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Texto: 1 Jo2.

1-11

Na pregação passada, nós estudamos os versos 3 a 6 onde João lida com


a questão do conhecimento de Deus. Como alguém pode ter certeza que ele
realmente conhece a Deus? Pelo contexto da passagem, como alguém pode ter
certeza que Jesus é o Seu Advogado e que Ele fez propiciação pelos seus
pecados, de uma forma particular? João nos responde que podemos ter certeza
destas coisas se guardarmos os mandamentos de Deus em amor a Ele!

Quem diz que conhece a Deus, mas não guarda os mandamentos de


Deus, é mentiroso! No entanto, aquele que guarda a palavra de Deus, este dá
prova que o amor de Deus cumpriu o seu propósito na sua vida. João diz que o
amor de Deus está aperfeiçoado nele! Quando o amor de Deus realiza o seu
propósito em nós, nós conseguimos dizer como o salmista: Quanto amo a tua
lei, nela medito de dia e de noite!

E como exemplo supremo de amor a Deus e obediência à Sua Lei, João


lembra os seus leitores do Senhor Jesus Cristo, e baseado nisso ele escreve que
aquele que diz que permanece em Jesus, esse deve também andar como ele
andou. E andar como Jesus andou é simplesmente uma outra de dizer “Sede
santos, porque Eu sou santo.”

Irmãos, toda a Bíblia convoca o homem a isso: Ame e obedeça ao


Senhor! Guarde os seus mandamentos! Vimos como o AT fala disso! Aliás, o
próprio chamado do Evangelho é isso! O Evangelho é tanto uma mensagem de
salvação pela graça quanto uma convocação de obediência ao Senhor!

Quando Pedro pregou o Evangelho aos judeus no dia de Pentecostes,


ele não pregou o Evangelho apenas quando disse: “arrependei-vos e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos
pecados!” Ele também pregou o Evangelho quando disse: “Salvai-vos dessa
geração perversa!” Ou seja, a pregação do Evangelho envolve o perdão dos
pecados pela graça e a obediência à lei de Deus pelo poder do Espírito Santo!
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Dessa forma então, é certo nós dizermos que nada do que João
escreveu nos versos 3 a 6 era novo para aqueles irmãos! Além da mensagem do
Evangelho que salva e transforma, com certeza aqueles irmãos conheciam
muitas outras palavras de Jesus, por exemplo, quando ele disse: “Aquele que
tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama.” (Jo14.21). Essa
ligação entre conhecer e amar a Deus e a guarda de seus mandamentos é algo
que o cristão aprende logo cedo na sua caminhada! Aliás, no verso 3, João já
deixa claro que os seus destinatários já sabiam disso por meio do verbo na
primeira pessoa do plural: “sabemos”! Aquilo não era algo novo para eles!

É exatamente sobre isso que João mencionará no verso 7. Leiamos!

João está dizendo que o mandamento de que nós devemos andar como
Jesus andou; que nós, que conhecemos a Deus, devemos guardar os seus
mandamentos, esse é um mandamento antigo, algo que eles têm desde o
princípio da caminhada cristã deles! João chega a dizer nesse verso que esse
mandamento é a palavra que eles ouviram, o que pode ser uma referência ao
próprio Evangelho! O Evangelho que é a palavra que eles ouviram desde o
princípio traz esse mandamento antigo: que devemos guardar os mandamentos
de Deus e assim andarmos como Jesus Cristo andou!

Agora, uma pergunta nesse ponto: Por que João está enfatizando a
caráter antigo do mandamento que ele esteva se referindo? Já parou para
pensar nisso? Qual a importância de ele dizer que não havia nada de novo no
que ele estava ensinando?

A importância, meus irmãos, é que a heresia que estava ameaçando


aquelas igrejas apresentava-se como “algo novo”, “especial”, “secreto”, que
nem os apóstolos tinham, lembram? Os hereges atraiam seguidores por meio
de um ensino novo e secreto. E o que João está fazendo é alertando os
verdadeiros crentes por meio da “palavra antiga”, a palavra do Evangelho, os
ensinos que eles conheciam desde o princípio.

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E ao fazer isso, irmãos, João deixa claro que tudo o que os cristãos
precisam já lhes foi ensinado! Eles não precisam de nenhum ensino novo e
muito menos secreto! E esse é um ensino valiosíssimo para os cristãos de todos
as eras, irmãos!

