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MANUTENÇÃO CENTRADA NA CONFIABILIDADE

ANEXO A

DEFINIÇÕES UTILIZADAS PELA “AMERICAN BUREAU OF SHIPPING”

Característica da falha: A característica da falha é o padrão da falha (ex: mortalidade


infantil, aleatório, desgaste) exibidos pelo modo de falha.

Causa: ver causa de falha.

Causa da falha: A causa da falha é a falha básica do equipamento que resulta no modo de
falha. Por exemplo, o travamento do rolamento de uma bomba é uma causa de falha do modo de
falha de uma bomba falhar desligada.

Companhia com Condição de Monitoramento reconhecida pela ABS: Este termo refere-se
àquelas companhias identificadas pela ABS como especialistas externos (Ver subseção 8.2 do
documento “ABS GUIDANCE NOTES ON RELIABILITY-CENTERED MAINTENANCE .
2004”.

Componente: O nível hierárquico abaixo de itens de equipamentos. É o menor nível no qual


o componente: pode ser identificado por sua contribuição ao conjunto de funções do grupo
funcional; pode ser identificado por seus modos de falha; é a mais conveniente unidade física a
partir da qual o plano de manutenção preventiva pode ser especificado.

Condição de Monitoramento: As Condições de Monitoramento referem-se às tecnologias de


diagnóstico programadas utilizadas para monitorar as condições de monitoramento do maquinário
para detectar uma falha em potencial. Também é conhecida como uma tarefa de manutenção
baseada na condição ou manutenção preditiva.

Confiança: É o grau de certeza que o analista/equipe possui a respeito da avaliação do risco.

Contexto de operação: O contexto de operação de um grupo funcional corresponde às


circunstâncias nas quais se espera que o grupo funcional vá operar. Ele deve descrever totalmente o
emprego físico no qual o grupo funcional é operado, uma descrição precisa da maneira na qual o
grupo funcional é operado e as capacidades de rendimento (performance) do grupo funcional.

Conseqüência: É a forma na qual os efeitos de um modo de falha se materializam. A


conseqüência pode ser expressa como o número de pessoas afetadas, danos às propriedades,
quantidade de óleo derramada, área afetada, tempo de interrupção de funcionamento, atrasos em
missões, recursos financeiros perdidos, etc. A despeito da medida escolhida, as conseqüências são
expressas “por evento”.

Criticalidade: É uma medida de risco associada com o modo de falha e seus efeitos. O risco
pode ser medido qualitativamente (ex: alto, médio ou baixo) ou quantitativamente (ex: R$ 15.000
por ano).

Efeitos: Ver efeitos de falha.

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APOSTILA ABRAMAN Autor: Newton José Ferro D. Sc
Efeitos da falha: Os efeitos da falha são as conseqüências que podem resultar de um modo
de falha e suas causas.

Efeito final: efeito global na embarcação que é tipicamente relacionado com as


conseqüências de interesse para análise (perda de propulsão, perda de manobrabilidade, etc). Para
os propósitos deste guia, o termo efeito final aplica-se somente à perda total ou degradação das
funções relacionadas a propulsão e controle direcional, incluindo as seguintes conseqüências: perda
de contenção, explosão/incêndio, e/ou segurança ocorridas imediatamente após um curto espaço de
tempo em diante como resultado de um modo de falha. Para atividades “offshore”, este conceito
pode ser estendido para incluir as operações relacionadas a perfurações, posição de amarração,
produção de hidrocarbonetos e processamento e/ou exportação importante.

Efeito local: A mudança inicial na operação do sistema que poderia ocorrer se o modo de
falha postulado ocorrer.

Estratégia de gerenciamento de falha: Uma estratégia de gerenciamento de falha é uma


estratégia proativa para gerenciar falhas e seus efeitos em relação a um risco aceitável. Ela consiste
de tarefas de manutenção proativas e/ou mudanças feitas de uma só vez.

Falha aleatória: A falha aleatória é dominada pela possibilidade de falhas causadas por
esforços ocultos, condições extremas, erros humanos aleatórios, etc (isto é: a falha não pode ser
prevista em relação ao tempo de utilização).

