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AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO MULTIRRESÍDUO PARA


DETERMINAÇÃO DE PESTICIDAS BENZIMIDAZÓIS.
CARBAMATOS E TRIAZINAS EM MILHO POR
CROMATOGRAFIA LÍQUIDA ACOPLADA À
ESPECTROMETRIA DE MASSAS EM TANDEM E SUA
CERTIFICAÇÃO

TEREZA ATSUKO KUSSUMI

Dissertação apresentada como parte


dos requisitos para obtenção do Grau
de Mestre em Ciências na Área de
Tecnologia Nuclear - Materiais.

Orientador:
Dr. José Oscar Vega Bustillos

São Paulo
2007
ipen
INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E NUCLEARES

A U T A R Q U I A A S S O C I A D A À U N I V E R S I D A D E DE S Ã O P A U L O

DESENVOLVIMENTO DE MÉTODO MULTIRRESÍDUO


PARA DETERMINAÇÃO DE PESTICIDAS
BENZIMIDAZÓIS, CARBAMATOS E TRIAZINAS EM
MILHO POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA ACOPLADA À
ESPECTROMETRIA DE MASSAS EM TANDEM E SUA

CERTIFICAÇÃO

/
TEREZA ATSUKO KUSSUMI ^^'^

• i, t

Dissertação apresentada como parte


dos requisitos para obtenção do Grau
de Mestre em Ciências na Área de
Tecnologia Nuclear- Materiais.
Orientador:
Dr. José Oscar Vega Bustillos

S ã o Paulo

2007
AGRADECIMENTOS

A o Dr. J o s é O s c a r Bustillos, pela o r i e n t a ç ã o , incentivo, c o m p r e e n s ã o ,

a m i z a d e e d e d i c a ç ã o q u e f o r a m essenciais para a realização d e s t e trabalho.

À Diretora d o Instituto Adolfo Lutz, D r a . Marta S a l o m ã o ; a o Diretor d a

Divisão de B r o m a t o l o g i a e Q u í m i c a , Dr. Odair Z e n e b o n , e a o Diretor d o S e r v i ç o

d e Química A p l i c a d a , Paulo Tiglea, pela o p o r t u n i d a d e , apoio e confiança.

A o Hélio Martins Júnior, da A p p l i e d B i o s y s t e m s d o Brasil, pelo a p o i o ,

amizade, colaboração na e x e c u ç ã o d a parte e x p e r i m e n t a l e orientação em

LC/MS/MS.

Ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN), pelo

o f e r e c i m e n t o da infra-estrutura necessária para a realização d o trabalho.

À D r a . Maria A p a r e c i d a Faustino Pires, pela contribuição, a u t o r i z a ç ã o e

realização d a etapa e x p e r i m e n t a l do e s t u d o .

A o s colegas d a S e ç ã o de Aditivos e Pesticidas Residuais, d o Instituto

A d o l f o Lutz, p e l a c o m p r e e n s ã o e carinho.

A t o d o s os c o l e g a s e a m i g o s d o Centro d e Q u í m i c a d o Meio A m b i e n t e ,

p e l a a m i z a d e e agradável convívio.

À A p p l i e d B i o s y s t e m s do Brasil, pelo a p o i o d o s u p o r t e instrumental.

A o s meus familiares e a m i g o s , pelo c a r i n h o , incentivo, a p o i o e m o c i o n a l

e compreensão.

A todos que, diretamente ou indiretamente, contribuíram para a

realização d e s t e trabalho,

meus agradecimentos.
O e s e n v o l v i m e n t o d e m é t o d o m u l t i r r e s í d u o para d e t e r m i n a ç ã o de pesticidas

b e n z i m i d a z ó i s , c a r b a m a t o s e triazinas e m milho por C r o m a t o g r a f i a Líquida

a c o p l a d a à E s p e c t r o m e t r i a de M a s s a s e m Tandem e s u a certificação.

T e r e z a Atsul^o K u s s u m I

RESUMO

O presente trabalho a p r e s e n t a o s d a d o s obtidos no e s t u d o para o

desenvolvimento de método multirresíduo de pesticidas dos grupos de

benzimidazol (carbendazim, tiabendazol e tiofanato metílico), carbamatos

(aldicarbe, aldicarbe sulfona, aldicarbe suifóxido, carbaril, carbofurano, metomil,

m e t i o c a r b e , pirimicarbe, propoxur) e triazinas (atrazina e simazina) e m a m o s t r a s

d e milho verde. O s pesticidas f o r a m extraídos e m a c e t o n a , sob agitação, diluídos

e m á g u a e injetados no sistema L C / M S / M S . A técnica analítica d e quantificação e

c o n f i r m a ç ã o utilizada foi a Cromatografia Líquida acoplada à Espectrometria de

Massas em Tandem com ionização por Electrospray no m o d o positivo. A

validação d o m é t o d o multirresíduo f o i s u b m e t i d a e m c o n f o r m i d a d e c o m a norma

E C / 2 0 0 2 / 6 5 7 da C o m u n i d a d e E u r o p é i a . Para quantificação d o s analitos utillizou-

s e as c u r v a s analíticas d o s princípios ativos, n a s concentrações que v a r i a r a m de

0,04 a 8,0 ng/ml, c o r r e s p o n d e n t e s a 2,0 a 4 0 0 pgkg"^ na a m o s t r a . Para o estudo

d a recuperação, o s pesticidas f o r a m avaliados e m c i n c o níveis, d e Yi Limite d e

quantificação ( L O Q ) a 5 L O Q , c o r r e s p o n d e n t e s a níveis d e fortificação d e 4,0 a

2 0 0 pg.kg"^ . Os resultados da r e c u p e r a ç ã o a p r e s e n t a r a m , e m níveis aceitáveis,

na faixa d e 80 a 1 1 0 % e c o m precisão satisfatórias, C V < 2 0 % , c o m e x c e ç ã o de

aldicarbe e de aldicarbe sulfona. O s limites d e quantificação d o m é t o d o variaram

d e 8 a 4 0 \iQ.kg^ e o s limites de d e t e c ç ã o d o m é t o d o , d e 0,2 a 2,9 PQ-kg'^ O s

limites d e quantificação d o m é t o d o a t e n d e m a o s limites m á x i m o s de r e s í d u o s da

legislação brasileira e m vigor. Nas a m o s t r a s e s t u d a d a s , n ã o f o r a m e n c o n t r a d o s

resíduos d e pesticidas a c i m a d o limite de quantificação d o m é t o d o . Por o u t r o lado,

todos o s pesticidas, exceto carbaril e pirimicarbe, f o r a m detectados e m t o d a s as

a m o s t r a s e e m níveis a c i m a dos limites de d e t e c ç ã o d o m é t o d o . A alta incidência

da p r e s e n ç a de resíduos d e pesticidas se d e v e possivelmente a o uso i n a d e q u a d o

d e agrotóxico, q u a n d o não autorizado o seu u s o para a cultura d e milho n o Brasil

o u proveniente d e a l g u m a contaminação, c o m o o t r a t a m e n t o de agrotóxicos

aplicados e m outras culturas p l a n t a d a s no m e s m o solo.


Development of a multíresidue method for the determination of

benzimidazolic pesticides, c a r b a m a t e s and triazines in c o r n by Liquid

C h r o m a t o g r a p h y c o u p l e d to t a n d e m M a s s S p e c t r o m e t r y a n d its certification.

T e r e z a A t s u k o Kussumi

ABSTRACT

T h e present w o r k p r e s e n t s t h e results of a study of d e v e l o p m e n t a b o u t

a multíresidue m e t h o d for d e t e r m i n i n g pesticides of t h e following g r o u p s in c o r n :

benzimidazolic c o m p o u n d s ( c a r b e n d a z i m , thiabendazol a n d methyl thiofanate),

c a r b a m a t e s (aldicarb, aldicarb sulfone, aldicarb sulfoxide, carbaryl, c a r b o f u r a n ,

methomyl, methiocarb, pirimicarb, propoxur), and triazines (atrazine and

simazine). T h e pesticides w e r e extracted in a c e t o n e under c o n s t a n t stirring,

diluted in w a t e r a n d injected in t h e L C / M S / M S system. T h e analytical t e c h n i q u e for

quantification a n d confirmation w a s Liquid C h r o m a t o g r a p h y c o u p l e d to t a n d e m

Mass Spectrometry with Electrospray ionization in the positive mode The

validation of t h e multíresidue method undenvent the European Community

E C / 2 0 0 2 / 6 5 7 s t a n d a r d . For t h e quantification of the analytes, calibration curves o f

the s u b s t a n c e s in c o n c e n t r a t i o n s ranging from 0.04 to 8.0 n g / m L w e r e u s e d ,

corresponding t o 2.0 t o 4 0 0 pg.kg'^ in t h e s a m p l e . For recovery tests, the

pesticides w e r e a s s e s s e d o n f i v e levels, f r o m /a Limit of Quantification (LOQ) t o 5

L O Q , corresponding t o t h e fortification levels of 4.0 to 2 0 0 p g . k g ' \ T h e results o f

the t e s t s s h o w e d a recovery o f 8 0 - 1 1 0 % w i t h satisfactory precision, a n d C V < 2 0 % ,

e x c e p t for aldicarb and aldicarb sulfone. T h e limits of quantification o f the m e t h o d

r a n g e d f r o m 8 t o 4 0 [ig.kg'^ a n d the limits of detection ranged f r o m 0.2 to 2.9

p g . k g ' \ T h e limits of quantification of the m e t h o d m e e t t h e m a x i m u m residue limit

a l l o w e d by t h e Brazilian law. In t h e studied samples, pesticide residues above t h e

limit o f quantification of the m e t h o d w e r e not f o u n d . O n t h e o t h e r hand, all

pesticides, e x c e p t for carbaryl a n d pirimicarb, in all s a m p l e s , w e r e detected a n d

level a b o v e t h e limits of detection o f the m e t h o d . T h e high incidence o f residues of

t h e s e pesticides is probably d u e t o their inadequate use, since it is not allowed o n

corn cultures in Brazil, or any k i n d of contamination like the use of s u c h pesticides

on o t h e r cultures over t h e s a m e s o i l .
SUMARIO

Página

1. INTRODUÇÃO 17

2. OBJETIVOS 22

2 . 1 . Objetivo Geral 22

2 . 2 . Objetivos específicos 22

3. REVISÃO DA L I T E R A T U R A 24

3 . 1 . Milho. Produto agrícola. Importancia alimentar 24

3 . 2 . Defensivos agrícolas. A g r o t ó x i c o s o u pesticidas.

Contexto atual 26

3 . 3 . Pesticidas 28

3 . 3 . 1 . Inseticidas - C a r b a m a t o s 30

3 . 3 . 1 . 1 . A l d i c a r b e , aldicarbe suifóxido e aldicarbe sulfona 30

3.3.1.2. Carbaril 32

3.3.1.3. C a r b o f u r a n o 33

3.3.1.4. M e t i o c a r b e 34

3.3.1.5. Metomil 35

3.3.1.6. Pirimicarbe 35

3.3.1.7. Propoxur 36

3.3.2. Herbicidas - Triazinas 37

3 - 3 . 2 . 1 . Atrazina 37

3.3.2.2. Simazina 38

3.3.3. Fungicidas - Benzimidazóis 39

3.3.3.1. Carbendazim 40

3.3.3.2. T i a b e n d a z o l 40

3.3.3.3. Tiofanato metílico 41

3.4. Método analítico 42

3 . 4 . 1 . M é t o d o multirresíduo 43

3.4.1.1.Extração - M é t o d o multirresíduo 43

3.4.2. Quantificação e/ou c o n f i r m a ç ã o 44


3.4.3. Espectrometria d e m a s s a s 45

3.5. P r o g r a m a d e monitoramento 51

4. METODOLOGIA 62

4 . 1. C o l e t a d e amostras 62

4.2. P r e p a r a ç ã o das a m o s t r a s 63

4.3. R e a g e n t e s 63

4.4. E q u i p a m e n t o s utilizados 64

4.4.1. Sistema HPLC - MS/MS 64

4.5. C u r v a s analíticas 64

4.6. P r e p a r a ç ã o dos extratos 65

4 . 6 . 1 . C á l c u l o s . Análise qualitativa e quantitativa 65

4.7. E s t u d o s d e r e c u p e r a ç ã o 66

4 . 7 . 1 . C r o n o g r a m a do e x p e r i m e n t o d e r e c u p e r a ç ã o 67

4.7.2. C á l c u l o s d e Recuperação 67

4.8. V a l i d a ç ã o d o m é t o d o analítico 68

4.8.1. Linearidade 69

4.8.2. Faixa linear e faixa linear d e trabalho 70

4.8.3. Seletividade 70

4.8.4. Exatidão 70

4.8.5. Precisão 72

4.8.6. Níveis críticos ( C C a e C C p a ) 72

4 . 8 . 6 . 1 . Limite d e decisão C C a 73

4.8.6.2. C a p a c i d a d e de detecção ( C C p a ) 74

4.8.7. Incerteza 75

4 . 8 . 7 . 1 . C á l c u l o d a s variâncias 76

4.8.7.2. Cálculo d e m e d i d a d e incerteza (U) 77

4.8.8. Limite d e quantificação 77

4.8.9. Limite d e d e t e c ç ã o 78

5. R E S U L T A D O S E D I S C U S S Ã O 79

5 . 1 . O f i m i z a ç ã o d o e q u i p a m e n t o - cromatografia líquida 79

5.2. Espectrometria de m a s s a s 80

5.3. C u r v a s analíficas 81
5.4. E x t r a ç ã o 93

5.5.Teste d e T e s t e m u n h a - S e l e t i v i d a d e 94

5.6. Recuperação 96

5.7. Linearidade d a s r e c u p e r a ç õ e s 96

5.8. Níveis críticos - C C a e C C p 124

5.9. Cálculo d a incerteza 125

5.10. Limite d e quantificação d o m é t o d o 127

5 . 1 1 . Limite d e d e t e c ç ã o do m é t o d o 129

5.12. Resultado d a s a m o s t r a s 134

6. C O N C L U S Õ E S 137

7. R E F E R Ê N C I A S B I B L I O G R Á F I C A S 139
LISTA DE T A B E L A S

Página

Tabela 1 Pesticidas estudados e seus pesos moleculares.


Classificação e Limite M á x i m o d e Resíduo (LMR)
e s t a b e l e c i d o n a legislação brasileira, Codex Alimentanus
e União Européia 19

Tabela 2 Resultado d a s amostras domésticas, por grupo de


alimentos e m 2003 (EUA) 54

Tabela 3 R e s u l t a d o s d a a m o s t r a s importadas, por g r u p o de 54


alimentos e m 2 0 0 3 , ( E U A )

Tabela 4 R e s u l t a d o d o p r o g r a m a nacional de m o n i t o r a m e n t o e m 57
2 0 0 4 , EU

Tabela 5 A m o s t r a s in natura de frutas, vegetais e cereais 58


Tabela 6 A m o s t r a s d e fiscalização, e m níveis a c i m a L M R E C , de
frutas, v e r d u r a s e cereais 59

Tabela 7 D a t a e coleta d a s a m o s t r a s 62

Tabela 8 P a d r õ e s e s t u d a d o s , p r o c e d ê n c i a e grau d e pureza 63

Tabela 9 Cronograma d o experimento 67

T a b e l a 10 Níveis de r e c u p e r a ç ã o e m é d i a d e recuperação 71

T a b e l a 11 Níveis de r e c u p e r a ç ã o e faixa d e coeficiente de v a r i a ç ã o 72

T a b e l a 12 Programação do gradiente de eluição da coluna


cromatográfica 79

T a b e l a 13 T e m p o de r e t e n ç ã o (Tr) d o s analitos e s t u d a d o s 79

T a b e l a 14 C o n d i ç õ e s d e d e t e c ç ã o d o e s p e c t r ó m e t r o de massas
usando modo M R M 80

T a b e l a 15 Resultados d a curva analítica para aldicarbe 81

T a b e l a 16 Resultados d a curva analítica para aldicarbe sulfona 82

T a b e l a 17 Resultados d a curva analítica p a r a aldicarbe suifóxido 83


T a b e l a 18 R e s u l t a d o s da curva analítica para carbaril 83

T a b e l a 19 R e s u l t a d o s da curva analítica para c a r b o f u r a n o 84

Tabela 20 R e s u l t a d o s da curva analítica para m e t i o c a r b e 85

T a b e l a 21 R e s u l t a d o s da curva analítica para m e t o m i l 85

T a b e l a 22 R e s u l t a d o s da curva analítica para pirimicarbe 86

Tabela 23 R e s u l t a d o s da curva analítica para propoxur 87

Tabela 24 R e s u l t a d o s da curva analítica para atrazina 87

T a b e l a 25 R e s u l t a d o s da curva analítica para simazina 88

Tabela 26 R e s u l t a d o s da curva analítica para c a r b e n d a z i m 89

T a b e l a 27 R e s u l t a d o s d a curva analítica para t i a b e n d a z o l 89

T a b e l a 28 R e s u l t a d o s da curva analítica para tiofanato metílico 90

Tabela 29 L i n e a r i d a d e d a s curvas analíticas 91

T a b e l a 30 R e s u l t a d o da precisão instrumental d a curva analítica


para t o d o s o s analitos e s t u d a d o s n e s t e trabalho 92

T a b e l a 31 R e s u l t a d o d a extração d a s a m o s t r a s testemunhas
fortificadas c o m diferentes solventes 93

T a b e l a 32 E q u a ç õ e s d a s retas dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para


aldicarbe 98

T a b e l a 33 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
aldicarbe sulfona 99

T a b e l a 34 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
aldicarbe suifóxido 100

T a b e l a 35 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
carbaril 102

T a b e l a 36 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
carbofurano 103

T a b e l a 37 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
metiocarbe 104
T a b e l a 18 R e s u l t a d o s da curva analítica para carbaril 83

T a b e l a 19 R e s u l t a d o s da curva analítica para c a r b o f u r a n o 84

Tabela 20 R e s u l t a d o s da curva analítica para m e t i o c a r b e 85

T a b e l a 21 R e s u l t a d o s da curva analítica para m e t o m i l 85

T a b e l a 22 R e s u l t a d o s da curva analítica para pirimicarbe 86

Tabela 23 R e s u l t a d o s da curva analítica para propoxur 87

Tabela 24 R e s u l t a d o s da curva analítica para atrazina 87

T a b e l a 25 R e s u l t a d o s da curva analítica para simazina 88

Tabela 26 R e s u l t a d o s da curva analítica para c a r b e n d a z i m 89

T a b e l a 27 R e s u l t a d o s d a curva analítica para t i a b e n d a z o l 89

T a b e l a 28 R e s u l t a d o s da curva analítica para tiofanato metílico 90

Tabela 29 L i n e a r i d a d e d a s curvas analíticas 91

T a b e l a 30 R e s u l t a d o da precisão instrumental d a curva analítica


para t o d o s o s analitos e s t u d a d o s n e s t e trabalho 92

T a b e l a 31 R e s u l t a d o d a extração d a s a m o s t r a s testemunhas
fortificadas c o m diferentes solventes 93

T a b e l a 32 E q u a ç õ e s d a s retas dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para


aldicarbe 98

T a b e l a 33 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
aldicarbe sulfona 99

T a b e l a 34 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
aldicarbe suifóxido 100

T a b e l a 35 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
carbaril 102

T a b e l a 36 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
carbofurano 103

T a b e l a 37 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
metiocarbe 104
Tabela 3 8 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a
metomil 106

Tabela 3 9 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a
pirimicarbe 107

Tabela 4 0 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a
propoxur 108

Tabela 4 1 E q u a ç õ e s das retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a


atrazina 110

Tabela 4 2 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a
simazina 111

Tabela 4 3 E q u a ç õ e s das retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a


carbendazim 112

Tabela 4 4 E q u a ç õ e s das retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a


tiabendazol 114

Tabela 4 5 E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para


tiofanato metílico 115

Tabela 4 6 Resultados da m é d i a d e exatidão, do d e s v i o padrão e d o


coeficiente de v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
aldicarbe 116

Tabela 4 7 R e s u l t a d o s da m é d i a d e e x a t i d ã o , do d e s v i o padrão e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
aldicarbe sulfona 116

Tabela 4 8 R e s u l t a d o s da m é d i a d e exatidão, d o d e s v i o padrão e d o


coeficiente d e v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
aldicarbe suifóxido 116

Tabela 4 9 R e s u l t a d o s da m é d i a d e e x a t i d ã o , d o d e s v i o padrão e d o
coeficiente de v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
carbaril 117

Tabela 5 0 R e s u l t a d o s da m é d i a d e exatidão, d o d e s v i o padrão e d o


coeficiente d e v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
carbofurano 117

Tabela 51 R e s u l t a d o s da m é d i a d e exatidão, d o d e s v i o padrão e d o


coeficiente d e v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
metiocarbe 117
T a b e l a 52 R e s u l t a d o s d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e variação d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
metomil 118

T a b e l a 53 Resultados d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
pirimicarbe 118

T a b e l a 54 R e s u l t a d o s d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
propoxur 118

T a b e l a 55 R e s u l t a d o s d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
atrazina 119

T a b e l a 56 R e s u l t a d o s d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
simazina 119

T a b e l a 57 Resultados d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para
carbendazim 119

T a b e l a 58 Resultados d a m é d i a de e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e v a r i a ç ã o d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
tiabendazol 120

T a b e l a 59 R e s u l t a d o s d a m é d i a d e e x a t i d ã o , do d e s v i o p a d r ã o e d o
coeficiente d e variação d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para
tiofananto metílico 120

Tabela 60 R e s u l t a d o s da m é d i a d a s r e c u p e r a ç õ e s , d o s desvios

p a d r õ e s e d o s coeficientes d e variação. 122

T a b e l a 61 M é d i a de C C a e C C p d o e x p e r i m e n t o 1 a 3 125

T a b e l a 62 R e s u l t a d o s d e variâncias e incerteza d o s e x p e r i m e n t o s
1,2e3 126
T a b e l a 63 R e s u l t a d o s d a s a m o s t r a s d e milho v e r d e 1
LISTA D E F I G U R A S

Página

Figura 1a Estrutura q u í m i c a de aldicarbe 30

Figura 1b Estrutura q u í m i c a d e aldicarbe suifóxido 30

Figura 1c Estrutura q u í m i c a de aldicarbe s u l f o n a 31

Figura 2 Estrutura q u í m i c a d e carbaril 32

Figura 3 Estrutura q u í m i c a de c a r b o f u r a n o 33

Figura 4 Estrutura q u í m i c a de m e t i o c a r b e 34

Figura 5 Estrutura q u í m i c a de m e t o m i l 35

Figura 6 Estrutura q u í m i c a de pirimicarbe 35

Figura 7 Estrutura q u í m i c a de p r o p o x u r 36

Figura 8 Estrutura q u í m i c a de atrazina 37

Figura 9 Estrutura q u í m i c a de s i m a z i n a 38

Figura 10 Estrutura q u í m i c a de c a r b e n d a z i m 40

Figura 11 Estrutura q u í m i c a de t i a b e n d a z o l 40

Figura 12 Estrutura q u í m i c a de tiofanato metílico 41

Figura 13 Total d e v e n d a s por c l a s s e de d e f e n s i v o s agrícolas, no


período d o a n o d e 1 9 8 9 - 2 0 0 5 42

Figura 14 P o r c e n t a g e m d a s a m o s t r a s d e frutas, vegetais e


cereais c o m resíduos múltiplos, n o período d e 1997 a
2004 59

Figura 15 Resultado d e m o n i t o r a m e n t o no período d e 1996 a


2004 60

Figura 16 Cun/a analítica para quantificação d e aldicarbe 81

Figura 17 Cun/a analítica para quantificação d e aldicarbe sulfona 82


Figura 18 C u r v a analítica para quantificação de aldicarbe suifóxido 82

Figura 19 C u r v a analítica para quantificação de carbaril 83

Figura 2 0 C u r v a analífica para quantificação de c a r b o f u r a n o 84

Figura 2 1 C u r v a analítica para quantificação de m e f i o c a r b e 84

Figura 2 2 C u r v a analítica para quantificação de m e t o m i l 85

Figura 2 3 C u r v a analítica para quantificação d e pirimicarbe 86

Figura 2 4 C u r v a analítica para quantificação de propoxur 86

Figura 2 5 C u r v a analítica para quantificação de atrazina 87

Figura 2 6 C u r v a analítica para quantificação de simazina 88

Figura 2 7 C u r v a analítica para quantificação de c a r b e n d a z i m 88

Figura 2 8 C u r v a aniítica para quantificação de tiabendazol 89

Figura 2 9 C u r v a analítica para quantificação de tiofanato metílico 90

Figura 3 0 C r o m a t o g r a m a da amostra t e s t e m u n h a 94

Figura 31 C r o m a t o g r a m a da a m o s t r a fortificada 95

Figura 3 2 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 1 - A l d i c a r b e 97

Figura 3 3 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 2 - A l d i c a r b e 97

Figura 3 4 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e 97

Figura 35 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Aldicarbe sulfona 98

Figura 3 6 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 2 - AldicartDe sulfona 98

Figura 3 7 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e sulfona 99

Figura 3 8 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Aldicari^e suifóxido 99

Figura 3 9 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 2 - A l d i c a r b e suifóxido 100

Figura 4 0 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e suifóxido 100

Figura 4 1 E q u a ç ã o d e reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Carbaril 101


Figura 42 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - Carbaril 101

Figura 43 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - Carbaril 101

Figura 44 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - C a r b o f u r a n o 102

F i g u r a 45 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - C a r b o f u r a n o 102

Figura 46 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - C a r b o f u r a n o 103

Figura 47 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - M e t i o c a r b e 103

Figura 48 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - M e t i o c a r b e 104

Figura 49 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - M e t i o c a r b e 104

F i g u r a 50 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - M e t o m i l 105

F i g u r a 51 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - M e t o m i l 105

F i g u r a 52 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - M e t o m i l 105

F i g u r a 53 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - Pirimicarbe 106

F i g u r a 54 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - Pirimicarbe 106

F i g u r a 55 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - Pirimicarbe 107

F i g u r a 56 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - P r o p o x u r 107

F i g u r a 57 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - P r o p o x u r 108

F i g u r a 58 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - P r o p o x u r 108

F i g u r a 59 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - A t r a z i n a 109

Figura 60 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - A t r a z i n a 109

F i g u r a 61 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 - A t r a z i n a 109

F i g u r a 62 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 - S i m a z i n a 110

F i g u r a 63 E q u a ç ã o de reta d o experimento 2 - S i m a z i n a 110

F i g u r a 64 E q u a ç ã o de reta d o experimento 3 •- S i m a z i n a 111

F i g u r a 65 E q u a ç ã o de reta d o experimento 1 -• C a r b e n d a z i m 111


Figura 6 6 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 2 - C a r b e n d a z i m 112

Figura 6 7 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 3 - C a r b e n d a z i m 112

Figura 6 8 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 1 - T i a b e n d a z o l 113

Figura 6 9 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 2 - T i a b e n d a z o l 113

Figura 7 0 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 3 - T i a b e n d a z o l 113

Figura 71 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 1 - Tiofanato metílico 114

Figura 7 2 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 2 - Tiofanato metílico 114

Figura 7 3 E q u a ç ã o d e reta do e x p e r i m e n t o 3 - Tiofanato metílico 115

Figura 7 4 Cromatograma de aldicarbe, concentração de 0,05


ng.mL 129

Figura 75 C r o m a t o g r a m a de aldicarbe sulfona, concentração d e


O.IOng.mL'^ 129

Figura 7 6 C r o m a t o g r a m a de aldicarbe suifóxido, c o n c e n t r a ç ã o d e


0,05ng.mL'^ 130

Figura 7 7 C r o m a t o g r a m a de carbaril, c o n c e n t r a ç ã o d e 0,05


ng.mL"^ 130

Figura 7 8 C r o m a t o g r a m a de c a r b o f u r a n o , c o n c e n t r a ç ã o d e
0,05ng.mL"^ 130

Figura 7 9 C r o m a t o g r a m a de metiocariDe, c o n c e n t r a ç ã o de
0,05ng.mL-^ 131

Figura 8 0 C r o m a t o g r a m a de m e t o m i l , c o n c e n t r a ç ã o d e
0,05 ng.mL"* 131

Figura 81 C r o m a t o g r a m a de pirimicarbe, c o n c e n t r a ç ã o de
0,04 ng.mL"^ 131

Figura 8 2 C r o m a t o g r a m a de propoxur, c o n c e n t r a ç ã o d e
0,05ng.mL"^ 132

Figura 8 3 C r o m a t o g r a m a de atrazina, c o n c e n t r a ç ã o de
0,10ng.mL-^ 132

Figura 8 4 Cromatograma de simazina, concentração de 0,10


ng.mL'^ 132
Figura 85 Cromatograma de carbendazim, concentração de
0,05 n g - m L ^ 133

Figura 8 6 Cromatograma de tiabendazol, concentração


D e 0,05 ng.mL'^ 133

Figura 87 C r o m a t o g r a m a d e tiofanato metílico, c o n c e n t r a ç ã o de


0,20 ng.mL"" 133

Figura 88 C r o m a t o g r a m a d e cart)endazim d a amostra 7 136

Figura 8 9 Cromatograma d e carbendazim da amostra 7 135


17

1. INTRODUÇÃO

Nas últimas d é c a d a s , a agricultura t e m feito u m g r a n d e esforço para

a u m e n t a r a n u a l m e n t e a p r o d u ç ã o d e alimentos para suprir os m e r c a d o s interno

o u externo. O u s o de p e s t i c i d a s está intimamente ligado à n e c e s s i d a d e de

s u p r i m e n t o d e alimentos e m f u n ç ã o d o crescimento p o p u l a c i o n a l . P r e v e n d o q u e a

p o p u l a ç ã o m u n d i a l duplicará nos p r ó x i m o s trinta e o u q u a r e n t a anos e, a i n d a ,

q u e , no presente m o m e n t o , s o m e n t e u m terço d a h u m a n i d a d e tem a l i m e n t o

suficiente, as perspectivas futuras mundiais d e alimentos n ã o cumprirão as

demandas. Segundo os prognósticos, as Nações Unidas prevêem que os

s u p r i m e n t o s alimentares p r e c i s a m ser triplicados até o f i m do s é c u l o , objetivando

proporcionar a t o d o s os p a í s e s d o m u n d o u m nível d e nutrição razoável ( M a c e d o ,

2002).

O a g r o n e g ó c i o o c u p a no Brasil u m a posição d e d e s t a q u e na e c o n o m i a ,

c o m expressivos 3 3 % d o P r o d u t o Interno Bruto (PIB). Este m e r c a d o m o v i m e n t a

bilhões de dólares anualmente, trazendo divisas e contribuindo para o

c r e s c i m e n t o d a e c o n o m i a . N o cenário m u n d i a l , o Brasil ocupa a primeira p o s i ç ã o

c o m o e x p o r t a d o r d e g r ã o s , carne bovina, carne d e frango, t a b a c o , c o u r o e

c a l ç a d o s de c o u r o . A safra d e grãos no Brasil a p r e s e n t o u crescimento d e 1 3 1 %

d e s d e 1990, c o m p r o d u ç ã o relatada e m 2 0 0 2 / 2 0 0 3 d e 5 2 milhões d e t o n e l a d a s d e

grãos contra pouco mais de quinze milhões de toneladas produzidas em

1990/1991 (Martins, 2 0 0 5 ) . Neste contexto, q u e e n q u a d r a o Brasil c o m o u m país

c o m g r a n d e potencial a g r í c o l a , especial a t e n ç ã o d e v e s e r destinada à p r o d u ç ã o e

a o d e s e n v o l v i m e n t o desta á r e a de negócios. O c r e s c i m e n t o da e c o n o m i a d o país

n o s últimos a n o s está d i r e t a m e n t e ligado à produtividade e m larga e s c a l a d o s

principais produtos agrícolas (Martins, 2 0 0 5 ) .

Sob o aspecto d a e s c a s s e z d e alimentos, a produtividade passou a ser

prioridade para o s g o v e r n o s , particularmente e u r o p e u s , propiciando o s u r g i m e n t o

d e novas tecnologias (Pereira, 2005). A t u a l m e n t e , c o m a disponibilidade d e várias

ferramentas que levam a o incremento d a p r o d u ç ã o d e alimentos, a maior


18

p r e o c u p a ç ã o d o s g o v e r n o s p a s s o u a ser e m relação à s e g u r a n ç a e à q u a l i d a d e

d o alimento. A globalização influencia diferentes a s p e c t o s da v i d a humana,

incluindo a s e g u r a n ç a d a cadeia alimentar, que p o d e ser relacionada à p r e s e n ç a

o u n ã o de c o n t a m i n a n t e s químicos o u m i c r o r g a n i s m o s indesejáveis. A s e g u r a n ç a

alimentar t e m sido u m t e m a cada v e z m a i s importante e m m e t a s g o v e r n a m e n t a i s ,

n ã o a p e n a s n o sentido d e garantir q u e a p o p u l a ç ã o dos p a í s e s t e n h a a c e s s o a

alimentos, m a s que e s t e s estejam dentro de p a d r õ e s d e q u a l i d a d e nutricional e

d e n t r o d o s limites d e resíduos q u í m i c o s ou d e m i c r o r g a n i s m o s q u e causem

prejuízos à p o p u l a ç ã o .

D e n t r e os produtos q u í m i c o s q u e p o d e m gerar r e s í d u o s n o s a l i m e n t o s

s e e n c o n t r a m os pesticidas, a m p l a m e n t e utilizados no B r a s i l . Esses c o m p o s t o s

s ã o utilizados tanto e m produtos c o n s u m i d o s n o m e r c a d o nacional q u a n t o e m

produtos p a r a e x p o r t a ç ã o .

A intensificação das r e g u l a m e n t a ç õ e s e o a u m e n t o das fiscalizações

indicam q u e , tanto no â m b i t o nacional c o m o internacional, a situação d o m e r c a d o

d e alimentos requer g r a n d e e s f o r ç o d o s países para q u e s u a a d e q u a ç ã o a o s

sistemas de controle e segurança, o que pode facilitar os acordos de

r e c o n h e c i m e n t o m ú t u o , beneficiando o comércio internacional.

Na Tabela 1, encontram-se discriminados os pesticidas aqui

estudados, p e s o s moleculares, o s g r u p o s funcionais q u í m i c o s e o Limite M á x i m o

de Resíduo e outros, não autorizados, pela A g ê n c i a N a c i o n a l d e Vigilância

Sanitária, r e c o m e n d a d o s pelo Codex Alimentarius e pela U n i ã o Européia.

O Limite M á x i m o d e Resíduo (LMR) p a r a r e s í d u o d e pesticidas é o

máximo de concentração de um resíduo (expresso em mg/kg) legalmente

permitido n o alimento o u produto agrícola e a n i m a l . Os L M R são b a s e a d o s e m

d a d o s de B o a s Práticas Agrícolas. O s alimentos o u produtos agrícolas q u e e s t ã o

d e acordo c o m os L M R são c o n s i d e r a d o s toxicologicamente aceitáveis. Q u a n d o

o s pesticidas estão e m níveis d e concentração superiores a o s L M R significa q u e

houve violação das Boas Práticas Agrícolas. Se os LMR são excedidos,

comparados à e x p o s i ç ã o da Ingestão Diária Aceitável (IDA) e/ou Dose de

Referência A g u d a ( D R f ) , serão indicativos de u m possível risco de c o n t a m i n a ç ã o

crônica o u a g u d a ( E U , 2 0 0 7 ) .

Os LMR para pesticidas da legislação brasileira diferem quando

c o m p a r a d o s c o m os d o s o r g a n i s m o s internacionais c o m o Codex Alimentarius


19

(Codex Alimentarius, 2007) e a União Européia (EFSA, 2007), valores

m e n c i o n a d o s na T a b e l a 1.

