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UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL


MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114

CAPÍTULO 6.1

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


PRINCÍPIOS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


IMPORTÂNCIA
Base teórica e matemática para diversas obras de terra e geotécnicas.

Nos capítulos 6 (Empuxos de Terra) e 7 (Movimentos de Massas e Estabilidade


de Talude) serão utilizados os conceitos da resistência ao cisalhamento.

Deslizamentos de terra e outros movimentos de massa estão diretamente


relacionados à resistência ao cisalhamento dos solos.

Objetivos:

• Analisar estados de tensões possíveis de serem suportados pelos solos.


• Analisar a estabilidade de taludes e aterros.
• Dimensionar obras de contenção / proteção / fundações.
PRINCIPAL CAUSA DE DESLIZAMENTOS
Basicamente, o mecanismo do escorregamento será ocasionado caso as tensões
cisalhantes atuantes se tornar igual à resistência ao cisalhamento do solo:
τatuante = τ resist

A mecânica dos deslizamentos será apresentada melhor no capítulo 7.


INTRODUÇÃO
Da mesma forma, no momento em que as tensões atuantes se tornam maiores
que as tensões resistentes do solo (tensão cisalhante do solo), inicia-se o
processo de ruptura.

Ou seja, quando tensões em uma fundação, talude, escavação ou outra obra


geotécnica são aumentadas até que as deformações resultantes se tornem
demasiadamente grandes, diz-se que o solo atingiu a ruptura.

Definição: A resistência ao cisalhamento dos solos é definida pela tensão


cisalhante que ocorre no Plano de Ruptura, no momento da ruptura.
RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃO
A relação entre tensões-deformações são diferentes para diferentes tipos de
solos.

Ainda, para um mesmo tipo de solo, pode ainda ocorrer diferentes relações
tensão-deformação dependendo do tipo de carregamento a ser imposto (tipo da
obra – posteriormente será apresentado).

As relações tensão-deformação depende de variáveis como:


• Composição do solo – caracterização / classificação;
• Índice de vazios
• Trajetória de tensões do carregamento (tipo de obra)
• História de tensões (solos NA ou PA)
RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃO

Comportamento tensão-deformação para


diferentes tipos de materiais.

Acima o comport. Tensão-deformação


para uma areia densa, média e fofa.
RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃO
Para algumas obras, interessa-se apenas a conhecer as tensões que provocam a ruptura
do solo. Neste caso, o foco principal é a resistência ao cisalhamento dos solos;

Em outros casos a preocupação são as deformações que o solo pode sofrer. Ou seja,
algumas obras admitem deformações máximas. Neste caso, o foco é a relação tensão-
deformação.

Nesse caso, dentre outros modelos constitutivos, pode-se recorrer à Teoria da


Elasticidade, a qual admite que o solo comporta-se de forma elástica, ou seja, cessada a
causa das deformações (tensões), o solo retorna à posição original (ver próximo slide).

É importante lembrar que na maioria dos casos, deve-se analisar tanto a


resistência ao cisalhamento, quanto as deformações que o solo sofrerá (exemplos:
Barragens, túneis, aterros sobre solos moles, etc.).
RELAÇÕES TENSÃO-DEFORMAÇÃO
O comportamento real do solo é chamado de hiperbólico. Pois o esse modelo apresenta
uma generalização de comportamentos, podendo representar curvas Tensão x Def. de
solos argilosos até arenosos, em comportamentos drenados ou não drenados.
O modelo hiperbólico representa um comportamento elástico e não linear.
Na sua forma original, o modelo emprega os módulos tangente (Et), que variam em
função dos níveis de tensão.
TEORIA DA ELASTICIDADE PARA SOLOS
Segundo Carlos de Souza Pinto (apud Marangon), a teoria da elasticidade tem sido
empregada para a estimativa das tensões atuantes no interior da massa de solo em
virtude de carregamentos na superfície, e mesmo no interior do terreno.

