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3-6
Agora, pensem comigo: como você sabe que a morte de Jesus fez
propiciação pelos seus pecados? Você tem certeza que ele morreu por você?
Como você sabe que ele intercede por você? Você tem certeza que Jesus
lembra do seu nome junto ao Pai?
João nos ensina que essa pergunta não basta ser respondida assim:
“Ora, eu sei pela fé! Eu creio que ele está fazendo isso por mim!” Para o
apóstolo João, está é uma resposta insuficiente! Ele não chega a ser uma
resposta errada; mas ela é insuficiente. Ela está incompleta! João apresenta
uma prova objetiva, algo tangível, que se possa ver e que seja possível avaliar. E
essa prova é a obediência aos mandamentos de Deus.
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Ele escreve: “nós sabemos que o temos conhecido por isto: se
guardamos os seus mandamentos.”
Alguns alegavam que a razão era esse meio de conhecer a Deus. Muitos
filósofos gregos acreditavam que o intelecto era o caminho para Deus. Eles se
viam superiores aos outros homens porque detiam certos conhecimentos que
outros não tinham. Já outros grupos, mais ligados às religiões de mistérios,
achavam que eram pelas emoções (pelo êxtase) e pelos rituais que se chegavam
ao conhecimento de Deus. Nessas religiões, as cerimônias eram carregadas de
sentimentalismo, buscando despertar as emoções por meio de uma iluminação
sutil, uma música sensual, um incenso perfumado, tudo voltado para as
experiências.
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João diz que aquele que assim age “é mentiroso, e nele não está a
verdade.” Ou seja, a verdade, que ele tanto alega possuir, não faz parte da vida
dele! E ele mente nisso!
Você sabe com o que essas pessoas se parecem? Essa pessoa é como
uma cartomante que vive na miséria, mas promete te desvendar os números da
Mega Sena! Ora se ela conhece esses números, porque ela não os desvenda
para sua vida e sai dessa vida quase mendicante?
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Agora, no texto que estamos vendo hoje, João faz a mesma coisa! Ele
oferece uma resposta diferente da que estamos esperando, mas que também
atende perfeitamente ao teste.
A resposta que nós esperaríamos seria qual? Que aquele que guarda a
sua palavra verdadeiramente conhece a Deus! Aliás, o teste é sobre o
conhecimento de Deus! Mas o apóstolo responde que aquele que guarda a sua
palavra “nele, verdadeiramente, tem sido aperfeiçoado o amor de Deus.”
Porque falar de amor, quando o assunto é o conhecimento de Deus?
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Embora quem não guarde os mandamentos de Deus certamente não
conhece a Deus, João não pode simplesmente dizer que se você guarda os
mandamentos você conhece a Deus porque existe o problema do legalista que
guarda aos mandamentos, mas não conhece a Deus! João precisa de apontar
para algo mais profundo que isso! É por isso que ele traz o tema do amor!
Isso ele aprendeu do próprio Jesus: Jesus disse que “Aquele que tem os
meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.” (Jo14.21), como disse
“Se alguém me ama, guardará a minha palavra”. Ou seja, Jesus colocou de
forma inseparável amor a Ele e obediência sincera a Ele!
É por isso que João, ao invés de apenas mencionar que aquele que
guarda a palavra de Jesus, conhece a Jesus, ele vai além disso! Ele diz que esta
pessoa que guarda o mandamento de Jesus, o amor de Deus tem sido, nele,
verdadeiramente, aperfeiçoado!
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O amor de Deus em nós não tem por objetivo nos dar uma experiencia
mística, ou um conhecimento especial e secreto, mas sim nos fazer santos!
Agora, entendam algo aqui! João não está dizendo que esse amor
aperfeiçoado é um amor perfeito que nos leva a uma obediência perfeita! Não é
isso! Conta-se que esse foi um dos textos usados por John Wesley para
fundamentar a sua doutrina do “amor cristão perfeito” como uma característica
do cristão maduro. Irmãos, isso está errado! Wesley errou quando interpretou
assim!