Tabela 1 - Pesticidas e s t u d a d o s e s e u s p e s o s m o l e c u l a r e s . Classificação e Limite

Máximo de Resíduo ( L M R ) estabelecido na legislação brasileira, Codex

Alimentarius e U n i ã o Européia

P.M. LMR^ LIWIR^ LMR'


Composto Grupo
(g/mol) (mg/kg) (mg/kg) (mg/kg)

Aldicarbe 190,264 Carbamato NA 0,05 0,05

Aldicarbe Sulfona 222,263 Carbamato NA NA NA

Aldicarbe Suifóxido 206,264 Carbamato NA NA NA

Atrazina 215,683 Triazina 0,25 NA NA

Carbaril 201,221 Carbamato NA 0,02 0,5

Carbendazim 191,187 Benzimidazol NA NA 0,1

Carbofurano 221,252 Carbamato 0,1* 0,05 0,1

Metiocarbe 225,308 Carbamato NA 0,05 NA

Metomil 162,211 Carbamato 0,1 0,02 0,05

Pirimicarbe 238,286 Carbamato NA NA NA

Propoxur 209,242 Carbamato NA NA NA

Simazina 201,657 Triazina 0,02 NA NA

Tiabendazol 201,249 Benzimidazol 0,2* NA 0,05

Tiofanato metílico 342,482 Benzimidazol NA NA NA


P M : Peso Molecular NA: Não autorizado * : autorizado em semente
LMR^: Limite Máximo de Resíduo estabelecido pela ANVISA - Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, Ministério da Saúde, Brasil (ANVISA, 2006 a).
LMR^: Limite Máximo de Resíduo recomendado pelo Codex Alimentarius (Codex Alimentarius,
2007)
L M R ' ; Limite Máximo de Resíduo estabelecido pela União Européia (EFSA, 2007)
20

Para o s a l i m e n t o s destinados à e x p o r t a ç ã o , neste caso o milho, o s

L M R a serem o b e d e c i d o s s ã o referentes aos p a í s e s d e destino d o p r o d u t o ,

m u i t a s vezes m e n o r e s q u e o s e s t a b e l e c i d o s para o m e r c a d o brasileiro. T e n d o e m

vista o m e r c a d o externo, v a l e ressaltar a importância d a escolha de uma

metodologia analítica c o m alta sensibilidade, principalmente para a e m i s s ã o d e

u m certificado d e análise d e produtos destinados à e x p o r t a ç ã o .

Os d a d o s r e c e n t e s d o monitoramento nacional P A R A ( P r o g r a m a d e

A n á l i s e de R e s i d u o s d e A g r o t ó x i c o s e m A l i m e n t o s ) , e m s e u relatório à A N V I S A

( A N V I S A , 2 0 0 6 b ) , p e n n i t e m concluir q u e o maior p r o b l e m a brasileiro, e m r e l a ç ã o

a o s níveis d e a g r o t ó x i c o s no alimento in natura, n ã o está na f o r m a d e a p l i c a ç ã o

d o produto e m alimento, m a s s i m no u s o indiscriminado d e agrotóxicos não

r e c o m e n d a d o s para d e t e r m i n a d o s alimentos, resultando, e m s u a g r a n d e m a i o r i a ,

e m irregularidades. E m relatório recente, referente a o período d e 2 0 0 1 a 2 0 0 6 , a

s i t u a ç ã o brasileira e m relação a resíduos d e pesticidas e m alimentos p e r m a n e c e

inalterada ( A N V I S A , 2 0 0 7 ) .

O u t r o fato a ressaltar é q u e o uso g e n e r a l i z a d o e intensivo de

agrotóxicos p o d e ocasionar a resistência d e e s p é c i e s c o m b a t i d a s á s s u b s t â n c i a s

e m p r e g a d a s e d a n o s e m e s p é c i e s não v i s a d a s . O desequilíbrio ecológico p o d e

a g r a v a r o s u r g i m e n t o e a proliferação de pragas e d o e n ç a s e, c o n s e q ü e n t e m e n t e ,

a u m e n t a r a n e c e s s i d a d e d e agrotóxicos. O s agrotóxicos p o d e m c a u s a r efeitos

tóxicos e m h u m a n o s , n o s a n i m a i s d o m é s t i c o s e silvestres, nos organismos

aquáticos e a o a m b i e n t e . O s c o n s u m i d o r e s d e a l i m e n t o s , s e ingerirem resíduos

a c i m a dos L M R pemnitidos, p o d e m e s t a r sob risco d e e x p o s i ç ã o crônica a

agrotóxicos.

O d e s e n v o l v i m e n t o d e u m m é t o d o analítico p o d e contribuir para o

fortalecimento d a c a p a c i d a d e técnica de investigação d e resíduos de agrotóxicos,

t r a z e n d o novas informações e c o n h e c i m e n t o s no q u e diz respeito á realidade d e

resíduos de agrotóxicos. O m é t o d o analítico e s t u d a d o p o d e contribuir para

e s t a b e l e c i m e n t o s d e L M R na autorização d e uso e m cultura e para verificação d o

uso abusivo da formulação de agrotóxicos não autorizados por órgãos

competentes, contribuindo para a s e g u r a n ç a a l i m e n t a r q u a n t o á q u a l i d a d e d o

a l i m e n t o c o n s u m i d o pela p o p u l a ç ã o .

N e s s e sentido, o presente t r a b a l h o teve p o r objetivo o d e s e n v o l v i m e n t o

d e u m método multirresíduo e s u a validação para d e t e r m i n a ç ã o d e pesticidas d o s


21

g r u p o s b e n z i m i d a z o l , c a r b a m a t o s e triazinas, e m milho v e r d e . A t é c n i c a de

c o n f i r m a ç ã o e quantificação utilizada foi a cromatografia líquida a c o p l a d a ao

e s p e c t r ó m e t r o de m a s s a s c o m ionização e por electrospray (LC-ESI/MS/MS).


22

2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Desenvolvimento e validação de método multirresíduo para a

d e t e m i n a ç ã o d e pesticidas dos g r u p o s benzimidazol ( c a r b e n d a z i m , tiabendazol e

tiofanato metílico), c a r b a m a t o s (aldicarbe, aldicarbe s u l f o n a , aldicarbe sulfoxide,

carbaril, c a r b o f u r a n o , metomil, metiocarbe, pirimicarbe e propoxur) e triazinas

(atrazina e simazina) e m milho v e r d e , utilizando a t é c n i c a d e quantificação e

confirmação por Cromatografía Líquida a c o p l a d a à Espectrometria d e M a s s a s e m

Tandem c o m ionização por Electrospray (LC-ESI/MS/MS).

2.2. O b j e t i v o s E s p e c í f i c o s

- Caracterizar os compostos nos modos MS e MS/MS para

interpretação d o s íons precursores/produtos utilizados no m o d o M R M {Multiple

Reaction Monitoring);

- D e s e n v o l v e r a técnica d e e x t r a ç ã o e sua a p l i c a ç ã o na d e t e r m i n a ç ã o

dos princípios ativos e m milho;

- D e s e n v o l v e r m e t o d o l o g i a analítica para a d e t e r m i n a ç ã o direta e m

a m o s t r a s de m i l h o ;

- V a l i d a r o m é t o d o multirresíduo s e g u n d o a n o r m a E C / 2 0 0 2 / 6 5 7 d a

C o m u n i d a d e E u r o p é i a e m p r e g a n d o o software ResVal (versão 2.0);

- Discutir o desempenho e a aplicabilidade do método analítico

desenvolvido;
23

- Aplicar a metodologia estudada em amostras comerciais,

p r o v e n i e n t e s d e diferentes locais de v e n d a direta a o consumidor, e discutir o s

resultados c o m o urna f e r r a m e n t a para auxiliar a q u a l i d a d e e s e g u r a n ç a a l i m e n t a r

d o s alimentos c o n s u m i d o s p e l a p o p u l a ç ã o e m relação a agrotóxicos.


24

3. REVISÃO DA LITERATURA

3 . 1 . Milho. P r o d u t o a g r í c o l a . Importância a l i m e n t a r

O milho no Brasil é u m produto agrícola d e expressiva consideração,

d e v i d o s u a g r a n d e produtividade c r e s c e n t e nos últimos anos. A partir d a s e g u n d a

m e t a d e d o século XX, o d e s e n v o l v i m e n t o d e e s p é c i e s híbridas a u m e n t o u a

produtividade e a q u a l i d a d e d o milho. O milho e a soja c o n t r i b u e m c o m cerca d e

8 0 % d e p r o d u ç ã o brasileira d e g r ã o s . E m 2 0 0 1 , a principal região produtora foi o

Estado d o P a r a n á , c o m m a i s de 5 milhões d e t o n e l a d a s , representando 2 6 % da

p r o d u ç ã o nacional, s e g u i d o por M i n a s Gerais ( 1 3 % ) , Rio G r a n d e do S u l (12%),

S ã o Paulo ( 1 0 % ) , Goiás ( 9 % ) e S a n t a Catarina (8%) ( E M B R A P A , 2007).

D e acordo c o m o IBGE (Instituto Brasileiro d e G e o g r a f i a e Estatística),

a p r o d u ç ã o agrícola n a c i o n a l de m i l h o v e m c r e s c e n d o nos últimos anos; d e 1990

a 2004 a p r o d u ç ã o foi d e 2 1 . 3 4 8 p a r a 4 1 . 8 0 6 mil t o n e l a d a s ( M A P A , 2006).

S e g u n d o d a d o s d a F A O ( F o o d A g r i c u l t u r e Organization), os maiores

produtores mundiais d e m i l h o são E s t a d o s U n i d o s , C h i n a e Brasil; que, e m 2005,

p r o d u z i r a m , e m milhões d e t o n e l a d a s , 2 8 0 , 2 ; 1 3 1 , 1 ; e 35,9, respectivamente

( E M B R A P A , 2007).

O s primeiros registros d o cultivo d e milho, d a t a d o s há 7.300 anos,

f o r a m e n c o n t r a d o s e m p e q u e n a s ilhas próximas a o litoral d o México. S e u n o m e ,

de origem caribenha, significa "sustento de vida". Estudos realizados por

escavações arqueológicas, geológicas e pelas medições por desintegração

radioativa t o r n a m evidente d e q u e é cultivado há pelo m e n o s 5.000 a n o s . Foi a

a l i m e n t a ç ã o básica de v á r i a s civilizações i m p o r t a n t e s a o l o n g o d o s s é c u l o s tais

c o m o : M a i a s , A s t e c a s e I n c a s reverenciavam o c e r e a l na arte e religião e g r a n d e

parte d e s u a s atividades diárias e r a m ligadas a o s e u cultivo.

C o m a d e s c o b e r t a da A m é r i c a e a s g r a n d e s n a v e g a ç õ e s d o século

X V I , a cultura d o milho s e e x p a n d i u p a r a outras partes d o m u n d o . Provavelmente,

o milho é a mais importante planta c o m e r c i a l c o m o r i g e m a m e r i c a n a . L o g o depois

d o d e s c o b r i m e n t o da A m é r i c a , foi l e v a d o para a E u r o p a , o n d e era cultivado e m


25

j a r d i n s , a t é q u e s e u v a l o r alimentício tornou-se c o n h e c i d o ( A B I M I L H O , 2006). N o

Brasil, o cultivo d o m i l h o v e m d e s d e a n t e s da c h e g a d a d o s e u r o p e u s . O s índios,

principalmente os guaranis, t i n h a m o c e r e a l c o m o o principal ingrediente d e s u a

dieta. C o m a c h e g a d a d o s p o r t u g u e s e s , o c o n s u m o a u m e n t o u e n o v o s p r o d u t o s à

b a s e d e milho f o r a m i n c o r p o r a d o s aos hábitos a l i m e n t a r e s dos brasileiros. N o

final d a d é c a d a d e 1 9 5 0 , g r a ç a s a u m a g r a n d e c a m p a n h a e m favor d o trigo, o

c e r e a l c o m e ç o u a p e r d e r e s p a ç o na m e s a brasileira. A t u a l m e n t e , e m b o r a o nível

d e c o n s u m o d o m i l h o no Brasil v e n h a crescendo, a i n d a está l o n g e d e ser

c o m p a r a d o a países c o m o o M é x i c o e a o s d a região do C a r i b e (Wilkipédia, 2 0 0 7 ) .

O milho é u m dos a l i m e n t o s c o n s i d e r a d o s m a i s nutritivos. N a f o r m a

pura o u c o m o ingredientes d e o u t r o s produtos é u m a importante f o n t e energética

para o ser h u m a n o , rico e m c a r b o i d r a t o s (açúcares), e s s e n c i a l m e n t e o a m i d o

( C a p o b i a n g o et al., 2 0 0 6 , E M B R A P A , 2 0 0 7 ) . A s cascas d o s grãos s ã o ricas e m

fibras e c a d a 100 g r a m a s d o alimento t ê m cerca de 3 6 0 Kcal, s e n d o 7 0 % d e

glicídios, 1 0 % d e protídeos e 4 , 5 % de lipídios (Alessi et al., 2003). A o contrário d o

trigo e d o arroz, q u e s ã o refinados d u r a n t e s e u s p r o c e s s o s d e industrialização, o

milho conserva sua c a s c a , q u e é rica e m fibras, f u n d a m e n t a l para a e l i m i n a ç ã o

d a s toxinas d o o r g a n i s m o h u m a n o .

O grão d e milho é classificado b o t a n i c a m e n t e c o m o u m a cariopse.

Apresenta basicamente três partes: pericarpo, endosperma e embrião. O

pericarpo é a c a m a d a fina e resistente q u e constitui a p a r e d e externa d a s e m e n t e ,

rica e m fibra (Callegaro et al., 2 0 0 5 ) . O e n d o s p e r m a é a p a r t e mais v o l u m o s a d o

grão, envolvida pelo pericarpo, e é constituída de substância reserva,

b a s i c a m e n t e o a m i d o . A porção m a i s e x t e r n a d o endospenma e e m c o n t a t o c o m o

pericarpo d e n o m i n a - s e c a m a d a d e aleurona, rica e m proteínas e e n z i m a s q u e

d e s e m p e n h a m papel importante n o p r o c e s s o d e g e r m i n a ç ã o . A p r o p o r ç ã o d o s

c o m p o n e n t e s a n a t ô m i c o s do g r ã o de milho é e n d o s p e r m a , 8 2 , 3 % , e m b r i ã o ,

1 1 , 5 % e pericarpo 5 , 3 % (Alessi et a l . , 2 0 0 3 ) . O g r ã o d e milho é rico em

carboidratos; proteínas, que c h e g a m até 9,5%; vitaminas (complexo B I , B2 e E);

sais minerais (ferro, fósforo, potássio, cálcio); óleo e g r a n d e s q u a n t i d a d e s d e

a ç ú c a r e s , g o r d u r a s , celulose e calorias ( T h é et al., 1989; E M B R A P A , 2 0 0 7 ) .

N a a l i m e n t a ç ã o h u m a n a é c o m u m e n t e c o n s u m i d o como m i l h o v e r d e in

natura, produto f a r i n á c e o e constitui ingrediente básico d e u m a série d e produtos

industrializados f o r m u l a d o s (Alessi et al., 2 0 0 3 ) . Cinqüenta g r a m a s d e farinha d e


26

milho f o m e c e m ( e m proteínas) v a l o r e s iguais aos d e u m p ã o z i n h o f r a n c ê s d e

m e s m o peso, m a s c o m 3 3 % a mais d e calorias. Isso significa q u e o produto p o d e

suprir as necessidades nutricionais da população, além de ser excelente

c o m p l e m e n t o alimentar, in natura o u na f o r m a de farinha de m i l h o , d e f u b á , d e

canjica, de polenta, de cuscuz e outras (ABIMILHO, 2006). Os produtos

industrializados p o d e m ser c o m p o n e n t e s para a fabricação d e balas, biscoitos,

p ã e s , chocolates, geléias, sorvetes, m a i o n e s e e cerveja.

A l é m d i s s o , g r a n d e parte d e sua p r o d u ç ã o é utilizada na a l i m e n t a ç ã o

a n i m a l , c o m o c o m p o n e n t e d e rações para bovinos (Marques et a l . , 2000), suínos

(Moreira et al., 2 0 0 1 ) e a v e s (Rodrigues et al., 2 0 0 1 ; Freitas et a l . , 2 0 0 5 ) ,

c h e g a n d o até a a l i m e n t a ç ã o h u m a n a na f o r m a d e diversos tipos d e carne (bovina,

suína, a v e s e peixes). A t u a l m e n t e , s o m e n t e 1 5 % d e p r o d u ç ã o nacional se

destinam ao c o n s u m o humano e, mesmo assim, de maneira indireta, na

c o m p o s i ç ã o d e o u t r o s p r o d u t o s . No Brasil, c o m i m e n s a s áreas cultiváveis e c o m

graves p r o b l e m a s de desnutrição, m a i s d o que s i m p l e s m e n t e uma questão

c o m e r c i a l , o c o n s u m o de m i l h o por parte da p o p u l a ç ã o poderia ser, antes d e t u d o ,

uma solução social.

3.2. D e f e n s i v o s a g r í c o l a s , a g r o t ó x i c o s o u p e s t i c i d a s . C o n t e x t o atual

S e g u n d o a F A O , o m e r c a d o m u n d i a l d e agrotóxicos a l c a n ç o u 32

bilhões d e dólares e m 2 0 0 0 , s e n d o q u e a parcela d e contribuição dos p a í s e s e m

d e s e n v o l v i m e n t o foi de 3 bilhões d e dólares. O s países e m d e s e n v o l v i m e n t o t ê m

e m p r e g a d o os agrotóxicos e s s e n c i a l m e n t e na agricultura, mas t a m b é m n a s a ú d e

pública, c o m o , p o r e x e m p l o , os inseticidas para c o m b a t e r o s m o s q u i t o s q u e

p r o v o c a m a malária (FAO, 2 0 0 1 ) .

A partir d o fim d a S e g u n d a G u e r r a Mundial, o e m p r e g o dos pesticidas

e m á r e a s agrícolas p a s s o u a crescer d e f o r n i a ininterrupta, c o m o parte d e u m

c o n j u n t o d e a ç õ e s q u e p e r m i t i u q u e s e obtivesse a c h a m a d a " R e v o l u ç ã o V e r d e " .

D e s d e então, a c o n t a m i n a ç ã o pelos pesticidas t e m sido verificada, principalmente

nos p a í s e s mais d e s e n v o l v i d o s t e c n o l o g i c a m e n t e . O Brasil, e m 1 9 7 0 , t o r n o u - s e o

terceiro c o n s u m i d o r de pesticidas d o m u n d o , p e r d e n d o a p e n a s para F r a n ç a e

E s t a d o s Unidos. S a b e - s e q u e , e m m é d i a , a p e n a s 1 % dos pesticidas a p l i c a d o s

c o n s e g u e atingir e f e t i v a m e n t e as p r a g a s o u insetos a q u e s e d e s t i n a , o restante


27

vai para solo, ar e água. E m 1 9 9 1 , o Brasil utilizou a p r o x i m a d a m e n t e 3,2 milhões

d e toneladas d e defensivos, s e n d o q u e a p e n a s 3 0 0 mil t o n e l a d a s c u m p r e m a s u a

f u n ç ã o (Matos, 2001).

No mercado brasileiro existem cerca d e 6 0 0 ingredientes ativos,

utilizados n a fomnulação d e pesticidas e registrados p a r a uso específico na

agricultura (Galli et a l . , 2 0 0 6 ) . Destes, 3 5 0 c o n t r i b u e m c o m 9 8 % d o s pesticidas

m a i s utilizados, sendo q u e 8 0 % deles s ã o rotineiramente u s a d o s na agricultura d e

p a í s e s da A m é r i c a d o S u l (Galli et al., 2 0 0 6 ) .

O c r e s c i m e n t o d a agricultura n o Brasil t e m p r o v o c a d o o a u m e n t o d a

v e n d a de defensivos agrícolas; d e 1993 a 2 0 0 5 , d e 1.050 p a r a 4.244 m i l h õ e s d e

dólares. E m 1993, d o total d a s v e n d a s d e d e f e n s i v o s agrícolas, c a d a classe

r e p r e s e n t o u , e m milhões d e dólares: herbicidas ( 5 8 9 ) , inseticidas (196), fungicidas

(176), acaricidas (74) e outros (25). E m 2 0 0 5 , a s m e s m a s p a s s a r a m a 1.736,

1.181, 1.090, 8 3 e 155 ( e m milhões d e dólares), r e s p e c t i v a m e n t e ( M A P A , 2 0 0 5 ) .

S e g u n d o o Instituto d e E c o n o m i a A g r i c o l a (lEA, 2 0 0 6 ) , a participação d a s classes

no valor d e v e n d a s d e d e f e n s i v o s agrícolas no E s t a d o d e S ã o Paulo f o i d e 4 0 , 9 % ,

para herbicidas; 27,8%, para inseticidas; 25,7%, para fungicidas; 1,9%,

acaricidas, e 3,7%, p a r a outras classes. Vale d e s t a c a r q u e , tanto e m â m b i t o

m u n d i a l c o m o nacional, a classe d o s herbicidas representa a m a i o r parcela.

H á c r e s c i m e n t o nos e s t a d o s , q u a n d o o b s e r v a d o s d a d o s d e 2 0 0 6 ,

obtidos do Sindicato d o s Defensivos Agrícolas. S e g u n d o e s s e s dados, a v e n d a d e

defensivos ( n o valor t o t a l d e U S $ 3 4 8 , 1 milhões) perfizeram 104.233 t o n e l a d a s ;

s e n d o 4 3 , 1 % d e heriDicidas, 3 0 , 1 % d e inseticidas, 1 6 , 6 % d e fungicidas, 7 , 6 % d e

acaricidas e 2 , 6 % d e o u t r a s classes. E m 2 0 0 6 , o E s t a d o d e S ã o Paulo foi o maior

c o n s u m i d o r e m todo o Brasil, p e r f a z e n d o 2 0 , 6 % d o total c o n s u m i d o n o país,

s e g u i d o s d e 1 7 , 9 % p a r a o Estado d e M a t o G r o s s o e 1 3 , 4 % para o P a r a n á . A s

v e n d a s d e herbicidas e m S ã o Paulo e s t ã o v o l t a d a s principalmente para a s

culturas d e cana-de-açúcar, soja, milho e café ( S I N D A G , 2 0 0 7 ) .

No aspecto econômico, dados referentes a 2 0 0 0 indicam q u e o

m e r c a d o m u n d i a l d e a g r o q u í m i c o s m o v i m e n t a U S $ 30 bilhões, s e n d o o Brasil,

atualmente, o quinto m a i o r c o n s u m i d o r d e pesticidas, c o m a m o v i m e n t a ç ã o d e

U S $ 2,5 bilhões. E m 2 0 0 6 , o Brasil v e n d e u U S $ 3,92 b i l h õ e s d e d e f e n s i v o s

agrícolas ( M A P A , 2 0 0 5 ; S I N D A G , 2 0 0 7 ) .
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O a u m e n t o da p r o d u ç ã o e aplicação d e pesticidas para a agricultura e

outros fins tem c a u s a d o poluição d o ar, solo e superficie d e água, o q u e envolve

sérios riscos ao m e i o a m b i e n t e b e m c o m o à saúde h u m a n a . E s t e s riscos se

d e v e m d a direta e x p o s i ç ã o o u d a ingestão direta p o r m e i o d e alimentos. No

m u n d o é relevante a p r e s e n ç a d e níveis de pesticidas e s e u s metabólitos (Sattier

et al., 2 0 0 7 ) no ar (Duyzer, 2 0 0 3 ; Harner et a l . , 2006; H a m e r s e t al., 2 0 0 1 ) , e m

m a n a n c i a i s e á g u a s superficiais (Palma et a l . , 2 0 0 4 ; W o r r a l e B e s i e n , 2005;

Guzella e t al. 2 0 0 6 ; D u P r e e z e t a l . , 2005), n a s á g u a s para c o n s u m o h u m a n o

(Jones e t al., 1995; L a m b r o p o u l o u et a l . , 2 0 0 7 ) , e m á g u a s m a r i n h a s ( B o c q u e n é et

al., 2 0 0 5 ) , no solo (Graven e Hoy, 2 0 0 5 ; G l o s e et a l . , 1998), b e m c o m o nos

a l i m e n t o s (Veneziano et a l . , 2 0 0 4 ; A N V I S A , 2 0 0 6 b ; A N V I S A , 2 0 0 7 ; Ortelli e t al.,

2 0 0 4 ; F D A , 2005; Looser et a l . , 2 0 0 6 ; E U , 2 0 0 7 ) e materiais biológicos ( P r o e n ç a

et al., 2 0 0 4 ) . Os pesticidas e s t ã o e n t r e os c o n t a m i n a n t e s sintéticos q u e m a i s s e

d e s t a c a m na d e g r a d a ç ã o d o s recursos hídricos e cujos efeitos a t i n g e m diversos

graus d e toxicidade ( M a c e d o , 2 0 0 2 ) . N o Brasil, na s u b - b a c i a do Pirapó, na bacia

d o P a r a n á , 9 7 , 2 % d a s a m o s t r a s d e á g u a de a b a s t e c i m e n t o e 1 0 0 % das a m o s t r a s

p r o c e d e n t e s dos mananciais a p r e s e n t a r a m resíduos d e pesticidas (Matos, 2001).

3.3 Pesticidas

Há inúmeras d e n o m i n a ç õ e s e definições na literatura q u a n t o aos

agrotóxicos. E inúmeras d e n o m i n a ç õ e s p a r a designar sua a ç ã o : pesticidas,

agrotóxicos, praguicidas, biocidas, defensivos agrícolas ( L a r a e Batista, 1992).

Dentre as definições, a legislação brasileira estabelece como

agrotóxicos e afins c o m o os:

produtos e agentes d e p r o c e s s o s , físicos, q u í m i c o s e / o u biológicos


destinados ao u s o n o s setores d e p r o d u ç ã o , no a r m a z e n a m e n t o e
beneficiamento d e p r o d u t o s agrícolas, nas p a s t a g e n s , na proteção d e
florestas, nativas o u plantadas, e de o u t r o s e c o s s i s t e m a s e d e
a m b i e n t e s urbanos, hídricos e industriais, cuja finalidade seja alterar a
c o m p o s i ç ã o da flora o u d a fauna, a f i m de preservá-la d a a ç ã o d a n o s a
d e seres vivos c o n s i d e r a d o s n o c i v o s , b e m c o m o a s substâncias e
produtos e m p r e g a d o s c o m o desfolhantes, d e s s e c a n t e s , estimuladores
e inibidores de c r e s c i m e n t o (Brasil, 2 0 0 2 ) .
29

S e g u n d o R a v e n et al. (1995), pesticidas são g r u p o s d e s u b s t â n c i a s

q u í m i c a s utilizadas na agricultura e e m a n i m a i s para controlar pestes e d o e n ç a s ;

por e x e m p l o , inseticidas para controlar o s insetos, herbicidas para controle d e

plantas d a n i n h a s , fungicidas para f u n g o s , rodenticidas para roedores, n e m a t i c i d a s

para nematóides, carrapaticidas para controle de carrapatos. Os produtos

agrícolas utilizados na agricultura recebem também o nome de defensivos

agrícolas e s e u s r e m a n e s c e n t e s s ã o os r e s í d u o s d e pesticidas o u agrotóxicos.

No Codex Alimentarius, c o n t a m i n a n t e é qualquer s u b s t â n c i a q u e e s t á

p r e s e n t e e m d e t e r m i n a d o alimento, não a d i c i o n a d a intencionalmente no alimento,

c o m o resultado d a p r o d u ç ã o (incluídas a s o p e r a ç õ e s realizadas na agricultura,

z o o t e c n i a e m e d i c i n a veterinária), d a fabricação, da elaboração, d o tratamento, d o

e n v a s e , do e m p a c o t a m e n t o , d o transporte o u do a r m a z e n a m e n t o d e detemriinado

a l i m e n t o c o m o resultado d a c o n t a m i n a ç ã o ambiental. Este t e r m o n ã o se aplica

a o s f r a g m e n t o s d e insetos, roedores e o u t r o s materiais estranhos ( F A O , 2007).

Pesticidas é q u a l q u e r s u b s t â n c i a destinada a prevenir, destruir, atrair,

repelir o u c o m b a t e r qualquer praga, incluídas as e s p é c i e s indesejadas d e plantas

o u animais, d u r a n t e a produção, annazenamento, transporte, distribuição e

e l a b o r a ç ã o d e alimentos, produtos agrícolas o u alimentos para animais, q u e p o d e

ser a d m i n i s t r a d a aos a n i m a i s para c o m b a t e r os ectoparasitos. O t e r m o inclui

t a m b é m substâncias d e s t i n a d a s c o m o r e g u l a d o r a s d e crescimento d e p l a n t a s ,

desfolhantes, dessecantes, agentes para reduzir a densidade da fruta ou

inibidores de g e r m i n a ç ã o e a s s u b s t â n c i a s aplicadas para o s cultivos antes o u

d e p o i s da colheita para proteger o p r o d u t o contra a deterioração durante o

a r m a z e n a m e n t o e o transporte. O t e n n o n ã o inclui o s fertilizantes, nutrientes d e

o r i g e m vegetal o u a n i m a l , aditivos alimentares e m e d i c a m e n t o s para a n i m a i s

( C o d e x Alimentarius, 2 0 0 7 ) .

Os agrotóxicos p o d e m ser classificados quanto à a ç ã o e ao g r u p o

q u í m i c o . Os g r u p o s q u í m i c o s d e agrotóxicos mais utilizados s ã o : o r g a n o c l o r a d o s ,

organofosforados, carbamatos, piretróides, ditiocarbamatos, benzimidazóis,

triazinas e o u t r o s . Alguns grupos q u í m i c o s , p o r é m , p o d e m a p r e s e n t a r diversos

m o d o s de ação.
30

O s primeiros pesticidas sintéticos f o r a m introduzidos n o s a n o s 1940,

p o r é m a p ó s várias d é c a d a s de u s o intenso, tornou-se evidente q u e estes

produtos, pela sua característica d e persistência e toxicidade, trariam efeitos

prejudiciais a o s o r g a n i s m o s para o s q u a i s não s e d e s t i n a v a m , inclusive o s seres

h u m a n o s ( M a c e d o , 2 0 0 2 ; B e n n , 1991)

3 . 3 . 1 . Inseticidas - C a r b a m a t o s

O s pesticidas n-metilcarbamatos s ã o inseticidas alternativos d a família

d o s o r g a n o c l o r a d o s q u e t ê m a u m e n t a d o o s e u u s o nos últimos anos d e v i d o à

polaridade, labilidade, baixa persistência no m e i o a m b i e n t e e baixa toxicidade nos

m a m í f e r o s (Delgado et al., 2 0 0 1 ; S u n e t al., 2 0 0 3 ) . Os c a r b a m a t o s são u m grupo

d e c o m p o s t o s c o m estrutura geral R1OCONR2R3, derivados d o ácido c a r b â m i c o ,

c o m a introdução d e diferentes substituintes ( D e l g a d o et al., 2001). D e n t r e os

inúmeros c a r b a m a t o s o s m a i s u s a d o s mundialmente s ã o aldicarbe, aldicarbe

sulfona, aldicariDe s u i f ó x i d o , carbaril, c a r b o f u r a n , metomil, metiocarbe, o x a m i l ,

pirimicarbe e p r o p o x u r ( G o t o et al., 2006). O s c a r b a m a t o s e m geral e seus

produtos d e t r a n s f o r m a ç ã o s ã o de natureza p o l a r e t e r m i c a m e n t e lábeis; estas

propriedades limitam o uso de t é c n i c a de cromatografia gasosa para sua

quantificação (Jeong et al., 1999; D e l g a d o et al., 2 0 0 1 ) .

3 . 3 . 1 . 1 . A l d i c a r b e , a l d i c a r b e s u i f ó x i d o e a l d i c a r b e sulfona

S O

Figura 1 a - Estrutura q u í m i c a de aldicarbe F i g u r a 1 b - Estrutura q u í m i c a de

aldicarbe suifóxido
31

Figura 1 c - Estrutura q u í m i c a d e aldicarbe sulfona

O aldicarbe, nome químico (lUPAC): 2-methyl-2-

(methylthio)propionaldehyde 0-methylcarbamoyloxime, com estrutura química

(Figura 1 a), c o n h e c i d o c o m o "Temik", é u m inseticida sistêmico, acaricida e

n e m a t i c i d a com a ç ã o d e contato e e s t o m a c a l . Na planta s u a ação é sistêmica,

c o m toxicidade a g u d a e x t r e m a m e n t e forte e m m a m í f e r o s (Tomiin, 1 9 9 4 ; IPCS,

2007; ANVISA, 2006a). S e g u n d o a lARC (International A g e n c y for R e s e a r c h o n

C â n c e r ) , o aldicarbe apresenta toxicidade a g u d a alta, m a s n ã o há d a d o s para

avaliar a carcinogenicidade no s e r h u m a n o ( l A R C , 2 0 0 7 ) . O aldicarbe, no ser

h u m a n o , pode ser absorvido via trato gastrintestinal, e m contato c o m a pele e

pela inalação na fomna d e pó. Q u a n t o à toxicologia, o aldicarbe é classificado

c o m o u m potencial c a n c e r í g e n o , indutor d e t u m o r e s , n ã o h a v e n d o evidências d e

m u t a g e n i c i d a d e e t e r a t o g e n i c i d a d e . Aldicarbe é não c u m u l a t i v o e é r a p i d a m e n t e

m e t a b o l i z a d o e m plantas e a n i m a i s . O p r o d u t o inicial d a d e g r a d a ç ã o é muito

tóxico p a r a m a m í f e r o s ( I P C S , 2 0 0 7 ) . Os inseticidas agrícolas n o s locais o n d e s ã o

a p l i c a d o s , além d e a t u a r e m s o b r e o s insetos e pragas, p o d e m causar a morte d e

outros animais, c o m o a v e s , p e i x e s , o que p o d e alterar o e c o s s i s t e m a , atingindo

inclusive o ser h u m a n o .

No solo é aplicado para controle d e diversos tipos d e insetos, aranhas

e n e m a t ó i d e s . T e m s u a a ç ã o d e controle nos p r o d u t o s c o m o : batata-doce,

b e t e r r a b a , m o r a n g o , batata, alho e centeio. É aplicado t a m b é m e m culturas d e :

uva, a m e n d o i m , soja, frutas cítricas, banana, café, s o r g o , p e c a , a l g o d ã o , batata-

doce, c a n a - d e - a ç ú c a r e outros g r ã o s (Tomiin, 1994).

Depois d a aplicação, o aldicarbe é g r a d u a l m e n t e t r a n s f o r m a d o e m

aldicarbe suifóxido (confonme estrutura q u í m i c a na Figura 1 . b), e aldicarbe

sulfona (conforme Figura 1 . c), q u e pode d e g r a d a r - s e e m o x i m a e na f o r m a d e

nitrila. E m muitos c a s o s , estes dois p r o d u t o s da d e g r a d a ç ã o p o d e m sofrer


32

hidrólise, f o r m a n d o p r o d u t o s mais tóxicos q u e os d e origem ( J o n e s e Estes, 1995;

N u n e s , 2 0 0 0 ) . O aldicarbe é o x i d a d o r a p i d a m e n t e para suifóxido; 4 8 % da

c o n v e r s ã o p a r a suifóxido ocorrem d u r a n t e 7 dias depois d a aplicação e m certos

tipos de s o l o s . O suifóxido é o x i d a d o m a i s lentamente para sulfona. O aldicarbe

suifóxido é o c o m p o s t o d e maior importância, d e v i d o à alta atividade sistêmica e á

persistência d a atividade inseticida e m s o l o ( N u n e s , 2000). E m geral, a e x p o s i ç ã o

da população por aldicarbe o c o r r e principalmente através de alimentos. A

ingestão d e alimentos c o n t a m i n a d o s c o n d u z à incidência d e metabólitos tóxicos

(suifóxido e sulfona).

