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Agentes Mutagénicos
As mutações são fenómenos que podem ocorrer espontaneamente na Natureza,
por exemplo, durante o processo de duplicação do DNA, ou serem induzidas por
exposição a determinadas radiações ou substâncias químicas.
Exemplos:
Radiações de elevado nível energético:
- Raios X,
- Raios gama,
- Raios cósmicos,
- Raios ultravioleta,
- Partículas emitidas por substâncias radioativas.
Substâncias químicas:
- Nitrosaminas,
- Gás mostarda,
...
Alteração do Material Genético
Alteração do Material Genético
Se as mutações ocorrem ao nível dos gâmetas, mutações germinais, podem ser
transmitidas à geração seguinte.
Se as mutações têm lugar nas outras células, mutações somáticas, não são
transmissíveis à descendência.
Alteração do Material Genético
As mutações génicas resultam da substituição, do desaparecimento ou da
adição de um nucleótido da sequência que constitui o gene.
Embora as mutações sejam muitas vezes perigosas, nem sempre têm efeitos
desastrosos.
Por vezes ocorrem mutações que não provocam alterações nas proteínas, pois,
devido à redundância do código genético, o codão mutado pode codificar o
mesmo aminoácido - mutações silenciosas.
No segundo caso, verifica-se um aumento no número de cópias do gene presentes na célula. Assim,
ocorre uma amplificação da produção de proteínas que estimulam o crescimento e a divisão celular.
Na terceira situação, uma mutação pode conduzir à síntese de proteínas estimuladoras diferentes, mais
ativas ou mais resistentes à degradação do que as proteínas normais.
Como foi referido, estas proteínas estão envolvidas no controlo da divisão e crescimento das células e, por
isso, verifica-se uma anormal estimulação do ciclo celular, tornando a célula maligna.
Um dos primeiros oncogenes a ser identificado e isolado estava envolvido no desenvolvimento de um
tumor na bexiga humana. Os investigadores verificaram que o oncogene tinha resultado de um proto-
oncogene que havia sofrido uma simples substituição nucleotídica. O resultado provocou a substituição do
aminoácido glicina pela valina. Esta simples modificação era suficiente para transformar uma célula normal
numa célula cancerosa.
Mas nem todos os genes causadores de cancro resultam de proto-oncogenes. Uma grande parte dos
cancros resulta da mutação de genes supressores de tumores. Estes genes, também designados anti-
oncogenes, estão envolvidos na produção de proteínas que bloqueiam a divisão celular. Quando estes
genes sofrem uma mutação perdem a capacidade de realizar este controlo e a divisão celular realiza-se de
forma descontrolada.
O gene p53 pode atuar de
diversas formas: ativando
genes responsáveis pela
reparação do DNA; ativando o
gene p21, cujos produtos
sustém a divisão celular,
dando tempo para que a
reparação do DNA se faça;
quando a mutação afeta o
DNA de tal forma que torna a
sua reparação impossível, o
p53 ativa genes "suicidas",
cujos produtos provocam uma
morte celular programada -
apoptose.
Quando o gene p53, por
vezes chamado "anjo
guardião do genoma",
apresenta uma modificação
ou é alvo de deleção, as
células acumulam mutações e
dividem-se sem controlo,