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O Reino de Axum
foi um dos mais poderosos do continente africano
O período da transição da Idade Antiga para a Idade Média é
chamado por algumas correntes historiográficas
como Período tardo-antigo. Nesse período, o mundo ocidental,
que tinha como centro organizador o Império Romano, estava
entrando em colapso em virtude das invasões bárbaras. Desse
colapso uma nova civilização nasceu: a civilização cristã do
Ocidente. Essa história é geralmente bem conhecida. O que não
é muito conhecido, referente a esse mesmo período, é a
formação de outras civilizações, em outros continentes, também
influenciadas pela expansão do cristianismo. Uma dessas
civilizações foi a de Axum, cujo centro estava situado na região
da atual Etiópia.
A civilização axumita conseguiu formar um poderoso e duradouro
reino a partir do século IV d.C. Esse reino conseguiu uma grande
expansão a partir do século III d.C., quando conseguiu subjugar
o Império de Kush, que dominava a região dos atuais Estados
do Sudão do Sul e do Norte, situados abaixo do Egito. Apesar de
o grande ápice do Reino de Axum ter se dado entre os séculos III
e IV d.C., e a sua capital ter sido fundada só em 100 d.C., suas
raízes remontam a um período bem mais antigo, por volta do
século V a.C, quando a região da Etiópia era habitada pela
cultura Da'mat.
O crescimento do Reino de Axum, entretanto, deveu-se em
grande parte à conversão de um de seus principais reis ao
cristianismo. O nome desse rei era Ezana e ele foi convertido em
330 d.C. por um monge cristão de origem fenícia
chamado Frumêncio. Esse monge, a posteriori, tornou-se bispo
de Axum. Ezana, após sua conversão, propagou a difusão do
cristianismo por grande parte de seu reino, que se estendia
também por algumas extensões de terra da Península Arábica e
das planícies iranianas. O Reino de Axum durou até o século XII.
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