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Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Um pouco da história
O conceito de função, presente nos mais diversos
ramos da ciência, teve sua origem na tentativa de
filósofos e cientistas em compreender a realidade e
encontrar métodos que permitissem estudar e
descrever os fenômenos naturais. Ao longo da
História vários matemáticos contribuíram para que
se chegasse ao conceito atual de função.
Ao matemático alemão Leibniz (1646-1716) atribui-
se a denominação função que usamos hoje.
A representação de uma função pela notação ƒ(x) Imagem : Christoph Bernhard
Francke / Portrait of Gottfried Leibniz, c.
(lê-se: ƒ de x) foi atribuída ao matemático suíço 1700 / Herzog-Anton-Ulrich-Museum,
Braunschweig / Public Domain.
Euler (1707-1783), no século XVII.
O Matemático alemão Dirichlet (1805-1859)
escreveu uma primeira definição de função muito
semelhante àquela que usamos atualmente.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

A noção intuitiva de função


Situação 1
João vai escolher um plano de saúde entre duas opções: A e B. Veja as
condições dos planos:
Plano A: cobra um valor fixo mensal de R$ 140,00 e R$ 20,00 por
consulta num certo período.
Plano B: cobra um valor fixo mensal de R$ 110,00 e R$ 25,00 por
consulta num certo período.

Dependendo da necessidade, João fará 5, 6 ou 7 consultas. Qual o plano


mais econômico para ele em cada situação?

Observe que o gasto total de cada plano é dado em função do número


de consultas dentro do período preestabelecido.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Situação 2
Na cidade do Recife, de acordo com
valores em vigor desde 01/01/2015, um
motorista de táxi cobra R$ 4,32 de
bandeirada (comum) mais R$ 2,10 por
quilômetro rodado (comum). Sabendo que
o preço a pagar é dado em função do
número de quilômetros rodados, calcule o
preço a ser pago por uma corrida em que
Imagem: The Wordsmith / Creative
Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.

se percorreu 22 quilômetros?
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Situação 3
O diagrama a seguir considera a quantidade de litros de gasolina e os seus
respectivos preços a pagar em um posto de combustível na cidade de Itapetim:
Quantidade Preço
de litros (l) a pagar (R$) O preço a pagar é dado em função
da quantidade de litros que se coloca
1 3,37 no tanque, ou seja o preço depende
2 6,74 do número de litros comprados.
3 10,11
. . Agora, responda:
. . a) Qual é o preço de 10 litros de
. . gasolina?
50 168,50 b) Quantos litros de gasolina podem
x 3,27x
ser comprados com R$ 43,81?

preço a pagar (p) = R$ 3,27 vezes o número de litros (x) comprados


p = 3,27.x (lei da função ou fórmula matemática da função)
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Situação 4
A tabela a seguir relaciona a medida do lado de um terreno quadrado (l), em
metros, e o seu perímetro (P), também em metros.
Medida Perímetro Observe que o perímetro do quadrado é dado em
do lado (l) (P) função da medida do seu lado, isto é, o perímetro
depende da medida do lado. A cada valor dado
para a medida do lado corresponde um único
1 4 valor para o perímetro.
2 8
2,5 10 perímetro (P) = 4 vezes a medida do lado (l ) ou
P = 4.l
3 12 Como o perímetro depende da medida do lado,
4,1 16,4 ele é a variável dependente, a medida do lado é a
chamada variável independente.
..
.

l 4l
Agora, responda:
l
a) Qual o perímetro de um terreno quadrado cuja medida do lado é 3,5 m?
b) Qual a medida do lado do terreno quadrado cujo perímetro é de 22 m?
l
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Situação 5
Uma maneira útil de interpretar uma função é considerá-la como uma
máquina, onde os números que entram nessa máquina são processados ou
calculados. Os números que saem da máquina são dados em função dos
números que entram. Observe a seguir uma “máquina” de dobrar números.
4,
1 2 -3 x
3

Máquina
de dobrar 8,
2 4 -6 2x
6

Representando o número de saída n e o número de entrada x, temos:


n = 2.x (fórmula matemática da função)
Agora, invente uma “máquina de triplicar e somar 1”, baseada no exemplo
acima, e escreva a fórmula matemática dessa função.
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A noção de função por meio de conjuntos


1) Observe os conjuntos A e B relacionados da seguinte forma: em A estão os
números inteiros e em B, outros.
Devemos associar cada elemento de A ao seu triplo em B
∙ -8
-2∙ ∙ -6
-1∙ ∙ -4
0∙ ∙ -3
1∙ ∙0
2∙ ∙3
∙6
A B
Note que:
- todos os elementos de A têm correspondente em B;
- a cada elemento de A corresponde um único elemento de B.
Nesse caso, temos uma função de A em B, expressa pela fórmula y = 3x.
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2) Dados A = {0, 4} e B = {2, 3, 5}, relacionamos A e B da seguinte forma: cada


elemento de A é menor do que um elemento de B:

∙2
0∙
∙3
4∙
∙5

A B

Nesse caso, não temos uma função de A em B, pois ao elemento 0 de A


correspondem três elementos de B, e não apenas um único elemento de B.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

3) Dados A = {- 4, - 2, 0, 2, 4} e B = {0, 2, 4, 6, 8}, associamos os elementos de A


aos elementos de igual valor em B.

-4∙ ∙0
-2∙ ∙2
0∙ ∙4
2∙ ∙6
4∙ ∙8

A B

Observe que há elementos em A que não têm correspondente em B. Nesse


caso, não temos uma função de A em B.
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Definição e notação
Dados dois conjuntos não vazios, A e B, uma função de A em B é uma relação
que indica como associar cada elemento x do conjunto A a um único elemento
y do conjunto B.
Usamos a seguinte notação:

A B
x ƒ f(x)

ƒ: A → B

“A cada x de A corresponde um único ƒ(x) de B, levado pela função ƒ.”