Nós somos o povo de um Livro, irmãos! Nós cremos em uma revelação


infalível, inerrante e que, por isso, não sofre mudança no decorrer dos anos! E
como Satanás sabe bem disso, de tempos em tempos ele busca atrair ou desviar
a atenção dos seguidores desse livro com suas novidades, seus novos ensinos,
suas novas revelações, ou com alguns querem, com novas interpretações!

E esse é o nosso dever, irmãos: Toda vez que alguém aparecer com uma
“palavra nova”, “um conhecimento novo”, “uma nova revelação’, nós temos o
dever que rejeitarmos isso porque tudo o que precisamos já nos foi dado pelas
Escrituras! Escrevendo a Timóteo, Paulo diz que a toda Escritura tem por
finalidade fazer o homem perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa
obra.

Vejam, se ela pode me dar todo o conhecimento sobre Deus e sobre a


santidade que eu preciso para ser habilitado a toda boa obra, o que sobrou para
os outros conhecimentos? Nada! Na área do conhecimento de Deus e da vida
em santidade, a Bíblia é suficiente! E o que os hereges dos tempos de João (e os
dos nossos tempos) sempre dizem é: Não! Há algo mais! Há um conhecimento
novo! Há uma iluminação nova! Há uma revelação nova para você! E nós temos
esse algo a mais aqui em nosso grupo!” A nossa resposta deve ser: Eu não
preciso do seu “algo mais”. Eu tenho a “Palavra Antiga”, a Palavra de Deus, e ela
me é suficiente!

Agora, essa “Palavra Antiga” ou nos dizeres de João, esse “mandamento


antigo”, por outro lado, é também considerado novo pelo apóstolo. Vejam as
suas palavras no verso 8.

Em que sentido o mandamento antigo se torna novo?


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Bem, não é novo em termos de tempo! Ou seja, o mandamento não é
novo porque chegou depois! E por dois motivos:

Primeiro, porque o próprio João já falou claramente que, em termos de


tempo, o mandamento é antigo. Ou seja, ele não apareceu agora no tempo!

Segundo, refere-se a palavra grega traduzida para “novo”. Existem duas


palavras na língua grega que podem ser traduzidas como “novo”. Uma se refere
a “novo” em termos de tempo (algo que chegou depois) e outra que se refere a
“novo” em termos de qualidade (algo que traz uma característica nova). E é a
palavra desse segundo significado que aparece no texto aqui. A palavra
“kainós”.

Então, o mandamento é novo porque apresenta uma nova


característica! E que característica nova é essa? As próximas palavras de João
certamente nos ajudarão! Leiamos ler todo o verso 8, como um todo!

João diz que esse mandamento novo ele é verdadeiro nele (em Jesus) e
em vós (os crentes destinatários). Uma outra tradução dessa parte seria: “a
verdade que é vista tanto em Cristo quanto em vocês.” Ou seja, esse
mandamento novo pode ser encontrado tanto em Cristo quanto nos crentes.

Agora, aparece uma palavrinha muito importante aqui: “porque”. João,


agora, vai dizer, porque o mandamento antigo também pode ser considerado
novo: “porque as trevas se vão dissipando, e a verdadeira luz já brilha.”

Prestem atenção aqui: Se o novo mandamento pode ser encontrado nos


crentes, essas trevas que estão se dissipando só podem se referir também aos
crentes! Portanto, o mandamento antigo é considerado novo porque ele está
realizando uma obra contínua em nós! Ao obedecê-lo, ele está dissipando as
nossas trevas interiores! Ele é antigo porque nos foi ensinado no início da nossa
caminhada cristã, mas ele é novo porque ele está em ação todos os dias da
nossa vida! Ele continua em vigor, e assim, é considerado sempre novo!

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Calvino escreveu assim sobre esse texto: “Ele (João) afirma ser novo
porque Deus, por assim dizer, o renova sugerindo-o diariamente, de modo que
os fiéis o pratiquem por toda a vida, porque eles não podem buscar nada de
mais excelente.”

O mandamento que diz que devemos andar como Jesus andou, nós que
conhecemos e amamos a Deus, é antigo porque nós o recebemos logo em nossa
conversão; mas ele também novo, porque à medida que andamos como Jesus
andou, à medida que Jesus permanece em nós em vai fazendo a sua obra em
nós, as trevas da nossa vida vão sendo dissipadas e a santidade vai tomando
cada vez mais lugar em nossa vida. E tudo isso é obra da verdadeira luz que já
está brilhando em nós, desde o dia do nosso novo nascimento! Essa luz é o
próprio Jesus Cristo!