O emprego de Teoria da elasticidade aos solos é questionável, pois o comportamento


dos solos não satisfaz aos requisitos de material elástico, principalmente no que se refere
a reversibilidade das deformações quando as tensões mudam de sentido. Entretanto,
quando ocorrem somente acréscimos de tensão, justifica-se a aplicação da teoria. Por
outro lado, até determinado nível de tensões, existe uma certa proporcionalidade entre as
tensões e as deformações, de forma que se considera um Módulo de Elasticidade
constante como representativo do material. Mas a maior justificativa para a aplicação da
Teoria de Elasticidade é o fato de não de dispor ainda de melhor alternativa e, também,
porque ela tem apresentado uma avaliação satisfatória das tensões atuantes no solo, pelo
que se depreende da análise de comportamento de obras.
TEORIA DA ELASTICIDADE PARA SOLOS
Parâmetros importantes obtidos da teoria da Elasticidade:
E (Módulo de Elasticidade, tangente ou secante); ν (coeficiente de poisson); G (módulo
cisalhante).

2 1 ν

Parâmetros de resistência: c (coesão); φ (ângulo de atrito interno)


TENSÕES EM UM ELEMENTO DE SOLO

Deformações sob compressão

Deformações sob cisalhamento


ESTADO DE TENSÕES
Em um ponto qualquer no subsolo as tensões atuantes e normais a um plano,
vertical e horizontal, não são necessariamente as mesmas.
Quando não há tensões cisalhantes atuando no plano, é possível definir as
tensões principais σ1 e σ3, importantes referências para o traçado do circulo de
Mohr, além de representarem a maior e menor tensões normais atuantes para
um determinado estado de tensões

Tensões Atuantes no solo Simplificação para a maioria de


obras e problemas geotécnicos
ESTADO DE TENSÕES – PLANO DE RUPTURA
• Quando há o aparecimento de tensões cisalhantes em um plano qualquer, as tensões
normais atuantes não serão mais as principais (σα).
• Essas tensões cisalhantes, para um determinado estado de tensões, podem variar
conjuntamente com a variação das tensões normais, vertical e horizontal até um
máximo (α = 45º).
• Porém, quando α = (45 + φ/2) ocorre a ruptura do material (critério de Mohr –
Coulomb. φ representa o ângulo de atrito interno do solo).

Simplificação para a maioria de Estado de Tensões com


obras e problemas geotécnicos tensões cisalhantes
ESTADO DE TENSÕES – PLANO DE RUPTURA
• A análise das tensões em um determinado elemento, permite determinar as tensões
normais e cisalhantes, em qualquer plano (inclusive no plano de ruptura).

• Com base nas tensões existentes, têm-se o equilíbrio de forças em qualquer plano
(aplicação em um elemento de área qualquer - dA).
ESTADO DE TENSÕES – PLANO DE RUPTURA

Resolvendo as duas equações simultaneamente, são obtidos:

Sendo que σx e σy normalmente são representados por σ1 e σ3 ,


chamadas de tensões principais (τ=0).
MÉTODO DO POLO
• Também conhecido como método da origem dos planos

• Def.: Pólo é a origem dos planos. Toda linha que sai do Pólo e corta o circulo de Mohr em
um ponto, resulta em tensões normais e cisalhantes que atuam nesse plano.

• O método do pólo é uma solução alternativa para obtenção das tensões atuantes ao longo de
um plano qualquer, a partir do pólo (P) representado por um ponto no círculo de Mohr.

• Primeiramente, deve-se determinar a posição do Pólo. A partir de tensões normais e


cisalhantes conhecidas, em um determinado plano, pode-se determinar o Pólo.
Posteriormente determina-se as tensões em qualquer outro plano.

• Convenção de sinais para tensões cisalhantes, para


construção do círculo de Mohr:
MÉTODO DO POLO

• Exemplo:
MÉTODO DO POLO

• Exemplo:
MÉTODO DO POLO

• Exemplo:
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 2: A partir das tensões
principais apresentadas,
determinar as tensões normais e
cisalhantes em um plano
inclinado a 35° em relação a
horizontal.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 3: A partir das tensões principais apresentadas em um plano inclinado a 20°,
determinar as tensões normais e cisalhantes m um plano inclinado a 35° em relação a base
do elemento.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 4:
• Determinar as tensões normais e cisalhantes quando α =30°
• Determinar as tensões principais e o plano de atuação dessas tensões
• Determinar a máxima tensão cisalhante e a orientação do plano de atuação dessa tensão.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 5:
• Dois planos a e b estão separados por um ângulo desconhecido θ. O plano a está
apresentado na Figura abaixo, o qual faz um ângulo de 15° com a horizontal, com
σa=10kPa e τa=2kPa. As tensões no plano b são de σb=9kPa e τa=-3kPa.
• Determinar as tensões principais e o plano de atuação dessas tensões
• Determinar as tensões no plano horizontal.
• Encontre o ângulo entre os planos a e b.
MÉTODO DO POLO
• Exemplo 6:
• A partir das tensões em um elemento mostrado na Figura a, determine a magnitude e a
direção das tensões principais.
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CAPÍTULO 6.2

