BOMBA DE CIMENTO
DE HIDRÓXIDO DE CÁLCIO que é:

1. Lavra o sangramento com solução de hidróxido de cálcio (coloca a solução na seringa e lava bastante o
sangramento). Só com essa lavagem o sangramento praticamente some, pois o hidróxido de cálcio é
hemostático.
2. Aplicar o pó de cimento de hidróxido de cálcio em cima do sangramento;
3. Coloca o cimento de hidróxido de cálcio;
4. Por cima coloca o ionômero de vidro. Pode fazer ionômero de vidro todo, vedar tudo com o ionômero de
vidro esperar para ver se o paciente vai ter alguma coisa e depois restaurar, ou então de forma mais
“arriscada” coloca-se o CIV como proteção e já faz a restauração definitiva.

O paciente deve ficar em OBSERVAÇÃO, deve está ciente do que aconteceu, se começar a sentir dor, se começar
a ter reação periapical, aí o paciente deve ser encaminhado para a endodontia.

Referências Bibliográficas

BARATIERI, L. N. et al. Odontologia Restauradora: Fundamentos e Técnicas. Vol. 1. São Paulo: Santos, 2010.

Dentística Saúde e Estética – Ewerton Nocchi Conceição.

Dentística Procedimentos Pré-ClÌnicos – José Mondelli.

Odontologia Restauradora, Fundamentos e Possibilidades – Luiz Baratieri.

Cariologia: Conceitos básico, diagnóstico e tratamento não Restaurador – Série Abeno – Mariza Maltz et al.

Clínica Integrada 1 (Dentística) – 5º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Proteção do Complexo Dentina-Polpa -


@Resumodontologia Página 9

Licenciado para - Diosef Carvalho - Protegido por Eduzz.com

Você também pode gostar