No seu Evangelho, João se refere a Jesus como “a verdadeira luz, que,


vinda ao mundo, ilumina a todo homem”. Ele diz que Jesus “é a luz que
resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela”. Ele é o
apóstolo que registra as palavras de Jesus quando ele disse: “Eu sou a luz do
mundo.”

Irmãos, a imagem que nos vem a mente com as palavras de João na


primeira carta é muito bonita! Quando alguém se converte, a luz de Deus
(Jesus) entra naquela alma em trevas! São trevas densas, mas a luz está ali! Mas
o dia a dia daquela pessoa com Deus, a comunhão com Jesus diariamente, faz
com que essa luz aumente o seu facho! E as trevas vão recuando, recuando,
recuando, enquanto a luz vai aumentando o seu brilho! Essa verdadeira luz já
brilha em nós, por causa da nossa conversão, e o seu brilho segue aumentando,
dissipando as trevas da nossa vida!

E isso é prova de como é novo o mandamento antigo! A sua operação


contínua em nós, nos conduzindo à santidade de uma vida semelhante à de
Jesus, prova o seu caráter sempre novo!

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Portanto, tendo entendido isso, agora nós estamos prontos para
encaramos o teste de João! A verdade que ele apresentou como fundamento é
que o mandamento antigo de que devemos andar como Jesus andou na
realidade é um mandamento novo porque uma vez que nós o recebemos, ele
continua em operação em nós, dissipando as trevas espirituais e enchendo a
nossa vida cada vez mais de Jesus Cristo, que é a verdadeira luz! Essa é a
verdade declarada por João!

Portanto, agora é o momento de João traçar a “linha imaginária” entre


verdade e erro! Primeiro o erro, verso 9.

Esse verso 9, se nós nos lembramos do contexto da carta, soa quase


como uma ironia! Na verdade, eram os adversários de João que alegavam ter “a
luz da verdade”! Eram os gnósticos que alegavam ter o conhecimento de Deus
e, portanto, estarem na luz! Além disso, a cosmovisão dualista de corpo-mal e
espírito-bom que eles defendiam era a responsável por eles desprezarem o
cuidado, a ajuda e a provisão aos irmãos em necessidade e é isso que João
chama de ódio! Tudo na cosmovisão gnóstica conspirava contra a vida cristã
autêntica e, portanto, o que eles tinham, na verdade, não era luz, mas trevas!

Prestem atenção aqui: Foi o próprio Jesus que resumiu toda a lei de
Deus em dois mandamentos: Amar a Deus e amar ao próximo. E o gnosticismo
atacava esses dois pilares da fé cristã autêntica: Ao advogar um conhecimento
secreto que ia além e que se levantava contra o ensinamento apostólico, o
gnosticismo afastava as pessoas do verdadeiro amor a Deus. Mas também por
ensinar que o nosso corpo material era algo mal e que, portanto, cuidado, ajuda
e provisão aos irmãos em necessidade eram coisas desnecessárias, eles
afastavam as pessoas do amor ao próximo!

Mas João os desmascara! O apóstolo diz que, mesmo que eles aleguem
que eles andam na luz, o desprezo deles aos irmãos provam que eles estão, na
verdade, em trevas!

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E não apenas estão nas trevas! Vejam as palavras de João no verso 11,
ainda falando sobre isso!

Irmãos, eu não sei para vocês, mas eu acho incrível como o amor ao
próximo tem o poder de revelar as profundezas da realidade espiritual de
alguém! Nós veremos João revelar outras características do coração humano
através desse mandamento, mas por hora, atentemos para esse verso!

Vejam que quem odeia, ou despreza, ou trata com indiferença a seu


irmão, ele está nas trevas, ele anda nas trevas, de tal forma que ele nem sabe
para onde vai simplesmente porque ele está cego! Meus irmãos, o que é isso
senão o estado de um perdido?

Tal pessoa, ainda que ela alega ter a luz de Deus dentro de si, as suas
atitudes para com o irmão provam que ela não conhece a verdadeira luz! Ela
não recebeu em si aquela luz que vinda ao mundo ilumina a todo homem e que
progressivamente dissipa as trevas da alma humana! Ela não conhece isso! O
seu desprezo aos irmãos demonstra que ela ainda não está salva!

Mas João também apresenta o lado da verdade, que está no verso 10.

A primeira coisa de se notar é que João não escreve “Aquele que diz
que ama a seu irmão...”, mas escreve “Aquele que ama a seu irmão...”. Aquele
que realmente ama a seu irmão, ele ama com ações concretas e não toca
trombeta com as suas obras!

