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INOVAÇÃO NA AMAZÔNIA
DEBATES SOBRE TECNOLOGIA,
DESENVOLVIMENTO E
EMPREENDEDORISMO
2
Macapá, Amapá, Amazônia, Brasil, 2018.
Conselho Editorial
Agripino Alves Luz Junior, Ana Paula Cinta, Camila Soares Lippi, Eldo Silva dos Santos, Eloane de Jesus R.
Cantuária, Fernanda Michalski, Giovani Jose da Silva, Jadson Luis Rebelo Porto, Julio Cezar Costa Furtado,
Leticia Picanco Carneiro, Lylian Caroline M. Rodrigues, Marcio Aldo Lobato Bahia, Mauricio Remigio Viana,
Raphaelle Souza Borges, Robert Ronald Maguina Zamora, Romualdo Rodrigues Palhano, Rosinaldo Silva
de Sousa, Tiago Luedy Silva
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ORGANIZAÇÃO
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AUTORAS E AUTORES
Adriana Coutinho dos Santos, Alan Carlos Pereira Da Costa, Aléxia Galvão Assunção, Ana
Karla da Silva Moraes Arruda, Ananias Costa Oliveira, Carla Samara Campelo de Sousa,
Cláudio Márcio Campos de Mendonça, Claudionor de Oliveira Pastana, Cristhian Adan
Rodrigues Brito, Daniel Santiago Chaves Ribeiro, Débora Quaresma Ferreira, Diego
Armando Silva da Silva, Diego Souza Da Silva, Divana Monteiro e Souza, Eline Olímpia de
Souza Queiroz, Eudes Mata Vidal, Franciely de Oliveira Lima e Souza, Francisco Tarcísio
Alves Junior, Geraldo Neves Albuquerque Maranhão, Gustavo da Costa Rodrigues,
Jefferson dos Santos Pinto, Jesusa Vania Bagundes Nascimento, Jorgeane Gonçalves,
Kamila Pereira Tavares, Leiliane Penafort da Silva, Leticia Milena Gomes de Carvalho,
Lucas Silva da Trindade, Lúcio Dias das Neves, Luis de Jesus Pereira, Marcele Martins de
Lima, Márcio Luís Góes de Oliveira, Marcos Marciano Castro Ribeiro, Mario Teixeira de
Mendonça Neto, Nádia Fabrícia de Souza Marinho, Philippe da Costa Fonseca, Robson
Borges de Lima, Robson Antonio Tavares Costa, Vitor Hugo Santis Costa, Walzinto Rocha
Martins Neto, Weslley Thiago da Silva Dutra, Yago Castilho de Melo
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AGRADECIMENTOS
Este livro é resultado idealizado da soma dos esforços, das vocações e das possibilidades
da Inovação Tecnológica como crescimento e desenvolvimento para uma determinada
região, em uma determinada época no início do Século XXI.
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APRESENTAÇÃO: POSSIBILIDADES E PERSPECTIVAS PARA INOVAÇÃO EM UM
ECOSSISTEMA INOVADOR EMERGENTE DA AMAZÔNIA BRASILEIRA
estado do Amapá teve contemporâneo avanço em Inovação por meio de suas principais
instituições de pesquisa – todas públicas, frise-se com respeito tanto ao seu trabalho
Leydesdorff, que cada qual destas instituições realizou, ao modo e necessidade que lhes
são respectivos, movimentos diferentes, porém complementares, de atuação em prol
1
ETZKOWITZ, Henry & LEYDESDORFF, Loet. The Triple Helix -- University-Industry-Government Relations:
A Laboratory for Knowledge Based Economic Development. EASST Review, Vol. 14, No. 1, pp. 14-19, 1995
7
deste quadrante da Inovação. Enquanto fundamentalmente a decana Unifap, instituição
que na borda das suas três décadas de vida, promoveu até então a maior proporção de
Focal PROFNIT que gere uma espécie de caleidoscópio da inovação amapaense. Seria
impossível, ainda na direção destas atribuições, ignorar o papel do IEPA, que não apenas
2
FILOCREÃO, Antônio Sérgio et al. Vela de urucuri ( attalea excelsa ) como repelente de mosquitos vetores de
endemias. Depositante: IEPA. BR n. PI9806594. Depósito: 17 jun 1998.
8
um contexto profusivo de legislações estaduais que acompanhavam as mudanças
contemporâneas e tendências do Marco Civil de Ciência, Tecnologia e Inovação no
Arranjos Locai; interconexão entre ensino técnico e pesquisa de nível superior e pós-
graduada; consecutividade de ações institucionalmente guiadas e, principalmente, uma
9
que, anos depois das pedras angulares de tais instituições, núcleos, programas e
fundações, torna-se razoável trazer a vós uma coletânea de vinte textos que em uma tão
mudanças de trajetória tecnológica é tarefa para cada setor que a ICT pretendem
introduzir produtos ou processos competitivos. O abraço à inovação, aceitando a
soluções seguras desde a base do processo criativo até as mais variadas dimensões
institucionais, que cada qual relaciona e tem de solucionar seus dilemas, desafios e
problemas. As sinergias para a especulada Hélice Tríplice, portanto, são menos distantes
da realidade que parece; a questão central, nesse sentido, é o rumo do consenso
caso ou gestão. Neste sentido, é impossível não apenas reconhecer estas histórias que
fizeram-nos chegar até este momento, a este ponto e a tal estágio de amadurecimento
possível diante do oportunizado, mas igualmente, para o que pode surgir de uma das
10
Sem dúvida, como paradigma, a gestão da Inovação mudou sensivelmente. A
tendência ora fragmentária, ora descentralizadora, da revolução digital 4.0 aponta para
gestão da Inovação, portanto, cederia espaço para ações mais complexas de inteligência,
lobby e articulação empreendedora, multiplicando conhecimento. Então, as políticas
públicas não terminam com a liberalização e descentralização, elas só se adaptam às
condições do presente da baixa contemporaneidade, com menos intermediários para as
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SUMÁRIO
12
Armando Silva da Silva e Francisco Tarcísio Alves Junior
7
EMPREENDEDORISMO COMO FERRAMENTA DE 170
DESENVOLVIMENTO ECONOMICO REGIONAL -
ELABORAÇÃO DE METODOLOGIA PARA CRIAÇÃO DE
EMPRESAS INOVADORAS NO AMAPÁ
Robson Antonio Tavares Costa
8
IMPACTOS DA INSERÇÃO DA INOVAÇÃO NO AGLOMERADO 191
MADEIRA E MÓVEIS NO MUNICÍPIO DE MACAPÁ
Kamila Pereira Tavares
9
INOVAÇÃO NA GESTÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS 217
NA AMAZÔNIA
Mario Teixeira de Mendonça Neto, Ana Karla da Silva
Moraes Arruda e Marcele Martins de Lima
10
OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO POR MEIO DA SIMULAÇÃO 229
COMPUTACIONAL- APLICAÇÃO EM UMA EMPRESA DE
PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA
Débora Quaresma Ferreira, Gustavo da Costa Rodrigues, Weslley
Thiago da Silva Dutra, Robson Borges de Lima, Diego Armando
Silva da Silva e Francisco Tarcísio Alves Junior
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PROCESSO LOGÍSTICO DO AÇAÍ- UM ESTUDO DE CASO NA 264
EMPRESA SAMBAZON
Alan Carlos Pereira Da Costa, Diego Souza Da Silva,
Walzinto Rocha Martins Neto e Cláudio Márcio
Campos de Mendonça
12
A POLITICA TRIBUTÁRIA DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS 287
TRBIBUTÁRIOS NA AMAZÔNIA COMO ESTIMULO AO
DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
Franciely de Oliveira Lima e Souza
13
MODELAGEM MATEMÁTICA APLICADA A PRODUÇÃO DE 309
MATERIAL DIDÁTICO AUDIOVISUAL EM CURSOS A
DISTÂNCIA
13
Nádia Fabrícia de Souza Marinho, Claudionor de Oliveira Pastana,
Diego Armando Silva da Silva e Francisco Tarcísio Alves Junior
14
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARTICIPATIVO E SEUS 333
EFEITOS NO CLIMA ORGANIZACIONAL NA UNIVERSIDADE
FEDERAL DO AMAPÁ
Leiliane Penafort da Silva, Ananias Costa Oliveira, Luis de Jesus
Pereira e Cláudio Marcio Campos de Mendonça
15
PROSPECÇÃO ESTRATÉGICA DO CAFÉ COM CIÊNCIA PARA 358
DISSEMINAÇÃO DE PUBLICAÇÕES TÉCNICO-CIENTIFICAS EM
ACESSO ABERTO DA EMBRAPA AMAPÁ
Geraldo Neves Albuquerque Maranhão, Adelina do Socorro
Serrão Belém e Cláudio Márcio Campos de Mendonça
16
MAPEAMENTO PROSPECTIVO DO JAMBU: PESQUISAS E 375
PATENTEAMENTO
Geraldo Neves Albuquerque Maranhão e Jesusa Vania Bagundes
Nascimento
17
AS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS E OS QUILOMBOS DO 390
AMAPÁ: INOVAÇÃO PARA MANUTENÇÃO DOS SABERES
TRADICIONAIS AFRICANOS NA AMAZÔNIA APÓS O
PERÍODO COLONIALISTA.
Eudes Mata Vidal e Lúcio Dias das Neves
18
METODOLOGIAS CRIATIVAS E INOVADORAS PARA GESTÃO 401
DE COMPETÊNCIAS NA NOVA ECONOMIA
Jorgeane Gonçalves e Kamila Pereira Tavares
19
VISÃO PANORÂMICA SOBRE O E-COMMERCE NO AMAPÁ 429
Adriana Coutinho dos Santos e Kamila Pereira Tavares
20
PERSPECTIVAS SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO DA 445
INOVAÇÃO NO AMAPÁ: A POSSIBILIDADE UNIFAP
Daniel Chaves e Vitor Hugo Costa
14
AMBIENTES PROMOTORES DE INOVAÇÃO: CARACTERIZAÇÃO DO SUPORTE
OFERECIDO PELAS INCUBADORAS DE EMPRESAS DOS INSTITUTOS FEDERAIS DA
AMAZÔNIA
RESUMO:
As incubadoras de empresas são ambientes de grande importância para potenciais
empreendedores, tendo em vista reunirem em um mesmo ambiente diversos serviços
que, por vezes, são inacessíveis de maneira concomitante, como assistência
administrativa, infraestrutura básica, apoio na obtenção de financiamento, articulação
com parceiros, etc. Assim, objetiva-se com este artigo descrever o perfil do suporte
oferecido pelas incubadoras de empresas dos Institutos Federais da Amazônia às
empresas incubadas, procurando compreender em que estágio de maturidade estas
incubadoras se encontram. Foi desenvolvida uma pesquisa exploratória e descritiva, com
abordagem ao problema de forma qualitativa e quantitativa, utilizando a pesquisa do
tipo levantamento ou survey. Foram contatados 09 Institutos Federais, sendo que destes
03 ainda encontram-se em processo de institucionalização de suas incubadoras,
verificando-se, assim, a existência de 06 incubadoras de empresas, sendo a maioria do
tipo mista. Entre os pontos de convergência, citam-se a submissão ao edital como
metodologia de acesso, sendo a viabilidade técnica e o grau de inovação de produtos e
serviços ofertados entre os principais requisitos para o ingresso nas incubadoras. A
assessoria em marketing, a cessão de laboratórios e equipamentos e o apoio para a
captação de recursos foram as iniciativas mais recorrentes dentre as incubadoras
consultadas. Já as atividades de apoio para o registro da propriedade intelectual das
criações desenvolvidas pelos empreendimentos incubados foram as menos citadas.
Quanto aos recursos humanos, todas as incubadoras analisadas utilizam em maior parte
a mão de obra da própria instituição contando, porém, complementarmente com a
participação de parceiros institucionais.
