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INTRODUÇÃO AO

ARCO ELÉTRICO
Sandro Rosa Corrêa
Engenheiro Metalúrgico
INTRODUÇÃO
Por que o arco elétrico é a fonte de calor mais usada
comumente utilizado na soldagem por fusão de
materiais?

▪ Concentração adequada de energia para a fusão


localizada;
▪ Facilidade de controle;
▪ Baixo custo relativo do equipamento;
▪ Nível aceitável de riscos à saúde dos seus
equipamentos.
INTRODUÇÃO

O que é soldagem elétrica?


É o processo de soldagem por solubilização
líquida no qual a fusão origina-se da ação direta
e localizada de um arco voltaico.
Quais as vantagens desta fonte de calor?

•Alta concentração de calor;


•Pode subsistir em qualquer atmosfera gasosa.
INTRODUÇÃO

Como se obtém um arco elétrico?

O que ocorre neste momento?


INTRODUÇÃO
Por que não passa corrente elétrica entre o
eletrodo e a peça?
Ar é isolante elétrico.
Como consiste então a obtenção do arco
voltaico?
Aquecimento do gás existente entre o eletrodo
e a peça. Sujeitá-lo a um bombardeio de
elétrons.
INTRODUÇÃO

Por que fechamos o curto circuito?

A região do eletrodo em contato com a peça


aquece e fica incandescente e eletrodo
incandescente energizado emite elétrons.
Efeito termoiônico
Os elétrons emitidos se chocam com os
átomos dos gases que compõem a
atmosfera local.
INTRODUÇÃO

•O que ocorre quando se afasta o


eletrodo da peça?
•Por que está atmosfera permite fluir a
corrente elétrica?

•O que caracteriza e diferencia o plasma do


arco voltaico?
INTRODUÇÃO
O que é PLASMA?
 É um “GÁS” ionizado, onde a densidade de íons e
elétrons são altas, porém há equilíbrio de cargas
elétricas. Conduz corrente.

O termo “ plasma" foi utilizado na física pela primeira vez pelo


físico americano, Irving Langmuir no ano de 1928, quando
estudava descargas elétricas em gases. E em 1929, Irving
Langmuir e Levi Tonks, estudaram as oscilações de cargas no
espaço, e deram o nome deste estudo de oscilações de
plasmas. A palavra plasma vem da medicina onde é utilizada
para apontar perturbação ou estado não distinguível.
INTRODUÇÃO

O que é corrente elétrica?

•Luminosidade;
•Calor.

•Fluxo de partículas (positivas,


negativas ou ambas), portadora de
carga elétrica.
INTRODUÇÃO
O que é necessário para que exista este fluxo?
•Diferença de potencial elétrico - ddp

• Define-se diferença de potencial elétrico (ddp) entre


dois pontos a razão entre o trabalho necessário para
deslocar uma carga q de um ponto “A” até outro ponto
“B” (observe que a ddp nunca será maior nem menor
do que a necessária para fazer seu “trabalho”).
• A unidade de ddp no Sistema Internacional é joule por
coulomb, chamada Volt (V) e normalmente indicada
por U (menos conflitante) ou V.
INTRODUÇÃO

Existem dispositivos, chamados geradores elétricos


ou fontes de tensão, que mantêm uma diferença de
potencial entre dois pontos.

• Essa diferença de potencial é muitas vezes


denominada Força Eletromotriz (fem). E,
naturalmente, a unidade é a mesma do potencial
elétrico (Volt).

• Resumindo, a ddp ou fem de uma fonte é a medida


da capacidade de um gerador de impulsionar elétrons
através de um circuito externo (fio que liga os dois
terminais de saída).
INTRODUÇÃO
• Quando se aplica uma diferença de potencial a um
circuito elétrico, esse movimento caótico continua a
existir, mas a ele se sobrepõe um movimento
ordenado, de tal forma que, em média, os elétrons
livres e os íons passam a se deslocar ao longo deste.
INTRODUÇÃO

Sentido convencional x Sentido real


Sentido Convencional

-
Sentido Real
INTRODUÇÃO

• Cargas opostas se atraem.

• Assim, os elétrons vão em sentido das cargas


positivas e os íons positivos em sentido das
cargas negativas
INTRODUÇÃO

• Define-se intensidade de corrente elétrica


como a carga elétrica que passa por unidade
de tempo em uma seção do condutor.

