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Escola de Engenharia
Departamento de Engenharia de Materiais e Construção
Curso de Especialização em Construção Civil
Monografia
Belo Horizonte
Julho/2015
Priscila Salvador Santos
Belo Horizonte
Escola de Engenharia da UFMG
2015
ii
Dedico este trabalho aos meus pais Solange e
Gerson (in memorian) e a minha irmã Pâmela.
iii
AGRADECIMENTOS
A Deus por me dar forças para passar pelas dificuldades durante o percurso.
Obrigado.
iv
RESUMO
v
SUMÁRIO
vi
LISTA DE FIGURAS
vii
LISTA DE QUADROS
viii
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
ix
LISTA DE SÍMBOLOS
cm - centímetro
m2 - metro quadrado
mm - milímetro
x
1. INTRODUÇÃO
Nos últimos 8 anos, a construção civil viveu uma fase de crescimento, a qual veio
atrelada o desenvolvimento de novas técnicas de construção e o
aperfeiçoamento de técnicas já existentes. Uma técnica que ganhou força nestes
anos foi a construção de habitação em alvenaria estrutural, a qual segundo
relatos, os primeiros prédios surgiram na década de 1960. O lançamento do
programa Minha Casa, Minha Vida em 2009 praticamente transformou a
tecnologia de Alvenaria Estrutural no sistema construtivo oficial do programa,
contribuindo para o alto crescimento da tecnologia (SINDUSCON-MG,2011).
1
2. OBJETIVO
2
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
3
Os primeiros prédios de blocos de concreto em alvenaria armada possuíam
quatro pavimentos e foram erguidos em 1966 em São Paulo, conjunto
habitacional “Central Parque da Lapa”. Nesse mesmo conjunto, em 1972, quatro
edifícios com doze pavimentos foram construídos (ver figura 2). Entre o ano de
1974 e 1976 várias unidades habitacionais foram construídas, mas a qualidade e
durabilidade do produto deixaram a desejar (LOGULLO, 2006).
4
fechamentos de alvenaria, chama-se alvenaria estrutural
(FORUMDACONSTRUCAO, 2015). Pilares e vigas não são utilizados na
alvenaria estrutural, a estrutura da edificação é composta por paredes chamadas
de portantes que distribuem uniformemente as cargas ao longo das fundações
(TAUIL e NESE, 2010).
5
A tolerância que os blocos devem cumprir para cada valor individual em relação
às suas dimensõesé de (-) 1,0mm.
6
3.1.2 Argamassa de Assentamento
7
Para que a parede seja homogênea e atenda aos requisitos de projeto é
fundamental que se estabeleça a aderência entre bloco e junta de argamassa
(MEDEIROS, 1993 apud LOGULLO, 2006 ).
3.1.3 Graute
O graute deve possuir elevada fluidez, de forma a penetrar nos vazios dos blocos,
e uma boa coesão mínima, evitando a segregação de seus componentes. Ambas
as propriedades são essenciais para uma boa trabalhabilidade, o que torna o
graute eficiente (CALÇADA, 1998 apud LOGULLO, 2006).
8
Os pontos de concentrações de tensões são locais, onde necessita-se preencher
com graute algumas regiões das paredes. Essas regiões podem surgir nas
proximidades de elementos concentradores de cargas, nos pontos de apoios de
fundações e também nos encontros das próprias paredes (POZZOBON, 2003).
Segundo Cunha (2001 apud Logullo, 2006) é necessário que exista uma boa
aderência entre o bloco e o graute para que ambos atuem como estrutura
homogênea. A transferência de tensões entre o bloco e o graute depende
aderência entre eles.
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estabelecidos.
Controle de aceitação: é um conjunto de verificações destinadas a
comprovar se o produto atende a padrões previamente estabelecidos nas
especificações e no projeto da obra.
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Figura 6: Diagrama de Controle Tecnológico da Alvenaria Estrutural
Fonte: POZZOBON (2003)
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O fornecedor de blocos é responsável pelo atendimento às especificações
contratuais e de Norma. Para auxiliar as construtoras na escolha dos blocos,
existe o selo de qualidade fornecido pela ABCP (Associação Brasileira de
Cimento Portland) aos produtores qualificados.
As amostras a serem retiradas dos lotes para envio ao laboratório para execução
dos ensaios, são de tamanho variável (ver quadro 1).
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Para que o lote de blocos seja aceito, segundo NBR 6136:2014 deve-se:
a) ao receber o material verificar por simples constatação visual, se cumpriu todos
os requisitos citados (exemplo: aparência);
b) as dimensões reais de todos os blocos da amostra atenderem ao especificado;
c) as características físico-mecânicas atenderem ao especificado no projeto.