1. Introdução
gerados no país, contando com uma participação de mais de 98% das empresas
formalizadas e representando mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
incubadoras de empresas. Organismos que desde sua gênese tiveram como missão o
fortalecimento da cultura empreendedora e inovação para o desenvolvimento regional.
Assim ocorrera nos Estados e Unidos, iniciando na década de 1950 e no Brasil com a
gênese em meados de 1980 (ANPROTEC, 2012).
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2. Referencial Teórico
2.1 Incubadoras
empresas, as primeiras iniciativas datam da década de 1950 nos Estados Unidos, sendo a
primeira originada no Estado da Califórnia (1951) e a segunda em Nova York (1959),
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Desenvolvimento Científico e Tecnológico - CNPq. As primeiras incubadoras do Brasil
tiveram como característica serem direcionadas ao desenvolvimento de
graduadas, sendo que em 98% dos casos, as empresas incubadas geram produtos e
serviços inovadores em âmbito nacional e 15% em âmbito global e apenas 2% não
18
Diversos aspectos são levados em consideração para o sucesso dos
empreendimentos em processo de incubação. São fatores humanos, gerenciais e
Como suporte financeiro podem ser entendidas ações de apoio para a captação
afirmava que, estes tipos de fomento, que ele chama de ‚capital semente‛ também
podem advir através de editais de concessão de bolsas, como é o caso dos editais do
MCTIC.
O suporte financeiro é de extrema importância para as empresas nascentes, pois
apesar de boas ideias, com modelos de negócios vocacionados à inovação, as garantias
e documentos solicitados à estes empreendimentos são os mesmos que para qualquer
tipo de empresa que busca aporte financeiro. Para Raupp e Beuren (2006) o suporte
financeiro é fundamental para o desenvolvimento dos negócios instalados nas
19
O suporte em infraestrutura, trata-se da disponibilização do aparato logístico para
Já Medeiros e Atas (1995), adicionam que prédios com módulos de uso individual,
hall de entrada, show room, áreas comuns como recepção, secretaria, salas de reunião,
incubadoras.
20
empreendedores corresponde ao processo de gestão das empresas incubadas. A partir
do suporte administrativo, os empreendedores ampliariam seus conhecimentos e
3. Metodologia
que para Almeida (2012) deve ser utilizada quando se tem como objetivo a descrição
das características de determinada população, sendo que a padronização quanto ao uso
Quanto aos meios para o levantamento dos dados, optou-se pela utilização do
levantamento Survey, que para Babbie (1999), trata-se de um instrumento de pesquisa
estudo.
A coleta dos dados ocorrera entre os meses de novembro de 2018 e fevereiro de
2019, sendo que contou com a abordagem quantitativa e qualitativa, que para Babbie
(1999), leva em consideração tanto os instrumentos estatísticos, quanto a importância
institutos federais dos seguintes estados: Amapá, Pará, Amazonas, Acre, Rondônia,
Roraima, Tocantins, Mato Grosso e Maranhão. Fora realizado inicialmente contato
telefônico com os responsáveis pela gestão das incubadoras, por meio de acesso à uma
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comunidade em uma rede social denominada de ‚Incubadoras da Rede Federal
(RFEPCT)‛.
possíveis questões que pudessem enriquecer o presente estudo, além do que fora
planejado no projeto desta pesquisa.
dos dados da totalidade destas e não pela seleção de amostra, como seria possível caso
o número de instituições consultadas exorbitasse, dificultando a realização do estudo.
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A investigação realizada na busca pela caracterização das incubadoras de
empresas dos IFs da Amazônia resultou nos seguintes dados: número de incubadoras
por ramo, área de atuação das empresas incubadas, tempo de funcionamento da
nas incubadoras e por fim o detalhamento sobre os serviços técnicos oferecidos pelas
incubadoras aos empreendimentos apoiados.
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tecnológica (Startups, Spin-Offs,etc), quanto a empreendimentos de base tradicional
(agricultura familiar, costura, artesanato, etc).
empresas demonstrou que na região Norte existia apenas 1 incubadora, sendo esta de
atuação mista, diferente do contexto nacional, que na mesma pesquisa apresentava em
que as incubadoras de atuação mista, vem desde meados da década de 1990 ganhando
cada vez mais espaço. Segundo os gestores das incubadoras dos IFs da Amazônia
entrevistados, tal fato seria explicado em virtude da carência de mão de obra para
atuação no suporte à empreendimentos de maior complexidade, como os de base
tecnológica.
4.1.2 Ramo de atuação das iniciativas em processo de pré-incubação em
incubação
Quadro 3: Detalhamento das áreas de atuação das iniciativas apoiadas por instituto
federal.
RAMOS DAS INICIATIVAS APOIADAS
Quím/Alimen
TI Reciclagem Coop/Ec.Sol. Outros
N° IF .
Nº Nº Nº Nº Nº
1 IFPA - - - 03 -
2 IFAM 5 1 - - -
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3 IFRO 2 % 2 % 1 % - % 1 %
4 IFTO - - 2 - 1
5 IFAC 3 3 3 - 1
6 IFMT - 6 - - -
Total 10 29,41% 12 35,29% 6 17,65% 3 8,82% 3 8,82%
Total de Iniciativas Apoiadas (pré-incubação e incubação) 34
Fonte: Dados da pesquisa.
estudadas. Percebeu-se que das 34 iniciativas apoiadas, quase 65% são compostas por
atividades ligadas à tecnologia da informação, à indústria química e de alimentos, áreas
25
ocorrer uma etapa anterior, a pré-incubação, que visa o amadurecimento da iniciativa
apoiada, buscando verificar se esta realmente terá as condições mínimas para o
em pré-incubação.
parte dos esforços para o suporte inicial a grupos que pretendem formalizar empresas,
como: alunos, docentes, membros da comunidade, participantes de eventos de
Jr.
Verifica-se como fundamental a atividade de pré-incubação, corroborando assim
com Raupp e Beuren (2006) que entendem que incubadoras ainda iniciantes devam
dedicar ao menos os 2 primeiros anos de funcionamento para as atividades de pré-
incubação, para que a equipe da incubadora também adquira experiência para adentrar
nas atividades de maior complexidade.
incubadoras
Da análise com o vínculo com a incubadora, infere-se que, a maior parte dos
empreendimentos hoje apoiados pelos IFs da Amazônia, são da modalidade de não
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Dos 35,29% de empreendedores incubados, os Institutos Federais do Amazonas,
Tocantins e Rondônia são responsáveis quase pela totalidade, o que representa o grau
na maior parte aos IFs do Acre, Pará, e Mato Grosso. Para a incubação na modalidade
residente, as incubadoras necessitam de estrutura física como: salas, computadores,
serviços de limpeza, segurança, etc, espaços, estes que por vezes as instituições podem
não possuir.
incubadoras. Fora percebido que o único instituto federal a contar com servidores
terceirizados nas atividades da incubadora é o Instituto Federal do Amazonas (IFAM),
que conta, também somado ao Instituto Federal do Rondônia (IFRO) com o maior
número de servidores efetivos dedicados às suas incubadoras, contando cada uma com
discentes dos níveis médio (técnico) e superior, quanto de bolsistas já formados, como
ocorre no caso da contratação de bolsistas ‚consultores‛, como os quais o Conselho
estagiários.
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Em países como Estados Unidos e da Europa há ainda a figura do empreendedor
visitante, profissional já atuante no mercado, e que desempenha importante papel para
Observa-se que 66,67% da mão de obra atuante são de pessoas com nível
superior o que pode indicar uma boa qualificação do quadro de colaboradores. Porém,
o que não significa uma boa qualificação especificamente para o desenvolvimento das
atividades nas incubadoras, o que se entende que conhecimentos sobre atividades
com pós-graduação Lato Sensu. Na pesquisa realizada por Raupp (2012), que investigou
o grau de instrução dos coordenadores das incubadoras brasileiras, verificou-se que
apenas 20,37% do universo pesquisado não possuía graduação e que 50% não.
30
Assim, verifica-se que comparativamente que os IFs da Amazônia possuem um
número maior de graduados comparados com a pesquisa realizada à época.
ofertantes.
No Quadro 8, constarão os números quanto às formas de acesso para a atividade
de incubação.
Através das respostas adquiridas pelo formulário e por diálogos via telefone com
os gestores das incubadoras dos IFs amazônicos, pode-se observar que a submissão a
editais para o acesso aos serviços da incubadora correspondem a mais de 83% dos
casos.
Com relação aos 16,7% restantes, este trata-se da incubadora do Instituto Federal
do Pará – IFPA, que para a escolha das empresas incubadas, realiza visitas técnicas de
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sensibilização a empreendimentos como cooperativas, associações e empreendimentos
de baseados em economia solidária.
Além da existência do plano de negócios, com relação aos critérios para seleção,
a viabilidade econômica do negócio, o impacto com relação à atividade inventiva e a
vinculação às vocações regionais estão entre os critérios mais citados pelos gestores das
incubadoras consultadas. Na Quadro 9 seguirão as informações sobre os números
estudo realizado por Raupp e Beuren (2011), pode-se verificar que o suporte
administrativo empreendido pelas incubadoras estudadas encontra-se de acordo com o
contexto nacional.
Porém, em ambas as pesquisas as atividades menos citadas foram as relacionadas
consultadas realizam este tipo de orientação e naquela não houve registros de serviços
na área PI e TT.
Quadro 10: Números quanto aos tipos de atividades de suporte financeiro fornecidos
SUPORTE FINANCEIRO Nº %
Suporte quanto à captação de recursos 5 100%
Consultoria para a Aplicação de Recursos 4 80%
Outros 3 60%
Fonte: Dados da pesquisa.
laboratórios e bibliotecas.
Como menor número, constam as experiências quanto à disponibilização de
espaço (show Room) para a apresentação dos produtos e serviços desenvolvidos pelos
empreendimentos incubados. Assim, depreende-se que caso seja fortalecido tal
65% dos produtos e serviços fornecidos pelos empreendimentos incubados nos IFs da
Amazônia são compostos por atividades ligadas à tecnologia da informação e a indústria
química e de alimentos.
Os dados supramencionados não diferem muito dos apresentados na pesquisa
realizada por Raupp e Beuren (2012), onde verificou-se que entre os itens mais
disponibilizados pelas incubadoras brasileiras às empresas incubadas eram os serviços
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de limpeza e segurança, e os sanitários e copa, além dos serviços de serviços
disponibilização de recepção e salas de reunião e treinamento.
apoiados
Quadro 11: Números quanto aos tipos de suporte específicos quanto à atividade do
negócio
SUPORTE QUANTO À ATIVIDADE DO NEGÓCIO Nº %
Consultoria/Capacitação na Elab. de Planos de Neg. 6 100%
Consultoria/Capacitação em Marketing e Vendas 6 100%
Consultoria/Capacitação em Propriedade Intelectual 5 83,3%
Outros 2 33,3%
Fonte: Dados da pesquisa.
apoiados.
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Em comparação com recente estudo realizado pela Anprotec (2016), o apoio
quanto ao fortalecimento das competências para a elaboração de planos de negócios e
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Através da análise da Quadro, observa-se que a maioria das incubadoras dos IFs
da Amazônia, ainda não possui fontes próprias de receita para a sustentação de suas
foi tão irrelevante que não constaram nos resultados desta pesquisa.
Dado o quadro exposto, verifica-se, mais uma vez a incipiência das incubadoras
órgão que pode ajudar decisivamente na captação e gestão e aporte de recursos nas
incubadoras.
consultas por telefone e também por formulário específico perguntando quais eram as
principais dificuldades encontradas pelas incubadoras dos IFs da Amazônia para a
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de cada na atividade de incubação; e) Dificuldade para o encontro de parceiros externos
para o apoio às atividades da incubadora; f) desconhecimento dos servidores dos Campi
incubados (Pós-Incubados).
