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OBRIGAÇÕES GERAIS
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Esta informação deve ser prestada nas seguintes situações:
Sempre que um trabalhador é admitido;
Mudança de posto de trabalho ou funções;
Introdução de novos equipamentos ou alteração dos existentes;
Nova tecnologia;
Atividades que envolvam trabalhadores de diversas empresas.
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QUAIS AS MODALIDADES DE ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SST?
O empregador tem que escolher uma das seguintes modalidades:
Serviços internos;
Serviços comuns;
Serviços externos.
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EM QUE CASOS É OBRIGATÓRIO DESIGNAR UM REPRESENTANTE DO EMPREGADOR?
Sempre que se opte por serviços externos ou comuns.
O representante do empregador tem que ter formação adequada, e tem como função
representar o empregador, acompanhando e coadjuvando a execução das atividades de
prevenção.
Estabelecimento industrial ou
de outra natureza com risco Por cada 10 trabalhadores Mínimo 1 hora por mês
elevado
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PRIMEIROS SOCORROS E MEIOS DE COMBATE A INCÊNDIO
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A autoproteção e a gestão de segurança contra incêndios em edifícios e recintos, durante a
exploração ou utilização dos mesmos, baseiam-se nas seguintes medidas:
Medidas preventivas, conforme a categoria de risco tomam a forma de:
Procedimentos de prevenção;
Planos de prevenção;
Medidas de intervenção em caso de incêndio, conforme a categoria de risco tomam a
forma de:
Procedimentos em caso de emergência;
Planos de emergência internos;
Registo de segurança onde devem constar:
Os relatórios de vistoria ou inspeção;
A relação de todas as ações de manutenção direta ou indiretamente relacionadas
com a SCIE;
A relação das ocorrências direta ou indiretamente relacionadas com a SCIE;
Formação em SCIE, sob a forma de ações destinadas aos colaboradores das entidades
exploradoras, ou formação específica, destinada aos delegados de segurança e outros
elementos que lidam com situações de maior risco de incêndio;
Simulacros, para teste do plano de emergência interno e treino dos ocupantes com vista
a criação de rotinas de comportamento e aperfeiçoamento de procedimentos.
SAÚDE NO TRABALHO
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PODE-SE RECORRER AO SERVIÇO NACIONAL DE SAÚDE PARA A PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA
DA SAÚDE DOS TRABALHADORES?
Sim, em grupos de trabalhadores específicos, nomeadamente os trabalhadores de
microempresas que não exerçam atividade de risco elevado, trabalhadores do serviço
doméstico, trabalhadores independentes, entre outros.
Cabe, nestes casos, ao empregador ou trabalhador independente, o pagamento dos
respetivos encargos.
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EM QUE OUTRAS SITUAÇÕES TAMBÉM SE CONSIDERA QUE OCORREU UM ACIDENTE DE
TRABALHO?
No trajeto de ida para o local de trabalho ou de regresso deste;
Na execução de serviços espontaneamente prestados e de que possa resultar proveito
económico para o empregador;
No local de trabalho e fora deste, quando no exercício do direito de reunião ou de
atividade de representante dos trabalhadores;
No local de trabalho, quando em frequência de curso de formação profissional ou fora
do local de trabalho quando exista autorização expressa do empregador para tal
frequência;
Em atividade de procura de emprego durante o crédito de horas para tal concedido por
lei aos trabalhadores com processo de cessação de contrato de trabalho em curso;
Fora do local ou tempo de trabalho, quando verificado na execução de serviços
determinados pelo empregador ou por estes consentidos.
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QUE CONDIÇÕES SE TÊM QUE VERIFICAR PARA QUE O TRABALHADOR TENHA DIREITO À
REPARAÇÃO RESULTANTE DE UMA DOENÇA PROFISSIONAL?
O direito à indemnização resultante de doenças profissionais pressupõe que,
cumulativamente, se verifiquem as seguintes condições:
Estar o trabalhador afetado pela correspondente doença profissional;
Ter estado a trabalhar exposto ao respetivo risco pela natureza da indústria, atividade ou
condições, ambiente e técnicas do trabalho habitual.
FORMAÇÃO EM SST
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SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA
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QUE FAZER PARA UMA CORRETA ADEQUAÇÃO DA SINALIZAÇÃO DE SEGURANÇA?
