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PETRÓLEO E GÁS

PETRÓL
PET 53

VISÃO 2035:
Brasil, país desenvolvido
Agendas setoriais para o desenvolvimento

PETRÓLEO E GÁS

OIL AND GAS

André Pompeo do Amaral Mendes


Cássio Adriano Nunes Teixeira
Marco Aurélio Ramalho Rocio*

P. 53-88

* Respectivamente, gerente setorial, analista de sistemas e geólogo do Departamento de Gás, Petróleo e Cadeia
Produtiva da Área de Indústrias de Base do BNDES.
54 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

Resumo
O setor de petróleo e gás responde pela maior parte dos investimentos na economia
brasileira há anos, o que não surpreende, pois se trata de um setor intensivo em capital.
Além disso, a descoberta da província do pré-sal no Brasil, na década de 2000, com um
petróleo de alta qualidade e campos de altíssima produtividade, põe o país em posição de
destaque mundial na exploração offshore. Neste capítulo, são abordadas características,
ÑÕĴ²ţĔĴʞÕčļݲŕÕĴÕĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕĴÑÕ²ÎīÕĴİÕĆ²ËõĔč²Ñ²Ĵ²ĔĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴʞËŁā²ÕŗĭĆĔݲÎÈĔ
deve: obedecer à melhor estratégia; maximizar a geração de riquezas para o país – o que
não se dá estritamente pela produção do petróleo per se –; e potencializar seu poder de
arrasto da economia.

Palavras-chave: |ÕļİĕĆÕĔÕë³Ĵʣ;³Ĵč²ļŁİ²ĆʣÕţčĔʣĔčļÕłÑĔĆĔ˲Ćʣ²ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲʣ
Fundo para inovação.

Abstract
The oil and gas industry has been responsible for the bulk of investments in Brazilian eco-
nomy for years, which is not surprising, as it is a capital-intensive industry. In addition, the
discovery of the pre-salt province in Brazil, in the 2000s, with high-quality oil and extremely
KLJKSURGXFWLYLW\āHOGVDVVLJQVWKHFRXQWU\DSULYLOHJHGSRVLWLRQLQRIIVKRUHH[SORUDWLRQ
In this chapter, the features, challenges, barriers and opportunities for actions related to oil
and gas are addressed, from the understanding that exploration should: comply with the best
strategy; maximize the generation of wealth for the country – what is not possible strictly
WKURXJKWKHSURGXFWLRQRIRLORQO\×DQGHQKDQFHLWVLQĂXHQFHRYHUWKHHFRQRP\

Keywords: Oil and gas. Natural gas. Refining. Local content. Supplier chain. Fund
for innovation.
PETRÓLEO E GÁS 55

Introdução
cĭÕļİĕĆÕĔÕĔë³Ĵʰ|˯;ʱĴÈĔ²ĴĭİõčËõĭ²õĴêĔčļÕĴÑÕÕčÕİëõ²ĭİõČ³İõ²ÑĔČŁčÑĔÕ
assim continuarão sendo nos próximos vinte anos, mesmo levando-se em conta maiores
İÕĴļİõÎīÕĴ²ČÊõÕčļ²õĴÕËĔÊݲčβĴĭÕĆ²ĴĔËõÕѲÑÕčĔêŁļŁİĔʣ
O uso do petróleo e do gás natural, por meio de seus derivados e petroquímicos, vai
ČŁõļĔ²ĆÖČÑĔêĔİčÕËõČÕčļĔÑÕÕčÕİëõ²ĭ²İ²²ñŁČ²čõѲÑÕʣĴĔËõÕѲÑÕËĔčļÕČĭĔİ»čÕ²ʞ
consciente disso ou não, é extremamente dependente de produtos, ou serviços, que os
utilizam todos os dias direta ou indiretamente.
No cenário New Policies apresentado em IEA (2017), considera-se que o petróleo e
o gás natural seriam responsáveis por cerca de 52,5% da matriz energética mundial no
ano de 2035, sendo que o petróleo responderia por 28,3% e o gás, por 24,2%. Embora a
ĭ²İļõËõĭ²ÎÈĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔč²Č²ļİõşÕčÕİëÖļõ˲ĴÕā²ÑÕËİÕĴËÕčļÕ²ĔĆĔčëĔÑĔļÕČĭĔʞĴŁ²
ĭİĔÑŁÎÈĔčÈĔĔĴÕݳʣĭ²İļõËõĭ²ÎÈĔËĔčāŁčļ²ÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³Ĵč²Č²ļİõşÕčÕİëÖļõ˲
mundial é praticamente constante ao longo dos anos. A demanda mundial de petróleo
passaria de 95,5 milhões de barris no ano de 2016 para 107 milhões de barris no ano de
2035, um crescimento de apenas 12% no período. Mesmo esse crescimento não sendo
muito expressivo, cabe lembrar que petróleo e gás são recursos não renováveis. Logo,
čĔŕĔĴÕŕŁĆļĔĴĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĴÈĔčÕËÕĴĴ³İõĔĴÑÕêĔİČ²ËĔčļ÷čŁ²²ĭÕč²Ĵĭ²İ²Č²čļÕݲ
produção em níveis estacionários.
]ÕĴĴÕËÕč³İõĔʞā³ĴÕËĔčĴõÑÕݲČŁČ²ŁČÕčļĔİÕĆÕŕ²čļÕѲÕţËõÙčËõ²ÕčÕİëÖļõ˲
ČŁčÑõ²ĆʞŁČ²êĔİļÕĭÕčÕļݲÎÈĔÑÕ˲İİĔĴÕĆÖļİõËĔĴčĔČÕİ˲ÑĔÕŁČ²ŁČÕčļĔİÕĆ²ļõŕĔ
čĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕČêĔčļÕĴÑÕÕčÕİëõ²İÕčĔŕ³ŕÕõĴʣ|²İ²õĆŁĴļݲİʞa frota de veículos
elétricos passaria de cerca de dois milhões em 2016 para cem milhões, aproximada-
mente, em 2035, um crescimento de 4.681%.1 A geração elétrica por meio de energias
renováveis aumentaria em 160% no período, representando cerca de 40% de toda a
geração elétrica do mundo.
A International Energy Agency (IEA) projeta um papel de destaque para o Brasil.
Em 2035, o país estaria produzindo cerca de 4,6 milhões de barris/dia de petróleo,2
respondendo por cerca de 50% da produção do petróleo offshore do mundo. Para isso,
no entanto, seriam necessários investimentos no setor de petróleo e gás brasileiro de
US$ 800 bilhões3 até o ano de 2035, sendo 87% em exploração e produção (E&P), 5%
ÕČİÕţčĔÕĔİÕĴļ²čļÕÕČļݲčĴĭĔİļÕÑÕĕĆÕĔÕë³Ĵʣ
Atualmente, o setor de petróleo e gás é extremamente relevante para a economia
ÊݲĴõĆÕõݲʞĴÕčÑĔİÕĴĭĔčĴ³ŕÕĆĭĔİČ²õĴÑÕɾɽ˫ѲêĔİČ²ÎÈĔÊİŁļ²ÑÕ˲ĭõļ²ĆţŗĔʰ::ʱ

1¤²ĆĔİʲĴÕ²ÑĔč²ĭİĔāÕÎÈĔѲE&ʰɿɽɾʄʱʞįŁÕÕĴļõČ²ŁČ²êİĔļ²ÑÕČ²õĴÑÕɿʅɽČõĆñīÕĴÑÕŕÕ÷ËŁĆĔĴÕĆÖļİõËĔĴ²ļÖɿɽʁɽʣ
2 Montante equivalente à produção individual do Irã e do Iraque no ano de 2016.
3&ĴļõČ²ļõŕ²ʲĴղѲč²ĭİĔāÕÎÈĔѲE&ʰɿɽɾʄʱʞįŁÕõčÑõ˲õčŕÕĴļõČÕčļĔĴÑՐƒˇɾʞɽɿļİõĆñÈĔ²ļÖɿɽʁɽʣ
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do país. Os campos do pré-sal possuem grandes reservas e poços de alta produtividade,


sem par na produção offshore mundial. O Brasil está em uma posição de atratividade
geológica única no globo. Por outro lado, para viabilizar os campos do pré-sal, são
necessários investimentos muito expressivos. Por exemplo, apenas um módulo de
produção do pré-sal requer investimentos de US$ 5 bilhões. Por sua natureza, o setor
é intensivo em capital.
Para potencializar a riqueza do pré-sal para o Brasil, seria importante utilizar a
˲ĭ²ËõѲÑÕõčÑŁĴļİõ²ĆõčĴļ²Ć²Ñ²čĔĭ²÷Ĵ²ţČÑÕ²ļÕčÑÕݲĭ²İļÕĴõëčõţ˲ļõŕ²ÑĔĴõč-
vestimentos para sua produção – especialmente no que se relaciona aos equipamentos
submarinos e serviços offshore. Além do potencial de geração de riqueza para a nação,
não é desprezível a capacidade de geração de empregos diretos e indiretos pelo setor na
economia brasileira. Por exemplo, considerando-se investimentos de US$ 33 bilhões por
ano em E&P, seriam gerados 544,6 mil postos de trabalhos anuais diretos e indiretos,
além de US$ 11,7 bilhões de renda anual para a economia brasileira. Isso resultaria em
US$ 6,6 bilhões de arrecadação de impostos anualmente, se o nível de conteúdo local
ÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴêĔĴĴÕÑÕʁʀ˫ʞĴÕëŁčÑĔѲÑĔĴÑõŕŁĆë²ÑĔĴĭÕĆĔEčĴļõļŁļĔݲĴõĆÕõİĔ
de Petróleo (ALMEIDA; LOSEKANN; VITTO, 2016). Ainda haveria os valores adicionais
relativos à própria renda gerada pela produção de petróleo e gás ao longo dos anos.
cŁļݲêĔİČ²ÑÕѲİŁČĴ²ĆļĔčĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕč²İõįŁÕş²ĭ²İ²²č²ÎÈĔĴÕİõ²ĭĔİ
ČÕõĔѲõčĔŕ²ÎÈĔʣ]ÕĴĴÕñĔİõşĔčļÕʞ²êĔİČ²ÑÕĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔoffshore poderá
ĴÕļݲčĴêĔİČ²İݲÑõ˲ĆČÕčļÕĭĔİČÕõĔÑÕčĔŕ²ĴļÕËčĔĆĔëõ²ĴįŁÕ²ļÖİÕÑŁşõİõ²ČĔËŁĴ-
ļĔÑÕĭİĔÑŁÎÈĔʣcĴ˲ČĭĔĴĭĔÑÕİÈĔĴÕİĔĭÕݲÑĔĴİÕČĔļ²ČÕčļÕÕ²ĴĭĆ²ļ²êĔİČ²ĴįŁÕ
conhecemos atualmente serão obsoletas ou mesmo substituídas por equipamentos
submarinos de alta tecnologia. Outra agenda de inovação importante diz respeito às
tecnologias que tornem o setor ambientalmente mais sustentável e aderente às novas
ÕŗõëÙčËõ²ĴѲĴĔËõÕѲÑÕĭĔİêĔčļÕĴÑÕÕčÕİëõ²ČÕčĔĴĭĔĆŁÕčļÕĴʣ
Para o Brasil potencializar esse cenário e maximizar a riqueza da produção de pe-
ļİĕĆÕĔÕë³Ĵĭ²İ²ļĔѲ²č²ÎÈĔʞÖčÕËÕĴĴ³İõĔĴŁĭÕݲݲĆëŁčĴÑÕĴ²ţĔĴÑÕĔİÑÕČĴÕļĔİõ²Ć
ÕČõËİĔÕËĔčėČõ˲ʣ]ÕĴļÕ˲ĭ÷ļŁĆĔʞĴÕİÈĔÑõĴËŁļõÑĔĴ²ĆëŁčĴÑÕĴ²ţĔĴʞĔŁÕčļݲŕÕĴʞÑĔ
setor de petróleo e gás e apresentadas algumas sugestões para superá-los. Após abordar
ĔĴÑÕĴ²ţĔĴĭ²İ²ÑÕĴļݲŕ²İĔĴĴÕëČÕčļĔĴÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕĭİĔÑŁÎÈĔʞİÕţčĔʞë³Ĵč²ļŁİ²Ć
Õ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲč²ĴÕëŁčѲĴÕÎÈĔʞč²ļÕİËÕõݲĴÈĔ²ĭİÕĴÕčļ²Ñ²Ĵ²ÎīÕĴpotencia-
lizadoras do desenvolvimento do setor, destacando política de conteúdo local, regime
²ÑŁ²čÕõİĔÕĴĭÕËõ²ĆʞÑÕĭİÕËõ²ÎÈĔ²ËÕĆÕݲѲʞŁČêŁčÑĔĭ²İ²õčĔŕ²ÎÈĔÕČĭÕļİĕĆÕĔÕë³Ĵ
e incentivo ao aumento da produtividade no setor naval. Em seguida, pontos relaciona-
dos a uma agenda de transformação da indústria do petróleo são discutidos na quarta
ĴÕÎÈĔʣĴËĔčĴõÑÕݲÎīÕĴţč²õĴĭĔÑÕČĴÕİŕõĴļ²Ĵč²įŁõčļ²ĴÕÎÈĔʣ
PETRÓLEO E GÁS 57

Desafios do setor de petróleo e gás natural


O setor de petróleo e gás natural abrange atividades altamente especializadas nos
ĴÕëČÕčļĔĴÑÕʝʰõʱÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕĭİĔÑŁÎÈĔʨʰõõʱİÕêõčĔʨʰõõõʱļݲčĴĭĔİļÕʨʰõŕʱÑõĴļİõÊŁõÎÈĔʨ
Õʰŕʱ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴʣA³ŁČ²ÕĴĭÕËõ²Ćõş²ÎÈĔѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕ-
cedora para cada um desses segmentos, com bens e serviços exclusivos submetidos
²ÕĆÕŕ²ÑĔĴİÕįŁõĴõļĔĴÑÕįŁ²ĆõѲÑÕʣ\Łõļ²ĴÑÕĴĴ²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴļÙČĆÕõĴÕİÕëŁĆ²ČÕč-
ļ²ÎīÕĴÕĴĭÕË÷êõ˲ĴÕʞč²ļŁİ²ĆČÕčļÕʞÑÕĴ²êõĔĴÑõĴļõčļĔĴʞÕČÊĔݲËĔİİÕĆ²ËõĔč²ÑĔĴ²Ĕ
setor como um todo.
No Brasil, as atividades dos segmentos (i), (ii), (iii) e (iv) citados são, normalmente,
ÕŗÕİËõѲĴĭĔİÕČĭİÕĴ²ĴĭÕļİĔĆÕõݲĴĔŁĭĔİÕČĭİÕĴ²ĴįŁÕ²ļŁ²ČÕČ²ĭÕč²ĴŁČ²ê²ĴÕ
ÊÕČÕĴĭÕË÷ţ˲Ѳ˲ÑÕõ²ÑÕŕ²ĆĔİÑĔĴÕļĔİʣĴ²ļõŕõѲÑÕĴÑĔõļÕČʰŕʱĴÈĔÕŗÕİËõѲĴ
principalmente por empresas conhecidas como parapetroleiras, por produzirem bens
e serviços exclusivos ou, principalmente, para a produção de petróleo e gás natural.4
ĔčĴÕįŁÕčļÕČÕčļÕʞļĔÑĔĴĔĴÕêÕõļĔĴõčÕİÕčļÕĴ²ĔĴÕļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔ²êÕļ²ČÑõİÕļ²ČÕč-
te as empresas parapetroleiras, que atuam normalmente no chamado primeiro elo da
˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴĭ²İ²|˯;ʣ:õëŁİ²ɾõĆŁĴļݲ²˲ÑÕõ²ÑÕŕ²ĆĔİÑĔ
setor de petróleo e gás.

Figura 1 | A cadeia de valor do setor de petróleo e gás natural

Upstream Midstream Downstream

Exploração Produção Escoamento/ Refino Distribuição


transporte

Sísmica, Linhas flexíveis,


perfuração, equipamentos Oleodutos,
reservatório, e submarinos, poços, gasodutos e
apoio logístico e apoio logístico navios de apoio e
específico específico petroleiros
do setor do setor

Para-petroleira

Fonte: Elaboração própria.

4 ĔČĔ ˲ÊĔĴ ŁČÊõĆõ˲õĴʞ ³İŕĔİÕĴ ÑÕ č²ļ²Ćʞ ÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴ ĴŁÊČ²İõčĔĴʞ ĴÕİŕõÎĔ č²ŕ²Ć ÑÕ ²ĭĔõĔ ÃĴ ĭĆ²ļ²êĔİČ²Ĵʞ ÕčļİÕ
inúmeros outros.
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ĔčêĔİČÕõĆŁĴļݲÑĔʞĔĴÕļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴÖÊÕČĴÕëČÕčļ²ÑĔÕñÕļÕİĔëÙčÕĔʣ|Ĕİ-
ļ²čļĔʞĴÕİÈĔ²ÊĔİѲÑĔĴ²ĆëŁčĴÑÕĴ²ţĔĴÕÕčļݲŕÕĴʞįŁÕʞÑÕ²ĆëŁČ²êĔİČ²ʞ²êÕļ²ČÑõİÕļ²ĔŁ
indiretamente seus diversos segmentos.

Exploração e produção
O segmento de exploração e produção (E&P) é o que responderá pela esmagadora
maioria dos investimentos do setor de P&G nos próximos anos. É uma atividade que
čÕËÕĴĴõļ²ÑÕëݲčÑÕĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÑÕêĔİČ²ËĔčļ÷čŁ²ʞÑõĴĭĔčÑĔÑÕ²ĆļĔĭĔÑÕİĭ²İ²
alavancar outras atividades produtivas e transbordar suas tecnologias para diversos
setores da economia.
&ČÑÕËĔİİÙčËõ²ѲĆĔčë²Č²ļŁİ²ÎÈĔÕÑĔŕŁĆļĔĴĔč÷ŕÕĆÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔčÕËÕĴĴ³-
İõĔā³čĔĴĭİõČÕõİĔĴ²čĔĴÑĔĴĭİĔāÕļĔĴoffshore, o que redunda em maior nível de risco
ÃĴŕ²İõ²ÎīÕĴÑĔĭİÕÎĔêŁļŁİĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʞĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑÕčĔŕ²ĴļÕËčĔĆĔëõ²ĴÕ
a redução de custos permanecem ainda como grandes vetores para a viabilização da
exploração e da produção de novos campos.
"Õê²ļĔʞŁČ²čĔŕ²Ñõč»Čõ˲ĭ²ĴĴĔŁ²ĴÕİĔÊĴÕİŕ²Ñ²İÕËÕčļÕČÕčļÕč²õčÑłĴļİõ²ÑÕ
petróleo com o expressivo aumento da produção americana, calcada na exploração do
ĕĆÕĔÑÕêĔĆñÕĆñĔʳshale oil. Além de apresentar um ciclo de investimentos ao longo
ÑĔĴ²čĔĴÑĔĭİĔāÕļĔʞŁČ²˲ݲËļÕİ÷Ĵļõ˲Č²İ˲čļÕѲĭİĔÑŁÎÈĔÑĔshale oil americano
é seu curto prazo de implantação e maturação. Isso garante muita agilidade na cali-
bração dos níveis de investimento, determinante para a capacidade de mobilização e
ÑÕĴČĔÊõĆõş²ÎÈĔËĔčêĔİČÕ²ĴĔĴËõĆ²ÎīÕĴÑĔĴĭİÕÎĔĴÑĔʲİİõĆʣ
A exploração do shale oilê²ŕĔİÕËÕŁĔݳĭõÑĔ²ŁČÕčļĔѲĔêÕİļ²ÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕČ
um cenário no qual a economia mundial mostrou baixo crescimento. O aumento da
produção do shale oilêĔõŁČÑĔĴĭİõčËõĭ²õĴİÕĴĭĔčĴ³ŕÕõĴĭÕĆĔËĔĆ²ĭĴĔÑĔĴĭİÕÎĔĴÕČ
2014. Desde então, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) veio
ĭÕİÑÕčÑĔĴŁ²˲ĭ²ËõѲÑÕÑÕÊ²Ć²čËÕ²İĔĴĭİÕÎĔĴČŁčÑõ²õĴʞÕČÊĔݲʞÕČŁČÕĴêĔİÎĔ
de redução de produção de seus países-membros e de países parceiros, houve certo
sucesso na retomada dos preços desde 2015, quando estiveram na casa dos US$ 30 o
barril, para o patamar atual de US$ 60.
Entretanto, apesar de o desenvolvimento da produção dos poços de shale oil ser
Č²õĴŤÕŗ÷ŕÕĆʞĔĴĭĔÎĔĴļÙČŁČ²ŕõѲĭİĔÑŁļõŕ²ČŁõļĔËŁİļ²ʞËĔčĴÕëŁõčÑĔËİõ²İÕŗËÕĴ-
ĴĔÑÕĔêÕİļ²ĴĔČÕčļÕÕČŁČñĔİõşĔčļÕČÕčĔĴÑõĆ²ļ²ÑĔÑÕļÕČĭĔʣ]ĔëÕݲĆʞ²ĴčĔŕ²Ĵ
ÑÕĴËĔÊÕİļ²ĴÕČɿɽɾʄêĔݲČ˲ĭ²şÕĴÑÕİÕĭĔݲĭÕč²Ĵɾɾ˫ÑĔįŁÕêĔõĭİĔÑŁşõÑĔčĔ²čĔʞ
segundo relatório da consultoria Rystad Energy, publicado em 21 de dezembro de 2017.5
A demanda por petróleo mundial não poderá prescindir, portanto, dos campos offshore,

5 Ver <https://www.bloomberg.com.br/blog/xisto-nao-compensa-queda-de-novas-descobertas-de-petroleo/>.
ËÕĴĴĔÕČʝɿɿā²čʣɿɽɾʅʣ
PETRÓLEO E GÁS 59

o que mantém o Brasil em posição de vantagem. Sobretudo pela extraordinária redu-


ção do break-even do pré-sal6 atingido pela Petrobras, tornando-o tão competitivo
quanto o óleo do Oriente Médio. 7
"õŕÕİĴĔĴÑÕĴ²ţĔĴ²ĔËİÕĴËõČÕčļĔѲ²ļõŕõѲÑÕÑÕ&˯|čĔݲĴõĆĭÕİČ²čÕËÕČÕŗõĴļõč-
do, tanto quanto permanece o potencial de riquezas representado pelo pré-sal. Trata-se
de um contexto em que são urgentes para o país pensamento e decisões estratégicas,
sem o que se corre o risco de perder a chance de potencializar as externalidades posi-
ļõŕ²ĴʣcÑÕʲļÕā²Č²õĴĭĔÑÕĴÕËõİËŁčĴËİÕŕÕİļÈĔĴĔČÕčļÕÃÑõČÕčĴÈĔѲĭİĔÑŁÎÈĔʞČ²Ĵʞ
ĴĔÊİÕļŁÑĔʞÃĴĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕĴÑÕ²ÑÕčĴ²ČÕčļĔѲ˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴÕÑĔõČĭŁĆĴĔ
ÃÕčëÕčñ²İõ²ÕÃõčÑłĴļİõ²č²ËõĔč²Ćʣ"õêÕİÕčļÕČÕčļÕѲݳÊõ²ƒ²ŁÑõļ²ʞįŁÕČÕĴČĔ
com a magnitude de sua produção não atingiu, relativamente, níveis de bem-estar dos
chamados países desenvolvidos, importa-nos visar a estratégia adotada pela Noruega,
que privilegiou o desenvolvimento de toda uma indústria vinculada ao setor de P&G.
Com tal inspiração, a produção de petróleo e gás brasileira ótima seria aquela que
maximizasse, no longo prazo, os ganhos e o bem-estar da sociedade brasileira, não
se reduzindo apenas à monetização mais rápida possível das reservas do pré-sal. É
seguindo esse direcionamento que se deveria buscar suplantar os entraves existentes,
alguns dos quais são destacados a seguir.

• A propriedade de garantir maior previsibilidade ao cronograma de leilões


de áreas de exploração e produção de petróleo e gás. Preservado o melhor
õčļÕİÕĴĴÕ č²ËõĔč²Ćʞ ² ĭİÕŕõĴõÊõĆõѲÑÕ Ö ²ĭİĔĭİõ²Ñ² ĭĔİ ŕõ²ÊõĆõş²İ ² Ñõč»Čõ˲
de continuidade dos investimentos necessários à atividade, maximizando a
agregação de valor para todo o país e não apenas para os agentes diretamente
envolvidos com a atividade.