Principalmente no que tange à letra ‚b‛, observa-se a consonância com o descrito
também poderia ser abarcadas pelas incubadoras, porém apenas 2 incubadoras (IFAM e
IFMT) possuem página em mídia social alternativa(Facebook).
Outra questão fortemente apontada pelos gestores das incubadoras fora a
necessidade de fortalecimento das parcerias institucionais. Apesar da formalização dos
39
americanas, europeias e em algumas de centro-sul do país. Trata-se de empreendedores
já em atuação no mercado e com larga experiência, podendo compartilhar com a
5. Considerações Finais
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números desconfortantes como ocorre relação à atividade econômica amapaense, como
o índice de desempregados (21,5%) o maior do país em números relativos, segundo o
IBGE (2018).
Reforça-se, assim, a importância do fortalecimento das estratégias quanto ao
6. Referências
LAVROW, M.; SAMPLE S. Business Incubation: Trend or Fad? (Universityof Ottawa), 2002.
41
MEDEIROS, J. A. Incubadoras de empresas: lições da experiência internacional. Revista de
Administração da USP, São Paulo, v. 33, n. 2, abr./jun., p. 5-20, 1998.
RAUPP, F. M.; BEUREN, I. M. Perfil das Incubadoras Brasileiras, XXXII Encontro Nacional
de Engenharia de Produção (Enegep), Santa Catarina, 2012.
RIES, Eric. A Startup Enxuta: como empreendedores atuais utilizam a inovação contínua
Carneiro de Araújo; Gesil Sampaio Amarante Segundo; Cristina Maria Quintella;. (Org.).
43
AS RELAÇÕES ENTRE OS MECANISMOS DE GOVERNANÇA DO TCU COM
METODOLOGIA ÁGIL DE PROJETOS SCRUM: UM ESTUDO DE CASO EM UMA
RESUMO:
A finalidade deste artigo consiste na análise das relações entre os mecanismos de
governança adotados pelo Tribunal de Contas da União (TCU) com a metodologia ágil
Scrumem uma Secretaria de Estado na região da Amazônia Oriental. Sob o prisma
metodológico, este estudo é exploratório e descritivo, sendo sua abordagem de cunho
qualitativo, onde foi realizado um estudo de caso. Como instrumento de coleta de
dados, elaborou-se uma entrevista com base em pesquisas exploratórias e nos
mecanismos de governança pública do TCU, tendo como participantes os
representantes dos três principais níveis hierárquicos da organização. No tratamento
dos dados coletados, foi realizada análise de conteúdo. Os resultados sugerem que no
PRODAP, na percepção dos gestores, há alinhamento com os mecanismos de
governança do TCU, de modo que a metodologia ágil Scrumauxilia no processo de
alcance dos objetivos estratégicos de maneira eficiente e eficaz, além de contribuir
com controle e acompanhamento da execução das atividades internas e a mitigação
deriscos.
1 INTRODUÇÃO
moda. Isso implica dizer que ela objetiva transformar uma organização desordenada
em um ambiente mais coerente, ético e eficiente, reduzindo os níveis de conflitos,
patrimônioestatal.
O presente artigo busca por meio de um estudo de caso em um órgão
administração
pública advindo dos europeus no qual era bastante difícil distinguir as esferas pública
socioeconomicamente vulnerável.
Com a necessidade de superar o patrimonialismo, surgiu então o modelo
Burocrático que, para Silva (2015), foi fundamental, pois, é o modelo transitório
entre o Patrimonial e o Gerencial, que coagiu para que sucedesse uma
administração competente, impessoal e rígida.
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Conforme Secchi (2009) o grande problema do padrão burocrático foi o
engessamento da Administração Pública, de forma que o gestor, em vez de poder
contar com uma aparência carismática para alcançar a dominação social, contou
apenas com a autoridade emitida pelas normas estatais, definido por Junquilho
regulamentações institucionais.
Com o crescimento das demandas sociais por uma administração que não só
ação, defendido por Prado (2011) como um meio de reação empregado frente à
crise vivenciada pela burocracia nos procedimentos administrativos, criando uma
De acordo com Kelly e Wanna (2001), a Nova Gestão Pública (NPM — New
Public Management) surgiu como uma resposta a restrição fiscal pela qual os
Estados Unidos passaram no final do século XX, visando corrigir e restringir o
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orçamento estatal. Essa reforma possibilitou ao governo avaliar as melhores
soluções orçamentárias em um momento onde os mesmos encontravam-se
novo modelo, trouxe diversos valores em seu plano para cumprimento dos objetivos
previamente estabelecidos, no qual se pode destacar a capacidade de resposta,
2010).
A prestação de contas responsável (accountability) por parte dos agentes
estatais é um dos pontos desse novo modelo, visando atender as necessidades dos
48
práticas visando a efetividade das ações.
Assim, pode-se dizer que no setor público a utilização de práticas voltadas à
para práticas de uma boa governança, como: pessoas éticas, motivadas e que
possuam competência para assumir e liderar os principais processos organizacionais
(TRIBUNAL DE CONTAS DA UNIÃO, 2014). Deste modo, pode-se dizer que para que
haja uma boa governança é necessário realizar a divisão de tarefas, na qual os
49
a. Pessoas e competências: Refere-se à pessoas integrantes do processo de
50
2.2.2 Mecanismo deEstratégia
apresentados abaixo:
51
Compreende uma série de procedimentos que objetiva o acompanhamento
UNIÃO,2014), desta forma pode-se dizer que a auditoria interna tem como
principal objetivo garantir a integridade, transparência e qualidade da
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A discussão sobre a utilização de modelos de gerenciamento de projetos do
setor privado em projetos do setor público ganhou força com as práticas do New
Public Management, as quais visam uma efetiva melhora nos métodos até então
empregados (DE SOUZA; REINHARD, 2016).
melhor prestação dos serviços prestados pelo Estado, bem com a supervisão dos
gastos, visto que, segundo o Manual Técnico do Orçamento – MTO (2018) todas as
os objetivos principais que uma organização apresenta em longo prazo, bem como
com as ferramentas que serão utilizadas para alcançá-las. Sendo assim, a Gestão de
projetos passa a ter um papel primordial para a organização, tendo em vista que
possibilita a tomada de ações necessárias para o planejamento e desenvolvimento
53
Gestão de Projetos visa coordenar e controlar todas as habilidades, técnicas,
conhecimento e ferramentas necessárias para a implementação do projeto,
atingir seus objetivos, visto que possibilita à gestão atuar de maneira mais
participativa, adaptável e ágil.
desenvolvimento ágil estão atrelados às equipes que são auto organizadas, o que
possibilita o contato direto com os clientes e a entrega dos softwares em menor
software surgiram como resposta aos métodos tradicionais, e mesmo com essas
novas ferramentas, a produção de softwares confiáveis e entregues dentro dos
prazos e custos pré-estabelecidos ainda não é feita em larga escala.
54
Uma das peculiaridades de tais metodologias ágeis é a flexibilidade, ou seja,
se amoldam ao invés de serem preestabelecidas. Isso possibilita que a organização
produto que está sendo ofertado, assim como melhorar a produtividade daequipe.
Development Team. De acordo com Rubin (2012), tudo começa com a visão do
produto, sendo o PO responsável pela elaboração, manutenção e priorização de
características. Essa dinâmica ocorre através de ciclos temporais, que podem ser
diários ou de interação, este ocorre geralmente no prazo de quatro semanas
tempo, devendo ser apresentado ao fim dele um produto final que foi estabelecido
na ProductBacklog. Essa efetiva entrega do software fornece indicadores ao PO e ao
SM, já que proporcionam uma visibilidade acerca do processo, se está ou não sendo
realizado de forma eficiente e eficaz (VALLERÃO; ROSES, 2013).
3 METODOLOGIA
abrangência acerca do estudo por meio de artigos, teses, dentre outras bases
científicas (GIL, 2008). Conforme Silva e Mendonça (2015) a pesquisa exploratória
materializando-se por meio de presunções abstratas que não definem uma relação.
56
O enfoque ao problema se deu através da abordagem qualitativa, onde foi
realizado um estudo de caso, caracterizado por Gil (2008) como a investigação
avaliaçãoindutivo.
57
pesquisadores.
de tal ação foi elencar em cada projeto pessoas com mais afinidade com os temas
para um melhor desenvolvimento das atividades.
implantação, ratificado por Miranda e Amaral (2011) como fator chave para
execução de tarefas dentro das organizações, bem como o TCU (2014) aponta para
de suma importância, bem como ter uma equipe dotada de valores éticos e morais,
devendo estes serem adotados como princípio para uma boa governança pública
(IFAC, 2013).
posições são preenchidas com base no mérito individual e não mais em critérios
preestabelecidos, vem ganhando espaço na Nova Gestão Pública, opondo-se ao
modelo burocrático de organização. Tal medida incentiva uma postura ética por
parte dos colaboradores, devendo ser adotada durante todo o processode
59
resistências encontrados neste processo de implementação. O E1 relatou que apesar
dos impasses, após a implementação da metodologia houve sim um engajamento
por parte das equipes, devido a divisão de tarefas de maneira clara. Constatou
também que o maior impasse se deu por conta da antiga cultura que culminou em
60
prática, impedindo a geração de problemas maiores e perda de tempo que,
conforme o TCU (2014) fazem parte do processo de interação diante dos processos
resultadosplanejados.
elementos que visam alcançar uma boa governança por meio da administração dos
4.2 MECANISMOESTRATÉGIA
61
processo de comunicação com as partes interessadas. Esse desencontro de
pensamentos se deve ao fato de que o E1 possui o maior cargo da instituição, deste
atrasava a entrega dos resultados e fazia com que cada setor trabalhasse de forma
isolada, o que é ratificado por Secchi (2009) quando evidencia que o grande
enfatizar que ocorre por meio do alinhamento entre as necessidades dos clientes e
62
órgãos, sendo utilizada apenas para o controle interno. E segundo o E3, faz-se
necessário estabelecer uma nova cultura, tendo o Scrumcomo ferramenta oficial nas
demaisorganizações.
que o PRODAP contratou por meio de licitação, uma empresa de consultoria para a
implementação da metodologia ágil Scrum. Em conformidade com o assunto, o TCU
63
produtividade dos colaboradores, além de contribuir, segundo o E2, para avaliação e
o andamento do projeto que são acompanhados pelos gestores. A avaliação de
64
4.4 MECANISMOS ECOMPONENTES
65
Estratégia Possibilita o alinhamento entre as Cumprimento dos objetivos
Organizacional necessidades dos clientes e os de maneira eficiente e
objetivos da metodologia; eficaz; identificação das
permite uma sinalização rápida, necessidades dos clientes;
fácil e compartilhada entre a atender a missão e visão.
equipe.
Alinhamento Mapeamento de habilidades e Ajuda a fortalecer a
transorganizacional competências; capacitar os cooperação proveniente do
colaboradores de acordo com a alinhamento de objetivos
demanda. específicos.
Controle Gestão de Riscos e Análise de relatórios de risco; Visa identificar, analisar,
controle interno processo de mitigação de riscos mensurar e monitorar os
através do controle riscos organizacionais.
organizacional.