3.3.1.2. C a r b a r i l

H , C

F i g u r a 2 - Estrutura q u í m i c a d e carbaril

O carbaril, n o m e químico ( l U P A C ) : 1-naphthyl m e t h y l c a r b a m a t e e c o m

estrutura q u í m i c a , c o n f o r m e a Figura 2, é u m inseticida c o m fraca p r o p r i e d a d e

sistêmica e c o m a ç ã o d e contato e e s t o m a c a l . Fraco inibidor de colinesterase,

t a m b é m a g e c o m o regulador d e plantas (Tomiin, 1994; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A ,

2 0 0 6 a ) . Q u a n t o à toxicidade d e carbaril, não há evidências carcinogênicas, e m

c a m u n d o n g o s , pelo c r e s c i m e n t o d e t u m o r e s , q u a n d o administrada a m á x i m a

dose diária no nível de 400 mg/kg (20 mg/kg/dia) por 80 semanas. A

t e r a t o g e n i c i d a d e é o b s e r v a d a e m d e s c e n d e n t e s d e cachorros, c o m d o s e diária

administrada d e 6,35 m g / k g . N ã o f o r a m o b s e r v a d a s evidências d e u m efeito

potencial m u t a g ê n i c o . O carbaril é m o d e r a d a m e n t e tóxico e m h u m a n o , f a c i l m e n t e

m e t a b o l i z a d o , m a s é provável o risco e m d o s e a g u d a . P o d e ser absorvido pela

m u c o s a da b o c a , inalação do pó e e m contatos extensivo a t r a v é s da p e l e ( I P C S ,

2 0 0 7 ) . Na agricultura é aplicado no controle de insetos de m a i s de 120 tipos d e

grãos, incluindo v e g e t a i s e frutas. Nomrialmente é utilizado e m culturas de

m a n g a s , b a n a n a , m o r a n g o , noz, videira, oliveira, a m e n d o i m , soja, a l g o d ã o , arroz,


33

fumo, beterraba, milho, s o r g o , alfafa, b a t a t a , plantas ornamentais e matas

(Tomiin, 1994; I P C S , 2007; A N V I S A , 2006a).

3.3.1.3. C a r b o f u r a n o

Figura 3 - Estrutura química de carbofurano

O carbofurano, nome químico (lUPAC): 2,3-dihydro-2,2-

dimethylbenzofuran-7-yl m e t h y l c a r b a m a t e e c o m estrutura química na Figura 3, é

u m inseticida e u m nematicida c o m a ç ã o p r e d o m i n a n t e m e n t e d e contato e

e s t o m a c a l , com a ç ã o de inibidora d a colinesterase ( T o m i i n , 1994; I P C S , 2007;

A N V I S A , 2006). N ã o há e v i d ê n c i a (a longo prazo) d e carcinogenicidade, nas

doses diárias administradas de 100 mg/kg (em ratos), 500 mg/kg (em

c a m u n d o n g o s ) e, e m cachorros d o s e d e 4 0 0 m g / k g . Q u a n t o à teratogenicidade,

não t e m sido o b s e r v a d a s evidências, considerando-se e x p e r i m e n t o s e m rato e m

gestação, na administração de 1,20 mg/kg/dia por 6 dias. Estudos em

camundongos não consideram mutagenicidade para estes a n i m a i s . No ser

h u m a n o , p o d e ser a b s o r v i d o n o trato gastrintestinal, pelo contato c o m a pele, pela

inalação d o pó o u n a f o r m a d e spray (IPCS, 2 0 0 7 ) . O c a r b o f u r a n o é e m p r e g a d o

no controle do s o l o , de insetos foliares e nematóides em v e g e t a i s como:

beterraba, milho, s o r g o , couve-flor, g r ã o s o l e o s o s , batata, alfafa, a m e n d o i m , soja,

cana-de-açúcar, a r r o z , a l g o d ã o , café, tabaco, lavanda, laranja, videira, m o r a n g o ,

b a n a n a s , c o g u m e l o s e outros g r ã o s (Tomiin, 1 9 9 4 ; I P C S , 2007; A N V I S A , 2006a).

E m animais, c o m o e m ratos, o carbofurano é metabolizado c o m mecanismo

hidrolítico e m e c a n i s m o oxidativo. Depois d e 2 4 horas d e tratamento, 7 2 % da

d o s e é eliminada na urina, 2 % nas f e z e s e e m torno de 4 3 % da d o s e administrada

s ã o hidrolisados. A c i m a d e 9 5 % d o material excretado n a urina é na f o r m a de

metabólitos c o n j u g a d o s 3-cetocarbofurano f e n ó l i c o e 3-hidroxicarbofurano. A m b o s


34

os metabólitos e s t ã o p r e s e n t e s na f o r m a livre. N a s plantas, o c a r b o f u r a n o é

rapidamente metabolizado nos inseticidas 3-hidroxicarbofurano e

c e t o c a r b o f u r a n o . E m solo e á g u a , d e c o m p õ e - s e d e 3 0 a 6 0 d i a s a p ó s a a p l i c a ç ã o

( I P C S , 2007).

3.3.1.4. M e t i o c a r b e

CH,

F i g u r a 4 - Estrutura q u í m i c a d e m e t i o c a r b e

O metiocarbe, nome químico (lUPAC): 4-methyltio-3,5-xylyl

m e t h y l c a r b a m a t e e estrutura q u í m i c a na Figura 4 , é u m inseticida não-sistêmico e

acaricida c o m a ç ã o d e c o n t a t o e e s t o m a c a l . É u m molusquiticida c o m a ç ã o

neurotóxica ( T o m i i n , 1 9 9 4 ; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2006). D e a c o r d o c o m a

Organização M u n d i a l da S a ú d e , o metiocarbe, c o m o ingrediente ativo e c o m g r a u

técnico, é c o n s i d e r a d o c o m o f o r t e m e n t e tóxico ( W H O , 2 0 0 4 ) . É utilizado na

cultura de m i l h o , beterraba e t a m b é m n a criação d e aves, c o m o repelente. O

metiocarbe é aplicado t a m b é m c o m o controle de a l g u n s insetos e m p o m a r e s d e

frutas, m o r a n g o s , batatas, milho, vegetais e plantas o r n a m e n t a i s ( T o m i i n , 1 9 9 4 ;

I P C S , 2007; A N V I S A , 2 0 0 6 ) .
35

3.3.1.5. M e t o m i l

-o

H3C NH H3C

Figura 5 - Estrutura q u í m i c a d e metomil

O metomil, n o m e químico (lUPAC): S-methyl N-(methylcarbamoyloxy)

t h i o a c e t a m i d a t e e estrutura química (Figura 5 ) , é u m inseticida s i s t ê m i c o e

acaricida c o m ação d e c o n t a t o e e s t o m a c a l ( T o m i i n , 1994; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A ,

2 0 0 6 ) . N ã o há evidências d e carcinogenicidade e m e s t u d o s realizados e m ratos,

t e r a t o g e n i c i d a d e e m c o e l h o s (na administração diária na d i e t a e m níveis d e 5 0 a

1 0 0 mg/kg por 8 a 16 d i a s d e gestação). N ã o há e v i d ê n c i a s d e alterações

celulares e m estudos realizados e m coelhos. No ser h u m a n o , é absorvido n o trato

gastrointestinal, pelo c o n t a t o c o m a p e l e e pela inalação d o pó e na f o r m a d e

spray ( I P C S , 2007). O inseticida t e m largo e s p e c t r o para o controle de i n ú m e r o s

insetos e aracnídeos de pequeno porte, s e n d o utilizado e m frutas, videira,

vegetais, p l a n t a s o r n a m e n t a i s , plantação de g r ã o s , fibra, a l g o d ã o , t a b a c o e soja

(Tomiin, 1 9 9 4 ; IPCS, 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2 0 0 6 a ) .

3.3.1.6. P i r i m i c a r b e

H3C

F i g u r a 6 - Estrutura química d e pirimicarbe

O pirimicarbe, nome químico (lUPAC): 2-dimethylamino-5,6-

d i m e t h y l p y r i d i n - 4 - y l - d i m e t y l c a b a m a t e e c o m estrutura química c o n f o r m e Figura 6,

é u m inseticida seletivo c o m a ç ã o d e contato, e s t o m a c a l e respiratório ( T o m i i n ,

1 9 9 4 ; I P C S , 2007; A N V I S A , 2 0 0 6 ) . D e acordo c o m a O r g a n i z a ç ã o Mundial da


36

S a ú d e , o pirimicarbe, c o m o ingrediente a t i v o e g r a u técnico, é considerado

m o d e r a d a m e n t e t ó x i c o ( W H O , 2 0 0 4 ) . Para m a m í f e r o s n ã o é c a r c i n o g ê n i c o e n ã o

a p r e s e n t a efeitos reprodutivos a d v e r s o s ( T o m i i n 1994). É utilizado e m cereais,

frutas, plantas o r n a m e n t a i s , m o r a n g o s , b a t a t a s , c a n a - d e - a ç ú c a r e f o r r a g e m d e

beterraba, a l g o d ã o , oliva, t a b a c o e grãos ( T o m i i n , 1 9 9 4 ; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A ,

2006a).

3.3.1.7. P r o p o x u r

Figura 7 - Estrutura q u í m i c a de p r o p o x u r

O propoxur, nome químico (lUPAC): 2-isopropoxyphenyl

m e t h y l c a r b a m a t e e estrutura q u í m i c a , c o n f o n n e Figura 7, é u m inseticida n ã o -

sistêmico c o m a ç ã o de c o n t a t o e e s t o m a c a l ( T o m i i n , 1994; I P C S , 2 0 0 7 ;

A N V I S A , 2 0 0 6 a ) . D e acordo c o m a O r g a n i z a ç ã o M u n d i a l d a S a ú d e , propoxur,

c o m o ingrediente ativo e g r a u técnico, é considerado m o d e r a d a m e n t e tóxico

( W H O , 2 0 0 4 ) . E m e s t u d o s realizados e m c a m u n d o n g o s , o p r o p o x u r não

a p r e s e n t o u e f e i t o carcinogênico e teratogênico e m c a m u n d o n g o s . E m relação

a o efeito m u t a g ê n i c o , não há d a d o s p a r a avaliação ( I P C S , 2007). É utilizado

n a s culturas, á r e a s d e e s t o c a g e m de alimentos, c a s a s d o m é s t i c a s e animais

domésticos. É utilizado para combate em frutas, vegetais, plantas

o r n a m e n t a i s , u v a , milho, alfafa, soja, a l g o d ã o , cana-de-açúcar, a r r o z , cacau e

m a t a (Tomiin, 1994; IPCS, 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2006a).

Os c a r b a m a t o s são lipossolúveis e penetram no o r g a n i s m o pela p e l e

íntegra, não n e c e s s i t a n d o de s o l u ç ã o de continuidade. E s s e s p r o d u t o s tóxicos

não s e a c u m u l a m no organismo, m a s os e f e i t o s p o d e m s e prolongar p o r períodos

de v á r i a s s e m a n a s . O s c o m p o s t o s c a r b a m a t o s a t u a m d e maneira similar a o s

organofosforados, inibindo a e n z i m a colinesterase, essencial para t r a n s m i s s ã o d o

impulso dos n e r v o s (Proença et a l . , 2004; M a c e d o , 2 0 0 2 ) . A diferença é que a


37

ligação química d o s c a r b a m a t o s com a enzima é fraca, a inibição é dita

"reversível" e o desacoplamento molecular pode ocorrer rapidamente e

e s p o n t a n e a m e n t e , m a s é n o r m a l m e n t e d e curta d u r a ç ã o . A e n z i m a colinesterase

inibida pode ser reativada e m questão d e minutos o u horas, e s p o n t a n e a m e n t e , e

s e tornar funcional n o v a m e n t e . Os c o m p o s t o s c a r b a m a t o s não s ã o retidos no

o r g a n i s m o , por isso n ã o a p r e s e n t a m e f e i t o cumulativo. Este grupo é representado

p o r grande n ú m e r o d e inseticidas agrícolas e d o m é s t i c o s ( M a c e d o , 2002).

3 . 3 . 2 . Herbicidas - T r i a z i n a s

O u t r o g r u p o i m p o r t a n t e de herbicidas s ã o as triazina. U m dos quais é a

atrazina q u e , nos Estados U n i d o s , foi u m a das q u e a p r e s e n t o u , n o s últimos a n o s ,

o maior índice d e v e n d a . A d e s c o b e r t a das m o l é c u l a s deste g r u p o q u í m i c o

o c o r r e u no início da d é c a d a d e 1950 p e l a e m p r e s a G e i g y Q u í m i c a , de o r i g e m

s u í ç a . O uso comercial foi iniciado na d é c a d a d e 1960 e, d e s d e e n t ã o , a atrazina

é o herbicida d e maior uso mundial, d e v i d o ao e x t e n s o espectro d e aplicação,

principalmente no controle d e folhas largas (Solomon et al., 1996). Estes

herbicidas s ã o derivados simétricos c l o r a d o s d a triazina, q u e é o produto d a

polimerização d o cloro d e cianogênio n a p r e s e n ç a d e cloreto d e alumínio a n i d r o

como catalisador (Macedo, 2002). O estudo sobre herbicidas (atrazina e

simazina) t e m importância d e v i d o à p r e s e n ç a d e s t e s pesticidas e m solos e á g u a s

d e superfície por suas características d e alta persistência e forte solubilidade,

constituindo-se, a s s i m , g r a n d e p r e o c u p a ç ã o ao m e i o a m b i e n t e (Cai e t al., 2 0 0 4 ) .

3 . 3 . 2 . 1 . Atrazina

CHj

Figura 8 - Estrutura química d e atrazina


38

A atrazina, nonne q u í m i c o ( l U P A C ) : 6-cliioro-N^-ethyl-N^-isopropyl-1,

3,5-triazine-2,4-diamine e com estrutura química confonne Figura 8, é um

herbicida sistêmico, absorvido principalmente pelas raízes, m a s t a m b é m pelas

folhagens ( T o m l i n , 1994). A atrazina t e m a p r e s e n t a d o toxicidade a l o n g o prazo

e m ratos, c a m u n d o n g o s e c a c h o r r o , mas n ã o é c o n s i d e r a d a c o m e v i d ê n c i a s

convincentes d a carcinogenicidade e m animais ( I P C S , 2 0 0 7 ) . S e g u n d o a l A R C

(2007), é considerada p o s s i v e l m e n t e c a n c e r í g e n a a o ser h u m a n o , c o m limite de

evidência para animais d e e x p e r i m e n t a ç ã o . Q u a n t o à teratogenicidade, a atrazina

d e m o n s t r o u ser tóxica e letal em e m b r i õ e s , m a s n ã o e m ratos e coelhos, q u a n d o

administrada e m doses tóxicas. O s resultados d e testes de ensaio m o s t r a m a

ausência d e m u t a g e n i c i d a d e . A atrazina pode ser absorvida p e l o ser h u m a n o pelo

trato gastrointestinal, inalação e p e l o contato c o m a pele ( I P C S , 2007). A atrazina

é um herbicida pré e p ó s - e m e r g e n t e c o m eficiente bloqueio fotossintético, além

d o que interfere e m o u t r o s processos enzimáticos. Este herbicida propicia u m

seletivo controle d e g r a m a s ou d e e r v a d a n i n h a e m plantações de: milho, sorgo,

aspargo, uvas, frutas d e p o m a r e s , frutas d e b o s q u e , cana-de-açúcar, b a n a n a ,

abacaxi, g o i a b a , café, palmeira e rosa. Na agricultura, p o d e ser a p l i c a d a e m

c o m b i n a ç ã o c o m outros herbicidas (Tomlin, 1 9 9 4 ; I P C S , 2007; A N V I S A , 2 0 0 6 ) .

3.3.2.2. S i m a z i n a
CH3

NH '

NH Y

Figura 9 - Estrutura q u í m i c a de s i m a z i n a

A simazina, n o m e q u í m i c o ( l U P A C ) : 2-chloro-N^, N'* - diethyl- 1 , 3 , 5 -

triaz¡ne-2,4-diamine e c o m estrutura química c o n f o n n e Figura 9, é u m herbicida

seletivo sistêmico, absorvido pelas raízes ( T o m l i n , 1994; I P C S , 2007; A N V I S A ,

2006). D e a c o r d o c o m a O r g a n i z a ç ã o M u n d i a l da S a ú d e , é d e s c o n h e c i d a a

toxicidade d a simazina c o m o ingrediente ativo e g r a u t é c n i c o e m u s o n o n n a l

( W H O , 2 0 0 4 ) . É utilizada n o controle d e g r a m a s , p o m a r e s de frutas, frutas cítricas


39

e e m culturas de: u v a , m o r a n g o , noz, oliveira, abacaxi, feijão, ervilha, m i l h o ,

c e r e a l d o c e , a s p a r g o , alfafa, cana-de-açúcar, c a c a u , c a f é , b o r r a c h a , palmeira,

c h á , plantas o r n a m e n t a i s e florestas ( T o m l i n , 1994; IPCS, 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2 0 0 6 a ) .

T a n t o a simazina c o m o a atrazina são usadas e m plantações de m i l h o

e o u t r o s produtos agrícolas, s e n d o que a primeira tem importante aplicação, pois,

e m altas d o s a g e n s , e x t e n n i n a e r v a s d a n i n h a s de m o d o persistente e n ã o seletivo,

s e n d o u s a d a nas m a r g e n s de rodovias e ferrovias ( B e n n , 1991).

3.3.3. F u n g i c i d a s - B e n z i m i d a z ó i s

Os pesticidas fungicidas são largamente utilizados na indústria,

agricultura e e m uso d o m é s t i c o , c o m g r a n d e n ú m e r o de propósitos: n o processo

de e s t o c a g e m e d u r a n t e a e m b a r c a ç ã o , para proteção d e g r ã o s e s e m e n t e s . S ã o

e n o r m e s o s efeitos potenciais, c a u s a n d o efeitos a d v e r s o s à s a ú d e humana

( B l a s c o et a l . , 2003).

Os pesticidas sistêmicos são fungicidas largamente usados na

agricultura, principalmente no t r a t a m e n t o pré e pós-colheita, para controle d e

pragas em frutas, verduras e vegetais patógenos. São pesticidas muitos

d e t e c t a d o s durante o s p r o g r a m a s de m o n i t o r a m e n t o p a r a avaliar a e x p o s i ç ã o

d e s t e s fungicidas p e l o s alimentos. O s principais c o m p o s t o s d a família dos

b e n z i m i d a z ó i s são: b e n o m i l , c a r b e n d a z i m , tiabendazol e tiofanato metílico.

O b e n o m i l é um f u n g i c i d a sistêmico aplicado e m solo p a r a controle d e

d o e n ç a s d e u m a variedade d e frutas. O carbendazim s e d e g r a d a e m dois

c o m p o s t o s , q u e são o benomil e o tiofanato metílico (Anastassiades e t al., 1998),

fungicidas sistêmicos usados também no combate de muitas doenças

( V e n e n z i a n o e t al., 2 0 0 4 ) . É d e s e acreditar q u e a atividade fúngica d o benomil é

devida à p r e s e n ç a d e c a r b e n d a z i m ( G u a n et al., 1994). Por e s t a razão os

fungicidas b e n z i m i d a z ó i s e m alimentos c o n s t i t u e m um significante risco à s a ú d e

h u m a n a ( B a n k s et a l . , 1997; U r a n i et al., 1995).


40

3.3.3.1. Carbendazim
CH3

Figura 10 - Estrutura q u í m i c a d e c a r b e n d a z i m

O carbendazim, nome químico (lUPAC): methyl benzimidazol-2-

y l c a r b a m a t e e c o m estrutura química (Figura 10), é u m fungicida sistêmico c o m

a ç ã o d e proteção e curativa. É absorvido pela raiz e tecidos v e r d e s (Tomlin, 1994;

I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2 0 0 6 a ) . Em muitos estudos, efetuados e m c a m u n d o n g o s

e m a m b o s o s s e x o s , a carcinogenicidade d e c a r b e n d a z i m é o b s e r v a d a pela

presença de tumores. Carbendazim c a u s a crescimento d e células c o m má-

formações e anomalias em ratos c o m 7 a 16 d i a s de g e s t a ç ã o , quando

administrado e m d o s e s diárias acima d e 10 mg/kg/dia. Não há efeitos d o m i n a n t e s

a d v e r s o s no t e s t e de m u t a ç ã o letal o u fetal e m ratos e c a m u n d o n g o s . N ã o há

d a d o s para a v a l i a ç ã o da absorção h u m a n a , s o m e n t e e m a n i m a i s , nos q u a i s o

c a r b e n d a z i m é absorvido via trato gastrointestinal. Ele p o d e f r a c a m e n t e ser

absorvido por inalação e através d e contato c o m a p e l e (IPCS, 2 0 0 7 ) . É aplicado

para o controle d e d o e n ç a s fúngicas nos cereais, frutas (cítricas, m o r a n g o s ,

bananas, abacaxis, magas, abacate, uvas e outras), vegetais, plantas

ornamentais, café, algodão, arroz, fibra, feijão, cana-de-açúcar, amendoim,

b o r r a c h a , f u m o , c o g u m e l o e outros g r ã o s (Tomlin, 1994; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A ,

2006a).

3.3.3.2. T i a b e n d a z o l

~N N-

Figura 1 1 . - Estrutura q u í m i c a d e t i a b e n d a z o l
41

O t i a b e n d a z o l , nonne q u í m i c o ( l U P A C ) : 2-(thiazol-4-yl)benzimidazole; 2-

(1,3-thiazol-4-yl)benzimidazole e com estrutura química (Figura 11), é um

fungicida sistêmico c o m a ç õ e s d e proteção e curativa ( T o m l i n , 1994; I P C S , 2 0 0 7 ;

ANVISA, 2006a). De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é

d e s c o n h e c i d a a toxicidade d o t i a b e n d a z o l , c o m o ingrediente ativo e grau técnico,

e m uso n o r m a l ( W H O , 2 0 0 4 ) . É aplicado n a s culturas d e aspargo, abacate,

b a n a n a , c e v a d a , feijão, repolho, aipo, chicória, cereja, f r u t a s cítricas, algodão,

fibra, m a n g a , c o g u m e l o , aveia, c e b o l a , plantas o r n a m e n t a i s , soja, m o r a n g o , frutas

d e p o m a r e s , batata, arroz, b e t e r r a b a , batata-doce, f u m o , t o m a t e , videira e trigo. É

t a m b é m utilizado n o t r a t a m e n t o para controle d e d o e n ç a s d e frutas estocadas

(Tomlin, 1 9 9 4 ; IPCS, 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2006a).

3.3.3.3. T i o f a n a t o m e t í l i c o

"hJH "S' "O'

Figura 1 2 . - Estrutura q u í m i c a de tiofanato metílico

O tiofanato metílico, cuja n o m e n c l a t u r a s e g u n d o a l U P A C é: dimethyl

4,4'-(o-phenylene)bis(3-thioallophanante) e c o m estrutura q u í m i c a (Figura 12), é

u m fungicida c o m a ç ã o de p r o t e ç ã o e curativa d e diversas d o e n ç a s provocadas

por f u n g o s patogênicos e m plantas (Tomlin, 1 9 9 4 ; IPCS, 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2006a).

D e a c o r d o c o m a O r g a n i z a ç ã o M u n d i a l da S a ú d e , é d e s c o n h e c i d a a toxicidade do

tiofanato metílico, c o m o ingrediente ativo e g r a u técnico, e m uso n o r m a l ( W H O ,

2 0 0 4 ) . É utilizado p a r a o c o m b a t e d e inúmeros f u n g o s q u e a p a r e c e m e m : cereais,

p e r a s , m a ç ã s , v e g e t a i s , m o r a n g o , videira, oliveira, a i p o , arroz, b a n a n a , soja,

f u m o , rosa, cana-de-açúcar, f i g o s , a m o r a , chá, c a f é , a m e n d o i m , castanha e outro

g r ã o s ( T o m l i n , 1994; I P C S , 2 0 0 7 ; A N V I S A , 2 0 0 6 a ) .

A tendência atual é o d e s e n v o l v i m e n t o de pesticidas q u e t e n h a m a

meia-vida curta, c o m t e m p o suficiente para o controle d e pragas, tal c o m o os

fungicidas sistêmicos, e q u e , e m b o r a a l t a m e n t e tóxicos, a p r e s e n t a m menor

persistência no meio a m b i e n t e ( M a t o s , 2001).


42

3.4. M é t o d o analítico

A quantidade e a variedade de produtos aplicados na agricultura e na

pecuária a u m e n t a r a m verticalmente no Brasil (Figura 13), t o r n a n d o necessário o

monitoramento de eventuais resíduos no meio ambiente e nos alimentos

(Sanches et al., 2003), b e m c o m o a avaliação de risco pela ingestão de alimentos

(Caldas e Souza, 2000). A tendência das e m p r e s a s fabricantes de defensivos

agrícolas é pesquisar e sintetizar moléculas de maior c o m p l e x i d a d e e caráter

polar c o m alta eficiência d e a ç ã o pesticida. Por outro lado, se faz necessário o

desenvolvimento de m é t o d o s analíticos de alta rastreabilidade para maior n ú m e r o

de principios ativos, c o m alta sensibilidade de quantificação e confirmação. Para

tanto, t ê m sido desenvolvidos m é t o d o s analíticos para quantificar os residuos de

pesticidas, possibilitando m e n s u r a r e avaliar os riscos de c o n t a m i n a ç ã o h u m a n a .

4.500 4
4.000
^ 3.500
• TOTAL
3 3.000
•o
I
i
i
2.500
2.000
1.500
1.000
500
I u D
• Herbicida
• Inseticida
• Fungicida

# /
Ano

Fonte: MAPA, 2006


Figura 13 - Total d e vendas por classe d e defensivos agrícolas, no período do

a n o de 1989-2005

O avanço do conhecimento científico, aliado ao desenvolvimento

tecnológico na área laboratorial, t ê m permitido a verificação da qualidade e

segurança alimentar e m relação á presença de agrotóxicos e m níveis não

prejudiciais ao ser h u m a n o (Martins, 2005).


43

3.4.1. Método multirresíduo

O m é t o d o multirresíduo, para d e t e r m i n a ç ã o d e resíduos d e pesticidas é

n o r m a l m e n t e a d o t a d o e m laboratorios, p e l a simplicidade d e d e t e r m i n a ç ã o de

muitos pesticidas d e diversas c l a s s e s e d e grande n ú m e r o d e principios ativos,

após uma simples extração, facilitando a demanda rápida e eficiente do

monitoramento (Hemandez et al., 2006). A preparação da amostra é,

f r e q ü e n t e m e n t e , a fase crítica d e u m m é t o d o mutlirresíduo, c o m a possibilidade

da diversidade d e substâncias q u e p o d e m s e r extraídas (Ortelli et al., 2004) e a

ineficiência de e x t r a ç ã o d o s analitos d e interesse a p l i c a d o s e m matrizes c o m

características e c o m p o s i ç ã o próprias. O s pesticidas s ã o m o l é c u l a s d e estruturas

c o m p l e x a s , c o m características q u í m i c a s diferentes, c o m o polarizabilidades e

estabilidades, e muitas v e z e s se degradam rapidamente, no procedimento

analítico, a seus metabólitos o u a outros produtos.

3 . 4 . 1 . 1 . Extração - M é t o d o m u l t i r r e s í d u o

Muitos estudos d e m é t o d o s multirresíduos d e pesticidas d o grupo d e

c a r b a m a t o s , triazinas e b e n z i m i d a z ó i s t ê m sido descritos utilizando diferentes

s o l v e n t e s ou mistura de s o l v e n t e s na etapa d e extração, aplicados e m diferentes

matrizes.

Pang et al. (2006) estudaram o método multirresíduo para a

determinação de pesticidas do grupo organoclorados, organofosforados,

c a r b a m a t o s , triazinas, piretróides e outros, e m tecidos animais, utilizando, para a

e x t r a ç ã o , uma mistura de s o l v e n t e s ; c i c l o e x a n o e acetato d e etila (1:1).

M é t o d o s multirresíduos t ê m sido descritos utilizando u m único solvente

o u m i s t u r a de solventes p a r a a s e x t r a ç õ e s de pesticidas e m alimentos c o m o

frutas, vegetais, cereais e a l i m e n t o s infantis p r o c e s s a d o s .

Pizzutti et al. (2007) utilizaram u m a mistura de solventes, a c e t o n a ,

diclorometano e éter de petróleo na proporção d e ( 1 : 1 : 1), para o estudo d a

e x t r a ç ã o de pesticidas na soja.

O solvente acetato d e etila foi e m p r e g a d o para a e x t r a ç ã o d e pesticidas

e m diferentes matrizes d e frutas, vegetais e cereais. Ortelli et a l . (2004) utilizaram

e m m a t r i z de f r u t a s (limão, u v a , m o r a n g o , m a ç ã , nectarina) e vegetais (salada


44

v e r d e , p e p i n o , c e n o u r a , espinafre, batata e pepino). Goto e t al. (2006) e x t r a í r a m

e m frutas e vegetais (espinafre, t o m a t e , batata, m a ç ã p e p i n o e a m e n d o i m ) . E m

o u t r o estudo, o solvente acetato de etila, J a n s s o n et al. (2004), utilizaram p a r a a

extração d e pesticidas e m misturas d e frutas e vegetais. A s misturas d e f n j t a s e

vegetais e r a m divididas c o n f o r m e as s u a s propriedades e o c o n s u m o do a l i m e n t o .

O m e s m o solvente foi utilizado para a extração e m frutas, tais c o m o : laranja,

tangerina, p ê s s e g o e nectarina por B l a s c o et al. (2005).

A mistura d e solventes, acetonitrila e ácido acético (99:1), foram

aplicados p a r a a e x t r a ç ã o d e pesticidas em a l i m e n t o infantil á b a s e d e c e r e a l ,

t o m a t e e b a t a t a ( L e a n d r o et al. 2007); e para m a ç ã , s e n d o esta técnica descrita

p o r Kovalczuki et al. (2006).

H e r n á n d e z e t al. (2006) extraíram os pesticidas c o m solvente m e t a n o l :

á g u a (8:2) e m 1 % d e ácido fórmico e m matrizes d e frutas c o m o t o m a t e , limão,

u v a seca e a b a c a t e .

A s o l u ç ã o d e 2 0 m M (milimolar) de a c e t a t o d e a m o n i o d e m e t a n o l e

á g u a , em p r o p o r ç ã o d e (95:5), foi utilizada para a extração d e pesticidas e m f r u t a s

( m a ç ã , a b a c a t e , laranja); vegetais (cenoura e alface) e c e r e a l (trigo) ( G r a n b y et

al-, 2004).

Em uvas. Otero et al. (2007), para a extração pelo método

multirresíduo d e fungicidas, utilizaram u m a mistura de d i c l o r o m e t a n o : a c e t o n a

( 7 5 : 2 5 , v/v).

A mistura de solventes, acetona - diclorometano - hexano, na

proporção d e (50:20:30, v/v/v), foi utilizada para extração d e m a ç ã s e p e r a s ,

m é t o d o multirresíduo d e pesticidas (Lacassie et a l . , 1998).

3.4.2. Q u a n t i f i c a ç ã o e / o u c o n f i r m a ç ã o

A quantificação d e resíduos d e pesticidas, nos m a i s diferentes m e i o s e

matrizes, é t r a d i c i o n a l m e n t e realizada u s a n d o - s e técnicas cromatográficas. E s t a s

técnicas t ê m sua importância na análise química e m f u n ç ã o d e sua facilidade para

efetuar as s e p a r a ç õ e s , identificar, quantificar e confirmar a s e s p é c i e s p r e s e n t e s

na amostra, p o r m e i o s d e detectores específicos ( S a n c h e s et al., 2 0 0 3 ) .


45

A s aplicações d a s t é c n i c a s cromatográficas c r e s c e r a m intensamente

nos últimos 50 a n o s ; isto s e d e v e n ã o s o m e n t e ao d e s e n v o l v i m e n t o d e novos

tipos d e técnicas d e p r e p a r a ç ã o , s e p a r a ç ã o e d e t e c ç ã o , m a s t a m b é m pela

necessidade crescente de técnicas mais precisas e sensíveis para a

caracterização e quantificação de pesticidas d e interesse e m matrizes c o m p l e x a s ,

tais c o m o alimentos, á g u a s , ar, solo e fluidos biológicos ( S a n c h e s et al., 2 0 0 3 ) .

Pesticidas não-voláteis e t e r m o l á b e i s e a l t a m e n t e polares t ê m surgidos

nos ú l t i m o s anos, incluindo carboxiamidas, quinazolinas, pirimidinas, triazóis,

c a r b a m a t o s , neonicotinóides e morfolina. A c r o m a t o g r a f i a líquida t e m s i d o uma

técnica aplicada na d e t e r m i n a ç ã o d e s t e s c o m p o s t o s ( S a n i n o et a l . , 2004).

Para a quantificação de resíduos de pesticidas do grupo de

c a r b a m a t o s , benzimidazóis e triazinas e m diferentes matrizes d e alimentos, a

técnica analítica d e quantificação u s u a l tem s i d o a c r o m a t o g r a f i a líquida d e alta

eficiência ( H P L C ) , c o m diferentes detectores d e ultravioleta (Pinto e J a r d i m , 2000;

Melo et a l . , 2005), diodo array ( O t e r o et a l . , 2 0 0 7 ; L ó p e z - B l a n c o et a l . , 2002),

fluorescência ( C a b a l l o - L ó p e z e C a s t r o , 2 0 0 3 ; A b a d et a l . , 1999) e a c o p l a d o ao

espectrómetro d e m a s s a s . A t u a l m e n t e , a t é c n i c a de cromatografia líquida (LC)

acoplada a o e s p e c t r ó m e t r o de m a s s a s , c o m diferentes m o d o s de ionização,

analisadores e detectores, tem despontado como técnica analítica de alto

potencial, na análise d e resíduos d e pesticidas d e c o m p o s t o s c o m características

polares, iónicos e baixas volatilidade.

3.4.3. E s p e c t r o m e t r i a d e m a s s a s

Um espectrómetro de massas é um instrumento composto

b a s i c a m e n t e por três u n i d a d e s f u n d a m e n t a i s : u m a f o n t e d e íons, u m analisador

o u filtro d e m a s s a s e u m sistema d e d e t e c ç ã o . A fonte d e íons t e m a finalidade d e

gerar íons a s e r e m a n a l i s a d o s na f a s e g a s o s a a partir d a s a m o s t r a s de interesse

(Bustillos et al., 2 0 0 3 ) . O a n a l i s a d o r de m a s s a s e m p r e g a c o m b i n a ç õ e s entre

c a m p o s elétricos e m a g n é t i c o s para separar íons g e r a d o s na fonte de ionização

d e a c o r d o c o m a s s u a s r a z õ e s massa/carga (m/z). O detector t e m a finalidade d e

quantificar o s íons p r o v e n i e n t e s d o analisador d e m a s s a s (Ashcroff, 1997).


46

C o m o fontes d e ionizaçào, diferentes t é c n i c a s p o d e m ser e m p r e g a d a s

e m virtude d o e s t a d o físico e p r o p r i e d a d e s d a a m o s t r a , tais c o m o a polaridade, a

estabilidade t é r m i c a e o peso molecular. Sâo muitas fomias de ionização

utilizadas e m espectrometria d e m a s s a s : ionização por elétrons ( E l ) , ionização

química (Cl), ionização por átomos/íons rápidos (FAB/FIB), ionização por

termospray ( T S P ) , ionização p o r electrospray (ESI), ionização q u í m i c a à p r e s s ã o

atmosférica ( A P C I ) , fotoionização à p r e s s ã o atmosférica (APPI), ionização p o r

d e s s o r ç ã o a laser assistida pela matriz ( M A L D I ) e o u t r o s (Martins, 2 0 0 5 ) .