• A necessidade de aprimorar os processos de licenciamento ambiental, muitas


ŕÕşÕĴÑõĴļİõÊŁ÷ÑĔĴÕčļİÕČ²õĴÑÕŁČÕčļÕêÕÑÕݲļõŕĔʞÑÕČĔÑĔįŁÕĴÕËĔčĴõë²
estabelecer toda a proteção necessária à realização da atividade, mas com a
ļÕČĭÕĴļõŕõѲÑÕËĔČĭ²ļ÷ŕÕĆÃĔĭÕݲËõĔč²Ćõş²ÎÈĔÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʣƒÈĔĭİĔāÕļĔĴ
õčļÕčĴõŕĔĴÕČ˲ĭõļ²ĆÕÑÕĆĔčë²Č²ļŁİ²ÎÈĔʞĴŁāÕõļĔĴ²ËĔčĴõÑÕݳŕÕõĴŕ²İõ²ÎīÕĴ
čĔËŁĴļĔÕËĔčėČõËĔÕČêŁčÎÈĔÑĔĴĭݲşĔĴÑÕĴŁ²õČĭĆ²čļ²ÎÈĔʣ

6 Em 2006, a Petrobras anunciou a descoberta da gigantesca acumulação de óleo e gás na camada de pré-sal. Fruto
exclusivo de seu empreendedorismo, a descoberta de reservas de tal magnitude mudou completamente o cenário do
ĴÕļĔİʞ²ĭİÕĴÕčļ²čÑĔ²ĔČŁčÑĔŁČčĔŕĔĭ²İ²ÑõëČ²ĭ²İ²²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĕĆÕĔÕë³ĴÕČĆ»Čõ-
č²ĴÑʿ³ëŁ²ŁĆļݲĭİĔêŁčѲĴʣ
7|ÕļİĔÊݲĴêĔõ˲ĭ²şÑÕĴŁĭÕݲİÑõŕÕİĴĔĴÑÕĴ²ţĔĴļÕËčĔĆĕëõËĔĴÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔÑĔĭİÖʴĴ²Ćʞ²ŁČÕčļ²čÑĔʞ²ĴĴõČʞĴŁ²
competitividade. De acordo com sua apresentação em 27 de novembro de 2007, na Associação Comercial de São Paulo,
²ĴİÕĴÕİŕ²ĴÑĔĭİÖʴĴ²ĆÊݲĴõĆÕõİĔʞĴĔÊİÕļŁÑĔÕČêŁčÎÈĔѲ²Ćļ÷ĴĴõČ²ĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕÑĔĴĭĔÎĔĴʞĴÈĔŕõ³ŕÕõĴËĔČĭİÕÎĔĴ
do barril variando entre US$ 30 e US$ 40, ao passo que no Oriente Médio o são entre US$ 20 e US$ 40. Por sua vez, o
shale/tight oil está entre US$ 35 e US$ 110.
60 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

• A sustentabilidade ambiental também deve estar presente na pauta da atividade


ÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴʣÊŁĴ˲ĭĔİÕţËõÙčËõ²ÕİÕÑŁÎÈĔÑÕ
ÕČõĴĴīÕĴ²ĴĴĔËõ²ʴĴÕʞÑÕËÕİļ²êĔİČ²ʞÃčÕËÕĴĴ³İõ²ÊŁĴ˲ĭÕĆ²İÕÑŁÎÈĔÑÕËŁĴļĔʞ
ĭĔĴļĔįŁÕ²ČʲĴĴÕ²ĭĔõ²ČêĔİļÕČÕčļÕč²ĭÕĴįŁõĴ²ÕčĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑÕ
novas tecnologias. E não se pode perder a oportunidade de fomentar o desen-
volvimento tecnológico no próprio país, pois tal desenvolvimento ocorrerá
em nível mundial de qualquer modo. Talvez esta seja a grande riqueza que se
possa extrair da exploração do petróleo, potencializar as externalidades posi-
tivas e não somente a exploração propriamente dita.

• Deve-se promover estrategicamente a participação de atores estrangeiros na pro-


dução e na cadeia produtiva do petróleo, buscando o pleno desenvolvimento e ga-
nhos para a nação e todos os segmentos de sua população. Senão, corre-se o risco
ÑÕİÕĭİĔÑŁşõݲËñ²Č²Ñ²ÑĔÕčβñĔĆ²čÑÕĴ²ĔŁİÕĭÕļõİÕŗĭÕİõÙčËõ²ĴÑÕĔŁļİĔĴĭ²÷ĴÕĴ
ĭİĔÑŁļĔİÕĴʞËŁāĔĭõËĔѲËŁİŕ²ÑÕĭİĔÑŁÎÈĔā³êĔõ²ļõčëõÑĔĴÕČįŁÕêĔĴĴÕČĭĔļÕč-
cializados os ganhos para o país. Para evitar esse cenário, políticas industriais e de
ËĔčļÕłÑĔĆĔ˲ĆÊÕČ˲ĆõÊݲѲĴÕËĔÕİÕčļÕĴĴÈĔĭİÕĭĔčÑÕݲčļÕĴ²ţČÑÕĴÕ²Ć˲čβİ
o pleno desenvolvimento sem inibir investimentos, como o conseguiu a Noruega.

Refino
cİÕţčĔÖŁČĴÕëČÕčļĔļÈĔõČĭĔİļ²čļÕįŁ²čļĔĔÑÕ&˯|ÕÕŗõëÕļ²ČÊÖČÕĆÕŕ²ÑĔĴ
investimentos. Porém, seus ciclos de investimentos ocorrem em uma periodicidade bem
ČÕčĔİÑĔįŁÕĔĴÑÕ&˯|ʣA³ʞĭĔİËÕİļĔʞŁČ²ËĔČĭĆÕČÕčļ²İõѲÑÕÕčļİÕÕĆÕĴʞĭĔõĴĔİÕţčĔ
agrega valor à atividade de E&P.
Õţč²İõ²ĴĭİĕŗõČ²Ĵ²ĔĴËÕčļİĔĴÑÕËĔčĴŁČĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴʞļ²čļĔįŁ²čļĔѲĴİÕëõīÕĴ
produtoras de petróleo, carregam um valor estratégico muito importante, pois maximi-
ş²Č²²ĭİĔĭİõ²ÎÈĔÑĔŕ²ĆĔݲëİÕë²ÑĔʞÊÕČËĔČĔ²Ĵõëčõţ˲ļõŕ²İÕÑŁÎÈĔÑÕËŁĴļĔĴʞčÈĔĴĕ
para uma empresa, mas para a nação e todos os segmentos de sua população. Possuir um
ĭ²İįŁÕÑÕİÕţčĔįŁÕ²ļÕčѲÃÑÕČ²čѲõčļÕİč²ĭİĔĭĔİËõĔč²²Ĕĭ²÷ĴÕËĔčĔČõ²ÑÕÑõŕõĴ²Ĵ
na balança comercial e viabiliza sua segurança energética ao garantir o abastecimento
ËĔčļ÷čŁĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞõčĴŁČĔĴÕĴĴÕčËõ²õĴÃŕõѲËĔčļÕČĭĔİ»čÕ²ʣ
²ļõŕõѲÑÕÑÕİÕţčĔÖÕĴĴÕčËõ²ĆÕÕĴļݲļÖëõ˲ĭ²İ²ČŁõļ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞįŁÕʞ
ĭĔİõĴĴĔʞ²ĔĆĔčëĔÑĔļÕČĭĔʞļİõĆñ²İ²ČĔ˲ČõčñĔÑÕĴŁ²õčļÕëݲÎÈĔʞÕįŁõĆõÊݲčÑĔĔĭĔİļêĕĆõĔ
ÑÕ²ļõŕĔĴįŁÕČ²čļÙČʣĴĴõČʞÕĴĴ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴËĔčĴÕëŁÕČČ²õĔİč÷ŕÕĆÑÕÕĴļ²ÊõĆõѲÑÕÑÕ
ĴŁ²ĴİÕËÕõļ²Ĵʞ²ČĔİļÕËÕčÑĔĔĴÕêÕõļĔĴѲĴŕ²İõ²ÎīÕĴÑÕĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʞÕŗļİÕČ²ČÕčļÕ
volátil, sobretudo quando tais preços permanecem em patamares baixos por muito tempo.
]²ÑÖ˲ѲÑÕɾʆʆɽʞįŁ²čÑĔĔĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔţËĔŁ²Ê²õŗĔÑĔĴƒˇɾɽĔʲİİõĆʞĴÕčÑĔ²
ČÖÑõ²čĔĭÕİ÷ĔÑĔËÕİ˲ÑՐƒˇɾʆĔʲİİõĆʞĴÕčÈĔêĔĴĴÕ²²ļõŕõѲÑÕÑÕİÕţčĔĭ²İ²ë²İ²čļõݲ
sustentabilidade das grandes empresas de petróleo, seu destino poderia ter sido semelhante
PETRÓLEO E GÁS 61

²ĔÑÕČŁõļ²ĴѲįŁÕĆ²ĴêĔ˲ѲĴŁčõ˲ČÕčļÕÕČ&˯|įŁÕ²Ë²Ê²İ²Čê²ĆõčÑĔʣcĔŗɾļݲşŁČ
ÊİÕŕÕİÕļİĔĴĭÕËļĔѲñõĴļĕİõ²ÑĔİÕţčĔčĔݲĴõĆʣ

Box 1 | A história do refino no Brasil

ñõĴļĕİõ²ÑĔİÕţčĔčĔݲĴõĆĭĔÑÕĴÕİÕĴįŁÕČ²ļõş²Ñ²ÕČËõčËĔÕļ²ĭ²ĴʞĴÕčÑĔįŁÕĔĴëݲčÑÕĴõčŕÕĴ-
ļõČÕčļĔĴĔËĔİİÕݲČčĔĴ²čĔĴɾʆʄɽʣĆëŁčĴĔŁļİĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴļ²ČÊÖČĴõëčõţ˲ļõŕĔĴʞĭĔİÖČÕČ
menor monta, tiveram lugar nos anos 1990, envolvendo, sobretudo, modernizações e expansões do
parque então existente.
ĭİõČÕõݲÕļ²ĭ²ѲñõĴļĕİõ²ÑĔİÕţčĔčĔݲĴõĆļÕČĆŁë²İ²ĭ²İļõİÑĔĴ²čĔĴɾʆʂɽʞÕĴļÕčÑÕčÑĔʴĴÕ²ļÖ
ɾʆʃʂʣ]ÕĴĴ²Õļ²ĭ²ʞĔĭ²÷ĴõčõËõĔŁĴŁ²õčÑłĴļİõ²ÑÕİÕţčĔËĔčĴļİŁõčÑĔĴÕõĴİÕţč²İõ²ĴʣĭİõČÕõݲİÕţč²-
İõ²ÑÕëݲčÑÕĭĔİļÕõčĴļ²Ć²Ñ²êĔõ²Õţč²İõ²\²ļ²İõĭÕʞÕČ\²ļ²İõĭÕʰʱʞËŁā²ĔĭÕݲÎÈĔĴÕõčõËõĔŁÕČ
ɾʆʂɽʣ&ČɾʆʂʀʞêĔõõčËĔİĭĔݲѲ²Ĕĭ²ļİõČėčõĔѲİÕËÖČʴËİõ²Ñ²|ÕļİĔÊݲĴʞĭ²ĴĴ²čÑĔ²ĴÕİËñ²Č²Ñ²ÑÕ
Õţč²İõ²V²čÑŁĆĭñĔĆŕÕĴʴ\²ļ²İõĭÕʰV\ʱʣ
Č²ĴÕëŁčѲê²ĴÕĭĔÑÕĴÕİËĔčĴõÑÕݲѲËĔČĭİÕÕčÑÕčÑĔĔĭÕİ÷ĔÑĔÕčļİÕĔĴ²čĔĴÑÕɾʆʃʃÕɾʆʅɽʣ]ÕĴĴÕ
ĭÕİ÷ĔÑĔʞĔŁļݲĴĴÕõĴčĔŕ²ĴİÕţč²İõ²ĴêĔݲČËĔčĴļİŁ÷ѲĴÕ²Ĵā³ÕŗõĴļÕčļÕĴĭ²ĴĴ²İ²ČĭĔݲČĭĆõ²ÎīÕĴʣ‹İ²-
ļĔŁʴĴÕÑÕŁČ²ÖĭĔ˲ÑÕëݲčÑÕËİÕĴËõČÕčļĔÕËĔčėČõËĔÑĔĭ²÷ĴÕѲĔËĔİİÙčËõ²ÑĔĴËñĔįŁÕĴÑĔĭÕļİĕ-
ĆÕĔʣ²ČĭĆõ²ÎÈĔѲ˲ĭ²ËõѲÑÕÑÕİÕţčĔč²ËõĔč²ĆŕõĴ²ŕ²²²ŁļĔĴĴŁţËõÙčËõ²č²ĭİĔÑŁÎÈĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴʣ
ļÕİËÕõݲê²ĴÕĭĔÑÕĴÕİÑÕţčõѲĭÕĆĔĭÕİ÷ĔÑĔÕčļİÕĔĴ²čĔĴÑÕɾʆʅɾÕɾʆʆɽʣ:ĔõČ²İ˲ѲĭÕĆ²Č²ļŁ-
ração do Programa Nacional do Álcool (Proálcool), que colaborou decisivamente para um cenário
ÑÕÕŗËÕĴĴĔÑÕë²ĴĔĆõč²čĔČÕİ˲ÑĔÊݲĴõĆÕõİĔʞê²ļĔįŁÕʞ²Ćõ²ÑĔ²ĔĆĔčëĔĭÕİ÷ĔÑĔÑÕËİõĴÕÕËĔčė-
mica, derrubou o consumo de derivados de petróleo no país. Com isso, a capacidade instalada de
İÕţčĔļĔİčĔŁʴĴÕĴŁĭÕİõĔİÃĴčÕËÕĴĴõѲÑÕĴÑÕČÕİ˲ÑĔʣ
]²įŁ²İļ²ê²ĴÕʞÕčļİÕɾʆʆɾÕɿɽɽɽʞñĔŁŕÕêĔİļÕĭİÕĴĴÈĔĭ²İ²ÑÕĴÕĴļ²ļõş²ÎÈĔѲ|ÕļİĔÊݲĴʞËŁāĔČĔ-
čĔĭĕĆõĔËĔČÕÎĔŁ²ĴÕİŤÕŗõÊõĆõş²ÑĔʣĔČ²ÑÕĴ²ËÕĆÕݲÎÈĔÑĔ|İĔ³ĆËĔĔĆÕ²İÕļĔČ²Ñ²ÑĔËİÕĴËõ-
mento do consumo de derivados, o consumo do Brasil passou a ser maior que o volume de cargas
ĭİĔËÕĴĴ²Ñ²ĴĭÕĆ²ĴİÕţč²İõ²Ĵč²ËõĔč²õĴʞİÕĭÕİËŁļõčÑĔč²²Ćļ²ÑÕõČĭĔİļ²ÎīÕĴÑĔĴÑÕİõŕ²ÑĔĴʣ
ĭ²İļõİѲ÷ʞĭĔÑÕʴĴÕËĔčĴõÑÕݲİŁČ²įŁõčļ²ê²ĴÕ²ļÖĔĴ²čĔĴİÕËÕčļÕĴʞÕČįŁÕĴÕŕõŁŁČ²ÑÖ˲Ѳ
ÑÕŁļõĆõş²ÎÈĔĭݲļõ˲ČÕčļÕĭĆÕč²Ѳ˲ĭ²ËõѲÑÕÑÕİÕţčĔčĔĭ²÷Ĵʣ]ÕĴĴÕĭÕİ÷ĔÑĔʞĔËĔİİÕݲČÑõ-
ŕÕİĴ²ĴČĔÑÕİčõş²ÎīÕĴč²ĴİÕţč²İõ²ĴʞĴĔÊİÕļŁÑĔĭ²İ²²ļÕčÑÕݲİÕįŁõĴõļĔĴÑÕČ²õĔİįŁ²ĆõѲÑÕÑĔĴ
combustíveis e de redução do teor de poluentes. Passados 34 anos sem inauguração de nenhuma
İÕţč²İõ²ʞÕČɿɽɾʁÕčļİĔŁÕČĔĭÕݲÎÈĔ²Õţč²İõ²ÊİÕŁÕVõČ²ʰ]&ƒ‹ʱʣ

A³ʞčĔŕ²ČÕčļÕʞčĔËĔčļÕŗļĔÊݲĴõĆÕõİĔ²ļŁ²ĆʞŁČ²İÕËÕčļÕļÕčÑÙčËõ²ÑÕ²ÊÕİļŁİ²ÑĔ
ČÕİ˲ÑĔÑÕİÕţčĔÕÑÕİõŕ²ÑĔĴ²ĔŁļİĔĴ²ļĔİÕĴʣO Brasil é o quinto maior mercado de
GHULYDGRVGHSHWU´OHRGRPXQGRSRVVXLQGRUHāQDULDVFRPFDSDFLGDGHLQVWDODGDGH
UHāQRGHTXDVHPLOK¶HVGHEDUULVDRGLD. No Sudeste, estão instalados 56% dessa ca-
pacidade; no Nordeste, 23%; e no Sul, 19%. A Petrobras opera 98% da capacidade instalada.
ÑÕČ²čѲÊݲĴõĆÕõݲĭĔİÑÕİõŕ²ÑĔĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞ²ļÖĔļÕİËÕõİĔļİõČÕĴļİÕÑÕɿɽɾʄʞêĔõÑÕ
aproximadamente 2,25 milhões de barris ao dia. No entanto, nesse período o Brasil produziu
apenas cerca de 1,82 milhão de barris ao dia de derivados, o que redundou em importa-
ção bruta de cerca 565 mil barris ao dia de gasolina, diesel, querosene para aviação (QAV),
č²êļ²Õë³ĴĆõįŁÕêÕõļĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔʰ;V|ʱÕčļİÕā²čÕõİĔÕčĔŕÕČÊİĔÑÕɿɽɾʄʣ8

8 ĭİõčËõĭ²ĆİĔļ²ÑÕÕčļݲѲѲõČĭĔİļ²ÎÈĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴêĔõ²İÕëõÈĔ]ĔİÑÕĴļÕʞĴÕčÑĔįŁÕɿʂ˫ѲĴõČĭĔİļ²ÎīÕĴĔËĔİ-
reram pelo estado do Maranhão.
62 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

ĴĭİĔāÕÎīÕĴËĔčļõѲĴčĔ|Ć²čĔ"ÕËÕč²ĆÑÕ&čÕİëõ²ʳɿɽɿʃѲ&ČĭİÕĴ²ÑÕ|ÕĴįŁõĴ²
&čÕİëÖļõ˲ʰ&|&ʞɿɽɾʄʱÑÈĔËĔčļ²ÑÕįŁÕĔݲĴõĆÑÕŕÕݳÕŗĭĔİļ²İÕČļĔİčĔÑÕļİÙĴČõĆñīÕĴ
de barris ao dia de petróleo cru. Porém, isso se dará em um cenário em que, estima-se,
ñ²ŕÕݳŁČÑÖţËõļ²ĭİĔŗõČ²ÑĔÑÕĴÕõĴËÕčļĔĴČõĆʲİİõĴ²ĔÑõ²ÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞ˲ĴĔ
čÈĔĴÕā²ČİÕ²Ćõş²ÑĔĴčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴč²Õŗĭ²čĴÈĔÑĔİÕţčĔ²ļÖĆ³ʳÕĴĭÕËõ²ĆČÕčļÕ
ÕČÑõÕĴÕĆʞ~¤Õč²êļ²ʣ|²İ²ѲİËĔčļ²ÑĔËĔčĴŁČĔÕČɿɽɿʃʞĴÕčÈĔêĔİõČĭĆ²čļ²Ñ²˲-
ĭ²ËõѲÑÕ²ÑõËõĔč²ĆÑÕİÕţčĔʞĴÕİÈĔčÕËÕĴĴ³İõĔĴčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĭ²İ²²ŁČÕčļ²İ²
capacidade de importação de derivados, o que se contrapõe à ideia de agregar maior valor
ao petróleo, em vez de exportá-lo como matéria-prima bruta.
O Brasil está dividido em dez cadeias logísticas para abastecimento de combustível,
ļÕčÑĔĭĔİʲĴÕ²ĭİÕĴÕčβÑÕŁČ²ĔŁČ²õĴİÕţč²İõ²ĴÕČ˲ѲŁČ²ÑÕĆ²Ĵʣ&ĴĴ²Ĵ˲ÑÕõ²ĴĴÈĔ
ÑÕţčõѲĴĭÕĆ²õčêݲÕĴļİŁļŁİ²ÑõĴĭĔč÷ŕÕĆĭ²İ²²ČĔŕõČÕčļ²ÎÈĔÑÕëݲčÑÕĴŕĔĆŁČÕĴʳĭĔİ-
ļĔĴʞêÕİİĔŕõ²ĴʞÑŁļĔĴʞñõÑİĔŕõ²ĴʣƒÈĔÕĆ²ĴʝČ²şĔč²Ĵʞ|²İ³ʞ\²İ²čñÈĔʞ|Õİč²ČÊŁËĔʞ²ñõ²ʞ
Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.
"õêÕİÕčļÕČÕčļÕѲÑõč»Čõ˲ĔÊĴÕİŕ²Ñ²čĔĴ&Ĵļ²ÑĔĴčõÑĔĴѲČÖİõ˲ʰ&ʱʞĔčÑÕÑõ-
ŕÕİĴ²ĴİÕţč²İõ²ĴÑÕŕ²İõ²ÑĔĴĭĔİļÕĴËĔčËĔİİÕČÕčļİÕĴõʞčĔݲĴõĆʞ²˲ÑÕõ²ĆĔë÷Ĵļõ˲ÑÕİÕţčĔ
ÕÑõĴļİõÊŁõÎÈĔêĔõĭݲļõ˲ČÕčļÕļĔѲČĔčļ²Ñ²ĭÕĆ²|ÕļİĔÊݲĴĭ²İ²ĴŁ²ĭİĕĭİõ²ĔĭÕݲÎÈĔʞËĔČ²
racionalidade de minimizar custos para o país e de garantir o abastecimento em todo o território
č²ËõĔč²ĆʣËĔčĴļİŁÎÈĔÕ²ĆĔ˲Ćõş²ÎÈĔѲĴİÕţč²İõ²ĴѲ|ÕļİĔÊݲĴêĔݲČÑÕţčõѲĴÑÕêĔİČ²
įŁÕĴÕËĔČĭĆÕČÕčļÕČŁČ²ĴÃĴĔŁļݲĴʞĔÊāÕļõŕ²čÑĔÕčļİÕë²İĔĴÑÕİõŕ²ÑĔĴËĔČĔČÕčĔİËŁĴļĔ
possível em todas as regiões do país. Não houve, portanto, o estabelecimento de um parque
ÑÕİÕţčĔĴÕëŁčÑĔ²ĕļõ˲ÑÕËĔČĭÕļõİÕČÕčļİÕĴõĭĔİÑÕļÕİČõč²ÑĔČÕİ˲ÑĔʣ²Ñ²İÕţč²İõ²êĔõ
õčĴļ²Ć²Ñ²ÕČŁČĭĔčļĔÕĴĭÕË÷ţËĔĭ²İ²²ļÕčÑÕݲĴŁ²İÕëõÈĔÑÕ²ÊݲčëÙčËõ²ĔŁËĔČĭĆÕČÕčļ²İ
²ĭİĔÑŁÎÈĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴÑÕĔŁļݲİÕţč²İõ²įŁÕ²ļŁÕĭ²İËõ²ĆČÕčļÕÕČŁČ²ČÕĴČ²İÕëõÈĔʣ
ČÕݲļݲčĴêÕİÙčËõ²ÑÕËĔčļİĔĆÕѲĴİÕţč²İõ²ĴÕŗõĴļÕčļÕĴĭ²İ²ĔŁļİĔĴ²ëÕčļÕĴčÈĔ
Ĵõëčõţ˲ݳĔÕĴļ²ÊÕĆÕËõČÕčļĔÑÕŁČ²Ñõč»Čõ˲ÑÕËĔČĭÕļõÎÈĔčĔČÕİ˲ÑĔÕʞĴõČʞĭĔ-
ÑÕݳëÕݲİČĔčĔĭĕĆõĔĴİÕëõĔč²õĴĭİõŕ²ÑĔĴʞŁČ²ŕÕşįŁÕ²²ļõŕõѲÑÕÑÕİÕţčĔĴÕѳĭĔİ
economia de escala e custo, devendo estar próxima do mercado consumidor. Sobretudo
ĴÕêĔݲÑõ²čļÕĔČĔÑÕĆĔÑÕĴõČĭĆÕĴČÕčļÕļݲčĴêÕİõİĭ²İ²²õčõËõ²ļõŕ²ĭİõŕ²Ñ²˲ÑÕõ²ĴĆĔ-
gísticas9 õčļÕõݲĴįŁÕÕčëĆĔʲČČ²õĴÑÕŁČÕĴļ²ÑĔʣƒÕÕĴļÕʞÑÕê²ļĔʞêĔİĔČĔÑÕĆĔ²ĴÕİ
²ÑĔļ²ÑĔʞÑÕŕÕݳñ²ŕÕİŁČ²İÕëŁĆ²ÎÈĔİĔÊŁĴļ²ÕÕĴĭÕË÷ţ˲ĴĔÊİÕ²Č²ļÖİõ²ʞįŁÕõčËĆŁ²Ĕ
livre acesso às cadeias logísticas, para não ocorrer o poder de monopólio regional por
²ëÕčļÕĴĭİõŕ²ÑĔĴĔŁʞ˲ĴĔĭ²ĴĴÕ²ÕŗõĴļõİʞįŁÕÕĴļÕā²ÊÕČİÕëŁĆ²ČÕčļ²ÑĔÕţĴ˲Ćõş²ÑĔʣ
'İÕĆÕŕ²čļÕêİõĴ²İįŁÕ²ĭÕč²Ĵ²ļݲčĴêÕİÙčËõ²ÑÕ²ļõŕĔĴÕŗõĴļÕčļÕĴčÈĔĴÕļİ²ÑŁşõݳčÕËÕĴ-
Ĵ²İõ²ČÕčļÕÕČõčŕÕĴļõČÕčļĔĴõČĭĔİļ²čļÕĴĭ²İ²²ĴŁ²²ČĭĆõ²ÎÈĔʣcĭİõčËõĭ²ĆÑÕĴ²ţĔĭ²İ²Ĕ
setor é a atração de novos investimentos que viabilizem a ampliação da capacidade instalada

9 Ĵ˲ÑÕõ²ĴĆĔë÷Ĵļõ˲ĴËĔčļÕČĭĆ²ČĔļݲčĴĭĔİļÕÑÕĭÕļİĕĆÕĔËİŁ²ļÖ²ĴİÕţč²İõ²ĴÕÑÕĭĔõĴļĔÑĔĔĭİĔËÕĴĴĔÑÕļݲčĴĭĔİ-
ļÕÕÑõĴļİõÊŁõÎÈĔÑÕÑÕİõŕ²ÑĔĴ²ļÖĔĴËĔčĴŁČõÑĔİÕĴţč²õĴʣ
PETRÓLEO E GÁS 63

čĔĭ²÷ĴʣƒÕİõ²Č²õĴõČĭĔİļ²čļÕÕĭİĔê÷ËŁĔËİõ²İŁČ²ČÊõÕčļÕÑÕčÕëĕËõĔ²ļݲļõŕĔĭ²İ²
novos investimentos, atraindo e coadunando novos agentes privados para o setor.
Č²ČÕÑõѲĭĔļÕčËõ²ĆČÕčļÕÕţ˲şĭ²İ²²ļݲõİčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕÕĴļ²ÊÕĆÕ-
cer um ambiente de negócio competitivo, sob a lógica de mercado, seria utilizar um
õčĴļİŁČÕčļĔİÕëŁĆ²ļĕİõĔÑÕİÕêÕİÙčËõ²ʣ‹²ĆõčĴļİŁČÕčļĔÑÕŕÕİõ²İÕĴĭÕõļ²İ²Ćĕëõ˲ÑĔ
preço de mercado de paridade de importação e os custos de internação, no caso de
importação de derivados. No caso de exportação de derivados, deveria valer o preço
ÑÕČÕİ˲ÑĔʞĔŁĴÕā²ʞĔĭİÕÎĔÑÕĭ²İõѲÑÕÑÕÕŗĭĔİļ²ÎÈĔʣ&ĴĴÕõčĴļİŁČÕčļĔÑÕŕÕİõ²ĴÕİ
ļݲčĴĭ²İÕčļÕ²ļĔÑĔĴĔĴ²ëÕčļÕĴʞë²İ²čļõčÑĔįŁÕĔĴĭİÕÎĔĴĭݲļõ˲ÑĔĴÕĴļÕā²Č²Ćõčñ²-
dos ao mercado internacional. Com isso, de um lado, se evitaria o poder de monopólio
regional por qualquer agente relevante, e, de outro, se garantiria aos novos investidores
a segurança institucional de que haverá a prática de preços de mercado competitivos
no ambiente de negócios.
&ĴĴÕčĔŕĔČĔŕõČÕčļĔÑÕ²ÊÕİļŁİ²ÑĔČÕİ˲ÑĔÑÕİÕţčĔĭİÕËõĴ²ĴÕİČŁõļĔÊÕČ²č²-
lisado do ponto de vista estratégico e de segurança energética, para não comprometer
a garantia de abastecimento a todas as regiões do país, sobretudo as mais remotas. É
importante destacar que não existe regulamentação para os preços dos derivados no
Brasil, o que desperta muito interesse privado no segmento. Como perguntas básicas,
čÈĔĴÕĭĔÑÕĭÕİÑÕİÑÕŕõĴļ²ʝĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĭİõŕ²ÑĔĴč²õčêݲÕĴļİŁļŁİ²ĭ²İ²İÕţčĔÕ
ÑõĴļİõÊŁõÎÈĔĴÕİÈĔ˲ĭ²şÕĴÑÕê²şÕİêİÕčļÕÃĭİÕĴĴÈĔêŁļŁİ²ĭ²İ²õČĭĔİļ²ÎÈĔÑĔĴÑÕİõ-
ŕ²ÑĔĴʤA²ŕÕݳ²ĭÕļõļÕÑĔĴčĔŕĔĴÕčļݲčļÕĴĭ²İ²õčŕÕĴļõİÕČčĔŕĔĴĭĔİļĔĴÕčĔŕĔĴÑŁļĔĴ
ĭ²İ²ËĔČĭÕļõİĔŁñ²ŕÕݳ²ĭÕč²ĴŁČČĔŕõČÕčļĔÑÕļİĔ˲ѲĭİĔĭİõÕѲÑÕÑĔĴ²ļõŕĔĴā³
existentes? Isso maximizará o risco do país de ver estabelecido um monopólio privado
regional? Em vez de apenas exportar excedente de petróleo cru, o Brasil, além de pro-
duzir derivados para atender o mercado interno, será capaz de agregar valor ao petróleo
e exportar derivados?

