APOSTILA TÉCNICA

DE TREINAMENTO
EM
FACHADAS
PELE DE VIDRO E STRUCTURAL GLAZING

ALCOA

PELE DE VIDRO II
PARTE 1
 ALUMITEC MARINGÁ
acessoria e treinamento de equipes
CRIAÇÃO DE PROJETOS PERSONALIZADOS PARA O SISTEMA ALUMICALC

ÍNDICE

INTRODUÇÃO.................................................................................................................PÁG. 3
- Os segredos por trás das fachadas
- Escolhendo a fachada
- Quais vidros devem ser usados?

TIPOS DE FACHADA MAIS UTILIZADOS NO BRASIL

- Fachada Grid...................................................................................................................PÁG. 4
- Fachada Spyder Glass......................................................................................................PÁG. 5
- Fachada Stick - Pele de Vidro...........................................................................................PÁG. 6
- Fachada Stick - Structural Glazing.....................................................................................PÁG. 7
- Fachada Unitizada...........................................................................................................PÁG. 8

CONHECENDO A FACHADA PELE DE VIDRO II

- Perfis..............................................................................................................................PÁG. 9
- Procedimentos p/ um bom desempenho na elaboração e execução de um projeto.........PÁG. 11

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INTRODUÇÃO

Parabéns !
Você acaba de adquirir o curso de treinamento técnico em sistemas de
Fachada Pele de Vidro e Structural Glazing , Pele de Vidro II.

Os segredos por trás das fachadas

- Fachada envidraçada não é tudo igual ?
A resposta é NÃO !!!
Existem diferentes sistemas para construí-las, cada um indicado para um tipo de projeto específico, com
base nas dimensões da estrutura, ancoragem do vidro e aspecto estético pretendido pelo arquiteto.
Nas próximas páginas, nós da Alumitec Maringá apresentaremos as características dos sistemas de
fachada, incluindo dicas para especificação e vidros que podem ser aplicados a eles.

Escolhendo a fachada
Como em outros trabalhos com nosso material, não existe receita pronta para se aplicar às fachadas.
Cada projeto precisa ser analisado individualmente — o que funciona para uma obra pode não ser o ideal
para outra.
Apontaremos aqui quais os fatores que devem ser levados em conta no momento da escolha de qual
sistema utilizar:
1º- Porte do projeto, ou seja qual o tamanho da obra;
2º- Compatibilidade entre o sistema de fixação das esquadrias e o sistema construtivo estrutural da
edificação, ou seja, a fachada deve ser pensada desde o início;
3º- Tempo para execução, ou seja qual o tempo hábil p/ execução da obra;
4º- Espaço de trabalho no canteiro de obras.
Somente após analisar isso tudo, será possível escolher umas das opções disponíveis listadas nesta
apostila.
Quais vidros devem ser usados?
Não há uma norma técnica própria para fachada envidraçada.
Porém, a NBR 7199 - Vidros na construção civil - Projeto, execução e aplicações, estabelece as regras
para a utilização do vidro nessas estruturas.
Vários fatores básicos influenciam o tipo de vidro correto a ser aplicado, como os requisitos de projeto e
de execução, e não devem, sob hipótese alguma, ser ignorados.
“Principalmente por aspectos de segurança do usuário e desempenho da peça”.
O spyder (veja mais sobre ele abaixo) é o único sistema de fachada que exige uso de um vidro específico,
o vidro temperado, pois precisa de mais resistência mecânica já que as peças são furadas.

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Conheça agora os tipos de fachada mais usados no Brasil

Fachada Grid ou (Fachada Cortina)

- Principal característica :
A estrutura que recebe o vidro fica aparente: quem olha pelo lado de fora, vê linhas verticais e horizontais
marcando toda a obra.
- Indicação:
Ambientes térreos e empreendimentos pequenos, médios e grandes.
- Como é feita a instalação?
A estrutura de alumínio (formada por colunas e travessas) é ancorada na própria edificação (os vidros são
presos externamente por meio de perfis e guarnições em EPDM).
- Cuidados durante a instalação :
Por ser realizada pela área externa da obra, é necessário o uso de balancins em todas as fases.