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Domínio, contradomínio e conjunto imagem


O diagrama de flechas a seguir representa uma função f de A em B.
Vamos determinar: ∙0
2∙
∙2
∙4
3∙
∙6
∙8
5∙
∙ 10
A B
a) D(f) b) CD(f)
D(f) = {2, 3, 5} ou D(f) = A CD(f) = {0, 2, 4, 6, 8, 10} ou CD(f) = B
c) Im (f) d) f(3)
Im(f) = {4, 6, 10} f(3) = 6
e) f(5) f) x para f(x) = 4
f(5) = 10 x=2
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Função e gráfico
Coordenadas cartesianas
A forma de localizar pontos no plano foi imaginada por René
Descartes (1596-1650), no século XVII. O sistema cartesiano é
formado por duas retas perpendiculares entre si e que se cruzam
no ponto zero. Esse ponto é denominado origem do sistema
cartesiano e é frequentemente denotado por O. Cada reta
representa um eixo e são nomeados Ox e Oy. Sobrepondo um
sistema cartesiano e um plano, obtém-se o um plano Imagem: Frans Hals / Portrait of

cartesiano, cuja principal vantagem é associar a cada


René Descartes, c. 1649-1700 /
Louvre Museum, Richelieu, 2nd

ponto do plano um par de números reais. Assim, um ponto


floord, room 27 Paris / Public
Domain.
Eixo das ordenadas
A do plano corresponde a um par ordenado (m, n) com m y
e n reais. 2º Q 1º Q
n A (m,n)
O eixo horizontal Ox é chamado de eixo das abscissas e o
eixo vertical Oy, de eixo das ordenadas. Esses eixos x
0 m Eixo das
dividem o plano em quatro regiões chamadas quadrantes. abscissas
3º Q 4º Q
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Gráfico de função
O gráfico de uma função é o conjunto de pares ordenados (x, y) que tenham x
pertencente ao domínio da função ƒ e y = f(x).
Reconhecimento do gráfico de uma função
Para saber se um gráfico representa uma função é preciso verificar se cada
elemento do domínio existe apenas um único correspondente no
contradomínio. Geometricamente significa que qualquer reta perpendicular ao
eixo Ox deve interceptar o gráfico em um único ponto.
y y y

x x x

Qualquer reta perpendicular ao eixo Ox Existem retas perpendiculares ao eixo Ox Existem retas perpendiculares ao eixo Ox
intercepta o gráfico em um único ponto; que interceptam o gráfico em mais de que interceptam o gráfico em mais de
portanto, o gráfico representa uma um ponto; portanto, o gráfico não um ponto; portanto, o gráfico não
função de x em y. representa uma função de x em y. representa uma função de x em y.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Domínio e imagem a partir do gráfico

f(b)

Imagem: f(a) ≤ x ≤ f(b) ou [f(a), f(b)]

f(a)

a b x
Domínio: a ≤ x ≤ b ou [a, b]
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Função crescente e decrescente


Todos os dias nos deparamos com notícias do tipo:

•Número de católicos no Brasil diminuem, enquanto


o número de evangélicos aumentam;
•Dólar fecha em queda após quatro altas seguidas;
•Mercado prevê mais inflação, queda maior do PIB e
nova alta dos juros;
•Com mercado de carros novos em queda, cresce a
venda de veículos novos;
•Previsão de inflação para 2015 continua subindo;
•Agência aprova novas taxas, e conta de luz vai subir
em todo o país.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Função crescente Função decrescente

quando o valor de y quando o valor de y


aumentar conforme o de x diminuir conforme o de x
aumentar, temos uma função aumentar, temos uma
crescente. função decrescente.
Matemática, 1º Ano, Função: conceito

Aplicação de função na Física...


Um rapaz desafia seu pai para uma corrida de 100 m. O pai permite que o filho comece
30 m à sua frente. Um gráfico bastante simplificado dessa corrida é dado a seguir:
Distância (m)

a) Pelo gráfico, como é possível dizer


100 quem ganhou a corrida e qual foi a
80 diferença de tempo?
O pai ganhou a corrida, pois ele
60
chegou aos 100 m em 14 s e o filho,
40 em 17 s; a diferença de tempo foi de
20 3 s.

0 5 10 15 b) A que distância do início o pai


Tempo (s)
alcançou seu filho?
Cerca de 70 m.
c) Em que momento depois do início da corrida ocorreu a ultrapassagem?
Cerca de 10 s.
PLANO CARTESIANO
PLANO CARTESIANO

Quando estudamos o conjunto dos números


reais (R), verificamos que o número zero fica
localizado entre os números reais positivos e os
números reais negativos, como no exemplo da
reta a seguir.
-2,5 +2,5

-10 -3 -2 -1 0 +1 +2 +3 +10

-√2 +√2
PLANO CARTESIANO

Quando estudamos a Geometria Plana ou


Euclidiana, verificamos que o “plano” é uma
região geométrica que possui duas dimensões:
comprimento e largura. E pode ser representada
pela figura a seguir:

LARGURA
Uma figura plana.

COMPRIMENTO
PLANO CARTESIANO

Foi o matemático e filósofo francês René


Descartes o criador da parte da Matemática que
relaciona as ideias da Álgebra com a Geometria,
chamada de Geometria Analítica. Em sua
homenagem, o sistema de coordenadas foi
denominado plano cartesiano.
PLANO CARTESIANO

O plano cartesiano é formado por uma região


geométrica plana, cortada por duas retas
perpendiculares entre si.

Retas
Plano cartesiano. perpendiculares
formam ângulos
de 900 entre si.
PLANO CARTESIANO

As retas dividem o plano em quatro regiões


chamadas quadrantes.