Gás natural
cĴÕëČÕčļĔÑÕë³Ĵč²ļŁİ²ĆļÕݳÑÕĴŁĭÕݲİÑÕĴ²ţĔĴčĔĴĭİĕŗõČĔĴ²čĔĴʣĆëŁčĴÑÕĆÕĴ
serão cruciais para o seu desenvolvimento e crescimento no médio e longo prazos. Atual-
mente, existem muitas questões que estão na agenda do setor para serem encaminhadas,
ČÕĴČĔËĔČĔĴā³ĔÊĴÕİŕ²ÑĔĴ²ŕ²čÎĔĴč²õčêݲÕĴļİŁļŁİ²õčĴļ²Ć²Ñ²čĔĴłĆļõČĔĴɾʂ²čĔĴÕĔĴ
avanços no aspecto legal e regulatório do setor.10
cËĔčļݲļĔÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔÑÕë³ĴÕļݲčĴĭĔİļÕĭİĔŕÕčõÕčļÕѲĔĆ÷ŕõ²ŕÕčËÕݳÕČɿɽɾʆʣ
Na ocasião, todo o investimento do Gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol) estará amortizado. Por-
ļ²čļĔʞčĔČĔČÕčļĔÑÕŁČ²İÕčÕëĔËõ²ÎÈĔÑĔËŁĴļĔŁčõļ³İõĔÑÕļݲčĴĭĔİļÕʞÕĴĴÕê²ļĔÑÕŕÕĴÕİ

10 Esta seção baseia-se em Mendes et al. (2015).


64 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

considerado, bem como a necessidade da redução da cláusula de ship-or-pay11 atual, utilizada


para viabilizar o gasoduto na época de sua construção. Atualmente, não se pode garantir que a
ĔĆ÷ŕõ²ËĔčĴÕëŁõݳČ²čļÕİĔČÕĴČĔč÷ŕÕĆÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔÑÕë³Ĵĭ²İ²ĔݲĴõĆʞѲÑĔĔč÷ŕÕĆÑÕ
investimentos em campos que realizou, além da possibilidade do direcionamento de parte do
ŕĔĆŁČÕĭ²İ²²İëÕčļõč²čĔêŁļŁİĔʣ]ĔČĔČÕčļĔѲİÕčÕëĔËõ²ÎÈĔÑĔËĔčļݲļĔÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔ
de gás, poder-se-ia tentar reduzir o percentual da cláusula de take-or-pay.12"ÕĴĴ²êĔİČ²ʞŁČ²
ĭ²İļÕ²ÑõËõĔč²ĆÑĔë³ĴĭİĔŕÕčõÕčļÕѲĔĆ÷ŕõ²ĴÕļĔİč²İõ²ŤÕŗ÷ŕÕĆÕĭĔÑÕİõ²ĴÕİŁļõĆõş²ÑĔĭÕĆ²Ĵ
ļÖİČõ˲ĴŤÕŗ÷ŕÕõĴʞ²ŁČÕčļ²čÑĔ²ĭ²İËÕĆ²ѲÑÕČ²čѲţİČÕĭ²İ²Ĕë³Ĵč²ËõĔč²Ćʣ
cĴ˲ČĭĔĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔÑĔĭİÖʴĴ²ĆÕČ³ëŁ²ĴĭİĔêŁčѲĴÕčļݲݲČÕČĭİĔÑŁÎÈĔčÈĔ
comercial em 2008. A partir de então, houve um aumento médio de cerca de 44% ao ano
čĔŕĔĆŁČÕÑÕë³ĴİÕõčāÕļ²ÑĔ13ѲĭİĔÑŁÎÈĔčĔĴ˲ČĭĔĴČ²İ÷ļõČĔĴʞā³įŁÕ²ê²Ćļ²ÑÕõčêݲÕĴ-
ļİŁļŁİ²õČĭÕÑÕįŁÕĭ²İļÕÑÕĴĴ²ĭİĔÑŁÎÈĔĴÕā²ļݲčĴĭĔİļ²Ñ²ĭ²İ²ĔËĔčĴŁČĔʣ&ČɿɽɾʃʞĔ
ŕĔĆŁČÕÑõ³İõĔČÖÑõĔİÕõčāÕļ²ÑĔѲĭİĔÑŁÎÈĔČ²İ÷ļõČ²êĔõÑÕɿɾʞɿČõĆñīÕĴÑÕČ3. O pré-sal
ļÕČĭĔļÕčËõ²Ćĭ²İ²êĔİčÕËÕİŁČŕĔĆŁČÕÑÕë³ĴËĔčĴõÑÕݳŕÕĆĭ²İ²ĔČÕİ˲ÑĔʞČ²ĴõĴĴĔĴĕ
se viabilizaria no médio e longo prazos. Embora a produção do pré-sal venha aumentando,
ĴÕŁë³ĴļÕČĴõÑĔČ²āĔİõļ²İõ²ČÕčļÕİÕõčāÕļ²ÑĔĭĔİê²Ćļ²ÑÕë²ĴĔÑŁļĔÑÕÕĴËĔ²ČÕčļĔʣ\Łõ-
ļĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕČÕĴËĔ²ČÕčļĔļÙČĴõÑĔŕõ²ÊõĆõş²ÑĔĴÕČÑÕËĔİİÙčËõ²ѲİÕĴļİõÎÈĔÑÕ
įŁÕõČ²õČĭĔĴļ²ĭÕĆ²ëÙčËõ²]²ËõĔč²ĆÑÕ|ÕļİĕĆÕĔʞ;³Ĵ]²ļŁİ²ĆÕõĔËĔČÊŁĴļ÷ŕÕõĴʰ]|ʱ
e para maximizar a produção de óleo, no caso de gás associado.
|ÕļİĔÊݲĴļÕČĭİĔāÕļĔĴÑÕËĔčĴļİŁõİčĔŕĔĴë²ĴĔÑŁļĔĴÑÕÕĴËĔ²ČÕčļĔĭ²İ²²ĭİĔŕÕõļ²İ
ÕĴĴÕë³ĴÑÕêĔİČ²Č²õĴÕţËõÕčļÕʣ|ĔİÖČʞĔĭݲşĔĭ²İ²İÕ²Ćõş³ʴĆĔĴÕõČĭĆ²čļ³ʴĆĔĴÑÕŕÕݳĴÕİ
ĆĔčëĔʣĆÖČÑõĴĴĔʞÕŗõĴļÕ²ÑłŕõѲįŁ²čļĔÃÑõĴĭĔĴõÎÈĔÑĔČÕİ˲ÑĔţİČÕÑÕĭ²ë²İĭÕĆĔĴÕŁ
ËŁĴļĔÕ²õčËÕİļÕş²ÑÕįŁÕĔļ²Č²čñĔÑĔČÕİ˲ÑĔţİČÕĴÕā²ĴŁţËõÕčļÕĭ²İ²ŕõ²ÊõĆõş²İĔĴ
čĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʣƒÕČËĔčÑõÎīÕĴ²ÑÕįŁ²Ñ²Ĵʞ²|ÕļİĔÊݲĴĭĔÑÕİõ²ĭİÕêÕİõİËĔčļõčŁ²İ
İÕõčāÕļ²čÑĔĔë³ĴčĔĴĭİĕĭİõĔĴİÕĴÕİŕ²ļĕİõĔĴʣ
&Čê²ËÕÑĔĴÕĆÕŕ²ÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕѲčÕËÕĴĴõѲÑÕÑÕÕĴË²Ć²ĭ²İ²ŕõ²ÊõĆõş²İčĔŕĔĴ
gasodutos de escoamento em um contexto de maior abertura do mercado de exploração
e produção, bem como de restrição de recursos para que uma única ou poucas empresas
²İįŁÕČËĔČļĔÑĔĴĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĭ²İ²²ĭİĔÑŁÎÈĔÑĔë³Ĵʞê²şʴĴÕčÕËÕĴĴ³İõĔĭÕčĴ²İ
modelos regulatórios que ponderem os ganhos e perdas de um modelo de livre acesso
e/ou abertura a terceiros aos investimentos em gasodutos de escoamento, assim como
ocorre no caso dos gasodutos de transporte. Dependendo do cenário, a viabilidade dessa

11 Contrato de ship-or-payĴõëčõţ˲įŁÕĔËĔčļݲļ²čļÕÑĔļݲčĴĭĔİļÕÑÕë³Ĵč²ļŁİ²Ćĭ²ë²İ³ŁČ²įŁ²čļõѲÑÕČ÷čõČ²Ã
ËĔčļݲļ²Ñ²ÑÕŗ˫ʞĭĔİñõĭĕļÕĴÕʞõčÑÕĭÕčÑÕčļÕČÕčļÕÑÕ²ÑÕČ²čѲÕêÕļõŕ²ĴÕİČÕčĔİÑĔįŁÕÕĴĴÕĭÕİËÕčļŁ²Ćʣ
12 Contrato de take-or-paŘĴõëčõţ˲įŁÕĔËĔčļݲļ²čļÕѲČĔĆÖËŁĆ²ʰcommodity) de gás natural pagará uma quantidade
Č÷čõČ²ÃËĔčļݲļ²Ñ²ÑÕŘ˫ʞõčÑÕĭÕčÑÕčļÕČÕčļÕÑÕ²ÑÕČ²čѲÕêÕļõŕ²ĴÕİČÕčĔİÑĔįŁÕ²įŁÕĆÕĭÕİËÕčļŁ²Ćʣ
13 İÕõčāÕÎÈĔÑÕë³Ĵč²ļŁİ²ĆÖŁļõĆõş²Ñ²ĭ²İ²²ŁČÕčļ²İ²ĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕÑĔĭĔÎĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞŁČ²ŕÕşįŁÕËĔčļİõÊŁõËĔČ
Ĕč÷ŕÕĆÑÕĴÕā³ŕÕĆÑÕĭİÕĴĴÈĔčĔİÕĴÕİŕ²ļĕİõĔʣĆÖČÑõĴĴĔʞ²İÕõčāÕÎÈĔļ²ČÊÖČÖŁļõĆõş²Ñ²ĭ²İ²ČõčõČõş²İ²įŁÕõČ²ÑĔë³Ĵ
įŁ²čÑĔčÈĔñ³õčêݲÕĴļİŁļŁİ²ĭ²İ²ĴÕŁÕĴËĔ²ČÕčļĔ²ļÖĔËĔčļõčÕčļÕʞčĔ˲ĴĔÑĔĴĭĔÎĔĴoffshore.
PETRÓLEO E GÁS 65

ĔêÕİļ²ÑÕë³ĴĭĔļÕčËõ²ĆĭĔÑÕİõ²²ļÖĴŁÊĴļõļŁõİĔë³ĴÊĔĆõŕõ²čĔÕİÕŕÕİļÕİĔŤŁŗĔÑĔ;²ĴÊĔĆ
no longo prazo. 'LāFLOPHQWHRJ¢VGRSUªVDOWHU¢XPFXVWRPHQRUGRTXHRSUH¨RGH
gás praticado no mercado americano. Porém, existe a expectativa de que seu custo seja
menor do que o preço de gás no mercado europeu e japonês.
]ĔݲĴõĆʞĔĴÕļĔİÕĆÖļİõËĔļÕČËĔčļ²ÑĔËİÕĴËÕčļÕČÕčļÕËĔČĔêĔİčÕËõČÕčļĔÑÕë³Ĵ
para complementar a produção de energia hidrelétrica. Como a geração hidrelétrica é
sazonal e o consumo de eletricidade varia bastante ao longo do dia e ao longo do ano, é
čÕËÕĴĴ³İõ²ŁČ²êĔčļÕÑÕëÕݲÎÈĔįŁÕĭĔĴĴ²ËĔÊİõİÕĴĴÕĴČĔČÕčļĔĴÑÕÕĴ˲ĴĴÕşÑÕĔêÕİļ²
ÑÕÕĆÕļİõËõѲÑÕʞĔįŁÕļÕČĴõÑĔêÕõļĔČ²āĔİõļ²İõ²ČÕčļÕĭĔİČÕõĔÑÕŁĴõč²ĴļÕİČÕĆÖļİõ˲Ĵ²
gás natural. A expansão da demanda termelétrica deveria ser realizada por meio de tér-
Čõ˲ĴţİČÕĴÕļÖİČõ˲ĴŤÕŗ÷ŕÕõĴʣ
ĴļÕİČÕĆÖļİõ˲ĴŤÕŗ÷ŕÕõĴÑÕŕÕİõ²ČĴÕݲʲĴļÕËõѲĴĴĔČÕčļÕĭĔİë³Ĵč²ļŁİ²ĆĆõįŁÕêÕõļĔʰ;]Vʱ
ĔŁĭ²İļÕÑĔë³ĴÊĔĆõŕõ²čĔįŁÕÕĴļÕā²²ËõČ²ÑĔtake-or-pay e do ship-or-pay, caso o con-
ļݲļĔĴÕā²İÕčÕëĔËõ²ÑĔ²ĭİĔĭİõ²Ñ²ČÕčļÕʣ14 Concomitantemente, o setor elétrico deveria
ĆÕŕ²İÕĴĴ²ĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕÕČËĔčĴõÑÕݲÎÈĔÕİÕŤÕļõİÕĴĴÕËŁĴļĔčĔĴËİõļÖİõĔĴÑĔĴĆÕõĆīÕĴÑÕ
ÕčÕİëõ²ʣ|ĔİĴŁ²ŕÕşʞ²ĴļÖİČõ˲ĴţİČÕĴĭĔÑÕİõ²ČĴÕݲʲĴļÕËõѲĴĭÕĆĔë³ĴţİČÕč²ËõĔč²Ćʞ
ĴÕā²ÑĔĭĕĴʴĴ²ĆʞÑĔĭİÖʴĴ²ĆĔŁÑĔë³ĴÕČļÕİݲʣ$H[SDQV¤RSRUPHLRGHWªUPLFDVāUPHV×
QDEDVHGDFXUYDGHFDUJD×YLDELOL]DULDDH[SDQV¤RGDPDOKDGHJDVRGXWRVSDUDRXWUDV
regiões ainda não abastecidas pelo gás natural. As termelétricas na base, por terem escala,
seriam uma âncora para o desenvolvimento de novos gasodutos e, consequentemente,
novos mercados.15 Destaca-se que a localização das termelétricas deve levar em conta as
ÕĴĭÕËõţËõѲÑÕĴÑĔĴÕļĔİÕĆÖļİõËĔʣ
cŁļݲĴêĔİČ²ĴÑÕÕĴļõČŁĆ²İ²ÑÕČ²čѲʞÑÕČĔÑĔ²İÕÑŁşõݲĴõčËÕİļÕş²ĴÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔĴ
ÑĔĴĭĔļÕčËõ²õĴĔêÕİļ²čļÕĴʞÑÕĭÕčÑÕČÑÕĭĔĆ÷ļõ˲ĴĭłÊĆõ˲ĴįŁÕõčËÕčļõŕÕČĔËĔčĴŁČĔÑĔë³Ĵ
č²ļŁİ²ĆËĔČĔÕčÕİëÖļõËĔÕËĔČĔČ²ļÖİõ²ʴĭİõČ²ʣEčËÕčļõŕĔĴİÕëŁĆ²ļĕİõĔĴÕţĴ˲õĴĭ²İ²²õČĭĆ²č-
ļ²ÎÈĔÑÕõčÑłĴļİõ²Ĵ»čËĔݲĴĭİĕŗõČ²Ĵ²ĭĔļÕčËõ²õĴêĔčļÕĴÑÕë³ĴĭĔÑÕČŕõ²ÊõĆõş²İ²ĭİĔÑŁÎÈĔÑÕ
čĔŕ²ĴêĔčļÕĴʣ&ČŁČËĔčļÕŗļĔÕČįŁÕĔĭ²÷ĴÖõČĭĔİļ²ÑĔİÑÕŁČ²įŁ²čļõѲÑÕĴõëčõţ˲ļõŕ²ÑÕ
ë³Ĵč²ļŁİ²ĆʞĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑÕĔêÕİļ²õčļÕİč²ĭĔÑÕĴÕİÑÕõčļÕİÕĴĴÕÕĴļݲļÖëõËĔĭ²İ²Ĕĭ²÷Ĵʣ
cČ²õĔİÑÕĴ²ţĔĴÕݳŕõ²ÊõĆõş²İ²ĔêÕİļ²ÑÕë³ĴčÈĔËĔčŕÕčËõĔč²ĆʞŁČ²ŕÕşįŁÕñ³ŁČ²
série de barreiras a serem superadas. As áreas com potencial nesse segmento são remotas,
ÑÕÑõê÷ËõĆ²ËÕĴĴĔÕĆĔčëÕÑĔČÕİ˲ÑĔÑÕËĔčĴŁČĔʣĆÖČÑõĴĴĔʞ²õčѲñ³ĔŁļݲĴčÕËÕĴĴõѲÑÕĴ
a serem ultrapassadas, como mapear seu potencial geológico, obter licenças ambientais
para sua exploração e produção, construir e implementar novos gasodutos ligando as
possíveis regiões produtoras ao mercado consumidor.

14 O contrato entre a Bolívia e as empresas TBG e GTB será renegociado até 2019, o que se apresenta como oportuni-
ѲÑÕĭ²İ²İÕÑŁÎÈĔѲÕŗõëÙčËõ²ÑÕship-or-payñĔāÕÕČɾɽɽ˫ʣÖĭĔ˲ѲËÕĆÕÊݲÎÈĔÑĔËĔčļݲļĔʞɾɽɽ˫ÑÕship-or-pay
êĔõčÕËÕĴĴ³İõĔĭ²İ²ŕõ²ÊõĆõş²İ²ËĔčĴļİŁÎÈĔÑĔë²ĴĔÑŁļĔʣ
15 ĆÖČÑõĴĴĔʞ²ĴļÕİČÕĆÖļİõ˲ĴţİČÕĴ²ŁČÕčļ²ČĔč÷ŕÕĆÑÕËĔčţ²ÊõĆõѲÑÕÑĔĴõĴļÕČ²ÕĆÖļİõËĔʞÕČÊĔݲļÕčñ²ČŁČËŁĴļĔ
maior do que as hidrelétricas.
66 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

ĆÖČÑĔĴİõĴËĔĴÑÕËĔİİÕčļÕĴÑÕõčËÕİļÕş²ĴÑĔĆ²ÑĔѲÑÕČ²čѲʞ²ĔêÕİļ²ļ²ČÊÖČ
²ĭİÕĴÕčļ²ŁČ²ĴÖİõÕÑÕÑÕĴ²ţĔĴÑĔĭĔčļĔÑÕŕõĴļ²İÕëŁĆ²ļĕİõĔʞļÕËčĔĆĕëõËĔʞ²ČÊõÕčļ²Ć
e de capital, uma vez que os investimentos são vultosos. Nesse sentido, torna-se ainda
mais relevante uma política clara para a produção de gás natural do país. Também se deve
ÕĴļ²ÊÕĆÕËÕİĭİõĔİõѲÑÕĭ²İ²²ĴêĔčļÕĴÑÕë³ĴįŁÕĴÕÑÕĴÕā²ÕĴļõČŁĆ²İʞËĔčĴõÑÕݲčÑĔËŁĴļĔʞ
conhecimento tecnológico e arcabouço regulatório.16
O mercado de gás industrial, cogeração, residencial e automotivo deverá continuar se
expandindo, como no passado, a uma taxa média de crescimento estável. Somente com o
avanço da malha de gasodutos e investimentos nas distribuidoras, bem como o aumento
ѲĔêÕİļ²ÑÕë³ĴʞĭĔÑÕݳñ²ŕÕİŁČËİÕĴËõČÕčļĔČ²õĴÕŗĭİÕĴĴõŕĔÑÕĴĴÕČÕİ˲ÑĔʣ]ĔËŁİļĔ
ĭݲşĔʞĔłčõËĔČÕõĔÑÕ²ŁČÕčļ²İ²ĔêÕİļ²ÑÕë³ĴÖĭĔİČÕõĔÑÕ;]VʞįŁÕļÕČŁČËŁĴļĔ
ÕĆÕŕ²ÑĔĭ²İ²ÕĴĴÕļõĭĔÑÕČÕİ˲ÑĔʣcõÑÕ²ĆÖįŁÕÕĴĴ²ÑÕČ²čѲĴÕā²²Ê²ĴļÕËõѲĭĔİŁČ²
êĔčļÕÑÕë³ĴţİČÕʣĔČĔČÕčËõĔč²ÑĔʞÑõţËõĆČÕčļÕĔĭİÕÎĔÑĔë³Ĵĭ²İ²ÕĴĴÕČÕİ˲ÑĔĴÕݳ
ļÈĔ²ļݲļõŕĔĭ²İ²ĔËĔčĴŁČõÑĔİįŁ²čļĔĔčĔİļÕʴ²ČÕİõ˲čĔʞčĔįŁ²Ć²õčêݲÕĴļİŁļŁİ²ÕĴļ³
bem estabelecida e a economia de rede bem avançada.
$IRUPD¨¤RGHSUH¨RGRJ¢VQR%UDVLOGHYHU¢WHUXPDO´JLFDGHPHUFDGRHUHĂHWLU
suas particularidades regionais de fontes de oferta e tipo de demanda. Além disso, deverá
UHĂHWLUWRGRRFXVWRGHH[SDQV¤RGHLQIUDHVWUXWXUDQHFHVV¢ULDSDUDDPSOLDUHVVHPHUFD-
doÕ²ŁČÕčļ²İ²ĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔÑÕë³ĴÕČİÕëõīÕĴČ²õĴÑõĴļ²čļÕĴÑĔ²ļŁ²Ć
ČÕİ˲ÑĔËĔčĴŁČõÑĔİʣ]ÈĔĭĔÑÕĴÕİčÕëĆõëÕčËõ²ÑĔĔê²ļĔÑÕįŁÕĔë³Ĵč²ļŁİ²ĆËĔČĭÕļÕËĔČ
ĔŁļİĔĴÕčÕİëÖļõËĔĴʞËĔČĔĕĆÕĔËĔČÊŁĴļ÷ŕÕĆʞÑõÕĴÕĆʞë²ĴĔĆõč²Õ;V|ʣ|Ĕİļ²čļĔʞ²êĔİČ²ÎÈĔ
de seu preço também deverá levar em conta a competição entre os demais energéticos.
"ĔĭĔčÑĔÑÕŕõĴļ²ѲÑõĴļİõÊŁõÎÈĔÑĔë³Ĵč²ļŁİ²Ć²ĔĴËĔčĴŁČõÑĔİÕĴţč²õĴʞ²İÕëŁĆ²ÎÈĔ
ÖêÕõļ²čĔ»ČÊõļĔÕĴļ²ÑŁ²Ćʣ²Ñ²ÕĴļ²ÑĔļÕČĴÕŁÕčļÕİÕĴĭĔčĴ³ŕÕĆĭÕĆ²İÕëŁĆ²ÎÈĔÕĴŁ²Ĵ
regras para a concessão do serviço de distribuição do gás natural. A regulação estadual
²êÕļ²ĔĭİÕÎĔËĔÊݲÑĔĭĔİ˲ѲÑõĴļİõÊŁõÑĔݲʞ²ĴĴõČËĔČĔĔĴč÷ŕÕõĴÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔ
ÑŁİ²čļÕĔĭÕİ÷ĔÑĔÑÕËĔčËÕĴĴÈĔʣ|ĔÑÕČʴĴÕčĔļ²İÑõêÕİÕčβĴčĔč÷ŕÕĆÑÕĔİë²čõş²ÎÈĔÕ
˲ĭ²ËõѲÑÕļÖËčõ˲ÑÕ˲ѲİÕëŁĆ²ÑĔİĭ²İ²²ÑÕĆõČõļ²ÎÈĔѲļ²İõê²ÕČ²İëÕČČ³ŗõČ²Ѳ
distribuidora. Existem estados nos quais a distribuidora tem participação acionária do
ĭĔÑÕİËĔčËÕÑÕčļÕʰÕĴļ²ÑĔʱʞÑĔêĔİčÕËÕÑĔİÑĔë³Ĵʰ|ÕļİĔÊݲĴʱÕÑĔĴĭİĕĭİõĔĴËĆõÕčļÕĴʞĔ
įŁÕëÕݲËĔčŤõļĔĴÑÕõčļÕİÕĴĴÕÕĭİĔÊĆÕČ²ĴÑÕëĔŕÕİč²čβʣcĴÕĴļ²ÑĔĴËĔČÕĴļİŁļŁİ²Ĵ
Č²õĴĔİë²čõş²Ñ²ĴËĔčĴÕëŁÕČĭėİÕČĭݳļõ˲ĭĆ²čĔĴİÕëŁĆ²İÕĴÑÕİÕŕõĴīÕĴļ²İõê³İõ²ĴʞįŁÕ
visam garantir o repasse do custo do gás incorrido pela distribuidora aos consumidores

