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No mesmo sentido, está a lição de Ana Maria Gonçalves Louzada (2008, p.
50) ao comentar em seu livro Alimentos, Doutrina e Jurisprudência que:
[...] quando houver por parte de um dos genitores
omissão no pagamento da pensão alimentícia para o
filho, caberá adentrar com demanda alimentar contra
seus avós. Dessa forma, a obrigação alimentar dos
avós é subsidiária, complementar, uma vez que a
obrigação primeira encontra com os genitores.
Necessário sublinhar que quando o neto for buscar
alimentos dos avós em juízo, indispensável
demonstrar-se o não-pagamento da pensão
alimentícia por parte do genitor não-guardião, ou
suas escassas condições financeiras para a
mantença dos filhos.
Diante do exposto, a inclusão dos avós no pólo passivo da obrigação
alimentar para com os netos é de fato algo aceitável e corriqueiro em todos os
tribunais do Brasil.
Os avós devem auxiliar a alimentação dos netos, mas não deve essa
obrigação ir além das garantias deste grupo social. É dever do Estado proteger
a família e proporcionar o convívio das gerações através do respeito das
garantia dos direitos humanos do idoso, da criança e do adolescente.
Nesse sentido, a obrigação dos avós deve ser observada com muito cuidado,
pois mesmo sendo a alimentação fator primário do direito à vida, este encargo
poderá, através do descumprimento do pagamento em favor dos netos, tirar o
direito a liberdade de um idoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
RODRIGUES, Silvio. Direito civil 6 - direito de família. 28. ed. rev. e atual. São
Paulo: Saraiva, 2007.
https://jus.com.br/artigos/54668/obrigacao-avoenga-historico-e-conceito