Você está na página 1de 20

Os acidentes de origem

elétrica e as normas

Edson Martinho
607
Ambientes
residenciais –
218 mortes por
choque elétrico
em 2017
Em 2017:

Pedreiros e pintores representam - 17%

Eletricistas autônomos – 15%

Instaladores de fachada e internet e TV – 7%

Eletricistas em empresas – 7%
Onde está o problema?

• Pedreiros e pintores – 17% - 106 pessoas


• Instaladores de fachada e internet e TV – 7%

• Normalização: Distribuidoras de energia –


Afastamento médio da rede 3m
• Normalização: NR-10 / Norma de distribuidora
de energia elétrica
Onde está o problema?

• Eletricistas autônomos – 15%


• Eletricistas em empresas – 7%

• Normalização: NR-10 + Norma técnicas


Onde está o problema?

• Ambientes Residenciais
• 218 mortes por choque elétrico
• 215 incêndio

• Normalização: ABNT NBR 5410/2004


Conclusão
• A maioria dos acidentes pode ser evitado com poucas ações;

• As normas (técnicas e regulamentadoras) não são seguidas. Há que se ter


fiscalização e punição exemplar – A certificação seria uma opção?

• CE 03:064-12 – Opção de boas práticas de segurança com eletricidade

• A NR-10 ainda é muito falha para os profissionais autônomos;

• São necessárias campanhas de massa, alertando sobre os riscos com


instalações mal feitas;

• Os acidentes são causados por desconhecimento ou descaso das pessoas.


Guia de boas práticas em
segurança com eletricidade

ou

Norma técnica de Segurança


em eletricidade
O QUE DIZ ESTE (GUIA) DE BOAS
PRÁTICAS?

Elaborado desde 2010- tem como objetivo fornecer


informações complementares para a implantação de
medidas de controle dos riscos elétricos levando em
consideração os fatores físicos, sistêmicos, humanos
e ambientais
• fatores físicos – falha nos equipamentos, componentes e / ou
instalação;
• fatores humanos – falha nas ações ou intervenções humanas por
falta de conhecimento ou despreparo dos profissionais envolvidos
no acidente; e
• fatores sistêmicos ou gerenciais – falha da gestão tanto dos fatores
físicos quanto dos humanos.
• Fatores Ambientais – são os que podem influenciar nos fatores
físicos caso não seja objeto de planejamento, como iluminação, sol
chuva, animais peçonhentos ou não

• Oferece orientações para a elaboração de conteúdo mais amplo


do que o memorial descritivo do projeto e das intervenções, dos
procedimentos de serviço de operação e/ou manutenção, reparo e
substituições, requisitos de qualificação e experiência na
aprovação dos serviços com risco, além de técnicas de análise de
riscos nas operações
Campo de aplicação
• Operação de sistemas e instalações elétricas
• Realização de quaisquer serviços nas instalações elétricas, incluindo construção,
manutenção, e ensaios
• serviços não elétricos de qualquer natureza, como construções próximas a linhas elétricas
aéreas ou cabos subterrâneos, limpezas, e outros realizados por pessoas não advertidas,
nas proximidades das instalações elétricas
• operações de instalações elétricas e realização de serviços em instalações elétricas que
operam em níveis de tensão, desde extra baixa tensão até a alta-tensão, inclusive
• serviços em instalações elétricas necessários para geração, transmissão, transformação,
distribuição e utilização de energia elétrica e nas proximidades das:
• instalações fixas e permanentes, como industriais e linhas de transmissão;
• instalações temporárias como canteiros de obras, feiras e exposições;
• instalações móveis como subestações transportáveis;
• equipamentos capazes de serem transladados, como escavadeiras elétricas.
Exemplo
• Nenhum profissional pode ser autorizado a executar uma atividade
elétrica sem que estejam registrados em sua ficha funcional os
comprovantes da qualificação profissional, a realização de treinamentos e
a demonstração de conhecimentos técnicos que embasem as experiências
comprovadas de prevenção contra os riscos da eletricidade. A supervisão
deve considerar o nível de conhecimento e a experiência das pessoas para
determinar o serviço que pode ser realizado.
• Podem ser utilizados os seguintes critérios de avaliação do profissional:
• comprovante de conclusão de curso específico na área elétrica reconhecido pelo
Sistema Oficial de Ensino;
• comprovante da realização e demonstração da compreensão do treinamento de
segurança básica em eletricidade, com conteúdo e duração mínima conforme
estabelecido na legislação brasileira;
• caso julgado necessário, comprovação da experiência em serviços elétricos similares
ao que será designado com demonstração sobre a percepção dos perigos e riscos que
possam aparecer durante o serviço e a respectiva medida de proteção a ser tomada;
• compreensão dos procedimentos a serem seguidos para execução do serviço;
• A complexidade dos serviços deve ser avaliada antes de iniciar a execução, a fim de
estabelecer a composição da equipe com profissionais: capacitados, qualificados,
habilitados e autorizados.
Documentos do sistema elétrico
Além dos documentos de projetos com informações técnicas de engenharia da instalação elétrica e concepção do sistema elétrico, é
recomendado ser elaborados documentos específicos com informações necessárias para o planejamento e execução segura e confiável dos
serviços, isolamento, operação e manutenção do sistema elétrico.