16 cÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑĔë³ĴčÈĔËĔčŕÕčËõĔč²ĆčĔĴ&êĔõÑÕËĔİİÕčļÕÑÕŁČ²ĭĔĆ÷ļõ˲ÑÕõčËÕčļõŕĔĴÑŁİ²čļÕÑÖ˲ѲĴʞ
ļÕčÑĔÕČŕõĴļ²²čÕËÕĴĴõѲÑÕÑÕë²İ²čļõݲĴÕëŁİ²čβÕčÕİëÖļõ˲ÑĔĭ²÷ĴʣcĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴļ²ČÊÖČêĔݲČê²ŕĔİÕËõÑĔĴ
ĭÕĆĔįŁ²ÑİĔİÕëŁĆ²ļĕİõĔÑĔĭ²÷ĴʞįŁÕÕĴļõČŁĆĔŁ²ĭİĔÑŁÎÈĔõčÑÕĭÕčÑÕčļÕÑÕĭÕįŁÕčĔĴĭİĔÑŁļĔİÕĴʣEčËÕčļõŕĔĴţĴ˲õĴ
êĔݲČ õëŁ²ĆČÕčļÕ ËİŁËõ²õĴʝ ÕčļİÕ ɾʆʆʅ Õ ɿɽɽɿʞ ²čļÕĴ Ѳ ĭİõČÕõݲ ÕŗļݲÎÈĔ ËĔČÕİËõ²Ć ÑÕ ë³Ĵʞ Ĕ ĔčëİÕĴĴĔ ËĔčËÕÑõ²
subsídio de US$ 0,50 por metro cúbico de gás natural não convencional produzido. Concessão de subsídios para o de-
ĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑÕĭİĔļĕļõĭĔĴʞ²ĴĴõČËĔČĔĭ²İËÕİõ²ĴÕčļİÕÕČĭİÕĴ²Ĵĭİõŕ²Ñ²ĴʞŁčõŕÕİĴõѲÑÕÕëĔŕÕİčĔʳ"Õĭ²İļČÕčļĔê
&čÕİëŘʰ"Ĕ&ʱʳʞêĔݲČêŁčѲČÕčļ²õĴĭ²İ²²˲ĭ²Ëõļ²ÎÈĔļÕËčĔĆĕëõ˲ĭ²İ²ÕĴĴÕļõĭĔÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔʣ
PETRÓLEO E GÁS 67

ţč²õĴÕŁČ²Č²İëÕČČ³ŗõČ²ʞËĔčĴõÑÕݲčÑĔŁČč÷ŕÕĆČ÷čõČĔÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔÕë²čñĔ
de produtividade.
O setor de gás natural no Brasil expandiu-se nos últimos 17 anos a partir da construção
do gasoduto Bolívia-Brasil, mas esse setor não pode ser considerado maduro como nos
&ĔŁÕČĭ²÷ĴÕĴѲ&ŁİĔĭ²ʣ\ŁõļĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴêĔݲČİÕ²Ćõş²ÑĔĴʞČÕĆñĔİõ²ĴĆÕë²õĴÕ
İÕëŁĆ²ļĕİõ²ĴêĔݲČõčļİĔÑŁşõѲĴÕĔŁļݲĴÕĴļÈĔ²ļŁ²ĆČÕčļÕĴÕčÑĔÑõĴËŁļõѲĴĭĔİČÕõĔÑÕ
ŁČĭİĔāÕļĔÑÕĆÕõĭ²İ²²ĆļÕݲÎÈĔѲËñ²Č²Ñ²VÕõÑĔ;³ĴʰVÕõɾɾʣʆɽʆʞÑÕʁÑÕČ²İÎĔÑÕɿɽɽʆʱʣ
|ĔİĔŁļİĔĆ²ÑĔʞ²õčѲñ³ČŁõļĔĴ²ŕ²čÎĔĴ²ĴÕİÕČİÕ²Ćõş²ÑĔĴÕČŁõļĔĴÑÕĴ²ţĔĴ²ĴÕİÕČ
ĴŁĭÕݲÑĔĴʣ²ĴĔ²Č²õĔİĭ²İļÕÑÕĆÕĴĴÕā²ĴŁĭÕݲѲčĔĴĭİĕŗõČĔĴ²čĔĴʞÖČŁõļĔĭİĔŕ³ŕÕĆ
que, em seguida, o setor inicie um novo ciclo de investimento e de expansão que deverá
ser tão duradouro quanto o ciclo passado.

Cadeia fornecedora de bens e serviços de P&G


˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴİÕĆ²ËõĔč²ÑĔĴ²ĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ÕčŕĔĆŕÕ
diversos segmentos da indústria e uma complexa rede com os demais setores da economia.
&čļÕčÑÕʴĴÕ²įŁõËĔČĔ˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴĔËĔčāŁčļĔÑÕÕČĭİÕĴ²ĴįŁÕĭİĔÑŁşÕČÊÕčĴ
e/ou prestam serviços direta ou indiretamente para as atividades de exploração e desen-
ŕĔĆŕõČÕčļĔѲĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴʞİÕţčĔʞĭÕļİĔįŁ÷Čõ˲ʞļݲčĴĭĔİļÕʞÕĴļĔ˲ëÕČÕ
distribuição de derivados.
&ĴĴ²˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴĭĔÑÕĴÕİÕĴļݲļõţ˲ѲÕČÕĆĔĴčĔĴįŁ²õĴĴÕŕÕÕČÕČĭİÕ-
Ĵ²ĴÑÕÑõêÕİÕčļÕĴݲČĔĴÕ²ļõŕõѲÑÕĴʣ17&ČëÕݲĆʞčĔĭİõČÕõİĔÕĆĔÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔÕčËĔč-
ļݲČʴĴÕ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴįŁÕêĔİčÕËÕČÊÕčĴÕĭİÕĴļ²ČĴÕİŕõÎĔĴÑõİÕļ²ČÕčļÕÃĴĭÕļİĔĆÕõݲĴ
ʰĔŁĔĭÕݲÑĔݲĴʱʞËĔČĔê²Êİõ˲čļÕĴÑÕÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴĴŁÊČ²İõčĔĴʞĴÕİŕõÎĔĴÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔ
ÕĭÕİêŁİ²ÎÈĔʞĴÕİŕõÎĔč²ŕ²ĆÑÕ²ĭĔõĔ²ĭĆ²ļ²êĔİČ²ʞ&|õĴļ²Ĵʞ18 construtores, integradores,
serviços de engenharia e prestadores de serviços de diversas atividades. Também é no
ĭİõČÕõİĔÕĆĔįŁÕĴÕÕčËĔčļݲČ²Ĵĭ²İ²ĭÕļİĔĆÕõݲĴʳÕČĭİÕĴ²ĴįŁÕêĔİčÕËÕČÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴ
ÕŗËĆŁĴõŕĔĴĭ²İ²²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴÕĴĭÕË÷ţ˲ĴÑĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ʣ19
]ĔĴÕëŁčÑĔÕĆĔʞÕčËĔčļݲČʴĴÕĔĴêĔİčÕËÕÑĔİÕĴÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴĭ²İ²²ĴÕČĭİÕĴ²Ĵ
ÑĔĭİõČÕõİĔÕĆĔʣ"ÕčļİÕĔŁļİĔĴʞñ³ê²Êİõ˲čļÕĴÑÕļŁİÊõč²ĴʞÑÕëŁõčËñĔĴʞÑÕëŁõčѲĴļÕĴʞÑÕ
ëÕݲÑĔİÕĴÕĭİÕĴļ²ÑĔİÕĴÑÕĴÕİŕõÎĔĴÑÕÕčëÕčñ²İõ²ʣcļÕİËÕõİĔÕĆĔÖËĔČĭĔĴļĔĭĔİê²Êİõ˲č-
ļÕĴÑÕõčĴŁČĔĴĔŁêÕİݲČÕčļ²ĴÕÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴÕĴĭÕËõ²õĴĔŁÕĴĭÕË÷ţËĔĴĭ²İ²²ËĔčĴļİŁÎÈĔ
ÑÕÊÕčĴÑÕ˲ĭõļ²ĆÕĭİÕĴļ²ÎÈĔÑÕĴÕİŕõÎĔĴčÕËÕĴĴ³İõĔĴ²ĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ʞËĔČĔê²Êİõ˲čļÕĴ

17"ÕĭÕčÑÕčÑĔѲ²ļõŕõѲÑÕ²ĴÕİÑÕĴÕčŕĔĆŕõѲÕÑĔËĆõÕčļÕÕČįŁÕĴļÈĔʞŁČêĔİčÕËÕÑĔİĭĔÑÕĔËŁĭ²İÑõêÕİÕčļÕĴÕĆĔĴ
Ѳ˲ÑÕõ²ĴõČŁĆļ²čÕ²ČÕčļÕʣ|ĔİÕŗÕČĭĆĔʞê²Êİõ˲čļÕĴÑÕÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴįŁÕêĔİčÕβČÑõİÕļ²ČÕčļÕÃĴĔĭÕݲÑĔݲĴÑÕ
|˯;Õʞ²ĔČÕĴČĔļÕČĭĔʞĭ²İ²õčļÕİČÕÑõ³İõĔĴʞËĔČĔĔĴ&|õĴļ²ĴĔŁêĔİčÕËÕÑĔİÕĴÑÕÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴÑÕëݲčÑÕĭĔİļÕʣc
mesmo ocorre com a prestação de serviços, como os de engenharia.
18&ČĭİÕĴ²ĴÕĴĭÕËõ²Ćõş²Ñ²ĴÕČĭİÕĴļ²İÑÕêĔİČ²ËĔčĴĔĆõѲѲĔĴÕİŕõÎĔÑÕengineering, procurement and construction (EPC).
19]Ĕĭ²ĴĴ²ÑĔʞČŁõļ²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴñĔāÕÕŗÕİËõѲĴĭÕĆ²ĴÕČĭİÕĴ²Ĵĭ²İ²ĭÕļİĔĆÕõݲĴÕݲČİÕ²Ćõş²Ñ²ĴÑõİÕļ²ČÕčļÕĭÕĆ²ĴĭÕ-
ļİĔĆÕõݲĴʞČ²ĴÑŁİ²čļÕÑÖ˲ѲĴČŁõļ²ĴÑÕĆ²ĴêĔݲČĴÕĭ²İ²Ñ²ĴѲĴ²ļõŕõѲÑÕĴĭİõčËõĭ²õĴÕļÕİËÕõİõş²Ñ²ĴʣļŁ²ĆČÕčļÕʞ²Ĵ
parapetroleiras são, na maioria, grandes multinacionais.
68 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

ÑÕ²ÎĔĴÕĴĭÕËõ²õĴʞÑÕêĔİā²ÑĔĴʞÑÕêŁčÑõÑĔĴʞÑÕŤ²čëÕĴÕÑÕËĔčÕŗīÕĴʣ&ĴĴÕÑÕĴÑĔÊݲČÕčļĔ
ĭĔÑÕĴÕÕĴļÕčÑÕݲĔŁļİĔĴč÷ŕÕõĴõčêÕİõĔİÕĴĭ²İ²ÑÕļÕİČõč²Ñ²ĴĴŁÊ˲ÑÕõ²ĴÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔʣ
No caso do segmento de E&P offshoreʞÕŗõëÙčËõ²ĴļÖËčõ˲ĴʞļÕËčĔĆĕëõ˲ĴÕÑÕĴÕëŁİ²čβ
demandam o desenvolvimento de bens e serviços de elevada complexidade. Em geral, suas
atividades apresentam maior potencial de agregação de valor e densidade tecnológica do
que nos demais segmentos da cadeia de valor do setor de P&G. Por isso, a análise a seguir
se concentrará nesse segmento.
õčÑłĴļİõ²ÑĔĭÕļİĕĆÕĔʞļõĭõ˲ČÕčļÕʞİÕįŁÕİÕĆÕŕ²ÑĔĴč÷ŕÕõĴÑÕËÕİļõţ˲ÎÈĔÕČĴŁ²Ĵ
²ļõŕõѲÑÕĴʣĴÕČĭİÕĴ²ĴêĔİčÕËÕÑĔݲĴĭÕİļÕčËÕčļÕĴÃ˲ÑÕõ²ĭİĔÑŁļõŕ²ÑÕ|˯;ļÙČÑÕ
atender a esses requisitos técnicos e garantir alto padrão de qualidade e segurança das
ĴĔĆŁÎīÕĴʣĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴÕČ³ëŁ²ĴĭİĔêŁčѲĴÕŁĆļݲĭİĔêŁčѲĴÑÕČ²čѲ
ѲĴÕČĭİÕĴ²ĴêĔİčÕËÕÑĔݲĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴËĔčļ÷čŁĔĴÕČõčĔŕ²ÎÈĔ²ţČÑÕ²ĭÕİêÕõÎĔ²İĔŁ
introduzir no mercado novos equipamentos capazes de viabilizar a atividade em ambientes
²Ćļ²ČÕčļÕËĔČĭĆÕŗĔĴÕÑÕĴ²ţ²ÑĔİÕĴʣ&ČËĔčĴÕįŁÙčËõ²ÑÕĴĴ²ĴÕŗõëÙčËõ²ĴÕѲÑõč»Čõ˲ÑĔ
ĴÕļĔİʞļ²õĴÕČĭİÕĴ²ĴļÙČ²ĆëŁČ²Ĵ˲ݲËļÕİ÷Ĵļõ˲ĴÊÕČÑõĴļõčļ²ĴѲĴÕČĭİÕĴ²ĴêĔİčÕËÕÑĔݲĴ
dos demais setores da economia.
Apenas cerca de 8% das empresas produtoras de bens de capital pertencem à cadeia
ĭİĔÑŁļõŕ²ÑÕ|˯;čĔݲĴõĆʣČ²õĔİõ²ÑÕĆ²ĴļÕČĭĔİļÕČ²õĔİÑĔįŁÕ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴêĔݲѲ
˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔĭ²İ²Ĕ|˯;ʣ&ČČÖÑõ²ʞ²ĭİÕĴÕčļ²ČŁČê²ļŁİ²ČÕčļĔĴŁĭÕİõĔİ
em 260% em relação às demais empresas produtoras de bens de capital para outros
setores. Outra característica é que empregam cerca de 213% a mais e, em geral, seus
êŁčËõĔč³İõĔĴļÙČČ²õĔİįŁ²Ćõţ˲ÎÈĔĭİĔţĴĴõĔč²ĆÕČÕĆñĔİİÕČŁčÕݲÎÈĔʞËĔČĭ²İ²Ñ²ĴÃĴ
de outros setores da economia.
"ÕĴ²êĔİļŁč²Ñ²ČÕčļÕʞËĔčļŁÑĔʞ²Č²õĔİõ²ѲĴÕČĭİÕĴ²ĴÑĔĴÕļĔİÑÕ|˯;čĔݲĴõĆ
concentra suas atividades no mercado interno. Apenas 24% exportavam modesta parte
ѲĴŁ²ĭİĔÑŁÎÈĔʣ"Õê²ļĔʞʅɽ˫ÑÕĆ²Ĵļõčñ²Č²ĭÕč²ĴŁČĭÕİËÕčļŁ²ĆõčêÕİõĔݲɾɽ˫ÑĔĴÕŁ
ê²ļŁİ²ČÕčļĔĔİõëõč²ÑĔÑÕÕŗĭĔİļ²ÎīÕĴʣĴĭİõčËõĭ²õĴİÕëõīÕĴÑÕÑÕĴļõčĔÑÕĴÕŁĴĭİĔÑŁļĔĴ
eram: América do Sul, América do Norte e Central e Europa. No entanto, competem no
mercado interno com a importação de equipamentos dos Estados Unidos, China, Ingla-
terra, Alemanha, Noruega e Índia, entre outros. Muitas empresas do setor de P&G também
êĔİčÕËÕČĭ²İ²ĔĴÑÕČ²õĴĴÕļĔİÕĴѲÕËĔčĔČõ²ʰ|V‹‹&Sʨ\&]"&ƒʨcƒ‹ʞɿɽɾɿʱʣ
Uma característica importante do setor é a alta concentração de mercado em diversos
segmentos da cadeia, como é o caso dos segmentos de equipamentos submarinos e de
alguns serviços offshore. A concentração de mercado é baixa em alguns poucos segmen-
tos, como no caso de válvulas. Como regra geral, quanto mais complexa a tecnologia do
equipamento, maior será sua concentração de mercado. Outra característica é que equipa-
mentos de alta tecnologia e de maior valor agregado são produzidos predominantemente
por multinacionais estrangeiras instaladas no país.
PETRÓLEO E GÁS 69

˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴÑÕ|˯;ÖČŁõļĔñÕļÕİĔëÙčÕ²ʣ]ÕĆ²ʞ²ĔČÕĴ-
ČĔļÕČĭĔʞŕÕÕČʴĴÕê³Êİõ˲ĴčĔŕ²ĴÑÕ²Ćļ²ļÕËčĔĆĔëõ²ÕĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕʞÊÕČËĔČĔê³Êİõ˲Ĵ
antigas de baixa produtividade; empresas que investem continuamente em pesquisa, de-
senvolvimento e inovação (PD&I) – normalmente, as multinacionais – e outras tantas que
ļÙČʲõŗĔõčŕÕĴļõČÕčļĔÕČõčĔŕ²ÎÈĔʣ
Nos últimos 15 anos, diversas empresas brasileiras da cadeia de P&G adicionaram
capacidade fabril e/ou capacidade de prestação de serviços, assim como várias multina-
cionais se instalaram no paísʞ²Ĕĭ²ĴĴĔįŁÕĔŁļݲĴʞįŁÕā³ÕĴļ²ŕ²Č²įŁõʞÕŗĭ²čÑõݲČĴŁ²Ĵ
capacidades em decorrência da política de conteúdo local (PCL) do setor.
ĆÖČѲËĔčĴļİŁÎÈĔÑÕčĔŕ²Ĵê³Êİõ˲ĴËĔČļÕËčĔĆĔëõ²ÑÕĭĔčļ²Õ²Ćļ²ĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕʞ
algumas multinacionais instalaram até centros de pesquisas no Brasil, que, atuando em
ËĔčāŁčļĔËĔČĔĴĴÕŁĴËÕčļİĔĴÑÕ|˯"ČŁčÑõ²õĴʞĴÕÑÕÑõ˲ČÃĴŁĭÕݲÎÈĔÑÕÑÕĴ²ţĔĴļÕËčĔ-
lógicos do setor. No entanto, outras continuaram a realizar suas pesquisas e inovações no
exterior porque a PCL não contemplou nenhum estímulo à realização de inovação no país.
ţČÑÕčÈĔĭÕİÑÕİČÕİ˲ÑĔÊݲĴõĆÕõİĔĭ²İ²ĴŁ²ĴËĔčËĔİİÕčļÕĴā³õčĴļ²Ć²Ñ²Ĵ²įŁõʞ
ÑõŕÕİĴ²ĴČŁĆļõč²ËõĔč²õĴËĔčĴļİŁ÷ݲČê³Êİõ˲ĴčĔݲĴõĆĭ²İ²ĔêÕİÕËÕİÊÕčĴËĔČËĔčļÕłÑĔ
local. Entretanto, muitos planos de negócios dessas empresas não consideravam o Brasil
ŁČ²ĭĆ²ļ²êĔİČ²ÑÕÕŗĭĔİļ²ÎÈĔʞČ²ĴĭİÕļÕčÑõ²Č²ĭÕč²Ĵ²ļÕčÑÕݲĔČÕİ˲ÑĔĆĔ˲Ćʣ&Č
alguns casos, quando era considerado um plano de exportação, este era apenas marginal
no plano de negócios, pois a PCL também não contemplou nenhum instrumento de estí-
mulo à exportação.
ÕËÕčļÕČÕčļÕʞŕ³İõĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴčĔĴÕļĔİÑÕ|˯;êĔݲČ˲čËÕĆ²ÑĔĴʞĔŁĭĔĴ-
tergados, no mundo todo e no Brasil, por causa da queda do preço do petróleo a par-
ļõİÑÕČÕ²ÑĔĴÑÕɿɽɾʁʣ\Łõļ²Ĵê³Êİõ˲Ĵţ˲ݲČĔËõĔĴ²ĴÕ²ĴČŁĆļõč²ËõĔč²õĴĭ²ĴĴ²İ²Č
²ĔļõČõş²İĴŁ²ĴĭĆ²čļ²ĴëĆĔʲõĴÕ²êÕËñ²İ²ĆëŁČ²ĴÑÕĆ²ĴÕČŕ³İõ²Ĵĭ²İļÕĴÑĔëĆĔÊĔʞ
inclusive no Brasil.
ļŁ²ĆČÕčļÕʞËĔČ²ŤÕŗõÊõĆõş²ÎÈĔѲ|VÕ²İÕčĔŕ²ÎÈĔÑĔÕĭÕļİĔ20 até 2040, existe
²õčѲ²ĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕÑÕ²ĆëŁČ²ĴČŁĆļõč²ËõĔč²õĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲêÕËñ²İÕČĭĆ²čļ²Ĵ
ÕËÕčļİĔĴļÕËčĔĆĕëõËĔĴčĔĭ²÷Ĵĭ²İ²êĔİčÕËÕİĆĔ˲ĆČÕčļÕĭĔİČÕõĔÑÕĴŁ²Ĵê³Êİõ˲ĴčĔ
exterior, mesmo o Brasil sendo o principal mercado mundial para bens e serviços para
produção de petróleo e gás offshore.
|²İ²²˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲč²ËõĔč²Ćʞ²|VÕݲʞÑÕËÕİļ²êĔİČ²ʞŁČËĔčļݲĭÕĴĔ²ĔĴ
ÊÕčÕê÷ËõĔĴÃõČĭĔİļ²ÎÈĔ21ËĔčêÕİõÑĔĴĭÕĆĔÕĭÕļİĔʣ²ĴĔñĔŁŕÕĴĴÕŁČ²İÕ²ÑÕįŁ²ÎÈĔѲ
|VÕĔİÕëõČÕţĴ˲ĆĭİõĔİõş²ĴĴÕ²ÑÕĴĔčÕݲÎÈĔĭ²İ²ĔĴÊÕčĴĭİĔÑŁşõÑĔĴĆĔ˲ĆČÕčļÕʞ
ËĔčêÕİõčÑĔ²ĴĴõČõĴĔčĔČõ²ļİõÊŁļ³İõ²ÕčļİÕĔê²Êİõ˲ÑĔčĔĭ²÷ĴÕĔõČĭĔİļ²ÑĔʞĭĔÑÕİõ²ĴÕİ

20 Regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra
ѲĴā²şõѲĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕÑÕë³Ĵč²ļŁİ²ĆʰÕĭÕļİĔʱʣ
21cŁÃÕŗĭĔİļ²ÎÈĔţËļ²ʞѲįŁ²ĆËĔčĴÕëŁõ²ĴÕÊÕčÕţËõ²İĭ²İļÕѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲĭÕİļÕčËÕčļÕ²ĔĭİõČÕõİĔÕĆĔʣ
70 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