Falha funcional: Uma falha funcional é uma descrição de como o equipamento está
impedido de realizar uma específica função a determinado nível de rendimento. Cada falha
funcional deveria ser documentada numa declaração de falha funcional que contenha um verbo, um
objeto e o desvio funcional.

Falhas de mortalidade infantil (wear-in failure) – É dominada por membros “fracos”


relacionados a problemas tais como defeitos de fabricação e instalação/manutenção/erros de partida.
São também conhecidos como “burn in”.

Falhas por desgaste: É dominada pelas falhas que representam o fim da vida útil do
equipamento.

FMECA: É a abreviatura para Análise do Modo, Efeito e Criticidade de Falhas.

Freqüência: A freqüência de um evento potencial indesejável é expressa como eventos por


unidade de tempo, usualmente por ano. A freqüência poderia ser determinada de dados históricos se
um número significativo de eventos ocorreu no passado. Frequentemente, entretanto, o foco da
análise de riscos volta-se para eventos com conseqüências mais severas (e menor freqüência) para
os quais a quantidade de dados históricos é insuficiente. Nesses casos, a freqüência do evento é
calculada utilizando modelos de avaliação de risco.

Função: Uma função representa o que o grupo funcional, sistemas, itens de equipamentos e
componentes são projetados a realizar. Cada função deveria ser documentada como uma declaração
da função que contém um verbo descrevendo a função, um objeto no qual a função atua, e
rendimento(s) padrão(ões).

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APOSTILA ABRAMAN Autor: Newton José Ferro D. Sc
Funcionar até falhar (run-to-failure): É uma estratégia de gerenciamento de falhas que
permite que um item/componente funcione até a ocorrência de uma falha, quando então o item é
reparado.

Função primária: Uma função primária está voltada diretamente para a produção da saída
primária ou produto de um grupo/sistema/item de equipamento/componente funcional.

Função secundária: Uma função secundária não é diretamente relacionada à produção saída
primária ou produto, mas mesmo assim é necessária para o grupo/sistema/item de
equipamento/componente funcional.

Grupo funcional: Um nível hierárquico relacionado com as funções de propulsão,


manobrabilidade, elétricidade, serviços da embarcação, navegação e comunicações.

Indicações (Detecção de Falhas): Indicações são alarmes ou condições para que os sentidos
do operador pudessem detectar o modo de falha.

Intervalo P-F: o intervalo potencial de falha é o intervalo de tempo entre o ponto a partir do
qual uma falha pode ser detectada e o ponto na qual a falha ocorre. Uma tarefa de manutenção deve
ser realizada antes da metade desse intervalo.

Itens de equipamento: É o nível hierárquico abaixo de sistemas que compreende vários


grupos de eventos componentes. Um evento componente é uma ocorrência associada a um
resultado. Existem tipicamente um número de resultados potenciais de qualquer evento iniciador
com um alcance que vai da severidade do menor (trivial) ao crítico (catastrófico), dependendo de
outras condições e eventos adicionais.

Linha Base de Dados: A linha base de dados refere-se às indicações para as condições de
monitoramento – normalmente registros de vibrações de equipamentos rotativos – estabelecidos
com o equipamento ou componente em boas condições de operação quando a unidade realizou pela
primeira vez o programa ou trata-se da primeira coleta de dados das condições de monitoramento de
equipamento recondicionado ou, ainda, para aqueles em que o procedimento de reparo invalidou os
dados de monitoramento existentes anteriormente. Os dados da linha base são as condições iniciais
de monitoramento para comparação com dados de monitoramentos periódicos subseqüentes.

Manutenção planejada: Para os propósitos deste guia, é uma tarefa de manutenção


planejada que descarta um componente na/antes da idade limite especificada, a despeito de sua
condição no tempo da intervenção. Ela também se refere a uma tarefa de manutenção programada
para restaurar a capacidade de um item na/antes da idade limite especificada, a despeito de sua
condição no tempo da intervenção, a um nível que provê uma probabilidade aceitável de
sobrevivência até o fim de outro intervalo especificado. Essas tarefas de manutenção também são
denominadas de descarte programado e restauração programada, respectivamente.