Identificar os perigos e riscos para a segurança ou saúde no trabalho;
Adquirir sinalização de segurança e de saúde apropriada e mantê-la limpa e conservada;
Colocar a sinalização de segurança e de saúde, tendo em conta o seguinte:
Colocar em locais bem visíveis e iluminados;
Não colocar um número excessivo de placas na proximidade umas das outras;
Não utilizar simultaneamente dois sinais luminosos que possam ser confundidos;
Não utilizar dois sinais sonoros ao mesmo tempo;
Não utilizar um sinal sonoro, quando o ruído ambiente for superior;
Informar os trabalhadores sobre o significado da sinalização de segurança e de saúde
existente nos locais de trabalho e como agir perante tal sinalização.
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SÍNTESE DO QUADRO SANCIONATÓRIO (Lei n.º 102/2009, alterada pela Lei n.º 3/2014)
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A designação de um ou mais trabalhadores, para se ocuparem de todas ou algumas das
atividades de segurança no trabalho, que não possuam formação adequada e que não
disponham do tempo e dos meios necessários;
O exercício da atividade por serviço externo sem autorização (é solidariamente
responsável pelo pagamento da coima o empregador que contrate serviço não
autorizado);
Os serviços internos, comum e externos não possuírem os meios suficientes que lhes
permitam exercer as atividades principais de segurança e de saúde no trabalho;
Violação, por parte de cada empresa abrangida pelos serviços comuns, do
estabelecimento de um acordo entre as várias empresas ou estabelecimentos
pertencentes a sociedades que não se encontrem em relação de grupo, nem sejam
obrigadas a ter serviços internos.
Negligência Dolo
2.040,00€ a 4.080,00€ 4.590,00€ a 9.690,00€
Empresa volume de neg. < a 500.000 Euros
(20 UC a 40 UC) (45 UC a 95 UC)
8.670,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 500.000 Euros e < a 2.500.000 3.264,00€ a 8.160,00€
19.380,00€
Euros (32 UC a 80 UC)
(85 UC a 190 UC)
4.284,00€ a 12.240,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 2.500.000 Euros e < a
12.240,00€ 28.560,00€
5.000.000 Euros
(42 UC a 120 UC) (120 UC a 280 UC)
5.610,00€ a 14.790,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 5.000.000 Euros e < a
14.280,00€ 40.800,00€
10.000.000 Euros
(55 UC a 140 UC) (145 UC a 400 UC)
9.180,00€ a 30.600,00€ a
Empresa volume de negócios = ou > a 10.000.000 Euros 30.600,00€ 61.200,00€
(90 UC a 300 UC) (300 UC a 600 UC)
UC = Unidade de Conta Processual para efeitos das Contraordenações Laborais e SST fixada em 102,00€
CONTRAORDENAÇÕES GRAVES
São consideradas infrações graves ao regime de SST, nomeadamente:
Violação do dever de formação aos trabalhadores, sem prejuízo para os mesmos,
nomeadamente:
Formação adequada em SST, tendo em conta o posto de trabalho e o exercício de
atividades de risco elevado;
Formação permanente para os trabalhadores/representantes dos trabalhadores
que exerçam atividades de SST;
Formação aos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas de
primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação de trabalhadores,
facultando-lhes o material adequado. Estes trabalhadores terão que ser em
número suficiente, tendo em conta a dimensão da empresa e os riscos existentes.
Não salvaguardar o direito dos representantes dos trabalhadores para a SST reunirem
com a gestão da empresa, pelo menos uma vez por mês, com registo em ata, assinada
pelos presentes, dos assuntos tratados relacionados com a SST;
Não disponibilizar informação aos trabalhadores e aos seus representantes para a SST e
ao médico de trabalho e a trabalhadores independentes e empresas que, nas mesmas
instalações desenvolvam atividades em simultâneo com os seus trabalhadores, sobre:
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As substâncias e misturas perigosas, os equipamentos de trabalho e os materiais
ou matérias-primas presentes nos locais de trabalho que possam representar
perigo de agressão ao património genético;
Os resultados da avaliação dos riscos;
A identificação dos trabalhadores expostos.