Os analisadores d e m a s s a s s ã o responsáveis pela s e p a r a ç ã o ou

resolução d o s íons d e a c o r d o com a relação m/z. E s t e s analisadores são

e m p r e g a d o s d e várias f o r m a s , d e p e n d e n d o da n e c e s s i d a d e da resolução de

m a s s a s , da compatibilidade c o m a interface e c o m o sistema d e ionização

e m p r e g a d o . O s analisadores d e m a s s a s mais c o m u m e n t e e m p r e g a d o s são:

s i m p l e s , quadrupolo, íon trap, time of fíight (TOF) ou tempo de vôo e setor

m a g n é t i c o (Martins, 2 0 0 5 ) .

Os s i s t e m a s de d e t e c ç ã o responsáveis pela quantificação dos íons e

c o n v e r s ã o d e s t e s íons e m sinais eletrônicos p o d e m ser classificados como

detectores c o m e s e m multiplicação de e l é t r o n s . N o primeiro grupo e n c o n t r a m - s e

os multiplicadores de elétrons, diodos contínuos e fotomultiplicadores. No

s e g u n d o grupo e s t ã o incluídos o s c o p o s d e F a r a d a y {Faraday cups), que s ã o

dispositivos metálicos q u e g e r a m uma corrente elétrica c a p t u r a n d o o feixe d e

íons. Diferentes estratégias e c o n f i g u r a ç õ e s p o d e m ser e m p r e g a d a s e m c a d a

constituinte d o s espectrómetros d e m a s s a s d e a c o r d o c o m a aplicação específica

(Martins, 2005).

E q u i p a m e n t o s m o d e r n o s de L C a c o p l a d o a o e s p e c t r ó m e t r o d e m a s s a s

t ê m mostrado resultados d e altas sensibilidade e seletividade para resíduos d e

pesticidas, e s ã o c a p a z e s d e analisar e m níveis de t r a ç o s d e ppb a p p t (partes p o r

bilhão e partes por trilhão), e m diferentes matrizes e c o m p o s t o s ( S a n i n o e t a l . ,

2004).
47

E m a n o s r e c e n t e s , muitos e s t u d o s d e quantificação e c o n f i r m a ç ã o de

resíduos d e pesticidas d a s ciasses d e carbamatos, triazinas e b e n z i m i d a z ó i s e m

alimentos t ê m sido aplicados à cromatografia líquida a c o p l a d a à espectrometria

de massas c o m diferentes tipos d e ionização, analisadores e sistemas de

detecção.

F e r n á n d e z et a l . (2001) e s t u d a r a m a detenminação de fungicidas

benomil, carbendazim, imazalil, t i a b e n d a z o l , tiofanato metílico em laranjas

utilizando a t é c n i c a de cromatografia líquida (LC) acoplada a o e s p e c t r ó m e t r o de

massas (MS) com ionização à pressão atmosférica (APCI). A média de

r e c u p e r a ç ã o e m quintuplicatas obtidas e m níveis d e 0,05 a 5,0 (mg.kg"*) foi de

7 9 % , para c a r b e n d a z i m e benomil; 7 7 % , imazalil; 7 5 % , para t i a b e n d a z o l , e 5 6 % ,

p a r a tiofanato metílico. A baixa r e c u p e r a ç ã o d e tiofanato metílico s e deveu

possivelmente à conversão para carbendazim, que depende do pH, e às

c o n d i ç õ e s d e extração.

E s t u d o realizado por N u n e s et al. (2000) utilizou u m a c o m p a r a ç ã o de

técnica d e LC c o m detector d e fluorescência pós-coluna (FL) e a espectrometria

d e m a s s a s c o m ionização A P C I p a r a a d e t e r m i n a ç ã o de aldicarbe, aldicarbe

suifóxido e aldicarbe sulfona e m b a t a t a , laranja e t o m a t e . A técnica d e L C - F L

m o s t r o u resultados d e m e l h o r precisão e exatidão e m nível d e r e c u p e r a ç ã o de

1 0 0 pg. kg'\ O s limites d e d e t e c ç ã o p a r a a técnica L C - F L f o r a m m e n o r e s d e 0,2

n g para aldicarbe e aldicarbe suifóxido e 0,3 ng para aldicarbe sulfona. Para a

técnica L C - M S o s limites f o r a m 0,5; 0,5 e 1,3 n g , respectivamente.

H e r n á n d e z et a l . (2006) e s t u d a r a m 52 pesticidas p o r LC-MS/MS,

ionização electrospray (ESI), e m f r u t a s c o m o t o m a t e , limão, uva seca e a b a c a t e .

A s recuperações ( e m nível d e 0,01 e 0,1 mg.kg"") a p r e s e n t a r a m - s e na faixa d e 70

a 110%, c o m precisão satisfatória d e coeficiente d e v a r i a ç ã o < 1 5 % . Três

pesticidas, m e t a m i d o f ó s , aldicabe e etiofencarbe, a p r e s e n t a r a m , e m t o d a s as

matrizes, baixos níveis d e r e c u p e r a ç ã o , principalmente pela parcial d e g r a d a ç ã o

durante o tratamento da amostra. Muitos pesticidas de baixa polaridade

mostraram baixa r e c u p e r a ç ã o para a b a c a t e por s e r e m d e matriz c o m alta

c o n c e n t r a ç ã o d e lipídio, o q u e provavelmente dificultou a e x t r a ç ã o com m e t a n o l :

á g u a (8:2). O limite de quantificação d o m é t o d o estabelecido f o i d e 0,01 mg.kg"^

p a r a todos o s princípios a t i v o s e s t u d a d o s .
48

G o t o et al. ( 2 0 0 6 ) e s t u d a r a m m é t o d o para a análise de c a r b a m a t o s e m

frutas, utilizando a técnica LC-MS/MS com ionização ESI. O estudo da

recuperação, em níveis de 0,01 e 0,5 pg.g"^ comparados durante 3 dias

consecutivos d o e x p e r i m e n t o , m o s t r o u - s e insatisfatório para aldicarbe, m e t i o c a r b e

e pirimicarbe. O limite d e quantificação e s t i m a d o é d e 0,005 pg. g"" para c a d a

pesticida e m frutas e v e g e t a i s .

G r a n b y et a l . (2004) p r o p u s e r a m a análise d e 19 pesticidas c o m o

aldicarbe, aldicarbe suifóxido, aldicarbe sulfona, carbaril, carbendazim,

m e t i o c a r b e , propoxur, t i a b e n d a z o l , tiofanato metílico e outros por L C - M S / M S c o m

ionização ESI e m frutas, legumes e cereais. A precisão d o m é t o d o f o i e s t i m a d a

para material d e referência certificado no teste d e proficiência. Para muitos d o s

pesticidas a r e c u p e r a ç ã o variou n a faixa d e 7 0 a 1 1 0 % . O limite de quantificação

para m u i t o s d o s pesticidas e m f r u t a s e vegetais variou d e 0,01 a 0,02 m g . k g ' \

L e a n d r o et a l . (2007) estudaram 52 pesticidas, dentre os quais:

aldicarbe, aldicarbe suifóxido, aldicarbe sulfona, carbaril, c a r b e n d a z i m , metomil e

t i a b e n d a z o l , para cereal tendo c o m o base a tecnologia utilizada para alimentos

infantis, laranjas e batatas. A técnica de quantificação e confirmação foi

cromatografía líquida de ultra performance (LC UP) c o m ionização ESI. A

r e c u p e r a ç ã o d o m é t o d o (%) e o coeficiente d e variação (CV) obtidos na maioria

dos pesticidas fortificados e m níveis de 0,10 e 1,00 mg.kg"* f o r a m de 7 3 a 1 2 4 % ,

C V < 1 8 % para b a t a t a ; laranja, 6 6 - 1 1 8 % , C V < 1 7 % e cereal b a s e a d o em

alimentos infantis, 7 3 - 1 1 4 % e C V < 1 9 % .

Hiemstra e K o k (2007) e s t u d a r a m m é t o d o multirresíduo e m frutas,

vegetais e cereais utilizando a t é c n i c a de L C - M S / M S , c o m triplo q u a d r u p o l o e c o m

ionização electrospray (ESI). F o r a m detectados 171 pesticidas e seus metabólitos

e m diferentes matrizes d e grãos. O s resultados d e r e c u p e r a ç ã o , fortificados e m

três níveis q u e variaram d e 0,01 a 0,10 m g . k g " \ f o r a m de 70 a 1 1 0 % , c o m desvio

padrão relativo de a t é 15%. O limite d e quantificação d e todos o s analitos

e s t u d a d o s foi d e 0,01 m g . k g V

Z a m o r a et a l . (2004), utilizando a técnica de L C - E S I - M S - M S , validaram

o m é t o d o de d e t e r m i n a ç ã o de fungicidas (tridemorfe c a r b e n d a z i m , t i a b e n d a z o l e ,

imazalil, propiconazole e bitertanol) e m laranjas e bananas. A s a m o s t r a s f o r a m

extraídas e m u m a única etapa d e extração e m a c e t o n a e acetonitrila. Dentre o s

solventes de extração, a acetona a p r e s e n t o u o resultado m a i s eficiente p a r a estes


49

c o m p o s t o s e matrizes. Os limites de d e t e c ç ã o para t o d o s o s c o m p o s t o s v a r i a r a m

d e 0,005 a 0,025 m g . kg "* e o limite d e quantificação f o i de 0,05 mg.kg"" para

t o d o s o s c o m p o s t o s . Para o e s t u d o da r e c u p e r a ç ã o , e m níveis d e 0,05 mg.kg"" e

1,0 m g . k g " \ os resultados d a s médias d e r e c u p e r a ç õ e s n o s dois níveis v a r i a r a m

d e 7 5 a 9 6 % , p a r a banana, e 83 a 9 9 % , para laranja, e os coeficientes d e

v a r i a ç ã o d e 3 a 1 2 % e d e 4 a 1 2 % para b a n a n a e laranja, r e s p e c t i v a m e n t e .

D e n t r e a s 9 a m o s t r a s de b a n a n a s analisadas, e m 3 a m o s t r a s f o r a m detectadas

bitertanol e imazalil, e m 4 a m o s t r a s , t i a b e n d a z o l , e e m 1 a m o s t r a , tridemorfe,

s e n d o q u e e m n e n h u m a a m o s t r a foi d e t e c t a d o c a r b e n d a z i m . Em 1 3 amostras d e

laranja analisadas, todas s e a p r e s e n t a r a m positivas p a r a imazalil e e m 11

a m o s t r a s foi detectado t i a b e n d a z o l , p o r é m s o m e n t e 1 d a s a m o s t r a s apresentou

( e m níveis acima d o s LMR) imazalil e t i a b e n d a z o l . E m u m a amostra foi detectado

carbendazim e nenhuma das amostras apresentou sinais d e bitertanole e

tridemorfe. A presença da alta incidência de fungicidas pós-emergentes

(tiabendazol e imazalil) e m laranjas s e d e v e á aplicação usual d e s t e s fungicidas

em frutas cítricas. Nas a m o s t r a s d e b a n a n a , o c o r r e u d e t e c ç ã o positiva de

t i a b e n d a z o l , bitertanole e imazalil e m 3 amostras, s e n d o que s o m e n t e uma

a m o s t r a d e b a n a n a a p r e s e n t o u níveis a c i m a d o LMR.

J a n s s o n e t al. ( 2 0 0 4 ) a p r e s e n t a r a m resultados da influência do efeito

d a matriz d o m é t o d o multirresíduo para cariDamatos e b e n z i m i d a z ó i s e m misturas

d e frutas e v e r d u r a s , por L C - M S / M S c o m ionização E S I . O efeito da matriz é

variável, resultando em efeitos de supressão ou sobreposição para uma

c o m b i n a ç ã o específica de pesticidas e matrizes. Os resultados d e quantificação

d o s pesticidas p o d e m ser a f e t a d o s e m valores maiores o u m e n o r e s de 3 0 % na

r e s p o s t a d o detector, resultante de efeitos positivo e negativo na matriz. N ã o é

r e c o m e n d a d o aplicar o efeito matriz para u m d e t e n n i n a d o pesticida para predizer

e s t e efeito aos d e m a i s pesticidas. O efeito matriz d e p e n d e de c a d a c o m p o s t o e

d a c o e l u i ç ã o de c o m p o n e n t e s d a matriz q u e interage c o m os pesticidas, na f a s e

d e ionização, na interface. A s médias d e recuperação d o s pesticidas e m níveis d e

fortificações de 0 , 0 1 , 0,05 e 0,5 m g . k g " \ na maioria d o s c a s o s , foi m a i o r q u e 7 0 %

em cada nível e em todas as misturas d e matrizes. O tiofanato metílico

a p r e s e n t o u baixo resultado d a s médias d e r e c u p e r a ç õ e s e altos coeficientes d e

variação e m todos os níveis d e recuperação estudados. Para o nível de

fortificação d e 0,01 m g . k g " \ a m é d i a d e r e c u p e r a ç ã o foi d e 4 4 % e o coeficiente d e


50

v a r i a ç ã o cerca d e 8 2 % ; j á e m nível d e 0,05 mg.kg \ 5 4 % e 5 6 % , respectivamente

e p a r a 0,5 m g . k g " \ 4 5 % d e r e c u p e r a ç ã o e 4 3 % d e coeficiente d e variação. Estes

d a d o s são decorrentes d a d e c o m p o s i ç ã o d e tiofanato metílco p a r a c a r b e n d a z i m .

Pizzutti et al. (2007) d e s e n v o l v e r a m m é t o d o multirresíduo e m g r ã o s d e

soja utilizando a técnica L C - M S / M S c o m ionização ESI. D o s 169 pesticidas

e s t u d a d o s , m a i s de 7 0 % d e s t e s pesticidas a n a l i s a d o s a p r e s e n t a r a m r e c u p e r a ç ã o

v a r i a n d o de 7 0 a 1 2 0 % , c o m coeficiente d e v a r i a ç ã o < 2 0 % e m três níveis d e

fortificação, 10, 50, 100 p g . k g ^ O limite d e quantificação d o m é t o d o v a r i o u d e 10

a 50 \^gMg\

E m estudo realizado p o r Fen-er et a l . (2005) utilizando o método

multirresíduo e m frutas e v e g e t a i s foi aplicada a técnica LC a c o p l a d o ao

e s p e c t r ó m e t r o d e m a s s a s c o m ionização (ESI) c o m analisador t e m p o d e v ô o

( T O F ) . Foi e s t u d a d o o efeito d a matriz d e 15 pesticidas e m pimenta, limão,

laranja, brócolis, maçã e t o m a t e . O efeito da matriz foi a v a l i a d o e m relação a o

sinal supressão/intensificação c o m p a r a n d o - s e a inclinação d a c u r v a d e calibração

c o m o extrato da matriz/solvente. Dentre os pesticidas e matrizes e s t u d a d o s ,

o b s e r v o u - s e q u e o c a r b e n d a z i m n ã o interfere no efeito da matriz. Por outro lado,

muito dos pesticidas, d e m o n s t r a r a m forte interferência da m a t r i z nos resultados

da análise. O efeito s u p r e s s ã o o u intensificação d a s matrizes e r a f r e q ü e n t e m e n t e

o b s e r v a d o e m valores m a i o r e s q u e 2 0 % , principalmente p a r a brócolis e frutas

cítricas.

Goto et al. (2005) propuseram o método de determinação de

c a r b a m a t o s e m sucos e vinhos utilizando a injeção direta d a s a m o s t r a s e m L C /

E S l / M S / M S a p ó s diluição d a s a m o s t r a s e m água. A s a m o s t r a s d e s u c o s d e uva,

laranja, maçã e vinhos tinto e b r a n c o f o r a m fortificadas e m níveis d e 0,1 a 0,5

p p m , durante u m dia e entre 3 d i a s consecutivos. O s resultados da m é d i a d e

recuperação d o s dois níveis e s t u d a d o s , para a avaliação e n t r e dias, f o r a m e m

valores iguais e maiores q u e 6 3 , 0 % e o coeficiente d e v a r i a ç ã o foi m e n o r q u e

2 2 , 6 % . Para a avaliação diária, a m é d i a d e r e c u p e r a ç ã o foi d e 5 9 , 6 % o u m a i s e o

coeficiente de variação igual o u a b a i x o d e 6,9.


51

3.5. P r o g r a m a de m o n i t o r a m e n t o

Em programas de monitoramento de resíduos de pesticidas em

alimentos normalmente são a d o t a d o s métodos mutirresíduos. O s resultados

permitem verificar a s a p l i c a ç õ e s d a s b o a s práticas agrícolas, no u s o abusivo da

f o r m u l a ç ã o d e agrotóxicos, c o m respeito à s d o s e s m í n i m a s d o intervalo de

carência e a o uso i n a d e q u a d o d e agrotóxicos não a u t o r i z a d o s por órgãos

c o m p e t e n t e s . Os d a d o s produzidos pelos p r o g r a m a s p e r m i t e m t a m b é m avaliar e

mensurar o potencial risco à s a ú d e da p o p u l a ç ã o h u m a n a c o m relação ao

c o n s u m o d e alimentos. A t r a v é s d o s d a d o s d e p r o g r a m a d e m o n i t o r a m e n t o é

possível c o n h e c e r o c e n á r i o i n t e m a c i o n a l e nacional d e pesticidas d o p o n t o d e

vista, das t e n d ê n c i a s d e resíduos nos alimentos e dos a s p e c t o s importantes para

o p l a n e j a m e n t o de e s t r a t é g i a s d e controle, de m o n i t o r a m e n t o e laboratoriais para

s e atingir o s objetivos d e forma eficiente e obter resultados satisfatórios.

Ortelli et a l . (2004), utilizando a técnica de L C - M S / M S c o m ionização

E S I , p r o p u s e r a m o m é t o d o multirresíduo para o p r o g r a m a d e m o n i t o r a m e n t o e m

frutas e v e r d u r a s (na Suíça) d e 7 4 pesticidas. F o r a m controladas 2.571 a m o s t r a s

d e frutas e verduras n o período d e 2 0 0 2 e 2 0 0 3 , o n d e 4 7 , 9 % d a s a m o s t r a s

a p r e s e n t a r a m resíduos d e u m o u m a i s pesticidas e e m 6 , 6 % f o r a m e n c o n t r a d o s

resíduos que excederam os Limites Máximos de Resíduos (LMR). Muitos

produtos agrícolas, c o m o p e q u e n a s frutas e g r ã o s , frutas cítricas o u vegetais

folhosos, a p r e s e n t a r a m índices d e c o n t a m i n a ç ã o maiores q u e outros alimentos.

Em muitos casos (grãos e pequenas frutas), foram encontradas grandes

q u a n t i d a d e s d e f u n g i c i d a , pela fragilidade que e s t e s p r o d u t o s a p r e s e n t a m . Para

frutas cítricas, o m a i o r p r o b l e m a e n c o n t r a d o foi e m relação a o item "sem

tratamento pós-colheita", o n d e o s resultados m o s t r a r a m a presença de larga

q u a n t i d a d e d e fungicidas, c o m o o tiabendazol e o imazalil, q u e s ã o fungicidas

aplicados e m t r a t a m e n t o pós-colheita. O u t r o p r o b l e m a identificado foi, a p r e s e n ç a

de grande número de resíduos por amostra, mais d e 30% das amostras

continham resíduos múltiplos. No c a s o específico de a m o s t r a s , d e uva, f o r a m

e n c o n t r a d o s mais d e 12 pesticidas diferentes e m b o r a e m c o n c e n t r a ç õ e s a b a i x o

d o LMR.
52

Looser et al. (2006) analisaram 593 amostras de morangos

comercializadas no Estado de Banden-Württemberg, Alemanha que eram

provenientes d a s a f r a a l e m ã , e s p a n h o l a , italiana e m a r r o q u i n a e o b t i v e r a m 9 8 %

de resultados positivos para resíduos d e pesticidas. A s o m a d a s c o n c e n t r a ç õ e s

d e t o d o s os pesticidas e n c o n t r a d o s por a m o s t r a foi e m média 0,41 m g kg"'. O s

p r o d u t o s provenientes da Itália c o n t i n h a m o s maiores índices e o s da A l e m a n h a ,

as m e n o r e s c o n c e n t r a ç õ e s . O s fungicidas f o r a m mais f r e q ü e n t e m e n t e d e t e c t a d o s

d o q u e o s inseticidas e os herbicidas s e n d o q u e os pesticidas m a i s d e t e c t a d o s

foram ciprodinila, fluodioxinila, fehexamida, tolifluanida e azostrobina,

responsáveis por m a i s de 5 0 % d o total d a s d e t e c ç õ e s .

No Brasil, o m o n i t o r a m e n t o n a c i o n a l , d e n o m i n a d o P r o g r a m a d e A n á l i s e

de R e s í d u o s d e A g r o t ó x i c o s e m A l i m e n t o s , f o i realizado e m 4 . 0 0 1 a m o s t r a s d e

frutas ( b a n a n a , laranja, m a ç ã , m a m ã o , m o r a n g o ) e d e vegetais (alface, batata,

c e n o u r a e t o m a t e ) , no período d e 2 0 0 1 a 2 0 0 4 . Estas a m o s t r a s f o r a m coletadas

e m s u p e r m e r c a d o s d e g r a n d e s c i d a d e s e m 13 estados brasileiros. O critério d a

a m o s t r a g e m foi b a s e a d o e m : d a d o s d e c o n s u m o a n u a l per capita e m k g ,

a l i m e n t o s fornecidos pelas c e s t a básica, o s sistemas d e cultivo e d e m a n e j o d e

pragas d a s diferentes culturas e a disponibilidade d e s t e s alimentos n o c o m é r c i o ,

nos diferentes e s t a d o s inseridos no p r o g r a m a . A s a n á l i s e s f o r a m realizadas pelo

m é t o d o multirresíduo para 91 princípios ativos, exceto para os d i t i o c a r b a m a t o s ,

para o s quais f o i a d o t a d o u m a m e t o d o l o g i a analítica específica. O s resultados

relatam q u e , d a s 4 . 0 0 1 a m o s t r a s a n a l i s a d a s de j u l h o d e 2 0 0 1 a d e z e m b r o d e

2 0 0 4 , f o r a m d e t e c t a d o s resíduos e m 3.271 amostras, s e n d o q u e 2 . 3 4 0 (71,5%)

f o r a m regulares e 931 (28,5%) d a s a m o s t r a s foram irregulares. V a l e salientar

também que dentre as amostras detectadas positivas, muitas amostras

a p r e s e n t a r a m r e s í d u o s múltiplos. D a s 9 3 1 amostras irregulares, 7 7 6 (83,4%)

a m o s t r a s eram d e uso irregular, n ã o autorizado pela A N V I S A , e 155 (16,6%)

e s t a v a m e m níveis acima d e L M R . Estes dados p e r m i t e m concluir q u e , na

realidade brasileira, o maior p r o b l e m a c o m relação a o s níveis d e agrotóxicos n o

a l i m e n t o in natura, não está n a f o r m a de aplicação d o produto e m alimento, m a s

no uso indiscriminado de agrotóxicos não autorizados p a r a d e t e n n i n a d a s culturas.

Dentre o s alimentos in natura analisados, a s culturas d e alface, c e n o u r a , laranja e

t o m a t e a p r e s e n t a r a m os m a i o r e s índices d e irregularidades ( A N V I S A , 2 0 0 6 b ) .
53

No programa de monitoramento de pesticidas em alimentos dos

E s t a d o s U n i d o s , realizado p e l a FDA ( F o o d and D r u g A d m i n s t r a t i o n ) e m 2 0 0 3 ,

foram analisadas 7.234 amostras; sendo 2.344 amostras domésticas,

provenientes d e 45 e s t a d o s , e 4 . 8 9 0 amostras i m p o r t a d a s d e 9 9 países, d e n t r e

e l a s , 55 a m o s t r a s de o r i g e m brasileira ( F D A , 2005).

O método empregado foi de multirresíduo, auxiliado por alguns

m é t o d o s específicos, para a d e t e r m i n a ç ã o d e cerca d e 360 pesticidas em

alimentos; destes, foram encontrados 144 pesticidas. As amostras foram

coletadas e m rede d e s u p e r m e r c a d o s e mercearias na freqüência d e quatro v e z e s

a o a n o , distribuídas e m quatro regiões geográficas d o país.

As amostras foram consideradas como "ausentes", quando não

d e t e c t a d o s o s pesticidas, " n ã o violadas" e "presença de r e s í d u o s violáveis". A

presença d e resíduos violáveis é definida c o m o u m resíduo q u e e x c e d e a

tolerância o u u m nível de r e s í d u o c o m importância significativa q u e não t e n h a

e s t a b e l e c i d o a tolerância na a m o s t r a alimentar.

F o r a m analisadas 154 a m o s t r a s d o m é s t i c a s e 2 1 5 importadas d e g r ã o s

e derivados; das quais 21 e 59 amostras domésticas e importadas,

r e s p e c t i v a m e n t e , de a m o s t r a s d e leite, o v o s e d e r i v a d o s ; 1 2 2 e 2 7 3 a m o s t r a s d e

p e i x e s e p r o d u t o s aquáticos; 8 1 3 e 1.537 a m o s t r a s d e frutas; 1.132 e 2 . 4 9 4 d e

v e g e t a i s e 1 0 2 domésticas e 312 importadas d o grupo d e "outros" p r o d u t o s .

D e n t r e as a m o s t r a s d o m é s t i c a s , 8 3 % e r a m frutas e vegetais ( F D A , 2 0 0 5 ) .

Nos Estados Unidos, o registro para o uso dos pesticidas e o

estabelecimento de LMR para alimentos são da competência da EPA

( E n v i r o n m e n t a l Protection A g e n c y ) , e x c e t o para c a r n e , aves d o m é s t i c a s e a l g u n s

p r o d u t o s d e o v o s , q u e s ã o d e responsabilidade d o Food Safety a n d Inspection

S e r v i c e (FSIS) d o United States D e p a r t m e n t of Agriculture ( U S D A ) .

Na Tabela 2, encontram-se o s resultados d e t o d a s a s amostras

domésticas analisadas por grupo de alimentos que foram não-detectadas,

v i o l a d a s e a u s e n t e s e a c i m a d o s LMR.
54

Tabela 2 - Resultado d a s a m o s t r a s d o m é s t i c a s , por g r u p o d e alimentos e m 2003

(EUA)

ND Violadas > Ausência


G r u p o d e produtos Total
(%) (%) LMR LMR

Grãos e derivados 154 74,0 0,0 0 0

Leite e derivados 21 100,0 0,0 0 0

Peixes e derivados 122 76,2 0,0 0 0

Frutas 813 48,6 2,2 0 18

Vegetais 1.132 69,2 1,9 1 21

Outros 102 60,8 16,7 8 9

TOTAL 2.344 62,6 2,4 9 48

N D : nâo detectado LMR: Limite Máximo de Resíduo Fonte: FDA, 2005

Dentre t o d a s a s amostras d o m é s t i c a s analisadas, citadas na T a b e l a 2 ,

2 , 2 % d a s amostras d e frutas f o r a m de c a r á t e r violável, s e g u i d o de vegetais

(1,9%), e amostras d e outros g r u p o s (16,7%). N o grupo d e "outros alimentos" era

composta por uma grande diversidade de alimentos, como: caju, coco,

c o n d i m e n t o s , mel, a l i m e n t o s processados, á g u a , bebidas e outros (FDA, 2 0 0 5 ) .

N a T a b e l a 3, e n c o n t r a m - s e os resultados d a s a m o s t r a s importadas,

classificadas por g r u p o s d e alimentos para o m o n i t o r a m e n t o .

Tabela 3 - Resultados d a amostras importadas, por g r u p o d e alimentos e m 2003,

(EUA)

ND Violadas > Ausência


G r u p o d e produtos Total
(%) (%) LMR LMR

Grãos e derivados 215 88,4 1,4 0 3

Leite e derivados 59 84,8 0,0 0 0

Peixes e derivados 273 89,0 0,0 0 0

Frutas 1.537 63,6 5,3 3 79

Vegetais 2.494 72,5 6,7 15 152

Outros 312 78,2 14,1 8 36

TOTAL 4.890 71,8 6,0 26 270

N D : nâo detectado L M R : Limite Máximo de Resíduo Fonte: FDA, 2005


55

Pelos resultados d a s a m o s t r a s importadas, c o n f o r m e Tabela 3, os

g r u p o s q u e a p r e s e n t a r a m m a i o r e s índices de a m o s t r a s violáveis, f o r a m : 1 4 , 1 % de

o u t r o s alimentos, 6 , 7 % d o g r u p o de vegetais e 5 , 3 % d e frutas. Para o g r u p o de

vegetais e frutas d e a m b a s a s procedências o índice d e a m o s t r a s violáveis c o m

relação a i m p o r t a d o e d o m é s t i c o foi a p r o x i m a d a m e n t e na razão 3 : 1 . A s a m o s t r a s

dos Estados U n i d o s a p r e s e n t a r a m m a i o r p o r c e n t a g e m (37,3%) d e a m o s t r a s

violadas q u e a s i m p o r t a d a s (28,2%), a p e s a r do n ú m e r o d e a m o s t r a s analisadas

ser maior e m t o d o s o s g r u p o s (FDA, 2 0 0 5 ) .

O milho foi a n a l i s a d o c o m o u m alimento d e origem cereal e v e g e t a l ,

s e n d o que d a s 7 0 a m o s t r a s d o m é s t i c a s utilizadas, 2 4 era d o g r u p o d e cereal e 4 6

a m o s t r a s d e milho v e g e t a l ; d a s 39 a m o s t r a s d e milho importado, 13 e r a m d o

g r u p o do c e r e a l e 15 a m o s t r a s e r a m d o g r u p o d e v e g e t a i s . Dentre a s a m o s t r a s d e

m i l h o d o m é s t i c a s , e m 8 3 , 3 % d o grupo cereal e e m 9 5 , 7 % d o g r u p o vegetal f o r a m

detectados resíduos de pesticidas, porém não foram encontrados resíduos

violáveis e m a m b o s o s g r u p o s .

N a s a m o s t r a s d e milho importadas, e m 6 9 , 2 % do g r u p o cereal e e m

9 6 , 0 % da a m o s t r a g e m v e g e t a l foram d e t e c t a d o s resíduos de pesticidas, p o r é m

n e n h u m a a m o s t r a foi e n c o n t r a d a c o m resíduo violável ( F D A , 2 0 0 5 ) .

F o r a m analisadas 4 3 8 a m o s t r a s d o m é s t i c a s e 60 importadas com

finalidade d e a l i m e n t a ç ã o a n i m a l . Dentre a s a m o s t r a s d o m é s t i c a s , e m 6 9 , 2 % n ã o

f o r a m detectados resíduos e e m 1,8% o s limites e x c e d i a m a tolerância; e n q u a n t o

q u e , nas a m o s t r a s importadas, e m 8 3 , 3 % não f o r a m d e t e c t a d o s resíduos d e

pesticidas e e m 5 , 0 % houve e x c e s s o d o s LMR.

Duas amostras de milho domésticas, provenientes de diferentes

regiões, f o r a m e n c o n t r a d a s c o m c o n c e n t r a ç õ e s 0,010 p p m e 0,086 p p m de

clorpirifós metílico, p o r é m a legislação E P A ( E n v i r o n m e n t a l Protection A g e n c y )

n ã o estabelece o s níveis d e tolerância. Em outras d u a s a m o s t r a s de milho

c o l e t a d a s e m outros E s t a d o s foi encontrado m a l a t i o n a , nas c o n c e n t r a ç õ e s d e

2 6 , 7 e 11,3 p p m , e x c e d e n d o o limite e s t a b e l e c i d o pela E P A q u e é de 8 p p m e

metoxicloro, (0,642 e 0,249 p p m ) , s e m limite d e tolerância por ter s i d o r e v o g a d o ,

a n t e r i o r m e n t e , o limite de 2 p p m .

Dentre as amostras importadas, em uma amostra de milho da

A r g e n t i n a foi e n c o n t r a d a fenitrotiona na c o n c e n t r a ç ã o d e 1,66 p p m , apesar d e n ã o

existir tolerância d e s t e pesticida para e s t a cultura. E m 135 (30,8%) d a s a m o s t r a s


56

d o m é s t i c a s e 10 (16,7%) das i m p o r t a d a s f o r a m detectados pesticidas múltiplos;

n o total 2 0 6 residuos d e pesticidas, sendo 136 quantificados e 70 e m nivel d e

traços ( F D A , 2 0 0 5 ) .

D e n t r e todas a s a m o s t r a s analisadas, n ã o f o r a m e n c o n t r a d o s residuos

e m 6 2 , 6 % d a s a m o s t r a s d o m é s t i c a s e e m 7 1 , 8 % d a s importadas. S o m e n t e e m

2 , 4 % d a s a m o s t r a s d o m é s t i c a s e e m 6 , 1 % d a s a m o s t r a s i m p o r t a d a s foram

d e t e c t a d o s r e s i d u o s violáveis. D e s t a s amostras, f o r a m quantificados 6 2 resíduos

d e m a l a t i o n a e m níveis q u e v a r i a r a m d e 0,009 a 26,7 p p m ; 13 r e s i d u o s d e

clorpirifós metílico e m níveis 0,009 a 0,560 p p m ; 7 residuos d e metoxicloro (pp' +

op') e m níveis d e 0,010 a 0,642 p p m ; 11 clorpirifós (0,008 a 0,400 p p m ) ; 11 d e

diazinona (0,010 a 0 , 3 0 7 ppm); 9 d e etoxiquin (0,103 a 5 0 , 0 ppm) e outros

pesticidas: pirimifós metílico, azostrobina, tributos, dieldrin, e n d o s u l f a n , etiona,

heptacloro e p ó x i d o e a cialotrina, d e até 3 d e t e r m i n a ç õ e s quantificáveis d e

pesticidas, q u e variaram d e 0,008 a 0 , 2 7 7 p p m (FDA, 2005).

N o p r o g r a m a d e monitoramento d e residuos d e pesticidas d e 2 0 0 4 ,

entre o s m e m b r o s da C o m u n i d a d e Européia e outros países d a Europa ( N o r u e g a ,

Islândia e Liechtenstein), f o r a m a n a l i s a d a s 6 0 . 4 5 0 amostras d e frutas, vegetais e

cereais e produtos processados, incluindo alimentos infantis, pelo método

multirresíduo. O s resultados d o m o n i t o r a m e n t o e s t ã o na T a b e l a 4 ( E U , 2007).

Dentre t o d a s a s a m o s t r a s analisadas, 8 7 , 5 % f o r a m realizadas e m laboratórios

credenciados.