5 CONSIDERAÇÕESFINAIS
tempo para o alcance dos objetivos e metas organizacionais, tendo em vista que a
metodologia propiciou a utilização da ferramenta Redmineque permite o
67
execução das atividades, além de possibilitar a mitigação de riscos oriundos de
falhas no processo de desenvolvimento. Partindo desse pressuposto, destaca-se que
ágilScrum contribui com a governança pública, e que por meio desta prática a
organização consegue alcançar os objetivos estratégicos com eficiência e eficácia,
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74
CENÁRIO DE PRODUÇÃO MADEIREIRA PARA MUNICÍPIOS DO ESTADO DO
AMAPÁ: UM APLICATIVO ANDROID*
RESUMO:
As atividades econômicas da Amazônia ligadas ao meio ambiente se dão principalmente
pela extração de recursos naturais e a conversão de vários hectares de floresta para
outros usos por meio do manejo da vegetação para agricultura, pecuária e exploração
de madeiras. O objetivo desta pesquisa é propor um aplicativo android afim de escolher
o melhor cenário de produção madeireiro levando em consideração as características do
manejo na região. Para tanto serão avaliados cenários de manejo florestal levando em
considerações as percepção de comunidades, madeireiras, gestores, pesquisadores
analistas e extensionistas de órgão oficiais do estado que trabalham com manejo
florestal, afim de levantar as principais características do manejo, vantagens e
desvantagens de sua implementação, para alimentar um modelo multicritério e
identificar o melhor cenário dentre vários, onde esse modelo foi ajustado a uma
linguagem JAVA para que ele possa ser implementado em um aplicativo de celular, para
que esse aplicativo seja a interface de trabalho do usuário com o modelo afim de
facilitar as tomadas de decisão para seus usuários.
1. INTRODUÇÃO
Scolforo (1998) diz que o manejo florestal pode ser praticado de duas maneiras:
sendo a primeira focada em aumentar a qualidade do produto final, sua dimensão e se
como um a ferramenta para gerar renda extra para as comunidades que tem interesses
de fazer o manejo florestal em suas áreas (MEDINA; POKORNY, 2011).
76
associações e estratégias para a busca de mercados atrativos, incluindo a adoção de
certificação (MEDINA; POKORNY, 2011). A visão do manejo florestal comunitário é a
ambientes complexos em que diversas variáveis ou critérios são considerados com peso
para priorizar a seleção de alternativas mais viáveis, com isso, um aplicativo mobile que
consiga realizar os cálculos do método de forma rápida e com uma interface de
compreensão simples, conseguirá uma abrangência maior, pelo fato de sua simplicidade
apresentar aos produtores rurais os possíveis produtos que se podem retirar do manejo
florestal.
Nesse contexto levando em consideração as diferentes características,
peculiaridades adversidades do manejo comunitário, faz com que os estudos sobre
77
cenários de produção madeireira e proposta de uma abordagem multicritérios, torna-se
de grande importância para a tomada de decisão, pois o principal desafio é delinear
escolhas aderentes à realidade do meio rural amazônico, além disso, inserir novas ideias
e tecnologias, no intuito de maximizar lucro e minimizar custo e impacto ambiental
2. METODOLOGIA
com maior potencial madeireiro do estado do amapá. Para coleta de informações foram
aplicadas entrevistas semiestruturadas com o uso de questionários com Engenheiros
florestais, pesquisadores da empresa de Pesquisa Agropecuária do Amapá (EMBRAPA),
78
Instituto Estadual da Floresta do Amapá (IEF) e Organizações Não Governamentais
(ONGs) e Universidade do Estado do Amapá (UEAP). Sendo que as entrevistas foram
Para cada um dos fatores foi atribuído uma nota indicando qual o grau de
importância dos mesmos no processo, obedecendo a pontuação que Saaty (1996)
(TECMUNDO, 2014). A IDE é totalmente gratuita e utiliza a linguagem JAVA para criação
dos códigos dos aplicativos.
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1. ENTREVISTAS SEMIESTRUTURADAS
79
Foram identificados 8 municípios Amapá, Laranjal do Jarí, Macapá, Santana,
Mazagão, Pedra Branca, Porto Grande e Serra do Navio, além disso foram entrevistados
principais fatores do manejo e as alternativas, tendo três (03) objetivos principais: melhor
disposição das upas, o produto a ser comercializado e a intensidade de corte (Figura 1).
Para preenchimento dos critérios, foram analisados os fatores que constituem um plano
de manejo florestal, após essa analise foram definidos os cenários. O modelo foi
municípios de Amapá (AP), Laranjal do Jarí (LJ), Macapá (Mcp), Santana (Stn), Mazagão
(Mzg) Pedra Branca (PB), Porto Grande (PG) e Serra do Navio (SN). Como pode-se
80
observar na tabela 1 em azul, Macapá é a que possui o maior peso em relação a madeira
processada. Macapá recebeu um grau de influência de 29%, é o maior município do
estado e o centro consumidor está mais perto da capital e por isso madeira processada
tem um maior grau de influência seguida dos municípios de Mazagão e Santana.
Tabela 1: Matriz reciproca da comparação do fator Madeira processada nos municípios estaduais
(Normalizada).
MADEIRA PROCESSADA
VETOR M.
18 9 46 13
P 22 46 35 63 87 46
G 58 23 62 27 65 23
71 32 95 38 89 5 32
18 9 46 13
ƩI 10,995 8,9235 6,2571 7,1027 6,9157 8,2125 8,47741 8,9235 3,488823 100%
82 99 43 03 89 94 99
Legenda: Amapá (AP), Laranjal do Jarí (LJ), Macapá (Mcp), Santana (Stn), Mazagão (Mzg) Pedra Branca (PB),
Porto Grande (PG), Serra do Navio (SN) e Normalização (Norm).
81
Após a construção da matriz recíproca, calcula-se o auto vetor e
MADEIRA PROCESSADA
AP
LJ
MCP
STN
PB
PG
SN
Legenda: Amapá (AP), Laranjal do Jarí (LJ), Macapá (Mcp), Santana (Stn), Mazagão (Mzg) Pedra Branca (PB),
Porto Grande (PG) e Serra do Navio (SN)
perto por isso madeira processada tem um grau de influência seguida por Mazagão e
Santana. Os municípios que receberam um grau de influência menor são devido ao
grande número de grandes madeireiras nesses locais e o baixo centro de consumo local
82
fazendo com que inviabilize a venda nessa área. Este mesmo processo é feito com os
demais fatores, afim de identificar a importância que os municípios têm um ao outro
estado do Amapá foi construído o aplicativo MFC Amapá, onde na sua tela inicial o
mesmo apresenta os municípios que se tem informações do melhor cenário de
produção madeiro.
Figura 2: Tela inicial do Aplicativo MFC Amapá
83
Figura 3: Tela de informações do melhor cenário para o município do Amapá
84
85
Figura 5: Tela de informações do melhor cenário para o município do Macapá
86
Figura 6: Tela de informações do melhor cenário para o município do Mazagão
87
Figura 7: Tela de informações do melhor cenário para o município do Pedra Branca
88
Figura 8: Tela de informações do melhor cenário para o município do Porto Grande
89
Figura 9: Tela de informações do melhor cenário para o município do Santana
90
91
Figura 10: Tela de informações do melhor cenário para o município do Serra do Navio
92
O botão de detalhes na aba de cenário, monstra informações relacionado a cada
trabalha também com açaí e palmito, sendo o açaí extraído das quatros (04) primeiras
UPAs e o palmito tem um ciclo de corte de 4 anos contínuos, onde a primeira UPAP é
formada pela primeira UPA, a UPA dois (02) pela UPA dois (02) assim sucessivamente
Clicando no ícone de interrogação o usuário será direcionado para uma aba onde
Figura 11: Identificação dos criadores e mensagem do mesmo para seus usuários
93
4. CONCLUSÕES
possível criar combinação para cada município dos 8 trabalhados, que auxiliaram na
tomada de decisão para escolher cenários de produção madeireiros para essas áreas. O
aplicativo MFC Amapá terá fácil acesso uma vez que será disponibilizado para download
na Play Store (Loja de Aplicativos do Android), o mesmo pode apresentar de forma
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Engenharia Florestal) - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2012.
95
COLABORAÇÃO DOS MEIOS DE MODAIS PARA O DESENVOLVIMENTO: MODAIS
UTILIZADOS NA MOVIMENTAÇÃO DE INSUMOS NO ESTADO DO AMAPÁ.
Yago Castilho de Melo
RESUMO:
O objetivo principal deste artigo é identificar e compreender quais os meios de modais
predominantes são utilizados na movimentação de mercadorias no estado do Amapá e
qual sua colaboração para o desenvolvimento regional. Também é uns dos objetivos do
estudo tomar conhecimento das vantagens e desvantagens dos modais atuante no
estado do Amapá ao ponto de estabelecer novas estratégias. Entender o impacto
causado na economia e crescimento da região através de importação e exportação de
produtos, identificar sua parcela de contribuição para o desenvolvimento do local,
analisando seus pontos positivos e negativos, a fim de conhecer seus processos e
sistemas tecnológicos para possíveis investimentos na área. A construção do artigo é
aplicada de modo bibliográfica, fazendo-se analises do conceito de diversos autores. O
estudo evidencia a necessidade e limitação que o estado do Amapá possui com seus
modais na movimentação de produtos. Por fim, esboça-se a importância de conhecer a
especialidade individual de cada modal para desenvolver novas estratégias competitivas
e aplicação de investimentos para aprimoramento. Os investimentos aplicados em
infraestrutura para os meios de transporte pelo governo amapaense, são de forma
insuficiente, deixando a existência de falhas e necessidades, dificultando tomadas
inovadoras, atrasando o mercado empreendedor e impedindo a evolução do espaço.
INTRODUÇÃO
exportação. O sistema logístico tendo que acompanhar todo esse crescimento por sua
vez, trabalha de forma segura para oferecer todo o auxílio e suporte necessário para a
96
Os modais nada mais são do que o meio de transporte utilizado para
promover o deslocamento de um produto ao seu destino estabelecido, dessa forma se
seu manuseio. Devemos ter consciência de que cada modal de transporte contém suas
vantagens e desvantagens, tal como fatores de custo de frete com relação ao valor da
importância para o desenvolvimento do estado já que juntos são responsáveis por quase
toda a locomoção de importação e exportação, além de gerarem emprego para a
dos processos logísticos e seus modais de transportes, deixando assim uma incerteza
para o empreendedor.
mercadorias através dos modais no estado do Amapá e avaliar quais os modais são mais
utilizados, entender sua colaboração para o desenvolvimento do estado e identificar
seus pontos positivos e negativos, tornando o trabalho um canal de exposição para
97
possíveis investidores, buscando demonstrar sua capacidade e potencialidade já
detectada, a fim de obter infraestrutura adequada, meios de transportes qualificados e
deve ter com o meio ambiente, bem como aplicação da logística reversa.
98
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
A ideia de promover a expansão e desenvolvimento do comércio regional
deverão optar pelos projetos que sejam mais produtivos. (SILVEIRA; CAIXETA-
estudados, pois
o investimento em transportes é estratégico para uma política de
entendido como uma soma de recursos disponíveis que é desviada para a futura
geração de um serviço. (SILVEIRA; CAIXETA-FILHO, 2014, p.20).
rurais direto para zona urbana, gerando uma grande mudança nas despesas globais,
alguns mercados iram crescer enquanto outros despencarão. Empresas em geral devem
desenvolvimento.
ESCOLHA DE MODAL
A definição do meio em que será trabalhado o uso para transporte de
seguido de analises para desenvolver a melhor estratégia para adotar (FIGUEIREDO et al,
2014).
100
Para definição de adoção do modelo de modal em que será utilizado,
considera-se Figueiredo e outros (2014, p.230), ‚variáveis como agilidade, flexibilidade e
pouco utilizada pelas empresas ou gestores. O autor também fala sobre a relação e
analise que deve ser feita para evitar problemas indesejáveis durante cada serviço de
condições confortáveis na hora de transportar, também deve observar para que o custo
de reparos ou manutenções caibam dentro do limite econômico da entidade. Muitos
empresários trabalham com a ideia de que a manutenção é algo descartável, que não
101
tem tanta significância, portanto, deixando-a de lado será a melhor opção, pois irá
reduzir custos. Com essa forma de pensar o gestor acaba contribuindo para que tenha
redução dos custos, essa conduta implicará também maior confiança aos clientes‛.