Matriz de risco: Uma matriz de risco é uma tabela indicando o risco associado à freqüência
e severidade da conseqüência.

Medidas Corretivas: São os procedimentos administrativos ou de engenharia utilizados para


reduzir a probabilidade de ocorrência de um modo de falha e/ou seus efeitos.

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Modo de falha: O modo de falha descreve como o equipamento pode falhar e
potencialmente resultar numa falha funcional. O modo de falha pode ser descrito em termos de
causa de falha de um equipamento (ex: rolamento da bomba emperrado), mas ele tipicamente é
descrito em termos de um efeito observado da falha do equipamento (ex: bomba falhou desligada).

Modo de falha evidente: É um modo de falha cujos efeitos tornam-se aparentes para o
operador sob circunstâncias normais se o modo de falha ocorrer.

Modo de falha oculto: É um modo de falha cujos efeitos não se tornam aparentes para os
operadores sob circunstâncias normais se o modo de falha ocorrer.

Modo de operação: Um modo de operação é o estado operacional em que a embarcação ou


estrutura marítima se encontra. Por exemplo, velocidade de cruzeiro no mar, entrando ou saindo de
um porto.

Mudança de uma única vez (one-time change): A mudança de uma única vez é qualquer
ação tomada para alterar uma configuração física de um componente, um item de equipamento ou
um sistema (reprojeto ou modificação), para mudar o método utilizado por um operador ou pessoal
da manutenção em realizar uma tarefa de operação ou manutenção, para modificar a maneira na
qual o maquinário é operado ou para mudar a capacidade de um operador ou pessoal de
manutenção, tais como treinamento.

Nível de relacionamento (level of indenture): É uma posição relativa com uma hierarquia de
funções a partir das quais cada nível é relacionado com as funções do nível acima. Para os
propósitos deste guia, os níveis de relacionamento em ordem decrescente são: grupo funcional,
sistemas, subsistemas, itens de equipamentos e componentes.

Padrões de emprego: Padrões de emprego são as leis internacionais, nacionais e locais e


regulamentações ou padrões da indústria em que a embarcação deve operar de acordo com as
mesmas.

Padrões de rendimento e de qualidade: Os padrões de rendimento e de qualidade são os


requisitos em que os grupos funcionais/ sistemas/itens/componentes devem operar, tais como
potência ou pressão mínima/máxima, alcance da temperatura, etc.

Padrões de segurança: Relacionam o perigo (hazard) que pode estar presente num contexto
operacional e especifica as salvaguardas (medidas corretivas) que devem ser adotadas para a
proteção da tripulação e guarnição.

Perigo (hazard): Perigos são condições que podem potencialmente conduzir a um evento
indesejado.

Plano de manutenção preventiva: O plano de manutenção preventiva consiste de todas as


tarefas de manutenção identificadas como necessárias para prover uma probabilidade aceitável de
sobrevivência até o fim de outro intervalo especificado para os sistemas de máquinas. Na “IACS
UR Z20”, ele é denominado como Esquema de Manutenção Planejada.

Probabilidade: Ver freqüência.

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Probabilidade corrente (freqüência): A probabilidade corrente (ou freqüência) de um modo
de falha ocorrer é baseada no fato de nenhuma manutenção ser realizada ou, no caso da existência
de planos de manutenção preventiva, a freqüência da falha com o plano existente sendo utilizado.

Probabilidade projetada: É a probabilidade (ou freqüência) da ocorrência de um modo de


falha baseado numa tarefa de manutenção que esteja sendo realizada ou uma mudança de uma única
vês que esteja sendo implementada.

Próximo efeito no nível hierárquico superior: A mudança na condição ou operação do nível


hierárquico superior de relação direta com o componente, causado por um modo de falha postulado
(reconhecido). Esse efeito no nível superior é tipicamente relacionado com a falha funcional que
poderia então resultar.