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


CRITÉRIOS DE RUPTURA

Eng. Cesar Schmidt Godoi


RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS
Definições: Tensão cisalhante que ocorre no plano de ruptura no instante da
ruptura.

Basicamente, a resistência ao cisalhamento (dos solos saturados) ocorre por


duas parcelas principais: Embricamento entre partículas (mais evidente em
solos arenosos) e a resistência entre partículas propriamente dita.
1. “EMBRICAMENTO”
Embricamento: Ocorre principalmente para solos não-coesivos (areias)
No caso de solos coesivos, distingue-se pela história de tensões (solos pré-
adensados –PA - ou solos normalmente adensados – NA)

No caso de areias densas (dense sand) há uma força maior para superar a
resistência ao cisalhamento dos solos. Portanto, normalmente:
τareias densas > τ areias fofas
2. RESISTÊNCIA ENTRE PARTÍCULAS
Parâmetros de resistência ao cisalhamento do solos:
Ângulo de Atrito (φ) e Coesão (c)

2.1. ÂNGULO DE ATRITO – Definição Básica

O atrito corresponde a uma resistência oposta a que esta sendo aplicada,


proveniente apenas do contato grão-grão. Portanto, ela é dependente da tensão
normal atuante.
2. RESISTÊNCIA ENTRE PARTÍCULAS
2.2. COESÃO – Definição Básica

O mecanismo da coesão se assemelha a uma “cola” atuante entre as partículas.


Esse mecanismo é na realidade uma ligação cimentada entre as partículas, e
assim, independente da tensão normal atuante no solo
CRITÉRIO DE RUPTURA – MOHR COULOMB
• A ruptura ocorre, quando a tensão cisalhante atuante é maior que a tensão resistente do solo.
Como visto anteriormente, a resistência ao cisalhamento depende de parâmetros
(resistência), típica de cada solo, do histórico de tensões atuantes e/ou da compacidade dos
solos.

• Mohr (1900): Critério de ruptura no qual os materiais rompem quando a tensão cisalhante
(τ) num plano de ruptura atinge uma determinada função dependente da tensão normal
aplicada neste material. Ou seja: τ f = f (σf). Portanto, deve-se analisar o estado de tensões
a que o solo está submetido.

• Essa função representa que um material não sofre ruptura se atingir a tensão máxima
cisalhante ou normal isoladamente, mas sim quando estas estiverem combinadas de modo
que alcancem conjuntamente determinado valor para romper o material, em um determinado
plano.

• Envoltória de Mohr Curva

• Coulomb, 1776, já havia apresentado uma equação de ruptura de materiais, de forma


linearizada. Comumente utiliza-se a função linear de Coulomb.
CRITÉRIO DE RUPTURA – MOHR COULOMB
CRITÉRIO DE RUPTURA – MOHR COULOMB
• A envoltória de ruptura de Mohr-Coulomb se caracteriza pela equação:

τ = c + σ.tg φ

Onde: c – Intercepto Coesivo


Importantíssimo!
φ – Ângulo de Atrito Interno

EXEMPLO 1:

A amostra de solo está submetida a


uma pressão hidrostática (igual em todas
as direções, ou seja σ3 = σ1).