Outro fator que deve ser tomado com bastante relevância é a manutenção
de estoque, de acordo com Christopher (2016), o gestor precisa saber de forma efetiva
quanto custa o seu estoque e, trabalhar de forma precisa para maximizar resultados e
diminuir custos com perda de mercadorias obsoletas, estoque parado, manuseio, entre
outros.
PROCESSOS LOGISTICOS
Esses processos quando executados de forma eficiente agregam grande valor para
empresa, gerando vantagem competitiva.
Pires (2016) afirma que, o homem passou a reconhecer a importância dos
processos logísticos desde muito tempo, quando foi obrigado a se preparar para as
ideia dizendo ‚ao longo da história da humanidade, guerras são vencidas e perdidas por
102
durante o período da humanidade determinando seu sucesso ou a decadência. Do
passado até os dias atuais foram realizados estudos para aprimorar cada vez mais a
não se encaixavam corretamente nos dias de hoje, o primeiro tem relação ao conceito
de agregação de valor ao produto e o segundo corresponde a classificação tradicional
aos exercícios existente em uma cadeia de suprimentos ‚meios‛ e ‚fins‛ ( PIRES, 2016).
Com a chegada da globalização no brasil as empresas precisaram realizar
analises para criar novas estratégias com o intuito de se adaptar à nova realidade,
buscando se igualar ao nível globalizado. Fatores competitivos essenciais como o custo,
ao menor custo possível. A logística deve, portanto, ser vista como o elo entre o
processos logísticos, Pires (2016, p.36) define como ‚*...+ conjunto de companhias
103
autônomas, ou semiautônomas, que são efetivamente responsáveis pela obtenção,
produção e liberação de um determinado produto ou serviço ao cliente final‛.
cada empresa necessita entender e usar de maneira eficiente e eficaz cada método
citado. Buscando conhecimentos sobre cadeia de suprimentos temos,
A cadeia de suprimentos é a rede de organizações que está
envolvida, por meio de ligações ‚a montante e a jusante‛, nos diferentes
processos e atividades que produzem valor na forma de produtos e serviços nas
umas das outras por definição e, ainda assim, paradoxalmente e por tradução,
tarefa sem se atentar se por exemplo outro setor está sendo afetado negativamente
com a realização da devida ação. É importante existir coordenação, gerenciamento,
direção e controle para que gerem resultados positivos, Christopher (2016, p. 18) ‚É
preciso reconhecer que o conceito de gestão de cadeia de suprimento, embora
locais com mais dificuldade em acesso, o sistema acontece basicamente com o envio de
um veículo com capacidade absurda de carga até determinada área de encontro,
modal que será utilizado no processo, seja ele qual for, terá grande influência no tempo
e preço final de determinado produto, Castro (2014, p.60) ‚nesse sentido, os custos de
transportes afetam a renda gerada em cada região (via exportação) e seus preços (via
importação – tanto de insumos, quanto de produtos finais)‛.
105
Obter um sistema logístico onde não exista eficiência por sua vez acaba
gerando grandes problemas, riscos e custos para empresa, dando uma congelada no
globalizado, onde
o crescimento do produto ou da demanda por transporte de
carga ter-se expandido de forma elástica foi o marcante crescimento do
comércio interno brasileiro, nesse período, bem como da distância média
percorrida por esses fluxos. Desde os anos 70, nota-se um crescimento do
comércio inter-regional em todas as regiões brasileiras. (CASTRO, 2014, p.66).
106
custos desnecessários. O administrador tem o dever de se manter sempre alerta e
atualizado diante de variações que possa influenciar diretamente em seu orçamento
feito também um treinamento por parte da empresa com seu colaborador a fim de
capacita-lo e deixa-lo apto para manuseio de tal ferramenta, aprimorando
custos dos transportes, o gestor responsável pelo serviço deverá se manter sempre em
alerta, pois existem métodos que realizados de maneira incorreta podem trazer aumento
TECNOLOGIA E INOVAÇÃO
107
identificação de necessidades e disponibilizam suporte para criação e aplicação de
melhorias. (VALENTE et al., 2011).
transportes a ampliar sua visão e percebendo que para atender o mercado já não
bastava apenas uma boa gestão de frotas, é preciso manter-se modernizado a fim de se
manter estável ou acabar ampliando para atingir uma parte maior do mercado, portanto,
as empresas do ramo devem se manter atentas aos avanços tecnológicos e adquirir
sempre que existir viabilidade, Valente e outros (2016, p.321) ‚*...+ A entrega correta de
uma encomenda ou produto ao cliente certo, no lugar e hora programados, é a linha
108
o surgimento da tecnologia em informação foi um ponto marcante, pois possibilitou o
surgimento de diversos métodos que vieram a somar com a questão de transportes,
se antecipar aos outros com estratégias inovadoras, formas de trabalho totalmente nova
e eficiente, surgimento ou melhorias em equipamentos buscando de uma forma
2016, p.323).
109
Conforme Pires (2016), uns dos grandes resultados da explosão no
desenvolvimento da tecnologia e informação é o surgimento do e-commerce e e-
dos negócios‛ e o e-business como ‚geralmente restrito aos limites das transações de
compra e venda‛.
visto que não terá a mesma capacidade de filtrar informações dos clientes, fornecedores,
acontecimentos diários no que se ocorre no mundo, fatores que impactam em seu
por meio da internet, seja através de sites, e-mails, propagandas e anúncios, tudo isso
pode ser feito de seu smartphone, computador ou qualquer outro aparelho compatível,
processos inovadores que estão cada vez mais recebendo investimentos e roubando o
espaço e flexibilidade de uma loja física.
110
PRUDÊNCIA AMBIENTAL
MARTINS, 2014).
Uma forma de cuidar do espaço ambiental adotado por muitas empresas é
dos materiais constituintes dos mesmos e dos resíduos industriais, por meio da
sustentabilidade de todo o globo terrestre. Sustentabilidade pode ser definida como, ter
111
capacidade de suprir necessidades sem comprometer o processo de gerações seguintes
para satisfazer suas próprias necessidades.
Pires (2016) diz que, uma área que vem se alavancando diante das
circunstancias atuais é a logística reversa, que busca entender de que forma pode
reaproveitar um produto utilizado e descartado por devidos consumidores. O autor
continua com a seguinte afirmativa, a sociedade atual não está se importando com o
montante de sucata que estão produzindo e jogando por algum lugar da natureza, não
estão com intuito de preservar e nem se interessam com o mal que estão provocando
contra as gerações futuras, onde conforme definimos o conceito de sustentabilidade,
essa ideia está totalmente indo ao contrário e causando impactos negativos ao longo
prazo. A legislação mundial em geral acompanha esse fato e tende a consolidar a ideia
de que quem produz será responsável pelo entulho. Empresas percebendo essa vertente
já passaram a focar em desenvolver estratégias para reverter ou amenizar esse grande
112
Christopher (2016) faz comentários sobre a logística reversa, definindo-a
como um termo de processos com a intenção de resgatar os produtos de volta,
contudo, no final de sua vida útil. Também faz ponderações sobre o desafio das
empresas em buscar e desenvolver a melhor maneira de tratar com seus devidos
produtos depois que sua vida útil é chegada ao final, de que maneira fará para resgata-
los e como reutilizará em diante. Christopher afirma que no passado a logística reversa
era vista como um custo bastante alto, por essa razão muitas vezes não recebia a
atenção que precisava, em dias atuais esse olhar por parte das empresas mudou, onde
causados através dos gases de efeito estufa para com nosso planeta, gases que são
conhecidos como dióxido de carbono, óxido nitroso, metano e outros gases
CONSIDERAÇÕES FINAIS
113
Ao possuir um sistema de transporte eficaz a organização agrega
qualidade, confiabilidade por parte do cliente, reduz custos e tempo, organiza e controla
melhor seu estoque, obtendo uma vantagem competitiva diante de seus concorrentes.
Estudar os diferentes tipos de modais possibilita aprender sobre cada
que o modal rodoviário é o meio mais utilizado em todo brasil, incumbido de grande
participação na movimentação de cargas. Identifica-se imperfeições na infraestrutura,
estado.
Os meios logísticos em que o território Amapaense se encontra levando
em consideração seus transportes de cargas e frotas, são deficientes, uma vez que
sofrem constantemente com a falta ou escassez de métodos, processos, materiais e
que o estado possui. O que realmente falta é interesse e investimento em melhorias para
os devidos fins.
114
Os investimentos destinados a promover melhorias no setor de
estruturação dos modais não tem sido suficiente por parte do governo amapaense.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAIXETA-FILHO, José Vicente; SILVEIRA, Ricardo Martins. Gestão logística do
transporte de cargas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
MILL, Alfred. Tudo que você precisa saber sobre economia. São Paulo: Editora Gente,
2017.
MONTEIRO, Adriane Fontana; Martins, Edson Aguiar (colaboradores) Gestão logística
do transporte de cargas. 1. ed. São Paulo: Atlas, 2014.
115
PIRES, Sílvio R. I. Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain Managemente):
conceitos, estratégias, práticas e casos. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2016.
VALENTE, Amir Matar et al. Gerenciamento de Transporte de Frotas. 3. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2016.
VALENTE, Amir Mattar et al. Gerenciamento de transporte e frota. 2. ed. São Paulo:
Cengage Learning, 2011.
116
CONFLITOS NA GESTÃO DOS RECURSOS NATURAIS EM ÁREAS PROTEGIDAS NO
ESTADO DO AMAPÁ: UM ESTUDO DE CASO DO PARQUE NACIONAL CABO
ORANGE
RESUMO:
O presente artigo discorre sobre a gestão dos conflitos existentes dos recursos naturais
em áreas protegidas no estado do Amapá. Portanto, compreender esses conflitos é
importante para a formulação das políticas e diretrizes para o processo produtivo do
estado e das comunidades tradicionais. Analisar-se-á a gestão e o manejo dessas
unidades de conservação, pois, em última análise os conflitos refletem o processo
histórico das lutas sociais e da transformação econômica na construção dos espaços
geográficos. Os recursos naturais são alvo de disputa por diferentes interesses e
concepções. Com isso, analisar-se-á o impacto do Parque Nacional de Cabo Orange
(PNCO) nas populações envolvidas e os respectivos conflitos. Para esta pesquisa utilizou-
se o enfoque qualitativo a partir de pesquisa feita In loco realizada no Parque Nacional.
Os dados e informações obtidos foram fundamentais para identificar os principais
conflitos existentes na preservação dos recursos naturais, bem como quais ações
estratégicas, foram relevantes para a tentativa de solução dos conflitos existentes.
1 Introdução
2000. A Lei do SNUC foi criada para gerar grandes avanços à criação e gestão das
Unidades de Conservação (UC) nas três esferas de governo, fomentando a preservação
áreas protegidas.