Em segundo lugar, esse amor também revela a situação espiritual da


pessoa: Ele permanece na luz e nele não há nenhum tropeço.

Vejam: não se esqueçam que o foco aqui não é simplesmente o amor ao


próximo! Nos seus escritos, João nunca se refere a um amor separado dos
mandamentos de Deus! Eu estou alertando sobre isso porque é bem possível
que esse verso possa ser entendido que basta demonstrar cuidado e atenção ao
próximo que isso prova a salvação de alguém! Definitivamente, não é isso!

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O que João está descrevendo é que, enquanto o que odeia está cego e
desorientado por causa das trevas em que ele se encontra, aquele que ama está
enxergando muito bem porque ele permanece na luz e por causa disso, ele não
tropeça! Ele não peca quando vive em amor com os seus irmãos!

É interessante lermos isso! O pecado é desobediência da Lei de Deus. E


o amor é o cumprimento da Lei de Deus! De sorte que, aquele que ama cumpre
a Lei de Deus e é por isso que tal pessoa permanece na luz e não tropeça no
pecado! Na verdade, aquele que ama a seu irmão permanece na luz porque ele
obedece ao mandamento antigo que nos diz que devemos andar assim com
Jesus andou, e esse desejo cotidiano de viver esse mandamento antigo nos
mostra o quão novo esse mandamento é!

Bem irmãos, precisamos concluir! Quais são as aplicações relevantes


sobre o que vimos hoje?

Primeiro, é muito importante percebermos como o apóstolo João


recorre aos ensinamentos antigos e básicos da Palavra de Deus para combater
aquela nova heresia. Ele mostra que o ensino novo era perigoso ao demonstrar
como os seus efeitos iam contra ao mandamento antigo que eles receberam!
Eles foram ensinados a amarem a Deus guardando os seus mandamentos e a
amarem aos irmãos. E todo o ensino gnóstico trazia consequências desastrosas
para essas áreas! Dessa forma, não ficou difícil de perceber que se tratava de
um ensino perigoso! Se nós fizermos a mesma avaliação com muitas outras
doutrinas, nós chegaremos a conclusões semelhantes!

Vejam como o ensino da existência de novas revelações perturba a


muitos crentes! Muitas pessoas que eu já encontrei vindo destas igrejas
pentecostais perdem a sua paz por causa de uma nova revelação recebida na
igreja! Ou tentam encontrar a paz por meio de alguma revelação que esperam
ouvir na igreja! Enquanto isso, eles desprezam a Bíblia que está simplesmente
repleta de orientação e consolo para a nossa alma! É muito triste isso!

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João orienta aos irmãos a voltarem ao mandamento antigo e a
continuarem a torna-lo novo em suas vidas! O apóstolo não chega com um
ensino novo para combater uma heresia nova! Ele manda os crentes voltarem
às veredas antigas para combaterem toda novidade!

Portanto, cuidado com as novidades doutrinárias, irmãos! Cuidado com


o seu coração quando ele vê tédio em toda sã doutrina revelada nas Escrituras!
Quando ele vê tédio no culto cristão conforme as Escrituras! Peça ao Senhor
que sempre renove o seu desejo e ardor pelas doutrinas antigas, pelo
mandamento antigo, para que o seu coração não se engane e procure te levar
para as novidades pregadas e praticadas por muitas igrejas (que, por causa
disso, já se tornaram seitas).

Ao comentar sobre o mandamento novo, Calvino escreve assim: “Era


necessário que isto fosse adicionado (que o mandamento é novo) porque os
homens são mais curiosos do que deveriam, muitos há que sempre buscam algo
novo. Daí haver certo fastio (falta de apetite) no tocante à doutrina simples, o
que produz inúmeros prodígios de erros, quando cada um busca ansiosamente
e sem cessar novos mistérios. Ora, quando se sabe que o Senhor continua o
mesmo procedimento a fim de sermos guardados ao longo da vida naquilo que
temos aprendido, desejos desse gênero são refreados.”

Irmãos, Deus alimenta a nossa vida espiritual pelas mesmas doutrinas


que nos deram vida espiritual! E nós temos de ter muito cuidado com os
“manjares de satanás” oferecidos nas mesas dos ensinos heréticos! Corações
inquietos, curiosos e com falta de apetite nas doutrinas antigas das Escrituras
são presas fáceis! Tomemos cuidado, irmãos! A voz humana muda com o
tempo! A voz do mestre que nos chamou não muda com o tempo! E as
verdadeiras ovelhas dele nunca enjoam da sua voz!