Õŕõļ²Ñ²ŁČ²ĭÕİѲÑÕ˲ĭ²ËõѲÑÕõčĴļ²Ć²Ñ²ʞÕČĭİÕëĔĴÕİÕčѲʞÊÕČËĔČĔĴÕİõ²ê²ŕĔİÕËõÑĔ
o desenvolvimento de novas tecnologias no país sem oneração às operadoras de petróleo.
ĆÖČÑÕļŁÑĔõĴĴĔʞ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴõčĴļ²Ć²Ñ²ĴčĔݲĴõĆļÙČŁČËŁĴļĔÑÕţč²čËõ²ČÕčļĔĴŁĭÕİõĔİ
²ĔÑÕĴŁ²ĴËĔčËĔİİÕčļÕĴčĔÕŗļÕİõĔİʞĔįŁÕĭİÕāŁÑõ˲²ĴŁ²ËĔČĭÕļõļõŕõѲÑÕÕČİÕĆ²ÎÈĔ²ĔĴ
ĭİĔÑŁļĔĴõČĭĔİļ²ÑĔĴʣ|²İ²įŁÕõĴĴĔêĔĴĴÕÕŕõļ²ÑĔʞĴÕİõ²čÕËÕĴĴ³İõĔŁČČÕ˲čõĴČĔÑÕÕįŁ²Ćõ-
ş²ÎÈĔÕčļİÕ²Ĵļ²ŗ²ĴÑÕāŁİĔĴĭݲļõ˲ѲĴõčļÕİč²ÕÕŗļÕİč²ČÕčļÕʞ²ĭĆõ˳ŕÕõĴ²ĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʣ
No Brasil, as operadoras dos campos de petróleo e gás de alta produtividade são obriga-
das, por imposição contratual da ANP, a investir 1% da receita desses campos em pesquisa,
desenvolvimento e inovação (PD&I). A norma da ANP determinava que 50% desses recursos
êĔĴĴÕČõčŕÕĴļõÑĔĴč²ĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴÕĔĴʂɽ˫İÕĴļ²čļÕĴĔêĔĴĴÕČ²ËİõļÖİõĔѲĴËĔčËÕĴĴõĔ-
č³İõ²ĴʞįŁÕČ²āĔİõļ²İõ²ČÕčļÕõčŕÕĴļÕČÑõİÕļ²ČÕčļÕÕČĭİĔāÕļĔĴĭİĕĭİõĔĴʣƒĕč²ĴłĆļõČ²Ĵ
İĔѲѲĴÑÕĆõËõļ²ÎÈĔʞĔÊİõëĔŁʴĴÕįŁÕŁČ²ĭÕįŁÕč²ĭ²İļÕÑÕĴĴÕİÕËŁİĴĔʰɾɽ˫ʱêĔĴĴÕ²ĆĔ˲Ѳ
č²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲʣ|Ĕİļ²čļĔʞ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲţ˲Č
ÃČ²İëÕČčÕĴĴÕČĔÑÕĆĔÑÕõčËÕčļõŕĔÃõčĔŕ²ÎÈĔʣ]²ĭݳļõ˲ʞÕĴĴÕõčËÕčļõŕĔÑõţËõĆČÕčļÕ²Ĵ
²Ć˲čβÑÕêĔİČ²ëÕčÕݲĆõş²Ñ²ʞê²şÕčÑĔËĔČįŁÕčÈĔËĔčĴõë²ČʞĭĔİõĴĴĔʞŕõ²ÊõĆõş²İÊĔčĴ
ĭİĔāÕļĔĴįŁÕÕŕÕčļŁ²ĆČÕčļÕÑÕļÕčñ²ČʣcČĔÑÕĆĔÑÕõčĔŕ²ÎÈĔĴÕİõ²Č²õĴ²ÑÕįŁ²ÑĔĴÕĭİõĔİõ-
ş²ĴĴÕĔĴÊĔčĴĭİĔāÕļĔĴĭ²İ²ĔĴÕļĔİʞõčÑÕĭÕčÑÕčļÕČÕčļÕÑÕĴÕĔİõëõč²İÕČč²ĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴʞ
č²ĴĔĭÕݲÑĔݲĴĔŁč²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲʣ|İÕêÕİÕčËõ²ĆČÕčļÕʞÑÕŕÕİõ²ČĴÕİ
²ĭĔõ²ÑĔĴĔĴĭİĔāÕļĔĴįŁÕÕčŕĔĆŕÕĴĴÕČËĔčËĔČõļ²čļÕČÕčļÕÕĴĴÕĴļİÙĴËĔčāŁčļĔĴÑÕ²ļĔİÕĴʣ

Ações potencializadoras

Política de conteúdo local (PCL)


As políticas de conteúdo local, ou conteúdo nacional, são instrumentos utilizados à
Õŗ²ŁĴļÈĔĭĔİÑõŕÕİĴĔĴĭ²÷ĴÕĴįŁÕÊŁĴ˲ČĴÕÑÕĴÕčŕĔĆŕÕİʞĭİÕŕ²ĆÕËÕčÑĔ²õčѲñĔāÕ²ļÖčĔĴ
Ëñ²Č²ÑĔĴĭ²÷ĴÕĴÑÕĴÕčŕĔĆŕõÑĔĴʞÑÕêĔİČ²ÕŗĭĆ÷Ëõļ²ĔŁõČĭĆ÷Ëõļ²ʣ22 Sabe-se que os países que
ÕČĭİÕë²İ²ČĭĔĆ÷ļõ˲ĴÑÕËĔčļÕłÑĔĆĔ˲ĆčĔ»ČÊõļĔÑÕĴŁ²ĭĔĆ÷ļõ˲õčÑŁĴļİõ²ĆÑõĴĭīÕČÑÕ
²ČĭĆ²ë²Č²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴĆĔ˲õĴÕÑÕČ²õĔİč÷ŕÕĆÑÕõčÑŁĴļİõ²Ćõş²ÎÈĔʣĆÖČÑõĴĴĔʞĔĭÕİţĆ
ѲĴļİĔ˲ĴËĔČÕİËõ²õĴčĔČÕİ˲ÑĔõčļÕİč²ËõĔč²ĆÖČ²õĴê²ŕĔݳŕÕĆ²ĔĴĭ²÷ĴÕĴõčÑŁĴļİõ²Ćõş²ÑĔĴʞ
ŁČ²ŕÕşįŁÕʞčĔİČ²ĆČÕčļÕʞĴŁ²ĴõčÑłĴļİõ²ĴĴÕõčĴÕİÕČč²Ĵ˲ÑÕõ²ĴÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔëĆĔʲĆ
com uma pauta de exportação rica em conteúdo tecnológico e alto valor agregado. Isso lhes
ËĔčêÕİÕČ²õĔİİĔÊŁĴļÕşÕËĔčėČõ˲įŁ²čÑĔËĔČĭ²İ²ÑĔĴÃįŁÕĆÕĴįŁÕļÙČč²ĴÕŗĭĔİļ²ÎīÕĴ
de produtos básicos e commodities sua principal troca comercial externa.
ÕĴĴÕİÕĴĭÕõļĔʞ²ÕŗĭÕİõÙčËõ²Ѳ]ĔİŁÕë²č²õčÑłĴļİõ²ÑÕĭÕļİĕĆÕĔÖĭ²İ²ÑõëČ³ļõ˲ʣĔČ
as descobertas das reservas no Mar do Norte nos anos 1960, a Noruega soube implantar e

22 Por exemplo, nos Estados Unidos, o American Recovery and Reinvestment Act, de 2009, incluía uma medida conhe-
cida como Buy American.
PETRÓLEO E GÁS 71

manter, até o início dos anos 1990,23 uma PCL24 para o desenvolvimento de sua indústria,
um esforço superior à exploração pura e simples das jazidas descobertasʣ]Ĕ»ČÊõļĔÑÕĴĴ²
ĭĔĆ÷ļõ˲ʞêĔݲČËİõ²Ñ²ĴĴŁ²ÕČĭİÕĴ²ÕĴļ²ļ²ĆÑÕĭÕļİĕĆÕĔʳƒļ²ļĔõĆʳÕŁČ²ŕ²Ĵļ²ë²Č²ÑÕêĔİ-
čÕËÕÑĔİÕĴѲõčÑłĴļİõ²ĭÕļİĔĆ÷êÕݲįŁÕñĔāÕļÕČĭİÕĴÕčβÑÕÑÕĴļ²įŁÕčĔČŁčÑĔʞõčËĆŁĴõŕÕ
čĔݲĴõĆʣÕİļ²ČÕčļÕʞļ²ĆĭĔĆ÷ļõ˲ļÕŕÕĴŁ²õČĭĔİļ»čËõ²čĔ²ļŁ²ĆįŁ²ÑİĔÑÕÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔ
Ѳ]ĔİŁÕë²ʞįŁÕ²ĭİÕĴÕčļ²ĔČ²õĔİ÷čÑõËÕÑÕÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔñŁČ²čĔʰE"Aʱ25 mundial.
"õêÕİÕčļÕČÕčļÕÑĔįŁÕļ²ĆŕÕşĴÕõČ²ëõčÕʞ²|VčĔİŁÕëŁÕĴ²êĔõČŁõļĔČ²õĴÑõĴËİõ-
ËõĔč³İõ²ÕõčļÕİŕÕčËõĔčõĴļ²ÑĔįŁÕ²ÊݲĴõĆÕõݲʣ]ĔÕčļ²čļĔʞêĔõ²āŁĴļ²Ñ²Õ²ĭİõČĔݲѲ
ËĔčļõčŁ²ČÕčļÕËĔčêĔİČÕ²ĴčÕËÕĴĴõѲÑÕĴÕĴļݲļÖëõ˲ĴĴÕ²ĭİÕĴÕčļ²ŕ²ČÃįŁÕĆÕĭ²÷Ĵʣ
Č²ÑõİÕļİõşËĆ²İ²ÕËÕčļݲĆêĔõĭİõĔİõş²İĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔõčÑŁĴļİõ²ĆʞÕČŕÕşÑÕ²ËÕ-
ĆÕݲİݲĭõѲČÕčļÕ²ËŁİŕ²ÑÕĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞÑõêÕİÕčļÕѲ²ÊĔİѲëÕČĴÕëŁõѲ
pelo Reino Unido na exploração de sua contraparte no Mar do Norte. No início do
desenvolvimento dos campos de petróleo do Mar do Norte, os campos noruegueses
tinham custos mais elevados do que seus equivalentes no Reino Unido. Com o processo
de desenvolvimento tecnológico, viabilizado pela PCL norueguesa, essa desvantagem
ÑÕËŁĴļĔĴêĔõİÕŕÕİļõѲ²ĔĆĔčëĔÑĔļÕČĭĔʣ
ĔČÕĴĴÕÕĴêĔİÎĔʞ²]ĔİŁÕë²ËĔčĴÕëŁõŁļݲčĴÊĔİѲİĔËĔčñÕËõČÕčļĔļÕËčĔĆĕëõËĔ
adquirido no setor do petróleo para outras atividades econômicas e outros segmentos in-
ÑŁĴļİõ²õĴʞËĔČĔÑÕêÕĴ²ÕĴ²łÑÕʣĔČļĔѲ²ÕŗļÕİč²ĆõѲÑÕįŁÕËĔčĴÕëŁõŁÑÕĴÕčŕĔĆŕÕİʞñĔāÕʞ
em um momento em que suas reservas tendem à exaustão, a Noruega se posiciona como
ŁČ²č²ÎÈĔİõ˲ÕõčÑŁĴļİõ²Ćõş²Ñ²ʞËĔČČÕčĔİÑÕĭÕčÑÙčËõ²ÑĔĭÕļİĕĆÕĔËĔČĔcommodity
para garantir a elevada qualidade de vida e bem-estar que viabilizou à sua população.
Por outro lado, a Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, tem
produto interno bruto (PIB) per capita 3,5 vezes menor do que o da Noruega e se en-
contra em 39º lugar no rankingëĆĔʲĆÑÕE"Aʣ]ÕĴĴÕįŁÕĴõļĔʞĔݲĴõĆĴÕÕčËĔčļݲÕČ
ʄʆŦĆŁë²İʣcĴëݳţËĔĴ²ĴÕëŁõİĭÕİČõļÕČįŁÕĴÕĔÊĴÕİŕÕ²ÕŕĔĆŁÎÈĔÑĔ|Eper capita
ÑÕ²ĆëŁčĴĭ²÷ĴÕĴËŁā²êĔčļÕĭİõčËõĭ²ĆÑÕİõįŁÕş²ĴÈĔ²ÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕ²ÕŗĭĔİļ²ÎÈĔÑÕ
ĭÕļİĕĆÕĔʞËĔčêİĔčļ²Ñ²ËĔČ²įŁÕĆÕĴĭ²÷ĴÕĴËŁāĔêĔËĔêĔõĴÕŁÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔõčÑŁĴļİõ²Ćʣ
Alguns, como a industrializada Coreia do Sul, sequer possuem reservas de petróleo.
Chama a atenção o descolamento entre o PIB per capita da Noruega e dos demais. Não
soaria exagerado admitir que o verdadeiro valor econômico que se pode obter com
o petróleo não está em sua exploração e produção per se mas no desenvolvimento da
indústria de bens e serviços tecnológicos e todas as externalidades que permitem a

23 Nos anos 1970, o índice de CL atingido pela indústria de exploração e produção de petróleo na Noruega era de 30%.
Na década de 1980, esse índice atingiu os 70% (RYGGVIK, 2014). Os procedimentos de medição e cômputo dos índices
ÑÕVčĔİŁÕëŁÙĴčÈĔĴÈĔʞčÕËÕĴĴ²İõ²ČÕčļÕʞÕįŁõŕ²ĆÕčļÕĴ²ĔĴÊݲĴõĆÕõİĔĴʣ
24ƒĔČÕčļÕįŁ²čÑĔĴŁ²õčÑłĴļİõ²ÕĴļ²ŕ²Č²ÑŁİ²ÕÕČĭĔĴõÎÈĔÑÕÑĔČõč»čËõ²ļÕËčĔĆĕëõ˲ÕõčÑŁĴļİõ²ĆʞčĔõč÷ËõĔÑĔĴ
anos 1990, a Noruega abandonou as políticas que viabilizaram o seu desenvolvimento.
25 Ranking E"A ;ĆĔʲĆʣ "õĴĭĔč÷ŕÕĆ ÕČʝ ˛ñļļĭʝʩʩŖŖŖʣÊİʣŁčÑĭʣĔİëʩËĔčļÕčļʩÊݲşõĆʩĭļʩñĔČÕʩõÑñɽʩݲčăõčëĴʩõÑñʴëĆĔ-
ʲĆʣñļČĆ˚ʣËÕĴĴĔÕČʝɿɿā²čʣÑÕɿɽɾʅʣ
72 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

sustentabilidade do país no longo prazo. Uma estratégia que parece muito pertinente,
quando se consideram a natureza de recurso não renovável do petróleo e a pressão
ambiental para que a humanidade dependa cada vez menos dele.

Gráfico 1 | PIB per capita (US$ corrente)


120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

2008
2002

2005
1960

1990
1966

1969

1996

1999
1984

2014
1963

1993
1978

1987
1972

1975

1981

2011
Noruega Arábia Saudita Reino Unido
EUA Coreia do Sul

Fonte: Elaboração própria, com base em dados de The World Bank [2018] e BP (2017).

Gráfico 2 | Produção de petróleo per capita

1,4

1,2

0,8

0,6

0,4

0,2

0
2009
2005
2003

2007
1969

1999
2001
1989
1965

1995
1993
1967

1979

1997
1985
1983

1987

2015
2013
1975
1973

1977

1991
1981

2011
1971

Noruega Arábia Saudita

Fonte: Elaboração própria, com base em dados de The World Bank [2018] e BP (2017).
PETRÓLEO E GÁS 73

Gráfico 3 | Produção de petróleo (milhares b/d)


14.000

12.000

10.000

8.000

6.000

4.000

2.000

0
1960
1962
1964
1966
1968
1970
1972
1974
1976
1978
1980
1982
1984
1986
1988
1990
1992
1994
1996
1998
2000
2002
2004
2006
2008
2010
2012
2014
2016
Noruega Arábia Saudita Reino Unido

Fonte: Elaboração própria, com base em dados de The World Bank [2018] e BP (2017).

Gráfico 4 | PIB per capita Arábia Saudita x preço do petróleo (US$ – moeda corrente)
30.000 120

25.000 100

20.000 80
US$ – PIB per capita

US$ / bbl

15.000 60

10.000 40

5.000 20

0 0
1960
1962

1966
1968
1970
1972

1976
1978
1980
1982

1986
1988
1990
1992

1996
1998
2000
2002

2006
2008
2010
2012

2016
1964

1974

1984

1994

2004

2014

Arábia Saudita Evolução do preço do petróleo

Fonte: Elaboração própria, com base em dados de The World Bank [2018] e BP (2017).
74 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

Nota-se que após os choques do petróleo, na década de 1970, o PIB per capita da Arábia
Saudita superou o da Noruega e de outros países desenvolvidos, como os EUA e o Reino
Unido. Porém, a Arábia Saudita não soube aproveitar a oportunidade para desenvolver sua
ÕËĔčĔČõ²ÑÕêĔİČ²ĴŁĴļÕčļ³ŕÕĆʞĔįŁÕʞ²ĔËĔčļݳİõĔʞ²]ĔİŁÕë²ĴĔŁÊÕê²şÕİČŁõļĔÊÕČĭĔİ
meio da política industrial e de conteúdo local, desenvolvendo uma base industrial volta-
da para o setor de petróleo com o aproveitamento das sinergias entre sua produção e a
ĭİĔÑŁÎÈĔÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴʣČ²ÑÖ˲ѲÃêİÕčļÕʞĔ|Eper capita da Arábia Saudita caiu
drasticamente,26ÕčįŁ²čļĔĔѲ]ĔİŁÕë²ËİÕĴËÕÑÕêĔİČ²ĴŁĴļÕčļ³ŕÕĆ²ļÖĔĴÑõ²Ĵ²ļŁ²õĴʣ
]ĔİŁÕë²ļĔİčĔŁʴĴÕŁČĭ²÷ĴÑÕÑÕĴļ²įŁÕÕİÕêÕİÙčËõ²ʞčÈĔĴĔČÕčļÕčĔĴÕļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞ
sendo um dos países mais ricos do mundo em renda per capita. Atualmente, a produção de
petróleo per capita dos dois países é equivalente e, além disso, a Noruega detém tecnologias
de ponta aplicadas ao setor de petróleo e gás que transbordaram para outros setores de sua
ÕËĔčĔČõ²ʣĔčĴĔĆõÑĔŁŁČ²ʲĴÕõčÑŁĴļİõ²ĆÕĴŁ²ĴÕČĭİÕĴ²Ĵ²ļŁ²ČÑÕêĔİČ²ËĔČĭÕļõļõŕ²²Ĕ
redor do globo.
O PIB per capita da Arábia Saudita é bastante volátil,27êĔİļÕČÕčļÕÑÕĭÕčÑÕčļÕѲ
produção do petróleo e do preço de sua comercialização, ao passo que o PIB da Noruega
ļÕČŁČ²ļݲāÕļĕİõ²²ĴËÕčÑÕčļÕĴÕČëݲčÑÕĴĔĴËõĆ²ÎīÕĴĭĔİÑÖ˲ѲĴʞ28ËĔčêÕİõčÑĔëݲčÑÕ
segurança para o país, independentemente das variações do preço do petróleo e mesmo do
acentuado decréscimo de sua produção per capita, a partir dos anos 2000. A PCL noruegue-
Ĵ²ʞÖčÕËÕĴĴ³İõĔÑÕĴļ²Ë²İʞêĔõŁČËĔČĭĔčÕčļÕõČĭĔİļ²čļÕčĔ»ČÊõļĔČ²õĔİÑÕĴŁ²ĭĔĆ÷ļõ˲
industrial, mas a Noruega utilizou também outros instrumentos complementares, como
²ĴŁÊŕÕčÎÈĔÕËĔčėČõ˲ĭ²İ²ĭİĔČĔŕÕİõčĔŕ²ÎīÕĴÕ²õčĴļõļŁõÎÈĔÑÕŁČêŁčÑĔĴĔÊÕݲčĔʣ
]ĔݲĴõĆʞĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ñ³²čĔĴÖĔ˲İİĔʴËñÕêÕÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĭİĔÑŁļõŕĔĴʣc
país é também o principal mercado mundial de bens e serviços para produção de petróleo
offshore. Logo, uma PCL para P&G adequada tem potencial de produzir externalidades
ČŁõļĔĴõëčõţ˲ļõŕ²Ĵĭ²İ²ļĔѲ²č²ÎÈĔʣ&ĴļŁÑĔÑĔEčĴļõļŁļĔݲĴõĆÕõİĔÑÕ|ÕļİĕĆÕĔʰV\&E-
DA; LOSEKANN; VITTO, 2016) indica que uma variação de 5% nos índices de CL no setor
de P&G29 seria capaz de gerar 37 mil empregos adicionais e US$ 834 milhões de renda.
A atual discussão em torno da PCL no Brasil remete ao debate que passou a existir
após a Lei do Petróleo e a quebra de monopólio da Petrobras, com as rodadas de licitações
de áreas de exploração e produção a partir de 1998. Até a sétima rodada de licitações, em

26 Por causa da queda do preço do petróleo e da redução de sua produção.


27 O PIB per capitaѲݳÊõ²ƒ²ŁÑõļ²²ËĔČĭ²čñ²²ĭİĕĭİõ²ŕĔĆ²ļõĆõѲÑÕÑĔĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʞĔįŁÕčÈĔĴÕŕÕİõţ˲čĔ
caso da Noruega e dos países desenvolvidos industrializados, como EUA, Inglaterra e Coreia do Sul. Após 2014, seu PIB
per capita só não caiu mais acentuadamente – de US$ 24 mil para US$ 20 mil – porque a Arábia Saudita aumentou o
ŕĔĆŁČÕĭİĔÑŁşõÑĔʞËĔČĭÕčĴ²čÑĔĔÕêÕõļĔѲʲõŗ²čĔĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔÕČĴŁ²ĴİÕËÕõļ²Ĵʣ
28 Nos últimos quarenta anos, o único momento em que se observou uma queda mais acentuada no PIB per capita
Ѳ]ĔİŁÕë²êĔõİÕËÕčļÕČÕčļÕʞįŁ²čÑĔ˲õŁÑՐƒˇʆʄČõĆĭ²İ²ƒˇʄʂČõĆʞČ²čļÕčÑĔʴĴÕ²õčѲËĔČĔŁČÑĔĴČ²õĔİÕĴ
do mundo.
29ƒ²õčÑĔÑÕŁČ²ʲĴÕÑÕʂʅ˫ĭ²İ²ʃʀ˫ÑÕËĔčļÕłÑĔĆĔ˲ĆÕİÕêÕİÕčļÕ²õčŕÕĴļõČÕčļĔÑՐƒˇɿɽʞʂÊõĆñīÕĴÕČ&˯|ʣ
PETRÓLEO E GÁS 75

ɿɽɽʂʞ²ÕŗõëÙčËõ²ÑÕVčĔĴĆÕõĆīÕĴĴÕѲŕ²ÑÕêĔİČ²²ŁļĔÑÕËĆ²İ²ļĕİõ²ĭÕĆ²ĴĔĭÕݲÑĔݲĴʞ
ĴÕčÑĔÑÕĆõŕİÕĔêÕİļ²ÕčļİÕ²ĭİõČÕõݲÕ²įŁ²İļ²İĔѲѲʰɾʆʆʆ²ɿɽɽɿʱÕËĔČŁČVČ÷čõČĔ
preestabelecido na quinta e na sexta (2003 e 2004). Além disso, havia muito questionamento
ÕČİÕĆ²ÎÈĔ²ĔČÖļĔÑĔŁļõĆõş²ÑĔĭ²İ²²²êÕİõÎÈĔÑĔV²ļõčëõÑĔʣ
]ÈĔĴÕĔÊĴÕİŕ²İ²ČčĔĭÕİ÷ĔÑĔÕčļİÕ²ĭİõČÕõݲÕ²ĴÕŗļ²İĔѲѲĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴįŁÕĴÕ
esperavam com o emprego de uma PCL. Isso pode ter contribuído para a implantação de
²ÑÕįŁ²ÎīÕĴ²ĭ²İļõİѲĴÖļõČ²İĔѲѲÕČɿɽɽʂʞįŁ²čÑĔñĔŁŕÕŁČ²ČŁÑ²čβĴõëčõţ˲ļõ-
ŕ²č²ĴÕŗõëÙčËõ²ĴÑĔVČ÷čõČĔʣ|²ĴĴĔŁʴĴÕ²ÕŗõëõİČŁõļĔÑÕļ²Ćñ²ČÕčļĔč²ĴČÕÑõÎīÕĴʞ
ĔčÕݲčÑĔļĔÑĔĔĭİĔËÕĴĴĔʞÕ²Õčê²ļõş²İ²ĴČŁĆļ²ĴĭŁčõļõŕ²ĴʞĔįŁÕļ²ČÊÖČčÈĔêĔõÕêÕļõŕĔ
ĭ²İ²²ëÕݲÎÈĔÑĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴÕĴĭÕݲÑĔĴÕļĔİčĔŁ²|VʲĴļ²čļÕËİõļõ˲Ѳʣ&ČɿɽɾʄʞñĔŁŕÕ
nova adaptação com um relaxamento nos índices de CL mínimos exigidos e a eliminação
ѲĆõĴļ²ëÕČ²ÊÕİļ²ÑÕõļÕčĴĴĔʲêÕİõÎÈĔč²ɾʁťÕɾʂťİĔѲѲĴʰĴĔÊĔİÕëõČÕÑÕËĔčËÕĴĴÈĔʱ
ÕļİÙĴÕįŁ²ļİĔʰĴĔÊĔİÕëõČÕÑÕĭ²İļõĆñ²ʱʣ
ĔČĔËõļ²ÑĔʞčĔĴłĆļõČĔĴɾʂ²čĔĴ²|VčĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ÊݲĴõĆÕõİĔêÕşËĔČįŁÕÑõ-
ŕÕİĴ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴČŁĆļõč²ËõĔč²õĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲĴÕõčĴļ²Ć²ĴĴÕČčĔĭ²÷Ĵ30 e outras
expandissem sua capacidade produtiva por aqui, sob o risco de perder o mercado bra-
ĴõĆÕõİĔĭĔİčÈĔ²ĭİÕĴÕčļ²İĔĴ÷čÑõËÕĴÑÕVįŁÕĴŁ²ĴËĔčËĔİİÕčļÕĴĭ²ĴĴ²İ²Č²ĔêÕİÕËÕİʣ
ĔčËĔČõļ²čļÕČÕčļÕʞÑõŕÕİĴ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴÊݲĴõĆÕõݲĴļ²ČÊÖČêĔݲČõčĴļ²Ñ²Ĵ²²ŁČÕčļ²İ
ĴŁ²˲ĭ²ËõѲÑÕê²ÊİõĆÕʩĔŁÑÕĭİÕĴļ²ÎÈĔÑÕĴÕİŕõÎĔĴʣ
'õČĭĔİļ²čļÕİÕËĔčñÕËÕİįŁÕʞ²ĭÕĴ²İÑĔĭĔļÕčËõ²ĆÑÕêĔČÕčļ²İĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔѲ
indústria nacional, a PCL deve estar sempre bem calibrada para viabilizar seu intento de
desenvolver toda uma cadeia produtiva sustentável economicamente e competitiva interna-
ËõĔč²ĆČÕčļÕʣČ²|Vā²Č²õĴĭĔÑÕĴÕËĔčêŁčÑõİËĔČŁČ²İÕĴÕİŕ²ÑÕČÕİ˲ÑĔĭİĔļÕļĔݲѲ
ĭİĔÑŁÎÈĔč²ËõĔč²Ć²įŁ²ĆįŁÕİËŁĴļĔʣ|ÕĆĔËĔčļݳİõĔʞÑÕŕÕČõݲİŁČ²ĭİÕêÕİÙčËõ²ÕĴļݲļÖëõ˲
para a produção local que viabilize o desenvolvimento endógeno da indústria e do setor.
As principais críticas que recaem sobre a utilização de políticas de CL são:

• ĭĔÑÕČõČĭĔݲĆļĔĴËŁĴļĔĴÕËĔčėČõËĔĴÕĭİĔÑŁşõİÕêÕõļĔĴõčËÕİļĔĴÑÕĭİĔļÕËõĔčõĴČĔʨ

• ÖÑÕĴ²ţ²čļÕ˲ĆõÊݲݲļ²ŗ²ÑÕĭİĔļÕÎÈĔÕêÕļõŕ²ĭ²İ²ĔÊļÕİĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴÑÕĴÕā²ÑĔĴʨ

• ²ĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕÑÕõĴĔĆ²ČÕčļĔѲĴÕČĭİÕĴ²Ĵč²ËõĔč²õĴѲËĔčËĔİİÙčËõ²ÕĴļݲč-
geira, retardando a evolução das inovações e da produtividade, resultando,
ËĔČĔËĔčĴÕįŁÙčËõ²ʞÕČČ²õĔİÕĴËŁĴļĔĴʞõčÕţËõÙčËõ²ĴÕʲõŗ²įŁ²ĆõѲÑÕʨ

• sobretudo quando existem poucos atores na indústria local alvo da política,


ĭĔÑÕñ²ŕÕİĴŁĴËÕļõÊõĆõѲÑÕ²Ĕê²ŕĔİõļõĴČĔʨÕ

• ÖËĔČŁČ²ê²Ćñ²ÕČčÈĔÑÕţčõİĭݲşĔĴÕČÕ˲čõĴČĔĴĭ²İ²Ĕ²Ê²čÑĔčĔĔĭĔİļŁ-
no da política.