O estado de tensão deste solo é


representado pelo ponto σ3 e a tensão
cisalhante é nula
CRITÉRIO DE RUPTURA – MOHR COULOMB
EXEMPLO 2:
O circulo de Mohr está inteiramente abaixo
da envoltória.
A tensão cisalhante (τα) no plano de ruptura
é menor que a resistência ao cisalhamento do
solo (τr) para a mesma tensão normal.
Não ocorre ruptura
FS > 1

EXEMPLO 3: O círculo de Mohr tangência a envoltória


de ruptura.
Neste caso atingiu-se, em algum plano, a
resistência ao cisalhamento do solo e ocorre a
ruptura.
Esta condição ocorre em um plano
inclinado a um ângulo "α critico" com o
plano onde atua a tensão principal maior
FS = 1
CRITÉRIO DE RUPTURA – MOHR COULOMB
EXEMPLO 4:

: Este círculo de Mohr é impossível de ser


obtido
Antes de atingir-se este estado de tensões já
estaria ocorrendo ruptura em vários planos.
Existiria planos onde as tensões cisalhantes
seriam superiores à resistência ao
cisalhamento do solo
FS < 1 -------- TEORICAMENTE
IMPOSSÍVEL NA MECÂNICA DOS
SOLOS SATURADOS
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CAPÍTULO 6.3

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


INFLUÊNCIA DA PRESSÃO NEUTRA

Eng. Cesar Schmidt Godoi


INFLUÊNCIA DA PRESSÃO NEUTRA NA RESIST. AO
CISALHAMENTO
A pressão neutra pode deslocar os círculos de Mohr para a direita ou para a esquerda,
dependendo se o valor de u é positivo ou negativo.

Princípio das pressões efetivas: σ = σ´+ u


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CAPÍTULO 6.4

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


TRAJETÓRIA DE TENSÕES

Eng. Cesar Schmidt Godoi


TRAJETÓRIA DE TENSÕES
É importante que se acompanhe os sucessivos estados de tensões para o qual um
elemento de solo está sendo solicitado (em campo ou laboratório).

O real comportamento geomecânico depende da maneira com que o solo é


solicitado.

Uma das maneiras de se acompanhar os sucessivos estados de tensões é elaborar os


círculos de Mohr correspondentes a cada incremento ou retirada de carga.

No entanto, isso torna a representação gráfica muito complicada.

Prefere-se, então utilizar os pontos máximos dos círculos de Mohr


TRAJETÓRIA DE TENSÕES

O gráfico correspondente à trajetória de tensões é plotado num diagrama p-q, sendo


p igual a (em termos de tensões totais ou efetivas):

• E então, q, conforme descrito na equação:

Caso a análise fosse tridimensional, os valores passariam a ser:


TRAJETÓRIA DE TENSÕES
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
A Figura abaixo apresenta 6 trajetórias de tensões diferentes, sendo:
• Trajetória A: Δσh = Δσv
• Trajetória B: Δσh = 0,5.Δσv
Condição Inicial (Geostática)
• Trajetória C: Δσh = 0.Δσv (com aumento de Δσv)
• Trajetória D: Δσh = -Δσv
• Trajetória E: Δσh diminui; Δσv = 0
• Trajetória F: Δσh aumenta; Δσv diminui

Carregamento ou Descarregamento
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
A Figura abaixo apresenta 6 trajetórias de tensões diferentes, sendo:
• Trajetória A: Δσh = Δσv
• Trajetória B: Δσh = 0,5.Δσv
Condição Inicial (Geostática)
• Trajetória C: Δσh = 0.Δσv (com aumento de Δσv)
• Trajetória D: Δσh = -Δσv
• Trajetória E: Δσh diminui; Δσv = 0
• Trajetória F: Δσh aumenta; Δσv diminui

Carregamento ou Descarregamento
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
• A Figura abaixo mostra a trajetória de tensões para simulações de carregamentos ou
escavações que possam ocorrer em campo.
TRAJETÓRIA DE TENSÕES
Exercício:
Verifique se a trajetória de tensões A, B e C da figura abaixo estão corretas
conforme apresentado:
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CAPÍTULO 6.5

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


ENSAIOS LABORATORIAIS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


ENSAIOS LABORATORIAIS

SIMULAR AS CONDIÇÕES DO SOLO, APRESENTADAS EM CAMPO

OBTER PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA E DEFORMAÇÃO (coesão, ângulo de atrito,


modulo de deformabilidade e coeficiente de Poisson, ou seja, c, φ, E, μ)

PARA DETERMINAÇÃO DOS PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA, DEVE-SE


SIMULAR A PIOR CONDIÇÃO A QUE O SOLO PODE ESTAR SUBMETIDO. EM
QUASE TODOS OS CASOS – SATURADO.