As áreas protegidas são espaços que objetivam proteger e manter a diversidade
processos conflituosos são intensos e com diversas proporções, conforme será visto.
conservação (UCs), Terras Indígenas (TIs), terras de quilombolas (TQs) e outras áreas
legalmente protegidas que, pela Convenção sobre Diversidade Biológica, são "definidas
geograficamente e destinadas, ou regulamentadas, e administradas para alcançar
118
objetivos específicos de conservação‛ (Convenção da Diversidade Biológica - CDB,
Artigo II, 1993). É importante ressaltar, contudo, que, de acordo com o Plano Estratégico
Nacional de Áreas Protegidas - PNAP, as TIs e TQs não devem ser reconhecidas
automaticamente como áreas protegidas dentro dos termos da CDB, pois os direitos
fato é que muitos espaços são criados e não possuem plano de manejo para executar
uma política de inserção humana no processo de desenvolvimento econômico, neste
sentido Fiorillo (2013) enfatiza os chamados ‚Parques de papel‛, pois são espaços
criados sem qualquer ferramenta político-social para o desenvolvimento de atividades,
119
conservação (UCs), terrestres e marinhas, com cerca de 1,5 milhão de km², superando as
áreas somadas de Portugal, França e Alemanha; As unidades da federação com as
maiores proporções dos seus territórios em áreas protegidas eram o Distrito Federal
(93,5%), Amapá (62,8%), Acre (32,3%) e Pará (32,2%). Juntos, Amazonas e Pará
Isto não significa que o Estado-Membro só deva fiscalizar as áreas por ele criadas,
e a União as por ela instituídas. Haveria verdadeira afronta ao disposto no art. 225, da
natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos recursos naturais, ou seja, manter os
ecossistemas livres de alterações causadas pela interferência humana. Este grupo é
120
explorar o ambiente de maneira a garantir a perenidade dos recursos ambientais
renováveis e dos processos ecológicos, mantendo a biodiversidade e os demais
coletividade e do Poder Público em geral, aliás, conforme art. 23, VI e VII c.c art. 225,
ambos da CF/88.
Brasileiro de Desenvolvimento Florestal (IBDF) e SEMA, e mais tarde pelo IBAMA, era o
de que havia grandes extensões territoriais desabitadas neste espaço da Amazônia.
Assim, o Amapá passou a fazer parte da meta mundial de conservação que objetivava
aumentar o número de áreas protegidas na região.
instituídas por lei, por meio do poder público federal, estadual ou municipal, e devem
proteger o patrimônio natural e cultural do Estado que apresenta uma riqueza de
espécies de fauna e flora, nesse aspecto, assim descrito por Abrantes (2014).
122
Estes espaços protegidos são, na verdade, unidades de conservação que estão
destinados ao estudo e preservação de exemplares da fauna e da flora, podendo ser
públicas ou privadas. Podem ser declarados por ato público ou previsão legal.
não dispõem de condições para a habitação humana, em outras palavras, que impedem
qualquer tipo de ação antrópica, sendo acolhido somente o uso indireto dos seus
recursos naturais para uso exclusivo em atividades como pesquisa científica e turismo
ecológico. Sendo as principais Áreas Protegidas do Estado:
123
As Unidades de Conservação do Estado do Amapá, representada na Figura 2,
baseando-se nos estudos de Pena e Menezes (2006), são as seguintes:
consecutivos, ocorreram incêndios que afetaram parte dela. Atualmente, não há pessoas
morando na área, apenas os funcionários do IBAMA têm acesso a ela.
proteção dos recursos hídricos, das belezas cênicas e dos sítios históricos e
arqueológicos caso existam, assim como fomentar o desenvolvimento da pesquisa
científica básica e aplicada, da educação ambiental e ecoturismo.
124
Reserva Extrativista Do Rio Cajari: criada pelo Decreto Federal nº 99.145, de 12
de março de 1990, e modificada pelo Decreto Federal s/no, de 30 de setembro de 1997.
Suas terras compõem o Projeto Jari, que mantinha conflitos com a comunidade
tradicional remanescente de extrativistas, proibindo-a de exercer suas atividades por
Nacional do Brasil e uma das maiores áreas de floresta tropical protegidas do mundo,
com aproximadamente 3.867.000 hectares.
125
Reserva Particular Do Patrimônio Natural Retiro Boa Esperança. Criada
através da Portaria Nº 120-N/IBAMA, de 24 de agosto de 1998, é de propriedade de
conservação.
Reserva De Desenvolvimento Sustentável Do Rio Iratapuru: Criada pela Lei
Estadual n.º 0392, de 11 de dezembro de 1997, tinha o objetivo de promover a
conservação e o uso sustentável de sua biodiversidade. Cerca de 150 famílias residiam
Área De Proteção Ambiental Do Rio Curiaú: amparada pela Lei Estadual 0431,
de 15 de setembro de 1998. A APA foi criada originalmente pelo Decreto Estadual n.º
1417, de 28 de setembro de 1992. Na verdade, a unidade tem origem mais antiga, pois
126
evoluiu de uma Área de Relevante Interesse Ecológico - ARIE3, criada no local pelo
Decreto Federal n.º 89.336, de 31 de janeiro de 1984. O poder público estadual focalizou
a área sob os aspectos cultural e de preservação ambiental, tendo em vista que a região
do Curiaú, habitada por populações remanescentes de comunidades de escravos negros,
ARIEC do Curiaú, a fim de que a unidade fosse privilegiada pela chamada Lei Sarney - n.º
7.505, de 2 de julho de 1986, a qual previa a concessão de benefícios fiscais para
Situado junto à foz dos rios Oiapoque e Uaçá, o PNCO abrange terras dos
municípios de Calçoene e Oiapoque. Foi a primeira unidade de conservação federal
criada no Amapá, estado que tem hoje 55% de seu território protegido por parques,
reservas e terras indígenas. O parque do Cabo Orange tem como limites a Guiana
Francesa, ao norte; as terras indígenas Uaçá e Juminã e, num pequeno trecho, o Projeto
3
Área em geral de pequena extensão, com pouca ou nenhuma ocupação humana, com características
naturais extraordinárias ou que abriga exemplares raros da biota regional, e tem como objetivo manter os
ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a
compatibilizá-lo com os objetivos de conservação da natureza.
127
de Assentamento de Vila Velha, a oeste, e o Oceano Atlântico, a leste (WWF-Brasil,
2009).4
As terras que constituem essa unidade de conservação foram habitadas por várias
populações indígenas e, posteriormente, disputadas ao longo de séculos por
nome Cabo Orange, emprestado do acidente geográfico que marca o extremo norte do
litoral brasileiro, vem de uma homenagem feita por um holandês à realeza de seu país,
que tem a cor laranja como uma marca nacional (WWF-Brasil, 2009).
Figura 3 – Parque Nacional do Cabo Orange – AP.
O Parque Nacional do Cabo Orange (Figura 3), segundo Pena e Menezes (2006)
foi criado pelo Decreto Federal nº 84.913, publicado em Diário Oficial no dia 15 de julho
4
Organização não-governamental dedicada à conservação da natureza com os objetivos de harmonizar a
atividade humana com a conservação da biodiversidade e promover o uso racional dos recursos naturais
em benefício dos cidadãos de hoje e das futuras gerações.
128
de 1980. Essa unidade de conservação protege uma grande extensão de manguezais,
com faixas variáveis chegando a 10 km da costa marítima, e com ecossistemas terrestres
Vila Velha), que vivem no seu entorno e praticam pesca e cultivos de subsistência (PENA
e MENEZES, 2006).
Estas ações têm sido relacionadas à falta de oportunidade aliada à pobreza das
populações do entorno, bem como à ausência de apoio público na criação e ma-
3.2 Análise dos Conflitos Existentes no Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO)
(2004), de modo que os dados obtidos foram analisados sob o enfoque qualitativo. Por
questão ética e a pedido dos moradores, não foi exigido obrigatoriamente a sua
identificação, tanto no questionário aplicado às unidades familiares quanto na
129
apresentação dos resultados, utilizando-se para tanto, as iniciais do nome e a idade para
apresentação de suas informações.
entendimentos sobre a realidade das políticas públicas aplicadas ao meio em que vivem,
tornando-se uma representação estratégica para monitorar e fomentar mudanças de
atitudes nos grupos fomentadores da gestão ambiental local, aplicando novas políticas
tanto em nível municipal, estadual e federal, considerando o pressuposto de que a
afirmaram que 6 pessoas moravam na mesma casa, 20% possuíam 4 membros familiares
e 50% possuíam 7 membros familiares residindo sobre o mesmo teto. Para 100% dos
entrevistados, ‚o cabeça da família‛ (70% pescadores e 30% agricultores) é o único
componente gerador de renda familiar.
130
O problema fundiário nas unidades de conservação precisa de uma gestão
integrada para ser resolvido. A permanência de ribeirinhos nas Unidades de
Conservação, no Parque Nacional do Cabo Orange (PNCO), não deve ser considerado
um problema pelo poder público e sim um sinal de que é preciso articular sua
permanência e forma de vida nas áreas onde tradicionalmente viviam, pois, as pessoas já
estavam lá quando o parque foi criado. Desde que estas comunidades tradicionais
para a missão dessa UC. Por exemplo, a tartaruga (Podocnemisexpansa) tornou-se rara
nessa unidade de conservação devido à captura e à matança indiscriminada em passado
recente. Populações de tartarugas marinhas - tartaruga-verde (Cheloniamydas) e
tartaruga-de-couro (Dermochelyscouriacea) - desovavam nas suas praias - estavam
sendo pressionadas pela coleta sistemática de seus ovos e pelo comércio de suas carnes.
Embora esses dois fenômenos tenham sido registrados em muitos outros pontos da
131
A sua situação fundiária era extremamente precária, pois 90% de sua área não se
encontrava regularizada. Com o apoio do PROBIO5, foi desenvolvido um Projeto de Uso
do Amapá.
Os moradores da Vila Velha e na Vila do Taperebá viviam da forma mais
tradicional possível, do seu jeito antigo. Para chegar em alto mar enfrentavam maresia
feroz. Na região do parque, os rios têm a água salubre, por isso os moradores
enfrentavam uma jornada difícil até o Lago Maruani, onde buscavam água doce.
Próximo dele está à reserva indígena de Uaçá.
esperam ansiosos a liberação dos recursos prometidos pela Instrução Normativa n.º 2,
de 3 de setembro de 2009, a qual, entre outras finalidades, segundo seu conteúdo:
5
Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira - Esse projeto tem
como objetivo identificar ações prioritárias para a conservação e uso sustentável da biodiversidade,
apoiando subprojetos que promovam parcerias entre os setores público e privado, gerando e divulgando
conhecimentos e informações sobre a diversidade biológica brasileira.
132
Essa será a solução para mais de mil processos que estão sobrestados em virtude de
problemas que não eram contemplados pela norma antiga, ainda do Ibama. Como a
Outra porta que se abrirá com a Instrução Normativa n.º 2/2009, da Regularização
é a do reassentamento e indenização das populações tradicionais, que serão priorizadas.
audiências públicas é praticada, pode-se inferir que a política ambiental no Brasil está
desprovida de mecanismos que propiciem a resolução de conflitos ambientais. Essa
situação é agravada quando a apreciação e deliberação sobre as intervenções são da
responsabilidade do Instituto Chico Mendes e do IBAMA. O que gera consequências
133
Para Kakabadse (2002) existem fundamentalmente dois tipos de conflitos,
também ocorridos na realidade do PNCO:
grande maioria dos casos, conforme enunciam Nascimento e Drummond (2003), existem
quatro elementos centrais que devem ser considerados quando se analisa um conflito:
esquecendo que estes são movidos por interesses, valores e percepções que são
próprias a cada um;
2 - A natureza: os conflitos têm natureza diferente, por isso eles podem ser de
natureza econômica, política, ambiental, doméstica, internacional, entre outras.
determinados recursos naturais do PNCO, ocorre uma trama entre os atores, com
dinâmicas que precisam ser contextualizadas, uma vez que envolvem aspectos
134
conflitos surgem nesses embates e contrapontos de razões, que não convergem para a
coletividade, mas para o individualismo, caso de nível intralocal. Mas também, a casos de
forças externas, como é o caso das empresas que buscam influenciar os ribeirinhos que
residem no PNCO para coletar em suas terras, uma forma de degradar
envolvidos): contato com cada um destes atores para conhecer suas perspectivas e
preocupações, bem como as informações disponíveis sobre o conflito, identificar
técnicos;
135
5) homologação do acordo pelas pessoas com poder de decisão em cada ente
público ou grupo participante e também em juízo.
outras áreas protegidas do Estado do Amapá como uma atitude inovadora e visionária
de melhoramento da gestão ambiental das áreas protegidas locais.