30 Algumas dessas multinacionais também instalaram centros de pesquisa no Brasil.


76 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

Cumpre reconhecer que, em alguns segmentos, a PCL não criou nada sequer parecido
com reserva de mercado no Brasil, sendo capaz de atrair os principais players do setor
em um ambiente concorrencial. Onde não houve grandes expansões ou modernizações
da capacidade instalada, ou atração de novos playersʞñĔŁŕÕÑõţËŁĆѲÑÕĭ²İ²²ļÕčÑÕİÃ
ÑÕČ²čѲѲĴĔĭÕݲÑĔݲĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʣ]ÕĴĴÕĴ˲ĴĔĴʞĔĴĭİÕÎĔĴÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴţ˲ݲČ
²ËõČ²ѲĴÕŗĭÕËļ²ļõŕ²ĴʣÕŗõĴļÙčËõ²ÑÕêĔËĔÕĴļݲļÖëõËĔč²|VʞÕČŕÕşÑÕÕŗõëõݲê²Êİõ-
cação de dezenas de itens no país, poderia ter evitado isso.
Nos últimos anos, o BNDES vem discutindo e apresentando propostas para aprimora-
mento da PCL para o setor de P&G. Pelo menos duas questões precisam ser solucionadas.
Uma delas é que a PCL para o P&G brasileiro não contempla nenhum estímulo à inovação,
deixando de potencializar investimentos dessa natureza no país. Outra questão é que ela
também deixa de lado instrumentos para estimular a exportação. Sobremaneira, a maioria
dos planos de negócios dos agentes do setor considerava tão somente atender o mercado
ĆĔ˲ĆʞčÈĔĭİĔāÕļ²čÑĔĔݲĴõĆËĔČĔĭĆ²ļ²êĔİČ²ÑÕÕŗĭĔİļ²ÎÈĔʣ
Č²|V²ÑÕįŁ²Ñ²ÑÕŕÕİõ²ļÕİĭĔİČõĴĴÈĔʝÑÕĴÕčŕĔĆŕÕİŁČ²˲ÑÕõ²ÊݲĴõĆÕõݲêĔİčÕ-
cedora de bens, serviços e soluções para a produção de petróleo offshoreʞįŁÕĴÕā²ËĔČ-
petitiva, produtiva, inovadora e exportadora, além de capaz de gerar produtos e serviços
ËĔČËĔčļÕłÑĔÕÕčëÕčñ²İõ²ĆĔ˲ĆʞĔİõëõč²čÑĔÕČĭİÕëĔĴįŁ²Ćõţ˲ÑĔĴčĔĭ²÷Ĵʣ
&ĴĴ²ĭĔĆ÷ļõ˲ÑÕŕÕİõ²ĴÕÕĴļ²ÊÕĆÕËÕİĴĔÊİÕËõčËĔĭõĆ²İÕĴʳĴõËĔĴʞ˲ĭ²şÕĴÑÕê²şÕİËĔČ
įŁÕ²˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÑÕ|˯;čÈĔÑÕĭÕčÑÕĴĴÕĴĔČÕčļÕÑĔČÕİ˲ÑĔõčļÕİčĔÊݲĴõĆÕõİĔ
no médio e no longo prazos. Seriam eles:

• competitividade;

• produtividade;

• êĔËĔč²õčĔŕ²ÎÈĔʨ

• viés exportador; e

• ëÕݲÎÈĔÑÕÕČĭİÕëĔĴËĔČ²ĆļĔč÷ŕÕĆÑÕįŁ²Ćõţ˲ÎÈĔčĔĭ²÷Ĵʣ

Durante a vigência da PCL, devem ser cobradas contrapartidas da indústria que


SHUPLWDPDYHULāFD¨¤RGHTXHHVVHVFLQFRSLODUHVE¢VLFRVHVWHMDPVHQGRDWLQJLGRV
paulatinamente. É necessário que sejam estabelecidos foco e objetivo claros, priori-
zando o incentivo à produção dos bens e serviços com interesse estratégico para o
paísʣëݲčÑÕËİ÷ļõ˲įŁÕİÕ˲÷²ĴĔÊİÕ²|VõČĭĆ²čļ²Ñ²²ĭ²İļõİÑÕɿɽɽʂÕݲ²ê²Ćļ²ÑÕ
êĔËĔʞĭĔõĴĴÕʲĴÕ²ŕ²ÕČŁČ²ĆõĴļ²ÑÕļ²Ćñ²Ñ²ËĔČČ²õĴÑÕĴÕļÕčļ²õļÕčĴʣÑÕţčõÎÈĔÑÕ
ŁČêĔËĔÕĴļݲļÖëõËĔÑÕŕÕİÕÑŁčѲİč²ÕĴËĔĆñ²ÑÕ²ĆëŁčĴõļÕčĴÑÕ²ĆļĔËĔčļÕłÑĔļÕËčĔ-
lógico e alto valor agregado, com possibilidade de transbordo para aplicações em outros
ĴÕëČÕčļĔĴѲÕËĔčĔČõ²ʞê²ŕĔİÕËÕčÑĔŁČÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔĴŁĴļÕčļ³ŕÕĆѲõčÑłĴļİõ²
ao longo do tempo.
PETRÓLEO E GÁS 77

Outro ponto é que, aproveitando a grande atratividade de que dispõe o pré-sal brasi-
ĆÕõİĔĭÕݲčļÕļĔѲĴ²ĴêİĔčļÕõݲĴÕŗĭĆĔݲļĕİõ²Ĵ²ļŁ²ĆČÕčļÕÑõĴĭĔč÷ŕÕõĴčĔČŁčÑĔʞĔݲĴõĆ
poderá se tornar o maior produtor de petróleo offshore. Para tanto, a PCL deve utilizar-se
da presença de operadoras estrangeiras como uma oportunidade para promover o Brasil
ËĔČĔŁČĭĔĆĔÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔëĆĔʲĆĭ²İ²ÕĴĴ²ĴÕČĭİÕĴ²Ĵʣ
Em resumo: a PCL deve ser aprimorada com o objetivo de maximizar os benefícios
da atividade de P&G do país, compondo uma política industrial integrada para o setor,
de forma que os benefícios sejam distribuídos por toda a sociedade. Tal política haveria
de balancear a possibilidade de ganhos econômicos entre todas as partes envolvidas:
ĭÕļİĔĆÕõݲĴʞÕČĭİÕĴ²ĴêĔİčÕËÕÑĔݲĴÕļĔÑĔĴĔĴĴÕëČÕčļĔĴѲĴĔËõÕѲÑÕʣ]ÈĔĴÕݳÊÕČ-
ʴĴŁËÕÑõѲŁČ²|VįŁÕÊÕčÕţËõÕŁČ²ѲĴĭ²İļÕĴÕČÑÕļİõČÕčļĔѲĴĔŁļݲĴʞČ²ĴʞĴõČʞ
uma que consiga viabilizar os ganhos econômicos adequados à atividade exploratória, à
atividade industrial relacionada, à sustentabilidade dos investimentos no longo prazo.
|VÑÕŕÕİõ²ĔêÕİÕËÕİÕĴļ÷ČŁĆĔĴʞËİõ²čÑĔŁČ²ČÊõÕčļÕê²ŕĔݳŕÕĆòļݲÎÈĔÑÕõčŕÕĴļõ-
ČÕčļĔĴʣĔ˲ÊĔʞŁČ²|VÑÕŕÕİõ²ļÕİËĔČĔĔÊāÕļõŕĔČ²õĔİļĔİč²İĔݲĴõĆŁČËÕčļİĔÑÕ
İÕêÕİÙčËõ²ÕČ|˯;offshore e um polo de exportação para determinados componentes
ÕĴļݲļÖëõËĔĴʞčĔĴõčĴÕİõčÑĔč²˲ÑÕõ²ëĆĔʲĆÑÕêĔİčÕËõČÕčļĔʣ

Regime aduaneiro especial, royalties e participação especial


&ČŁČËĔčļÕŗļĔÑÕ²ÊÕİļŁİ²ÑĔĴÕļĔİÑÕ|˯;č²ËõĔč²ĆʞËĔČĔĔÊāÕļõŕĔÑÕ²ļݲõİÕČ-
ĭİÕĴ²ĴÕĴļݲčëÕõݲĴĭ²İ²Ĕĭ²÷ĴʞêĔõËİõ²ÑĔÕČɾʆʆʆʞ²čĔѲĭİõČÕõݲİĔѲѲÑÕĆõËõļ²ÎÈĔ
de campos exploratórios pela ANP, um regime aduaneiro especial para as atividades de
exploração e produção no país, suspendendo impostos de importação e demais impos-
ļĔĴêÕÑÕݲõĴč²²ÑČõĴĴÈĔļÕČĭĔݳİõ²ÑÕįŁ²ĆįŁÕİÊÕČĭ²İ²ÕĴĴ²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴʳÕĭÕļİĔʣ31
ĔĆĔčëĔÑĔĴ²čĔĴʞČŁõļ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÊݲĴõĆÕõݲĭÕİËÕÊÕݲČįŁÕĔ
ÕĭÕļİĔţËĔŁĆõČõļ²ÑĔ²²ĆëŁčĴÕĆĔĴʞÊÕčÕţËõ²čÑĔÑõİÕļ²ČÕčļÕ²ĴĔĭÕݲÑĔݲĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔʞĭĔİ
isentá-las do recolhimento de uma série de impostos. Além das operadoras, algumas empresas
ÑĔĭİõČÕõİĔÕĆĔѲ˲ÑÕõ²ļ²ČÊÖČêĔݲČÊÕčÕţËõ³İõ²ĴÑÕĴĴÕİÕëõČÕÕĴĭÕËõ²ĆʞĭĔõĴĭĔÑõ²Č
ŁļõĆõş²İ²ţëŁİ²ѲÕŗĭĔİļ²ÎÈĔţËļ²²ĴĴĔËõ²Ñ²²Ĕdrawback.32 As demais empresas em elos
Č²õĴÑõĴļ²čļÕĴʞčÈĔ²Ć˲čβѲĴĭÕĆĔÕĭÕļİĔʞ²Ë²Ê²İ²ČÕčêİÕčļ²čÑĔČ²õĔİÕĴËŁĴļĔĴʞŁČ²ŕÕş
įŁÕļõčñ²ČÑÕİÕËĔĆñÕİĔĴļİõÊŁļĔĴõčļÕİčĔĴêÕÑÕݲõĴÕÕĴļ²ÑŁ²õĴʞĔįŁÕÕĆÕŕ²ŕ²ĔĭİÕÎĔţč²Ć
de seus produtos e causava a perda de sua competitividade em relação ao importado isento.

31 O regime aduaneiro especial de exportação e de importação de bens destinados às atividades de pesquisa e de lavra
ѲĴā²şõѲĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕÑÕë³Ĵč²ļŁİ²ĆʰÕĭÕļİĔʱêĔõõčĴļõļŁ÷ÑĔÕČɿÑÕĴÕļÕČÊİĔÑÕɾʆʆʆĭÕĆĔ"ÕËİÕļĔʀʣɾʃɾʞįŁÕÕĴļ²-
ÊÕĆÕËõ²ĴŁ²ŕõëÙčËõ²²ļÖʀɾÑÕÑÕşÕČÊİĔÑÕɿɽɽʂʣ]Ĕ²čĔÑÕɿɽɽɾʞ²ŕõëÙčËõ²êĔõ²ĆļÕݲѲĭ²İ²ʀɾÑÕÑÕşÕČÊİĔÑÕɿɽɽʄ
ÕʞĭĔİţČʞÕČɿɽɽʁʞĔİÕëõČÕÕĴĭÕËõ²ĆļÕŕÕĴŁ²ŕõëÙčËõ²čĔŕ²ČÕčļÕĭİĔİİĔë²Ñ²²ļÖʀɾÑÕÑÕşÕČÊİĔÑÕɿɽɿɽʣÕËÕčļÕ-
ČÕčļÕʞčĔŕ²ĭİĔİİĔë²ÎÈĔÕĴļÕčÑÕŁ²ŕõëÙčËõ²ĭ²İ²²ļÖɿɽʁɽʞËĔČČĔÑõţ˲ÎīÕĴÕČİÕĆ²ÎÈĔÃŕÕİĴÈĔ²čļÕİõĔİʳĴŁ²čĔŕ²
êĔİČ²ÕĭÕļİĔʴƒĭÕÑʣÕŗļÕčĴÈĔÑĔÕĭÕļİĔ²ļÖɿɽʁɽêĔõËİõļõ˲ѲĭĔݲČÊõÕčļ²ĆõĴļ²ĴĭĔİÕĴļ²İËĔčËÕÑÕčÑĔëݲčÑÕĴ
ĴŁÊĴ÷ÑõĔĴ²ŁČ²êĔčļÕÑÕÕčÕİëõ²ÕČõĴĴĔݲÑÕc2.
32 O drawback permite a importação de insumos sem o recolhimento de determinados impostos para a produção de
bens a serem posteriormente exportados.
78 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

cİÕëõČÕÕĴĭÕËõ²ĆÑÕŕÕİõ²ĭİõČÕõݲČÕčļÕë²İ²čļõݲÑÕĴĔčÕݲÎÈĔţĴ˲Ć²ĔĴÊÕčĴĭİĔ-
duzidos (ou serviços prestados) localmente. Somente quando necessário, pela ótica de
viabilização de investimentos, os bens importados poderiam ser alcançados pela isenção.
ĔčļŁÑĔʞĔêŁčѲČÕčļ²ĆÕČįŁ²ĆįŁÕİËÕč³İõĔÖĔÕĴļ²ÊÕĆÕËõČÕčļĔÑÕŁČİÕëõČÕįŁÕ
ë²İ²čļ²²õĴĔčĔČõ²ļİõÊŁļ³İõ²ʣ]Ĕ˲ĴĔѲõĴÕčÎÈĔţĴ˲Ćč²õČĭĔİļ²ÎÈĔÑÕ²ĆëŁČÊÕČʞĔ
ËĔčËĔİİÕčļÕč²ËõĔč²Ćļ²ČÊÖČÑÕŕÕİõ²ļÕݲĆëŁČ²õĴÕčÎÈĔţĴ˲ĆÕįŁõŕ²ĆÕčļÕʣ
]²čĔŕ²ŕÕİĴÈĔÑĔÕĭÕļİĔʞČÕĴČĔįŁÕĔ;ĔŕÕİčĔ:ÕÑÕݲĆÕĴļÕčѲ²ÑÕĴĔčÕݲÎÈĔţĴ˲Ć
ÑĔĴõČĭĔĴļĔĴêÕÑÕݲõĴĭ²İ²²ĴÕČĭİÕĴ²ĴÑĔĴÑõŕÕİĴĔĴÕĆĔĴõčĴļ²Ć²Ñ²ĴčĔĭ²÷Ĵʞ²²ĴĴõČÕļİõ²
tributária poderá continuar existindo por causa do Imposto sobre Circulação de Mercado-
İõ²ĴÕƒÕİŕõÎĔĴʰE\ƒʱʞËŁā²ËĔČĭÕļÙčËõ²ÖÕĴļ²ÑŁ²ĆʞİÕįŁÕİÕčÑĔįŁÕĔĴëĔŕÕİčĔĴÕĴļ²ÑŁ²õĴ
reconheçam o Repetro em sua plenitude,33ĔįŁÕİÕÑŁşõİõ²²²ĴĴõČÕļİõ²Ĵõëčõţ˲ļõŕ²ČÕčļÕʣ
O Repetro contribuiu para desonerar investimentos no setor de P&G no Brasil, quan-
do, na época de sua criação, a perspectiva de exploração e produção de óleo e gás no país
čÈĔÕݲļÈĔĭİĔČõĴĴĔݲʞĭĔõĴĔĭİÕÎĔÑĔʲİİõĆÑÕĭÕļİĕĆÕĔĔĴËõĆ²ŕ²č²ê²õŗ²ÑՐƒˇɾʅÕ²Ĵ
reservas brasileiras consistiam em campos de petróleo pesado, em mar, com alto custo de
extração. Durante a década de 2000, o preço do petróleo passou a um patamar superior
a US$ 100 o barril e as reservas do pré-sal revelaram um óleo leve de melhor qualidade.
Quando o preço do petróleo disparou, entretanto, não havia mais a necessidade de man-
ļÕİļ²ĆİÕčłčËõ²ţĴ˲ĆÕČĴŁ²ĭĆÕčõļŁÑÕʞĭĔõĴļĔÑĔĴĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕݲČÕŗļİÕČ²ČÕčļÕ
viáveis com o preço do petróleo em patamares recordes.34 Somente com a recente queda
ÑĔĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʞĔĴõčËÕčļõŕĔĴţĴ˲õĴÃĴĔĭÕݲÑĔݲĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔŕĔĆļ²Č²ļÕİĴÕčļõÑĔʞ
ĭ²ĴĴ²čÑĔčĔŕ²ČÕčļÕ²ĴÕİŁČËĔČĭĔčÕčļÕŕõ²ÊõĆõş²ÑĔİÑÕčĔŕĔĴĭİĔāÕļĔĴÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʣ
"²Ñ²ÕĴĴ²Ñõč»Čõ˲ÑĔĴÕļĔİʞĴÕİõ²²ÑÕįŁ²ÑĔ²ÑĔļ²İŁČČÕ˲čõĴČĔÑÕËĔČĭ²İļõ-
lhamento de risco para manter a viabilidade do investimento em qualquer cenário do
preço de petróleo.35²ÑĔÎÈĔÑÕŁČİÕëõČÕÕĴĭÕËõ²ĆÕĴŁ²ĴËĔčĴÕįŁÕčļÕĴõĴÕčÎīÕĴţĴ˲õĴ
ÑÕŕÕİõ²ČĴÕѲİÕČêŁčÎÈĔÑĔč÷ŕÕĆÑÕĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʣ~Ł²čÑĔĔĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔ
ÕĴļõŕÕݲʲõŗĔÑÕŁČĭ²ļ²Č²İįŁÕõčŕõ²ÊõĆõşÕčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʞĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴʞĔŁİÕ-
čłčËõ²ĴţĴ˲õĴʞÑÕŕÕİõ²ČĴÕİČ²õĔİÕĴʣ]Ĕ˲ĴĔÑÕĭİÕÎĔĴÕĆÕŕ²ÑĔĴʞĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴţĴ˲õĴ
ÑÕŕÕİõ²ČĴÕİČÕčĔİÕĴĔŁõčÕŗõĴļÕčļÕĴʣĴĴõČʞ²ÕêÕļõŕõѲÑÕÕ²Õţ˳Ëõ²ÑĔĴÊÕčÕê÷ËõĔĴѲ
İÕčłčËõ²ţĴ˲ĆĭĔİĭ²İļÕÑĔëĔŕÕİčĔĴÕİõ²ČĔļõČõş²Ñ²ĴʞĭĔõĴčÈĔĴÕİõ²ËĔčËÕÑõѲİÕčłčËõ²
ţĴ˲ĆĴÕČčÕËÕĴĴõѲÑÕÕČÖĭĔ˲ĴÑÕĭİÕÎĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔ²ĆļĔʞČ²ĴʞįŁ²čÑĔčÕËÕĴĴ³İõĔʞ
em momentos de preço do petróleo baixo. Raciocínio análogo poderia ser válido para
as alíquotas de royaltiesÕĭ²İļõËõĭ²ÎÈĔÕĴĭÕËõ²ĆʞĔŁĴÕā²ʞĭİÕÎĔĴ²ĆļĔĴʞ²Ć÷įŁĔļ²ĴČ²õĔİÕĴʨ

33&ČÊĔݲĔĔčĴÕĆñĔ]²ËõĔč²ĆÑÕ|ĔĆ÷ļõ˲:²şÕčѳİõ²ʰĔčê²şʱİÕËĔčñÕβĔÕĭÕļİĔʞč²ĭݳļõ˲ʞÑõŕÕİĴ²Ĵê²şÕčѲĴÕĴ-
ļ²ÑŁ²õĴčÈĔë²İ²čļõ²ČĴÕŁÕêÕõļĔÕČĭĆÕčõļŁÑÕʣ
34cÕĭÕļİĔêĔõĔİÕëõČÕįŁÕČ²õĴËĔčËÕÑÕŁİÕčłčËõ²ţĴ˲ĆÕčļİÕĔĴ²čĔĴÑÕɿɽɽʂÕɿɽɾʂʣ:ĔõİÕĴĭĔčĴ³ŕÕĆĭĔİɿʀʞʃɾ˫
ѲĴİÕčłčËõ²ĴţĴ˲õĴêÕÑÕݲõĴč²įŁÕĆÕĭÕİ÷ĔÑĔʞĴÕëŁõÑĔĭÕĆ²®Ĕč²:ݲč˲ÑÕ\²č²ŁĴʞËĔČɾʄʞʂʅ˫ʣ
35 Esse mecanismo reduziria a incerteza para o investidor e para o agente arrecadador, pois tenderia a manter um valor
presente esperado neutro (ponderado pela probabilidade de cada cenário).
PETRÓLEO E GÁS 79

preços baixos, alíquotas menores. Do ponto de vista do investidor, o valor esperado a ser
arrecadado tenderia a ser neutro, eliminando uma incerteza no estudo de viabilidade
econômica de um novo investimento.

Depreciação acelerada
Outra medida que poderia viabilizar diversos investimentos e aumentar a competitivi-
dade das empresas instaladas no país seria a adoção da depreciação acelerada para novos
investimentos em todo o setor.36 O principal modelo de decisão de investimento adotado
ĭÕĆ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴÖĔŤŁŗĔÑÕ˲õŗ²ÑÕĴËĔčļ²ÑĔʞÕČįŁÕĔĴŤŁŗĔĴÑÕ˲õŗ²ÑĔĴĭİõČÕõİĔĴ
²čĔĴļÙČČ²õĔİŕ²ĆĔİʰČ²õĔİĭÕĴĔʱÑĔįŁÕĔĴŤŁŗĔĴÑÕ˲õŗ²ÑĔĴłĆļõČĔĴ²čĔĴʰČÕčĔİĭÕĴĔʱʞ
no momento do cálculo do valor presente líquido (VPL) do investimento. A depreciação
²ËÕĆÕݲѲĭÕİČõļõİõ²²ŁČÕčļ²İĔŤŁŗĔÑÕ˲õŗ²ĆõŕİÕčĔĴĭİõČÕõİĔĴ²čĔĴʞįŁ²čÑĔĔĭİĔāÕļĔ
começa a gerar receita e lucro tributável. Quando o período de depreciação acelerada se
ÕĴëĔļ²ʞĔŤŁŗĔÑÕ˲õŗ²ĆõŕİÕļÕčÑÕ²ĴÕİÕÑŁşõİ37 pelo término do abatimento da depre-
Ëõ²ÎÈĔčĔ˳ĆËŁĆĔÑĔEČĭĔĴļĔÑÕÕčѲʣİÕĴŁĆļ²čļÕÑÕĴĴÕĭİĔËÕÑõČÕčļĔê²şËĔČįŁÕʞÑÕ
ČĔÑĔëÕݲĆʞĔ¤|VÑĔõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕā²²ŁČÕčļ²ÑĔʣ~Ł²čÑĔŁČĭİĔāÕļĔ²ĭİÕĴÕčļ²ŁČ¤|V
menor do que zero, a empresa não realiza o investimento. A adoção da depreciação acele-
ݲѲĭÕİČõļõİõ²įŁÕŕ³İõĔĴĭİĔāÕļĔĴÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔįŁÕÕݲČÕËĔčĔČõ˲ČÕčļÕõčŕõ³ŕÕõĴ
(VPL<0) se tornassem viáveis e, portanto, pudessem ser implementados.