SIMULAR TAMBÉM:
COMPORTAMENTO DRENADOS
σ = σ’ + u
Dependem principalmente do tipo
de solo e da condição e velocidade
NÃO DRENADOS (COM DISSIPAÇÃO de aplicação da carga.
OU ACRÉSCIMO DE PRESSÃO NEUTRA)
σ = σ’ + u ± Δu
ENSAIOS LABORATORIAIS

EXEMPLO:

1: Uma mesma massa de solo com matriz coesiva (argila), pode ter comportamento
drenado, se a velocidade de aplicação da carga for lenta, ou ter um comportamento não-
drenado, caso a velocidade de aplicação da carga for rápida.

2: Já um solo arenoso necessita de uma aplicação de carga excessivamente rápida, para que o
comportamento seja não drenado, já que o excesso de pressão neutra, dissipa-se rapidamente
ou em alguns casos, nem ocorre.
ENSAIOS LABORATORIAIS

PRINCIPAIS ENSAIOS LABORATORIAIS PARA DETERMINAÇÃO DA


RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DO SOLO (PARÂMETROS DE
RESISTÊNCIA):

• Cisalhamento Direto

• Triaxial (CD, CU ou UU)

• Compressão Simples

• Ring Shear

• Cisalhamento Direto Simples

• Vane-Test (ensaio de campo, que pode ser adaptado em laboratório)


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CAPÍTULO 6.5.1

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Eng. Cesar Schmidt Godoi


ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

O ensaio de cisalhamento direto é o ensaio mais comum de determinação da


resistência ao cisalhamento de solos;

É também, provavelmente o ensaio para determinação da resistência do solo mais


antigo existente, sendo que Coulomb (há mais de 200 anos) utilizou um tipo de
caixa de cisalhamento para obter os parâmetros da sua envoltória.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Basicamente, uma amostra contida numa caixa de cisalhamento, a qual é separada
horizontalmente em duas metades, onde uma das metades é fixa enquanto que a outra é
“empurrada” horizontalmente.

Com isso a amostra é cisalhada em um plano pré-definido (horizontalmente).

Uma carga vertical (tensão normal) pode ser aplicada na amostra, com o auxílio de um
“top cap”.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Etapas do Ensaio:

1. Amostragem – coleta de amostra indeformada (bloco, moldes, tubo shelby, etc), ou coleta
de amostra indeformada no caso de solos compactados (reproduzir γs em laboratório)
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Etapas do Ensaio:

2. Moldagem do CP:
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Etapas do Ensaio:

3. Montagem do Equipamento
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Etapas do Ensaio:

4. Inundação do CP – objetivo: simular a condição crítica em termos de resistência, eliminando


a parcela de coesão aparente (sucção).

5. Consolidação do CP: para determinação da envoltória de resistência pelo menos 3 corpos de


prova devem ser submetidos a diferentes carregamentos (diferentes estados de tensões).

6. Cisalhamento do CP: No ensaio de cisalhamento direto, normalmente simula-se a condição


drenada, ou seja, baixa velocidade de cisalhamento.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Medições do Ensaio Tradicional:

1. Força de cisalhamento
2. Deformação vertical

Controle do Ensaio Tradicional:

1. Carga vertical (consolidação)


2. Velocidade de cisalhamento
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Principais cálculos:

Tensão Cisalhante Corrigida

Tensão Vertical Corrigida

Deformação Vertical
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Resultados Típicos
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Diversos autores citam algumas vantagens e desvantagens do ensaio de


cisalhamento direto, sendo que as principais vantagens são as seguintes:

• É um ensaio rápido, barato e relativamente simples;

• Obtém-se (normalmente de forma conservadora) os parâmetros de resistência do


solo;

• Pode-se observar claramente o plano de ruptura.


ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO
Porém, esse ensaio apresenta algumas desvantagens, conforme segue:

• Dificuldades em controlar a drenagem na amostra (o que afeta o traçado das envoltórias de


ruptura total e efetiva), sendo que uma das soluções para resolver esse problema é utilizar
velocidade lenta no ensaio (ensaio lento). Assim não ocorre o acréscimo de pressão neutra na
amostra e por isso o ensaio é considerado drenado;

• O plano de ruptura ocorre numa direção forçada (horizontal), o qual não necessariamente é a
geometria crítica para a ocorrência de ruptura no corpo de prova;

• Existem forças nas vizinhanças da amostra que levam a condições de não uniformidade da
aplicação das tensões na amostra;

• Ocorre a rotação dos planos principais. A tensão normal e cisalhante são determinadas
exclusivamente no plano horizontal, onde ocorre a ruptura;

• A determinação dos estados de tensão em outros planos só é possível após o traçado da envoltória
de ruptura. Nesta figura também é possível verificar a rotação dos planos principais.
ENSAIOS LABORATORIAIS – CISALHAMENTO DIRETO

Magnitude e direção das tensões durante o ensaio de cisalhamento direto.