• Assim, de forma genérica:


I = dq / dt

• A unidade no Sistema Internacional, que


seria Coulomb/segundo, é chamada Ampère
(A).
CORRENTE ELÉTRICA
• O tipo de corrente que se produz depende do tipo
de tensão.
Fluxos contrários (íons- e elétrons)
Fluxo único (elétrons);
O que é polaridade?
Sentido de percurso das partículas de carga.

A corrente se caracteriza pela mão dupla de


percurso das partículas ou pela movimentação
única dos elétrons do negativo para o positivo.
CORRENTES E TENSÕES CONTÍNUAS
• A corrente contínua (CC ou DC) é aquela que
passa através de um condutor ou de um circuito
num só sentido. Isso se deve ao fato de suas fontes
de tensão (pilhas, baterias,...) manterem a mesma
polaridade de tensão de saída.

Constante – Fonte retificadora Pulsada – Sinérgico


CORRENTES E TENSÕES ALTERNADAS
• Uma fonte de tensão alternada alterna a polaridade
constantemente com o tempo.
POLARIDADE NA SOLDAGEM
POLARIDADE NA SOLDAGEM
TRANSFERÊNCIA DE CALOR PARA A
CHAPA EM SOLDAGEM A ARCO
TRANSFERÊNCIA DE CALOR PARA O METAL

Calor é transferido através de uma área de contato (Ao)


por condução
FONTE PRIMÁRIA DE CALOR
(OU ENERGIA DE SOLDAGEM):
Energia de Soldagem (E/H) é o calor gerado no arco,
devido à conversão da potência elétrica (P= V x
I), química, mecânica, etc., durante um período
de tempo, mas que não necessariamente se
transfere todo para a chapa.

Calor Imposto é o calor que vai efetivamente


ser transferido para a chapa, mas não
necessariamente fazer o cordão de solda.

CALOR IMPOSTO = E – PERDAS


DIFICULDADES DE MEDIR (QUANTIFICAR) A
DENSIDADE DE ENERGIA:

• Dificuldade de definir a área de contato;


• Distribuição não uniforme do calor na
área de contato;
• Calor transferido para a chapa de forma
externa à área de contato.
EFICIÊNCIA TÉRMICA EM
SOLDAGEM A ARCO
• Potência de soldagem = potência elétrica gasta
para produzir a fonte de calor = P = V x I (watts).
• Energia de soldagem = é a potência elétrica gasta
para produzir a fonte de calor num determinado
tempo (E= V x I x t (watts.s = Joule).
• Energia imposta (ou calor imposto) = quantidade
de energia introduzida por unidade de
comprimento de solda por uma fonte de calor em
movimento longitudinal (E = η x V x I) / v (J/mm).
EFICIÊNCIA TÉRMICA EM
SOLDAGEM A ARCO

Os fatores que controlam a eficiência térmica


do arco (η) são:

• Tipo de proteção (gasosa ou escória);


• Comprimento do arco;
• Composição da proteção (potencial de
ionização e capacidade de troca de calor);
• Intensidade de corrente.
EFICIÊNCIA TÉRMICA EM
SOLDAGEM A ARCO

PROCESSO DE SOLDAGEM 

Eletrodo revestido (SMAW) 0,70 - 0,85


MIG/MAG (GMAW) 0,75 - 0,95
Arco Submerso (SAW) 0,85 - 0,98
TIG (GTAW) – CA 0,20 - 0,50
– CC- 0,50 - 0,80
Feixe eletrônico (EBW) 0,80 - 0,95
LASER (LBW) 0,003 - 0,70
FORMAÇÃO DO ARCO
ELÉTRICO DE SOLDAGEM

Como consiste então a obtenção do arco


voltaico?

•Aquecimento do gás existente entre o eletrodo e a peça.


Sujeitá-lo a um bombardeio de elétrons.
•A tensão cai e a corrente cresce (corrente de curto circuito).
•Metal incandescente da ponta do eletrodo energizado emite
elétrons.
•Ocorre a ionização do gás.
•Gases do ar passam para o estado de plasma;
•Vapores metálicos se ionizam.
FORMAÇÃO DO ARCO
ELÉTRICO DE SOLDAGEM

GÁS É UM NÃO CONDUTOR DE ELETRICIDADE

✓ Para se formar o arco é necessário mudar o


estado do gás, isto é, IONIZÁ-LO.
PLASMA

É um “GÁS” ionizado, onde a densidade de íons


e elétrons são altas, porém há equilíbrio de
cargas elétricas. Conduz corrente.