Caso haja a recusa de 10% ou mais dos blocos de um fornecimento, este pode
ser rejeitado em sua totalidade, mas é permitido ao fornecedor e ao comprador a
substituição dos componentes recusados até o máximo de 10% do total dos
blocos do lote em exame. Se não satisfizerem as exigências, utilizar a amostra
destinada à contraprova. Os novos resultados satisfizendo as exigências desta
Norma, o lote deve ser aceito.
Estando o lote de acordo com a norma, pode-se iniciar a aplicação dos blocos
antes do recebimento do resultado dos ensaios. Se os resultados dos ensaios
não estiverem de acordo, o lote deve ser reprovado. Se ainda não foi aplicado à
alvenaria, o lote deve ser inteiramente substituído. Caso já tenha sido aplicado,
deve-se cumprir o contrato entre as partes.
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argamassa produzida em obra o controle é de responsabilidade da construtora,
devendo a mesma encaminhar previamente ao laboratório, quantidade
necessária de materiais para moldagem em laboratório dos corpos de prova para
ensaio, e definição do traço solicitado em projeto, conforme NBR 13279:2005 e
15961-2:2011. O controle de qualidade deve ser feito através de monitoramento
da produção dos traços na obra e confecção de corpos de prova dos lotes
produzidos para ensaio em laboratório e acompanhamento dos resultados.
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Figura 7: Formas para corpo de prova de argamassa
Fonte: ERCA (2015)
3.2.3 Graute
O graute deve possuir elevada fluidez, de forma a penetrar nos vazios dos blocos,
e uma boa coesão mínima, evitando a segregação de seus componentes. Ambas
as propriedades são essenciais para uma boa trabalhabilidade, o que torna o
graute eficiente (CALÇADA, 1998 apud LOGULLO, 2006).
O controle do graute deve ser feito a partir de lotes de 500 m2 de área construída
em planta (por pavimento); dois pavimentos e fabricado com matéria-prima de
mesma procedência e mesma dosagem. Através de recipientes dosadores para
os materiais (cimento, areia e brita), treinamento dos funcionários envolvidos na
sua produção, no uso de quadros de instrução de dosagem e com inspeções nos
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locais de grauteamento. A figura 8 mostra uma forma metálica utilizada para
molde de graute.
O molde deve ser feito de acordo com a NBR 5738:2015 - Procedimento para
Moldagem e Cura de Corpos de Prova, e ensaiado em procedimento descrito na
NBR 5739:2007 Concreto - Ensaio de Compressão de Corpos de Prova
Cilíndricos. A amostra será considerada aceita pelo atendimento do valor
característico especificado em projeto.
3.2.4 Prisma
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Prisma Oco: composto por bloco, argamassa e bloco (ver figura 9).
Prisma Cheio: composto por bloco, argamassa, bloco e graute (ver figura
10).
Cada pavimento de cada de cada edificação constitui um lote, devem ser feitos
para cada lote, no mínimo 12 prismas sendo seis para ensaio e seis para
eventual contraprova caso seja necessário (ver quadro 2). Quando os blocos
utilizados em obra tenham resistência maior ou igual a 12 MPa, os prismas
devem ser moldados na própria obra e recebidos no laboratório, para o restante,
a moldagem em obra é opcional e pode ser feita em laboratório.
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4. METODOLOGIA
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5. ESTUDO DE CASO
Um estudo mais detalhado das notas existentes no projeto estrutural foi realizado
pelo consultor e o designado pelo Gerente da Obra a representar a obra, no caso
a Engenheira de Produção (ver figura 11). Neste estudo levantou-se os tipos de
bloco, conforme a resistência (fbk) utilizaria na obra, qual a quantidade de blocos
utilizados por pavimento para levantar a quantidade de amostras (conforme NBR
6136:1994), seriam necessárias colher e enviar para análise no laboratório. Foi
definida pela obra que as argamassas e grautes seriam rodadas na obra,
exigindo assim, que um laboratório escolhido pela gerência da obra elaborasse os
traços de acordo com o solicitado em projeto (ver figura 11).
20
Figura 11: Notas do Projeto Estrutural da Torre 1 Condomínio Jardins
Fonte: a autora
Foi estudado a melhor área para se construir a central de moldagens, local onde
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o acesso seria restrito aos responsáveis da área, mestre de obras, encarregado e
engenheiros. O local deveria ter: uma área coberta, pois os moldes ficariam
dispostos no local e não poderiam molhar; uma área suficiente para confeccionar
todos os prismas necessários; um recipiente com água para receber todos os
corpos de prova até o envio para o laboratório e ter bancadas para os moldes de
de argamassa. Após a escolha da área, foi feita a estrutura pela equipe de obra e
aprovado pelos engennheiros.
