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Egito – Médio Império

A reunificação de
Mentuhotep II e o desenvolvimento da arte pictórica marcam o
Médio Império.
A história do Médio Império egípcio tem início com o retorno do
governo centralizado pelas mãos do faraó. Nas últimas décadas
do século XXI a.C., Mentuhotep II chegou ao poder contra a
resistência dos nomarcas que defendiam a manutenção do
regime descentralizado. Nessa mesma fase de reestruturação da
autoridade faraônica, a cidade de Tebas passou a ser capital do
império e o reforço do sistema de servidão coletiva permitiu a
realização de grandes obras públicas.

A estabilidade experimentada durante essa fase possibilitou o


crescimento populacional, a realização de colheitas abundantes e
a intensa articulação das atividades comerciais. Além disso,
observamos a concepção de grandes projetos arquitetônicos com
a construção de tumbas e templos majestosos e o florescimento
da literatura e das artes pictóricas. Sobre esse último aspecto,
devemos salientar que a pintura tinha grande importância na
reafirmação da autoridade faraônica através do registro de seus
feitos.

Apesar de marcar o desenvolvimento de uma sociedade


próspera, o Médio Império foi marcado pelas contradições dessa
mesma riqueza gerada. Com o passar do tempo, muitos
camponeses resistiam ao trabalho compulsório exigido pelos
representantes do poder faraônico. Concomitantemente, alguns
membros da classe nobiliárquica reivindicavam maior autonomia
política e, muitas vezes, desafiavam o poder do faraó ao
permitirem a entrada de estrangeiros no país.

Por volta de 1630 a.C., o desequilíbrio gerado pela competição


política favoreceu a invasão dos hicsos. Essa civilização,
proveniente da Ásia, detinha uma tecnologia de guerra superior a
dos egípcios, já que utilizavam cavalos e armas de grande
resistência. Por mais de um século essa civilização exerceu
controle sobre o Egito, sendo que o processo de expulsão dos
hicsos assinala o início dos acontecimentos históricos ligados à
formação do Novo Império.
Por Rainer Sousa
Mestre em História
Publicado por Rainer Gonçalves Sousa

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