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Fachada Spyder Glass

- Principal característica :
Envidraçamento exterior, que permite a fixação dos vidros à estrutura por intermédio de ferragens
especiais articuladas, dispensando o uso de caixilhos de alumínio.
Essas ferragens são semelhantes a uma aranha, daí vem o nome, em inglês, spyder.
- Indicação :
Utilizado principalmente no fechamento dos lobbies de prédios, pode ser aplicado em qualquer área da
edificação.
- Como é feita a instalação?
Necessita de uma estrutura robusta, pois a fixação das peças é pontual, por meio de furos, e não pelas
bordas.
A vedação é feita na união das peças de vidro, tanto na vertical, como na horizontal.
- Cuidados durante a instalação :
É importante garantir que os elementos de fixação estejam adequados ao peso do próprio vidro.
Devem ser avaliados ainda o prumo e o alinhamento de toda a estrutura, isso evitará quebras causadas
por tensões, as quais também podem gerar delaminação nas peças laminadas.

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Fachada Stick
Pele de Vidro

- Principal característica :
O vidro é encaixilhado e fixado dentro dos perfis do quadro de alumínio (fixo ou maxim-ar), através de
guarnições em EPDM, deixando assim, aparentes externamente as bordas dos quadros de vidro.
Isso permite um aspecto com alguns elementos metálicos aparentes.
- Indicação :
Obras de pequeno, médio e grande portes.
- Como é feita a instalação?
Semelhante ao sistema grid, as colunas e travessas são ancoradas na própria edificação.
Depois, são fixados os quadros de vidro.
A diferença está no uso de guarnições em EPDM, para fixação das peças de vidro, em seus respectivos
quadros.
- Cuidados durante a instalação :
É necessário o uso do balancim em todas as fases desse processo, pois a estrutura é montada pelo lado
de fora da edificação. (salvo em algumas linhas específicas, como a Linha de Fachada Soluta – Alcoa)

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Fachada Stick
Structural Glazing

- Principal característica :
O vidro é colado sobre os perfis do quadro de alumínio (fixo ou maxim-ar), escondendo toda a estrutura
que a sustenta.
Isso permite um envidraçamento com menos elementos metálicos aparentes.
“Este sistema se destaca por facilitar uma eventual troca de vidro”
- Indicação :
Obras de pequeno, médio e grande portes.
- Como é feita a instalação?
Semelhante ao sistema grid, as colunas e travessas são ancoradas na própria edificação.
Depois, são fixados os quadros de vidro.
A diferença está no uso de silicone estrutural e/ou fita dupla face estrutural, para colagem e vedação das
peças.
- Cuidados durante a instalação :
É necessário o uso do balancim em todas as fases desse processo, pois a estrutura é montada pelo lado
de fora da edificação. (salvo em algumas linhas específicas, como a Linha de Fachada Soluta – Alcoa)

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Fachada Unitizada

- Principal característica :
Composto por módulos completos que se encaixam nas estruturas do projeto.
São formados por perfis, colunas, travessas e vidro (nosso material é colado com silicone estrutural ou fita
adesiva dupla face desenvolvida especificamente para a colagem de de perfis de alumínio).
A montagem desses módulos ocorre já na processadora ou serralheria, pois o controle da atmosfera do
ambiente é fundamental para a colagem e vedação.
- Indicação :
Obras de grande porte e projetos com formas diferenciadas.
“Os módulos separados garantem mais liberdade arquitetônica do que os demais sistemas. Com eles, é
possível criar com flexibilidade de ângulos e curvas”
- Como é feita a instalação? :
Os módulos prontos são içados e encaixados, verticalmente, na fachada, começando pelos pavimentos
mais baixos. “Os painéis possuem a altura do pé-direito do pavimento e sua fixação é quase como um
jogo de montar.
Assim consegue-se fechar grandes vãos da fachada num curto espaço de tempo”
- Cuidados durante a instalação :
Os responsáveis pela tarefa trabalham “por dentro” da obra.
Portanto, não há a necessidade de estarem pendurados por balancins, isso garante mais segurança aos
operadores.