É importante que seja elaborado um esquema unifilar simplificado para a operação para o propósito de segurança com informações básicas,
contendo a. as seguintes informações:

• tensão de alimentação;.

• informações das fontes de alimentação, incluindo geradores de emergência e energia armazenada, pontos de seccionamento, e que possa
ser fácil e rapidamente identificado o fluxo de energia para o local de serviço;

• todas as situações operacionais possíveis e indicações de seccionamentos efetivos da(s) alimentação(ões), ou intertravamento mecânico,
incluindo geradores de emergência, fontes alternativas de energia e energia armazenada como baterias e capacitores;

• nível de energia incidente do arco elétrico para cada situação operacional do sistema;

• tensão, capacidade de ruptura e corrente nominal dos dispositivos de proteção;

• esquema de aterramento adotado, com informações de tensão de passo e toque;

• identificação dos dispositivos e unidades funcionais;

• identificação dos circuitos elétricos.

O esquema unifilar deve ser elaborado para cada local, sistema elétrico ou equipamento, e deve estar acessível a todos os envolvidos no local de
serviço.

O esquema unifilar deve conter informações atualizadas, legíveis, objetivas e relevantes para a segurança das pessoas para a realização dos
serviços.

As identificações dos dispositivos e unidades funcionais devem ser idênticas em todos os documentos constantes nesta subseção.
E mais....
• Desenhos da instalação
• desenho da planta contendo a configuração do sistema de aterramento e equipotencialização
para proteção das pessoas;
• plantas completas da classificação de áreas, contendo planta baixa e cortes, quando aplicáveis;
• desenho da instalação subterrânea ou enterrado;
• desenho do sistema de combate a incêndio;
• desenho das instalações elétricas aéreas;
• arranjo dos equipamentos e desenho de distribuição do sistema elétrico tais como: salas elétricas
e encaminhamento de cabos elétricos, incluindo rotas de fugas, iluminação de emergência e rota
de resgate;
• desenhos da Proteção contra Descargas Atmosféricas (PDA).
• Estudos e especificação do sistema elétrico
• estudo de curto-circuito;
• estudo de coordenação e seletividade;
• estudo da energia incidente do arco elétrico;
• estudo de classificação de áreas, quando aplicável;
• especificação das medidas e meios de proteção contra choques elétricos e queimaduras por arco
elétrico;
• especificação das medidas e meios de proteção contra incêndios ou outros riscos adicionais de
origem elétrica;
• especificação do PDA;
• especificação dos requisitos de segurança dos equipamentos elétricos;
• estudo de coordenação de isolamento;
• especificação do sistema de aterramento e dos pontos de conexão dos aterramentos temporários.
Tem muito mais, veja um resumo do conteúdo
• Princípios gerais • Procedimentos de serviço
• Segurança na operação; • Serviços em instalações desenergizadas (zona livre);
• Serviços em instalações energizadas (zona de risco);
• Pessoal; • Serviços em proximidade de partes energizadas (zona
• Organização; controlada);

• Comunicação (transmissão da informação); • Procedimentos de segurança de manutenção


• Pessoal;
• Locais de trabalho;
• Serviço de reparo;
• Ferramentas, equipamentos e dispositivos; • Serviço de substituição;
• Desenhos, documentos e registros; • Interrupção temporária;
• Sinalização e advertência; • Término do serviço de manutenção;
• Planejamento e atendimento à emergência e resgate
• Procedimento padrão
• Riscos com a eletricidade a serem • Serviços em áreas classificadas
considerados; • Anexo A - Guia de distâncias no ar para os
procedimentos de trabalho
• Procedimentos administrativos;
• Procedimento de segurança para operação do • Anexo B - Informações complementares para o trabalho
em segurança
sistema elétrico;
• Renovação da autorização para serviços em
• Verificação de funcionamento; instalações energizadas
• Condições ambientais
• Proteções contra incêndios – Combate a incêndios
• Proteções em áreas classificadas (inclui as categorias
de instrumentos)
OBRIGADO
Edson Martinho
Abracopel@abracopel.org.br
abracopel.org

Você também pode gostar