Sujeitar os menores com idade igual ou superior a 16 anos a atividades, processos e
condições de trabalho sujeitas a exposição dos agentes físicos, biológicos e químicos
referidos na secção II da Lei 3/2014;
Não avaliar a natureza, o grau e a duração da exposição do menor a atividades ou
trabalhos condicionados e tomar as medidas necessárias para evitar esse risco, dando
desses factos conhecimento ao serviço com competência inspetiva das condições de
segurança e saúde no trabalho;
Violação, da responsabilidade do empregador, dos deveres dos serviços internos ou
comuns, em empresa onde este serviço violou os deveres em causa, de acordo com o
descrito no artigo 73.º - B (1 a 3);
Sem prejuízo das obrigações do empregador, violação dos deveres dos serviços externos
de SST, de acordo com o descrito no artigo 73.º - B (1 a 3);
Não estabelecer acordo por escrito, no caso de se adotarem serviços comuns e não
comunicar esse acordo ao organismo competente para a promoção da SST, no prazo
máximo de 10 dias úteis após a sua celebração;
Não fazer acompanhar a comunicação anterior de parecer fundamentado dos
representantes dos trabalhadores para a SST ou, na sua falta, de todos os trabalhadores;
Não ministrar formação adequada ao representante do empregador, que permita a
aquisição de competências básicas em matéria de segurança, saúde, ergonomia,
ambiente e organização do trabalho e que seja comunicada previamente ao serviço com
competência para a promoção da segurança e saúde no trabalho do ministério
responsável pela área laboral;
Não fornecer aos serviços de segurança no trabalho os elementos técnicos sobre os
equipamentos e a composição dos produtos utilizados;
Não informar os serviços de segurança no trabalho sobre todas as alterações dos
componentes materiais do trabalho e não os consultar, previamente, sobre todas as
situações com possível repercussão na segurança dos trabalhadores;
Em empresa com mais de 250 trabalhadores, o médico do trabalho não ser coadjuvado
por um enfermeiro com experiência adequada;
Não assegurar a atividade dos serviços de segurança regularmente no próprio
estabelecimento durante o tempo necessário. A afetação dos técnicos superiores ou
técnicos às atividades de segurança no trabalho, por empresa, não ser estabelecida nos
termos definidos no artigo 101.º;
Não promover a realização de exames de saúde adequados a comprovar e avaliar a
aptidão física e psíquica do trabalhador para o exercício da atividade, bem como a
repercussão desta e das condições em que é prestada na saúde do mesmo;
- Violação do dever de promoção dos exames saúde obrigatórios;
- Utilização de serviço de médico não habilitado nos termos do artigo 103.º;
- Não anotar as observações clínicas relativas aos exames de saúde na ficha clínica do
trabalhador;
- Não sujeitar a ficha clínica ao segredo profissional, só podendo ser facultada às
autoridades de saúde e aos médicos afetos ao organismo com competência para a
promoção da SST;
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- Incluir na ficha clínica dados sobre a raça, a nacionalidade, a origem étnica ou
informação sobre hábitos pessoais do trabalhador, salvo quando estes últimos estejam
relacionados com patologias específicas ou com outros dados de saúde;
- O médico responsável pela vigilância da saúde, não entregar ao trabalhador que deixar
de prestar serviço na empresa, cópia da ficha clínica;
- Não enviar, em caso de cessação da atividade, as fichas clínicas para o serviço com
competências para o reconhecimento das doenças profissionais na área da segurança
social;
- O médico do trabalho não preencher de imediato, na sequência do exame realizado,
uma ficha de aptidão e remeter uma cópia ao responsável dos recursos humanos da
empresa;
- No caso do resultado do exame de saúde revelar a inaptidão do trabalhador, o médico
do trabalho não indicar, sendo caso disso, outras funções que aquele possa
desempenhar;
- A ficha de aptidão conter elementos que envolvam segredo profissional;
- Não dar a conhecer a ficha de aptidão ao trabalhador, através da sua assinatura com a
posição da data de conhecimento;
- Não comunicar ao serviço com competência inspetiva do ministério responsável pela
área laboral os acidentes mortais, bem como aqueles que evidenciem lesão física grave,
nas 24 horas a seguir à ocorrência;
- A comunicação anterior não conter a identificação do trabalhador acidentado e a
descrição dos factos, devendo ser acompanhado de informação e respetivos registos
sobre os tempos de trabalho prestado pelo trabalhador nos 30 dias que antecederam o
acidente;
- O médico do trabalho não prestar atividade durante o número de horas necessário à
realização dos atos médicos, de rotina ou de emergência e outros trabalhos que deva
coordenar, de acordo com o nº 2 do artigo 105.º;
- O médico do trabalho não conhecer os componentes materiais do trabalho com
influência sobre a saúde dos trabalhadores;
- O médico do trabalho assegurar a vigilância da saúde de um número de trabalhadores a
que correspondam mais de 150 horas de atividade por mês.