2º QUADRANTE 1º QUADRANTE

3º QUADRANTE 4º QUADRANTE
Quadrantes
PLANO CARTESIANO

A reta horizontal é denominada de eixo das abscissas e


representada por x, x∈R.
A reta vertical é denominada de eixo das ordenadas e
representada por y, y∈R.
y Eixo das
Eixo das
abscissas.
ordenadas.

x
PLANO CARTESIANO

Denomina-se par ordenado ao par (x, y), no qual o


primeiro elemento pertence ao eixo das abscissas e o
segundo elemento pertence ao eixo das ordenadas.
O ponto de encontro das retas x e y é chamado de
origem e é representado pelo par ordenado (0, 0), ou
seja, x = 0 e y = 0.
y

++++
(-, +) (+, +)
----- ++++
Representação dos
Origem do sistema 0 x sinais da abscissa e da
cartesiano (0, 0) . (-, -)
-----

(+, -) ordenada, em relação


aos quadrantes.
PLANO CARTESIANO

EXEMPLOS

1º) Localizar no plano cartesiano xOy os pontos:

a) A(2, -3)
b) B(-5, 1)
PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO
Note que o ponto A(2, -3) está no 4º quadrante, e o ponto
B(-5, 1) está no 2º quadrante.
y

B
1

-5 0 2
x

-3 A
PLANO CARTESIANO

EXEMPLOS

2º) Localizar no plano cartesiano xOy os pontos:

a) A(-5, 0)
b) B(0, -4)
PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO
Note que o ponto A(-5, 0) está no eixo x e o ponto
B(0, -4) está no eixo y.
y

A
-5 0
x

-4 B
PLANO CARTESIANO

RESOLVA AS SITUAÇÕES-PROBLEMA
S1) Na figura a seguir, temos um recorte do
layout de uma planilha do Excel. Nele, consta
uma lista de compras feita por uma família
pernambucana. Nessas condições, relacionando
as linhas e colunas dessa planilha, indique as
coordenadas da posição da célula do Excel em
que está o AZEITE.
PLANO CARTESIANO

Imagem: Vania Teofilo / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.


PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO

Imagem: Vania Teofilo / Creative Commons Attribution-Share Alike 3.0 Unported.


Analisando o layout do recorte do Excel, podemos
concluir que a posição do AZEITE é 3C.
PLANO CARTESIANO

RESOLVA AS SITUAÇÕES-PROBLEMA
S2 ) No mapa-múndi a seguir, temos a localização geográfica de
alguns lugares, representados pelas letras A, B, C, D e E.
Identifique as coordenadas geográficas dos lugares representados
pelas letras A e B, a partir dos conceitos estudados sobre o plano
cartesiano e utilizando também a latitude e a longitude,
respectivamente, dos lugares propostos.
OBSERVAÇÕES:
 Latitude: é distância medida em graus de um ponto qualquer da superfície
terrestre em relação à linha do equador.
 Longitude: é distância medida em graus de um ponto qualquer da
superfície terrestre em relação ao meridiano de Greenwich.
PLANO CARTESIANO

160 140 120 100 80 60 40 20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180


80
Imagem: Roke / GNU Free Documentation License.

60

A
40

20

B
20

40

Qual a 60
localização
desses dois
pontos?
PLANO CARTESIANO
SOLUÇÃO
160 140 120 100 80 60 40 20 0 20 40 60 80 100 120 140 160 180
N 80
Imagem: Roke / GNU Free Documentation License.

60

A
40

20

W L
0

B
20

40
S

Traçando o plano cartesiano, temos:


60

Longitude: Latitude:
linhas
linhas A (Latitude: 400 N; Longitude: 800 W) horizontais.
verticais.
B (Latitude: 200 S; Longitude: 400 W)
PLANO CARTESIANO

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1º) No plano cartesiano a seguir, estão localizados


alguns pontos. Determine as coordenadas desses
pontos. y
B
A
C
x
D
E
PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO
y
B
A
C
x
D
E

A(3, 2), B(-3, 3), C(0, 0), D(-3, -2) e E(1, -3)
PLANO CARTESIANO

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

2º) Desenhe o plano cartesiano no caderno e,


em seguida, localize os pontos abaixo. Indique
também seus respectivos quadrantes.

a) P(-3, 4)
b) M(0, -5)
c) N(-4, -6)
d) K(5, 0)
PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO
y

P(-3, 4) - 2º Quadrante
K M(0, -5) - Ordenada
N (-4, -6) - 3º Quadrante
x K(5, 0) – Abscissa

M
N
PLANO CARTESIANO

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

3º) Indique as coordenadas de quatro pontos


quaisquer do plano cartesiano, cuja ordenada
seja o dobro da abscissa.
PLANO CARTESIANO

SOLUÇÃO

(1, 2), (2, 4), (3, 6), (4, 8)

OBS.: Nessa questão,


pode haver várias
respostas diferentes.
Trigonometria

O significado da palavra trigonometria, vem do grego e resulta da


conjunção de três palavras:
Tri – três
Gonos – ângulo
Metrein - medir

Trigonometria significa, o estudo das medidas dos


triângulos.
TRIGONOMETRIA DO TRIÂNGULO RETÂNGULO
Algumas aplicações da Trigonometria
Triângulo retângulo

Triângulo retângulo é todo triângulo que apresenta um ângulo


reto, ou seja, um ângulo de 90°.

cateto hipotenus
cateto
cateto a

cateto
hipotenus
a
A hipotenusa é sempre o maior lado do triângulo retângulo;
Em qualquer triângulo, a soma dos ângulos internos é sempre
180°;
Como num triângulo retângulo um dos ângulos é reto, a soma dos
outros dois ângulos agudos (menores que 90º) é sempre 90°;
Quando a soma de dois ângulos internos é igual a 90°, dizemos
que esses ângulos são complementares.
Teorema de Pitágoras

Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da


hipotenusa é igual a soma dos quadrados das medidas dos catetos.

