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CAPÍTULO 8
EMPUXOS DE TERRA
CAPÍTULO 8.1.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
COULOMB (1773)
Posteriormente desenvolvidas por Poncelet, Culmann,
Rebhann, Krey, Terzaghi, Brich Hansen
RANKINE (1856)
CAPÍTULO 8.2.
TIPOS DE EMPUXO
Objetivo Geral: Estimar a magnitude dos esforços que atuam sobre essas obras
destinadas a conter o solo.
Tipos de Empuxo:
1. Empuxo no repouso (E0)
2. Empuxo Ativo (Ea)
3. Empuxo Passivo (Ep)
EMPUXO NO REPOUSO
O empuxo no repouso é definido pelas tensões horizontais, calculadas para condição de
repouso (condição geostática).
1. ângulo de atrito
2. índice de vazios
3. razão de pré-adensamento, etc.
A determinação do coeficiente de
empuxo no repouso pode ser feita a
partir ensaios de laboratório e ensaios
de campo, teoria da elasticidade ou
correlações empíricas
EMPUXO ATIVO
Empuxo no qual o solo sofre uma espécie de distensão, ou seja, o maciço terroso atua
ativamente contra a estrutura de contenção, tendendo a empurrar a estrutura
EMPUXO PASSIVO
Empuxo no qual o solo sofre uma espécie de compressão, ou seja, o maciço
terroso atua passivamente contra a estrutura de contenção. A estrutura tende a
empurrar o maciço.
SITUAÇÕES EM QUE PODE OCORRER MAIS DE UM TIPO
DE EMPUXO
Muro cais ancorado – situação em que se desenvolve empuxos ativos e
passivos
CAPÍTULO 8.3.
Métodos Gráficos
Método de Culman
Método de Poncelet
Método de Rebhan
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114
CAPÍTULO 8.3.1.
TEORIA DE RANKINE
1. Solo isotrópico;
2. Solo homogêneo;
3. Superfície do terreno plana;
4. A ruptura ocorre em todos os pontos do maciço simultaneamente (estados plásticos)
5. A ruptura ocorre sob o estado plano de deformação (superfície de ruptura reta)
6. O tardoz (superfície de contato entre o solo e muro) deve ser perfeitamente liso (ângulo de atrito
solo-muro = 0º)
7. os empuxos de terra atuam paralelamente à superfície do terreno
8. A parede da estrutura em contato com o solo é vertical
9. O empuxo atua a 1/3 da base da escavação
TEORIA DE RANKINE
TEORIA DE RANKINE
Desenvolvimento das fórmulas e cálculos
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114
CAPÍTULO 8.3.2.
TEORIA DE COULOMB
1. O maciço é indeformável
2. A superfície de escorregamento é curva, no entanto, Coulomb admite que ela é plana, por
conveniência de cálculo.
3. O plano de deslizamento passa necessariamente pelo pé do talude
4. Admite a existência de atrito entre o solo e o muro (δ). Esse valor pode ser medido em
laboratório (cisalhamento direto) ou através de valores encontrados por pesquisadores
(Terzaghi e outros, sempre menor que o ângulo de atrito do solo)
5. Não afirma sobre o ponto de aplicação do empuxo, apenas afirma que deve variar entre h/2 e
h/3
TEORIA DE COULOMB
TEORIA DE COULOMB
Desenvolvimento das fórmulas e cálculos
Empuxo Ativo
Empuxo Passivo
TEORIA DE COULOMB – POLÍGONO DAS FORÇAS
EMPUXO ATIVO – SOLOS NÃO COESIVOS
W: peso da cunha W
P: reação entre a parede e o solo, com inclinação δ
R: reação no plano potencial de deslizamento, atuando a um ângulo φ
Cw: força devido a componente de adesão: EB x cw
C: força no plano potencial de deslizamento devido a parcela de coesão BC x c
As direções de todas as componentes são conhecidas, assim como as magnitudes de W, Cw e C. Com o traçado do
polígono de forças, determina-se o valor de P.
