1) O documento discute a evolução do conceito de "música popular brasileira" ao longo do século XX, desde sua distinção da música folclórica no início do século até sua fragmentação nos anos 1990.
2) No início do século XX, havia uma distinção entre música popular e popularesca, relacionada ao surgimento de novas formas musicais urbanas e tecnologias. Nos anos 1960, "MPB" passou a ser usado como identidade político-cultural.
3) Nos anos 1990, ocorreu uma fragmentação
1) O documento discute a evolução do conceito de "música popular brasileira" ao longo do século XX, desde sua distinção da música folclórica no início do século até sua fragmentação nos anos 1990.
2) No início do século XX, havia uma distinção entre música popular e popularesca, relacionada ao surgimento de novas formas musicais urbanas e tecnologias. Nos anos 1960, "MPB" passou a ser usado como identidade político-cultural.
3) Nos anos 1990, ocorreu uma fragmentação
1) O documento discute a evolução do conceito de "música popular brasileira" ao longo do século XX, desde sua distinção da música folclórica no início do século até sua fragmentação nos anos 1990.
2) No início do século XX, havia uma distinção entre música popular e popularesca, relacionada ao surgimento de novas formas musicais urbanas e tecnologias. Nos anos 1960, "MPB" passou a ser usado como identidade político-cultural.
3) Nos anos 1990, ocorreu uma fragmentação
1) dificuldade de tradução "música popular brasileira" para o inglês e francês
2) ambiguidade do adjetivo "popular" 1) sentido quantitativo e 2) qualitativo (povo
enquanto sujeito político). Contradição e paradoxos, mas também, riqueza e fecundidade 3) Século XIX -> Música -> Belas artes. 4) *Oneyda Alvarenga = Música Popular Brasileira (1946) e *José Eduardo (Zuza) Homem de Mello - Música Popular Brasileira (1976). Ambos os livros possuem o mesmo título, com a diferença de 30 anos. Mas o mais importante disso, é que ambos concebem música popular brasileira de maneira bem distinta um do outro. 4) música popular: pressuposto comum à ideia de República: a ideia de "povo". Música <> Ideais republicanos. 5) Alexandre Gonçalves Pinto, Francisco Guimarães, Almirante e Ari Barroso -> São os primeiros intelectuais orgânicos da música popular urbana no Brasil. 6)Início do Século XX -> Distinção entre música popular e popularesca. Isso está ligado a novas formas de expressão sonora, ligadas a 1) vidas na cidade e 2) novas tecnologias. 8) Decorrer do século XX -> Nova distinção surge. Oneyda Alvarenga propõe esta distinção em 1950, o que implica dizer que os seguidores de Mario de Andrade e Silvio Romero mudaram suas concepções acerca da música urbana, enquanto uma música puramente comercial, ou melhor, passaram a se referir a ela não mais de maneira pejorativa (música popularesca). A distinção deixa de ser valorativa e passa ao plano das categorias analíticas: uma, rural, anônima e não-mediada; outra, urbana, autoral e mediada (ou midiática, como se diz atualmente). Agora a oposição se dá entre música popular e folclórica. Década de 1960 > Música Popular Brasileira = músicas urbanas veiculadas pelo rádio e pelos discos. Nos anos finais da década ela se transforma mesmo numa sigla, quase uma senha de identificação político-cultural: MPB. MPB -> Identificação Político-Cultural. SANDRONI: É neste momento que gostar de MPB, reconhecer-se na MPB, passa a ser, ao mesmo tempo, acreditar em certa concepção de “povo brasileiro”, em certa concepção, portanto, dos ideais republicanos. (p. 6) MPB: Relação entre estética e política. Dos anos 60 aos anos 80, a MPB é uma confluência de três fatores: 1) categoria analítica, 2) opção ideológica, 3) perfil de consumo. 9) anos 90 -> fragmentação: MPB passa a ser um segmento específico do mercado musical. 1990 -> MPB passa a ser encarada como etiqueta mercadológica. A partir dos anos 90 -> MPB passa a ser um segmento do mercado musical (perca da força unificante e sintética). Anos 90 -> Fragmentação das músicas populares. Impossível abranger a diversidade através da sigla MPB. A partir dos anos 90 -> "relativização da dicotomia entre [músicas populares] e a 'música folclórica'". (p. 9). -transgressão de fronteiras entre manifestações “folclóricas” e “populares” SANDRONI: De fato, a MPB inteira é, em grande parte, resultado de um processo de elaborações e agenciamentos de materiais e práticas musicais “folclóricas”. (Não vai nisso nenhuma crítica: ao contrário, muito do que há de maravilhoso nela está na maneira como conseguiu combinar, a estes processos, as injunções e os recursos da indústria cultural, do saber musical acadêmico e da criatividade de seus artífices.) Mas este grande movimento de “tradução cultural”, devido a suas circunstâncias históricas, recalcava aqueles materiais e práticas ao mesmo tempo que os transfigurava. (p. 10) SANDRONI: Perguntar-se sobre o que se entenderá por “música popular brasileira” daqui para a frente, ou se a expressão fará no futuro algum sentido, é também perguntar- se sobre o que se poderá entender por “povo brasileiro”; pergunta que não diz respeito apenas a música, mas também a nossos maltratados ideais republicanos. (p. 12)