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República Federal da Nigéria

ACNUR
Deslocamento Forçado e Apátrida

A Nigéria ou oficialmente República Federal da Nigéria, com sua capital Abuja,


faz parte da África ocidental e realiza fronteiras terrestres com a República do Benim a
oeste; com Chade e Camarões a leste e com o Níger ao norte. Sua costa está ao sul, no
Golfo da Guiné, no Oceano Atlântico. O país tem uma área de 923.768 km 2 e apresenta
clima tropical e semiárido. Sua língua oficial é o inglês. É um país laico, porém, o
islamismo predomina como religião. A moeda oficial é a naira. 
Na última década a República Federal da Nigéria vem passando por problemas
com relação ao grupo terrorista Boko Haram, que tem por fundamento a implementação
da Lei Islâmica. Pelo fato de o país ser laico, há uma liberdade religiosa à qual o grupo
terrorista se opõe. Os frequentes ataques do grupo estão forçando uma parcela da
população a fugir para outros países. Está sendo feito um trabalho no nordeste da
Nigéria junto ao ACNUR, para que as pessoas deslocadas tenham seus direitos
respeitados e retomem a sensação de uma vida normal. 
Historicamente, a Nigéria foi por muito tempo a sede de inúmeros reinos e
impérios, sendo hoje habitada por mais de 500 grupos étnicos, dos quais os três maiores
são os hauçás, os igbos e os iorubás. Caiu sob o domínio colonial do Reino Unido entre
1861 e 1 de outubro de 1960, quando conseguiu a sua independência. No período
colonial, a Grã-Bretanha iniciou uma agressiva expansão militar na região, criando dois
protetorados e mantendo o controle sobre a Nigéria. Desde a independência, alternaram-
se no comando da nação governos civis, democraticamente eleitos e ditaduras militares.
Atualmente é governada pelo presidente eleito Muhammadu Buhari, de 76 anos e líder
do governante Congresso de Todos os Progressistas (APC). A Nigéria sofreu com uma
guerra civil iniciada em 1967, havendo disputas étnicas no território e problemas
relacionados à violência e à pobreza, que duram até hoje, contribuindo para a grave
crise imigratória que o país enfrenta. A crise de refugiados da Nigéria completa seis
anos, havendo ataques do grupo terrorista Boko Haram, impulsionando mais de 2,4
milhões de pessoas a se deslocatrm na bacia do Lago Chade.
Como forma de intervenção, os militares nigerianos, juntamente com a Força-
Tarefa Conjunta Multinacional, expulsaram extremistas do Boko Haram de muitas das
áreas que controlavam. O ACNUR ampliou sua resposta e está trabalhando com as
autoridades do nordeste da Nigéria, bem como com os parceiros da ONU, ONGs
nacionais e internacionais. As populações afetadas e deslocadas à força, recebem auxílio
para o retorno desses deslocados internos e refugiados nigerianos a áreas acessíveis.
Apesar disso, a situação ainda continua grave e é necessário apoio de países vizinhos e
de outros para essa crise imigratória. Por isso, o ACNUR também está coordenando a
assistência humanitária fornecida por 47 agências da ONU e parceiros de ONGs, por
meio do Plano Regional de Resposta a Refugiados de 2019 apoiando os esforços do
governo no sentido de restaurar a paz e a segurança para possibilitar soluções efetivas.

Assinatura do Presidente da Delegação

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