Redundância em Paralelo: Uma redundância em paralelo aplica-se a sistemas/itens de


equipamentos que operam simultaneamente. Cada sistema tem a capacidade de prover a demanda
total. No evento de uma falha funcional num sistema/item do equipamento, o sistema/item
continuará a operar, todavia a uma maior capacidade. Para alguns arranjos, sistemas/ itens podem
ser colocados em reserva (“standby”).

Risco: O risco é composto por dois elementos, freqüência e conseqüência. O risco é definido
como o produto da freqüência na qual um evento é previsto ocorrer e a severidade da conseqüência
se o evento acontecer.

Risco corrente: É o risco que resulta da combinação da severidade com a probabilidade


corrente (severidade x probabilidade).

Risco projetado: É o risco resultante da combinação de conseqüência com a probabilidade


projetada.

Rotinas de inspeção e serviços: São tarefas simples que pretendem: (1) certificar-se de que a
taxa de falhas e o padrão da falha permanece como previsto devido a realização de um serviço de
rotina (ex lubrificação) e (2) danos acidentais localizados e/ou problemas resultantes de falta de
conhecimento ou negligência. Eles fornecem a oportunidade de certificar-se de que os padrões
gerais de manutenção estão satisfatórios. Essas tarefas não são baseadas em qualquer condição
explícita de falha potencial. Os serviços e inspeções de rotina também podem ser aplicados a itens
que tenham conseqüências de falhas relativamente insignificantes, ainda que não devam ser
ignoradas (pequenos vazamentos, gotejamentos, tec.)

Salvaguardas: Ver medidas corretivas.

Severidade: Quando usado junto com o termo conseqüência, a severidade indica a


magnitude da conseqüência.

Sistemas: Corresponde a um nível hierárquico abaixo do grupo funcional e compreende


vários grupos de itens.

Sobrevivência contínua especial do maquinário: Os requisitos para a sobrevivência contínua


especial do maquinário estão listadas nos itens 7-2-1/7 do documento “Continuous Surveys
(Vessels in Unrestricted Service)”e nos itens 7-2-2/9 do documento “Continuous Surveys (Vessels
in Great Lakes Service)” das “Rules for Survey After Construction – Part 7”.

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Sobrevivência periódica especial do maquinário: Os requisitos para a sobrevivência
periódica especial do maquinário estão listadas nos itens 7-2-2/7 do documento “Special Periodical
Surveys (Vessels in Great Lakes Service); nos itens 7-2-3/5 do documento “Special Periodical
Surveys (Vessels in Rivers and Intracoastal Waterway Service)”; nos itens 7-6-2/3 do documento
“Special Periodical Surveys – Machinery (3.1, All Vessels, 3.3, Tankers)”; nos itens 7-6-3/1 do
documento “Special Periodical/Continuous Survey-Machinery-Year of Grace (Vessels in Great
Lakes Service)”; nos itens 7-8-2 do documento “Shipboard Automatic and Remote-control Systems,
Special Periodical Surveys; 7-9 Survey Requirements for Additional Systems and Services (Cargo
Refrigeration, Hull Condition Monitoring System, Quick Release System, Thrusters and Dynamic
Positioning System, and Vapor EmissionControl System) of the Rules for Survey After Construction
– Part 7”. Existem requisitos periódicos especiais em outras Regras e Guias para típicos específicos
de embarcações, serviços e estruturas marítimas que não estejam listadas neste documento.

Subsistemas: Corresponde a um nível hierárquico adicional abaixo do sistema e compreende


vários grupos de itens de um modelo complexo de grupos funcionais.

Tarefa de identificação de Falha: Uma tarefa de identificação de falha, é uma tarefa


programada utilizada para detectar falhas ocultas quando nenhuma tarefa de condição de
monitoramento ou manutenção planejada é aplicável. Ela é uma função de verificação programada
para determinar se um item irá ter o rendimento requerido por ocasião de sua demanda.

Tarefa de manutenção proativa: Uma tarefa de manutenção proativa á implementada para


evitar as falhas antes que ocorram, detectar o início das falhas ou descobrir falhas antes que tenham
impacto negativo no rendimento do sistema.

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