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Hermes

Hermes foi um deus grego conhecido por ser inteligente


mas também capaz de cometer atos imorais, como
pequenos furtos. Era patrono dos ladrões.

Segundo a mitologia, Hermes possuía um elmo e sandálias


aladas.
Hermes era deus do comércio, da riqueza, da sorte, dos ladrões,
da diplomacia e da viagem, e fazia parte da religiosidade
dos gregos antigos. Os gregos consideravam-no um deus
esperto, inteligente, de boa capacidade de comunicação, mas
também alguém capaz de cruzar os limites do que era
considerado moral e cometer delitos, como furtos.
Por isso, era visto como o deus patrono dos ladrões, embora
também fosse patrono de comerciantes, pastores de animais e
diplomatas. Era o mensageiro dos deuses do Monte Olimpo e o
responsável por levar a alma dos mortos até o rio que a
transportaria para o submundo, o reino de Hades. As menções
mais antigas a Hermes remontam aos micênicos.
Leia mais: Idade Antiga — período iniciado quando o ser
humano desenvolveu a forma de escrita na Suméria, por volta de
3500 a.C.

Resumo sobre Hermes

 Hermes era deus do comércio, da riqueza, da sorte, dos ladrões,


da diplomacia, da viagem.
 Era filho de Zeus e de uma ninfa chamada Maia.
 Era conhecido por cometer pequenos furtos, como no caso do
roubo do gado de Apolo.
 Os gregos acreditavam que ele era o criador do fogo e do
alfabeto.
 As menções mais antigas a ele remetem à civilização micênica.

Surgimento de Hermes

Hermes era um deus mencionado na mitologia grega e


considerado o deus do comércio, da riqueza, da sorte, dos
ladrões, da diplomacia, da viagem. Hermes era tido pelos
gregos como muito esperto e inteligente, com boa capacidade de
comunicação, mas que também poderia ser propenso a realizar
pequenos delitos, como furtos.
Essa associação de Hermes com os furtos, além da menção de
alguns furtos realizados por ele nos mitos gregos, fez com que o
deus se tornasse o patrono dos ladrões. Os gregos o
associavam com a ideia de cruzar os limites do que era
considerado correto e justo. Ele também era patrono dos
pastores de animais, diplomatas e comerciantes.
Os gregos também o tinham como responsável por levar as
almas dos mortos para o submundo, o reino de Hades. Ele
levava as almas até o rio que as transportava ao submundo,
sendo que o trabalho dessa travessia era do barqueiro Caronte.
Podiam passar por esse caminho, no entanto, somente aqueles
com dinheiro para pagar o barqueiro.
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Hermes também era mensageiro do Monte Olimpo e era


constantemente enviado por Zeus para diferentes reinos e locais
a fim de levar a sua mensagem. Isso contribuiu para que fosse
mencionado em diversos mitos gregos. Outro destaque é que ele
possuía sandálias e um elmo alados, que permitiam com que
se deslocasse rapidamente. Ambos foram um presente
de Hefesto.
Historicamente, acredita-se que o culto a Hermes pode ter se
iniciado com base em uma divindade da fertilidade que existia na
região da Arcádia. No entanto, não existem provas concretas
disso, e as menções mais antigas a ele foram realizadas pelos
micênicos por meio de inscrições em Linear B encontradas em
diferentes locais da Grécia.
Leia mais: Olimpíadas — remontam à Antiguidade, apesar dos
jogos terem se popularizado mesmo na Idade Contemporânea

Aparições de Hermes nos mitos gregos

Inicialmente, Hermes era filho de Zeus com uma ninfa


chamada Maia, e os gregos acreditavam que ele teria nascido
no Monte Cilene (ou em suas proximidades), localizado na
Arcádia. Hermes teve alguns filhos, frutos de relacionamentos
com Afrodite e Calisto (uma ninfa), mas nunca chegou a ser
casado.
Ele participou da Guerra de Troia, embora de forma secundária.
Esteve do lado dos aqueus (gregos), mas, em determinado
momento, ajudou o rei troiano, Príamo, a requerer o corpo de seu
filho falecido em combate, Hector. Hermes também foi bastante
mencionado no poema épico Odisseia, que narra o retorno de
Odisseu para sua casa, na ilha de Ítaca.
Hermes também ficou conhecido nos mitos por ter inventado
o fogo, e os gregos afirmavam que ele também era o inventor
do alfabeto. Ainda, tinha inventado a lira, fabricando a primeira
com o casco de tartarugas. Esse primeiro exemplar,
posteriormente, foi entregue a Apolo, deus da música, como parte
de um acordo entre ele e Hermes, seu irmão.
Esse acordo foi necessário porque Hermes roubou 50 animais
do gado de Apolo e os escondeu em uma caverna na Arcádia.
Os animais permaneceram escondidos por um tempo, até que o
esconderijo foi descoberto e Apolo exigiu que seu gado fosse
devolvido. Hermes permaneceu com os animais, mas, em troca,
cedeu sua lira ao seu irmão.
Em outro episódio peculiar, Hermes foi envolvido em uma
disputa entre Zeus e Hera, dois deuses casados. Isso porque
Hera suspeitava que Zeus estava querendo traí-la com Io, uma
bela mulher. Zeus havia transformado Io em vaca para despistar
a sua esposa, mas Hera pediu que a vaca fosse dada a ela como
presente.
Zeus, para não dar suspeitas de nada, entregou a vaca para
Hera, mas pediu para Hermes que desse um jeito de recuperá-la.
Hera, por sua vez, colocou a vaca sob a vigilância de Argos, um
gigante com cem olhos que não fechava todos nunca, nem
quando dormia. Hermes conseguiu enganar Argos, fazendo-o
adormecer, e então o decapitou. Depois disso, Zeus retornou Io a
sua forma humana.
Leia mais: Período Homérico — fase da história grega vinculada
à formação e à cultura dos gregos registradas na Ilíada e
na Odisseia

Hermes e a religiosidade dos gregos

Hermes, assim como outros deuses, era cultuado pelos gregos,


e seu culto era disseminado por toda a Grécia, embora alguns
locais mantivessem uma relação de maior proximidade com essa
divindade. Locais próximos ao Monte Cilene recebiam um forte
culto a Hermes, mas havia grandes cidades que o veneravam
também, como Atenas.
Em Atenas, inclusive, era realizado um dos cultos mais antigos a
Hermes, por meio de um festival conhecido como Hermaia,
realizado anualmente e integrado por jovens que faziam a
transição para a vida adulta. Havia também um festival desse tipo
na ilha de Creta. Havia ainda templos, santuários e estátuas
desse deus por diferentes partes da Grécia.
Os romanos, como aconteceu com diversos deuses gregos,
assimilaram Hermes a sua religião, passando a adorá-lo também.
Os romanos o chamavam de Mercúrio.
Publicado por Daniel Neves Silva

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