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CONHECENDO A FACHADA PELE DE VIDRO II

Perfis
Os perfis que compõem uma fachada da linha PELE DE VIDRO II, seja ela Stick-Pele de Vidro ou
Stick-Structural Glazing, basicamente são compostos por:
- Colunas

- Colunas de canto

- Colunas angulares (subdivididas em 2 classes, angulares fixas e angulares telescópicas)

Angulares Fixas

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Angulares Telescópicas

- Meia Colunas

- Pingadeiras (subdivididas em 2 classes, p/ fixo e p/ maxim-ar)

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- Montantes de quadro (subdivididos em 2 classes, p/ fixo e p/ maxim-ar, e 2 tipos, pele de vd. e glazing)

Procedimentos p/ um bom desempenho na elaboração e execução de um projeto

Nº1 – Verificação do vão a ser instalado a fachada

O primeiro passo para se obter sucesso absoluto na concepção e execução de uma fachada é :
- O vão está realmente adequado p/ receber uma fachada ?

Então p/ responder essa pergunta, precisamos verificar alguns fatores, tais como :
- O vão possui viga de concreto em sua base ?
Lembre-se, toda fachada basicamente é fixada ao vão, através de ancoragens em sua cabeceira e base.
( e também em seu intermédio no caso de fachada contínua)
Essa fixação é feita por meio de fixadores mecânicos expansivos (parabolt), portanto esses elementos de
fixação exigem uma grande resistência de seu ponto de fixação.

Nº2 – Prumada e nivelamento do vão

Apesar de toda a fachada ter uma grande possibilidade de se “ajustar” ao seu vão, através de perfis
telescópicos, deve-se haver uma tolerância máxima de 10 mm., tanto nos prumos laterais, quanto no
nivelamento da base e da cabeceira da fachada.
Qualquer distorção acima desta tolerância, ocasionará uma considerável perda estética e visual do
conjunto após finalizado.
*NOTA: A não observância destes itens no momento da instalação, acarretará “desalinhamento” dos
quadros e mal funcionamento dos maxim-ares (quando houver).

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Nº3 – Medição p/ produção

Esta etapa deve ser tratada minuciosamente com muita atenção, pois a partir dela se dará toda a “cadeia”
construtiva de sua fachada.
Seu material de medição deverá ser composto por:
- Trena (manual ou digital)
- Nível e prumo Laser + Tripé (ou prumo de face + linha de pedreiro + mangueira de nível)

Inicie, escolhendo uma das duas extremidades da largura, como seu ponto de referência p/ conferir o
nivelamento do vão.
Após este procedimento, você já poderá obter suas medidas referentes ás alturas do vão, de preferência
medir sempre a cada 1000 mm. de distância entre as medições no máximo, sempre anotando as
medidas “do nível p/ baixo” e “do nível p/ cima”, conforme setas pretas no desenho abaixo

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Em seguida, escolha o ponto central da fachada na largura para que possa obter um ponto de prumo.
Após este procedimento, você já poderá obter suas medidas referentes ás larguras do vão, de preferência
medir sempre a cada 2000 mm. de distância entre as medições no máximo, sempre anotando as
medidas “á esquerda do centro” e “á direita do centro”, conforme setas pretas no desenho abaixo.

Pronto, você agora já tem as medidas necessárias p/ a produção de sua fachada.

Não se esqueça de anotar também a altura da “mureta”(ponto onde se inicia o vão em relação ao piso da
obra), caso haja.

Munido dessas informações, agora é hora de obter suas medidas reais de produção.

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Escolha sempre as menores medidas que você obtiver na medição, tanto p/ largura como p/ altura.
Como mostramos no desenho abaixo, hipoteticamente temos um vão de 5990 mm de largura, correto ?
Mais ao utilizarmos o sistema recomendado de medição, chegamos a conclusão de que a peça na
verdade terá de ser produzida c/ 5980 mm de largura (2990+2990=5980)

Já para altura teríamos hipoteticamente um vão de 3010 mm de altura, porém ao utilizarmos o nosso
sistema de medição, chegamos á conclusão de que na verdade a peça terá de ser produzida c/ 3000 mm
de altura (2000+1000=3000)

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Na próxima apostila iremos abordar o processo de produção em sua fábrica, tais como:

- Otimização de corte (Vidros e Perfis)

- Usinagens
- Instalação de componentes
- Montagem e colagem do vidro

Espero que tenha gostado de nosso primeiro conteúdo.

Aproveite e procure se aprofundar mais na gama de perfis e acessórios da linha, um bom entendimento
de suas aplicações, facilitam em muito em nossa próxima etapa.

Abraços

Maurício S. Sales

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