Negligência Dolo
1.326,00€ a
612,00€ a 1.224,00€
Empresa volume de neg. < a 500.000 Euros 2.652,00€
(6 UC a 12 UC)
(13 UC a 26 UC)
1.530,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 500.000 Euros e < a 2.500.000 714,00€ a 1.428,00€
4.080,00€
Euros (7 UC a 14 UC)
(15 UC a 40 UC)
1.020,00€ a 2.142,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 2.500.000 Euros e < a 5.000.000
2.040,00€ 4.590,00€
Euros
(10 UC a 20 UC) (21 UC a 45 UC)
1.224,00€ a 2.652,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 5.000.000 Euros e < a 10.000.000
2.550,00€ 5.100,00€
Euros
(12 UC a 25 UC) (26 UC a 50 UC)
1.530,00€ a 5.610,00€ a
Empresa volume de neg. = ou > a 10.000.000 Euros 4.080,00€ 9.690,00€
(15 UC a 40 UC) (55 UC a 95 UC)
UC = Unidade de Conta Processual para efeitos das Contraordenações Laborais e SST fixada em 102,00€
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CONTRAORDENAÇÕES LEVES
São consideradas infrações leves ao regime de SST, nomeadamente:
- Violação do dever de facultar o acesso aos trabalhadores nomeadamente à seguinte
informação:
Informação técnica objecto de registo e aos dados médicos coletivos;
Informação técnica proveniente dos serviços de inspeção e outros organismos
competentes;
- Violação do dever de manter o registo das consultas, respostas e propostas em livro
próprio organizado pela empresa, nomeadamente em suporte informático;
- Violação do dever de fundamentar por escrito a não-aceitação do parecer relativo à
designação do representante do empregador dos trabalhadores que desempenham
funções específicas nos domínios da segurança no trabalho nos locais de trabalho e sua
exoneração e a designação dos trabalhadores responsáveis pela aplicação das medidas
de primeiros socorros, combate a incêndios e evacuação de trabalhadores, bem como a
modalidade dos serviços de SST adotados;
- Violação do dever de informar os trabalhadores com funções específicas no domínio da
SST sobre a avaliação de riscos, medidas de segurança e saúde, o equipamento de
proteção necessário, a lista anual de acidentes de trabalho mortais ou que ocasionem
incapacidade para o trabalho superior a 3 dias úteis e as informações técnicas objeto de
registo e os dados médicos coletivos, assim como as informações técnicas provenientes
de serviços de inspeção e outros organismos competentes no domínio da SST;
- Não informar os serviços e os técnicos qualificados exteriores à empresa que exerçam
atividades de SST sobre os fatores que presumível ou reconhecidamente afetem a
segurança e a saúde dos trabalhadores e as matérias referidas nas alíneas a) e g) do n.º 1
do artigo 18.º da Lei nº 102/2009;
- A empresa em cujas instalações é prestado um serviço não informar os respetivos
empregadores e trabalhadores sobre as matérias referidas no ponto anterior;
- Não comunicar a admissão de trabalhadores com contratos de duração determinada, em
comissão de serviço ou em cedência ocasional, ao serviço de SST e aos trabalhadores
com funções específicas no domínio da SST.
Negligência Dolo
210,00€ a 510,00€ 612,00€ a 918,00€
Empresa volume de neg. < a 10.000.000€
(2 UC a 5 UC) (6 UC a 9 UC)
1.020,00€ a
612,00€ a 918,00€
Empresa volume de neg. = ou > superior a a 10.000.000€ 1.530,00€
(6 UC a 9 UC)
(10 UC a 15 UC)
UC = Unidade de Conta Processual para efeitos das Contraordenações Laborais e SST fixada em 102,00€
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SÍNTESE DO REGIME DE FISCALIZAÇÃO E PROCESSO DE CONTRAORDENAÇÕES
Pelo
mínimo,
Se o
sem custas
Recurso para o Tribunal 2
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Com exceção das contraordenações muito graves praticadas com dolo.
2
O recurso para Tribunal não tem efeito suspensivo a não ser que seja depositado o valor da coima e das custas do processo no prazo dos
20 dias, instituição bancária aderente, a favor da autoridade administrativa que proferiu a decisão de aplicação da coima.
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