O termo “ plasma" foi utilizado na física pela primeira vez pelo


físico americano, Irving Langmuir no ano de 1928, quando
estudava descargas elétricas em gases. E em 1929, Irving
Langmuir e Levi Tonks, estudaram as oscilações de cargas no
espaço, e deram o nome deste estudo de oscilações de
plasmas. A palavra plasma vem da medicina onde é utilizada
para apontar perturbação ou estado não distinguível.
PLASMA
OBTENÇÃO DO PLASMA
▪ Condição para existência:

✓Natural: - Altas Temperaturas;


- Baixíssimas Pressões.

✓Artificial: - Alto Diferencial de Potencial;


- Elevada Corrente;
- Alta Frequência.
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO

É a energia necessária para retirar um elétron


da sua camada de valência, ou seja, para tirar
o ultimo elétron do átomo.
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO

Os átomos podem liberar ou receber elétrons.

✓Cátions

✓Ânions

Para cada elétron livre existe um íon com a


mesma carga positiva
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO

✓ Quanto mais carga positiva o núcleo possuir


mais fortemente ele atrairá seus elétrons;
✓ Quanto ao tamanho do átomo.

FUNÇÃO DO ELEMENTO
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO
✓ Usa-se comumente uma unidade de
medida para este tipo de energia
chamado de elétron-volt (eV).
POTENCIAL DE IONIZAÇÃO
Relação entre Potencial de Ionização e Temperatura
O ARCO ELÉTRICO

“É a passagem de uma grande


quantidade de corrente elétrica através
de uma atmosfera inicialmente gasosa
e/ou de vapores metálicos,
posteriormente ionizada, entre dois
eletrodos submetidos a uma diferença de
potencial ”.
O ARCO ELÉTRICO
O ARCO ELÉTRICO
O ARCO ELÉTRICO EM SOLDAGEM

“ É um arco Elétrico formado entre um eletrodo (consumível


ou não) e o material a ser soldado”.
MODELO MATEMÁTICO

SMAW V = 20 + 0,04 i
GTAW V = 10 + 0,04 i
GMAW V = 14 + 0,05 i
FCAW V = 16 + 0,06 i
SAW V = 14 + 0,05 i
PAC V = 100 + 0,05 i

V = Tensão
i = Corrente de Soldagem
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO

1) Processos de Abertura do Arco

• Aquecimento do eletrodo e da peça


para emitir e receber elétrons.

• Aquecimento pelo efeito Joule – curto


circuito.
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO

1) Processos de Abertura do Arco


Antes do curto circuito:
✓ Tensão é regulada pela fonte.
✓ Não tem resistência no sistema.
Durante o curto:
✓ Resistência entre o eletrodo e a peça (Efeito Joule)
✓ Aumento da corrente e diminuição da tensão.
✓ A corrente gera calor e funde o eletrodo e a
superfície da peça.
✓ Fusão é mais alta do que a velocidade de
alimentação do eletrodo
✓ Separação da ponta do eletrodo.
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO

1) Processos de Abertura do Arco

Condições para surgimento do arco:


✓ Pequeno comprimento da coluna de plasma –
10mm.
✓ Alta tensão por unidade de comprimento (3x106
V/mm) – Facilita a ionização dos gases.
✓ Ponta do eletrodo e superfície ficam
superaquecidos favorecendo a emissão e recepção
de elétrons.
Arco quase sem coluna plasmática
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO
1) Processos de Abertura do Arco
- Ionização por Aquecimento e/ou Alta
Frequência
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO

2) Processo de Manutenção do Arco


(partindo-se do ponto que o gás já está
ionizado)

Produção de calor = Choque de elétrons com átomos


Dissipação de calor = Perda para o meio ambiente
(convecção + condução + radiação) + eletrodo e chapa

Quando a Produção é igual à dissipação, tem-se o EQUILÍBRIO


ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO
2) Processo de Manutenção do Arco (partindo-se
do ponto que o gás já está ionizado)
Durante a ionização ocorre a perda de calor para o
meio.
✓ Átomos ionizados pelo efeito dos choques;
✓ Átomos desionizados por troca de calor com o meio
ambiente.