136
inviabilizam o ingresso das decisões dificultando nesse pleito o poder público e a
coletividade em preservar o meio ambiente para o presente e futuras gerações.
Considerações Finais
O presente contexto nos permite avaliar que os conflitos existentes na criação e
gestão das UC’s se acentuaram e diversificaram no decorrer dos anos. Pois antes
137
esse processo o Amapá já dá um salto de qualidade, pois são essas reivindicações dos
órgãos públicos de controle e do judiciário.
De acordo com Porto (2007) as reservas extrativistas têm sido apresentadas como
formas alternativas à exploração dos recursos naturais da região Amazônica. Este
áreas naturais protegidas, não consegue resolver problemas decorrentes das pressões
antrópicas, como desmatamentos, invasões, extração de produtos naturais, caça, pesca,
Referências
ALONSO JR., Hamilton. Direito fundamental ao meio ambiente e ações coletivas. São
Paulo: Revista dos Tribunais, 2006.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. 4. ed. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2000.
138
AZEVEDO, André Gomma de (Coord.). Estudos em Arbitragem, Mediação e
Negociação. Vol. 1. Brasília: Brasília Jurídica, 2002.
BRASIL. Decreto n.º 2.519, de 16 mar. 98. Promulga a Convenção sobre Diversidade
Biológica, assinada no Rio de Janeiro, em 5 de jun. 1992. Diário Oficial [da] República
Federativa do Brasil, Brasília-DF, 19 ago. 1998, p. 7.
FIORILLO, Celso Antônio Pacheco. Curso de Direito Ambiental Brasileiro. São Paulo:
Saraiva, 2013.
MACHADO, Paulo Affonso Leme. Áreas Protegidas e Constituição Federal. Revista Eco
21, Ano XIII, ed. 82, Setembro, 2003.
MOORE, Christopher W. O Processo de Mediação. 2ª. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998.
140
THEODORO, SuziHuff et al. Gestão ambiental: uma prática para mediar conflitos
socioambientais. Brasília: Centro de Desenvolvimento Sustentável. Universidade de
Brasília, 2000. Disponível em: <www.anppas.org.br>. Acesso em 4/03/2011.
WELLS, M.; BRANDON, K. E. 1992. People and parks: linking protected area
management with local communities. v.21. The World Bank, Washington, USA, 332pp.
141
DESENVOLVIMENTO DE UMA PLATAFORMA DE TRANSPORTE COLABORATIVO
PARA O ESTADO DO AMAPÁ
RESUMO:
Este trabalho teve como objetivo apresentar o desenvolvimento de uma plataforma web
para o transporte colaborativo de cargas. Foi realizado um levantamento da capacidade
exportadora e importado do município de Macapá-AP e constatou-se que veículos que
realizam fretes para a cidade, geralmente voltam vazios, o que acarreta em ineficiência
logística e aumento de custo dos fretes. Partindo dessa premissa, foi desenvolvida uma
ferramenta web capaz de minimizar esse cenário, baseada em um novo conceito da
logística: O CollaborativeTransportation Management (CTM). Como resultado, obteve-se
um protótipo da plataforma, chamada de ‚Cargo‛, que possui o objetivo de conectar o
transportador e o embarcador visando gerar a troca de informações, busca por fretes de
retorno, além da contratação de novos fretes através da colaboração.
1. INTRODUÇÃO
143
partir do ano 2000 nos Estados Unidos, através da abordagem do Collaborative
Planning, ForecastingandReplenishment–CPFR (Planejamento, Previsão e Reposição /
inventário, espaço, erros e distâncias, por meio da colaboração. O CTM tem sido
apontado pelos especialistas como um instrumento útil para proporcionar reduções nos
o custo de transporte por unidade de peso diminui à medida que o volume de carga
aumenta. Assim, ao fracionar suas cargas para atenderem as expectativas de seus
médias e grandes, tendo em vista que essas, na maioria das vezes, conseguem
consolidar suas cargas, atendendo seus clientes satisfatoriamente.
Portanto, o CollaborativeTransportation Management (CTM), pode ser
sugerido como uma ferramenta de auxílio para a movimentação de cargas em Macapá-
AP, por meio do uso de uma plataforma web, contribuindo não somente com o
crescimento das organizações envolvidas, como também com o desenvolvimento social
144
Assim sendo, objetivou-se desenvolver uma plataforma web de transporte
colaborativo para a cidade de Macapá-AP.
145
Segundo Bowersox et al. (2006), a colaboração entre as empresas deve se
baseada em três pontos principais:
objetivos da colaboração precisam focalizar a oferta do melhor valor aos clientes finais.
operacionais conjuntos para lidar com rotina e com eventos inesperados. Devem
estabelecer-se papéis de liderança e dividir responsabilidades, delineando a forma como
As colaborações precisam ser sensíveis aos pontos negativos que podem ocorrer
nas suas ligações. Os parceiros devem estar dispostos a lidar com questões difíceis,
2. METODOLOGIA
146
A metodologia desta pesquisa basicamente consistiu no levantamento
bibliográfico, no levantamento de informações referentes à exportação e importação das
(2007), o tema foi apresentado pela primeira vez no ano de 2000, pelo Comitê VICS, e
consequentemente possui pouca quantidade de material publicado.
transporte colaborativo.
A segunda etapa consistiu em planejar e desenvolver um protótipo da
qual público a plataforma vai interagir, visando desenvolver um sistema web que vai
atender as necessidades dos usuários.
problemas já citados na introdução deste trabalho. Para tal, foram elaborados alguns
requisitos para o desenvolvimento do projeto, identificando as necessidades dos
usuários. Fez-se necessário especificar alguns requisitos, como: os de conteúdo, que
147
abordarão itens os quais serão tratados durante o desenvolvimento, os requisitos
funcionais que irão categorizar as funcionalidades que a plataforma apresentará, e os
requisitos operacionais, que dizem respeito a aspectos mais técnicos da plataforma. Esta
atividade teve fundamental importância, pois os requisitos são necessários para que se
construa a plataforma certa. Com a definição dos requisitos, foi possível conhecer
exatamente o que será esperado quando a plataforma for construída, além de saber
quais as propriedades que a plataforma deve possuir ou fazer, assim como sua
operação.
148
gerenciamento de banco de dados. Cabe salientar que todas estas tecnologias são livres
ou possuem versões livres, o que dispensa a necessidade de comprar licenças ou o
páginas web e BrModelo foi software escolhido para a criação do banco de dados. O
desenvolvimento da plataforma foi a última fase, e esta refere-se ao processo em si da
das páginas, codificação do sistema, programação das páginas e integração das páginas
com o banco de dados. Decidiu-se dar o nome de ‚Cargo‛ à plataforma desenvolvida.
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
primário e secundário que possuem maior efeito multiplicador na economia, são os que
possuem menor expressividade, tanto que a participação do setor terciário alcançou, em
2013, 88,58% de representatividade na composição do VAB do município (Tabela 1).
O VAB representa o valor da atividade de bens e serviços produzido
desconsiderando os impostos indiretos líquidos, sua soma está dentro dos três setores
da economia (primário, secundário e terciário). O VAB é a contribuição ao Produto
Interno Bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor
149
Agropecuária 44.912 0,60
uma participação muito pequena no último ano da série no VAB, seu total foi de apenas
0,60%. Apesar da indústria possuir maior, comparado com a agropecuária, também
Agropecuária 33 0,51
Indústria 660 10,25
Comércio 3343 51,90
Serviços 2405 37,34
Total 6441 100,00
Fonte: CEMPRE (2013)
150
O CEMPRE, pesquisa do IBGE, é uma pesquisa realizada anualmente, que tem
informações de empresas com porte de 0 a mais de 500 empregados, extrai informações
mais de 95% total de compras. O segmento da indústria, por sua vez, foi responsável por
apenas 0,98% e 0,87%, em 2012 e 2013, respectivamente, do total das compras (Tabela
3).
Tabela 3. Compras no mercado nacional, por setor de atividade (em R$), Macapá-AP.
Setor 2012 2013**
Comércio 1.473.462.410,57 1.186.323.864,65
Outros serviços 55.373.334,33 33.562.741,66
Indústria 15.246.006,32 10.698.337,04
Entidades s/ fins lucrativo 3.480.851,27 5.102.237,20
Governo 1.986.193,36 877.299,81
Mineração* 414.914,00 0,00
Agropecuária 414.388,79 237.243,62
Total 1.550.378.098,64 1.236.801.723,98
Fonte: SUFRAMA (2014)
* Não constam informações fornecidas pela fonte
** Dados parciais até setembro
O volume de importação de Macapá, como demonstrado, é bastante
superior ao volume de exportação, mesmo com uma queda no decorrer dos anos, as
importações mantiveram-se maiores que as exportações.
151
Essa grande diferença entre o índice de importação e exportação de
Macapá devem-se a fatores como, baixa participação da atividade industrial, alta
pois o setor primário, ainda não conseguiu desenvolve-se a ponto de ser base de
sustentação para a dinamização produtiva do Estado, seja por meio do fornecimento de
origem.
152
Público alvo
A plataforma Cargo possui dois públicos-alvo: os donos de cargas (podendo ser
Descrição de requisitos
Requisitos de conteúdo
cargas ou as viagens;
Armazenar todos os dados obtidos das cargas e viagens em um banco de dados,
153
Ser acessível a todos os integrantes da cadeia de suprimento,
independentemente de sua localização geográfica, utilizando um navegador de
internet padrão.
Requisitos operacionais
partir de qualquer dispositivo móvel ou computador. Tendo em vista que o mesmo foi
testado em um sistema operacional com diferentes versões e resoluções e com alguns
154
A página inicial da plataforma Cargo é ponto de partida para o uso das
funcionalidades do sistema. No botão ‚Entrar‛ os usuários (embarcador e transportador)
Login na plataforma
Realizado o cadastro na plataforma Cargo, o novo usuário poderá efetuar o
login no sistema (Figura 2), e então ter acesso às opções disponíveis na página de painel
de controle.
155
Figura 2. Página de login da Plataforma Cargo
como o nome da empresa (opcional), e-mail, CPF, telefone, e em seguida o novo usuário
cadastra uma senha.
Figura 3. Página de cadastro do embarcador da plataforma Cargo
156
Com o cadastro realizado na plataforma Cargo, o usuário será direcionado
a página de painel de controle.
partes. A primeira parte diz respeito ao cadastro de seus dados pessoais (Figura 4). O
novo usuário irá cadastrar dados como o seu nome, e-mail, CPF, carteira de motorista e
157
Figura 1. Página de cadastro do transportador (parte 2), da plataforma Cargo
da plataforma;
f) ‚Mensagem‛ – área onde o usuário poderá ver suas mensagens;
158
g) Publicação ou pesquisa - área em que o usuário também poderá publicar suas
viagens ou cargas, assim como também pesquisar motoristas ou procurar cargas
para transportar.
Figura 2. Página de painel de controle da plataforma Cargo
Chat de Mensagens
maneira de como ser realizado o frete, podendo também por meio das mensagens,
comunicar um ao outro caso tenha algum imprevisto que impedirá a contratação do
159
Figura 3. Chat de mensagens da plataforma Cargo
Publicar remessa
Com o cadastro feito, o embarcador poderá acessar o painel de controle e
publicar a remessa de carga a ser transportada. Para publicar sua carga, o usuário
precisa apenas informar o que deseja transportar, o trajeto a ser percorrido, o peso e as
160
Figura 8. Página de publicação de remessa da plataforma Cargo
Publicar viagem
para realizar uma entrega, este avisa a plataforma Cargo e informa a data de saída e a
data de chegada ao destino final, informar em qual o tipo de veículo irá realizar a sua
viagem, anexar uma imagem do seu veículo, além de adicionar informações referentes a
sua viagem (Figura 9). A plataforma junta todas as informações e disponibiliza aos
embarcadores cadastrados.