N a T a b e l a 4 , estão o s resultados d o m o n i t o r a m e n t o d e frutas e

vegetais, cereais, a l i m e n t o s infantis p r o c e s s a d o s e cereais p r o c e s s a d o s . Dentre

todas as amostras analisadas, em 55,6% foram detectados resíduos de

pesticidas, d o s quais 3 9 , 7 % e m níveis a b a i x o d o s L M R e 2 , 9 % d a s a m o s t r a s

acima dos LMR da Comunidade Européia (LMREC). Dentre as amostras

insatisfatórias, f o r a m quantificados 3 2 4 diferentes pesticidas e seus metabólitos

(EU, 2007).
57

T a b e l a 4 - R e s u l t a d o s d o p r o g r a m a nacional d e m o n i t o r a m e n t o e m 2 0 0 4 (EU)

N N N
Grupos N N ND % <LMR % >LMR % %
ou ou >LMREC
<LMREC >LMREC
Frutas
e 50.428 26.689 53 21.232 42 2.507 5,0 1.519 3,0
Verduras*
Frutas
e 2.211 963 44 1.022 46 226 10,2 122 5,5
verduras**

Cereais* 2.719 1.912 70 777 29 30 1,1 28 1,0

Produtos
processados, sem 3.678 2.755 75 879 24 44 1,2 17 0,5
(Al)*
Aumentos infantis 2,7 36 2,7
1.334 1221 92 77 6 36
(Al)*
Cereais 1
80 67 84 10 13 3 3,8 1,3
processados
Total (sem
55.395 29.585 53 23.036 42 2.764 5,0 1.670 3,0
processamento)
Total 2,9
60.450 33.607 55,6 23.997 39,7 2.846 4,7 1.723
(processado)
Fonte: EU, 2007
* Amostras da fiscalização N: número de amostras analisadas
** Amostras direcionadas N ND: número de amostras nâo detectadas
LMR: Limite Máximo de Residuo LMREC: Limite Máximo de Residuo da Comunidade Européia

Para a s a m o s t r a s d e frutas e vegetais, f o r a m a d o t a d a s diferentes

estratégias d e a m o s t r a g e m . A s amostras d e fiscalização são coletadas sem

q u a l q u e r suspeita, c o m relação a um produtor o u consignatório. A s a m o s t r a s d e

fiscalização p o d e m s e r incluídas t a m b é m d a s a m o s t r a s objetivando u m especial

p r o b l e m a ; s e n d o e x e m p l o o m e t a m i d o f ó s e m pepinos e c l o r o m e q u a t e e m p e r a s

d e E s t a d o s c o m p r o b l e m a s p r e v i a m e n t e constatados. A s amostras d i r e c i o n a d a s

s ã o c o l e t a d a s e m c a s o de s u s p e i t a ou c o m violação p r e v i a m e n t e e n c o n t r a d a . A

amostragem direcionada é feita diretamente para uma específica

plantação/produtor o u u m e s p e c í f i c o consignatório ( E U , 2 0 0 7 ) .

F o r a m analisadas 5 0 . 4 2 8 a m o s t r a s d e frutas e vegetais in natura,

p r o v e n i e n t e s da fiscalização, em 53% das amostras não foram detectados

resíduos, 4 2 % e s t a v a m abaixo de LMR ou LMREC e 3% d a s amostras

a p r e s e n t a r a m resíduos que e x c e d e r a m o s L M R ( E U , 2 0 0 7 ) .

Para os cereais, d a s 2.719 a m o s t r a s a n a l i s a d a s provenientes da

fiscalização, e m 7 0 % n ã o f o r a m encontrados resíduos, 2 9 % e s t a v a m abaixo d o s

L M R e 1 , 1 % acima d o s L M R . O s índices d e a m o s t r a s detectadas, maiores o u


58

m e n o r e s q u e L M R E C e m cereais a p r e s e n t a r a m v a l o r e s m e n o r e s q u e o s d a s

frutas e vegetais ( E U , 2 0 0 7 ) .

Nas a m o s t r a s d e frutas e v e g e t a i s , e m 1 0 , 2 % (direcionadas) e e m 5 %

(de fiscalização) e x c e d e r a m o s L M R . Estes d a d o s r e v e l a m q u e a s a m o s t r a s d e

fiscalização e a s direcionadas são distintas, d e s d e a estratégia d e a m o s t r a g e m

até a análise d o s resultados.

Para o s alimentos infantis, f o r a m analisadas 1.334 a m o s t r a s , e m 9 2 %

n ã o f o r a m e n c o n t r a d o s r e s i d u o s d e pesticidas, e m 6 % f o r a m d e t e c t a d o s , m a s

abaixo d o LMR, e 2 , 7 % d a s a m o s t r a s e s t a v a m acima d o L M R E C ( E U , 2 0 0 7 ) .

C o m relação à s a m o s t r a s c o m resíduos múltiplos, v a r i a n d o a p r e s e n ç a

d e 2 a 8 o u mais resíduos presentes e m u m a m e s m a a m o s t r a , o s d a d o s relatados

e s t ã o na Tabela 5.

T a b e l a 5 - A m o s t r a s in natura d e frutas, v e g e t a i s e c e r e a i s

2* 2* 3* 4* 5* 6* 7* 8*
o u mais o u mais
N 55.395 12.986 5.695 3.220 1.850 955 544 283 439

% 100 23,4 10,3 5.8 3,3 1.72 0.98 0,51 0,79


N; número de amostras analisadas *: pesticidas Fonte: EU, 2007

Pelos resultados, a p r e s e n t a d o s na Tabela 5, a maior p o r c e n t a g e m d e

pesticidas dentre a s a m o s t r a s foi entre o s q u e a p r e s e n t a r a m 2 pesticidas; esta

p o r c e n t a g e m d e c r e s c e à m e d i d a q u e a u m e n t a o n ú m e r o de pesticidas p r e s e n t e s

e m uma mesma amostra.

Pelos d a d o s do m e s m o p r o g r a m a (de 1998 a 2003), e m 1998, 2 % d a s

a m o s t r a s a p r e s e n t a r a m 4 o u mais pesticidas; e m 2 0 0 2 , 2,8%; e m 2003, 6 , 5 % , e,

e m 2 0 0 4 , 7,3% d a s a m o s t r a s a p r e s e n t a m 4 o u mais pesticidas ( E U , 2007).

Na f i g u r a 14 a p r e s e n t a - s e o s resultados d a p r e s e n ç a de r e s í d u o s

múltiplos de 2 o u m a i s pesticidas no p e r í o d o d e 1997 a 2 0 0 4 , p a r a amostras d e

frutas e vegetais e cereais e m forma d e p e r c e n t a g e m .


59

Fonte: EU. 2007


Figura 14 - P o r c e n t a g e m das amostras d e frutas, vegetais e cereais c o m
resíduos múltiplos, no período de 1997 a 2 0 0 4

Pelos resultados apresentados na Figura 14, observa-se crescimento

no n ú m e r o percentual de amostras c o m 2 o u mais resíduos a partir d e 2000.

Na T a b e l a 6, exclarece-se à procedência das amostras que e s t a v a m

e m níveis acima do L M R E C .

T a b e l a 6 - A m o s t r a s d e fiscalização, e m níveis a c i m a d o L M R E C , para frutas,

verduras e cereais

ORIGEM N N > LMREC %

União Européia 42.359 1.020 2,4

Importado 9.523 650 6,8

Desconhecido 1.265 77 6,1

Total 53.147 1.747 3,3


Fonte: EU, 2007
N: número de amostras analisadas
N>LMREC: número de amostras acima do Limite Máximo de Resíduo da Comunidade Européia

Conforme os resultados do programa. Tabela 6, os produtos

importados a p r e s e n t a r a m maiores índices e m valores percentuais de a m o s t r a s

q u e e s t a v a m a c i m a dos L M R E C q u e o s produzidos na Europa.

Na Figura 15, estão os resultados d o monitoramento no período d e

1996 a 2 0 0 4 , q u a n t o à tendência d a s amostras não-detectadas, detectadas e m

níveis m e n o r e s e maiores e m relação à legislação de L M R E C .


60


60 61 59
60 56 56
63

37 38 38
S 40
37 36 36
32
35
£
ît 30

3,3 45 5,5 5í
3,4 4.3 3,9

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

— A m o s t r a s não detectados resíduos AnO


«—AmoSti.iscom l e d d u o s LMR ou LMREC
Amosti.iscom lesiduos LMR ou LMREC

Fonte: EU. 2007

Figura 15 - Resultado do monitoramento no período de 1996 a 2 0 0 4 .

A Figura 15 mostra a tendência ao longo dos anos 1996 a 2 0 0 4 da

d i m i n u i ç ã o e m porcentagem c o m relação à ausência d e resíduos de pesticidas

nas amostras monitoradas. Por outro lado, há crescimento quanto à presença de

resíduos, tanto e m níveis m e n o r e s quanto acima dos LMR. Este a u m e n t o se deve

a vários fatores, c o m o a capacidade analítica laboratorial, atingindo menores

limites de quantificação e maior n ú m e r o substâncias analisadas. Outro fato se

d e v e a o s programas d e monitoramento, que diferem consideravelmente a cada

ano. Em muitos países a prioridade dos programas de monitoramento é

direcionada para níveis nacionais e são freqüentemente objetivados para um

específico problema, tais c o m o a s informações de infrações recebidas na Europa

e as infrações detectadas no próprio país ( E U , 2007).

Dentre as amostras analisadas de frutas e verduras, as c o m maior

Incidência da presença de pesticidas foram: m a ç ã , tomate, alface, morango, alho-

poró, suco de laranja, repolho, aveia e centeio. Os pesticidas mais

frequentemente encontrados foram: grupo do manebe, clorpirifós, imazalil,

procimidone, grupo de benomil, iprodione, tiabendazol, clormequate, brometos e

orto-fenilfenol.

Entre os cereais, os pesticidas mais encontrados foram: pirimifós

metílico, mationa, clorpirifós, clorpirifós metílico, clormequate, deltametrina,

glifosato, brometos, diclorvos e mepiquate.


61

E m frutas e vegetais, a s c l a s s e s de pesticidas m a i s encontradas f o r a m

d o s fungicidas e, nos c e r e a i s , a d o s inseticidas.

A partir dos resultados do monitoramento, para os pesticidas

encontrados em alta c o n c e n t r a ç ã o em u m alimento, calcula-se a dose de

referência a g u d a para estimar o risco d a e x p o s i ç ã o crônica a u m d e t e r m i n a d o

pesticida. A d o s e de referência a g u d a (ARfD) é estimada pela q u a n t i d a d e d a

substância n o alimento, e x p r e s s a e m p e s o de m a s s a c o r p ó r e a , q u e p o d e ser

ingerida s o b r e u m p e r í o d o d e t e m p o , u s u a l m e n t e d u r a n t e u m a refeição o u u m d i a ,

s e m risco p a r a o c o n s u m i d o r . Este d a d o é c o m p a r a d o c o m a IDA do pesticida e m

d e t e n n i n a d o alimento. S e ARfD é maior, indica risco de i n g e s t ã o do pesticida e m

d e t e r m i n a d o alimento ( E U , 2007).

P e l o s resultados do p r o g r a m a d e m o n i t o r a m e n t o , muitos L M R E C d o s

pesticidas, e m d e t e n n i n a d o alimento, e s t ã o s e n d o revistos, dentre o s quais, o s

pesticidas: deltametrina, d i m e t o a t o , a cialotrina, metomil e metidationa, para

alface e m a ç ã .

D e n t r e os pesticidas q u e o f e r e c e r a m m a i o r potencial d e risco, e s t ã o :

m e t a m i d o f ó s para alface, grupo d e m a n e b e e o x i d e m e t o n , para alface e m a ç ã

( E U , 2007).

A avaliação d e risco c r ô n i c o d a ingestão de resíduos d e pesticidas na

dieta européia é estimada pelos resultados obtidos pelo programa de

monitoramento (EU, 2007).


62

4. METODOLOGIA

A etapa e x p e r i m e n t a l analítica do t r a b a l h o foi realizada n o Laboratório

d e Centro d e Q u í m i c a d o M e i o A m b i e n t e do Instituto d e Pesquisas Energéticas e

Nucleares (IPEN).

4 . 1 . C o l e t a das a m o s t r a s

Foram coletadas 10 a m o s t r a s d e milho v e r d e disponível para o

c o n s u m i d o r final, n a região S u l da c i d a d e d e S ã o Paulo, adquiridas e m r e d e d e

s u p e n n e r c a d o s , f e i r a s livres e nos p o p u l a r m e n t e d e n o m i n a d o s "sacolões", nos

meses d e agosto e s e t e m b r o d e 2 0 0 5 (Tabela 7 ) . Para o estudo d e recuperação,

f o r a m utilizadas a m o s t r a s d e milho verde d e origem "orgânica", d e n o m i n a d a s

também como amostras testemunhas, cultivadas sem tratamento com

agrotóxicos, adquiridas e m u m a rede d e s u p e r m e r c a d o s

Tabela 7 - Data e l o c a l de coleta das amostras

Amostra D a t a de coleta Local

1 05/08/2005 Feira - Bairro J a b a q u a r a


2 05/08/2005 S u p e r m e r c a d o - Bairro S ã o J u d a s
3 03/09/2005 S u p e r m e r c a d o - Bairro S a n t a Catarina
4 03/09/2005 Feira - Bairro J a b a q u a r a
5 04/09/2005 Feira - Bairro S a n t a Catarina
6 03/09/2005 Feira - Bairro C o n c e i ç ã o
7 03/09/2005 Feira - Bairro J a b a q u a r a - Vila G u a r a n i
8 03/09/2005 S a c o l ã o - Bairro J a b a q u a r a
9 04/09/2005 S a c o l ã o - Bairro Santa Catarina
10 08/09/2005 Feira - Bairro S a ú d e
63

4.2. P r e p a r a ç ã o d a s a m o s t r a s

A s a m o s t r a s d e milho verde, após a s coletas, f o r a m c o r t a d a s e

trituradas e m trituradores d o m é s t i c o s e a r m a z e n a d a s e m freezer, até a realização

das análises. T o d a s as a m o s t r a s foram a r m a z e n a d a s e m a n t i d a s e m freezer á

t e m p e r a t u r a d e -A °C, a t é a realização d a s análises. O m e s m o p r o d e d i m e n t o f o i

a d o t a d o para a amostra t e s t e m u n h a .

4.3. R e a g e n t e s

O s p a d r õ e s d o s princípios ativos utilizados f o r a m d e alta p u r e z a (97,1 -

9 9 , 9 9 % ) , c o m certificação d o próprio fabricante, c o n f o r m e T a b e l a 8.

Tabela 8 - Padrões e s t u d a d o s , procedência e g r a u de p u r e z a

Nome Procedência P u r e z a (%)

Aldicarbe Riedel - de H ä e n 99,0

Aldicarbe sulfona R i e d e l - de H ä e n 99,0

A l d i c a r b e suifóxido Riedel - de H ä e n 97,1

Carbaril Riedel - de H ä e n 99,8

Carbofurano F M C Q u í m i c a d o Brasil Ltda 99,6

Metiocarbe Riedel - de H ä e n 99,7

Metomil Riedel - de H ä e n 99,8

Pirimicarbe Riedel - de H ä e n 99,8

Propoxur R i e d e l - de H ä e n 99,9

Atrazina Riedel - de H ä e n 99,2

Simazina Riedel - de H ä e n 99,9

Carbendazim Riedel - de H ä e n 99,6

Tiabendazol Dr. Ehrenstorfer G m b H 99,5

Tiofanato metílico Riedel - de H ä e n 99,7

Os solventes f o r a m t o d o s de g r a u analítico H P L C d e diferentes m a r c a s :

a c e t o n a , Mallinckrodt; a c e t a t o d e etila, E M Sccience (Merck); acetonitrila, E M D

(Omnisolv); e m e t a n o l , J.T. Baker. A água utilizada f o i d e grau analítico H P L C .


64

4 . 4 . E q u i p a m e n t o s utilizados

A p e s a g e m d o padrões certificados d o s analitos f o i efetuada e m u m a

balança analítica, m a r c a Sartorius, M C 210 S , c o m precisão d a m e d i d a de

p e s a g e m d e ± 0,00001 g r a m a .

A s a m o s t r a s f o r a m p e s a d a s e m u m a b a l a n ç a analítica, marca Mettler,

N** 2 0 6 0 3 0 , tipo H16, precisão da m e d i d a de p e s a g e m d e ± 0,0001 grama.

A g i t a d o r m a r c a Kline, m o d e l o 255.

Centrífuga, m a r c a Solumix.

4.4.1. Sistema HPLC- MS/MS

A s quantificações e confimnações f o r a m realizadas e m p r e g a n d o - s e u m

sistema L C - M S / M S c o m p o s t o d e um e s p e c t r ó m e t r o d e m a s s a s triploquadrupolar

A P I 4000 ™ acoplado a u m cromatógrafo líquido Agilent 1 1 0 0 Series e o software

Analyse, versão 1.4.1. O espectrómetro de massas utilizado foi o A p p l i e d

B i o s y s t e m s / M D S S c i e x (Sciex, C o n c o r d , CA), e q u i p a d o c o m cela de colisão

LINAC®, f o n t e de ionização Turbo ™, operada no modo TurbolonSpray®

(electronspray), g e r a d o r d e g a s e s P E A K G e n e r a t o r ( P E A K Scientific Instruments,

Escócia) e bomba de infusão Harvard A p p a r a t u s (Holliston, MA, EUA). O

c r o m a t ó g r a f o líquido utilizado foi o Agilent, m o d e l o 1100, c o m b o m b a quaternária,

injetor a u t o m á t i c o , degaseificador e f o r n o para coluna analítica. A s a m o s t r a s

f o r a m injetadas e m c o l u n a Inertsil O D S - 3 c o m d i m e n s õ e s d e 7,5 c m x 4,6 m m x 3

p m sob f l u x o d e fase m ó v e l d e 700 pL m i n V

4 . 5 . Curvas analíticas

A s soluções p a d r õ e s e s t o q u e para c o n s t r u ç ã o d a s curvas analíticas

f o r a m p r e p a r a d a s individualmente e m balões v o l u m é t r i c o s pela dissolução d o s

padrões dos principios ativos em lOmL de metanol, variando-se nas

c o n c e n t r a ç õ e s de 8 0 , 0 0 p g / m L a 4 0 0 , 0 0 pg/mL, e s t o c a d o s a - 2 0 ° C . A s o l u ç ã o de

trabalho f o i preparada através de u m a diluição e m á g u a d e u m a mistura da

solução e s t o q u e nas c o n c e n t r a ç õ e s q u e variaram d e 80 a 4 0 0 n g / m l .


65

Para a c o n s t r u ç ã o da c u r v a analítica, f o r a m e f e t u a d a s diluições da

solução d e trabalho d e u m a mistura d o s principios ativos, e m triplicata, e m 6

níveis d e c o n c e n t r a ç õ e s d e : 0,05; 0,10; 0,20; 0,40; 1,00 e 2 , 0 0 n g / m L para

aldicarbe suifóxido, metomil, carbendazim, carbaril, tiabendazol, aldicarbe,

propoxur, c a r b o f u r a n o e metiocarbe. Para s i m a z i n a , atrazina e aldicarbe sulfona,

a s diluições f o r a m de: 0 , 1 0 ; 0,20; 0 , 4 0 ; 0,80; 2 , 0 0 e 4 , 0 0 n g / m L . Para tiofanato

metílico, a s c o n c e n t r a ç õ e s f o r a m d e : 0,20; 0,40; 0,80; 1,60; 4 , 0 0 e 8,00 n g / m L .

Para pirimicarbe f o r a m d e : 0,04; 0,08; 0,16; 0,32; 0,80 e 1,60 n g / m L .

A s misturas d e padrões f o r a m filtradas (filtros d e porosidade 0,45 pm) e

injetadas 2 0 pL d e v o l u m e no e q u i p a m e n t o , 2 injeções para c a d a mistura d e

padrões. Para a c o n s t r u ç ã o da curva analítica f o r a m c o n s i d e r a d o s os resultados

d e 6 injeções. Para testar a repetibilidade d o e q u i p a m e n t o f o r a m injetadas seis

replicatas (n=6) d a s o l u ç ã o m a i s diluída.

4.6. Preparação dos extratos

P e s o u - s e 1,0000 g r a m a d a amostra d e m i l h o verde triturada e m a n t i d a

à temperatura ambiente em um t u b o com capacidade de 20 mL. Foram

a d i c i o n a d o s 5 m L de a c e t o n a grau resíduo, a g i t a d o s (agitador orbital) p o r 20

minutos e centrifugados p o r 15 m i n u t o s a 2 . 0 0 0 r p m . Pipetaram-se 100 p L do

extrato, diluídos p a r a 1 m L , c o m água. O extrato f o i filtrado e m filtro d e p o r o s i d a d e

0,45 p m e injetado 20 p L d e v o l u m e no e q u i p a m e n t o L C - E S I / M S / M S . P a r a o

e s t u d o d a fortificação a d o t o u - s e o m e s m o p r o c e d i m e n t o , utilizando a a m o s t r a

testemunha.

4 . 6 . 1 . C á l c u l o s . A n á l i s e qualitativa e quantitativa

Os analitos foram quantificados com padronização externa pela

construção d e curvas analíticas d o s compostos descritos no item 4 . 4 . As

c o n c e n t r a ç õ e s d o s analitos f o r a m calculadas c o n s i d e r a n d o o fator d e diluição e a

m a s s a da a m o s t r a , pela e q u a ç ã o 1:
R= C X V X f (í)
m
66

onde:

R: resíduo d o analito n a a m o s t r a (|jg/kg);

C: c o n c e n t r a ç ã o do analito na s o l u ç ã o final extraída (ng/mL);

V : v o l u m e d a solução extraída ( m L ) ;

m: massa p e s a d a e e x t r a í d a (g);

f: fator de diluição.

T o d o s os resultados f o r a m e x p r e s s o s e m pg/kg ( m i c r o g r a m a d o analito

por q u i l o g r a m a d e amostra).

4.7. E s t u d o d e r e c u p e r a ç ã o

S e g u n d o o M a n u a l d e orientação d o I N M E T R O (2003), a r e c u p e r a ç ã o

do analito p o d e ser e s t i m a d a pelas a n á l i s e s d e a m o s t r a s adicionadas com

quantidades c o n h e c i d a s do m e s m o (spike). A s amostras p o d e m ser a d i c i o n a d a s

e m pelo m e n o s quatro diferentes c o n c e n t r a ç õ e s , c o m o por e x e m p l o , próximo a o

limite d e detecção, próximo à c o n c e n t r a ç ã o m á x i m a permissível, e e m uma

concentração m á x i m a permissível e m u m a c o n c e n t r a ç ã o próxima á média d a

faixa d e uso d o m é t o d o .

Para o e s t u d o de recuperação, foi preparada u m a mistura d e padrões

e m c o n c e n t r a ç õ e s d e : 80 n g / m L para pirimicarbe; 100 n g / m L para aldicarbe,

aldicarbe suifóxido, carbaril, carbofurano, metiocarbe, metomil, propoxur e

c a r b e n d a z i m ; 2 0 0 n g / m L para aldicarbe s u l f o n a , atrazina, simazina e t i a b e n d a z o l

e 4 0 0 n g / m L para tiofanato metílico. Estas m i s t u r a s d e p a d õ e s foram fortificadas

e m a m o s t r a s t e s t e m u n h a s d e m i l h o , p r e v i a m e n t e p r e p a r a d a s (conforme o item

4.2), e m a n t i d a s à temperatura a m b i e n t e , p a r a o e s t u d o d a r e c u p e r a ç ã o e m cinco

níveis: Y2 L O Q (Limite d e quantificação), 1 L O Q , 1 Yz L O Q , 2 LOQ e 5 L O Q . Para

o nível d e Y2 L O Q , f o r a m adicionados v o l u m e s d e : 50 pL d a mistura d e padrões

acima citada; 100 pL para o nível d e 1 L O Q ; 150 pL para 1 14 L O Q ; 2 0 0 pL, 2

LOQ e 5 0 0 p L para o nível de 5 L O Q . A p ó s a s fortificações, as a m o s t r a s f o r a m

submetidas a o procedimento descrito n o item 4 . 6 e, para quantificação, item

4.7.2.
67

4.7.1. Cronograma d o experimento de recuperação

O s pesticidas f o r a m fortificados nas a m o s t r a s t e s t e m u n h a s e m c i n c o

diferentes níveis d e v a l i d a ç ã o , correspondentes a !4, 1 , 1 14, 2 e 5 L O Q , descritos

nos itens 4.7. O e x p e r i m e n t o f o i realizado e m 4 etapas, confonme a T a b e l a 9.

T a b e l a 9 - C r o n o g r a m a do e x p e r i m e n t o

Experimento Experimento Experimento Experimento


n
" 1 2 3 4

1 Branco Branco Branco

6 Vt L O Q Vz L O Q Vz L O Q 10 Branco

6 1 LOQ 1 LOQ 1 LOQ

6 1 Vz L O Q 1 Vz LOQ 1 Vz L O Q

1 2 LOQ 2 LOQ 2 LOQ 10 1 LOQ

1 5 LOQ 5 LOQ 5 LOQ

n: número de determinações.

Os experimentos d e 1 a 4 foram executados em 4 dias, conforme a

T a b e l a 9, consistindo e m 2 1 e x p e r i m e n t o s durante o s 3 dias diferentes e, no

q u a r t o dia, 2 0 e x p e r i m e n t o s , totalizando 8 3 e x p e r i m e n t o s . O b r a n c o foi a n a l i s a d o

e m a m o s t r a s t e s t e m u n h a s , isentas d e pesticidas.

4.7.2. Cálculos de recuperação

Para o p r o c e d i m e n t o de v a l i d a ç ã o do m é t o d o analítico q u e será

descrito a seguir no item 4 . 8 , faz-se necessário o cálculo da r e c u p e r a ç ã o q u e é

feito s e g u n d o a e q u a ç ã o 2:

Rec (%)= R xlOO


(2)
C

onde:

R e c (%): r e c u p e r a ç ã o (%)

R: c o n c e n t r a ç ã o d a amostra fortificada (pg/kg);

C: c o n c e n t r a ç ã o e s p e r a d a (pg/kg).
68

O s resultados f o r a m e x p r e s s o s e m "% d o r e c u p e r a d o " e m relação à

quantidade adicionada durante a fortificação da matriz. Neste estudo, os

resultados f o r a m reportados e m c o n c e n t r a ç ã o (pg/kg) e e m % d e r e c u p e r a ç ã o ,

b e m c o m o a m é d i a de r e c u p e r a ç õ e s , desvio padrão e o coeficiente d e variação

e m t o d o s os níveis e nos analitos e s t u d a d o s .

4 . 8 . V a l i d a ç ã o d o m é t o d o analítico

P a r a garantir q u e um n o v o m é t o d o analítico possa gerar i n f o r m a ç õ e s

confiáveis e interpretáveis sobre a a m o s t r a , ele d e v e s o f r e r u m a avaliação

c h a m a d a d e validação. A validação d e u m m é t o d o é u m p r o c e s s o c o n t í n u o q u e

c o m e ç a no p l a n e j a m e n t o da estratégia analítica e continua a o longo d e t o d o o

d e s e n v o l v i m e n t o e transferência.

A v a l i d a ç ã o é o processo d e definir uma exigência analítica e confirmar

q u e o m é t o d o s o b investigação t e m c a p a c i d a d e d e d e s e m p e n h o consistente c o m

o q u e a a p l i c a ç ã o r e q u e r . Na prática, a a d e q u a ç ã o a o uso d o s m é t o d o s analíticos

aplicados a e n s a i o s rotineiros é g e r a l m e n t e avaliada pelos e s t u d o s d e m é t o d o s .

T a i s e s t u d o s p r o d u z e m d a d o s q u a n t o a o d e s e m p e n h o total e aos fatores d e

influência q u e p o d e m s e r aplicados à estimativa d a incerteza a s s o c i a d a aos

resultados d o m é t o d o e m u s o normal ( E u r a c h e m W o r k i n g G r o u p , 1998).

Os parâmetros de validação de métodos têm s i d o definidos em

diferentes g r u p o s de t r a b a l h o d e organizações nacionais o u internacionais e

a l g u m a s d e f i n i ç õ e s s ã o diferentes entre diversos grupos. U m a tentativa para

hamnonizar e s t a s diferenças foi feita para aplicações famnacêuticas, pela ICH

(International Conference of Harmonization). O que se pode notar é que

o r g a n i s m o s nacionais d e c r e d e n c i a m e n t o , c o m o A N V I S A e I N M E T R O , e ó r g ã o s

internacionais d e credenciamento c o m o , l U P A C , ISO (ISO/IEC 17025) e I C H , e m

c a s o d e c r e d e n c i a m e n t o , exigem o item "validação d e m é t o d o s analíticos" c o m o

um requisito f u n d a m e n t a l para a q u a l i d a d e assegurada e d e m o n s t r a ç ã o da

competência técnica (ANVISA, 2003; INMETRO, 2003; l U P A C , 2002; ISO/IEC

1 7 0 2 5 , 1999; I C H , 1995a e ICH, 1995b). E m relação à s n o r m a s , pode-se observar

q u e n ã o há u m procedimento n o r m a t i z a d o que estabeleça c o m o e x e c u t a r a

validação de m é t o d o s instrumentais d e separação.


69

N o Brasil, s ó há u m a resolução e s p e c í f i c a de v a l i d a ç ã o d e metodologia

analítica para r e s í d u o s de pesticidas, p o r é m c o m objetivos q u e d i f e r e m ao

d e s e n v o l v i m e n t o d e u m a metodologia. A r e s o l u ç ã o enfatiza os p r o c e d i m e n t o s

para a c o n d u ç ã o d e e n s a i o s d e c a m p o e para o estudo d e ensaios d e laboratório

específicos e alguns critérios m í n i m o s para quantificar o s pesticidas presentes ou

ausentes, resultados de estudos experimentais no campo. Os pesticidas

quantificados serão avaliados para fins d e registro e e s t a b e l e c i m e n t o d e L M R

para d e t e n n i n a d a cultura (ANVISA, 2 0 0 6 b ) .

A validação d o m é t o d o neste t r a b a l h o foi c o n d u z i d a e m c o n f o r m i d a d e

com a nornia EC/2002/657 recomendada pela Comunidade Européia,

e m p r e g a n d o o software ResVal (versão 2.0) (Council Directive, 2002). Esta

v a l i d a ç ã o é conduzida dentro d e u m único laboratório, c h a m a d a d e validação no

laboratório {in house validation) alguns autores reportam c o m o u m a avaliação da

reprodutibilidade interna. Muitos resultados obtidos foram submetidos a

t r a t a m e n t o s estatísticos, auxiliados pelo p r o g r a m a Resval 2.0.

A escolha d a nomria para a c o n d u ç ã o d a avaliação do d e s e m p e n h o do

método foi por d i v e r s a s razões: pela infra-estrutura laboratorial adequada,

principalmente a instrumental; por atender aos objetivos propostos e por ser u m a

n o r m a internacional, c o m melhor aceitabilidade e credibilidade.

U m a d a s estratégias para alcançar o s objetivos, inicialmente, foi a de

efetuar a s o t i m i z a ç õ e s analíticas d o m é t o d o : c o m o a e s c o l h a de solvente para

extração dos pesticidas na matriz e as condições cromatográficas do

c r o m a t ó g r a f o líquido, c o m o o e s p e c t r ó m e t r o d e m a s s a s para os pesticidas e a

matriz estudada. Os parâmetros de avaliação do d e s e m p e n h o do método

e s t u d a d o f o r a m : linearidade e intervalo d e t r a b a l h o , seletividade, especificidade,

exatidão, precisão, repetibilidade, níveis críticos {CCa e CCp), limite d e d e t e c ç ã o

e limite d e quantificação.

4.8.1. Linearidade

Linearidade é a habilidade de um método analítico em produzir

resultados q u e s e j a m diretamente porporcionais á concentração d o analito e m

a m o s t r a s , e m u m a d a d a faixa d e c o n c e n t r a ç ã o ( I N M E T R O , 2003).
70

A n o r m a Council Directive (2002) r e c o m e n d a no m í n i m o quatro pontos

para a curva analítica.

4.8.2. Faixa linear e faixa linear d e t r a b a l h o

A faixa linear d e t r a b a l h o de u m método d e ensaio é o intervalo entre

os níveis inferior e superior d a c o n c e n t r a ç ã o do analito no q u a l foi d e m o n s t r a d o

ser possível a d e t e m i i n a ç ã o c o m a precisão, a exatidão e a linearidade exigidas,

sob c o n d i ç õ e s específicas para o ensaio. A faixa d e trabalho d e v e cobrir a faixa

de aplicação p a r a o qual o e n s a i o vai ser u s a d o . A c o n c e n t r a ç ã o mais esperada

da a m o s t r a d e v e , s e m p r e q u e possível, s e situar no c e n t r o da faixa d e trabalho e

linearmente correlacionada à s c o n c e n t r a ç õ e s . Isto r e q u e r que o s valores m e d i d o s

p r ó x i m o s ao limite inferior d a faixa de trabalho p o s s a m ser distinguidos d o s

b r a n c o s dos m é t o d o s ( I N M E T R O , 2 0 0 3 ) .

C o m e s t e propósito, f o r a m e f e t u a d a s as análises d o s reagentes e d a s

a m o s t r a s t e s t e m u n h a s d o m é t o d o ( I N M E T R O , 2003), apesar d a n o r m a (Council

Directive, 2002) n ã o fazer n e n h u m a m e n ç ã o a respeito.

4.8.3. Seletividade

U m a matriz p o d e c o n t e r c o m p o n e n t e s q u e interferem no d e s e m p e n h o

na m e d i ç ã o d o detector s e l e c i o n a d o , s e m causar u m sinal visível no teste d e

especificidade. O s interferentes p o d e m a u m e n t a r ou reduzir o sinal e a m a g n i t u d e

do e f e i t o pode d e p e n d e r da c o n c e n t r a ç ã o ( R i b a n i et a l . , 2004).

A seletividade d o m é t o d o foi a v a l i a d a c o m p a r a n d o a matriz isenta d e

substância e a matriz a d i c i o n a d a c o m o analito (padrão), para verificar os

possíveis interferentes q u e p o s s a m eluir na região d e interesse. Para avaliar a

seletividade, foi realizado o e x p e r i m e n t o 4 , c o n f o r m e c r o n o g r a m a d o experimento

disponível na T a b e l a 9, item 4 . 7 . 1 .

4.8.4. E x a t i d ã o

A e x a t i d ã o do m é t o d o é definida c o m o s e n d o a c o n c o r d â n c i a entre o

resultado de u m ensaio e o valor d e referência aceito c o m o c o n v e n c i o n a l m e n t e


71

verdadeiro. Q u a n d o aplicada a uma s é r i e de resultados d e e n s a i o , implica u m a

combinação de componentes de e r r o s aleatórios e sistemáticos (tendência)

(INMETRO, 2003).

O s p r o c e d i m e n t o s n o r m a l m e n t e utilizados para avaliar a exatidão d o

m é t o d o s ã o : u s o de materiais d e referência certificados, participação d e e n s a i o s

interlaboratoriais e relização d e ensaios d e recuperação ( I N M E T R O , 2003).

P a r a avaliar o parâmetro e x a t i d ã o da n o r m a a d o t a d a para este e s t u d o ,

f o r a m e x e c u t a d a s 6 repetições no V2 L O Q (limite d e quantificação), 1 LOQ e 1 1/2

L O Q e u m a repetição para 2 L O Q e 5 L O Q . Este p r o c e d i m e n t o é e x e c u t a d o e m

t r ê s diferentes dias. O limite d e quantificação, n e s t e caso, c o m p r e e n d e o limite d e

quantificação alvo para avaliação d o d e s e m p e n h o do m é t o d o analítico (Council

Directive, 2 0 0 2 ) . Na T a b e l a 10, e s t ã o os níveis de m é d i a d e recuperação

e s t a b e l e c i d a pela n o r m a C o u n c i l Directive (2002).

T a b e l a 10 - Nível d e r e c u p e r a ç ã o e m é d i a de r e c u p e r a ç ã o

Nível d e r e c u p e r a ç ã o Intervalo d e r e c u p e r a ç ã o (%)

^ 1 pg/kg -50% a +20%

> 1 pg/kg a i o p/kg -30% a+10

> 10 pg/kg - 2 0 % a 10%

Fonte: Council Directive, 2002

P a r a outros ó r g ã o s , o inten/alo d e aceitabilidade para os valores

individuais d e recuperação é d e 7 0 a 1 1 0 % ( F A O / W H O , 1993) e na faixa d e 7 0 a

1 2 0 % ( A N V I S A , 2 0 0 6 b ; EPA, 1996).

E m relação à n o r m a , a m e d i d a da m é d i a d e r e c u p e r a ç ã o d e v e ser

avaliada em função da concentração do nível de fortificação, aspectos

concordantes em relação a estudos experimentais. Oberva-se que, pelos

resultados e x p e r i m e n t a i s em geral, q u a n t o m e n o r o nível d e concentração

avaliada m a i o r e s são a s c h a n c e s de s e obter baixas recuperações.


