Você está na página 1de 3

Trabalho de História da música II

Prof°: Avelino Romero


Aluno: Venâncio da Silva Seabra

FICHAMENTO
WISNIK, José Miguel. Getúlio da Paixão Cearense: Villa-Lobos e o
Estado Novo. Parte 1. Nacionalismo musical. In: SQUEFF, Ênio,
WISNIK, José Miguel. Música: o nacional e o popular na cultura
brasileira. 2. Ed. São Paulo: Brasiliense, 1983, p. 131-152.
NACIONAL-POPULAR, VANGUARDA-MERCADO

P.131 “É mais do que sabida a ligação que os compositores nacionalistas brasileiros tiveram com o
popular: Villa-Lobos, Mignone, Lorenzo Fernandez, Camargo Guarnieri, Luciano Gallet, para citar
alguns,usaran fortemente o “material folclórico” na composição de suas peças, e é esse uso que marca
o perfil característico tão reconhecível na música de todos eles, mas o que pouco se fala é que o povo
homenageado e imaginado por esses músicos, o povo bom-rústico-ingênuo do folclore, difere
drasticamente de um ao outro de um outro que disponta como anti modelo: as massas urbanas, cuja
presença democrático-anarquica no espaço da cidade (nos carnavais, nas greves, no dia todo das ruas),
espalhada pelo gramofones e rádios através do indíce do samba em expansão, provoca estranheza e
desconforto.”
* A música folclórica fica conhecida como música rural,pois a música popular vem tormando forma e
fica considerada como música nacional.
* Nacional popular (conhecido como a mistura do folclore com o erudito).
* A música urbana é feita através das festas da cidade organizadas pelas massas urbanas.
* Vanguarda: Novas ideias ( Samba,Maxixe,Choro...música urbana em geral).
* A música inovadora feita pelo povo urbano (Vanguarda – Popular) é considerada anárquica por não
conter elementos da música erudita que é vista como estilo civilizado, organizado, artístico e o ideal.
Diferente da música rural, que tem a junção do folclore com o erudito.
*Mercado: Rádio (mídia).
* Vanguarda-mercado: A música das massas urbanas é espalhada provocando estranheza e
desconforto ao nacionalismo popular por ser considerada uma influência deletéria (música imoral e
selvagem).
Obs.: Outros trechos que resume os tópicos acima!
P.133 “A oposição é clara entre a arte que tem história, elevada e disciplinada, tonificada pelo bom
uso do folclore rural (isto é, a música nacionalista), e as manifestações indisciplinadas,
inclassificáveis, insubmissas à ordem e à história, que se revelam ser as canções urbanas.
” P.134 “[...] a plataforma ideológica do nacionalismo musical consistia justamente na tentativa de
estabelecer um cordão sanitário defensivo que separasse a boa música (resultante da aliança da
tradição erudita nacionalista com o folclore) da música má (a popular urbana comercial e a erudita
europeizante, quando esta quisesse passar por música brasileira, ou quando de vanguarda radical.).”
DA REPÚBLICA MUSICAL II.
P.142 “Em 1928 Mário de Andrade, que dava cobertura teórico-ideológica aos compositores,
propondo o desenvolvimento de um projeto nacional-erudito-popular para o Brasil, colocava a
intenção nacionalista e o uso sistemático da música folclórica como condição sine qua non para o
ingresso e a permanência do artista na república musical, dizendo enfaticamente no seu Ensaio sobre a
música brasileira que o compositor que não fizesse música de cunho nacional (bebida na estilização
do popular rústico) funcionaria como “pedregulho na botina” a ser devidamente extirpado.” -
“Pedregulho na botina a ser devidamente extirpado” = Composições clássicas/europeias que não
forem colocadas elementos da música folclórica/popular serão eliminadas e desconsideradas música
brasileira e artística. - É conhecida como música nacional brasileira aquela que contém elementos do
folclore.
Obs.: Outro trecho que resume o tópico acima!

P.143 “A nova música brasileira, produzida pela determinação do artista decidido a “se basear quer
como documentação, quer como inspiração no folclore”, daria relevo ao caráter nacional nele
delineado – daí o destaque ao compromisso da música “artística” com o “popular” [...] o projeto
explícito será o de fazer a composição erudita beber nas fontes populares, estilizando seus temas,
imitando suas fontes, em suma, incorporando a sua técnica.
” P.148 “Olhado no conjunto, o ciclo modernista do nacionalismo musical compreende assim uma
pedida estético-social: sintetizar e estabilizar uma expressão musical de base popular, como forma de
conquistar uma linguagem que concilie o país na horizontalidade do território e na verticalidade da
cultura (levantando a cultura rústica ao âmbito universalizado da cultura
– Burguesa -, e dando à produção musical burguesa uma sabe social da qual ela está carente.).”
- “Horizontalidade do território” = Equilíbrio territorial = Entendimento do pensamento mestiço do
povo brasileiro. (negros/escravos/africanos, brancos/colonizadores/europeus e mulatos/filhos/união
entre o colonizador e o colonizado.).
- Identidade na produção musical/ Padronizar a música brasileira. -
“Verticalidade das classes” = Organização e solidificação da base social à produção musical. (ideia
burguesa/europa no topo da pirâmide.).

Você também pode gostar