Fatores para manter o equilíbrio entre entra e saída:


✓ Intensidade de corrente;
✓ Comprimento do arco;
✓ Composição do plasma.
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO
2) Processo de Manutenção do Arco (partindo-se do
ponto que o gás já está ionizado)
Por que as condições para manutenção do ar
pioram?

✓ Menor tensão disponível;


✓ Redução de calor na ponta do eletrodo e da
superfície da peça (perda do curto circuito);
✓ Aumento do comprimento do arco.
ABERTURA E MANUTENÇÃO DO ARCO
2) Processo de Manutenção do Arco (partindo-se do
ponto que o gás já está ionizado)
FORMATO DE UM ARCO

Ar, 100 A (Wendelstorf, 2000) - Simulação


FORMATO DE UM ARCO

• O formato de um arco é função da


distribuição de temperatura
FORMATO DE UM ARCO
• Influência o tipo de gás nas isotermas
(formato do arco)

Contornos de temperatura para (a) Ar (Tmax = 23970 K) e (b) 0%He+10%Fe


(Tmax = 21260 K) para corrente de 200 A (Jönsson et al., 1995).
Simulação
FORMATO DE UM ARCO

• Influência da corrente na dimensão do arco e


na tensão

Já a temperatura máxima do arco não se altera muito, mas as


isotermas próximas da chapa ficam mais quentes (efeito Joule);
FORMATO DE UM ARCO

• Influência do comprimento do arco na


dimensão do arco e na Tensão

•↑ comprimento
do arco
volume do arco
(área de troca de
calor) ↑
Tensão ↑.
REGIÕES DE UM ARCO

Região anódica 2a8V

Região catódica 5 a 20 V
-
REGIÕES DE UM ARCO
LIMPEZA CATÓDICA

• Os elétrons são mais facilmente emitidos


pela camada de elétrons (ligações mais
fracas);
• Formados pela poça e arredores;
• Os elétrons removem a camada de óxidos
localmente.
REGIÕES DE UM ARCO
LIMPEZA CATÓDICA

PAREI AQUI
REGIÕES DE UM ARCO
LIMPEZA CATÓDICA
REGIÕES DE UM ARCO
LIMPEZA CATÓDICA

GMAW em aço inoxidável


REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA
REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA

Como se mantém o calor na coluna de plasma?


Pela corrente;
Geometria da coluna.
REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA
Pela corrente:
• O sistema deve garantir que o calor que entra seja
igual ao que sai.
• Os elétrons com alta energia cinética se chocam
com os átomos e transferem energia para os
mesmos (auto-aquecimento).
• ionização e re-ionização.
• Quanto mais o átomo se ionizar, maior a energia
demandada (potencial de ionização).
REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA
Pela corrente:
Maior energia de ionização
Maior tensão elétrica

Maior corrente, mais chance de mais elétrons se


chocarem com o mesmo átomo.

Mais átomos precisam ser reionizados, devido a troca


com o meio. Aumento da tensão ou corrente.
REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA
Geometria:
REGIÕES DE UM ARCO
COLUNA DE PLASMA
REGIÕES DE UM ARCO

• Maiores correntes
• Menores tensões
• Maior calor
• Elétrons do cátodo (-) para o
anódo (+)
REGIÕES DE UM ARCO
REGIÕES DE UM ARCO
CIRCUITO EQUIVALENTE

Representação esquemática Circuito elétrico


de um arco: equivalente:
CONSUMO DE ENERGIA PELO ARCO
DE SOLDAGEM

Potência consumida total = ΣV. I


Pcons. total = I.(Vel + Va + VA + Vc)
A potência é consumida na forma de calor +
luz + som + outras energias
BALANÇO DE CALOR ENTRE O
ÂNODO E O CÁTODO
✓GANHO DE ENERGIA PELO ÂNODO

▪ Energia cinética dos elétrons (alto gradiente elétrico)


- alta velocidade;
▪ Energia térmica do elétron (reação exotérmica
quando choca com o ânodo).
▪ Energia de recombinação de íons na superfície;
▪ Condução de calor e radiação do arco;
▪ Reações químicas;
▪ Aquecimento por efeito Joule.
BALANÇO DE CALOR ENTRE O
ÂNODO E O CÁTODO
✓ AS PERDAS DE ENERGIA DO ÂNODO

• Energia perdida para evaporar átomos metálicos;