72

4.8.5. P r e c i s ã o

Precisão é u m termo g e r a l para avaliar a d i s p e r s ã o d e resultado entre

ensaios independentes, repetidos de uma mesma amostra, em condições

experimentais definidas. É normalmente determinada para circunstâncias

específicas de m e d i ç ã o e a s d u a s formas específicas d e e x p r e s s á - l a s s ã o por

meio d a repetitividade e d a reprodutibilidade, sendo u s u a l m e n t e e x p r e s s a c o m o

desvio p a d r ã o o u d e s v i o p a d r ã o relativo ( I N M E T R O , 2 0 0 3 ; l U P A C , 2 0 0 2 ) .

A precisão é avaliada p e l a nomria p o r meio d e d e s v i o s p a d r ã o relativos

ou coeficiente d e v a r i a ç ã o calculado individualmente e m relação à m é d i a d e

r e c u p e r a ç õ e s o b t i d a s n o s e x p e r i m e n t o s d e r e c u p e r a ç ã o e m c a d a nível e e m

diferentes e x p e r i m e n t o s .

Na T a b e l a 1 1 , estão descritos o s níveis d e coeficiente d e variação

aceitáveis r e c o m e n d a d o s pela n o r m a C o u n c i l Directive (2002), a p l i c a d o s no

presente estudo.

T a b e l a 11 - Níveis de r e c u p e r a ç ã o e faixa d e coeficiente de v a r i a ç ã o

Nível d e r e c u p e r a ç ã o Coeficiente d e v a r i a ç ã o (CV)


(%)
> 10 pg/kg a 100 p/kg 20

> 100 pg/kg a 1.000 p/kg 15

> 1.000 pg/kg 10

Fonte: Council Directive, 2002

A n o r m a e s t a b e l e c e os níveis de coeficiente d e v a r i a ç ã o e m relação ao

nível d e r e c u p e r a ç ã o c o r r o b o r a m e m resultados experimentais d e r e s í d u o s d e

pesticidas. Q u a n t o m e n o r a concentração avaliada, m a i o r e s s ã o as c h a n c e s da

d i s s i p a ç ã o dos resultados das r e c u p e r a ç õ e s . A A N V I S A (2006b) e s t a b e l e c e o

coeficiente de v a r i a ç ã o aceitável d e a t é 2 0 % .

4.8.6. N í v e i s críticos ( C C a e C C p )

O s níveis d o limite de decisão ( C C a ) e a c a p a c i d a d e d e d e t e c ç ã o

(CCp) f o r a m c a l c u l a d o s e avaliados e m confomriidade c o m a s r e c o m e n d a ç õ e s da

nomria C o u n c i l Directive (2002).


73

4 . 8 . 6 . 1 . Limite de d e c i s ã o (CCa)

A nomria Council Directive ( 2 0 0 2 ) define q u e limite d e d e c i s ã o (CCa) é o

limite a partir d o qual s e p o d e concluir q u e u m a a m o s t r a é n ã o c o n f o r m e c o m u m a

probabilidade d e erro a. O e r r o a m e d e a t a x a d e resultados falsos não-

conformes.

O resultado d e u m a análise é c o n s i d e r a d o c o n f o r m e s e o c o n t e ú d o d e

u m a d e t e r m i n a d a substância é m e n o r q u e o limite d e d e c i s ã o (CCa). Neste c a s o ,

a s u b s t â n c i a n ã o está presente, o u não f o i identificada o u está e m c o n c e n t r a ç ã o

m e n o r que CCa. O resultado d e u m a a n á l i s e d e v e s e r c o n s i d e r a d o n ã o - c o n f o r m e

c a s o s e e x c e d a o limite d e d e c i s ã o (CCor) d o m é t o d o d e c o n f i r m a ç ã o p a r a o

analito. A substância é identificada e e m c o n c e n t r a ç ã o m a i o r ou igual a CCa. Em

r e s u m o , o limite d e decisão (CCa) m e d e o limite a c i m a d o qual p o d e - s e concluir

c o m u m a probabilidade de erro a= 1 % q u e u m a a m o s t r a é n ã o - c o n f o r m e .

O CCa é calculado pelos resultados da reprodutibilidade

intralaboratorial para cada analito. Para o cálculo d e CCa são c o n s i d e r a d o s o s

d a d o s das 3 e q u a ç õ e s d e reta d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3, c o n f o r m e o c r o n o g r a m a

do e x p e r i m e n t o descrito na T a b e l a 9, i t e m 4 . 7 . 1 , resultados d e r e c u p e r a ç õ e s ,

p a r a c a d a princípio ativo.

Para calcular o CCa ( para a= 0,01), p o d e ser calculado s e g u n d o a

e q u a ç ã o 3:

nn (y_inters. + 2 , 3 3 x s t d e v y _ i n t e r s . ) - y _ i n t e r s . ) (3)
coef. a n g u l a r

onde:

y_ inters: o valor d a o r d e n a d a na o r i g e m ;

stdev y j n t e r s : desvio padrão d a reprodutibilidade intralaboratorial, e r r o

relativo d e regressão d o e s p e r a d o para c a d a valor d e y na regressão;

coef. angular: coeficiente angular.


74

Para calcular o e r r o relativo d e regressão d o e s p e r a d o para c a d a valor

d e y e X na regressão ( s t e y x ) , aplicou-se a e q u a ç ã o 4 :

s = steyx (4)

onde:

s: d e s v i o padrão d e b, na e q u a ç ã o d a reta {y= ax +b);

Xj: nivel d o d e s e m p e n h o ;

x: m é d i a do d e s e m p e n h o d o s níveis.

Para cada principio ativo, foram calculados CCa aplicando as

e q u a ç õ e s 3 e 4 , c o m d a d o s provenientes d a e q u a ç ã o d a s retas o b t i d o s dos

resultados dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3, citados n a T a b e l a 9, item 4 . 7 . 1 . Para avaliar

o CCa d e cada analito, c o n s i d e r o u - s e a m é d i a d a d e t e n n i n a ç ã o d o s CCa,

calculadas a partir dos resultados d a s e q u a ç õ e s das retas dos e x p e r i m e n t o s 1, 2

e3.

Os resultados f o r a m d e t e r m i n a d o s pela média CCa, obtidos nos

e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para c a d a analito e expressos e m u n i d a d e s d e (pg/kg).

4.8.6.2. C a p a c i d a d e de d e t e c ç ã o (CCjS)

A c a p a c i d a d e d e d e t e c ç ã o (CCjS) é o teor mais b a i x o (ou a m e n o r

q u a n t i d a d e d e substância q u e pode ser detectada), identificado o u quantificado

n u m a a m o s t r a c o m um e r r o d e probabilidade jS (5%). O erro j8 m e d e a t a x a de

resultados falsos confomnes.

O CCjS é calculado pelos resultados da reprodutibilidade

intralaboratorial, d a m e s m a f o r m a q u e o CCa.

Para calcular o C C /S ( p a r a a = 0,95), utilizou-se a e q u a ç ã o 5:

(yjnters. + 2,33xstdev yjnters.+ 1,64xstdevyjnters.)-yjnters.)


UU|3 = ¡ (5)
coef. angular
75

onde:
y _ inters.: o valor d a o r d e n a d a na origem;

stdev y j n t e r s . : desvio padrão d a reprodutibilidade intralaboratorial;

coef. angular: coeficiente angular.

O s resultados de CC/S foram obtidos da m e s m a forma q u e CCa,

aplicados a s f ó m i u l a s a c i m a . Para cada principio ativo, f o r a m calculados CQS n o s

e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3, c o n f o n n e o c r o n o g r a m a d o e x p e r i m e n t o descrito n a T a b e l a

9, item 4 . 7 . 1 . Para avaliar o CCp d e c a d a analito, considerou-se a s m é d i a s d e

d e t e r m i n a ç õ e s d o s C C p , calculadas individualmente, pelas e q u a ç õ e s d a s retas d o

experimento 1 , 2 e 3.

Os resultados foram d e t e r m i n a d o s pela m é d i a CCj8, o b t i d a s nos

e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para c a d a analito, e f o r a m e x p r e s s o s e m u n i d a d e s d e

(MQ/kg).

4.8.7. Incerteza

Incerteza é u m parâmetro a s s o c i a d o a o resultado de u m a m e d i ç ã o ,

que caracteriza a dispersão de valores que poderiam ser razoavelmente

atribuídos ao m e n s u r a d o . Para quantificar a incerteza é necessário c o n h e c e r t o d o

o p r o c e d i m e n t o analítico e identificar as f o n t e s . Há muitas f o r m a s de m e n s u r a r a s

incertezas e m m e d i d a s , por m e i o d e m é t o d o s estatísticos o u por urna série d e

observações (Eurachem Worthing Group, 1998). Para este estudo foram

calculadas a s incertezas no limite de quantificação do m é t o d o p a r a todos o s

pesticidas, o b e d e c e n d o a s r e c o m e n d a ç õ e s d a n o r m a (Council Directive, 2 0 0 2 ) .

Para d e t e r m i n a r a m e d i d a de incerteza foi necessário c o n h e c e r a

variância da reprodutibilidade (SR), que é a soma das variâncias entre

experimentos (5¿^) e a repetibilidade (Sr). A incerteza f i n a l , c o n h e c i d a c o m o

incerteza c o m b i n a d a , é quantificada levando-se e m consideração a variância d a

reprodutibilidade (experimentos 1 a 3), c o n f o r m e o c r o n o g r a m a do e x p e r i m e n t o

descrito na T a b e l a 9, i t e m 4.7.1 e a variância da repetibilidade p r o d u z i d a pelo

efeito matriz ( e x p e r i m e n t o 4).


76

4.8.7.1. Cálculo d a s variâncias

A v a r i â n c i a da repetibilidade ( 5 / ) foi calculada d e acordo c o m a

e q u a ç ã o 6;

(6)

/•=1

once:

5r^: variância da repetibilidade;

p: n ú m e r o de e x p e r i m e n t o s ;

n ij'. n ú m e r o de a n á l i s e de c a d a experimento e m um n í v e l ;

s d e s v i o padrão d e cada e x p e r i m e n t o e m u m nível.

A variância entre e x p e r i m e n t o s {Si^) é o cálculo das variâncias e n t r e os

e x p e r i m e n t o s ( 1 + 2 + 3 ) , com a s e q u a ç õ e s 7 a 9.

2 2

(7)

^4- = (8)
p - \

(9)
p-l
;=1

onde:

Yij: média aritmética dos resultados de u m e x p e r i m e n t o e m um

d e t e n n i n a d o nivel;

Yj". m é d i a geral d e todos o s resultados e m d e t e n n i n a d o nivel.


77

A variância d a reprodutibilidade (SR^) é calculada p e l a da e q u a ç ã o 10:

2 _ 2 2
- ^ r ' ^ ^ L (10)

onde:

S/: variância d a reprodutibilidade;

5 / : variância entre e x p e r i m e n t o s .

4.8.7.2. C á l c u l o de m e d i d a de incerteza (U)

O cálculo d a incerteza (U) é realizado e m função d a variância ( S r ^ ) , d a

reprodutibilidade e d a matriz ( S ^), pela e q u a ç ã o 1 1 :

U = 2^S^ + S'matriz (11)

onde:

Sr^ : variância d a reprodutibilidade ( e x p e r i m e n t o s 1 + 2+3);

S^matriz'- variância da matriz (experimento 4 ) .

A m é d i a d e incerteza n o e s t u d o foi calculada n o valor d o limite d e

quantificação d o método obtido para cada analito {X±U), e m n i v e l d e confiança d e

aproximadamente 95% .

O s resultados d o limite d e quantificação d o s analitos e s t u d a d o s f o r a m

e x p r e s s o s e m valor e n c o n t r a d o para c a d a analito ( L O Q ±U), valores e x p r e s s o s

e m u n i d a d e s d e pg/kg.

4 . 8 . 8 . Limite d e quantificação ( L O Q )

M u i t o s c o n c e i t o s t ê m s i d o atribuídos a o limite d e quantificação ( L O Q ) ,

q u e r e p r e s e n t a a m e n o r c o n c e n t r a ç ã o d o analito e m e x a m e e q u e p o d e s e r

m e d i d o , utilizando-se u m d e t e r m i n a d o p r o c e d i m e n t o experimental (INMETRO,

2 0 0 3 ; I C H , 1995b).

É a característica d e d e s e m p e n h o q u e define a habilidade d e um

p r o c e s s o d e medida q u í m i c a d e quantificar um analito a d e q u a d a m e n t e (Currie,

1995).
78

O limite d e quantificação d o m é t o d o neste t r a b a l h o é definido c o m o a

menor c o n c e n t r a ç ã o q u e o m é t o d o analítico p o d e operar c o m precisão aceitável

(lUPAC, 2002).

O cálculo para a detemriinação d o limite de quantificação d o m é t o d o

para os principios ativos e s t u d a d o s , e m confomnidade c o m a n o r m a Council

Directive (2002), f o i feito a partir d e r e s u l t a d o s obtidos nos e x p e r i m e n t o s de

estudo d a s recuperações, c o n f o r m e o o r g a n o g r a m a ( T a b e l a 9, item 4.7.1). O

limite d e quantificação do m é t o d o , para cada analito e s t u d a d o , foi estabelecido a

partir d o s resultados de r e c u p e r a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s d e 1 a 4 , avaliadas e

satisfeitas a s c o n d i ç õ e s de d e s e m p e n h o d e exatidão ( i t e m 4.8.4, T a b e l a 10) e

precisão (item 4.8.5,Tabela 11) r e c o m e n d a d a s pela n o r m a .

O limite d e quantificação d o m é t o d o neste trabalho é e x p r e s s o e m

unidades d e pg/kg, acrescido d a m e d i d a d e incerteza.

4.8.9. L i m i t e de d e t e c ç ã o ( L D )

Existem muitos c o n c e i t o s a respeito d o limite d e detecção d e m é t o d o s

analíticos. O limite d e d e t e c ç ã o (LD) representa a m e n o r c o n c e n t r a ç ã o d o analito

q u e p o d e ser d e t e c t a d a , m a s não n e c e s s a r i a m e n t e quantificada, utilizando um

d e t e n n i n a d o procedimento e x p e r i m e n t a l ( I N M E T R O , 2 0 0 3 e ICH, 1995b).

É a m e n o r quantidade d o analito q u e pode s e r medida c o m certeza

estatisticamente r a z o á v e l ( A O A C , 1998).

É estabelecido por m e i o d e análises d e c o n c e n t r a ç õ e s conhecidas e

d e c r e s c e n t e s do analito até o m e n o r nível detectável. P o d e ser estabelecido

utilizando-se a relação de três v e z e s o ruído d a linha de b a s e (ANVISA, 2 0 0 6 b).

Neste e s t u d o , o limite d e d e t e c ç ã o instrumental f o i calculado e m função

de sinal/ruído, e m virtude da norma não referenciar o procedimento para

detemninar o limite d e d e t e c ç ã o . O limite d e d e t e c ç ã o d o m é t o d o foi e x p r e s s o e m

unidades d e pg/kg.
79

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

5 . 1 . O t i m i z a ç ã o d o e q u i p a m e n t o - c r o m a t o g r a f i a líquida

Para estudo d e u m a m e t o d o l o g i a analítica é essencial a o t i m i z a ç ã o

q u a n t o às c o n d i ç õ e s operacionais d o e q u i p a m e n t o . Para o c r o m a t ò g r a d o líquido,

o s i s t e m a utilizado para a f a s e m ó v e l foi á g u a tratada e o solvente acetonitrila, e m

diferentes g r a u s d e eluição, a u m fluxo constante d e 7 0 0 p L m i n " \ d u r a n t e a

corrida cromatográfica, a p r e s e n t a d a na T a b e l a 12.

Tabela 1 2 - P r o g r a m a ç ã o d o g r a d i e n t e de eluição da coluna c r o m a t o g r á f i c a

T e m p o (min) Fase A Fase B

-3,00 35 65
1,00 35 65
4,00 5 95
6,00 5 95
6,01 35 65
7,00 35 65
Fase A: solução de água com 1,25 mmol L"' de carbonato de amonio PA
Fase B: acetonitila grau HPLC

T a b e l a 13 - T e m p o d e retenção (Tr) dos analitos e s t u d a d o s

Analito T r (min) Analito T r (min)

Aldicarbe 2,69 Pirimicarbe 4,42


A l d i c a r b e sulfona 1,41 Propoxur 3,22

A l d i c a r b e Suifóxido 2,64 Atrazina 4,91


Carbaril 3,90 Simazina 3,83
Carbofurano 3,27 Carbendazim 2,64
Metiocarbe 5,75 Tiabendazol 3,44
Metomil 1,59 Tiofanato metílico 3,16
80

N a Tabela 13, e s t ã o os resultados d o t e m p o d e retenção dos analitos

e s t u d a d o s ; o aldicarbe sulfona foi o primeiro a eluir na c o l u n a c r o m a t o g r á f i c a e o

pirimicarbe foi o último, c o m o t e m p o d e retenção d e 4,42 minutos. A o t i m i z a ç ã o

d a s c o n d i ç õ e s cromatográficas contribuiu para a rapidez d o m é t o d o .

5.2. Espectrometria de massas

O s c o m p o s t o s f o r a m caracterizados por ionização electrospray no

m o d o positivo, no q u a l o s p a r â m e t r o s d o potencial de orifício ( D P ) , e n e r g i a de

colisão ( C E ) e potencial d a saída d e colisão (CXP) f o r a m o t i m i z a d o s para

o p e r a ç ã o d o e s p e c t r ó m e t r o d e m a s s a s no m o d o Múltiple Reaction Monitoring

( M R M ) , a p r e s e n t a d o s na T a b e l a 14.

T a b e l a 1 4 - C o n d i ç õ e s d e d e t e c ç ã o d o espectrómetro d e m a s s a s u s a n d o m o d o
MRM.

Transição DP CE CXP Dwell


Composto Propósito
(m/z) (V) (eV) (V) Time (ms)
208,1 > 89,1 C 23 16
Aldicarbe 31 40
208,1 > 116,1 Q 11 20
223,1 > 86,2 C 23 14
Aldicarbe sulfona 71 40
223,1 > 48,1 Q 15 26
160,1 >132,2 Q 31 22
Aldicarbe Suifóxido 106 40
160,1 > 105,1 Q 39 18
202,1 > 127,1 C 45 22
Carbaril 56 40
202,1 > 145,1 Q 15 24
???,1 > 123,1 0 31 22
Carbofurano 66 40
222,1 > 165,2 Q 17 28
226,2 > 121,2 0 23 20
Metiocarbe 61 40
226,2 > 169,1 Q 13 30
163,1 > 122,0 0 9 20
Metomil 51 40
163,1 > 88,1 Q 13 14
239,2 > 182,3 C 23 30
Pirimicarbe 56 40
239,2 > 72,1 Q 35 12
210,0 > 168,2 C 13 28
Propoxur 56 40
2 1 0 , 0 > 111,2 Q 23 10
216,0 > 132,0 C 35 21
Atrazina 36 40
216,0 > 174,1 Q 25 30
202,0 > 104,1 C 33 8
Simazina 36 40
202,0 > 132,1 Q 27 22
192,2 > 132,0 C 43 22
Carbendazim 56 40
192,2 > 160,1 Q 25 28
202,1 > 131,2 0 45 22
Tiabendazol 86 40
202.1 > 175,1 Q 35 30
343,0 > 311,2 C 17 28
Tiofanato metílico 76 40
343,0 > 151,2 Q 27 16
Q: Quantificação
DP: Potencial de orifício CE: Energia de colisão
CXP: Potencial de saída de colisão
81

5.3. C u r v a s analíticas

Para a o b t e n ç ã o d a s curvas analíticas d o s principios ativos, foi injetada

e m duplicata, misturas d e seis padrões c o m concentrações correspondentes a

1/4, 1/2, 1 , 2 , 5 e 10 L O Q (Limite d e Quantificação), descritos n o item 4 . 5 . N a s

Figuras d e 16 a 29, e n c o n t r a m - s e a s curvas analíticas, considerando o s d a d o s d e

seis injeções e o s valores d e área d e integração cromatográfica na faixa d e

trabalho q u e variaram d e 0,04 a 8,0 n g / m L para o s princípios ativos estudados.

Nas Tabelas d e 15 a 28, encontram-se a s concentrações teóricas, o resultado d a s

m é d i a s d e concentrações obtidas, o desvio padrão, o coeficiente d e variação (CV)

e a exatidão d a s curvas analíticas d o s princípios ativos estudados.

n«nK._1_R.s«d«Í».Al<Íc«UjaB.I/115.t,:-LA«a.-R*íp^«
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1.2 i!3 1.4 15 i.'e i.'7 1.8 1.8 a.o

Figura 16 - Curva analítica para quantificação d e aldicarbe

Tabela 15 - Resultados d a curva analítica para aldicarbe


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0623 0,0063 10,15 124,64
0,10 0,1111 0,0151 13,59 111,11
0,20 0,1983 0,0227 11,44 99,18
0,40 0,3858 0,0196 5,14 96,47
1,00 0,9844 0,0632 6,42 98,44
2,00 2,0099 0,0898 4,47 100,50
CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média
82

Figura 17 - Curva analítica para quantificação d e aldicarbe sulfona

Tabela 16 - Resultados d a curva analítica para aldicarbe sulfona


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,10 0,1066 0,0147 13,94 106,57
0,20 0,2124 0,0300 14,13 106,18
0,40 0,4155 0,0177 4,25 103,87
0,80 0,7947 0,0493 6,20 99,33
2,00 1,9464 0,1099 5,66 97,32
4,00 4,0256 0,0941 2,34 100,64
CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

ton .T*)"v*lgrtlngi: y - 1.9»^005 x + - M O « = O.SW&I»

4.0»6
aa>6
a.6e6
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Z6e6
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i.as6
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&0m*

dl d2 ds d4 ds de d? ds da 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 i.e i'7 1.8 1.9 2.0
CGnc«*aíion. r > a M

Figura 18 - Curva analítica para quantificação d e aldicarbe suifóxido


83

Tabela 17 - Resultados da curva analítica para aldicarbe suifóxido


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0526 0,0070 13,22 105,28

0,10 0,1004 0,0104 14,13 100,44

0,20 0,2016 0,0054 2,68 100,78

0,40 0,3927 0,0165 4,21 98,18

1,00 1,0028 0,0402 4,01 100,29

2,00 1,9997 0,0653 3,26 99,99

CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

1.5a6

1.4aS

1.3*S

1.2^
1.1«B

1.0a6

ao»4
ao»4
7.0»4

&0»4

•4<M

aO*4
ZOm*

1.0»4

az Q3 0.4 as as q.7 as aa i.o 1.1 1.2 1.3 1.4 i.e 1.6 1.7 i.s
CrticrtirntKtx ng/rrL.

Figura 19 - Curva analítica para quantificação d e carbaril

Tabela 18 - Resultados d a curva analítica para carbaril


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0609 0,0075 12,32 121,83
0,10 0,1111 0,0083 7,47 111,07
0,20 0,2066 0,0119 5,75 103,29
0,40 0,4207 0,0242 5,75 105,18
1,00 0,9127 0,0324 3,56 91,27
2,00 2,0380 0,0373 1,83 101,90
CV(%); coeficiente de variação Média*: concentração média
84

aooB

2.8a6

Z6m5

Z2aB

ZOae

1.8«6

1.6e6

1.*BB /""'^

1.2*S
^.^••'•'"^
1.0^
aCN»4
&(M

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ao B
ai a2 a3 a 4 ae ae a? as aa 1.0 1 . 1.2 1.3 1,4 1,6 1.6 17 1,8 1.8 ZO
>hTL

Figura 2 0 - Curva analítica para quantificação d e carbofurano

Tabela 19 - Resultados d a curva analítica para carbofurano


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0511 0,0095 18,51 102,37

0,10 0,1022 0,0073 7,11 102,21

0,20 0,2077 0,0132 6,38 103,84

0,40 0,4024 0,0218 5,42 100,60

1,00 0,9758 0,0288 2,96 97,58

2,00 2,0107 0,0523 2,60 100,53

CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

m e<p«ffrner«o_l_R»wdxit}<hMI<xsrt>e_.¿«.i:/

1.5.5

1.4»6

1.3e6

1.2^

1.1.5

1.0^

ao»4

ao*4

7.0&4

&0e4

5.0^

2.0«4

1.0»4

ao
a2 a3 a 4 as ae a7 ae aa 1.0 1.1 1.2 1.3 1.4 1.E 1.G 1.7
Ccnc»*iHton. ng*wi.

Figura 21 - Curva analítica para quantificação d e metiocarbe


85

Tabela 20 - Resultados d a curva analítica para metiocarbe

Concentração Média* Desvio CV Exatidão


(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0605 0,0091 15,12 121,08

0,10 0,1174 0,0128 10,90 117,42

0,20 0,2091 0,0171 8,19 104,55

0,40 0,4167 0,0280 6,73 104,18

1,00 0,9032 0,0536 5,93 90,32

2,00 2,0430 0,0280 1,37 102,15

CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

rMrto_l_R»svalJdb (H*lo»rtl_l63.1 /88.I1: TAi« « - Regrasskn i-Np- vvvls^noi: y = 4. IC«-HX>* x + - 1 4 0 ir = 0.9985»

a6»4
ao*4 ,,•-'1

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3.S»4

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2.0^

I.Swt

1.0»4

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ai a2 as a4 as ae a7 as a9 i.o 1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 i.e 1.7 1.8 1.9 20

Figura 2 2 - Curva analítica para quantificação d e metomil

T a b e l a 21 - Resultados d a curva analítica para metomil


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0553 0,0088 15,83 110,62
0,10 0,1084 0,0148 13,66 108,41
0,20 0,1954 0,0216 11,04 97,69
0,40 0,3977 0,0106 2,66 99,41
1,00 0,9857 0,0665 6,75 98,57
2,00 2,0075 0,0790 3,94 100,38
CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média
86

1.8e5
1.7.G
8
1.6^ •
1.5a6

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1.3e6

1.1«6

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ao^

7.0*4

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2.0B4

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acG ao4 ao6 aos aio ai2 ai4 aie ais aao a22 a34 a36 028 aao
CcnosrtraUcn. ngYri.

Figura 2 3 - Curva analítica para quantificação de pirimicarbe

T a b e l a 22 - Resultados d a curva analítica para pirimicarbe


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,04 0,0363 0,0038 10,57 96,66
0,08 0,0749 0,0032 4,31 99,90
0,16 0,1523 0,0058 3,80 101,53
0,30 0,2990 0,0121 4,07 99,67
CV(%): coeficiente de variação. Média*: concentração média

Ui B < p « l n w # o _ l _ B » s « a l j * . . P r f l p « ( « ^ I O . O / I I I . 2 . : - l * > « i - R a í > « 5 » q n , - N ( > - v w W t » « , : y = 5 . 3 » W 4 x

1.10.6
1.05«G
1.00.G
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aoo94
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aoo*4
7.50*4
7.00*4
asow*
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5.60*1
5.00»*
4.50*t
4.00*4
3^60*4
aao*4
Z50*4
3.00wt
1.50*4
1.00*4

a2 a3 a4 a5 ae a7 as aa i.o i.i 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 1.6

Figura 2 4 - Curva analítica para quantificação de propoxur

'y¿ d'il.''- >.;ÜCüLí.R/SF-'-IPEíiÍ


87

Tabela 23 - Resultados da curva analítica para propoxur


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0568 0,0059 10,43 113,63

0,10 0,1036 0,0116 11,19 103,57

0,20 0,2062 0,0170 8,26 103,09

0,40 0,4029 0,0326 8,10 100,72

1,00 0,9642 0,0466 4,84 96,42

2,00 2,0164 0,0767 3,80 100,82

CV(%): coeficiente de variação. Média*: concentração média

,tar*o_ 1_R«svoíjdb , f l 6 a * w _ p 16:0 / t74. Ii: "Lk>«»"R»gT«sdan i-TkTvM^

3.0*6

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2.0.6

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1.6«»6
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1.4*6

1.3o6

1.0*5

ao*4

6.0*4

4.0*4

a.o*4

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az a4 ae as i.o 1,2 \A i.e i.s zo Z2 Z4 ze zs 3.0 3.2 a4 ae as 4.0
T I ngArd.

Figura 25 - Curva analítica para quantificação d e atrazina

Tabela 2 4 - Resultados da curva analítica para atrazina


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,10 0,1182 0,0099 8,38 118,18

0,20 0,2138 0,0137 6,44 106,91

0,40 0,4118 0,0193 4,68 102,96


0,80 0,7754 0,0375 4,84 96,92

2,00 1,9564 0,0862 4,41 97,82

4,00 4,0244 0,0892 2,22 100,61


CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média
88

Figura 26 - Curva analítica para quantificação d e simazina

Tabela 25 - Resultados d a curva analítica para simazina


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,10 0,1109 0,0147 13,27 110,90

0,20 0,2030 0,0144 7,10 101,49

0,40 0,3990 0,0195 4,90 99,78

0,80 0,7906 0,0261 3,30 98,83

2,00 1,9898 0,0744 3,74 99,49

4,00 4,0066 0,1597 3,99 100,17

CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

Õ;
2.006
1.9e6 ^,4
1.8«B
1.7*6

1.5*6
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6.0*6
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1.0*6 ,0'''

at a2 a3 a4 as Q6 Q7 Q8 a» i-o 1,1 1.2 1.3 1.4 i.s 1.6 1.7 1.8 t.9 ZO

Figura 2 7 - Curva analítica para quantificação d e carbendazim


89

Tabela 26 - Resultados d a curva analítica para c a r b e n d a z i m


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0586 0,0018 3,02 117,17

0,10 0,1051 0,0070 6,67 105,10

0,20 0,1964 0,0044 2,21 98,23

0,40 0,3902 0,0104 2,67 97,55

1,00 0,9956 0,0093 0,94 99,56

2,00 2,0040 0,0213 1,07 100,20

CV(%): coeficiente de variação. Média*: concentração média

D0l_2D2.1 / 1 7 5 . 1 I J r a a ' R » 9 * !

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S.O«&

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ai az as aa a5 ae oj as aa i.o i.i i,

Figura 28 - Curva analítica para quantificação de tiabendazol

Tabela 2 7 - Resultados da cun/a analítica para tiabendazol


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,05 0,0565 0,0033 5,89 112,95
0,10 0,1023 0,0044 4,29 102,30
0,20 0,1976 0,0077 3,88 98,78
0,40 0,4006 0,0107 2,68 100,15
1,00 0,9864 0,0337 3,42 98,64
2,00 2,0066 0,0443 2,21 100,33
CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média
90

2.3*

1.S«S

1.2b6

1.0.6

a.o«4.

20«*

a5 1.0 1.5 20 ao as -tO 4.5 5.0 5.5 6,0 65 7,0 7.5 aO


OrTtc«T<ra«Wv rtgfrinL

Figura 29 - Curva analítica para quantificação de tiofanato metílico

Tabela 28 - Resultados da curva analítica para tiofanato metílico


Concentração Média* Desvio CV Exatidão
(ng/mL) (ng/mL) Padrão (%) (%)
0,20 0,2413 0,0307 12,71 120,67

0,40 0,4128 0,0324 7,86 103,19

0,80 0,8154 0,0473 5,80 101,93

1,60 1,6060 0,0607 3,78 100,38

4,00 3,8577 0,1842 4,78 96,44

8,00 8,0667 0,2317 2,87 100,83

CV(%): coeficiente de variação Média*: concentração média

A partir d o s d a d o s analisados, as curvas analíticas d e quantificação d e

t o d o s os analitos e s t u d a d o s a p r e s e n t a r a m coeficientes d e variação m e n o r e s d o

q u e 18,5%, e m todas as concentrações estudadas. Estes valores de coeficientes

d e variação s ã o maiores q u e 1 0 % , para concentrações m a i s baixas analisadas,

na concentração correspondente a % L O Q (Limite de quantificação) a Yz L O Q ,

níveis abaixo de L O Q d o m é t o d o . Para as a s concentrações mais altas, estes

coeficientes de variação são da o r d e m d e 6 % na sua maioria.

A exatidão obtida para a s curvas d e calibração situam-se n u m intervalo

d e 90 a 1 2 4 % e para valores d e exatidão maiores q u e 1 0 0 % , e m geral são

resultados referentes à s baixas concentrações c o r r e s p o n d e n t e s a % L O Q e Vi

L O Q . Para concentrações iguais e maiores q u e o L O Q , apresentou média de

exatidão de 9 9 % .
91

Na T a b e l a 2 9 estão relacionados o s d a d o s d a e q u a ç ã o d a reta d a s

curvas analíticas d e t o d o s os analitos e s t u d a d o s neste t r a b a l h o .

T a b e l a 2 9 - Linearidade d a s curvas analíticas

Faixa Inclinação Intersecção Correlação


Analito
(ng/mL) (a) (b) (r^)
Aldicarbe 0 , 0 5 - 2,00 60.700 -427 0,9979
Aldicarbe
0 , 1 0 - 4,00 36.000 -480 0,9987
sulfona
w U I I V I t%M

Aldicarbe 138 0,9982


0 , 0 5 - 2,00 11.200
suifóxido
Carísaril 0 , 0 5 - 2,00 87.000 -511 0,9978
Carbofurano 0 , 0 5 - 2,00 153.000 -522 0,9992
Metiocarbe 0 , 0 5 - 2,00 8.340 -886 0,9972
Metomil 0 , 0 5 - 2,00 42.100 -140 0,9983
Pirimicarbe 0 , 0 4 - 1,60 554.000 2.500 0,9978
Propoxur 0 , 0 5 - 2,00 5.300 -382 0,9983
Atrazina 0 , 1 0 - 4,00 73.100 -2.210 0,9992
Simazina 0 , 1 0 - 4,00 41.000 -393 0,9988
Carbendazim 0 , 0 5 - 2,00 950.000 -6.240 0,9999
Tiabendazol 0 , 0 5 - 2,00 30.700 -2.980 0,9995
Tiofanato
0 , 2 0 - 8,00 32.100 -753 0,9988
metílico

Os d a d o s d a Tabela 2 9 sâo referentes a u m a e q u a ç ã o d a reta,

d e n o m i n a d a t a m b é m d e curva analítica descrita pela e q u a ç ã o y = ax + b, obtida a

partir 6 injeções a c a d a ponto no e q u i p a m e n t o , e m u m c o n j u n t o d e 6 níveis.

Foi utilizado o m é t o d o d e regressão linear para cálculo d o s coeficientes

a (angular), b (intersecção) e r^ (correlação) obtidos a partir d e resultados

experimentais, p e n n i t i n d o estimar a qualidade d a curva. Verificando-se o s dados

das c u r v a s analíticas, q u a s e t o d o s os analitos a p r e s e n t a r a m v a l o r e s de r^

próximos a 0,999; s e g u n d o Ribani et al. ( 2 0 0 4 ) , são c o n s i d e r a d a s c o m o ajuste

ideal d o s d a d o s para a linha de regressão.

A norma I N M E T R O (2003) r e c o m e n d a u m a correlação (r^) d e valores

acima d e 0,90.

Na T a b e l a 3 0 , e n c o n t r a m - s e os resultados d a precisão instrumental d a

curva analítica p a r a t o d o s o s analitos.