Fonte: a autora
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O Controle dos blocos é realizado através da figura 12, onde são lançadas as
informações sobre o lote enviado para análise. O relatório físico é arquivado em
uma pasta onde é dividida por pavimento e torre da obra, todos as análises de
laboratório referente ao pavimento é inserido na pasta.
Rev. 00
RASTREABILIDADE DE BLOCOS Período: dezembro-12
Nº do
Data Nº de FBK Data Data Pavimento/
Relatório do Empresa Lote Local Situação Observação
Coleta Série Bloco Fabric. Rompimento Torre
Laboratório
23/12/12 1 ED 1056/12 Blojaf 16 311012MP 31/10/12 28/12/12 Tepac 2 Pav T1 e T2 _CJ Aprovado
Contraprova
07/01/13 2 020/13 Blojaf 16 311012MP 31/10/12 08/01/13 Sesi 2 Pav T1 e T2 _CJ Aprovado
dimensional
Os lotes dos blocos devem ser conferidos pelo almoxarifado na sua chegada a
obra. Verificar se os dados da nota fiscal batem com o material entregue
(quantidade, lote, medidas), se o número do lote é o aprovado pelo laboratório e
se estão com boa aparência (sem quebras ou muito porosos). Os blocos são
dispostos em área determinada pela equipe de obra, de forma organizada, não
misturando os blocos de diferentes resistências (ver figura 13).
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5.3 Controle Tecnológico da Argamassa
A argamassa por ser produzida na obra, teve seu traço feito pelo Laboratório.
Após o laboratório enviar o relatório da análise dos agregados da obra, verifica-se
se todos os parâmetros estão em conformidade, caso não estejam, deve-se
trocar o agregado não conforme e realizar nova análise. Caso positivo, solicita-se
que o laboratório elabore os traços de argamassa solicitados em projeto,
conforme figura 11 mostrada anteriormente.
Com os traços de argamassa finalizados pelo laboratório (ver figura 14), todos os
envolvidos no processo de fabricação e conferência da argamassa na obra são
treinados e os traços são inseridos em uma tabela de dosagem (ver anexo 1) que
será fixada ao lado da betoneira e servirá de auxílio para a confecção das
argamassas. Na tabela de dosagem é especificado todas as características dos
produtos utilizados no traço dentre eles: tipo, marca, etc.
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São retiradas amostras de argamassas de todo pavimento produzido, e de todo
prisma confeccionado de acordo com a NBR 15961-2:2011, assim as amostras
são colocadas em moldes prismáticos metálicos que servem de molde para três
corpos de prova de argamassa nos formatos 4cm x 4cm x 4cm. O responsável
que foi treinado, molda os corpos de prova conforme o controle tecnológico fixado
na central de moldagens (ver quadro 4).
CONTROLE TECNOLÓGICO
CAMADAS GOLPES
CP 2 12
GRAUT
SLUMP 3 25
ARFGAMASSA CP 1 30
Fonte: a autora
Rev. 00
RASTREABILIDADE DE ARGAMASSA
Período: janeiro-13
Nº de Nº do Relatório Quantidade
Data FCK Tipo Local Concretado Observação
Série do Laboratório de CP's
3 - 7 dias
23/01/2013 1 ED 064/13 13 Alvenaria 2 Pav. T1 e T2 CJ 9 3 - 14 dias
3 - 28 dias
3 - 7 dias
07/02/2013 2 ED 129/13 13 Alvenaria Jardins T2 3º pav. - Villa Bela 2º pav. 9 3 - 14 dias
3 - 28 dias
3 - 7 dias
22/02/2013 3 EC 449/13 10 Alvenaria Teste 9 3 - 14 dias
3 - 28 dias
25
5.4 Controle Tecnológico do Graute
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Rev. 00
RASTREABILIDADE DE GRAUTE Período: setembro-12
10 Traço rodado
em obra (Traço
Ensaio Prisma: Grout 32 MPA (2º (2 aos 7 dias
11/01/2013 434 425/13 32 09:00 Graute Tepac)
pav Jardins T1 e T2 / VB) 4 aos14 dias Areia Usibrita;
4 aos 28dias) Cimento CPIII-
Graut 32 Mpa Rodado em Obra_
28/01/2013 455 734/13 32 09:00 Graute 16
ensaio (3º pav. Jardins T1)
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Cada amostra de prisma de um determinado lote, era produzido conforme nota
de projeto, figura 11 mostrada anteriormente, e ganhava um numero de série.
Todos os dados da produção eram anotados para posterior lançamento na
planilha de rastreabilidade de prisma, conforme figura 19 abaixo.
Rev. 00
RASTREABILIDADE DE PRISMAS Período: dez.12
Nº do Data
Nº de Série FBK FBK Data Traço Traço Pavi/ Quant de
Data Relatório do Empresa Lote Rompim Local Obs
Laboratório Bloco Prisma Fabric. Argamassa Grout Torre CP's
Laboratório .