a=5
b=3 a2 = b2 + c2
52 = 32 + 4 2
25 = 9 + 16
25 = 25
c=4
Aplicação do Teorema de Pitágoras

2 2
 2  3 2  3
1:  = h +   → h =  −
2 2 2
→h =
2
→h=
2 4 4 2

2 : d 2 =  2 +  2 → d 2 = 2 2 → d =  2
Teorema de Tales

Um feixe de retas paralelas, intersectado por duas


transversais, determina, sobre essas transversais segmentos
proporcionais.
Exemplo de
aplicação:
Solução:
Relações Trigonométricas num triângulo retângulo

Seno
Exemplo de
aplicação:
Cosseno
Exemplo de
aplicação:
Tangente
Exemplo de
aplicação:
Cálculo de seno, cosseno e tangente dos ângulos notáveis

Seno, cosseno e tangente de 30° e 60º

cateto oposto
senα =
hipotenusa

cateto adjacente
cosα =
hipotenusa

cateto oposto
tgα =
cateto adjacente

2
Seno, cosseno e tangente de 45°

cateto oposto
senα =
hipotenusa

cateto adjacente
cosα =
hipotenusa

cateto oposto
tgα =
cateto adjacente
Construção da Tabela Trigonométrica
Relações entre seno, cosseno e tangente
TRIGONOMETRIA NUM TRIÂNGULO QUALQUER
Observe a situação a seguir:
Um fio elétrico será instalado entre um poste P e uma casa,
separados por um lago em um terreno plano. Como calcular o
comprimento do fio necessário para a instalação?

Pela necessidade de solucionar


problemas relacionados a
triângulos que não são
retângulos, se desenvolveram
formas de trabalhar com senos
e cossenos de ângulos obtusos
( maiores que 90°).
Teorema ou Lei dos Senos

A lei dos senos pode ser utilizada


em qualquer triângulo. No caso de
triângulos retângulos, basta
considerar sen 90° = 1.
Aplicação da Lei dos Senos

A Lei dos Senos é geralmente usada, quando são conhecidos 2


ângulos internos e a medida do cateto oposto a um desses ângulos.
Teorema ou Lei dos Cossenos

A Lei dos Cossenos é geralmente usada, quando são conhecidas as


medidas de dois lados e o ângulo formado por eles.
Exemplo:
Área de um triângulo
Existem problemas em que se deseja calcular a área de um
triângulo e não são conhecidas as medidas da base e
altura. Nesses casos, a área pode ser calculada de duas
maneiras diferentes:
1ª maneira: Área de um triângulo em função da medidas
de dois lados e do ângulo compreendido entre eles.
2ª maneira: Fórmula de Heron
TRIGONOMETRIA NO CIRCULO TRIGONOMÉTRICO
ARCOS E ÂNGULOS
ÂNGULO CENTRAL

Todo ângulo central possui um arco correspondente,


e reciprocamente, a todo arco corresponde um
ângulo central.

A medida de um arco é entendida como a medida do


seu ângulo central. Para medir um arco, usamos o
grau ou o radiano.

O comprimento de um arco é a sua medida linear e é expresso em centímetros,


metros...

IMPORTANTE
Os arcos AB e A’B’ têm a mesma “abertura”, ou
seja, a mesma medida (mesmo ângulo), mas
possuem comprimentos diferentes.
MEDIDA DE ARCOS: O GRAU

O grau é definido, dividindo-se uma


circunferência em 360 partes iguais. Cada
uma dessas partes, corresponde a um arco
de um grau (1°).

Transferidor:
usado para
medir ângulos.
MEDIDA DE ARCOS: O RADIANO

Observe o arco AB da circunferência, em


que o comprimento é igual a medida do
raio:

Dizemos que, a medida do arco AB ou do


ângulo central BÔA, é igual a 1 radiano
(1 rad).

Assim, dizemos que um arco AB que


possui comprimento igual ao raio da
circunferência, mede 1 radiano.
Qual é o comprimento de uma circunferência?

Comprimento
= 3,141592654 → π (Pi)
Diâmetro

C
= π → C = 2πR
2R

Qual é a medida em radianos de um arco de 360°?

Compriment o do arco Medida do arco


R 1 rad
2πR x

R 1 rad
=
2πR x

xR = 2πR rad

2πR rad
x= ⇒ x = 2π rad → medida do arco de uma circunferência (360° )
R
Portanto, temos que: 360° = 2π rad
180° = π rad

Quantos graus mede um arco de 1 radiano?

Medida do arco em graus Medida do arco em radianos


360º 2π rad
x 1 rad

360° 2π
=
x 1

2πx = 360°

360° 180° 180°


x= ⇒x= = ≅ 57 ,3°
2π π 3,14
CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA
CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA:
Arcos Simétricos
π
90° =
2
IIQ : 180° − α IQ : α
π −α

180° = π 360° = 2π

IIIQ : 180° + α
IV : 360° − α
π +α
2π-α

270° =
2
SENO, COSSENO E TANGENTE NA
CIRCUNFERÊNCIA TRIGONOMÉTRICA

Seno

90°
Sinal SENO:
120° = = 60°
135° = = 45°
150° =
= 30°

= 2π = 360°

210° = = 330°
225° = = 315°
240° = = 300°

270°
Sinal COSSENO:
90°

120° = = 60°
135° = = 45°
150° =
= 30°

Cosseno
= 2π = 360°

210° = = 330°
225° = = 315°
240° = = 300°

270°
Sinal TANGENTE:
Tangente
90°

120° = = 60°
135° = = 45°
150° =
= 30°

= 2π = 360°

210° = = 330°
225° = = 315°
240° = = 300°

270°
44
Seno
90°
Tangente
120° = = 60°
135° = = 45°
150° =
= 30°

Cosseno
= 2π = 360°

210° = = 330°
225° = = 315°
240° = = 300°

270°
45

DEMAIS RAZÕES TRIGONOMÉTRICAS

1
Secante: o sinal da secante é o mesmo do cosseno sec x =
cos x

1
Cossecante: o sinal da cossecante é o mesmo do cos sec x =
seno sen x

cos x
Cotangente: o sinal da cotangente é o mesmo da cot gx =
tangente. sen x
Álgebra vetorial