Fundo de desenvolvimento para inovação no setor de P&G


As concessionárias de campos de exploração de petróleo e gás de alta produtividade38
no Brasil, que pagam participação especial, devem aplicar 1% da receita bruta desses campos
ÕČĭİĔāÕļĔĴÑÕ|"˯EʣcÊİõë²ÎÈĔÕįŁõŕ²ĆÕčļÕĔËĔİİÕčĔĴËĔčļݲļĔĴĴĔÊİÕëõČÕÑÕĭ²İļõĆñ²ʣ39
Em regra geral, um percentual mínimo de 50% dos recursos é aplicado nas universidades.
ĭ²İļõİѲɾɾťİĔѲѲʞ²ļÖʁɽ˫č²ĭİĕĭİõ²ÕČĭİÕĴ²ÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕčĔČ÷čõČĔɾɽ˫²ĭĆõ˲ÑĔĴ
č²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲʣ40
]ĔêŁļŁİĔʞĭİĔŕ²ŕÕĆČÕčļÕʞ²ĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴÕĔĴËÕčļİĔĴÑÕĭÕĴįŁõĴ²ĴʰõčĴļõļŁõÎīÕĴÑÕ
ËõÙčËõ²ÕļÕËčĔĆĔëõ²ʳE‹ʱčÈĔËĔčĴÕëŁõİÈĔ²ÊĴĔİŕÕİļĔÑĔĔİÕËŁİĴĔĭİÕŕõĴļĔč²ËĆ³ŁĴŁĆ²
ÑÕ|"˯EʞŁČ²ŕÕşįŁÕčÈĔñ³Č²õĴļ²čļĔõčŕÕĴļõČÕčļĔčÕËÕĴĴ³İõĔÕČõčêݲÕĴļİŁļŁİ²ʞËĔČĔ

36 A depreciação acelerada poderia ser adotada para qualquer investimento em qualquer setor.
37 Mantendo tudo o mais constante.
38įŁÕĆÕĴįŁÕļÙČëݲčÑÕŕĔĆŁČÕÑÕĭİĔÑŁÎÈĔʞĔŁëݲčÑÕİÕčļ²ÊõĆõѲÑÕʣ
39 cËĔčļݲļĔÑÕʼËÕĴĴÈĔĔčÕİĔĴ²ʽʞţİČ²ÑĔÕčļİÕ²čõÈĔʞ²|ÕļİĔÊݲĴÕ²]|ʞļ²ČÊÖČÕĴļ²ÊÕĆÕËÕ²ĔÊİõë²ÎÈĔÑÕįŁÕ
ĴÕā²ČİÕ²Ćõş²Ñ²ĴÑÕĴĭÕĴ²ĴÑÕ|"˯EËĔİİÕĴĭĔčÑÕčļÕĴ²ɽʞʂ˫ѲİÕËÕõļ²ÊİŁļ²²čŁ²ĆѲĭİĔÑŁÎÈĔʣ]ÕĴĴÕ˲ĴĔʞÕĴĴÕİÕ-
curso aplicado à PD&I deve ser integralmente destinado à contratação de atividades em universidades ou institutos de
pesquisa previamente credenciados pela ANP.
40 "Õɾʆʆʅ²ɿɽɾʃʞêĔݲČõčŕÕĴļõÑĔĴËÕİ˲ÑÕˇɾɿÊõĆñīÕĴĔİõŁčÑĔĴѲËĆ³ŁĴŁĆ²ÑÕ|"˯Eʣ|ÕļİĔÊݲĴİÕĴĭĔčÑÕĭĔİʆʁ˫
ÑĔļĔļ²ĆõčŕÕĴļõÑĔʣ;ݲčÑÕĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕČõčêݲÕĴļİŁļŁİ²Ć²ÊĔݲļĔİõ²ĆêĔݲČİÕ²Ćõş²ÑĔĴÑŁİ²čļÕĔĭÕİ÷ĔÑĔĭĔİČÕõĔ
dos recursos da cláusula de PD&I.
80 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

ĔËĔİİÕŁčĔĴłĆļõČĔĴ²čĔĴʞÕĔĴËŁĴļĔĴÑĔĴĭİĔāÕļĔĴʞĭ²İ²ĔčÑÕĔĴčĔŕĔĴİÕËŁİĴĔĴÑÕŕÕİÈĔ
ĴÕİŕÕİļõÑĔĴʞĴÈĔČŁõļĔõčêÕİõĔİÕĴ²ĔĴËŁĴļĔĴÑÕõčêݲÕĴļİŁļŁİ²ʣĆÖČÑÕĴĴ²ÑõţËŁĆѲÑÕ
prática, deve ser considerado que o locus da inovação, no sentido de trazer a mercado
ĭİĔÑŁļĔĴõčĔŕ²ÑĔİÕĴʞÕĴļ³č²ĴÕČĭİÕĴ²ĴʞČ²Ĵ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴѲ˲ÑÕõ²ÑÕ|˯;čĔݲĴõĆļÙČ
pouco acesso aos recursos da cláusula de PD&I.
'ËĔČŁČ²ĴËĔčËÕĴĴõĔč³İõ²ĴļÕİÕČÑõţËŁĆѲÑÕĴĭ²İ²õčŕÕĴļõİ41 os recursos obrigatórios
ѲËĆ³ŁĴŁĆ²ÑÕ|"˯EʞËĔčêĔİČÕĔĴĭÕİËÕčļŁ²õĴÕĴļõĭŁĆ²ÑĔĴčĔĴËĔčļݲļĔĴʣįŁÕĆ²ĴįŁÕčÈĔ
ËĔčļ²ČËĔČËÕčļİĔÑÕĭÕĴįŁõĴ²čĔݲĴõĆĭĔÑÕČļÕİČ²õĴÑõţËŁĆѲÑÕĴ²õčѲÑÕËŁČĭİõİ
ÕĴĴ²ĔÊİõë²ÎÈĔËĔčļݲļŁ²ĆĭÕĆ²ê²Ćļ²ÑÕÕĴļİŁļŁİ²čĔĭ²÷Ĵĭ²İ²²ĆĔ˲İÕĴĴÕĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĔŁʞ
ainda, staffÑÕÑõ˲ÑĔÃİÕ²Ćõş²ÎÈĔÑÕĭİĔāÕļĔĴč²ĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴʞč²ĴE‹ĴĔŁč²ĴÕČĭİÕĴ²Ĵ
brasileiras. Todas as restrições existentes ao cumprimento da obrigação de alocação de
İÕËŁİĴĔĴʞĴĔÊİÕļŁÑĔ²êĔİČ²ÑÕĴŁ²ÑõĴļİõÊŁõÎÈĔʞč²ĭݳļõ˲ʞê²şËĔČįŁÕčÕČĴÕČĭİÕĴÕā²Č
²ĭĔõ²ÑĔĴĔĴÊĔčĴĭİĔāÕļĔĴÑÕįŁÕ²ĴËĔčËÕĴĴõĔč³İõ²ĴëĔĴļ²İõ²ČʣĴĴõČʞÖČŁõļĔĔĭĔİļŁčĔ
que se crie uma terceira possibilidade de destinação desses recursos.
cĴõčĴļİŁČÕčļĔĴţč²čËÕõİĔĴļݲÑõËõĔč²õĴÕŗõĴļÕčļÕĴčĔݲĴõĆčÈĔËĔčĴÕëŁÕČ²ĭĔõ²İ
devidamente as empresas que estão no chamado vale da morte,42 pois mesmo empréstimos
ËĔČËĔčÑõÎīÕĴê²ŕĔݳŕÕõĴÕŗõëÕČë²İ²čļõ²Ĵʣ|ĔİĴŁ²ŕÕşʞêŁčÑĔĴÑÕįŁĔļ²ĴļõĭĔ]"&ƒʩ
İõ²ļÕËĔŁêŁčÑĔĴÑÕõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʰ:E|ʱčĔİČ²ĆČÕčļÕţ˲ČËĔČĔŕ²ĆĔİÑÕ²ĭĔİļÕĆõČõļ²ÑĔʞ
dado que as empresas são pequenas e exigem capital em demasia para crescer. Portanto,
há necessidade de um novo instrumento que compartilhe o risco de desenvolvimento
tecnológico com as empresas, capaz de apoiá-las mesmo diante de sua baixa capacidade
de endividamento e ao seu porte.
|²İ²ĴŁĭÕݲİÕĴĴ²ĴİÕĴļİõÎīÕĴʞÖčÕËÕĴĴ³İõĔËĔčĴļõļŁõİŁČčĔŕĔõčĴļİŁČÕčļĔŤÕŗ÷ŕÕĆ
²ĭĔčļĔÑÕë²İ²čļõİįŁÕ²²ĆĔ˲ÎÈĔÑÕİÕËŁİĴĔĴ²Ć˲čËÕĔĴÊĔčĴĭİĔāÕļĔĴʞõčÑÕĭÕčÑÕčļÕ-
ČÕčļÕÑÕĔčÑÕÕĴļÕā²Čʣ]ĔŕĔĴĭİĔāÕļĔĴÑÕõčĔŕ²ÎÈĔĭĔÑÕİõ²ČĴÕİŕõ²ÊõĆõş²ÑĔĴËĔČÕĴĴÕ
instrumento, ao passo que sem ele talvez nunca saíssem do papel. Um ponto central é
que com esse novo instrumento não haveria restrição à alocação de recursos exclusiva-
ČÕčļÕÕČêŁčÎÈĔѲõčĴļõļŁõÎÈĔÕčŕĔĆŕõѲʣ²ĆĔ˲ÎÈĔÑÕİÕËŁİĴĔĴĴÕѲİõ²ĭÕĆĔČÖİõļĔ
õčÕİÕčļÕ²ĔĭİĔāÕļĔʣ
cČĔÑÕĆĔÑÕõčĔŕ²ÎÈĔĭ²İ²ĔĴÕļĔİÑÕŕÕĭİõŕõĆÕëõ²İĔÊĔČĭİĔāÕļĔʣEĴĴĔĴõëčõţ˲įŁÕĔĴ
recursos devem ser alocados onde ele estiver, independentemente de estar na concessio-
č³İõ²ʞč²ŁčõŕÕİĴõѲÑÕĔŁč²ÕČĭİÕĴ²Ѳ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲʣ|İĔŕ²ŕÕĆČÕčļÕʞĔÊĔČĭİĔāÕļĔ
ËĔčļ²İ³ËĔČ²ĭ²İļõËõĭ²ÎÈĔËĔčāŁčļ²ÑÕĴĴ²ĴļİÙĴÕčļõѲÑÕĴʣĴĴõČʞÕĴļ²İõ²ČËĔčļÕČĭĆ²ÑĔĴ

41ĴÕČĭİÕĴ²ĴįŁÕčÈĔõčŕÕĴļõİÕČÕČ|"˯EËĔčêĔİČÕÑÕļÕİČõč²ÎÈĔËĔčļݲļŁ²ĆÕĴļõĭŁĆ²Ñ²č²ËĆ³ŁĴŁĆ²ÑÕ|"˯Eţ˲Č
ĴŁāÕõļ²Ĵ²ČŁĆļ²Ĵʣ
42¤²ĆÕѲČĔİļÕÖĔĭÕİ÷ĔÑĔįŁÕÕčêİÕčļ²ŁČ²ÕČĭİÕĴ²ÑÕʲĴÕļÕËčĔĆĕëõ˲ʞčĔİČ²ĆČÕčļÕŁČ²startup, após o de-
ĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑÕĴÕŁĭİĔÑŁļĔËĔČĔĭİĔŕ²ÑÕËĔčËÕõļĔĔŁĭõĆĔļĔÕÑĔ²čë²İõ²ČÕčļĔÑÕİÕËŁİĴĔĴţč²čËÕõİĔĴĭ²İ²ŕõ²-
bilização de sua produção em escala comercial (scale up). Na maior parte das vezes, tais recursos superam o valor dos
ativos da empresa.
PETRÓLEO E GÁS 81

ļ²čļĔĔĴõčļÕİÕĴĴÕĴÑÕÑÕČ²čѲčļÕĴÕĔêÕİļ²čļÕĴįŁ²čļĔ²ŁļõĆõş²ÎÈĔÑĔ˲ĭõļ²ĆõčļÕĆÕËļŁ²Ć
ÕѲõčêݲÕĴļİŁļŁİ²ÕŗõĴļÕčļÕѲĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴʣ
A ideia é que, para o caso do acúmulo de recursos obrigatórios da cláusula de PD&I
čÈĔõčŕÕĴļõÑĔĴʞñĔŁŕÕĴĴÕŁČ²ļÕİËÕõݲĭĔĴĴõÊõĆõѲÑÕÑÕ²ĭĆõ˲ÎÈĔÑõİÕËõĔč²Ñ²²ĭİĔāÕļĔĴ
de PD&I no setor de P&G. Tratar-se-ia de uma opção complementar, não obrigatória, para
as concessionárias quitarem suas obrigações contratuais.
A materialização desse novo instrumento se daria por meio da constituição de um
fundo de desenvolvimento para inovação no setor de P&G43 que atuaria de forma com-
SOHPHQWDUDRVLQVWUXPHQWRVāQDQFHLURVM¢H[LVWHQWHVʞêĔ˲ÑĔÕŗ²ļ²ČÕčļÕč²ĴĆ²ËŁč²ĴčÈĔ
ËĔčļÕČĭĆ²Ñ²ĴĭĔİÕĆÕĴʣc]"&ƒʞËĔČĴŁ²ÕĴļİŁļŁİ²ÕÕŗĭÕİõÙčËõ²ÕČ²č³ĆõĴÕÑÕĭİĔāÕļĔĴʞ
ĭĔÑÕİõ²ĴÕİĔëÕĴļĔİÑÕĴĴÕêŁčÑĔʣ
c²ĭĔõĔţč²čËÕõİĔĴÕİõ²²ÑÕįŁ²ÑĔ²ĔĭÕİţĆѲĴÕČĭİÕĴ²ĴʰĔĭÕݲÑĔݲĴʩ˲ÑÕõ²êĔİ-
čÕËÕÑĔݲʱÕѲĴŁčõŕÕİĴõѲÑÕĴʞČ²ĴʞĴĔÊİÕļŁÑĔʞ²ĔĭÕİţĆÑĔĭİĔāÕļĔÑÕõčĔŕ²ÎÈĔʣcêŁčÑĔ
ËĔČĭ²İļõĆñ²İõ²ĔİõĴËĔÑĔÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔÑĔĴĭİĔāÕļĔĴÑÕõčĔŕ²ÎÈĔËĔČ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴʞčÈĔ
ĭĔİČÕõĔÑÕĭ²İļõËõĭ²ÎÈĔ²ËõĔč³İõ²ʞČ²ĴĴõČĭĔİČÕõĔÑÕ²ĭĔõĔţč²čËÕõİĔİÕÕČÊĔĆĴ³ŕÕĆÕ
não reembolsável, incentivando e impulsionando investimentos em inovação no setor de
|˯;ʣĔČĔêĔËĔʞ²²ĭĆõ˲ÎÈĔÑÕĴÕŁĴİÕËŁİĴĔĴŕõĴ²İõ²ʞĭİõčËõĭ²ĆČÕčļÕʞ²ĴõčĔŕ²ÎīÕĴÑõĴİŁĭ-
ļõŕ²ĴÕļݲčĴêĔİČ²ÑĔݲĴįŁÕĭŁÑÕĴĴÕČİÕŕĔĆŁËõĔč²İ²êĔİČ²ÑÕĭİĔÑŁşõİĭÕļİĕĆÕĔoffshore,
ĭĔļÕčËõ²Ćõş²čÑĔĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕĔŕõÖĴÕŗĭĔİļ²ÑĔİÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴÑĔĭ²÷ĴčĔêŁļŁİĔʣ

Incentivar o aumento da produtividade da construção naval


As demandas, por meio de contratos de longo prazo, do setor de petróleo offshore
permitiram a retomada da construção naval brasileira a partir dos anos 2000. O Brasil tem
ŁČ²²ļŁ²ÎÈĔêĔİļÕč²ĭİÕĴļ²ÎÈĔÑÕĴÕİŕõÎĔĴč²ŕ²õĴÕĴĭÕËõ²Ćõş²ÑĔĴĭ²İ²ĔĴÕļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔ
ĭĔİČÕõĔѲĴÕČʲİ˲ÎīÕĴÑÕ²ĭĔõĔ²ĭĆ²ļ²êĔİČ²ʣ44 No país, existe uma capacidade ins-
ļ²Ć²Ñ²ĭ²İ²²ËĔčĴļİŁÎÈĔÑÕĴĴ²ĴÕČʲİ˲ÎīÕĴʞÑÕëݲčÑÕĴÕČʲİ˲ÎīÕĴÕĭĆ²ļ²êĔİČ²ĴÑÕ
ĭÕļİĕĆÕĔʣ\ŁõļĔĴÕĴļ²ĆÕõİĔĴļÙČĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕ²ÑÕįŁ²Ñ²ĭ²İ²ËĔčĴļİŁÎÈĔÑÕč²ŕõĔÑÕ²ĭĔõĔ
²ĭĆ²ļ²êĔİČ²ʣ|ĔİÖČʞ²ĆëŁčĴÕĴļ²ĆÕõİĔĴÑÕëݲčÑÕĭĔİļÕ²ĭİÕĴÕčļ²Čʲõŗ²ĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕʞ
ÕĴĭÕËõ²ĆČÕčļÕĭ²İ²ËĔčĴļİŁÎÈĔÑÕëݲčÑÕĴÕČʲİ˲ÎīÕĴÕĭĆ²ļ²êĔİČ²Ĵʣ
c:ŁčÑĔѲ\²İõčñ²\Õİ˲čļÕʰ:\\ʱÖ²ĭİõčËõĭ²ĆêĔčļÕÑÕţč²čËõ²ČÕčļĔÃËĔčĴļİŁÎÈĔ
č²ŕ²ĆÊݲĴõĆÕõݲʣļŁ²ĆČÕčļÕʞįŁ²čÑĔŁČ²ÕČʲİ˲ÎÈĔÖËĔčĴļİŁ÷ѲËĔČţč²čËõ²ČÕčļĔ
do FMM e o percentual mínimo de conteúdo local é atingido,45Ĕţč²čËõ²ÑĔİÕËÕÊÕŁČ
ÑÕĴËĔčļĔčĔËŁĴļĔѲļ²ŗ²ÑÕāŁİĔĴʣĔčļŁÑĔʞĴĕÕĴĴ²İÕëݲčÈĔõČĭĆÕČÕčļ²ŁČČÕ˲-
nismo de incentivo ao aumento de produtividade e competitividade dos estaleiros. Além

43&ĴĴÕêŁčÑĔčÈĔĴÕİõ²ŁČêŁčÑĔÑÕįŁĔļ²ĴʞÕĴõČŁČêŁčÑĔÑÕÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔįŁÕŕõĴ²²ÕŗÕËŁÎÈĔÑÕĭİĔāÕļĔĴÑÕ
inovação, usualmente envoltos em elevados níveis de risco.
44\Łõļ²ĴÑÕĴĴ²ĴÕČʲİ˲ÎīÕĴļÙČ²Ćļ²ļÕËčĔĆĔëõ²ÕČʲİ˲Ѳʣ
45ĔčêĔİČÕİÕëݲÑĔĔčĴÕĆñĔ\ĔčÕļ³İõĔ]²ËõĔč²Ćʰ\]ʱʣ
82 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

do incentivo ao conteúdo local, seria importante incluir um mecanismo que incentivasse


Ĕ²ŁČÕčļĔѲĭİĔÑŁļõŕõѲÑÕѲËĔčĴļİŁÎÈĔč²ŕ²Ćʣ]²ĴİÕëݲĴÑÕţč²čËõ²ČÕčļĔÑĔ:\\ʞ
ĭĔÑÕİõ²ĴÕİõčËĆŁ÷ÑĔŁČİÕÑŁļĔİÑÕļ²ŗ²ÑÕāŁİĔĴ˲ĴĔêĔĴĴÕČ²ļõčëõѲĴČÕļ²ĴÑÕĭİĔÑŁļõ-
vidade, como a redução do prazo de construção ou a realização de um custo menor do que
o benchmark para aquele modelo de embarcação. Esse mecanismo incentivaria e direcio-
naria a construção naval brasileira para se tornar um segmento sustentável e competitivo
ao longo do tempo. Um setor naval competitivo atrairia encomendas para construção de
čĔŕ²ĴĭĆ²ļ²êĔİČ²ĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔčĔĭ²÷ĴʞĭÕİČõļõčÑĔČ²õĔİëÕݲÎÈĔÑÕÕČĭİÕëĔʞİÕļÕčÎÈĔÕ
agregação de renda econômica.

Inovação como agenda de transformação


Existe um vetor permanente na indústria do petróleo, como em tantas outras, que
ÑõİÕËõĔč²ĔĴÕĴêĔİÎĔĴÑÕĭÕĴįŁõĴ²ÕõčĔŕ²ÎÈĔč²ÑõİÕÎÈĔĴõĴļÕČ³ļõ˲ѲİÕÑŁÎÈĔÑĔĴËŁĴļĔĴʞ
ĴÕā²Čļ²õĴõčĔŕ²ÎīÕĴČ²İëõč²õĴʳĔļõČõş²ÎīÕĴÑÕĭİĔËÕĴĴĔʞČÕĆñĔİõ²ĴÕČČ²ļÕİõ²õĴʞÑÕ
êĔİČ²ëÕݲĆʞë²čñĔĴõčËİÕČÕčļ²õĴʳʞĔŁÑõĴİŁĭļõŕ²ĴʳËĔČĔļݲčĴêĔİČ²ÎīÕĴÕĴļİŁļŁİ²õĴʞ
ÕČįŁÕĔëݲčÑÕÕŗÕČĭĆĔ²čļÕŕõĴļĔčĔñĔİõşĔčļÕÑĔĴÕļĔİÑÕ|˯;Ö²ê³Êİõ˲ĴŁÊČ²İõč²ʣ46
A necessidade de redução de custos certamente é um dos principais indutores de
²ŕ²čÎĔĴļÕËčĔĆĕëõËĔĴčĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ʣ]ÈĔêĔĴĴÕļ²Ć²ŕ²čÎĔʞËĔČĴŁ²ËĔčĴÕįŁÕčļÕİÕÑŁÎÈĔ
ÑÕËŁĴļĔĴʞčÈĔĴÕİõ²Čŕõ²ÊõĆõş²Ñ²ĴčĔŕ²ĴêİĔčļÕõݲĴÑÕÕŗĭĆĔݲÎÈĔʞįŁÕĴĕĭĔİËĔčļ²ÑÕĴĴ²
Ñõč»Čõ˲ĴÕļĔİč²ČÕËĔčĔČõ˲ČÕčļÕŕõ³ŕÕõĴʣč²ĆĔë²ČÕčļÕ²ĔĔÊĴÕİŕ²ÑĔč²ĴČ²õĴŕ²İõ²Ñ²Ĵ
õčÑłĴļİõ²Ĵʞĭ²İ²ѲİËĔčļ²ÑĔĴÑÕĴ²ţĔĴʞŕÙʴĴÕĔŁĴĔ˲ѲŕÕşČ²õĴõčļÕčĴĔѲļÕËčĔĆĔëõ²
Ñõëõļ²ĆčĔĴÕļĔİÑÕ|˯;ʣ|ĔİõĴĴĔʞñĔāÕʞËĔČêİÕįŁÙčËõ²ʞčĔĴÑÕĭ²İ²ČĔĴËĔČÕŗĭİÕĴĴīÕĴ
como GLJLWDORLOāHOGV e big oil is now big tech.
A geração e o tratamento em tempo real de grandes quantidades de dados – o
chamado big data –, associados a uma visão de operação integrada da exploração de
ĭÕļİĕĆÕĔʞÑÕĴÑÕ²ĭÕİêŁİ²ÎÈĔÕËĔČĭĆÕļ²ÎÈĔÑÕĭĔÎĔĴ²ļÖ²ĭİĔÑŁÎÈĔÕ²ĴÕëŁİ²čβʞ
ļÙČĭÕİČõļõÑĔĔļõČõş²İļĔѲ²ĔĭÕݲÎÈĔʣ&ŗÕČĭĆĔÑõĴĴĔĴÈĔĔĴ²ĭÕİêÕõÎĔ²ČÕčļĔĴč²
ļÕËčĔĆĔëõ²ÑÕĭÕİêŁİ²ÎÈĔÑÕËĔİİÕčļÕĴÑĔČĔčõļĔݲČÕčļĔÕČļÕČĭĔİÕ²ĆʞŁČ²ŕÕşįŁÕ
passa a existir o entendimento detalhado do reservatório e de sua geologia, derivado
das modelagens e simulações 3D. A utilização de tecnologias disponibilizadas a partir
da era do big data é a tendência para os próximos anos, devendo acelerar mais ainda
o avanço tecnológico no setor de P&G.
|ĔİõĴĴĔʞčĔĴ²čĔĴİÕËÕčļÕĴ²ĴëݲčÑÕĴĭÕļİĔĆÕõݲĴŕÙČê²şÕčÑĔĭÕĴ²ÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴ
ÕČĴŁ²õčêݲÕĴļİŁļŁİ²ÑÕËĔČĭŁļ²ÎÈĔʞõČĭĆ²čļ²čÑĔĔĴËñ²Č²ÑĔĴĴõĴļÕČ²ĴÑÕËĔČĭŁļ²ÎÈĔ
de alto desempenho (high performance computing). Recentemente, a italiana ENI SpA im-
ĭĆ²čļĔŁŁČĴŁĭÕİËĔČĭŁļ²ÑĔİËŁā²ĴÑõČÕčĴīÕĴĴÕÕįŁõĭ²İ²ČÃĴÑÕŁČ˲ČĭĔÑÕêŁļÕÊĔĆʣ]Ĕ

46 Esta seção baseia-se em Mendes et al. (2017).


PETRÓLEO E GÁS 83

Õčļ²čļĔʞ²&]Eč²Ñ²Č²õĴêÕşÑĔįŁÕĴÕëŁõİĔÕŗÕČĭĆĔʞļ²ČÊÖČİÕËÕčļÕʞѲ||ĆËÕѲ‹Ĕļ²Ć
S.A., que investiram no aumento do poder computacional de seus supercomputadores. Os
altos investimentos relacionados são compensados pela redução expressiva nos custos de
ÕŗĭĆĔݲÎÈĔÕ²č³ĆõĴÕÑÕѲÑĔĴʣĔČ²ĴŁĭÕİËĔČĭŁļ²ÎÈĔʞÕĴêĔİÎĔĴįŁÕĆÕŕ²ŕ²ČČŁõļĔĴČÕĴÕĴ
č²ÑÖ˲Ѳĭ²ĴĴ²Ñ²Õ²ĆëŁčĴČÕĴÕĴÕČ²čĔĴİÕËÕčļÕĴŕÙČĴÕčÑĔËĔčËĆŁ÷ÑĔĴÕČĴÕČ²č²Ĵʣ
õčѲįŁÕčÈĔčĔČÕĴČĔč÷ŕÕĆѲÕŗĭĆĔݲÎÈĔĴ÷ĴČõ˲ʞ²ĔĭÕݲÎÈĔİÕČĔļ²ÑÕĭĆ²ļ²êĔİ-
mas também é viabilizada por essa tecnologia de intensa coleta e tratamento, em tempo
real, de grandes quantidades de dados nem sempre estruturados.
ƒÕ²ÊĔİѲѲĴÑÕŁČ²êĔİČ²ŁČĭĔŁËĔČ²õĴÕĴĭÕË÷ţ˲ʞ²ĴļÕËčĔĆĔëõ²ĴÕčŕĔĆŕõѲĴč²Õŗ-
ĭĆĔݲÎÈĔÕč²ĭİĔÑŁÎÈĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³Ĵč²ļŁİ²ĆĭĔÑÕČĴÕݲëİŁĭ²Ñ²ĴÕČļİÙĴëݲčÑÕĴļÕČ²Ĵʝ

• ĭİĔËÕĴĴ²ČÕčļĔÑÕĴŁĭÕİê÷ËõÕʞčĔįŁ²ĆÕĴļÈĔÕčŕĔĆŕõÑĔĴĔĴĭİĔËÕĴĴĔĴʞĴõĴļÕČ²Ĵ
e equipamentos de processamento localizados nas unidades de produção de
ĴŁĭÕİê÷ËõÕĴʞ²ÕŗÕČĭĆĔѲĴĭĆ²ļ²êĔİČ²ĴÕŁčõѲÑÕÑÕfloating production storage
and offloading (FPSO);

• instalações submarinas, nas quais estão envolvidos os equipamentos e sistemas


įŁÕõčļÕİËĔčÕËļ²ČĔĭĔÎĔÃĴŁĭÕİê÷ËõÕʨÕ

• ļÕËčĔĆĔëõ²ÑÕĭĔÎĔĴʞįŁÕÕčŕĔĆŕÕĭÕİţĆ²ëÕČʞĭÕİêŁİ²ÎÈĔʞËõČÕčļ²ÎÈĔÕËĔČĭĆÕ-
tação dos poços.