Fonte: Gerscovich, 2010
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114

CAPÍTULO 6.5.2

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Eng. Cesar Schmidt Godoi


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Ensaios triaxiais são mais versáteis e em diversos casos, mais confiáveis nos
procedimentos para medir os parâmetros de resistência do que os ensaios de
cisalhamento direto, e podem ser utilizados para diversos tipos de solos.

Os ensaios triaxiais podem representar de forma mais realista as trajetórias de


tensões que prevalecem no campo.

Principais referências: Bishop e Henkel (1962), Head (1980)


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
Ensaios Triaxiais Tradicionais:

TRIAXIAL CONSOLIDADO ISOTROPICAMENTE DRENADO – CONSOLIDATED


DRAINED (CID)

TRIAXIAL CONSOLIDADO ISOTROPICAMENTE NÃO-DRENADO –


CONSOLIDATED UNDRAINED (CIU)

TRIAXIAL NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO – UNCONSOLIDATED


UNDRAINED (UU)

TODOS OS ENSAIO EXECUTADOS NO MESMO EQUIPAMENTO


(CÂMARA TRIAXIAL)
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
Detalhes do equipamento:
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
Detalhes do equipamento:

• Pistão: utilizado para aplicação da tensão desviadora (σd), através de tensão controlada
(Stress Path Control) ou deformação controlada (Constant Rate of Strain);

• Placa Superior ou “top cap”: transfere a carga para a amostra de forma uniforme ou
não.

• Membrana de borracha: tem como finalidade separar a amostra de solo da água


utilizada na aplicação da tensão confinante, além de “isolar” as pressões neutras da
amostra;

• Válvula: Controle da drenagem.

• Pedras Porosas: drenagem pelas extremidades do CP.


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
Detalhes do equipamento:
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
Detalhes do equipamento:
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Etapas do Ensaio:

1. Amostragem – mesmas considerações do ensaio cisalhamento direto

2. Moldagem do CP.

3. Montagem do equipamento;

4. Saturação do CP

5. Consolidação ou não do CP

6. Cisalhamento Drenado ou Não Drenado


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

4. Saturação do CP

A saturação permite que o excesso de pressão neutra e a variação de volume passem a ser
medidos durantes os ensaios drenados ou não-drenados.

Normalmente para saturar, utiliza-se o método da contra-pressão: aplica-se uma pressão


externa (σ3 - externa à membrana) e uma pressão neutra (u - interna à membrana). Essa
diferença deve ser pequena de tal modo que ocorra o contato da membrana com o solo e
não ocorra diminuição do índice de vazios da amostra (diferença de 5 a 10kPa).

O valor da pressão neutra aplicado normalmente é de 100 a 200 kPa. Com isso ocorre a
solubilização de ar, devido à pressão os vazios da amostra.

Para verificar se a amostra está saturada, faz-se a verificação do parâmetro B de Skempton



( ∆
). O solo é considerado saturado quando B > 0,95.
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

5. Consolidação

Cada corpo de prova é consolidado para uma determinada pressão efetiva.

No caso do ensaio UU não ocorre consolidação.


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6. CISALHAMENTO:
Pode ocorrer em condições drenadas ou não drenadas. Na fase de cisalhamento, mantém-se
constante o valor de σc (pressão confinante) e aumenta-se o valor da tensão desviadora, σd.
Com isso são geradas tensões cisalhantes na amostra até a ocorrência da sua ruptura.

Círculos de Mohr para ensaios drenados e não-drenados em amostras consolidadas com a


mesma pressão confinante (adaptado de Bishop e Henkel, 1962)
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.1. TRIAXIAL CID – CONSOLIDADO DRENADO

O cisalhamento ocorre com uma velocidade lenta, de


forma que as pressões neutras não ocorram e se
dissipem.