Grandezas escalares
Grandezas vetoriais
Vetores
Decomposição de vetores
Adição de vetores
Grandezas escalares

São grandezas que ficam perfeitamente definidas


por um número, que exprime sua medida, seguido
da unidade empregada.
Exemplos: massa, comprimento, tempo
Grandezas vetoriais

São grandezas que para serem perfeitamente


definidas é necessário que sejam indicados, além
do seu valor numérico e da unidade empregada, a
direção e o sentido em que elas atuam. Para isto
são usados os vetores.
Exemplos: força, velocidade, aceleração
Vetores

Vetores são segmentos de reta orientados usados


para representar grandezas vetoriais. Um vetor
possui intensidade ou módulo, direção e sentido.
Intensidade ou módulo: É o número que indica
quantas vezes a grandeza vetorial considerada
contém determinada unidade. Graficamente é o
comprimento do vetor.
Direção: É o ângulo que o vetor forma com um eixo
de referência.
Sentido: É a orientação do vetor sobre sua direção.
Para cada direção existem dois sentidos, indicados
por um sinal (positivo ou negativo). Graficamente, o
sentido é dado pela extremidade da seta que
representa o vetror.
Decomposição de vetores

Decompor um vetor significa encontrar dois ou


mais vetores (componentes) que juntos tenham o
mesmo efeito do vetor original. O caso de maior
interesse é a decomposição de um vetor em dois
componentes ortogonais.
Decomposição de vetores
Composição de vetores - mesma direção
Composição de vetores - ortogonais
Composição de vetores - não ortogonais
Exercícios

Calcular o módulo da força resultante


(R) sobre o tendão de Aquiles,
sabendo que as forças das porções
lateral (L) e medial (M) do
gastrocnêmio são iguais a 30 kgf e a
25 kgf respectivamente. O ângulo
entre elas é igual a 50 graus.
Sendo a força muscular (H) igual a 80 kgf e o ângulo de
inserção do músculo (θ) igual a 40º, calcular o valor das
componentes T e S, perpendiculares entre si.
Determinar a intensidade e a direção da resultante do
sistema de forças sendo F1 = 10 N, F2 = 20 N,
F3 = 80 N, F4 = 80 N, θ1 = 45º, θ2 = 60º, θ3 = 30º e
θ4 = 45º.
CARGA ELÉTRICA E CAMPO ELÉTRICO
CARGA ELÉTRICA E CAMPO ELÉTRICO
Definições
Definições
Definições
Definições

CARGA DO ELÉTRON
1,60217662 × 10-19 coulombs
Definições
Definições
Definições
Definições
Definições
Definições
Definições
LEI DE COULOMB
Força Elétrica

 F = KQq/r2

 K= 1/4πεo

 K= 8,988 x 109 Nm2/C2

 εo= 8,854 x 10-12 C2/Nm2 permissividade do


meio
|E| = K. | Q |
d.d
Para a configuração abaixo, qual a força resultante em q2 ?
Para a configuração abaixo, qual a força resultante em q2 ?

Calcula-se F13 e F23, fazendo a soma algébrica levando em conta a


atração ou repulsão
Fq3= - F13 + F23 F13= 112μN e F23=84μN Fq3 = -28 μN
CAMPO ELÉTRICO
CAMPO ELÉTRICO
CAMPO ELÉTRICO

21.4 Fo = qoE
CAMPO ELÉTRICO
CAMPO ELÉTRICO
EXERCÍCIOS:
EXERCÍCIOS:
EXERCÍCIOS:

Uma carga puntiforme q= -8,0 nC está localizada na origem dos eixos.


Determine o valor do campo elétrico para o ponto do campo x=1,2m e y=-1,6m
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
CAMPO ELÉTRICO UNIFORME
CAMPO ELÉTRICO DEVIDO À VÁRIAS CARGAS
E = E1 + E2 + .... + EN
O VETOR CAMPO ELÉTRICO

O campo elétrico em um ponto tem a direção da força que atua sobre uma
carga de prova colocada no ponto.

O vetor campo elétrico tem, no ponto, o mesmo sentido da força que atua
sobre uma carga de prova positiva e sentido contrário ao da força que atua
sobre uma carga de prova negativa.
O VETOR CAMPO ELÉTRICO
Energia Potencial Elétrica
E
Potencial Elétrico
Energia Potencial Gravitacional

De A para C : movimento espontâneo

De A para D: movimento não espontâneo

De A para B: movimento não espontâneo


Conclusão

 Percebe-se que os objetos movem-se naturalmente de um ponto de maior


potencial para um ponto de menor potencial.

∆h
Analogia com Campo Elétrico
Movimento
espontâneo

A Felé B
q

VA = 800 VB = 500
V V

E
Movimento
espontâneo

A Felé B
q

VA = 800 V VB = 500 V

E
Movimento
espontâneo

A Felé B
q

VA = - 800 V VB = - 500 V

E
Movimento
espontâneo

A Felé B
q

VA = - 800 V VB = - 500 V

E
Conclusões

Uma carga positiva tende a se movimentar espontaneamente de pontos de


maior potencial para pontos de menor potencial

Uma carga negativa tende a se movimentar espontaneamente de pontos de


menor potencial para pontos de maior potencial.
Analogia

WP = P.h = mgh = EPG WFel = Fel .d =


KQq
2
d =
KQq
= E pelé
d d
Energia Potencial Elétrica

q0 F
+
Capacidade de realizar
 trabalho.
F
- q0
A carga positiva pode deslocar a carga de prova (positiva) até o infinito.

