Você está na página 1de 4

Considerações

As estruturas de concreto carecem serem projetadas e construídas de


modo que sob as condições ambientais antevistas na época do projeto
e quando empregadas conforme preconizadas em projeto, guardem
sua segurança, estabilidade e capacidade em serviço durante o
período adequado à sua vida útil e condições de utilização.

Consentidas as demais condições estabelecidas, a solidez das


estruturas é altamente condicionada às características do concreto,
espessura, qualidade e cobrimento da armadura.

A segurança das estruturas de concreto deve sempre ser verificada


em relação aos seguintes estados limites últimos:

• Estado limite último da perda do equilíbrio da estrutura, admitida


como corpo rígido;
• Estado limite último de esgotamento da capacidade resistente da
estrutura, no seu todo ou em parte, devido às solicitações normais e
tangenciais, admitindo-se a redistribuição de esforços internos;
• Estado limite último de esgotamento da capacidade resistência da
estrutura, no seu todo ou em parte;
• Estado limite último provocado por solicitações dinâmicas estado
limite último de colapso progressivo;
• Para a aferição e cálculo da estrutura a ser estudada, será realizado
a análise de projeto estrutural fornecido pela construtora e realização
de ensaio esclerométrico na estrutura.

Ensaios realizados
• Ensaio Esclerométrico
Técnica de carácter não destrutivo, que permite a obtenção in situ,
com uma correlação adequada, uma estimativa da resistência à
compressão do betão e/ou argamassas.

• Pacometria
Ensaio não destrutivo usado para determinar a quantidade de
armadura e o cobrimento de concreto em elementos estruturais.
A teoria de que o vidro é um material frágil já está defasada. O mercado vidreiro já
demonstrou que, quando realizadas as escolhas corretas e com a aplicação de tecnologia
adequada, o vidro pode sim ser um material muito resistente que agregará sutileza,
segurança e modernidade à decoração de qualquer ambiente.

Não por acaso existem diversos projetos que utilizam o vidro como material de sustentação,
como tijolos e vigas de vidro, pontes, piscinas de vidro… Além do mais, na construção civil
o vidro é opção corriqueira na elaboração de fachadas de vidro, corrimãos, degraus, guarda
corpos de vidro, etc.

A aplicação do vidro neste tipo de projeto só foi possível graças à dedicação de anos e anos
de estudos e pesquisas, que resultaram em diversos tipos de vidro com qualidades e
características distintas.

Paralelamente a esse desenvolvimento, a legislação brasileira também apresentou


novidades, estabelecendo normas e parâmetros para a aplicação de vidros nos mais diversos
segmentos, inclusive na área de arquitetura e construção civil.

Norma ABNT para guarda corpo de vidro


Atualmente, a ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas é o órgão responsável
pela elaboração das referidas normas. No caso do vidro, a NBR 14.718 é norma que dita os
parâmetros para aplicação de vidro em áreas de uso coletivo, comum ou privativo.

Essas normas são importantes para garantir que o vidro possa ser utilizado sem apresentar
perigo aos usuários. Por exemplo, é muito comum presenciar guarda corpo de vidro sendo
instalado fora das normas estabelecidas, cenário que representa perigo aos usuários.

Conforme demonstra a NBR 14.718, da ABNT (Norma ABNT para guarda corpo de vidro),
as placas de vidro para esse tipo de projeto devem estar em conformidade com a NBR
7.199, que versa sobre a utilização de vidros na construção civil e orienta que o
envidraçamento de guarda corpos de vidro – assim como parapeitos, balaustradas, sacadas e
vidraças não verticais sobre passagem – devem ser realizados com vidros de segurança
laminados ou aramados.

Essa orientação é de extrema importância, tendo em vista que o vidro laminado (ou
aramado), quando quebrado, não espalha seus estilhaços pelo ambiente e mantém o vão
preenchido, pois é equipado com uma película especial para realizar essa função;
diferentemente do que aconteceria com o vidro comum, por exemplo.  