A drenagem é mantida aberta em todas as fases.

Ocorre variação volumétrica (ΔV) na amostra durante a


fase de cisalhamento. Com isso a variação volumétrica
pode ser monitorada.

Assim, além do gráfico tensão-deformação, pode-se


traçar o gráfico de variação de volume (ΔV) na fase de
cisalhamento.
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.1. TRIAXIAL CID – CONSOLIDADO DRENADO

Envoltória de Mohr Coulomb:


Efetiva = Total

Trajetória de Tensões
Efetiva = Total
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.2. TRIAXIAL CIU – CONSOLIDADO NÃO
DRENADO

O cisalhamento ocorre com uma velocidade


relativamente rápida, de forma que ocorra excesso ou
dissipação de pressão neutra, de forma homogênea na
amostra.

A drenagem é mantida fechada em todas as fases.

Não ocorre variação volumétrica, apenas excesso ou


dissipação de pressão neutra (±ΔU).

Assim, além do gráfico tensão-deformação, pode-se


traçar o gráfico de variação de pressão neutra (ΔU) na
fase de cisalhamento.
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.2. TRIAXIAL CIU – CONSOLIDADO NÃO DRENADO

Envoltória de Mohr Coulomb:


Efetiva ≠ Total

Trajetória de Tensões
Efetiva ≠ Total
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.3. TRIAXIAL UU – NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO

Nesse ensaio não ocorre a consolidação do corpo de prova, ou seja, admite-se que o solo é ensaiado nas
mesmas condições de campo (solos com baixa permeabilidade e sem expansão).

O cisalhamento ocorre com uma velocidade relativamente rápida, de forma que ocorra excesso ou
dissipação de pressão neutra, de forma homogênea na amostra.

A drenagem é mantida fechada em todas as fases.

Não ocorre variação volumétrica, apenas excesso ou dissipação de pressão neutra (±ΔU).

O ensaio não permite a determinação da envoltória efetiva, visto que a tensão efetiva do corpo de prova
não se altera antes do cisalhamento.
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.3. TRIAXIAL UU – NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO

Esse ensaio é muito utilizado para solos argilosos moles.


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Medições do Ensaio Tradicional:

1. Força desviadora (Fd)


2. Pressão Neutra (U).
3. Variação da Pressão Neutra (ΔU). Cisalhamento condição não drenada.
4. Variação Volumétrica (ΔV). Cisalhamento condição drenada

Controle do Ensaio Tradicional:

1. Velocidade de aplicação do carregamento;


2. Pressão confinante (σc);
3. Pressão Neutra (U).
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Principais cálculos:
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CAPÍTULO 6.5.4

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS-


ENSAIOS LABORATORIAIS – OUTROS CONCEITOS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL

Ruptura dos CP´s no ensaio triaxial


Durante a fase de cisalhamento, nem todas as amostras apresentam a ruptura em cisalhamento
puro. Em alguns casos, apresentam efeitos de embarrigamento. Normalmente, em amostras que
apresentam apenas embarrigamento não há um ponto de ruptura definido, sendo que a tensão
desviadora (σd) aumenta de acordo com a deformação (SMITH e SMITH, 1998).
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.1. TRIAXIAL CID – CONSOLIDADO DRENADO - APLICAÇÕES

Barragem construída lentamente, em camadas, sobre


um depósito de argila mole

Barragem de terra com rede de fluxo estabelecida

• Escavação ou talude natural de argila

• Terrenos argilosos abaixo das fundações de


edifícios intercalados com camadas de areia
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.2. TRIAXIAL CIU – CONSOLIDADO NÃO-DRENADO - APLICAÇÕES

Ampliação de barragens

Barragem sujeita a rebaixamento rápido

• Construção rápida de um aterro em um talude natural

• Terrenos argilosos abaixo de fundações de edifícios, apesar de


carregados ao longo de um certo período de construção (1 a 3
anos), o processo de dissipação das pressões neutras, em geral
ocorre em um período de tempo maior
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6.3. TRIAXIAL UU – NÃO-CONSOLIDADO NÃO-DRENADO - APLICAÇÕES

