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CAPÍTULO 6.1
Objetivos:
Ainda, para um mesmo tipo de solo, pode ainda ocorrer diferentes relações
tensão-deformação dependendo do tipo de carregamento a ser imposto (tipo da
obra – posteriormente será apresentado).
Em outros casos a preocupação são as deformações que o solo pode sofrer. Ou seja,
algumas obras admitem deformações máximas. Neste caso, o foco é a relação tensão-
deformação.
2 1 ν
• Com base nas tensões existentes, têm-se o equilíbrio de forças em qualquer plano
(aplicação em um elemento de área qualquer - dA).
ESTADO DE TENSÕES – PLANO DE RUPTURA
• Def.: Pólo é a origem dos planos. Toda linha que sai do Pólo e corta o circulo de Mohr em
um ponto, resulta em tensões normais e cisalhantes que atuam nesse plano.
• O método do pólo é uma solução alternativa para obtenção das tensões atuantes ao longo de
um plano qualquer, a partir do pólo (P) representado por um ponto no círculo de Mohr.
• Exemplo:
MÉTODO DO POLO
• Exemplo:
MÉTODO DO POLO
• Exemplo:
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 2: A partir das tensões
principais apresentadas,
determinar as tensões normais e
cisalhantes em um plano
inclinado a 35° em relação a
horizontal.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 3: A partir das tensões principais apresentadas em um plano inclinado a 20°,
determinar as tensões normais e cisalhantes m um plano inclinado a 35° em relação a base
do elemento.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 4:
• Determinar as tensões normais e cisalhantes quando α =30°
• Determinar as tensões principais e o plano de atuação dessas tensões
• Determinar a máxima tensão cisalhante e a orientação do plano de atuação dessa tensão.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 5:
• Dois planos a e b estão separados por um ângulo desconhecido θ. O plano a está
apresentado na Figura abaixo, o qual faz um ângulo de 15° com a horizontal, com
σa=10kPa e τa=2kPa. As tensões no plano b são de σb=9kPa e τa=-3kPa.
• Determinar as tensões principais e o plano de atuação dessas tensões
• Determinar as tensões no plano horizontal.
• Encontre o ângulo entre os planos a e b.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 6:
• A partir das tensões em um elemento mostrado na Figura a, determine a magnitude e a
direção das tensões principais.
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DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114
CAPÍTULO 6.2
No caso de areias densas (dense sand) há uma força maior para superar a
resistência ao cisalhamento dos solos. Portanto, normalmente:
τareias densas > τ areias fofas
2. RESISTÊNCIA ENTRE PARTÍCULAS
Parâmetros de resistência ao cisalhamento do solos:
Ângulo de Atrito (φ) e Coesão (c)
• Mohr (1900): Critério de ruptura no qual os materiais rompem quando a tensão cisalhante
(τ) num plano de ruptura atinge uma determinada função dependente da tensão normal
aplicada neste material. Ou seja: τ f = f (σf). Portanto, deve-se analisar o estado de tensões
a que o solo está submetido.
• Essa função representa que um material não sofre ruptura se atingir a tensão máxima
cisalhante ou normal isoladamente, mas sim quando estas estiverem combinadas de modo
que alcancem conjuntamente determinado valor para romper o material, em um determinado
plano.
τ = c + σ.tg φ
EXEMPLO 1:
CAPÍTULO 6.3
CAPÍTULO 6.4
Carregamento ou Descarregamento
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
A Figura abaixo apresenta 6 trajetórias de tensões diferentes, sendo:
• Trajetória A: Δσh = Δσv
• Trajetória B: Δσh = 0,5.Δσv
Condição Inicial (Geostática)
• Trajetória C: Δσh = 0.Δσv (com aumento de Δσv)
• Trajetória D: Δσh = -Δσv
• Trajetória E: Δσh diminui; Δσv = 0
• Trajetória F: Δσh aumenta; Δσv diminui
Carregamento ou Descarregamento
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
• A Figura abaixo mostra a trajetória de tensões para simulações de carregamentos ou
escavações que possam ocorrer em campo.
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
Exercício:
Verifique se a trajetória de tensões A, B e C da figura abaixo estão corretas
conforme apresentado:
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CAPÍTULO 6.5
SIMULAR TAMBÉM:
COMPORTAMENTO DRENADOS
σ = σ’ + u
Dependem principalmente do tipo
de solo e da condição e velocidade
NÃO DRENADOS (COM DISSIPAÇÃO de aplicação da carga.
OU ACRÉSCIMO DE PRESSÃO NEUTRA)
σ = σ’ + u ± Δu
ENSAIOS LABORATORIAIS
EXEMPLO:
1: Uma mesma massa de solo com matriz coesiva (argila), pode ter comportamento
drenado, se a velocidade de aplicação da carga for lenta, ou ter um comportamento não-
drenado, caso a velocidade de aplicação da carga for rápida.
2: Já um solo arenoso necessita de uma aplicação de carga excessivamente rápida, para que o
comportamento seja não drenado, já que o excesso de pressão neutra, dissipa-se rapidamente
ou em alguns casos, nem ocorre.
