Por que o coração de Dom

Pedro I não foi enterrado

com o corpo?
Pela primeira vez, o coração de Dom Pedro I voltou ao Brasil
para as celebrações do bicentenário da Independência do
Brasil.
Publicado por Érica Caetano
02/09/2022 11h56 , atualizado em 02/09/2022 15h08

Na foto, a solenidade de chegada do coração de Dom Pedro I (Crédito imagem:

Estevam Costa-PR / Agência Senado)
Crédito da Imagem: Estevam Costa-PR / Agência Senado
Pela primeira vez, o coração de D. Pedro I voltou a
solo brasileiro. Isso não acontecia desde a morte do monarca,
em 1834. O retorno temporário faz parte das comemorações do
bicentenário da Independência do Brasil.

Trazido diretamente de Portugal, onde está preservado,

o órgão veio em um jato executivo da Força Aérea Brasileira
(FAB) e está exposto ao público desde o dia 25 de agosto, no
Palácio Itamaraty, no Distrito Federal, onde ficará até 4 de
setembro. Os horários de visitação podem ser consultados
no site do Itamaraty.

No dia 7 de setembro, o coração estará em um evento, com a

presença de outros chefes de Estado convidados, celebrando a
data de Independência do Brasil.

Leia também: Hino da Independência — hino cuja melodia

foi composta pelo próprio Dom Pedro I

Coração de Dom Pedro I não foi enterrado

com o corpo
Muitas pessoas ficaram surpresas ao saber que o coração de
Dom Pedro I não foi enterrado junto com o corpo, mas essa
curiosidade se deve a um pedido do próprio primeiro
imperador, ainda em vida.

Um dos seus últimos pedidos foi que o seu coração fosse

preservado na cidade do Porto, em Portugal, onde teve apoio
quando precisou, nos seus últimos dias, e que viveu durante
parte da Guerra Civil. Já o corpo está no  Brasil, mais
precisamente na cidade de São Paulo, há anos.

Dom Pedro I sofria de tuberculose e, após a sua morte, teve

o coração retirado do seu corpo e colocado em uma urna
na Igreja de Nossa Senhora da Lapa, no Porto.  Seu corpo foi
enterrado em Lisboa, mas, em 1972, seus restos mortais foram
trazidos para o Brasil. 

O coração de Dom Pedro I está há 187 anos em um

recipiente de vidro, embebido em formol. Como segurança,
ele se encontra em urna de madeira, com cinco chaves.

Atualmente a tuberculose, doença que causou a morte do

monarca, pode ser combatida por meio de vacinas aplicadas
em crianças. É o caso da vacina BCG, por exemplo. Além
disso, há outras medicações específicas, como
os antibióticos. Por essa razão, na atualidade, a mortalidade
por essa doença é mais baixa.

Leia também: Cinco curiosidades sobre D. Pedro I

Bicentenário da Independência do Brasil

Esse mês, no dia 7 de setembro, comemora-se o bicentenário
da Independência no Brasil, ou seja, fará 200 anos que D.
Pedro I proclamou a independência do Brasil, fazendo que o
país se tornasse uma monarquia.

Créditos da imagem

[1] Wikimedia Commons (reprodução)