Barragem em final de construção (rápida) em cima


de um depósito de argila mole

Barragem em final de construção (rápida) sem


variação do teor de umidade do núcleo argiloso

• Fundações construídas rapidamente em depósito de


argila
ENSAIOS LABORATORIAIS – TRIAXIAL
6. TRIAXIAL – COMPARAÇÕES DE COMPORTAMENTO
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114

CAPÍTULO 6.6

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS


COMPORTAMENTO DE SOLOS NÃO COESIVOS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


COMPORTAMENTO DE SOLOS NÃO COESIVOS
Principais fatores que afetam a resistência de solos não coesivos (granulares):

1. Grau de Compacidade – função do e


2. Granulometria
3. Resistência das partículas
4. Pressão de Confinamento
COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)

Comparação de comportamento entre areias densas e fofas


COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)

Índice de vazios crítico – areias


densas e fofas
COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)
COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)

Principais fatores que influenciam o Ângulo de Atrito para solos granulares:


COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)
COMPORTAMENTO DE SOLOS ARENOSOS (BÁSICO)

Valores típicos de ângulo de atrito para solos arenosos (segundo Souza Pinto)

É importante que ressaltar que deve-se ter muito cuidado com a utilização de parâmetros
tabelados, pois tratam-se de valores específicos para um determinado tipo de solo ensaiado
sob determinadas condições.

Sempre que possível, a realização de ensaios laboratoriais deve ser realizada obtendo
parâmetros específicos para o solo a ser trabalhado.
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114

CAPÍTULO 6.7

RESISTÊNCIA AO CISALHAMENTO DOS SOLOS


COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS
Principais fatores que afetam a resistência de solos coesivos:

1. Histórico de Tensões (Normalmente Adensado ou Pré-Adensado)


2. Plasticidade
3. Teor de Umidade
4. Sensibilidade Estrutural
5. Condições de carregamento ou velocidade de solicitação (comportamento drenado ou
não-drenado)
COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS(BÁSICO)

Comparação de comportamento entre argilas pré-adensadas (PA) e normalmente adensadas (NA)


COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS(BÁSICO)

Comparação de comportamento entre argilas pré-adensadas (PA) e normalmente adensadas (NA)


COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS(BÁSICO)

Comparação de comportamento entre argilas pré-adensadas (PA) e normalmente adensadas (NA)


COMPORTAMENTO DE SOLOS COESIVOS(BÁSICO)
Alguns valores de ângulo de atrito para solos coesivos (segundo Souza Pinto)

É importante que ressaltar que deve-se ter muito cuidado com a utilização de parâmetros
tabelados, pois tratam-se de valores específicos para um determinado tipo de solo ensaiado
sob determinadas condições.

Sempre que possível, a realização de ensaios laboratoriais deve ser realizada obtendo
parâmetros específicos para o solo a ser trabalhado.
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114

CAPÍTULO 6.8

RELAÇÕES ENTRE PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA E AS


TENSÕES PRINCIPAIS

Eng. Cesar Schmidt Godoi


RELAÇÕES ENTRE OS PARÂMETROS DE RESISTÊNCIA E
AS TENSÕES PRINCIPAIS

Considerações que serão utilizadas para o cálculo de empuxo (Rankine) – ver notas de aula.
REFERÊNCIAS:
CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações, Volume 2, 1988.
BRAJA DAS. Fundamentos de Engenharia Geotécnica”. 2007.
MILTON VARGAS; Introdução à Mecânica dos Solos
HOLTZ, R.D.; KOVACS W.D. An Introduction to Geotechnical Engineering. Prentice – Hall, New Jersey,
1981.
HEAD, K.H. “Manual of soil laboratory testing”. Volume 3. Effective Stress Test. 2º ed. John Willey e Sons
Ltda. 1998.
ORTIGÃO, J. A. R.; Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. LTC – Livros Técnicos e
Científicos Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1995.
CARLOS SOUZA PINTO, Curso Básico de Mecânica dos Solos
Notas de Aula, Prof.ª Denise M S Gerscovich – UFRJ.: www.eng.uerj.br/~denise/
Notas de Aula, Prof.º Marciano Maccarini – UFSC
Notas de Aula, Prof.º Murilo Espíndola – UFSC
GODOI, C.S. Caracterização Geomecânica de um Solo Residual de Gnaisse – Santo Amaro da Imperatriz,
Santa Catarina

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