\õݲčÑĔč²İÕÑŁÎÈĔÑĔĴÕĆÕŕ²ÑĔĴËŁĴļĔĴĔĭÕݲËõĔč²õĴʞĔĴĭİõčËõĭ²õĴÕĴêĔİÎĔĴİÕĆ²-
ËõĔč²ÑĔĴ²ĔĭİĔËÕĴĴ²ČÕčļĔÑÕĴŁĭÕİê÷ËõÕŕõĴ²Č²ĔļõČõş²ÎÈĔѲĴĭĆ²čļ²ĴÑÕĭİĔËÕĴĴĔ
e a compactação, com posterior marinização,47 dos equipamentos de processamento
primário de óleo e gás. Buscam-se o aumento da capacidade desses sistemas e maior
agilidade logística no processo de produção e escoamento de óleo e gás para o continente.
|ÕİĴÕëŁõÑĔËĔČļÕč²ËõѲÑÕʞĔÑÕĴ²ţĔѲļݲčĴêÕİÙčËõ²ÑĔĭİĔËÕĴĴ²ČÕčļĔĭİõČ³İõĔ
ѲĴŁĭÕİê÷ËõÕĭ²İ²õčĴļ²Ć²ÎīÕĴĴŁÊČ²İõč²ĴÑÕŕÕĴÕİĴŁĭÕݲÑĔčĔĴĭİĕŗõČĔĴ²čĔĴʣƒõĴļÕ-
mas complexos de processamento terão de ser desenvolvidos, envolvendo tecnologias
ĭ²İ²²ËĔČĭİÕĴĴÈĔÑÕŤŁõÑĔĴʞÊĔČÊÕ²ČÕčļĔÑÕĕĆÕĔÕõčāÕÎÈĔÑÕ³ëŁ²ÕÕčëÕčñ²İõ²
de válvulas, entre outros. Um exemplo que vem sendo desenvolvido no Brasil é o se-
parador submarino água-óleo. Além dele, desde outubro de 2015 a norueguesa Statoil
anunciou a entrada em operação no Mar do Norte da primeira unidade submarina de
compressão de gás.
A tecnologia de poços, último grande tema citado, apresenta o estudo da geome-
ļİõ²ѲĴİĔËñ²ĴʴİÕĴÕİŕ²ļĕİõĔÕѲČÕĆñĔİêĔİČ²ÑÕĭÕİêŁİ²ÎÈĔËĔČĔĭİõčËõĭ²õĴİĔļ²Ĵ
tecnológicas dos próximos anos. Como mencionado, devem valer-se cada vez mais das
tecnologias digitais de processamento em tempo real de volumes expressivos de dados.

47\²İõčõş²ÎÈĔÖËĔČĔĴÕÑÕčĔČõč²²ļݲčĴêÕİÙčËõ²ÑĔĭİĔËÕĴĴ²ČÕčļĔĭİõČ³İõĔѲĴŁĭÕİê÷ËõÕĭ²İ²ĔĆÕõļĔĴŁÊČ²İõčĔʣ
84 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

Existe a expectativa de que até o ano de 2035 as unidades de processamento, que


hoje estão instaladas em plataformas, passem a ser instaladas no leito submarino, o
que deverá reduzir custos de produção de campos como os do pré-sal, possibilitando
ĴŁ²ÕčļݲѲÕČĔĭÕݲÎÈĔČ²õĴݲĭõѲČÕčļÕʣ|ĔİĴÕļݲļ²İÑÕŁČ²êĔİČ²ݲÑõ˲ĆČÕčļÕ
nova de produzir petróleo offshoreʞĭĔÑÕݳ²êÕļ²İĭ²İļÕѲ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲįŁÕÕĴ-
ļõŕÕİêĔ˲Ѳ²ĭÕč²ĴčĔĴÕįŁõĭ²ČÕčļĔĴÑÕĴŁĭÕİê÷ËõÕʞËŁā²ÕŗĭÕËļ²ļõŕ²ÑÕÑÕČ²čѲÑÕŕÕ
se reduzir ao longo dos anos.
‹²ČÊÖČÕĴļÈĔč²ĭ²Łļ²ÑÕõčĔŕ²ÎīÕĴѲõčÑłĴļİõ²ÑÕ|˯;ÕĴêĔİÎĔĴİÕĆ²ËõĔč²ÑĔĴÃ
ĭİĔČĔÎÈĔѲĴŁĴļÕčļ²ÊõĆõѲÑÕ²ČÊõÕčļ²ĆÕÕţËõÙčËõ²ÕčÕİëÖļõ˲ÕČĴŁ²Ĵ²ļõŕõѲÑÕĴʣ]ÕĴĴ²
linha, a evolução dos combustíveis os tornou muito menos poluentes e agressivos ao meio
ambiente do que eram até há poucos anos. Além disso, a queima de derivados de petróleo
ËĔČĴŁ²Č²ĴĴõŕ²ëÕݲÎÈĔÑÕŁČÑĔĴë²ĴÕĴÑĔÕêÕõļĔÕĴļŁê²ʞĔÑõĕŗõÑĔÑÕ˲İÊĔčĔʰc2),
tem cobrado atenção do mundo todo.
cÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔļÕËčĔĆĕëõËĔÕõčÑŁĴļİõ²Ćā³ŕõ²ÊõĆõşĔŁĭİĔāÕļĔĴÕõčĴļİŁČÕčļĔĴ
que conseguem capturar o CO2č²ĴËñ²ČõčÖĴê²ÊİõĴįŁÕĔÕŗĭÕĆÕČÕČ²Ćļ²ĴËĔčËÕč-
trações. O que se busca é criar alternativas economicamente viáveis para retirar esse
ĭĔĆŁÕčļÕÕČĴŁ²ÑõĆŁõÎÈĔÑõĴĭÕİĴ²č²²ļČĔĴêÕݲʞ²ĆëĔ²õčѲčÈĔ²ļõčëõÑĔʣõčÑłĴļİõ²
ÑÕ|˯;ā³ñ³²ĆëŁČļÕČĭĔËĔčĴÕëŁÕËĔČĴÕëŁİ²čβÕŕõ²ÊõĆõѲÑÕÕËĔčėČõ˲õčāÕļ²İ
milhões de toneladas de CO2ÑõİÕļ²ČÕčļÕčĔĴ˲ČĭĔĴĭÕļİĔĆ÷êÕİĔĴļĔÑĔĴĔĴ²čĔĴʣ"Õ
êĔİČ²ĭõĔčÕõݲʞ²|ÕļİĔÊݲĴõČĭĆ²čļĔŁÕČĴŁ²ĭĆ²ļ²êĔİČ²õѲÑÕÑÕčëݲÑĔĴÕõĴ
õčĴļ²Ć²ÎīÕĴĭ²İ²˲ĭļŁİ²ÕİÕõčāÕÎÈĔÑÕc2čĔĴĭĔÎĔĴʞĔįŁÕ²āŁÑ²²Č²čļÕݲĭİÕĴ-
ĴÈĔčĔİÕĴÕİŕ²ļĕİõĔÕê²ŕĔİÕËÕ²ÕŗļݲÎÈĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔʣ&ĴĴÕĭİĔāÕļĔĭõĔčÕõİĔÕĴļ³ÕČ
ĔĭÕݲÎÈĔñ³Č²õĴÑÕËõčËĔ²čĔĴʣcŁļİĔĭİĔāÕļĔѲ|ÕļİĔÊݲĴ²ĭĆõ˲ÑĔÕČŁČ²ŁčõѲÑÕ
de craqueamento, ainda como piloto, utiliza a oxicombustão – substituição do ar por
ĔŗõëÙčõĔĭŁİĔʳÕŕõ²ÊõĆõş²²˲ĭļŁİ²ÑĔc2 liberado nos processos industriais das
İÕţč²İõ²ĴÕĴŁ²ĔÊļÕčÎÈĔÕČŁČč÷ŕÕĆÑÕĭŁİÕş²ĴŁţËõÕčļÕĭ²İ²ĴÕİŕÕčÑõÑĔ²ĔŁļݲĴ
indústrias que o demandam.
O desenvolvimento da tecnologia de captura de CO2, de forma geral, permitirá que
o próprio setor de P&G se torne mais sustentável ambientalmente, uma vez que os efei-
tos nocivos de seu produto ao meio ambiente serão combatidos. Se a captura de CO2 se
tornar viável massivamente, é lógico aceitar a possibilidade de aumento da participação
do petróleo e gás na matriz energética mundial, com a consequente potencialização de
novos investimentos no setor de P&G.
'ĭİõČĔİÑõ²Ćĭ²İ²ĔݲĴõĆÑĔêŁļŁİĔįŁÕĴŁ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴÕõčĴļõļŁõÎīÕĴÑÕĭÕĴįŁõĴ²
participem ativamente dessa agenda de desenvolvimento e inovação, buscando integrar-
-se à rede global de inovação do setor, por intermédio de parcerias com outros países
ÕõčĴļõļŁõÎīÕĴÑÕİÕêÕİÙčËõ²õčļÕİč²ËõĔč²õĴʣEĴĴĔʞËĔČĔĔÊāÕļõŕĔÑÕë²İ²čļõݲõčĴÕİÎÈĔ
Ѳ˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲč²ËõĔč²Ćč²İÕÑÕëĆĔʲĆÑÕŕ²ĆĔİѲõčÑłĴļİõ²ÑÕ|˯;ʞ²ļݲõčÑĔ
PETRÓLEO E GÁS 85

õčŕÕĴļõČÕčļĔĴÑÕ²ĆļĔŕ²ĆĔİÕĴļݲļÖëõËĔËĔČĔĔÊāÕļõŕĔÑÕÑĔČõč²İĔĭİĔËÕĴĴĔĭİĔÑŁļõŕĔ
ÑÕĴĴ²ĴčĔŕ²ĴļÕËčĔĆĔëõ²ĴÕĴÕļĔİč²İŁČĭ²÷ĴÕŗĭĔİļ²ÑĔİÑÕİÕêÕİÙčËõ²ĭ²İ²ÕĴĴÕĴčĔŕĔĴ
ÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴʣ"ĔČõč²İÕĭİĔÑŁşõİÕĴĴ²ĴčĔŕ²ĴļÕËčĔĆĔëõ²ĴĴÕݳŁČëݲčÑÕÑõêÕİÕčËõ²Ć
ĭ²İ²Ĕĭ²÷Ĵʞŕõ²ÊõĆõş²čÑĔ²İÕÊĔįŁÕįŁÕĴŁ²ĴÕČĭİÕĴ²ĴĴÕā²ČËĔČĭÕļõļõŕ²ĴʞĭİĔÑŁļõŕ²Ĵʞ
inovadoras e exportadoras.

Considerações finais
cĴÕļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕë³ĴÖÑõč»ČõËĔÕñÕļÕİĔëÙčÕĔʞİÕĭĆÕļĔÑÕÑÕĴ²ţĔĴÕČĴÕŁĴ
diversos segmentos de atuação. Deverão ser investidos mais de US$ 800 bilhões até
2035, o que proporcionará um crescimento médio de 3% ao ano na produção brasileira
de petróleo. Esse setor será um dos principais, senão o principal, vetor de investimentos
no país nos próximos anos.
|²İ²²ÕêÕļõŕ²ÎÈĔÑÕĴĴÕĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʞĴÕİõ²õČĭĔİļ²čļÕ²²ÑĔÎÈĔÑÕČÕÑõѲĴįŁÕ²Łŗõ-
liassem em seu destravamento, como: previsibilidade para o cronograma de leilões de áreas
de exploração e produção de petróleo e gás; aprimoramento dos processos de licenciamento
²ČÊõÕčļ²ĆʨÊŁĴ˲ĭĔİÕţËõÙčËõ²ÕİÕÑŁÎÈĔÑÕÕČõĴĴīÕĴѲõčÑłĴļİõ²ÑÕ|˯;ʨõčÑŁÎÈĔѲĭ²İļõ-
Ëõĭ²ÎÈĔÑÕ²ļĔİÕĴÕĴļݲčëÕõİĔĴč²ĭİĔÑŁÎÈĔÕč²˲ÑÕõ²ĭİĔÑŁļõŕ²ÑĔĭÕļİĕĆÕĔÑÕêĔİČ²ÕĴļݲ-
ļÖëõ˲ĭ²İ²Ĕĭ²÷Ĵʨ²ŁČÕčļĔѲ˲ĭ²ËõѲÑÕÑÕİÕţčĔʞĔŁčĔĆõČõļÕѲ˲ĭ²ËõѲÑÕÑÕõČĭĔİļ²ÎÈĔ
de derivados para minorar o risco de desabastecimento; viabilização de uma estrutura de
ČÕİ˲ÑĔįŁÕ²ļݲõ²õčŕÕĴļõČÕčļĔĴÕČčĔŕ²ĴĭĆ²čļ²ĴÑÕİÕţčĔčĔݲĴõĆʞĭĔİČÕõĔÑÕÑõŕÕİĴĔĴ
²ëÕčļÕĴʨõČĭĆ²čļ²ÎÈĔÑÕļÕİČÕĆÖļİõ˲Ĵ²ë³Ĵč²ļŁİ²ĆţİČÕĴËĔČĔõčÑŁļĔݲĴÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴ
ÕČĭİĔÑŁÎÈĔÕõčêݲÕĴļİŁļŁİ²ĭ²İ²ŁļõĆõş²ÎÈĔÑĔë³Ĵč²ļŁİ²ĆʨİÕŕõĴÈĔÑĔČĔÑÕĆĔİÕëŁĆ²ļĕİõĔĭ²İ²
ĭÕİČõļõİĆõŕİÕ²ËÕĴĴĔĔŁ²ÊÕİļŁİ²²ļÕİËÕõİĔĴѲõčêݲÕĴļİŁļŁİ²ÑÕļݲčĴĭĔİļÕÑÕë³Ĵč²ļŁİ²Ćʨ
²ÑĔÎÈĔÑÕČÕ˲čõĴČĔÑÕÕįŁ²Ćõş²ÎÈĔÕčļİÕ²Ĵļ²ŗ²ĴÑÕāŁİĔĴĭݲļõ˲ѲĴõčļÕİč²ČÕčļÕÕÕŗļÕİ-
namente, aplicáveis a novos investimentos; e adequações na atual política de conteúdo local.
Para além do destravamento, outras medidas poderiam ser adotadas para
potencializar a geração de riqueza da atividade de produção de petróleo para o país,
entre elas: implantação de uma política de conteúdo local que contemple mecanismos
įŁÕÑÕĴÕčŕĔĆŕ²ČŁČ²˲ÑÕõ²ÑÕêĔİčÕËÕÑĔİÕĴĭİĔÑŁļõŕ²ʞËĔČĭÕļõļõŕ²ʞõčĔŕ²ÑĔݲʞÕŗ-
ĭĔİļ²ÑĔݲÕëÕݲÑĔݲÑÕÕČĭİÕëĔĴįŁ²Ćõêõ˲ÑĔĴʨõČĭĆ²čļ²ÎÈĔÑÕŁČİÕëõČÕ²ÑŁ²čÕõİĔ
įŁÕë²İ²čļ²õĴĔčĔČõ²ļİõÊŁļ³İõ²ÕįŁÕËĔčêõݲõĴÕčÎÈĔêõĴ˲Ćĭ²İ²õČĭĔİļ²ÎÈĔčĔĴČĔ-
mentos em que o preço do petróleo inviabilize investimentos em novos módulos de
produção de petróleo; implantação de um mecanismo de depreciação acelerada para
čĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴčĔĴÕļĔİʨËİõ²ÎÈĔÑÕŁČêŁčÑĔÑÕÑÕĴÕčŕĔĆŕõČÕčļĔĭ²İ²õčĔŕ²-
ção no setor de P&G, com recursos da cláusula de PD&I dos contratos com a ANP; e
criação de mecanismos de incentivo para aumentar a produtividade na indústria de
construção naval por meio do FMM.
86 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

'êŁčѲČÕčļ²ĆįŁÕĔݲĴõĆʞĭĔİĴŁ²İÕĆÕŕ»čËõ²ËĔČĔĭİĔÑŁļĔİÑÕĭÕļİĕĆÕĔoffshore,
participe ativamente da agenda de inovação do setor de P&G que transformará e garantirá
sua sustentabilidade econômica e ambiental no longo prazo. Nesse contexto, destaca-se:
a utilização cada vez mais intensiva da tecnologia digital, de big data e de sistemas de
computação de alto desempenho; marinização dos equipamentos e busca pelo desenvolvi-
ČÕčļĔѲê³Êİõ˲ĴŁÊČ²İõč²ʨÕŕõ²ÊõĆõş²ÎÈĔÑÕĴĔĆŁÎīÕĴĭ²İ²ĔĴÕįŁÕĴļİĔÑÕc2 e redução
ÑÕÕČõĴĴīÕĴʞĭİĔČĔŕÕčÑĔĴŁĴļÕčļ²ÊõĆõѲÑÕ²ČÊõÕčļ²ĆÕÕţËõÙčËõ²ÕčÕİëÖļõ˲ʣ
Cabe reiterar que a importância do setor de P&G para o Brasil não se dá somente
por suas reservas potenciais, mas também pelo expressivo poder de arrastar diversos
setores da economia. O nível de atividade desse segmento econômico no país depende
ĭİõčËõĭ²ĆČÕčļÕÑÕļİÙĴê²ļĔİÕĴʴËñ²ŕÕĭ²İ²²ļݲÎÈĔÑÕčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʞŁČÑÕĆÕĴÕŗĕ-
geno – o preço de petróleo48 – e os dois outros endógenos – o potencial de reservas49 de
petróleo e o ambiente de negócios.50
O segmento de E&P,51ÕČįŁÕĴÕËĔčËÕčļݲ²Č²õĔİĭ²İļÕÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʞÑõţËõĆČÕčļÕ
é arrastado pelo nível de atividade interna do país. É exatamente o oposto que se observa.
Trata-se de um segmento tão intensivo em capital, tão demandante de inúmeros bens e
serviços de diversos outros setores industriais da economia, que ele, sim, tem o condão de
²İݲĴļ²İĔč÷ŕÕĆÑÕ²ļõŕõѲÑÕÑĔĭ²÷Ĵʣ‹İ²ļ²ʴĴÕÑÕŁČĴÕëČÕčļĔõČÕİĴĔÕČŁČ²Ñõč»Čõ˲
ëĆĔʲĆʞÕČÊĔݲ²êÕļ²ÑĔĭÕĆĔ²ČÊõÕčļÕÑÕčÕëĕËõĔĴõčļÕİčĔʣVĔëĔʞ˲ĴĔĔ²ČÊõÕčļÕÑÕčÕëĕ-
ËõĔĴÕĴļÕā²ČõčõČ²ČÕčļÕÕįŁõĆõÊݲÑĔĭ²İ²²ļݲõİčĔŕĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʞĔĴÕëČÕčļĔÑÕ&˯|
ÑÕĭÕčÑÕݳČŁõļĔČ²õĴѲÑõč»Čõ˲ÑĔČÕİ˲ÑĔëĆĔʲĆÑĔįŁÕÑĔč÷ŕÕĆÑÕ²ļõŕõѲÑÕõčļÕİčĔʣ
˲ÑÕõ²êĔİčÕËÕÑĔݲÑĔĴÕëČÕčļĔÑÕ&˯|ļ²ČÊÖČÖëĆĔʲĆʣ]ĔĆõČõļÕʞÖĭĔĴĴ÷ŕÕĆ
desenvolver um campo de petróleo e gás importando praticamente tudo. Nessa situação
hipotética, o impacto de todos os investimentos em E&P no PIB brasileiro tenderia a zero, no
curto prazo. Todo o montante investido seria anulado pela importação de bens e serviços.
cİÕŤÕŗĔčĔ|EĴĕ²ËĔčļÕËÕİõ²čĔČĔČÕčļĔѲĭİĔÑŁÎÈĔʞ²čĔĴÃêİÕčļÕÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴ
realizados, tipicamente entre oito e dez anos.52 Portanto, para potencializar os impactos

48²ĴĔĔĭİÕÎĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕĴļÕā²²ËõČ²ÑĔËŁĴļĔČ²İëõč²ĆÑÕÕŗĭ²čĴÈĔʞĔŁĴÕā²ʞÑÕŁČčĔŕĔõčŕÕĴļõČÕčļĔʞÕĴļÕĴÕݳ
realizado. No setor de petróleo e gás, as empresas são tomadoras de preço. O custo marginal de expansão, break-even, do
pré-sal está estimado atualmente entre US$ 30 e US$ 40 o barril. O preço de petróleo depende do nível de atividade global
ÕÑÕĴŁ²įŁ²čļõѲÑÕĔêÕİļ²Ñ²čĔëĆĔÊĔʣcĭÕļİĕĆÕĔʞŁČ²ŕÕşĭİĔÑŁşõÑĔʞĭĔÑÕĴÕİŕÕčÑõÑĔÕČįŁ²ĆįŁÕİĭ²İļÕÑĔČŁčÑĔʣ
49 Indiscutivelmente, com o pré-sal, o Brasil possui as melhores reservas e poços de alta produtividade dos campos
offshore no mundo.
50 Englobando, por exemplo, regulação, previsibilidade de leilões, licenciamento ambiental, respeito a contratos, nível
ÑÕ ÕŗõëÙčËõ²Ĵ Õ ËĔčļÕłÑĔ ĆĔ˲Ćʞ ÕčļİÕ ĔŁļİĔĴʣ ]ÕĴĴÕ İÕįŁõĴõļĔʞ ČÕĆñĔİõ²Ĵ ĭĔÑÕČ ĴÕİ ĔÊļõѲĴ õčÑÕĭÕčÑÕčļÕČÕčļÕ ÑĔ
nível de atividade do país.
51 As principais empresas que compõem o segmento de E&P estão entre as maiores do mundo. Com isso, elas conse-
ëŁÕČ˲ĭļ²İİÕËŁİĴĔĴčĔÕŗļÕİõĔİÕČËĔčÑõÎīÕĴĴÕČõëŁ²õĴčĔĭ²÷ĴʣƒÕ²ĴİÕĴÕİŕ²ĴÑÕĭÕļİĕĆÕĔêĔİÕČÕËĔčĔČõ˲ČÕčļÕ
atrativas e o ambiente de negócio permitir, essas empresas realizarão os investimentos independentemente da situação
agregada do país.
52 No segmento de E&P, a produção leva, normalmente, de oito a dez anos, a partir da data de aquisição do bloco ex-
ploratório, para se iniciar.
PETRÓLEO E GÁS 87

positivos no PIB e na economia local no curto, médio e longo prazos, é imprescindível que
²Č²õĔİĭ²İļÕĭĔĴĴ÷ŕÕĆÑĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴĴÕā²č²²įŁõĴõÎÈĔÑÕÊÕčĴÕĴÕİŕõÎĔĴčĔČÕİ˲ÑĔ
doméstico. Para cada cinco pontos percentuais de conteúdo local nos investimentos rea-
lizados, são gerados 37 mil postos de trabalho e R$ 834 milhões de renda, além da riqueza
ëÕݲѲÑŁİ²čļÕ²ĭİĔÑŁÎÈĔÑĔĭÕļİĕĆÕĔĭİĔĭİõ²ČÕčļÕÑõļ²čĔêŁļŁİĔʣ
Por outro lado, não se pode imaginar a realização de todos os investimentos necessá-
rios à E&P com 100% de conteúdo local, o que tornaria virtualmente impossível explorar e
ÑÕĴÕčŕĔĆŕÕİŁČ˲ČĭĔÑÕĭÕļİĕĆÕĔÕõčõÊõİõ²ĔĴõčŕÕĴļõČÕčļĔĴʣ'čÕËÕĴĴ³İõĔįŁÕñ²ā²êĔËĔ
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valor agregado e alto conteúdo tecnológico para o país. Certamente, existe um nível ótimo
de conteúdo local nos itens estratégicos que maximize e potencialize a agregação de renda, a
geração de emprego e o desenvolvimento tecnológico no país no curto, médio e longo prazos.
A verdadeira riqueza não está na produção do petróleo em si, mas no seu desdobramento
na economia nacional, sobretudo porque o Brasil é o principal mercado mundial de bens
e serviços para produção de petróleo offshore. A escala da demanda por equipamentos e
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diversos produtos estratégicos localmente de forma competitiva e economicamente
sustentável, desde que se calibre bem a política de conteúdo local e se disponha de ins-
trumentos adequados de apoio à inovação no setor.
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Noruega. A Arábia Saudita, maior produtor de petróleo do mundo, não potencializou sua
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gerar uma das maiores rendas per capitaÑĔČŁčÑĔʞĴÕčÑĔñĔāÕʀʞʂŕÕşÕĴČ²õĔİÑĔįŁÕ²
saudita, além de desenvolver uma base industrial e empresas norueguesas competitivas
com atuação global.
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grande produtor de commodity, ou se, muito além disso, desenvolveu uma base industrial
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bens e serviços para produção de petróleo offshore.

Referências
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88 VI S ÃO 203 5 : B R AS I L , PAÍ S D E S ENVOL VI D O

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