As diretrizes da norma também permitem a utilização de vidro insulado (vidro duplo) na


composição de guarda-corpos de vidro, desde que suas folhas de vidro sejam laminadas ou
aramadas.

Já o vidro temperado, apesar de também ser considerado um vidro de segurança, não pode
ser utilizado individualmente na composição de guarda corpo de vidro, tendo em vista que,
quando quebrado seus estilhaços se espalham pelo ambiente, deixando o vão livre;
entretanto, a norma permite a utilização de folhas temperadas laminadas em guarda-corpos
de vidro.

Instalação guarda corpo de vidro


É importante frisar que, além de optar pelo tipo de vidro correto para utilizar no guarda
corpo, é preciso se atentar à forma de instalação e aos acessórios para guarda corpo de
vidro. Existe a necessidade de analisar adequadamente o tipo de ancoragem que será
utilizada nas folhas de vidro.

Em instalações mecânicas, por exemplo, os principais componentes – como parafusos,


chumbadores e fixadores – devem ser de aço inoxidável para evitar a corrosão. Além do
mais, a norma prevê que, quando houver necessidade de fixação com furação, (como o
guarda corpo de vidro escada) é necessária a utilização de vidro temperado-laminado, pois a
laminação garantirá a segurança e a têmpera suportará a fixação mecânica.

Os tipos de ancoragem mais utilizados em guarda-corpos de vidro são a fixação com


prolongadores, guarda corpo de vidro com torres, guarda corpo de vidro com botões, guarda
corpo de vidro com pinça e perfis de engastamento na borda inferior (com vidro laminado-
temperado).

A Norma Regulamentadora 14.718 também ressalta que a profundidade mínima para


instalação dos elementos de ancoragem no concreto não seja inferior a 70 mm, excluindo a
espessura de possíveis revestimentos nas paredes ou piso. Além do mais, a altura mínima
deve ser de 1,1 metro do piso, considerando variáveis como degraus.

Normas de Utilização de Vidro para


Guarda Corpo
Vejamos abaixo mais alguns dados importantes sobre as normas para utilização de vidro
para guarda corpo.

1 – A espessura das placas de vidro deve estar de acordo com a NBR 7199 e atender a
requisitos de resistência da NBR 14.718.

2 – Para a fixação do vidro, não podemos utilizar massas à base de óleo e gesso.

3 – Os rebaixos devem estar libres de poeira, oxidação, umidade, gordura ou outras


impurezas.

4 – As bordas das placas de vidro não podem ter contato entre si, com peças metálicas ou
alvenaria. Além do mais, recomenda-se a utilização de baguetes na face de dentro do
guarda-corpo de vidro para facilitar a manutenção e amplificar a segurança.
5 – É importante que as guarnições de borracha ou elastoméricas em EPDM para vedação
se adaptem facilmente as possíveis dilatações, vibrações e deformações que podem resultar
das ações mecânicas ou da exposição ao tempo, conforme determina a NBR 13.756. As
borrachas podem ser instaladas junto com outros materiais, desde que sejam compatíveis.

Seguindo as normas estabelecidas pela ABNT, com toda certeza o guarda-corpo de vidro
conseguirá adornar um ambiente com a singularidade que somente o vidro oferece e com a
segurança necessária para garantir a integridade física de todos os ocupantes do local.

Resumindo:
– Guarda-corpo de vidro precisa ser de vidro laminado, sempre!

– Se por acaso o vidro for fixado através de prolongadores ou quaisquer tipos de parafusos,
o vidro temperado deve ser utilizado, mas ainda assim na modalidade laminada, portanto,
vidro laminado de temperado;

– A função da laminação é conter os fragmentos em caso de quebra;

– Arquiteto(a), é você quem assina o projeto e se responsabiliza da segurança do mesmo.


Vidro temperado simples em guarda-corpo de vidro pode ferir pessoas. Não aceite
conselhos vazios de vidraceiros sem profissionalismo;

– Lembrem-se, vidro não é frágil e não coloca a segurança de pessoas em risco nunca,
desde que utilizado de maneira adequada.

Você também pode gostar