A carga negativa tem capacidade limitada em deslocar a carga de prova.

A carga positiva tem mais condição de transferir energia para a carga de


prova!

Q.q
E PELÉ = K0 As cargas entram na expressão com seu
sinal real!!!!
d
O trabalho da força elétrica

WE1 = 20 J
q = 1,0 C

FE1
A B

1,0 m
O trabalho da força elétrica

WE2 = 40 J
q = 2,0 C

FE2
A B

1,0 m
O trabalho da força elétrica

WE3 = 60 J
q = 3,0 C

FE3
A B

1,0 m
Potencial Elétrico
Potencial elétrico é a capacidade que um corpo energizado tem de
realizar trabalho, ou seja, atrair ou repelir outras cargas elétricas. O
potencial elétrico existe , independentemente do valor da carga q colocada
num ponto desse campo.

q0 F
+
O potencial elétrico mede a energia elétrica por unidade de carga de prova.

Calcula-se o potencial EPELÉ Q


elétrico num ponto pela V= V = K0
equação q0 d
O potencial elétrico é medido em VOLT (V)
Potencial Elétrico de uma Carga

Em cada superfície temos


um potencial diferente.
As superfícies tracejadas
mais próximas possuem
maior potencial elétrico

Linhas de Força do
Campo Elétrico.
Superfícies Equipotenciais
Superfícies Equipotenciais
Campo Elétrico Uniforme
(Qualquer ponto entre as placas
o campo elétrico tem a mesma intensidade)
-
+ -
+ -
+ VC -
+ -
+ VB VA -
+ -
+ -
+ -
-
VB > VC = VA
Podemos então determinar a Diferença de Potencial Elétrico entre dois pontos
Campo Elétrico Uniforme
-
+ -
+ -
+ VC -
+ -
+ VB VA -
+ -
+ d -
+ -
-
Para o Campo elétrico uniforme, podemos calcular a
d.d.p. da seguinte forma

VAB = VA − VB
Voltagem de um campo uniforme
No campo elétrico uniforme a diferença de potencial é dada por:

A B
+
+
E -
-
VAB= E ⋅ d
+ -
+ q -
+ + F -
+ - Onde:
VAB = diferença de potencial entre os pontos A
d e B (V)
E = campo elétrico (V/m) ou (N/C)
d = distância entre as placas (m)
Comportamento de um condutor eletrizado
A carga elétrica adquirida por um condutor fica distribuída em sua
superfície quando ele estiver em equilíbrio eletrostático enquanto o
vetor campo elétrico é perpendicular à superfície deste condutor.

E
+ E
- - -
+ +
+ + E
- - E

+ + - -
++ + E - - -
E

Se o condutor eletrizado estiver em equilíbrio eletrostático, o


campo será nulo em todos os pontos de seu interior.
Campo Magnético
CAMPO MAGNÉTICO

Há séculos, o homem observou que determinadas pedras têm a propriedade de


atrair pedaços de ferro ou interagir entre si. Essas pedras foram chamadas de
ímãs.

Um ímã em forma de barra tem dois pólos: sul e norte, em torno dos quais há
um campo magnético. Os ímãs podem ser permanentes ou temporários e os
materiais utilizados em cada tipo diferem entre si.
CAMPO MAGNÉTICO

Um material ferromagnético pode ser transformado em um ímã


quando colocado na parte central de uma bobina elétrica ou solenóide, ao se
passar uma corrente de grande intensidade através do enrolamento. De
acordo com a composição, o material receberá seu magnetismo depois que a
corrente tiver sido cortada. Ímãs permanentes são fabricados a partir de
materiais duros tais como aço, níquel e cobalto.
CAMPO MAGNÉTICO

Pólos magnéticos de mesmo nome se repelem e pólos magnéticos de nomes


diferentes se atraem. Os pólos de um ímã são inseparáveis. Se você quebrar
ao meio um ímã em forma de barra, as duas metades obtidas serão ímãs
completos. Por mais que você quebre, nunca obterá um ímã com um único
pólo.

Campo magnético é toda região ao redor de um imã ou de um condutor


percorrido por corrente elétrica, onde os fenômenos magnéticos se
manifestam.
As cargas em movimento criam um campo magnético. Por outro lado, havendo um
campo magnético em determinada região do espaço, este exercerá uma força
sobre uma carga em movimento.

Existem duas formas básicas de criação de um campo magnético.

A primeira tem a ver com a descoberta do fenômeno; trata-se do campo de um


ímã permanente.

A segunda forma tem a ver com o campo criado por uma carga em movimento;
trata-se do campo criado por uma corrente elétrica.

Não importa, para o momento, qual a fonte de criação, o que importa é que dado
um campo magnético, B, este exerce uma força sobre uma carga, q, em
movimento, dada por:
F = qv x B
onde v é a velocidade da carga.
A força magnética é nula em duas circunstâncias:
Carga estacionária (v=0);
Velocidade paralela ao vetor campo magnético.
A força expressa é conhecida como força de Lorentz.
Campo magnético criado por um condutor retilíneo
As linhas de campo são circulares e concêntricas ao fio por onde passa a corrente
elétrica e estão contidas num plano perpendicular ao fio. Vide a figura abaixo:

Regra da mão direita: Segure o condutor com a mão direita


de modo que o polegar aponte no sentido da corrente. Os
demais dedos dobrados fornecem o sentido do vetor campo
magnético, no ponto considerado. Vide a figura acima.
Campo magnético no centro de uma espira
Se o condutor tiver forma circular, ele se denomina uma espira. O campo
magnético no centro de uma espira, depende do raio do círculo e da
intensidade da corrente elétrica. Quanto maior a corrente, maior o valor do
campo. Quanto maior o raio da espira, menor o valor do campo.
Observe que as linhas de indução se concentram no interior do círculo
e continua valendo a regra da mão direita para a determinação do seu
sentido.
Campo magnético de um solenóide (bobina, eletroímã)
Uma bobina, ou solenóide, é constituída por um fio enrolado várias vezes,
tomando uma forma cilíndrica. Cada uma das voltas do fio da bobina é uma
espira, conforme a figura abaixo. Ligando-se as extremidades da bobina a uma
bateria, isto é, estabelecendo-se uma corrente em suas espiras, essa corrente
cria um campo magnético no interior do solenóide. Seu valor, ao longo do eixo
central, depende da intensidade da corrente elétrica, do número de espiras e do
comprimento do Solenóide.

