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Estudo define as linhas vermelhas

para intervenção na epidemia por


COVID-19

É publicado hoje o estudo “Linhas Vermelhas – Epidemia de infeção por SARS-


CoV-2”, um documento que pretende orientar a definição de “Linhas
Vermelhas” e apoiar uma resposta eficaz às diferentes fases da epidemia em
Portugal.

O documento foi realizado por peritos da Direção-Geral da Saúde (DGS),


Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), Escola Nacional de
Saúde Pública (ENSP), Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa,
Faculdade de Ciências da Universidade do Porto e Comissão de
Acompanhamento da Resposta Nacional em Medicina Intensiva para a COVID-
19.

Os autores apresentam uma revisão da literatura relevante e, de seguida,


definem o que se considera ser uma epidemia controlada, mostrando os meios
para o conseguir.

A definição de “Linhas Vermelhas” é baseada em indicadores quantitativos e


respetivos valores de corte, que permitam a cada momento propor uma melhor
resposta às diferentes fases da epidemia em Portugal, através de instrumentos
de monitorização objetivos para a ação e para a prevenção de um descontrolo
epidémico.
Os principais indicadores propostos são a incidência cumulativa a 14 dias por
cem mil habitantes, o Rt (reprodução da infeção em tempo real) e o número de
camas ocupadas em unidades de cuidados intensivos por doentes COVID-19,
a que se juntam outros indicadores secundários como a positividade dos testes
ou a relevância das variantes do vírus.

Partindo destes indicadores, o risco é estratificado em dois cenários: epidemia


em crescimento ou em decréscimo, sendo cada fase acompanhada por alívio
ou implementação de medidas de saúde públicas adicionais.

Baseado na melhor evidência científica disponível, este foi um dos estudos que
apoiou a decisão para o plano de redução das medidas de confinamento,
aprovado pelo Governo esta quinta-feira, 11 de março.

Os indicadores apresentados devem ser de ampla divulgação pública, assim


como os níveis de risco e “linhas vermelhas” que orientam a implementação de
medidas de saúde pública. E devem ser facilmente apreensíveis pela
população geral, para facilitar a partilha de objetivos comuns e a adoção
voluntária de medidas por parte da população perante a perceção de risco
aumentado

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