92

Tabela 3 0 - Resultados da p r e c i s ã o instrumental d a curva analítica p a r a

t o d o s os analitos estudados n e s t e t r a b a l h o

Analito Faixa M é d i a da P r e c i s ã o Desvio CV


(ng/mL) (%) Padrão (%)
Aldicarbe 0,05-2,00 105,06 10,89 10,3

Aldicarbe sulfona 0,10-4,00 102,32 3,80 3,7

Aldicarbe suifóxido 0,05-2,00 100,83 2,37 2,4

Carbaril 0,05 - 2,00 105,76 10,17 9,6

Carbofurano 0,05-2,00 101,19 2,16 2,1

Metiocarbe 0,05 - 2,00 106,62 11,16 10,4

Metomil 0,05-2,00 102,52 5,54 5,4

Pirimicarbe 0,04-1,60 99,44 2,03 2,0

Propoxur 0,05-2,00 103,04 5,77 5,6

Atrazina 0,10-4,00 103,90 7,88 7,6

Simazina 0,10-4,00 101,77 4,55 4,5

Carbendazim 0,05-2,00 102,97 7,45 7,2

Tiabendazol 0,05 - 2,00 102,19 5,43 5,3

Tiofanato metílico 0,20 - 8,00 103,91 8,52 8,2

CV: coeficiente de variação


C o m relação aos resultados d a Tabela 3 0 , o coeficiente de v a r i a ç ã o

( C V ) , para t o d o s os pesticidas e s t u d a d o s e m todas as c o n c e n t r a ç õ e s , a p r e s e n t o u

variações d e 2,0 a 1 0 , 4 % . O s pesticidas q u e a p r e s e n t a r a m C V e m torno d e 1 0 %

f o r a m : aldicarbe, carbaril e metiocarbe; p o r é m carbaril e metiocarbe a p r e s e n t a r a m

resultados satisfatórios de m é d i a s d e recuperações, p o s s i v e l m e n t e d e v i d o a

dispersão de dados instrumentais não influenciar no comprometimento da

quantificação d o s analitos e s t u d a d o s . O aldicarbe, c o m C V d e 1 0 , 3 % da p r e c i s ã o

instrumental d a curva analítica, a p r e s e n t o u baixa p o r c e n t a g e m d e r e c u p e r a ç ã o ,

mas C V satisfatórios de m é d i a s d e recuperações em todos os níveis de

concentração.
93

5.4. E x t r a ç ã o

Para a escolha do s o l v e n t e na fase d e e x t r a ç ã o dos pesticidas

e s t u d a d o s e m milho, f o r a m avaliados os resultados das a m o s t r a s t e s t e m u n h a ,

fortificadas e extraídas p o r diferentes solventes. Foi a d i c i o n a d o na amostra

t e s t e m u n h a u m v o l u m e d e c o n c e n t r a ç ã o para o nível 1 LOQ d e uma mistura d e

padrões d e t o d o s os principios a t i v o s e s t u d a d o s (item 4.7), s u b m e t i d o a o m e s m o

procedimento descrito n o item 4.6, utilizando 5 diferentes solventes: á g u a , acetato

d e etila, acetonitrila, m e t a n o l e a c e t o n a , c o n f o n n e resultados a p r e s e n t a d o s na

Tabela 3 1 .

T a b e l a 3 1 - Resultados d a e x t r a ç ã o das a m o s t r a s t e s t e m u n h a s fortificadas c o m

diferentes solventes.

E (%)
Fortificação A B c D
Analito 30
(ng/mL) (%) (%) (%) (%) 10 m i n 20 m i n
min
Aldicarbe 0,20 85 25 70 70 85 85 85
A i d . sulfona 0,40 58 63 60 60 108 98 118
A i d . suifóxido 0,20 50 25 80 95 85 85 95
Carbaril 0,20 55 10 95 100 85 95 95
Carbofurano 0,20 85 10 95 90 105 90 75
Metiocarbe 0,20 35 10 95 85 105 110 95
Metomil 0,20 55 55 75 60 80 80 90
Pirimicarbe 0,20 65 10 60 70 80 85 85
Propoxur 0,20 105 20 90 105 110 100 85
Atrazina 0,40 45 13 100 90 95 80 90
Simazina 0,40 58 13 90 100 88 88 85
Carbendazim 0,20 60 25 85 75 80 90 90
Tiabendazol 0,20 65 20 110 110 110 110 105
Tiof. metílico 0,80 70 10 101 94 109 101 109

A: Água B: Acetato de etila C: Acetonitrila D: Metanol E: Acetona


Dentre os s o l v e n t e s t e s t a d o s , para o s analitos e s t u d a d o s , o a c e t a t o de

etila d e m o n s t r o u ser o m e n o s eficaz, seguido d e á g u a . O s solventes acetonitrila e

metanol n ã o a p r e s e n t a r a m r e c u p e r a ç ã o satisfatória para m u i t o s dos analitos, tais

c o m o : aldicarbe, m e t o m i l , pirimicarbe e cariDendazim. A a c e t o n a m o s t r o u ser o

melhor solvente para e x t r a ç ã o , a p r e s e n t a n d o níveis d e r e c u p e r a ç ã o q u e variaram

d e 8 0 a 1 1 0 % , para t o d o s o s princípios ativos e s t u d a d o s , e x c e t o para aldicariDe


94

sulfona, para u m a extração d e 30 minutos d e 1 1 8 % . Motohashi et a l . (1996)

estudaram vários solventes d e extração (acetonitrila, metanol-água, acetato d e

etila e acetona) e m frutas, vegetais e solos para a determinação d e c a r b a m a t o s ,

triazinas e outros, considerando a acetona mais a d e q u a d a para estes grupos d e

pesticidas. Hiemstra et a l . (1995) t a m b é m utilizaram a acetona c o m o melhor

solvente para a extração d e benzimidazóis e m frutas e vegetais, o que

corroboram c o m os d a d o s obtidos neste trabalho.

Q u a n t o a o t e m p o d e d a fase d e extração ( c o m acetona), n ã o s e

observaram variações a c e n t u a d a s n a s recuperações d o s analitos, q u a n d o este

varia d e 10 a 3 0 minutos, s e n d o o t e m p o a d e q u a d o para extração d o s princípios

ativos estudados na matriz d e milho foi d e 20 minutos d e agitação.

5.5. Teste t e s t e m u n h a - seletividade

Para avaliar a seletividade d o m é t o d o , f o r a m avaliados o s resultados

d o cronograma d o experimento 4 , Tabela 9, item 4 . 7 . 1 . N o experimento 4 , f o r a m

analisadas 10 amostras d e branco (testemunha) e 10 amostras fortificadas n o

limite d e quantificação.

A s figuras 30 e 31 ilustram c o m o e x e m p l o s , o c r o m a t o g r a m a d e u m a

amostra t e s t e m u n h a e amostra fortificada, respectivamente.


XIC of + M R M (32 pairs) 1 6 0 1 / 1 0 5 1 amu from Sample 1 (Branco Miltio) of Experimen!o_1 wilf (Torbo Spray) Viax igOO • cp:

6.0e4

5.5e4

5.0e4

4.5e4

4 Oe4

3.Se4

3.0e4

2.Se4

2.0e4

1.5e4

1 .Oe4

5000.0

O.O A
3 4
Time. min

Figura 3 0 - C r o m a t o g r a m a da amostra t e s t e m u n h a
95

XlCQr*MRM(3;pairs) 160.1/105,1 amufromSample 21 (Rec 5 L0Q_1) of Experimento_1 wiff (Turbo Spray) Max 1,604 CPS

1.18e5
Carbendazim
1.10e5
Tiofanato metílico
1,00e5

9,00e4

8,00e4

^ 7,00e4
Pirimicarbe
¿ 6,00e4
Ifóxido
Tiabendazol
S 5,0064
Simazina
4,00e4

3,00e4
/ Carb(/furan Atrazina
2,00e4 U /Carbaril Metiocarbe
/
1,00e4

0,00
0.5 1.0 1.5 2.5 3.0 3.5 4.0 4.5 5.0 5,5 6,0 6.5
Time, min

F i g u r a 31 - C r o m a t o g r a m a da amostra fortificada

Por meio dos resultados c o m o dos c r o m a t o g r a m a s das Figuras 30 e 31

d o experimento 4 , não foi detectada a presença de possíveis interferentes,

c o m p o s t o s de produtos da d e g r a d a ç ã o (metabólitos ou decomposição) o u outras

substâncias q u e p o s s a m estar presentes na matriz e q u e p o s s a m c o m p r o m e t e r a

quantificação d o s analitos ou seja, não f o r a m detectados interferentes (sinal, pico,

traços d e íons) que poderiam eluir na região de interesse.

O teste mostrou q u e a metodologia está isenta da falsa identificação e

efeitos de supressão ou intensificação de sinais provenientes da matriz, para os

analitos estudados.

A identificação e a quantificação d o analito não sâo influenciadas pela

presença de u m ou mais interferentes provenientes da matriz e m estudo.

As avaliações foram efetuadas pela técnida LC-ESI/MS/MS, com

sistema de monitoramento de reações múltiplas (MRM) e analisadores de m a s s a

triploquadrupolo, técnica de alta sensibilidade de quantificação e especificidade no

aspecto de confirmação e quantificação d o s analitos e dos possíveis interferentes

q u e p o s s a m influenciar ou c o m p r o m e t e r na avaliação dos resultados do presente

estudo.

A norma Council Directive (2002) d e n o m i n a os testes acima relatados

c o m o um parâmetro de d e s e m p e n h o da especificidade do método.


96

5.6. R e c u p e r a ç ã o

O s pesticidas f o r a m fortificados nas a m o s t r a s t e s t e m u n h a s e m c i n c o

diferentes níveis d e v a l i d a ç ã o , c o r r e s p o n d e n t e s a Yz, ^, ^ Yi, 2 e 5 L O Q , descritos

nos itens 4.7 e 4 . 7 . 1 . O e x p e r i m e n t o foi realizado e m 4 etapas, c o n f o r m e o

c r o n o g r a m a d o e x p e r i m e n t o n a T a b e l a 9, item 4 . 7 . 1 .

5. 7. L i n e a r i d a d e d a s r e c u p e r a ç õ e s

Os resultados de concentração das recuperações, obtidos nos

e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 e x e c u t a d o s c o n f o n n e c r o n o g r a m a d a Tabela 9, item 4 . 7 . 1

foi t r a t a d o na f o r m a d e e q u a ç õ e s d e retas, por m é t o d o d e regressão linear. P a r a

cada princípio ativo, foram avaliadas 3 equações de retas obtidas nos

e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3, totalizando 42 e q u a ç õ e s d e retas para t o d o s o s analitos

e s t u d a d o s . A s retas a p r e s e n t a r a m , no eixo d a s a b s c i s s a s , os resultados da

concentração da recuperação em função da área do pico cromatográfico

(coordenada). Os níveis de r e c u p e r a ç ã o estudados p a r a todos os analitos

v a r i a r a m na faixa d e 4 a 2 0 0 pg/kg. A s avaliações d a linearidade d a s c u r v a s

m o s t r a m o c o m p o r t a m e n t o d o m é t o d o d e n t r o d e faixa d e c o n c e n t r a ç ã o e s t u d a d a ,

q u a n d o o s pesticidas são fortificados por várias d e t e r m i n a ç õ e s e e m níveis

c r e s c e n t e s d e concentração. A s avaliações f o r a m e f e t u a d a s de v á r i a s f o n n a s :

d i a r i a m e n t e , a a v a l i a ç ã o d e repetivividade, e, durante t r ê s dias diferentes, a

reprodutibilidade intema. Com o s resultados d a s retas obtidas, através de

t r a t a m e n t o s estatísticos, f o r a m d e t e r m i n a d o s o s níveis críticos: limite d e d e c i s ã o

( C C a ) e c a p a c i d a d e d e d e t e c ç ã o (CCP).

A s Figuras 3 2 a 7 3 r e p r e s e n t a m o s gráficos p a r a cada analito, n o s


e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3.

A s T a b e l a s 32 a 4 5 a p r e s e n t a m o s resultados n a forma d e e q u a ç õ e s

d e retas, sendo: a, coeficiente angular, b, intersecção, e r^, coeficiente de

c o r r e l a ç ã o e desvio p a d r ã o d o e r r o relativo de y ( S t D e v ) , n o s experimentos 1, 2 e

3, p a r a t o d o s os analitos. O e r r o relativo (StDev) é o e r r o relativo d a regressão

e s p e r a d o para cada v a l o r de y n a regressão, calculado a partir da e q u a ç ã o 4 , i t e m

4.8.6.1.
97

Experimento 1 -Aldicarbe

50000

y=859,146x +961,882
R^= 0,9842

20 30 40 50 60
Concentração (pgfkg)

Figura 3 2 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - A l d i c a r b e

Experimento 2 -Aldicartie

y=893,662x+277,765
R^= 0,9895

20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

Figura 3 3 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 2 - A l d i c a r b e

Experimentos - Aldicarbe

y = 869,12x+357,65
= 0,9932

20 30 40 50 60
Concentração (|ig/kg)

Figura 3 4 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e
98

T a b e l a 3 2 - E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para aldicarbe

Experimento n StDeV-y

1 21 859,146 961,882 0,9842 385,5707

2 21 893,622 277,765 0,9895 325,9994

3 21 869,118 357,647 0,9932 254,2208

n: número de amostra a. coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 - Aldicarbe sulfona

60000

50000

40000

30000
<
20000
y=509,81x+1686,5
10000 = 0,95967

40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 35 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 1 - A l d i c a r b e sulfona

Experimento 2 - Aldicarbe sulfona


60000 -j

50000 -

40000

» 30000
•<
20000
y=499,77x + 4 0 4 1 , 8
10000
R ' = 0,9524
0 '

20 40 60 80 100 120
Concentração (pg/kg)

Figura 3 6 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 2 - A l d i c a r b e sulfona


99

Experimentos - Aldicarbe sulfona

•< 30000 -

y=526,98x+5490,9
= 0,9486

40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

Figura 3 7 - E q u a ç ã o da reta do e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e sulfona

T a b e l a 33 - E q u a ç õ e s d a s retas dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para aldicarbe

sulfona

Experimento n a b r^ StDeV-y

1 21 509,808 1.686,471 0,9596 740,122

2 21 499,766 4.041,765 0,9524 790,670

3 21 526,983 5.490,882 0,9486 868,454

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


r^: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimentei - Aldicarbe suifóxido

120000 -

100000 -

80000 ^

60000
s
•<
40000 -

20000 - y=1965,1x+382,35
R^ = 0,9935

20 30 40 50 60

Concentração(pg/kg)

Figura 3 8 - E q u a ç ã o da reta do e x p e r i m e n t o 1 - Aldicarbe suifóxido


100

Experimento 2 - Aldicarbe suifóxido

120000

100000

80000
m 60000 -
s
•<
40000

20000 - y= 1892,5x+1372,9
. R^ = P.994

10 20 30 40 60

Nivel de validacão(p9n(g)

F i g u r a 39 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 2 - AldicartDe suifóxido

Experimento 3 - Aldicarbe suifóxido

y=1937,7x+548,53
R^ = 0,993

20 30 40 50 60

Mvel de validação (iigAig)

F i g u r a 4 0 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 3 - A l d i c a r b e suifóxido

Tabela 3 4 - E q u a ç õ e s d a s retas d o s experimentos 1 , 2 e 3 para aldicarbe

suifóxido

Experimento n StDeV-y

1 21 1.965,082 382,353 0,9935 563.926

2 21 1.892,513 1.372,941 0,9940 622,085

3 21 1.937,724 548,529 0,9930 577,023

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y
m

Experimento 1 -Carbaril

80000

60000 -

s 40000
•<

20000 y=1463,1x+1617,4
R^ = 0,9924

10 20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

Figura 4 1 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Carbaril

Experimento2 -Carbaril

y = 1544,59x-97,94
R^ = 0,9935

20 30 40 50 60
Concentração ftig/kg)

Figura 4 2 - E q u a ç ã o da reta d o experimento 2 - Carbaril

Experimentos -Carijaril

y = 1585,7x-391,18
= 0,9952

20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

Figura 4 3 - E q u a ç ã o da reta d o experimento 3 - Carbaril


102

Tabela 3 5 - E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para carbaril

Experimento n a b StDeV-y

1 21 1.463,062 1.617,353 0,9924 454,479

2 21 1.544,587 -97,941 0,9935 442,946

3 21 1.585,659 -391,176 0,9952 389,166

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 -Carbofurano
140000

•< 60000

y=2419,6x+2785,3
R^ = 0,9939

20 30 40 50 60
Coiicentração<|ig/kg)

Figura 4 4 - E q u a ç ã o d a reta do e x p e r i m e n t o 1 - C a r b o f u r a n o

Experimento2 -Carbofurano

140000

y = 2573,1 x +644,12
R^= 0,9967

20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

Figura 4 5 - Equação d a reta do e x p e r i m e n t o 2 - C a r b o f u r a n o


103

Experimentos -Carbofurano

y = 2564,4x - 176,47
= 0,9975

20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 4 6 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 3 - C a r b o f u r a n o

Tabela 36 - Equações das retas dos experimentos 1, 2 e 3 para

carbofurano

Experimento n StDeV-y

1 21 2.419,635 2.785,294 0,9939 670,6224

2 21 2.573,094 644,118 0,9967 523,2253

3 21 2.564,424 -176,471 0,9975 457,3344

n: número de amostra a; coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 - Metiocarbe

y= 1663,6x +646,53
R^ = 0,9935

10 20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 4 7 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Metiocarbe
104

Experimento 2 -IMetiocarbe

y = 1637,4 x+135,53
R^ = 0,9951

20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 4 8 - E q u a ç ã o da reta do e x p e r i m e n t o 2 - Metiocarbe

Experimentos - Metiocarbe

y = 1442,3x + 1396,6
= 0,9898

20 30 40 50 60

Concentração (|ig/kg)

F i g u r a 4 9 - E q u a ç ã o da r e t a do e x p e r i m e n t o 3 - Metiocarbe

T a b e l a 3 7 - E q u a ç õ e s das retas dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para m e t i o c a r b e

Experimento n StDeV-y

1 21 1.663,564 646,529 0,9935 477,2569

2 21 1.637,444 135,529 0,9951 405,0430

3 21 1.442,311 1.396,588 0,9898 517,5696

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


r^ : coeficiente de correlação StDeV-y: en-o relativo y
105

Experimento 1 - Metonãl

40000

30000

y = 618,73x+524,12
R^ = 0.9875

20 30 40 50 60

Concentração (pgfkg)

Figura 5 0 - E q u a ç ã o d a reta d o experimento 1 - Metomil

Expérimentez -Metomil

40000

30000

y = 644,17x+33,235
R^ = 0,9943

20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

Figura 5 1 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 2 - Metomil

Experimento 3 - Metomil

40000

30000 -

y = 601,03x + 469,12
R^ = 0.9918

20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

Figura 5 2 - E q u a ç ã o d a reta d o experimento 3 - Metomil


106

T a b e l a 3 8 - E q u a ç õ e s das retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para m e t o m i l

Experimento n StDeV-y

1 21 618,734 524,118 0,9875 246,2038

2 21 644,168 33,235 0,9943 172,1484

3 21 601,034 469,118 0,9918 193,6115

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y; erro relativo y

Experimento 1 -Pirimicarbe
40Ò000

y=8993.3x +2935,3
= 0.996

10 20 30 40 50
Concentração (|ig/Kg)

F i g u r a 5 3 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Pirimicarbe

Experimento 2 - Pirimicarbe

y=8887,8x+3635,3
= 0,9962

10 20 30 40 50
Concentração (Mg/kg)

F i g u r a 5 4 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 2 - Pirimicarbe
107

Experimento 3 - Pirimicarbe

y=9066,9x +629,41
= 0,9969

10 20 30 40 50
Concentração (pg/kg)

F i g u r a 55 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 3 - Pirimicarbe

T a b e l a 3 9 - Equações d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para pirimicarbe

Experimento n StDeV-y

1 21 8.993,294 2.935,294 0,9960 1.617,5213

2 21 8.887,794 3.635,294 0,9962 1.557,7618

3 21 9.066,912 629,412 0,9969 1.423,6996

n : número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


1^ : coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 -Propoxur

50000

40000 -

30000 -
s
• < 20000 -

y = 937,35x-197,94
10000 - ^.A^ R^ = 0,9927

0 1 1 I 1 1 1 1
3 10 20 30 40 50 60
Concentração (pg/kg)

F i g u r a 5 6 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Propoxur
108

Experimento 2 - Propoxur

y = 802,55x+1116,8
R' = 0,9882

20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 5 7 - E q u a ç ã o <ja reta cio experimento 2 - Propoxur

Experimentos - Propoxur

y=B28,38x+889,71
R^ = 0,9849

20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 5 8 - E q u a ç ã o da reta d o experimento 3 - Propoxur

T a b e l a 40 - E q u a ç õ e s d a s retas d o s experimentos 1 , 2 e 3 para p r o p o x u r

Experimento n StDeV-y

1 21 937,347 -197,941 0,9927 283,8856

2 21 802,552 1.116,765 0,9882 310,6555

3 21 828,385 889,706 0,9849 363,1954

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y
109

Experimento 1 -Atrazina

y=1357,5x-88,235
R'= 0,9968

40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 5 9 - E q u a ç ã o cia reta do e x p e r i m e n t o 1 - Atrazina

Experimento2 -Atrazina

20 40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 6 0 - E q u a ç ã o d a reta do e x p e r i m e n t o 2 - Atrazina

Experimentos - Atrazina

y=1366,2x-305,88
= 0,9949

40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 6 1 - E q u a ç ã o d a reta do e x p e r i m e n t o 3 - Atrazina
110

T a b e l a 4 1 - E q u a ç õ e s d a s retas d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a atrazina

Experimento n a b StDeV-y

1 21 1.357,506 -88,235 0,9968 542,6801

2 21 1.302,065 379,412 0,9960 582,8740

3 21 1.366,247 -305,882 0,9949 690,0240

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 - Simazina

y = 772,59x-278,82
R^= 0,9935

40 60 80 100 120

Concentração (|ig/kg)

F i g u r a 6 2 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Simazina

Experimento2 -Simazina

80000
70000
60000 •
50000

s 40000
30000
20000 y = 733,78x + 411,47
10000 - = 0,9941

40 60 80 100 120

Concentração (Mg/kg)

F i g u r a 6 3 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 2 - Simazina
111

Experimentos - Simazina

y = 798,42x-556,18
= 0,9943

40 60 80 100 120

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 6 4 - E q u a ç ã o d a reta do e x p e r i m e n t o 3 - S i m a z i n a

T a b e l a 4 2 - E q u a ç õ e s das retas dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para simazina

Experimento n StDeV-y

1 21 772,591 278,824 0,9935 441,6764

2 21 733,778 411,471 0,9941 399,7964

3 21 798,419 556,176 0,9943 426,3233

n: número de amostra a: coeficiente angular b; coeficiente de intersecção


r^: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 - Carbendazim

y = 1502X+ 1243,8
R' = 0,9967

10 20 30 40 50 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 65 - Equação d a reta do e x p e r i m e n t o 1 - C a r b e n d a z i m
112

Experimento 2 - Carbendazim

y=1534,1x + 450,29

20 30 40 60

Concentração (pg/kg)

F i g u r a 6 6 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 2 - C a r b e n d a z i m

Experimentos -Carbendazim

y=1555,7x+225
= 0,9956

20 30 40 50 60

Concentração (|ig/kg)

F i g u r a 6 7 - E q u a ç ã o d a reta d o e x p e r i m e n t o 3 - C a r b e n d a z i m

Tabela 43 - Equações das retas d o s experimentos 1, 2 e 3 para

carbendazim

Experimento n StDeV-y

1 21 1.502,039 1.243,824 0,9967 305,1641

2 21 1.534,055 450,294 0,9980 244,8855

3 21 1.555,700 225,000 0,9956 364,8459

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y
113

Experimento 1 - Tiat>endazoi
350000

y=3022x+1414,2
R^= 0,9927

40 60 80 100 120

Concentração (ug/kg)

Figura 6 8 - E q u a ç ã o cia reta d o e x p e r i m e n t o 1 - T i a b e n d a z o l

Experimento2 -Tiabendazol

y=3214,7x-1090,6

40 60 80 100 120

Concentração (ug/kg)

Figura 6 9 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 2 - T i a b e n d a z o l

Experimentos - Tiabendazol

y=3224,2x-3970,6
= 0,9987

40 60 80 100 120

Concentração (ug/kg)

Figura 7 0 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 3 - T i a b e n d a z o l
114

Tabela 44 - Equações das retas dos experimentos 1, 2 e 3 para

tiabendazol

Experimento n StDeV-y

1 21 3.022,025 1.414,176 0,9927 1.828,4837

2 21 3.214,665 1.090,588 0,9951 1 603,2203

3 21 3.224,165 3.970,588 0,9987 810,0546

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


1^ : coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

Experimento 1 - Tiofanato metílico

y=615,84x+841,18
R^ = 0,9945

100 150 200 250

Concentração (ug/kg)

F i g u r a 71 - Equação d a reta d o e x p e r i m e n t o 1 - Tiofanato metílico

Experimento 2 - Tiofanato metílico

y=604,41x+1708,8
R2 = 0,9908

100 150 200 250

Concentração (ug/kg)

F i g u r a 72 - E q u a ç ã o da reta d o e x p e r i m e n t o 2 - Tiofanato metílico


115

Experimento 3 - Tiofanato metílico

150000

120000

90000

60000

30000 y = 602,23x+955,88
R^ = 0,9916
O
50 100 1 50 200 250

Concentração (ug/kg)

F i g u r a 7 3 - Equação da reta d o e x p e r i m e n t o 3 - Tiofanato metílico

T a b e l a 4 5 - E q u a ç õ e s d a s retas dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para tiofanato

metílico

Experimento n a b StDeV-y

1 21 615,835 841,176 0,9945 650,9331

2 21 604,415 1.708,824 0,9908 823,2733

3 21 602,226 955,882 0,9916 784,5608

n: número de amostra a: coeficiente angular b: coeficiente de intersecção


: coeficiente de correlação StDeV-y: erro relativo y

C o m r e l a ç ã o aos resultados das e q u a ç õ e s d e retas, o coeficiente de

correlação (r^) foi d e valores iguais a o u m a i o r e s que 0,99 e m todos os analitos e

experimentos, com exceção a aldicarbe, q u e a p r e s e n t o u valor d e 0,98 no

experimento 1 e aldicarbe sulfona, na faixa de 0,95 a 0,96, e m t o d o s os

e x p e r i m e n t o s . O s resultados pemnitem concluir que n ã o houve a dispersão d o

conjunto d e concentrações d e recuperações na faixa e s t u d a d a e m todos o s

analitos e experimentos. O s resultados d a s c o n c e n t r a ç õ e s d a s recuperações

demonstraram uma linearidade em níveis fortificados e uma correlação

r e c o m e n d a d a até para curva analítica, d e valores a c i m a de 0,90 (INMETRO,

2003).

N o e s t u d o seguinte, estão o s resultados do c á l c u l o da exatidão, desvio

padrão, coeficiente d e variação d a variação d o s níveis d e validação d e : Vz L O Q , 1

LOQ e 1 LOQ, n o s experimentos 1 , 2 e 3; p a r a cada pesticida. Nas T a b e l a s 4 6


116

a 5 9 , e n c o n t r a m - s e o s d a d o s d e resultados d e m é d i a d e exatidão, desvio p a d r ã o ,

coeficiente d e variação dos experimentos 1 , 2, 3, para todos os analitos

estudados.

T a b e l a 46 - R e s u l t a d o s d a m é d i a de exatidão, d e s v i o padrão, coeficiente d e


v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para aldicarbe

N i v e l de Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

E DP CV E DP CV E DP CV
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

5 85,4 8,2 9,6 83,0 1,3 1,6 88,4 6,3 7,1

10 89,7 6,9 7,7 79,4 7,7 9,7 77,1 6,1 8,0

15 78,6 8,5 10,8 80,6 7,9 9,8 75,6 5,0 6,7


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 47 - R e s u l t a d o s d a m é d i a de exatidão, desvio padrão, coeficiente d e


v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para aldicarbe sulfona

validaç'/o Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


(Mg/kg) Ë DP CV Ë DP CV Ë DP CV~
(%) (%) (%) (%) (%) (%)_
10 100,0 15,7 15,7 163,4 20,8 12,7 171,5 26,2 15,3

20 81,8 6,7 8,2 98,7 7,4 7,5 125,5 3,4 2,7

30 78,9 5,4 6,8 84,1 8,7 10,3 91,0 9,8 10,8


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 48 - Resultados d a m é d i a d e exatidão, d e s v i o p a d r ã o , coeficiente d e


v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 para aldicarbe suifóxido

N i v e l de Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


validação
E DP CV E DP CV E DP CV
(jjg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

5 92,1 3,5 3,8 90,8 12,0 13,2 92,3 6,2 6,7

10 90,5 7,8 8,7 89,7 4,6 5,1 94,4 7,3 7,8

15 85,4 6,6 7,7 91,7 5,0 5,5 83,4 2,1 2,6


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)
117

T a b e l a 4 9 - Resultados d a média d e exatidão, desvio p a d r ã o , c o e f i c i e n t e de


variação d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a carbaril

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

vaiiaaçao E DP CV E DP CV E DP CV
(pg/kg) (%) (%) (%) (%) (%) (%)

5 102,8 7,4 7,2 96,8 8,1 8,4 94,3 8,8 9,3

10 99,3 3,6 3,6 90,5 7,1 7,9 89,9 5,5 6,1

15 91,8 4,8 5,2 90,3 7,0 7,7 93,0 5,5 5,9


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 5 0 - Resultados d a média d e exatidão, desvio p a d r ã o , c o e f i c i e n t e de


variação d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a carbofurano

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


validação
E DP CV E DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

5 106,5 6,4 6,0 104,7 4,4 4,2 102,2 8,2 8,0

10 98,4 5,7 5,8 92,0 4,3 4,6 87,2 3,0 3,4

15 91,3 3,4 3,7 92,8 4,1 4,4 89,4 3,0 3,4


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 5 1 - Resultados d a média d e exatidão, desvio p a d r ã o e coeficiente de


variação, d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a m e t i o c a r b e

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Expenmento 3


validação
E DP CV DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%)
5 108.2 15,8 14,6 108,7 9,8 9,0 96,4 9,1 9,5

10 115,1 4,5 3,9 102,6 5,4 5,3 104,6 2,7 2,6

15 106.3 6,6 6,2 105,9 4,0 3,7 100,1 5,9 5,9


E: Média de exatidão (%) DP; Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)
118

T a b e l a 5 2 - R e s u l t a d o s da m é d i a de e x a t i d ã o , desvio p a d r ã o e coeficiente d e
v a r i a ç ã o , dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para m e t o m i l

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

vdiiviciyav E DP CV E DP CV E DP CV
(pg/kg) (%) (%) (%) (%) {%) (%)

5 97,0 6,1 6,3 91,2 9,4 10,4 91,7 7,4 8,0

10 93,1 7,2 7,8 78,6 6,8 8,6 85,1 6,1 7,2

15 79,8 7,9 9,9 84,9 3,7 4,4 80,5 7,8 9,6


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 5 3 - R e s u l t a d o s da m é d i a de e x a t i d ã o , desvio p a d r ã o e coeficiente d e
v a r i a ç ã o , dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para pirimicarbe

Nível de Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


veiiiuci^ciu E DP CV E DP CV E DP CV
(|jg/kg) (%) (%) (%) (%) (%) (%)

4,0 90,5 1,3 1,4 93,8 5,6 6,0 90,9 5,0 5,5

8,0 90,2 2,4 2,6 85,3 47 5,5 86,5 2,3 2,7

12,0 84,9 4,7 5,6 88,8 4,3 4,8 84,7 4,8 5,7
E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 5 4 - R e s u l t a d o s da m é d i a de e x a t i d ã o , d e s v i o p a d r ã o e coeficiente d e
v a r i a ç ã o dos e x p e r i m e n t o s 1, 2 e 3 para propoxur

Nível de Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

E DP CV E DP CV E DP CV
(pg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)
5 86,4 8,8 10,2 95,7 8,9 9,3 100,3 6,1 6,1

10 98,6 6,0 6,0 91,5 8,4 9,1 85,5 8.0 9,3

15 94,0 9,0 9,6 97,3 1,5 1,6 101,5 4,7 4,6


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)
119

T a b e l a 5 5 - Resultados d a m é d i a d e exatidão, desvio padrão e coeficiente d e


v a r i a ç ã o , d o s e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 p a r a atrazina

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

E DP CV E DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

10 108,7 6,4 5,9 105,7 5,2 4,9 103,8 7,7 7,4

20 103,9 5,7 5,5 96,4 6,5 6,7 102,9 5,8 5,6

30 95,1 3,4 3,5 98,1 4,1 4,2 98,5 5,8 5,9


E: Média de exatidão {%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 56 - Resultados d a m é d i a d e exatidão, d e s v i o padrão e coeficiente d e


v a r i a ç ã o , d o s experimentos 1 , 2 e 3 p a r a simazina

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


validação
E DP CV E DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

10 95,0 8,8 9,2 101,5 4,7 4,6 98,9 2,5 2,5

20 92,7 6,4 6,9 93,7 5,6 6,0 99,7 4,3 4,3

30 93,7 4,0 4,3 92,9 8,1 8,8 93,7 5,2 5,5


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

T a b e l a 5 7 - Resultados d a m é d i a d e exatidão, desvio padrão e coeficiente d e


v a r i a ç ã o , d o s experimentos 1 , 2 e 3 p a r a carbendazim

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3

Ciin/lfn'> E DP CV E DP CV E DP CV
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

5 96,5 4,6 4,8 94,3 4,1 4,3 95,1 7,0 7,4

10 89,2 4,4 4,9 84,5 1,9 2,3 85,4 3,8 4,4

15 87,7 3,5 4,0 85,3 4,1 4,8 84,7 4,9 5,8


E: Média de exatidão {%) D P : Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)
120

Tabela 5 8 - R e s u l t a d o s d a m é d i a d e exatidão, d e s v i o p a d r ã o e coeficiente d e

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


validação
E DP CV E DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

10 107,0 5,6 5,2 115,9 3,1 2,7 104,7 4,2 4,0

20 105,2 9,9 9,4 102,2 7,7 7,6 102,1 3,0 3,0

30 106,6 7,7 7,2 108,5 6,8 6,2 102,7 3,0 2,9


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

Tabela 5 9 - Resultados d a m é d i a d e exatidão, d e s v i o p a d r ã o e coeficiente d e

Nível d e Experimento 1 Experimento 2 Experimento 3


validação
E DP CV E DP CV E DP CV
(Mg/kg)
(%) (%) (%) (%) (%) (%)

20 103,0 6,0 5,8 104,1 4,2 4,1 101,6 5,0 4,9

40 102,2 8,2 8,0 100,1 7,8 7,8 102,7 2,7 2,6

60 101,6 5,3 5,2 108,4 2,4 2,3 101,5 8,6 8,5


E: Média de exatidão (%) DP: Desvio padrão CV: Coeficiente de variação (%)

A n o r m a E C / 2 0 0 2 / 6 5 7 não m e n c i o n a o nível d e aceitabilidade d e C V e m

cada e x p e r i m e n t o e e m níveis de fortificações.

Pelos d a d o s d a s T a b e l a s 4 6 a 5 9 , o coeficiente d e variação (CV) d a

média d o s resultados d e recuperações v a r i o u d e 1,6 a 15,7 %, para t o d o s o s

analitos, nos níveis d e validação e s t u d a d o s e n o s e x p e r i m e n t o s de 1 a 3. O m e n o r

valor d e C V refere-se a o propoxur (1,6%) e o m a i o r a o aldicarbe sulfona (15,7%).