Para saber qual das extremidades de um solenóide é o pólo norte, você pode
aplicar a regra da mão direita, da mesma maneira que fez com o fio condutor e
com a espira.
A intensidade de um eletroímã depende também do facilidade com que o
material em seu interior é magnetizado. A maior parte dos eletroímãs são feitos
de ferro puro, que se magnetizam facilmente(baixa relutância).
Interação entre campos elétricos e magnéticos:

O campo magnético é capaz de exercer forças não apenas sobre ímãs, mas
também sobre condutores percorridos por correntes elétricas.
A força gerada é a soma das pequenas forças que o campo magnético exerce
sobre cada elétron em movimento.
Em geral, cada partícula carregada e em movimento sofre a ação de uma força
exercida pelo campo magnético. Essa força é grande quando a partícula se
desloca perpendicularmente às linhas de campo, e é igual a zero quando a
partícula se move na mesma direção do campo magnético.
A direção da força é perpendicular tanto à direção do movimento como à do
campo magnético.
A força que um campo magnético exerce sobre um condutor percorrido por
corrente pode ser utilizada para realizar trabalho. É o que ocorre nos motores
elétricos, que transformam energia elétrica em energia mecânica. Essa força
também é usada para fazer funcionar uma grande variedade de aparelhos
elétricos de medida, como amperímetros e voltímetros.
Forças Produzidas por Correntes Elétricas Paralelas:
O estudo do campo magnético produzido por corrente elétrica iniciou-se com a
descoberta de Oersted de que uma corrente elétrica aplica forças num imã.
Em seguida, Ampère mostrou que os ímãs aplicam forças nas correntes
elétricas. O passo seguinte foi a comprovação de que duas correntes
elétricas, como as da figura abaixo, também interagem.
Experimentalmente, observa-se que dois fios paralelos se atraem quando
atravessados por correntes com o mesmo sentido, e se repelem quando as
correntes têm sentidos contrários.

A interação entre correntes elétricas tem importantes aplicações práticas, como


em alguns tipos de motores elétricos, que funcionam a partir da interação entre
uma bobina fixa e uma bobina giratória.
Indução Eletromagnética:
Para gerar uma corrente elétrica, não precisamos dispor de uma pilha ou de uma
bateria. Pode-se fazer utilizando um imã.

Se ligar os extremos de uma bobina a um amperímetro de grande sensibilidade,


não haverá qualquer passagem de corrente , e o ponteiro do instrumento indica
intensidade zero, uma vez que inexiste gerador de tensão nesse circuito.
Se porém, aproximarmos da bobina um dos pólos de um ímã, o ponteiro do
amperímetro sofrerá um desvio, revelando que uma corrente percorre o
circuito. Quando o ímã pára, o ponteiro retorna a zero, assim permanecendo
enquanto o ímã não voltar a se mover.

Pudemos, portanto, criar uma corrente nesse circuito sem usar pilhas, baterias
ou outros dispositivos semelhantes. As correntes que geramos recebem o
nome de correntes
induzidas, e esse fenômeno é chamado
indução eletromagnética.
Lei de Lenz:
A relação entre o sentido da corrente elétrica induzida em um circuito fechado
e o campo magnético variável que a induziu foi estabelecida pelo físico russo
Heinrich Lenz. Ele estabeleceu que o sentido da corrente elétrica induzida é
tal que o campo magnético criado por ela opõe-se à variação do campo
magnético que a produziu. Em outras palavras, para gerar uma corrente
induzida, é necessário gastar energia.

O sentido da corrente elétrica induzida, previsto pela lei de Lenz, indica que,
para obtermos corrente elétrica na espira, temos que vencer uma certa
resistência, ou seja, temos que realizar um trabalho. Na espira temos a
transformação de energia mecânica (movimento do ímã), como o da figura ao
lado, em energia elétrica (corrente na espira).
APLICAÇÕES:

APLICAÇÕES DE CAMPO ELETROMAGNÉTICO COMO ELEMENTO DE


ACOPLAMENTO NAS INDÚTRIAS E NAS RESIDÊNCIAS: MOTORES,
GERADORES ELÉTRICOS, TRANSFORMADORES, DISJUNTORES, CHAVES
AUTOMÁTICAS, RELÉS E AMPLIFICADORES MAGNÉTICOS.
Num meio material isotrópico, H, é determinado pelo movimento de
cargas, ou seja pelas correntes e B, que depende das propriedades do
meio, estão relacionados por B=μH
onde μ é definida como a permeabilidade do meio, dada em H/m.
B=μoH e μo = 4xπx10-7H/m.
HISTERESE
A histerese é a tendência de um material ou sistema conservar suas propriedades
na ausência de um estímulo que as gerou. Pode-se encontrar diferentes
manifestações desse fenômeno. A palavra histerese deriva do grego antigo
υστέρησις, que significa 'retardo’.
B = Densidade de fluxo magnético
H = Campo magnético
BR = Remanencia
HC = Coercividade
Quando o campo magnético aplicado em um material for aumentado até a saturação e
em seguida for diminuído, a densidade de fluxo B não diminui tão rapidamente quanto
o campo H. Dessa forma quando H chega a zero, ainda existe uma densidade de fluxo
remanescente, Br. Para que B chegue a zero, é necessário aplicar um campo negativo,
chamado de força coercitiva. Se H continuar aumentando no sentido negativo, o
material é magnetizado com polaridade oposta. Desse modo, a magnetização
inicialmente será fácil, até quando se aproxima da saturação, passando a ser difícil. A
redução do campo novamente a zero, deixa uma densidade de fluxo remanescente, -
Br, e para reduzir B a zero deve-se aplicar uma força coercitiva no sentido positivo.
Aumentando-se mais ainda o campo o material fica novamente saturado, com a
polaridade inicial.