TEORIA DE COULOMB – POLÍGONO DAS FORÇAS
EMPUXO PASSIVO – SOLOS NÃO COESIVOS
Muro de Gabião – KM 25 – BR 282
Deslizamento – Km 25 – BR 282
UFSC – UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
MECÂNICA DOS SOLOS II – ECV 5114
CAPÍTULO 8.4.
DIMENSIONAMENTO DE MUROS
• Dificilmente se dispõe dos valores dos parâmetros de resistência na interface solo-muro (tardoz).
O momento resistente (Mres) corresponde ao momento gerado pelo peso do muro. O momento
solicitante (Msolic) é definido como o momento do empuxo total atuante em relação ao ponto A.
. .
.
2. SEGURANÇA CONTRA O DESLIZAMENTO
A segurança contra o deslizamento consiste na verificação do equilíbrio das componentes
horizontais das forças atuantes, com a aplicação de um fator de segurança adequado.
Onde:
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3. CAPACIDADE DE CARGA DA FUNDAÇÃO
A capacidade de carga consiste na verificação da segurança contra a ruptura e deformações
excessivas do terreno de fundação.
A análise geralmente considera o muro rígido e a distribuição de tensões linear ao longo da base.
Se a resultante das forças atuantes no muro localizar-se no centro da base do muro, o diagrama de
pressões no solo será aproximadamente trapezoidal. O terreno estará submetido apenas a tensões
de compressão.
Deve-se garantir, que a base esteja submetida a tensões de compressão (σmin > 0) a resultante deve
estar localizada no terço central; ou seja, e < B/6 , para evitar pressões de tração na base do muro.
3. CAPACIDADE DE CARGA DA FUNDAÇÃO
O critério para a verificação da capacidade de carga é o seguinte:
* í
))
* ,
- . !´ / -0 /1 0,5 56 ´ /7
De acordo com a NBR 11.682 (2009) considera-se que as análises usuais de segurança
desprezam as deformações que ocorrem naturalmente no talude ou na encosta e que o
valor do fator de segurança (FS) tem relação direta com a resistência ao cisalhamento do
material do talude.
Dependendo dos riscos envolvidos, deve-se inicialmente enquadrar o projeto em uma das
seguintes classificações de nível de segurança, definidas a partir da possibilidade de
perdas de vidas humanas, conforme Tabela 1 e de danos materiais e ambientais,
conforme Tabela 2.
FATORES DE SEGURANÇA – NBR 11.682 (2009)
FATORES DE SEGURANÇA – NBR 11.682 (2009)
FATORES DE SEGURANÇA – NBR 11.682 (2009)
REFERÊNCIAS:
MOLITERNO, A. Caderno de Muros de Arrimo. 2ª Edição.1980.
CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações, Volume 2, 1988.
BRAJA DAS. Fundamentos de Engenharia Geotécnica”. 2007.
MILTON VARGAS; Introdução à Mecânica dos Solos
HOLTZ, R.D.; KOVACS W.D. An Introduction to Geotechnical Engineering. Prentice – Hall, New Jersey,
1981.
ORTIGÃO, J. A. R.; Introdução à Mecânica dos Solos dos Estados Críticos. LTC – Livros Técnicos e
Científicos Editora, Rio de Janeiro, RJ, 1995.
CARLOS SOUZA PINTO, Curso Básico de Mecânica dos Solos
Notas de Aula, Prof.ª Denise M S Gerscovich – UFRJ.: www.eng.uerj.br/~denise/
Notas de Aula, Prof.º Marciano Maccarini – UFSC
Notas de Aula, Prof.º Murilo Espíndola – UFSC
GODOI, C.S. Caracterização Geomecânica de um Solo Residual de Gnaisse – Santo Amaro da Imperatriz,
Santa Catarina