E ele termina essa seção ainda falando sobre a obediência a Jesus, mas
agora apresentando aos seus leitores o exemplo supremo de vida obediente: a
própria vida de Jesus Cristo! (v.5b,6).
Bem irmãos, eu sei que outros ensinos poderiam ser extraídos desse
texto, mas nós precisamos concluir!
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O texto que nós lidamos hoje é sobre quem realmente conhece a Deus
e quem diz que conhece, mas isso é uma mentira! João nos “arma” com um
teste prático, tangível, para sabermos se a alegação de tal pessoa realmente é
verídica!
E, meus irmãos, é impossível não vermos essa atitude de João e não nos
lembrarmos da ingenuidade de tantas pessoas quanto a isso! É impressionante
como muitas pessoas entregam as suas vidas, a vida de seus filhos, a vida de
suas famílias, nas mãos de qualquer outro que diz conhecer a Deus! Às vezes,
esses que dizem “conhecer a Deus”, já foram pegos em graves desvios morais,
contínuos e reiterados! E ainda são defendidos! Isso é terrível, irmãos!
Nada pode sobrepujar isso, irmãos! Que ninguém vos engane seja por
experiências espetaculares que eles tiverem, sejam por um grande
conhecimento intelectual! Se eles não amam a Deus através da guarda dos seus
mandamentos morais, eles são mentirosos! Eles não conhecem a Deus!
O pastor que eu citei recentemente, o Pr. Ed René Kivitz, que fica muito
incomodado com os textos que condenam o homossexualismo e que por isso
propôs uma reinterpretação atualizada da Bíblia, ele foi defendido por algumas
pessoas por causa da sua intelectualidade! Ele é um homem culto, letrado, e
muitos o seguem, o adoram, e creem em tudo o que ele fala sem qualquer
avaliação por causa disso: da sua capacidade intelectual! Mas, meus irmãos, não
importa o quão intelectual alguém seja! Se alguém negar os ensinamentos
morais da Bíblia, esse tal não conhece a Deus!
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Eu prefiro morrer “burro” e “ignorante” aos olhos do mundo do que ser
considerado culto e ir para o inferno!
A mesma coisa deve ser dita com aqueles que alegam feitos miraculosos
ou experiências sobrenaturais, mas vivem uma vida moralmente destruída!
Quem não se lembra da repercussão do bispo Estêvam e da bispa Sônia por
causa de dinheiro não declarado, escondido até mesmo em uma Bíblia? Pregam
milagres enquanto roubam! Eles dizem “conhecer a Deus”, mas eles mentem
sobre isso!
Certa vez, um pastor foi convidado a pregar em uma igreja que estava
sem pastor e após a pregação, que foi muito abençoada, aquela igreja o chamou
para que ele fosse seu pastor. Aquele homem recusou o convite e disse: Vocês
não me conhecem, irmãos! Eu apenas vim e preguei! Vocês não sabem como eu
sou! Vocês não sabem como ele conduzo a minha família! Vocês não sabem se
eu temo a Deus na minha vida diária! Vocês não sabem se eu, realmente,
conheço a Deus! Eu apenas preguei e isso não deve ser o determinante para
que alguém seja convidado para ser um pastor! Um pastor deve conhecer a
Deus através do seu amor e obediência aos mandamentos de Deus!
Como você sabe se você conhece a Deus? Se você ama a Deus pela
guarda dos seus mandamentos! É uma obediência perfeita? De forma
nenhuma! Mas também não é uma vida desleixada com o pecado e com a
preguiça espiritual! Se você diz que conhece a Deus, prove isso por seu amor e
obediência a Deus. E se você pecar, arrependa-se, peça perdão ao Senhor e
confie no Seu Advogado (Jesus Cristo) e no seu sangue que nos purifica!
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