O ciclo traçado pela curva de


magnetização é chamado de
ciclo de histerese.
TORQUE SOBRE UMA ESPIRA DE CORRENTE

As forças que um campo magnético exerce sobre um fio que transporta


corrente pode agora ser estendida para o estudo de uma única espira
transportando corrente imersa num campomagnético. A figura ao lado mostra
um motor elétrico simples, formado
por uma única espira transportando corrente imersa em um campo magnético
B. As duas forças F e -F produzem um torque sobre a espira, tendendo a girá-
la em torno do seu eixo central.
LEI DE AMPERE DE CIRCUITO

Lei de Ampère é a lei que relaciona o campo magnético sobre um laço com a
corrente elétrica que passa através do laço.
Cálculo da Força Magnética
A produção de movimento a partir da eletricidade nos motores elétricos,
campainhas, galvanômetros,..,envolve o surgimento de um campo
magnético numa certa região e a existência de um fio condutor com
corrente elétrica colocado nessa mesma região. Nessa situação, o fio com
corrente fica sujeito a uma força magnética e entra em movimento.
Note que o surgimento da força depende da existência do campo
magnético e da corrente elétrica. Esse campo magnético não é o criado
por essa corrente elétrica no fio em que a força atua. Ela não "sente" o
próprio campo magnético mas o campo criado por outro.
Além disso, a intensidade da força magnética depende do valor do campo
e da corrente:
Ou seja, aforça magnética é diretamente proporcional à
corrente elétrica e ao campo magnético.Além disso, influi também o
tamanho do trecho do fio que está no campo mangético.
A expressão matemática que relaciona o valor da força com o do campo e
da corrente é:
F= B. i. L

Onde: F é a força mangética


B é o campo magnético
i é a corrente elétrica
L é o trecho do fio

Ela só vale quando o campo magnético faz um ângulo


de 90 graus com a corrente elétrica no fio.
Cada corrente cria um campo magnético ao seu redor e uma sente o campo
criado pela outra. O resultado é que os dois trechos de fio ficam sujeitos a uma
força magnética.

Exemplo:
Supondo que o valor da corrente elétrica nos fios seja 2A, o campo onde cada fio
se encontra vale 5.10 -7 N/A.m e que o trecho de fio tenha 10m de comprimento,
o valor da força será: F= B.i.L = 5.10 -7 .2.10 = 100.10 -7 =1.10-5N.

A força magnética em cada fio é perpendicular à corrente e ao campo magnético.


Nesse caso em que as correntes têm mesmo sentido, as forças fazem os fios
atraírem-se.

Se as correntes elétricas nos fios tiverem sentidos opostos, as forças magnéticas


farão os fios repelirem-se.
A atração ou a repulsão entre dois fios paralelos que tenham corrente elétrica
elétrica tem a mesma natureza das atrações e repulsões entre ímãs. Isso
porque ambos, fio com corrente elétrica e ímãs criam campo magnético no
espaço ao redor.
Se no caso dos fios e bobinas está claro que a origem do campo magnético é
atribuída à corrente elétrica, como se explica a origem do campo magnético
nos ímãs?
O campo magnético criado pelos ímãs, ainda que possa parecer estranho,
também se deve às correntes elétricas existentes no seu interior ao nível
atômico. Elas estão associadas aos movimentos dos elétrons no interior dos
átomos. Apesar de estarem presentes em todos os materiais, nos ímãs o efeito
global dessas correntes atômicas não é zero e corresponde a uma corrente
sobre a sua superfície, conforme ilustra a figura.
Assim, podemos pensar que o campo magnético criado pelo ímã deve-se à
correntes elétrica em sua superfície.
Em conseqüência, o ímã com formato em cilíndrico pode ser considerado como
análogo a uma bobina com corrente elétrica no fio.
Cálculo do campo magnético em três situações:
1) Campo magnético no centro de uma espira circular
O vetor indução magnética B no centro de uma espira tem as seguintes características:
a) direção: perpendicular ao plano da espira
b) sentido: determinado pela regra da mão direita
c) intensidade: B = µ . I
2.R
Para N voltas, B = N. µ . I
2.R

2) Campo magnético de um de fio condutor reto


O vetor indução magnética B num ponto P, à distância R do fio, tem as seguintes
características:
a) direção: tangente à linha de indução que passa pelo ponto P.
b) sentido: determinado pela regra da mão direita.
c) intensidade: B = µ . I
2πR

3) Campo magnético no interior de um solenóide


No interior do solenóide, o vetor indução magnética B tem as seguintes características:
a) direção: do eixo do solenóide.
b) sentido: determinado pela regra da mão direita.
c) intensidade: B = µ . N . I ,
λ
Exercícios:

1) Quando um ímã em forma de barra é partido ao meio observa-se que:


a)( ) separamos o pólo Norte do pólo Sul.
b)( ) obtemos ímãs unipolares.
c)( ) damos origem a dois novos ímãs.
d)( ) os corpos não mais possuem a propriedade magnética.
e)( ) n.d.a.
2) Um solenóide de 5cm de comprimento apresenta 20 mil espiras por metro.
Sendo percorrido por uma corrente de 3 A, qual é a intensidade do vetor
indução magnética em seu interior? (dado: m = 4 p . 10-7T . m/A)

B=μH H=NI
X
3)
4)
5)
6)

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