ENSAIOS LABORATORIAIS
• Cisalhamento Direto
• Compressão Simples
• Ring Shear
CAPÍTULO 6.5.1
Uma carga vertical (tensão normal) pode ser aplicada na amostra, com o auxílio de um
“top cap”.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Etapas do Ensaio:
1. Amostragem – coleta de amostra indeformada (bloco, moldes, tubo shelby, etc), ou coleta
de amostra indeformada no caso de solos compactados (reproduzir γs em laboratório)
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Etapas do Ensaio:
2. Moldagem do CP:
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Etapas do Ensaio:
3. Montagem do Equipamento
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Etapas do Ensaio:
1. Força de cisalhamento
2. Deformação vertical
Principais cálculos:
Deformação Vertical
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Resultados Típicos
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
• O plano de ruptura ocorre numa direção forçada (horizontal), o qual não necessariamente é a
geometria crítica para a ocorrência de ruptura no corpo de prova;
• Existem forças nas vizinhanças da amostra que levam a condições de não uniformidade da
aplicação das tensões na amostra;
• Ocorre a rotação dos planos principais. A tensão normal e cisalhante são determinadas
exclusivamente no plano horizontal, onde ocorre a ruptura;
• A determinação dos estados de tensão em outros planos só é possível após o traçado da envoltória
de ruptura. Nesta figura também é possível verificar a rotação dos planos principais.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
CAPÍTULO 6.5.2
Ensaios triaxiais são mais versáteis e em diversos casos, mais confiáveis nos
procedimentos para medir os parâmetros de resistência do que os ensaios de
cisalhamento direto, e podem ser utilizados para diversos tipos de solos.
• Pistão: utilizado para aplicação da tensão desviadora (σd), através de tensão controlada
(Stress Path Control) ou deformação controlada (Constant Rate of Strain);
• Placa Superior ou “top cap”: transfere a carga para a amostra de forma uniforme ou
não.
Etapas do Ensaio:
2. Moldagem do CP.
3. Montagem do equipamento;
4. Saturação do CP
5. Consolidação ou não do CP
4. Saturação do CP
A saturação permite que o excesso de pressão neutra e a variação de volume passem a ser
medidos durantes os ensaios drenados ou não-drenados.
O valor da pressão neutra aplicado normalmente é de 100 a 200 kPa. Com isso ocorre a
solubilização de ar, devido à pressão os vazios da amostra.
5. Consolidação
Trajetória de Tensões
Efetiva = Total
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.2. TRIAXIAL CIU – CONSOLIDADO NÃO
DRENADO
Trajetória de Tensões
Efetiva ≠ Total
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.3. TRIAXIAL UU – NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO
Nesse ensaio não ocorre a consolidação do corpo de prova, ou seja, admite-se que o solo é ensaiado nas
mesmas condições de campo (solos com baixa permeabilidade e sem expansão).
O cisalhamento ocorre com uma velocidade relativamente rápida, de forma que ocorra excesso ou
dissipação de pressão neutra, de forma homogênea na amostra.
Não ocorre variação volumétrica, apenas excesso ou dissipação de pressão neutra (±ΔU).
O ensaio não permite a determinação da envoltória efetiva, visto que a tensão efetiva do corpo de prova
não se altera antes do cisalhamento.
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.3. TRIAXIAL UU – NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO
Principais cálculos:
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MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114
CAPÍTULO 6.5.4
Ampliação de barragens
CAPÍTULO 6.6
Valores típicos de ângulo de atrito para solos arenosos (segundo Souza Pinto)
É importante que ressaltar que deve-se ter muito cuidado com a utilização de parâmetros
tabelados, pois tratam-se de valores específicos para um determinado tipo de solo ensaiado
sob determinadas condições.
Sempre que possível, a realização de ensaios laboratoriais deve ser realizada obtendo
parâmetros específicos para o solo a ser trabalhado.
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CAPÍTULO 6.7
É importante que ressaltar que deve-se ter muito cuidado com a utilização de parâmetros
tabelados, pois tratam-se de valores específicos para um determinado tipo de solo ensaiado
sob determinadas condições.
Sempre que possível, a realização de ensaios laboratoriais deve ser realizada obtendo
parâmetros específicos para o solo a ser trabalhado.
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CAPÍTULO 6.8
Considerações que serão utilizadas para o cálculo de empuxo (Rankine) – ver notas de aula.
REFERÊNCIAS:
CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações, Volume 2, 1988.
BRAJA DAS. Fundamentos de Engenharia Geotécnica”. 2007.
MILTON VARGAS; Introdução à Mecânica dos Solos
HOLTZ, R.D.; KOVACS W.D. An Introduction to Geotechnical Engineering. Prentice – Hall, New Jersey,
1981.
HEAD, K.H. “Manual of soil laboratory testing”. Volume 3. Effective Stress Test. 2º ed. John Willey e Sons
Ltda. 1998.
ORTIGÃO, J. A. R.; Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. LTC – Livros Técnicos e
Científicos Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1995.
CARLOS SOUZA PINTO, Curso Básico de Mecânica dos Solos
Notas de Aula, Prof.ª Denise M S Gerscovich – UFRJ.: www.eng.uerj.br/~denise/
Notas de Aula, Prof.º Marciano Maccarini – UFSC
Notas de Aula, Prof.º Murilo Espíndola – UFSC
GODOI, C.S. Caracterização Geomecânica de um Solo Residual de Gnaisse – Santo Amaro da Imperatriz,
Santa Catarina