Os analitos q u e a p r e s e n t a r a m v a l o r e s de C V m a i o r e s q u e 1 0 % e m t o d o s o s

experimentos e s t u d a d o s foram: aldicarbe, aldicarbe suifóxido, aldicarbe sulfona,

metiocarbe, metomil e propoxur. O aldicarbe apresentou resultados d e C V d e

10,8%, no nível d e v a l i d a ç ã o de 15 pg/kg, s o m e n t e no experimento 1 . A l d i c a r b e

suifóxido apresentou C V d e 13,2%, n o nível d e validação d e 5 pg/kg, e x p e r i m e n t o

2. O aldicarbe sulfona f o i o que a p r e s e n t o u m a i o r e s incidências de v a l o r e s de C V


121

m a i o r e s q u e 10%, n o nível d a v a l i d a ç ã o d e 10 [ig/kg, nos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3 e

no nivel d e 30 p g / k g , nos e x p e r i m e n t o s 2 e 3. O s d e m a i s pesticidas, aldicarbe

suifóxido, metiocarbe, metomil e propoxur, a p r e s e n t a r a m valores d e C V m a i o r e s

q u e 1 0 % no nivel d e validação d e 5 p g / k g , c o r r e s p o n d e n t e a 1/2 L O Q , s o m e n t e

e m u m d o s e x p e r i m e n t o s . N ã o h o u v e similaridade entre o s analitos d a m e d i d a d e

d i s p e r s ã o (CV), c o m relação a o nivel c r e s c e n t e d e concentração d a r e c u p e r a ç ã o .

E x p e r i m e n t a l m e n t e , o b s e n / a - s e q u e e m outras técnicas d e cromatografía g a s o s a

utilizando diferentes metodologias de detecção, na avaliação em menores

c o n c e n t r a ç õ e s de r e c u p e r a ç ã o , maiores valores d e CV.

N a T a b e l a 60, e s t ã o os resultados d a s m é d i a s e m c o n c e n t r a ç ã o e

p o r c e n t a g e m de r e c u p e r a ç õ e s , e m 5 níveis d e : Yz, ^, ^ Yz, 2 e 5 L O Q , d e s v i o

p a d r ã o , coeficiente d e v a r i a ç ã o e n ú m e r o d e detemninações, p a r a t o d o s os

principios afivos e s t u d a d o s . A s r e c o m e n d a ç õ e s d a norma s ã o estabelecidas p a r a

p o r c e n t a g e m da m é d i a de r e c u p e r a ç ã o , c o n f o n n e T a b e l a 10, i t e m 4.8. 4 , e

coeficiente d e variação. Tabela 11 item 4.8.5.

A n o r m a r e c o m e n d a , para níveis d e r e c u p e r a ç ã o entre > 1 pg/kg a 10

pg/kg, q u e o s valores de m é d i a de r e c u p e r a ç ã o d e v e m estar na faixa d e 7 0 a

1 1 0 % e e m nivel > 10 p g / k g , média d e recuperação d e 80 a 1 1 0 %. Pelos

resultados d a T a b e l a 6 0 , t o d o s o s analitos e s t u d a d o s e m níveis d e r e c u p e r a ç ã o ,

apresentaram resultados satisfatórios, e x c e t o para o s pesticidas aldicarbe e

aldicarbe sulfona. O aldicarbe a p r e s e n t o u média d e recuperação d e 7 3 a 7 8 % , e m

níveis d e 15 a 50 p g / k g , e o aldicarbe sulfona, d e 1 4 5 % p a r a nivel d e 10 p g / k g , e

7 7 % , para nivel d e 100 p g / k g . C o m relação a o coeficiente de v a r i a ç ã o , C V ( % ) ,

r e c o m e n d a d o pela n o r m a , p a r a níveis d e recuperação entre ^ 1 0 pg/Kg a 100

p g / k g , e s t e d e v e ser d e até 2 0 % e entre 100 a 1000 p g / k g , d e até 1 5 % . T o d o s o s

analitos a p r e s e n t a r a m C V d e n t r o da faixa r e c o m e n d a d a pela n o r m a , exceto para

aldicarbe sulfona, q u e a p r e s e n t o u C V d e 2 5 , 5 % e m nivel d e 10 p g / k g .


122

T a b e l a 6 0 - Resultados d a média d a s recuperações, d o s d e s v i o s padrões e d o s

coeficientes d e variação.

Nível Recuperação Recuperação DP CV


Composto n
(pg/Kg) (pg/Kg) (%) (%)

5.0 4,4 85 0,3 7,0 18


10,0 8,0 80 1.0 13,1 28
Aldicarbe 15,0 11,7 78 1.0 8,3 18
20,0 15,5 78 0,7 4,4 3
50,0 36,5 73 0,5 1,4 3
10,0 14,5 145 3,7 25,5 18
20,0 20,4 102 3,7 18,1 28
Aldicarbe
30,0 27,5 92 6,0 20,0 18
Sulfona
40,0 40,4 101 2,0 5,0 3
100,0 77,3 77 5,3 6,9 3
5,0 4,6 92 0,4 8.7 18
10,0 8,9 89 0,7 7.8 28
Aldicarbe
Suifóxido 15,0 13,0 87 0,9 6,9 18
20,0 17,1 86 1.1 6,4 3
50,0 43,5 87 1,1 2,5 3
5,0 4,9 98 0,4 8,1 18
10,0 9,4 94 0,6 6,4 28
Carbaril 15,0 13,8 92 0,7 5,0 18
20,0 18,1 91 1,8 9,9 3
50,0 44,5 89 1,9 4,3 3
5,0 5,2 104 0,3 5,7 18
10,0 9,4 94 0.7 7.4 28
Carbofurano 15,0 13,7 91 0,5 3,6 18
20,0 17,8 89 0.8 4,5 3
50,0 44,5 89 1,9 4,3 3
5,0 5,2 104 0,6 11,5 18
10,0 10,5 105 0,7 6,6 28
Metiocarbe 15,0 15,6 104 0,9 5,8 18
20,0 19,2 96 0.9 4,6 3
50,0 47,9 96 3,9 8,1 3
5,0 4,7 94 0,4 8,5 18
10,0 8,4 84 0,8 9.5 28
Metomil 15,0 12,3 82 1.0 8,1 18
20,0 16,0 80 0,2 1,3 3
50,0 40,0 80 1.6 3,0 3
4,0 3,7 93 0,2 5,0 18
8,0 7,0 88 0,3 4,3 28
Pirimicarbe 12,0 10,3 86 0,6 5,8 18
16,0 13,7 86 1.0 7,3 3
40,0 33,7 84 0,5 1,3 3
5,0 4,7 94 0,5 10,6 18
10,0 9,2 92 0,9 9,8 28
Propoxur
15,0 14,6 97 1,0 6,8 18
20,0 19,6 98 0,9 4,6 3
50,0 45,0 90 3,9 8,7 3
123

C o n t i n u a ç ã o da T a b e l a 6 0

Nível Recuperação Recuperação DP CV


Composto n
(MQ/Kg) (MQ/Kg) (%) (%)

10,0 10,6 106 0.6 5,7 18


20,0 19,9 100 1,2 6,0 28
Triazina 30,0 29,2 97 1,4 4,8 18
40,0 36,6 91 1,2 3,3 3
100,0 93,7 94 2,8 3,0 3
10,0 9,9 99 0,6 6,1 18
20,0 19,1 96 1,1 5.8 28
Simazina 30,0 28,0 93 1,7 6,1 18
40,0 37,9 95 4,2 11.1 3
100,0 94,3 94 4.4 4,7 3
5,0 4,8 96 0,6 6,1 18
10,0 8,6 86 0,4 4,6 28
Carbendazim 15,0 12,9 86 0,6 4,7 18
20,0 16,1 80 0.4 2,5 3
50,0 41,0 82 0,8 2,0 3
10,0 10,9 109 0,6 5,5 18
20,0 21,1 105 1.5 14,6 28
Tiabendazol 30,0 31,8 80 1,9 6,0 18
40,0 41,8 105 1.0 2.4 3
100,0 103,4 103 4,0 3,9 3
20,0 20,6 103 1,0 4,9 18
40,0 39,5 99 3,3 8,4 28
Tiofanato
metílico 60,0 62,3 104 3.9 6,3 18
80,0 78,1 98 7.6 9,7 3
200,0 189,2 95 2,4 1,2 3
DP= Desvio Padrão CV= coeficiente de variação n= número de determinações

O s resultados obtidos para aldicarbe e aldicarbe sulfona p o d e m ser

explicados pela possibilidade de degradação do princípio ativo aldicarbe a

aldicarbe sulfona e m a l g u m a d a s etapas analíticas d o m é t o d o .

S e g u n d o N u n e s et a l . (2000), o aldicarbe d e g r a d a a aldicartse suifóxido

e sulfona. D e n t r e eles, aldicarbe suifóxido é o m a i s importante pela f o r t e atividade

sistêmica e presistência no solo. O m e s m o e s t u d o , realizado c o m batata no nível

d e 100 p g / K g , e n c o n t r o u média d e recuperações (%) e C V (%) de: 6 8 e 12,3 %,

r e s p e c t i v a m e n t e , para aldicarbe; 8 3 e 8,4 %, para aldicartDe suifóxido, e 75 e 13,0

%, para aldicarbe s u l f o n a , o q u e corrobora c o m o s d a d o s o b t i d o s neste trabalho.


124

H e r n á n d e z et a l . (2006) e s t u d a r a m as recuperações d e aldicarbe e m

t o m a t e , limão, uva seca e a b a c a t e e m níveis de 10 pg/Kg e 100 p g / K g . O

aldicarbe a p r e s e n t o u m é d i a s d e r e c u p e r a ç ã o (%) e C V (%) e m t o m a t e d e : 31 e 16

%, r e s p e c t i v a m e n t e , para nível d e 10 p g / K g ; 4 5 e 4 % , para nível d e 100 pg/Kg.

Para o limão, a s m é d i a s d e recuperações (%) e C V (%) foram de: 5 8 e 8 % ,

respectivamente, p a r a nível d e 10 p g / K g ; 71 e 4 %, p a r a nível d e 100 p g / K g . Para

uva s e c a , de 5 8 e 10 %, p a r a nível de 10 p g / K g ; 4 2 e 9 %, para nível d e 100

pg/Kg; e para a b a c a t e : 6 0 e 10 %, para nível d e 10 p g / K g , e 61 % d e recuperação

e 7 % d e CV, para nível d e 100 p g / K g .

O e s t u d o e m leite o b t e v e média d e recuperação (%) e coeficiente d e

variação (%) d e 7 2 e 5 %, para aldicarbe e m nível d e fortificação d e 100 pg/Kg

(Boglialli et al. 2 0 0 4 ) .

Pelos e s t u d o s d e metodologias validadas, o aldicarbe t e m a p r e s e n t a d o

baixo nível m é d i o d e r e c u p e r a ç ã o para diferentes matrizes e e m níveis d e

fortificação, c o n c o r d a n d o c o m o s valores q u e s e obteve neste trabalho.

5. 8. N í v e i s c r í t i c o s - C C a e CCp

S e g u n d o a n o r m a C o u n c i l Directive ( 2 0 0 2 ) , os níveis críticos d e n o m i n a d o s

de limite d e d e c i s ã o (CCa) e c a p a c i d a d e d e d e t e c ç ã o (CCjS) f o r a m calculados d e

acordo com equações 3 e 4 , item 4.8.6.1 e e q u a ç ã o 5, d o item 4.8.6.2,

respectivamente. N a T a b e l a 6 1 , e n c o n t r a m - s e os resultados da média d e CCor e

CCj8.
125

T a b e l a 61 - Média de CCa e CCp d o e x p e r i m e n t o 1 a 3

CCa CCp CCa CCp


Analito Analito
(pg/Kg) (Mg/Kg) (Mg/Kg) (pg/Kg)

Aldicarbe 0,88 1,50 Pirimicarbe 0,40 0.68

Aldicarbe sulfona 3,64 6,20 Propoxur 0,88 1,49

Aldicarbe suifóxido 0,67 1,14 Atrazina 1,05 1,79

Carbaril 0,65 1,12 Simazina 1,28 2,18

Carbofurano 0,51 0,87 Carbendazim 0,46 0,79

Metiocarbe 0,69 1,12 Tiabendazol 1,05 1,79


Tiofanato
Metomil 0,77 1,31 2,89 4,93
metílico

P e l a Tabela 6 1 , a m é d i a d e CCa para t o d o s os analitos variou d e 0,40

a 3,64 (pg/Kg) e o aldicarbe sulfona foi o que a p r e s e n t o u o maior valor. P a r a os

valores d e CCp, todos os pesticidas a p r e s e n t a r a m valores m e n o r e s q u e o limite

d e quantificação do m é t o d o . O m e n o r valor CCp foi obtido para o pirimicarbe

(0,68 pg/Kg) e o limite d e quantificação alvo do m é t o d o de 8 p g / K g e o maior valor

p a r a aldicarbe sulfona (6,20 pg/Kg) p a r a o limite d e quantificação alvo d e 20

Mg/Kg.

5.9. Cálculo d a incerteza

O c á l c u l o da incerteza (U), d e s c r i t o no item 4.8.7, é d e t e n n i n a d o e m f u n ç ã o

d a s variâncias, da variância (Sp^) d a repetibilidade, pela e q u a ç ã o 6 d o item

4 . 8 . 7 . 1 ; (Sl^) d a variância entre e x p e r i m e n t o s , e q u a ç õ e s d e 7 a 9, d o item 4 . 8 . 7 . 1 ;

e d a variância da reprodutibilidade (Sr^), e q u a ç ã o 10, d o item 4 . 8 . 7 . 1 ; e da

incerteza, e q u a ç ã o 11 d o item 4.8.7.2. O s resultados da m e d i d a d e incerteza, no

limite de quantificação d o m é t o d o d o s analitos, e n c o n t r a m - s e na T a b e l a 6 2 .

As m e d i d a s d e incerteza para o s analitos avallados no nivel do limite de

quantificação variaram de 14 a 1 9 % , exceto para aldicarbe sulfona, que

a p r e s e n t o u incerteza d e 4 5 , 5 % , no nivel de 2 0 pg/kg. Estudos d e m é t o d o s

multirresíduos para e s t e s pesticidas n ã o relatam dados q u a n t o á m e d i d a de

incerteza, o q u e dificulta a predição e m relação aos resultados obtidos neste

estudo.
126

T a b e l a 6 2 - Resultados d e v a r i â n c i a s e incerteza dos e x p e r i m e n t o s 1 , 2 e 3

Nível de
Analito U
validação
(Mg/kg)
5,0 0,0886 0,0036 0,0922
Aldicarbe 1,85
10,0 0,4839 0,3741 0,8580
15,0 1,2007 0,0000 1,2007
10,0 3,1129 14,8216 17,9345
Aldicarbe. 9,1
20,0 1,4880 19,2142 20,7022
sulfona
30,0 6,0134 2,2883 8,3018
5,0 0,0425 0,0000 0,0425
Aldiarbe 1,35
10,0 0,4540 0,0000 0,4540
suifóxido
15,0 0,5519 0,3228 0,8747
5,0 0,1100 0,0293 0,1393
Carbaril 0,2279 0,5403 1,47
10,0 0,3125
15,0 0,7621 0,0000 0,7621
5,0 0,0901 0,0000 0,0901
Carbofurano 10,0 0,1973 0,2858 0,4831 1,51
15,0 0,2793 0,0182 0,2975
5,0 0,2770 0,0752 0,3522
Metiocarbe 10,0 0,1896 0,4147 0,6043 1,55
15,0 0,7064 0,1483 0,8548
5,0 0,0765 0,0127 0,0892
Metomil 10,0 0,4528 0,4504 0,9032 1,9
15,0 1,0222 0,0004 1,0226
4,0 0,0140 0,0030 0,0169
Pirimicarbe 8,0 0,0702 0,0293 0,0994 0,72
12,0 0,3067 0,0261 0,3328
5,0 0,0963 0,1104 0,2066
Propoxur 10,0 0,5621 0,3365 0,8987 1,9
15,0 0,7880 0,1885 0,9765
10,0 0,3313 0,0058 0,3371
Atrazina 20,0 1,4331 0,4214 1,8545 2,72
30,0 1,8718 0,0000 1,8718
10,0 0,2776 0,0597 0,3373
Simazina 20,0 1,2066 0,3714 1,5780 2,91
30,0 3,2725 0,0000 3,2725
5,0 0,0585 0,0000 0,0585
Carbendazim 10,0 0,1249 0,0403 0,1651 1,15
15,0 0,3961 0,0000 0,3961
10,0 0,1617 0,3196 0,4813
Tiabendazol 20,0 2,2355 0,0000 2,2355 2,99
30,0 3,4245 0,2162 3,6406
20,0 0,8070 0,0000 0,8070
Tiofanato 5,83
40,0 7,2524 0,0000 7,2524
metílico
60,0 12,9836 3,4459 16,4295
_r . , V,

SL : variância entre experimentos U: incerteza da medida (pg.kg"^)


127

5 . 1 0 . Limites de q u a n t i f i c a ç ã o d o m é t o d o

Os limites d e q u a n t i f i c a ç ã o do m é t o d o , para o s pesticidas e s t u d a d o s , f o r a m

e s t a b e l e c i d o s após a s a v a l i a ç õ e s dos resultados d a T a b e l a 60 e satisfeitas a s

condições da nornia Council Directive (2002) quanto à porcentagem de

recuperação (exatidão) e precisão (incerteza) dos resultados da média de

r e c u p e r a ç ã o e m diferentes níveis de fortificação.

O s limites d e quantificação d o m é t o d o e a incerteza f o r a m : aldicarbe,

1 0 , 0 ± 1,9 p g / K g ; aldicarbe sulfona, 2 0 , 0 ± 9,1 p g / K g ; aldicarbe suifóxido, 10,0 ±

1,3 pg/Kg; carbaril, 10,0 ± 1,5 p g / K g ; c a r b o f u r a n o , 10,0 ± 1,5 p g / K g ; m e t i o c a r b e ,

1 0 , 0 ± 1,6 p g / K g ; m e t o m i l , 10,0 ± 1,9 pg/Kg; pirimicarbe, 8,0 ± 0,7 p g / K g ;

propoxur, 10,0 ± 1,9 p g / K g ; atrazina, 2 0 , 0 ± 2,7 p g / K g ; simazina, 2 0 , 0 ± 2,9 p g / K g ;

c a r b e n d a z i m , 10,0 ± 1 , 2 p g / K g ; t i a b e n d a z o l , 20,0 ± 3,0 pg/Kg e tiofanato metílico,

4 0 , 0 ± 5,8 p g / K g .

Os limites de quantificação do método dos analitos estudados

a p r e s e n t a m alta sensibilidade e confiabilidade, e m níveis q u e v a r i a r a m de 8,0 a

4 0 , 0 p g / K g , para 14 princípios ativos de 3 grupos q u í m i c o s d e pesticidas.

O s limites d e quantificação d o s analitos e s t u d a d o s a t e n d e m ao Limite

Máximo de Resíduo da legislação brasileira, bem como de organismos

internacionais, c o m o o Codex Alimentarius (Codex Alimentarius, 2 0 0 7 ) e a U n i ã o

Européia (EFSA, 2 0 0 7 ) .

Os LMR estabelecidos em todo o território brasileiro, quando

c o m p a r a d o s c o m ó r g ã o s internacionais ( C o d e x A l i m e n t a r i u s , 2 0 0 7 ; E F S A , 2 0 0 7 ) ,

m u i t a s vezes s ã o v a l o r e s m e n o r e s , c o m o é o c a s o d o carbofurano (0,05 m g / k g ) ,

m e t o m i l (0,02 mg/kg) e tiabendazol (0,05 mg/kg). P a r a produtos d e s t i n a d o s à

e x p o r t a ç ã o , o s L M R d o s pesticidas a s e r e m o b e d e c i d o s s ã o referentes aos p a í s e s

d e destino d o p r o d u t o . A metodologia e s t u d a d a a t e n d e à quantificação dos

pesticidas no produto milho destinado à e x p o r t a ç ã o , países que a d o t a m os L M R

a c i m a citados.

Os estudos realizados de métodos multirresíduos validados em

diferentes a l i m e n t o s n o r m a l m e n t e são referidos a u m a faixa de v a l o r e s de limite

d e quantificação do m é t o d o o u n o nível d a m e n o r c o n c e n t r a ç ã o de r e c u p e r a ç ã o .
128

G r a n b y et al. (2004) d e s e n v o l v e r a m m é t o d o multirresíduo p a r a frutas,

vegetais e cereal e os limites de quantificação d o m é t o d o v a r i a r a m na faixa d e 0,1

a 0,02 m g . k g ' \ O s pesticidas e s t u d a d o s f o r a m : aldicarbe, aldicarbe suifóxido,

aldicarbe sulfona, carbaril, carbendazim, metiocarbe, metomil, propoxur,

tiabendazol, tiofanato metílico e outros.

B l a s c o et al. ( 2 0 0 5 ) p e s q u i s a r a m m é t o d o multirresíduo e m m a t r i z e s d e

diferentes e s p é c i e s d e laranja e e n c o n t r a r a m limite d e quantificação de 0,025 a

0,25 m g / k g . Dentre o u t r o s pesticidas, e s t u d a r a m : c a r b e n d a z i m , tiibendazol e

metiocarbe.

Pelo m é t o d o multin-esíduo e s t u d a d o por H e r n á n d e z e t al. ( 2 0 0 6 ) e m

t o m a t e , limão, uva seca e abacate, o limite de quantificação d o m é t o d o foi d e 0,01

m g / k g . O s pesticidas e s t u d a d o s f o r a m : aldicarbe, aldicarbe suifóxido, aldicarbe

sulfona, carbendazim, metomil, tiabendazol, carofuram, propoxur, atrazina,

metiocarbe e outros.

J a n s s o n et al. (2004) v a l i d a r a m m é t o d o multirresíduo d e u m a mistura

d e frutas e vegetais c o m limite d e quantificação d e 0,01 m g / k g . A o autores

e s t u d a r a m o s pesticidas: aldicarbe, aldicarbe s u l f o n a , aldicarbe suifóxido, carbaril,

c a r b e n d a z i m , carbofurano, metiocarbe, m e t o m i l , propoxur, tiabendazol, tiofanato

metílico e outros.

Ortelli et al. (2004) p e s q u i s a r a m m é t o d o multirresíduo de pesticidas

como: aldicarbe, carbaril, carbendazim, carbofurano, metomil, metiocarbe,

pirimicarbe, tizbendazol e tiofanto metílico a p l i c a d o s e m frutas e vegetais; c o m

limite d e quantificação d o m é t o d o d e 0,01 m g / k g .

Pizzutti et al. (2007) e s t u d a r a m 169 pesticidas e m s o j a e o limite d e

quantificação d o m é t o d o v a r i o u na f a i x a de 10 a 50 p g k g " \ O limite de d e t e c ç ã o

instrumental foi d e 0,1 a 0,25 n g . m L " \ O s pesticidas e s t u d a d o s foram: a l d i c a r b e

suifóxido, aldicarbe sulfona, metomil, carbendazim, propoxur, carbofurano,

t i a b e n d a z o l , metiocarbe e outros.

Ferrer et al. (2005) d e s c r e v e r a m m é t o d o multirresíduo para f r u t a s e

verduras. O limite de d e t e c ç ã o instrumental foi d e 0,0005 a 0,03 mg/kg. O limite

d e quantificação d e c a r b e n d a z i m f o i d e : 4 p g k g ' \ para laranja; 5 pg k g " \ para

pimenta, e 8 p g Kg'\ para brocoli; d e t i a b e n d a z o l : 5 p g kg'^; 10 p g kg"^ e 5 p g kg"^

e, para m e t o m i l , d e 10, 30 e 5 0 pg k g " \ respectivamente.


129

5 . 1 1 - Límites d e d e t e c ç ã o d o m é t o d o

O limite d e d e t e c ç ã o (LD) d o m é t o d o para c a d a analito foi calculado e m

relação a o sinal da concentração padrão no nível de % LOQ d e c a d a analito para

o sinal ruído d o equipamento, na proporção de (3/1), conforme a s Figuras 74 a 87.

68
488
43)
S/N =[ 2 9 8 Aldicarbe
400 2,5 Mg.kg^
350

300

293

300

150

100

50 A 1
0 ,/'\A,AA1 A/IA /\a,-.
2 » ' 3 4 5 6
Tima min

Figura 7 4 - C r o m a t o g r a m a d e aldicarbe, concentração d e 0,05 ng.mL'^

500
Aldicarbe
4S0 S/N = 25-5 sulfona
400 5,0 ijgkg"^
360

300

2S0

200

150

100

i '
l ^t^\
í
A A
3
A ...
4
\A A
5
....
6
/w> hf'A
Time, min

Figura 75 - C r o m a t o g r a m a d e aldicarbe sulfona, concentração d e 0,10


n g . m L -1
130

1183
Aldicarbe
1100
17,9 suifóxido
100O S/N =t
2,5 jjgkg"^
900

SOO

700

600

500

400

300^

200

100

Figura 76 - C r o m a t o g r a m a d e aldicarbe suifóxido, concentração de

0,05 ng.mL"^

600

550

500
S/N J: 12,1 Carbaril
2,5 MO-kg"'
450

400

350

30O

250

20O

1ED

1001

50

O / V: /V
3 »4

Figura 77 - C r o m a t o g r a m a de carbaril, concentração de 0,05 ng.mL-1

1073 3,36

1000

900
5/H-- 27,1 Carbofurano
2,5 Mg.kg"^
SOO 1
700

600

500

400

300

20O
j
100

0
1 3 ^ ' 4 5 6
TBua min

Figura 7 8 - C r o m a t o g r a m a d e carbofurano, concentração d e 0,05

ng.mL"
131

574
797
750
700
Metiocarbe ^ == 2 7 , 3
660 2,5 ^lg.kg•'
600
550
500
450
400
350
300
250
2CD
19D
100
50 A . . ..A . 1'
0 1 3 4 5 ' 6
Tims. min

Figura 79 - C r o m a t o g r a m a de metiocarbe, concentração d e 0,05


-1
ng.mL

Metomil
= 2,5tjg.kg-^

v^Ai

Figura 8 0 - C r o m a t o g r a m a d e metomil, concentração de 0,05 ng.mL-1

3323
3200
3CO0 Pirimicarbe
2800 S/N 1 ^ ' ^ 2,0pg.kg''
2I3D0
2400
2200
2ax)
laoo
1600
1400
12D0
1000
800
6CD
400
200
O
3 4 T

Figura 81 - C r o m a t o g r a m a d e pirimicarbe, concentração de 0,04


n g . m L -1
132

a
8CD
7sa
S/N = 22,1 Propoxur
700
2,5 pg.kg"^
6S0

533
501
450
403
353
30D

20O
150
100'
50 h A A
0 i 2 * 3 * 4 5 6
Tlma n*!

Figura 8 2 - C r o m a t o g r a m a d e propoxur, concentração d e 0,05 ng.mL"^

991

SCO Atrazina s/N 28,5


80O 5,0 pgkg"^
700

600

50O

400

300

200

100

O
3 4
t »s
Tuna min

Figura 8 3 - C r o m a t o g r a m a d e atrazina, concentração d e 0,10 ng.mL-1

3,82
IMO

10X Simazina
S/H-¡24,4
900 5,0 Mg-kg"^
800

700

600

500

40D

300

200
1
ICO"
\
0 . A A/\-,/\A-''\
1 3 ' ' 4 5 6
Timamin

Figura 8 4 - C r o m a t o g r a m a d e simazina, concentração d e 0,10 n g . m L-1


133

8000
7500 Carbendazim
s/N 18,7
7D0O 2,5 Mg.kg-'
6500
6000
550O
5000|
45Ü0
4000
A
/ i
3500
300O
2500
2000
1500 AaAí :M
1 2 * '3 4 5 6
Time, min

Figura 85 - C r o m a t o g r a m a d e c a r b e n d a z i m , concentração de 0,05

n g . m L -1

343
1400
1300 f Tiabendazol
S/N
ia» 2,5 ug.kg-'
1100
1000
900
800
700
600
500
400
300 1
200 1
100, 1
l\ •X'^:^-. .... A a . . .. A a , a.
1 3 * * 4 5 6
Tlme.m«

Figura 86 - C r o m a t o g r a m a d e tiabendazol, concentração de 0,05

n g . m L -1

319
900

8CD s/N = 10,4 Tiofanato metílico


700
10,0 jjgkg^

500

400

300 ¡1
200 íi
100

Q
1 2 3 ' ' 4 5 6
Tlrmtrtn

Figura 8 7 - C r o m a t o g r a m a de tiofanato metílico, concentração de 0,20


n g . m L -1
134

O s limites d e d e t e c ç ã o do m é t o d o para os analitos f o r a m : aldicarbe,

carbofuran, m e t i o c a r b e , pirimicarbe e propoxur, 0,3 p g / k g ; aldicarbe sulfona,

carbaril, m e t o m i l , s i m a z i n a , 0,6 pg/kg; aldicarbe suifóxido e c a r b e n d a z i m , 0,4

pg/kg; atrazina, 0,5 p g / k g ; tiabendazol, 0,2 pg/kg e tiofanato metílico, 2,9 p g / k g .

Estes limites representam a menor concentração do analito q u e pode ser

detectada, m a s não quantificada.

5.12. Resultado das amostras

Para a a v a l i a ç ã o do m é t o d o desenvolvido, analisou-se 10 a m o s t r a s d e

milho v e r d e in natura, q u e f o r a m provenientes d e redes d e s u p e r m e r c a d o s e

hortifrutas d a cidade d e São P a u l o , z o n a S u l . N a tabela 6 3 , e n c o n t r a m - s e o s

resultados obtidos p a r a a m o s t r a s analisadas.

T a b e l a 6 3 - R e s u l t a d o d a s amostras d e milho verde

I MR
Pesticidas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 1 0
(mg/kg)
Aldicarbe NA + _ + _ + + + - + +

Aldicarbe sulfona NA - + + + + - + + + +
Aldicarbe ^.
suifóxido - - - - - + + - - -
Carbaril NA -
Carbofurano 0,1* + + + - + - - - + +
Metiocarbe NA + + + + + _ _ + _ +
Metomil 0,1 + + + + + + + + + +
Pirimicarbe NA -
Propoxur NA - - + + _ + _ _ + _
Atrazina 0,25 - + + + + + + + + +
Simazina 0,02 + + + + + _ + _ + +
Carbendazim NA + + + + + + + + + +
Tiabendazol 0,2* + + + + + + + + + +
Tiofanato ...
metílico NA - - ^ - ^ - _ _
LMR: Limite Máximo de Residuo (ANVISA, 2006a) " '
NA: nao autorizado * : autorizado para tratamento em semente
+ : presença de resíduos > LD e < LOQ - : ausência de residuos < LD
135

A s Figuras 88 e 89 apresentam-se c r o m a t o g r a m a s d e u m a dentre as

amostras analisadas o n d e se mostra as transições para a quantificação e

confirmação d e carbendazim, a título d e ilustração.

2,56 Carbendazim
m/z 192,2 > 132,0
Confirmação

0,5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 35 4,0 4,5 5,0 5,5 6,0 6,5
Time, min

F i g u r a 8 8 - C r o m a t o g r a m a d e c a r b e n d a z i m da amostra 7

A/«,ï ).!Jinl(l5C0(lllfS H«!lllt IWîhWcas RT. Inirin

2,56 Carbendazim
m/z 192,2 > 160,1
1,5e4
Detectado

0,51 1,42. 1,60 1,92

],5 1,0 1,5 2,0 2,5 3,0 3 5 4,0 45 5,0 5,5 65


Time, min

F i g u r a 8 9 - C r o m a t o g r a m a d e carbendazim da amostra 7

Nas amostras d e milho verde analisadas, resultados na Tabela 63, não

foram encontrados residuos d e pesticidas acima d o limite d e quantificação d o

método. Por outro lado, todos os pesticidas estudados, exceto para carbaril e

pirimicarbe, f o r a m detectados residuos d e pesticidas, s e g u n d o técnica utilizada e

ilustrada para carbendazim, nas Figuras 88 e 89.


136

Pela legislação brasileira m u i t o s d o s pesticidas e s t u d a d o s n ã o s ã o

a u t o r i z a d o s para u s o na cultura de m i l h o . Dentre as a m o s t r a s , 2 0 % a p r e s e n t a r a m

a p r e s e n ç a de aldicarbe suifóxido, 4 0 % d e propoxur e tiofanato metílico, 7 0 %

a l d i c a r b e e metiocarbe, 8 0 % aldicarbe sulfona e 1 0 0 % c a r b e n d a z i m .

Em muitas amostras foram detectadas a presença de resíduos

múltiplos. Estes resultados c o r r o b o r a m c o m os d a d o s da literatura q u a n t o à

p r e s e n ç a d e r e s í d u o s múltiplos e m u m a m e s m a a m o s t r a (Ortelli e t al., 2 0 0 4 ; E U ,

2007; FDA, 2 0 0 5 ) , o q u e é uma t e n d ê n c i a mundial constatada através de

r e s u l t a d o s de p r o g r a m a s d e m o n i t o r a m e n t o . A presença de r e s í d u o s múltiplos d e

pesticidas em alimentos t e m sido uma das preocupações das autoridades

g o v e r n a m e n t a i s d e muitos p a í s e s . Esta alta incidência d e presença nas a m o s t r a s

a n a l i s a d a s se d e v e , possivelmente, a o uso i n a d e q u a d o de agrotóxico para esta

cultura, o u proveniente d e a l g u m a f o n t e d e c o n t a m i n a ç ã o , c o m o o tratamento d e

agrotóxicos aplicados em outras lavouras cultivadas em um mesmo solo.


137

6. CONCLUSÕES

C o m base n o e s t u d o teórico e e x p e r i m e n t a l realizado e nos resultados

obtidos neste trabalho, conclui-se q u e :

• O estudo d e m é t o d o multirresíduo d e pesticidas dos g r u p o s d e

c a r b a m a t o s , atrazinas e d e benzimidazóis e m a m o s t r a s d e milho

v e r d e utilizando a técnica d e quantificação e confirmação por

C r o m a t o g r a f i a Líquida acoplada à Espectrometria de M a s s a s e m

Tandem com ionização por Electrospray (LC-ESI/MS/MS)

apresentou resultados em níveis aceitáveis na avaliação de

desempenho do método, em todos os analitos, exceto para

aldicarbe e aldicarbe sulfona. A v a l i d a ç ã o do m é t o d o foi c o n d u z i d a

pela da nornia EC/2002/657 recomendada pela Comunidade

Européia, e m p r e g a n d o - s e o software R e s V a / ( v e r s ã o 2.0).

• O método a p r e s e n t o u alta sensibilidade d e d e t e c ç ã o e quantificação

para os analitos estudados. O limite de d e t e c ç ã o do método

a p r e s e n t o u - s e na faixa de 0,2 a 2,9 p g / k g e o limite de quantificação

d o m é t o d o foi de 8 a 4 0 pg/kg e m uma matriz não citada em

literatura: o milho v e r d e na fornia v e g e t a l .

• O s limites d e quantificação d o m é t o d o para o s princípios ativos

e s t u d a d o s d e pesticidas a t e n d e m a o s limites m á x i m o s d e resíduos

( L M R ) permitidos pela legislação brasileira e m vigor e por outros

organismos internacionais, c o m o a União Européia e o Codex

Alimentanus.
138

• Os níveis de r e s í d u o s d e pesticidas para o s analitos e s t u d a d o s nas

a m o s t r a s de m i l h o v e r d e c o l e t a d a s na z o n a sul da c i d a d e d e Sao

Paulo e s t ã o a b a i x o d o s L M R e s t a b e l e c i d o s e não significam u m

risco p a r a a s a ú d e d o c o n s u m i d o r , dentro d a área e s t u d a d a . Por

outro lado, foi d e t e c t a d a alta incidência de residuos múltiplos.

• A metodología desenvolvida neste estudo poderá auxiliar em

e s t u d o s de m é t o d o s multirresíduos e m matrizes e o u t r o s principios

ativos c o m características similares, t o r n a n d o viável a aplicação e m

programa de monitoramento de residuos de pesticidas,

principalmente e m alimentos.

• A metodología contribuí para a m p l i a ç ã o d e tecnología q u a n t o aos

princípios ativos e s t u d a d o s , q u a n d o aplicados, para a q u a l i d a d e e a

segurança alimentar da população em relação ao uso de

agrotóxicos.
139

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