03/01/13 1 196/13 Blojaf 16 Mpa 13 Mpa 311012MP 31/10/12 13 28 dias Jardins 2º pav. 6
11/01/13 1 309/13 Blojaf 16 Mpa 13 Mpa 311012MP 31/10/12 13 32 28 dias Jardins 2º pav. 6
Após o lançamento na planilha era produzida uma etiqueta que continha todas
as informações necessárias para a identificação do prisma e a mesma era fixada
no prisma, ver figura 20. A etiqueta facilitava ao laboratório identificar os prismas
enviados pela obra. O relatório do ensaio era enviado aproximadamente um mês
antes do início da alvenaria do pavimento, ou seja, quando a alvenaria iniciava a
equipe de produção já tinha o resultado do ensaio do prisma daquele pavimento.
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Empresa
Obra: Betim 1
Serie: 16
Prisma: 10 MPa
Data Moldagem: 03/10/13
Fornecedor: Pavi Sigma
Data Fabricação: 14/01/13
Lote: LT 2 - BEL. 4451439120
Bloco: 12 MPa
Local: JARDINS T2 7º PAVIMENTO
Traço Argamassa: 8 MPa
Rompimento: 28 dias
Início
Escolha de
Fornecedores
Treinamento dos
envolvidos no
processo na obra.
Confecção do Prisma e
do corpo de prova de
argamassa e graute
(na própria obra ou em
laboratório)
Laudo de rompimento
fornecido pelo Laboratório
em conformidade?
sim
Início da
Alvenaria
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6. CONCLUSÕES
31
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
32
CAMPOS, I.M. O que é Alvenaria Estrutural? Disponível em:
<http://www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=7&Cod=40> Acesso
em: 27 mar. 2015, 11:00:00
33
PARSEKIAN, G.A; FRANCO, L.S. Nova Norma Brasileira de Projeto e Execução
de Alvenaria Estrutural de Blocos de Concreto: Parte 2: Execução e controle de
obras. Techne , São Paulo. Edição 169, Abril 2011. Disponível em:
<http://techne.pini.com.br/engenharia-civil/169/artigo285865-1.aspx> . Acesso
em: 10 abr. 2015, 19:00:00
34
TAUIL, C.A., NESE, F.J.M. Alvenaria Estrutural. 1. ed. São Paulo: Editora Pini,
2010. 1 v. 183 p.
USINAFORTALEZA.<http://www.usinafortaleza.com.br/produto/detalhes/4/revesti
mentos_monocamada/supermassa>. Acesso em: 05 mar. 2015, 10:00:00.
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8. ANEXO
ANEXO 1
36
Obra: A194 - Betim
Tabela de Dosagem Rev. 8
CONCRETO
9 MPA 1 2 2 33,1 35 x 45 x 31,2 35 x 45 x 37,8
15 MPA 1 2 2 26,6 35 x 45 x 24,3 35 x 45 x 29,5
25 MPA 1 2 2 24,4 35 x 45 x 21,8 35 x 45 x 26,5
EMBOÇO/ REBOCO
5 MPA 1 7 1 75* 35 x 45 x 27
CHAPISCO
1 3 10* 35 x 45 x 32
CONTRA PISO
1 3 10* 35 x 45 x 32
ARGAMASSA DE
ASSENTAMENTO
10 MPA 1 4 1 31* 35 x 45 x 29
8 MPA 1 5 1 31* 35 x 45 x 28
7 MPA 1 6 1 31* 36 x 45 x 27,5
GRAUTE
28 MPA 1 1 2 24 0,5 35 x 45 x 29,2 35 x 45 x 18,4 Slump=23±1
24 MPA 1 2 2 27 0,5 35 x 45 x 24,3 35 x 45 x 16,7 Slump=23±1
20 MPA 1 2 2 27 0,5 35 x 45 x 29,3 35 x 45 x 20,1 Slump=23±1
16 MPA 1 3 2 27 0,5 35 x 45 x 22 35 x 45 x 22,6 Slump=23±1
37
ANEXO 2
38
Controle Rastreabilidade Local CJ T1
Prisma Cheio
EC 1257/13 (Lenc)
Aprova do (14,7 Mpa )
Argamassa 10 Mpa EC 572/13 (Tepa c)
Grout 24 Mpa Agua rda ndo rel a tóri o
1960/13, 1959/13,
1958/13, 1957/13,
Concreto l a je 25 Mpa Aprova do (26,5 Mpa )
LAJE 1956/13
1.059/13 e 1.056/13
Bloco 12 Mpa (Senai) A pro vado ( 16,1M pa e 15,9 M pa)
532/13 (Lenc)
Prisma Oco 10 Mpa 533/13 (Lenc) Aprova do (10,4 Mpa )
6° PAV
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