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PROVA 1 - TERMODINÂMICA

PROF. Darlan K. E. Carvalho


Turmas: Eng. Mecânica
ABRIL, 2011.

OBS:
1. LEIA ATENTAMENTE A PROVA.
2. INDIQUE DE MANEIRA CLARA TODAS AS HIPÓTESES ADOTADAS NA RESOLUÇÃO DAS QUESTÕES E FAÇA UM
ESBOÇO SEMPRE QUE ACHAR NECESSÁRIO. CUIDADO COM EXAGEROS.
3. ASSINE E ENTREGUE: TANTO O TEXTO DA PROVA QUANTO A FOLHA DE RESPOSTAS.
4. DURANTE A PROVA, NÃO SERÁ PERMITIDA A SOLICITAÇÀO, AO PROFESSOR OU AOS COLEGAS DE LÁPIS,
CANETA, BORRACHA, CALCULADORA, ETC.
5. É PERMITIDO O USO DE LÁPIS, PORÉM AS RESPOSTAS FINAIS DEVEM SER ESCRITAS DE CANETA AZUL OU
PRETA.

QUESTÃO 1. Se considerarmos um processo adiabático (seja porque o sistema está bem


isolado ou porque o processo ocorre muito rapidamente), o que podemos dizer a respeito
das seguintes declarações: (2,0 pontos)
a) Q  W ;
b) Q  0;
c) E  Q ;
d) E  W ;
e) PV  0

Dados:
Objetivos:
Eq. Básicas:
Solução: Num sistema adiabático, não há fluxo de calor nem para dentro, nem para fora do
sistema.
a) Esta declaração implica que Q  W , porém, isto só ocorre se E  0 . Em geral,
E  Q  W (por exemplo, numa expansão isotérmica de um gás temos).
b) Esta declaração é correta, já que Q=0 no processo considerado.
c) Esta declaração indica que E  Q , porém isto só ocorre, quando W=0 (expansão
de um gás no vácuo);
d) Como E  Q  W , E só será igual a W se Q = 2W. Neste caso (ver texto acima
lembre-se da nossa convenção de sinais...) não DÁ!
e) Admitindo um sistema compressível simples, como E  Q  W , PV  0
somente se E  Q , como o processo é adiabático, E  Q  0.
QUESTÃO 2. Uma tubulação de vapor não isolada termicamente com 25m de
comprimento e 100mm de diâmetro é instalada num prédio cujas paredes e ar estão a
25 oC . Vapor pressurizado mantém a superfície da tubulação a 150 oC e o coeficiente
associado à convecção natural é h  10W m2  K . A emissividade da superfície é   0,8 e
  5,67.108 W m2  K 4 . Neste caso: (2,0 pontos)
a) Qual a taxa de perda de calor da tubulação para o ambiente?
b) Se o vapor é gerado num aquecedor a gás operando a uma eficiência de   95% , cujo
preço é de Cg  0,05MJ , determine o custo anual com a perda de calor neste sistema.
Objetivos:
Dados:
Hipóteses:
Solução:

a) A perda de calor é dada, por:


Q  Qconv  Qrad  A h TS  T    TS4  TSUR
4
 onde a área é dada por:
A   DL    0,1  25  7,85m2 , portanto, temos:
Q  7,85 10 150  25  0,8  5,67  108  4234  2984   18405W

b) A perda anual de energia é obtida, como:


E  Q  t  18405  3600  24  365  5,8  1011 J
Com um consumo de energia da fornalha (do aquecedor) de:
E f  E  f  5,8  10 0,95  6,1053 10
11 11

O custo anual com a perda de calor é de:


0,05$
C  Cg E f   6,1053  105 MJ ^  30526,3$
MJ
QUESTÃO 3. Um dispositivo pistão-cilindro, mostrado na figura a seguir, contém
4,0kg de água saturada a 35o C . A área da seção transversal do pistão, que inicialmente
repousa sobre o limitador de curso, é de A  0,06m2 e o volume do fluido nesta situação é
de V1  0,03m3 . Para elevar o pistão contra a pressão atmosférica, é necessária uma pressão
de 300,0 kPa. Ao ser elevado, o pistão entra em contato com uma mola linear quando o
volume ocupado pelo fluido neste estado é de V2  0,075m3 . Para defletirmos esta mola de
1m, é necessário impormos uma força F  360kN . Se a pressão final do fluido for de 7,0
MPa, então: (3,0 pontos)
Mola Linear

a) Determine o estado final da água;


b) Calcule o trabalho realizado durante todo o processo;
c) Esboce os diagramas Pxv e Txv.

Objetivos:
Dados:
Hipóteses:
Solução:

O processo tem 3 estados de interesse (1=inicial; 2=logo antes do pistão encontrar a mola;
3=após a deflexão total da mola). Claramente, precisamos estabelecer o estado final (3).

O sistema é fechado ( m  cte ), contudo, como resultado da troca de calor, o volume muda
(o volume específico também!!!). Desta forma, o volume do estado final (estado 3) é dado,
por:

V3  V2  Ah (1)

onde h é a altura que o pistão se move depois que encontra a mola (i.e., a deflexão da
mola).

Portanto, podemos calcular o volume específico do estado (3), como:

A força da mola é dada, por: dF  kdh (2)

onde k é a constante elástica da mola. Assumindo uma mola elástica/linear, temos:


F 360
k   360 kN m
h 1

Mas: dF  dpA (3)


Usando as equações anteriores, em geral, a deflexão da mola pode ser calculada, como:

3 3 3
dpA dpA A
dh  , e ainda:  dh    h   dp
k 2 2
k k 2

como a mola é linear, assumimos que a pressão também varia linearmente desde o estado 2
3
(imediatamente antes de tocar a mola) até o estado 3, de modo que:  dp  p  p
2
3  p2 e a

deflexão da mola pode ser reescrita, como:

h 
 p3  p2  A (4)
k

Substituindo na expressão do volume no estado 3, temos:

V3  V2  Ah  V2  A2
 p3  p2   0,075  0,062  7000  300  0,142m3 (5)
k 360

Desta forma, o volume específico no estado final (3) é dado, por:

V3 0,142
v3    0,0355 m3 kg
m 4

Das tabelas de vapor saturado, verificamos que:


v3  0,0355 m3 kg  vg  0,02737 m3 kg , o que implica que temos vapor superaquecido no
estado 3.

O trabalho pode ser calculado, como: Wtot  W1,3  W1,2  W2,3

Como assumimos que o sistema é compressível simples, temos :

2 2
W1,2   pdV  p  dV  pV  300  0,075  0.03  13,5kJ (6)
1 1

e, como assumimos que a pressão varia linearmente entre 2-3, temos:

3
 p3  p2  V   7000  300
W2,3   pdV   0.142  0,075  244.55kJ (7)
2
2 2

Finalmente, o trabalho total no processo, é dado, por:


W1,3  W1,2  W2,3  13,5  244.55  258,05kJ

Esboce você os DIAGRAMAS (Pxv e Txv)!!!

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