Curiosidade não matou só o gato! Mata o crente, também! Perguntem a


Adão e Eva!

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Outro assunto que é importante destacarmos aqui é sobre o amor ao
próximo! O amor ao irmão revela mais sobre a sua situação espiritual do que
você imagina!

Vamos alertar sobre algumas coisas primeiro:

Nunca separe amor aos irmãos da guarda dos mandamentos! Se você


fizer isso, você terá de colocar no céu todas as seitas empenhadas em ações
sociais. Vamos ler um texto muito esclarecedor na segunda carta de João 4-11.

Aqui nós temos 2 grandes blocos: Um do 4 ao 6, indicando o que


devemos fazer; e outro de 7 a 11, indicando porque fazer! Na primeira parte,
principalmente no verso 6, João une amor e mandamento de uma forma que
fica difícil de separar as duas! E qual é a consequência de tudo isso? O cuidado
de uns para com os outros concernente ao falso ensino! Ou seja, nós
demonstramos amor de uns pelos outros quando nos alertamos e nos
protegemos das falsas heresias!

E como é o amor do mundo nesse ponto? “Não! Você confessava a


Cristo, mas você se apostatou, tá ok! Você tem o direito de escolher! Se você
não gosta dessa religião, é melhor ir para outra mesmo! Ninguém deve ficar
triste onde se está! Eu respeito a sua escolha!” O mundo não ama conforme os
mandamentos de Deus! No entanto, o nosso amor se preocupa tanto com o
bem físico quanto com o bem espiritual dos nossos irmãos! João primeiro se
alegrou não por encontra-los “gordinhos e saudáveis”, mas por encontrá-los
“andando na verdade”!

Mas, esse assunto de amor ao próximo sempre levanta um problema


quando fazemos uma análise pessoal. Na maioria das vezes, eu sei que você se
pega pensando nas vezes que você não foi amada pelos irmãos! Alguma vez que
você foi rejeitada, ou teve uma “má resposta”, ou foi esquecida, alguma coisa
semelhante! E você pensa assim: “O irmão está pregando sobre amor ao
próximo mas ele mesmo fez isso um dia, e outro aqui fez isso outro dia...”
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Veja: Você que está pensando assim, eu te digo o seguinte: Infelizmente
acontecerá outras vezes! Talvez até um pouco pior! E eu te afirmo isso porque
nós não amamos de forma perfeita! Nós não odiamos porque a luz de Deus em
nós não deixa fazermos isso, mas o nosso amor não é perfeito! O meu amor não
é perfeito! E nesses dias eu precisarei contar com a graça de Deus na sua vida!
Eu precisarei contar com o seu perdão! O irmão precisará contar com o seu
perdão! No dia que nós faltarmos com amor a você, nós precisaremos contar
com o seu amor!

E como você está ajudando essa igreja a amar mais? Em seu coração,
você apontou várias falhas de outros irmãos, mas, como você pode nos ajudar?
Como você pode ajudar essa igreja a ser mais amorosa? Você só vai apontar as
nossas falhas e não vai nos ajudar com o seu amor?

Irmãos, é triste o que eu vou dizer, mas geralmente, os irmãos que mais
cobram amor e atenção são exatamente os que não oferecem isso! Eles querem
ser lembrados, mas não se lembram dos outros! Eles querem ser ajudados e
servidos, mas não ajudam ou servem ninguém espontaneamente! E se isso não
for mudado, pode muito bem indicar não apenas um coração doente, mas um
coração morto! João diz que, isso sim, não é apenas falta de amor! Isso é ódio!

Nós temos problemas com o nosso amor porque somos pecadores!

Pra você que está preocupado com o amor do próximo por você, eu te
pergunto: O que você está fazendo para que essa igreja ame mais? Nós
precisamos que você nos ame apesar de nossas imperfeições, assim como fez o
nosso Senhor Jesus Cristo! Não apenas aponte! Nos ajude com o seu amor!

E para você que lamenta por seu amor ao próximo ser falho e fraco
algumas vezes: Veja, lute contra isso! Mas saiba que você não é salva por seu
amor ao próximo! Nós somos salvos pelo amor perfeito daquele que nos amou
e viveu em amor em nosso lugar! Oremos para que possamos amar como Jesus
amou, mas saibamos que é o amor dele que nos salva! Não o nosso!
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