• Partículas volumosas expelidas do ânodo;
• Energia gasta para dissociar moléculas gasosas em
contato com a superfície;
• Condução de calor para a chapa ou eletrodo;
• Convecção e radiação de calor para o meio
ambiente.
BALANÇO DE CALOR ENTRE O
ÂNODO E O CÁTODO
➢O GANHO DE ENERGIA DO CÁTODO
– Choque de íons (em menor número e energia do que os
elétrons em relação ao ânodo);
– Reações químicas;
– Calor do arco, condução e radiação (área pequena, se for
eletrodo);
- Aquecimento por efeito Joule.
➢AS PERDAS DE ENERGIA PELO CÁTODO
– Principalmente condução (refrigeração do eletrodo);
– Arrancamento de elétrons (processo endotérmico).
BALANÇO DE CALOR ENTRE O
ÂNODO E O CÁTODO

Como resultado:
60 a 70 % do calor no ânodo (+)
30 a 40 % do calor no cátodo (-)
EFEITOS MAGNÉTICOS
EFEITOS MAGNÉTICOS

Força de Lorentz
EFEITOS MAGNÉTICOS
EFEITOS MAGNÉTICOS

• Todo condutor percorrido por corrente


induz um campo magnético ao redor de si.

• Um condutor submetido a um campo


magnético não uniforme, sofre uma força
que tende a deslocá-lo para a região de
menor intensidade de campo.
SOPRO MAGNÉTICO

Redução do controle que se tem sobre o arco, dificultando a


soldagem e aumentando a chance de formação de
descontinuidades no cordão.
SOPRO MAGNÉTICO

Ocorrências
• Mudanças bruscas na direção da
corrente elétrica.
• Existência de magnetismo residual na
peça.
• Distribuição assimétrica de material
ferromagnético em torno do arco.
SOPRO MAGNÉTICO

Soldagem de uma barra de aço ligada à máquina por um único


cabo o que causa uma mudança brusca de direção na corrente
quando esta passa do arco para a peça
SOPRO MAGNÉTICO

• Este efeito é mais provável, também, na soldagem junto da


borda de peças de aço (que é um material ferromagnético) ou
na soldagem de peças de aço com espessuras diferentes.
SOPRO MAGNÉTICO

• Por diferenças de temperatura da peça nas


proximidades do arco:
• Ao soldar materiais ferromagnéticos, o material mais
quente (isto é, aquele atrás do arco) que estiver acima
da temperatura Curie será paramagnético, portanto, terá
uma menor permeabilidade magnética que o material
mais frio. Por conseguinte, o arco tenderá a se desviar
para a frente, em relação à direção de soldagem.
SOPRO MAGNÉTICO

• Por diferenças de permeabilidade magnética dos materiais:


como é o caso da união de aços ferríticos com aços
austeníticos.

• Por magnetismo residual existente na peça, produzido por


operações anteriores, como ensaios não-destrutivos por
partículas magnéticas, uso de ímãs para manipulação,
processos de corte térmico, soldagem, usinagem, etc.
SOPRO MAGNÉTICO

• Inclinar o eletrodo para o lado em que se


dirige o arco.
• Reduzir o comprimento do arco,
• Balancear a saída de corrente da peça,
ligando-a à fonte por mais de um cabo;
• Reduzir a corrente de soldagem;
• Soldar com corrente alternada, pois, com
esta, o sopro magnético é sempre menor.
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO

• O que é?
• Relação da tensão requerida para uma
dada condição de soldagem em função da
corrente.
Fixando:
• Comprimento do arco
• Dimensão do eletrodo;
• Proteção do arco;
• Polaridade e etc.
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO

• Curvas características do arco GTAW para diferentes comprimentos de


arco.
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO

• Relação entre tensão e comprimento de arco.


CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO

Influência da adição de diferentes gases ao argônio na tensão do arco


GTAW (para corrente de 150 A e comprimento do arco de 4 mm)
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO

Curvas características de fontes de (a) corrente constante e de (b) tensão


constante. A interseção destas curvas com a curva do arco corresponde ao
ponto de operação.
CARACTERÍSTICA ESTÁTICA DOS ARCO
Exercício
Calcule o Calor Imposto (Heat Input) do seguinte
processo:

SAW twin arc➔ I=700 Amperes / V=30 Volts / Velocidade


deslocamento= 1,5 m/min / tamanho do corpo de
prova= 2 metros

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