161
Figura 9. Página de publicação de viagem plataforma Cargo
Pesquisar viagem
162
De acordo com a pesquisa realizada, o usuário poderá visualizar os
detalhes da viagem. Dentro dessas informações, o usuário encontra os locais da viagem,
solicitação ao o transportador, que será notificado via e-mail. Se o usuário tiver alguma
dúvida em relação a viagem do transportador, poderá enviar uma mensagem clicando
Pesquisar cargas
Ao acessar o painel de controle, o usuário transportador pode realizar
163
Figura 12. Página de pesquisa de cargas disponíveis, da plataforma Cargo
ao tipo de carga que o embarcador desejar enviar, o local de origem e destino, a data
para o envio da carga, o peso e a oferta inicial para o serviço. De acordo com a pesquisa
realizada, o usuário poderá visualizar os detalhes da viagem (Figura 13). Dentro dessas
informações, o usuário encontra os locais da viagem, as datas de partida e retorno e o
solicitação ao o transportador, que será notificado via e-mail. Se o usuário tiver alguma
164
dúvida em relação a viagem do transportador, poderá enviar uma mensagem clicando
em ‚Enviar mensagem‛. Se o serviço for contratado pelo embarcador, o transportador,
ainda na ida, saberá que vai haver carga disponível para a viagem de volta.
Caso as características e detalhes do envio da carga estejam de acordo a
viagem do transportador, este poderá clicar em ‚Aceitar carga‛, que irá enviar uma
solicitação ao o dono da carga, que será notificado via e-mail. Se o usuário tiver alguma
melhores fretes. Para os transportadores também podem haver benefícios, à medida que
eles têm contato com mais embarcadores, podem aumentar a utilização de capacidade
165
por fretes de retorno, além da contratação de novos fretes através da colaboração. A
plataforma Cargo irá oferecer informações sobre ida e volta dos transportadores,
plataforma e todos os usuários cadastrados terão acesso online, 24 horas por dia a
plataforma.
programação, e por último, porém não menos importante, os critérios qualidade durante
o processo de seu desenvolvimento.
Durante o planejamento e execução do projeto, preocupou-se em
desenvolver uma plataforma web agradável ao usuário, e com isso foi realizado um
definidos, foram desenvolvidos com o intuito de serem limpos e diretos. Foi evitado o
166
A escolha das cores e das fontes foi feita estrategicamente, e a cor
selecionada para ser predominante foi o verde, devido a plataforma contribuir para a
5. CONCLUSÕES
Neste trabalho, buscou-se desenvolver uma plataforma web, baseada em
de outros mercados.
Os dados demonstram que o índice de importação é muito superior ao de
exportação, gerando um déficit de cargas para os transportadores, que na maioria das
vezes voltam vazios para os seus locais de origem, devido à pouca capacidade de
167
7. REFERÊNCIAS
168
SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS – SUFRAMA. Área de Livre
Comércio de Macapá - Santana/AP – Diagnóstico socioeconômico e propostas para
o desenvolvimento. Manaus, 1ª ed., V. 3, SUFRAMA, 2014.
SUPERINTENDÊNCIA DA ZONA FRANCA DE MANAUS – SUFRAMA. Áreas de Livre
Comércio – ALCs – Diagnóstico socioeconômico e propostas para o
desenvolvimento/Coordenação-Geral de Estudos Econômicos e Empresariais.
Manaus, 1ª ed., V. 1, SUFRAMA, 2014.
TACLA, D. Estudo de transporte colaborativo de cargas de grande volume, com
aplicação em caso de soja e fertilizantes. 2003. 171 f. Tese (Doutorado em Engenharia
Naval e Oceânica) - Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo, 2003.
169
EMPREENDEDORISMO COMO FERRAMENTA DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO
REGIONAL: ELABORAÇÃO DE METODOLOGIA PARA CRIAÇÃO DE EMPRESAS
INOVADORAS NO AMAPÁ.
RESUMO:
Este artigo teve como objetivo a criação de uma metodologia de enfrentamento de crise
com base no empreendedorismo e criação de arranjos produtivos locais, tal
metodologia concerne em padronização para qualquer atividade produtiva. No cenário
econômico mundial estamos vivendo um período de crise econômica com baixo
crescimento dos países e o esgotamento dos mercados consumidores. Na pesquisa
foram abordados temas como empregabilidade, empreendedorismo, Arranjo Produtivo
Local e jogos de empresas, para consolidação de tal metodologia e principalmente
buscou-se com ela, verificar se os jogos de empresas são uma ferramenta importante na
formação de características empreendedoras relevantes nos jovens universitários. Por
tanto, este artigo busca a elaboração de uma metodologia voltada à formação de
empreendedores com foco na criação de Arranjos Produtivos Locais e geração de
emprego e renda, visando o enfrentamento de crises econômicas e financeiras regionais,
com base em jogos de empresas simulados, como parte integrante de projetos de
políticas publica.
1. INTRODUÇÃO
O mundo vem passando por um momento de transformação intensa, o ambiente
170
empresas vêm passando por um grande processo de transformação e evolução, porém
os indivíduos precisam evoluir para acompanhar estas empresas‛, assim se verifica a
vezes na prática são de difícil formulação, pelas consequências que uma atitude tomada
erradamente possa causar, proporcionando assim aos participantes destes treinamentos
experiências novas. Eles podem, assim, ser utilizados como uma ferramenta adicional na
fixação do aprendizado organizacional.
los para este mercado competitivo. Neste sentido a nossa proposta neste artigo é a
criação de uma metodologia focada no desenvolvimento cognitivo e pragmático do
171
empreendedoras, deixando para traz os treinamentos tradicionais e colocando em
prática uma nova metodologia de ensino e aprendizagem.
empreendedor deve ser sim a pessoa que têm técnicas empresariais, pois, se este
administrador não tiver conhecimentos sobre plano de negócios, elaboração de preço
pessoas que conseguem ver oportunidade onde os outros não conseguem, e ainda estas
pesquisas insistem em afirmar que estes trazem estas características de nascimento, ou
que estes são seres humanos diferentes dos outros, e isso é evidenciado em várias
pesquisas de mestrado e doutorado. Todavia se ser empreendedor é um adjetivo
pequenas indústrias abertas e ainda gerar emprego e fazer por meio dos acadêmicos
bolsistas a orientação empresarial e por meio de professores universitários parceiros a
estes sejam bem sucedidos devem ser desenvolvidos de forma precisa e dinâmica, para
que elas fixem em sua forma de pensar uma contextualização prática e mercadológica.
tratando a pessoa que participa deste treinamento como um ser racional e emocional. O
uso de treinamentos empresariais permite uma visão multidisciplinar, dando
6
Segundo, Keys e Wolfe apud Orlandeli (2001, p.05), em trabalho desenvolvido
para a criação de novas micro e pequenas industrias e ainda no longo prazo na criação
de Arranjos Produtivos Locais ‚APL‛ por meio do desenvolvimento de uma nova cadeia
produtiva, orientada e criada de forma organizada, o que no futuro poderá ser base para
criação de políticas públicas visando o desenvolvimento regional.
6
KEYS, B. and J. WOLFE, 1990, The Role of Management Games and Simulations in Education
and Research, Journal of Management, 16 (2), 307-336.
173
2. METODOLOGIA
A evolução do cenário mercadológico global fez surgir à necessidade de criar
metodologias capazes de desenvolver o crescimento econômico, por meio de geração
êxitos ou fracassos.
174
A terceira fase é o processo de capacitação dos bolsistas ‚Formação de
consultor Júnior‛ e ‚Metodologia de formação de empreendedores‛ e dos
Portanto, a metodologia está divida em fases onde cada uma tem sua
funcionalidade muito bem definida. A fase de treinamento é desenvolvida com base em
175
ciclos de aprendizagem com uso de dinâmicas de grupo com abordagem internalizada,
textos e debates diários e um jogo de empresa desenvolvido exclusivamente para
atender o Arranjo Produtivo Local específico à cada edital, que geram tarefas que são
cobradas todos os dias do curso, tendo como foco a aprendizagem para o aqui e agora.
Há ainda os ciclos de discussões dos dias anteriores focando seus principais pontos, faz
parte ainda do treinamento os mecanismos de gestão como: fluxo de caixa, formação do
A metodologia sugerida para ter sucesso na sua aplicação terá de contar com
uma equipe de instrutores comprometidos e qualificados. Para fazer parte deste quadro
em um primeiro momento o profissional precisa participar de um concurso público
‚edital‛ que tem como critério a avaliação curricular e banca examinadora com pontos
especificamente voltados ao projeto. Após a aprovação do candidato ele precisa
treinee e esta fase ainda faz parte da avaliação do instrutor que só terá autonomia a
partir do seu segundo curso, caso seja aprovado nesta fase. Esse critério é um dos
elaborados buscando como foco as 10 (dez) CCE´s7, para melhor mensurar a reação dos
7
Características de Comportamento Empreendedor;
176
fases: realização (busca de oportunidade e iniciativa; persistência; correr riscos
calculados; comprometimento; exigência de qualidade e eficiência); planejamento
este conteúdo é sempre atualizados mediante o feedback dos que deles participam, a
tabela a seguir demonstra a sistemática dos 08 (oito) módulos.
N° MÓDULOS DIA
1 Abertura/Expectativas e Estabelecimento de 01
metas
177
FIGURA: FLUXO DESCRITIVO DA METODOLOGIA
178
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
para vencer a disputa pela permanência no mesmo. De acordo com Castro, Rosental
e Araújo (2007, p.38), as organizações perceberam que construir e operar com
sob o risco de não mais se manter competitiva e ser eliminada pela concorrência.
surgir, pois tudo é surpresa. A única coisa previsível é que o sucesso de uma
economia baseada na competência organizacional através do conhecimento,
179
voltado para as pessoas com visão empreendedora que buscam desenvolver sua
capacidade de resolver as situações surpresas de forma positiva.
ou não aperfeiçoá-la.
associada a fazer algo bem feito, estamos vinculando esse conceito às ideias de ação
e de resultado (...) seguindo este raciocínio, a competência está relacionada com o
Ainda aos mesmos autores (2008, p. 49)... para se discutir competência para
um determinado termo, como por exemplo empreendedorismo, deve-se diagnosticar
o que precisam saber, saber fazer e saber ser, levando-se em conta que tais saberes
deverão dar suporte às competências organizacionais para que elas possam
concretizar-se.
desenvolvimento e utilização.
está na identificação de talentos. Voltar o foco para muito bem, retreinar seus
180
instintos e percepções. Se determinado indivíduo é bom em uma disciplina ou
assunto, terá que investir mais tempo em estudos para o assunto.
idade média para definir aqueles que nos tribunais, tinham o conhecimento para
apreciar e julgar determinadas questões. Ao longo do tempo passou a qualificar a
pessoa que tem condições de realizar determinada atividade. Desde Taylor, ser
competente tornou-se um grande diferencial no mercado de trabalho. Naquela
época, competência estava mais relacionada à habilidade técnica, ou seja, saber fazer
algo bem feito.
ou imitado, pois as ações dele decorrentes são fruto da combinação entre o próprio
conhecimento e o talento pessoal.
181
2. Competência Organizacional está relacionada ao que de fato certa
organização possui. Depende dos níveis de competência das pessoas, da gestão dos
A junção destas duas vertentes é o que de fato fará a grande diferença para o
quanto mais preparados, mais acirrada a briga pela fatia do mercado. Assim sendo, a
forma de desenvolvimento das competências, o instrumento utilizado para preparar
182
esses empreendedores para serem atores efetivos e interagir nessa nova realidade,
são desafios dos novos tempos para as empresas e tem de ser assimilado e
(2007, p.38);
todo, mas podemos desenvolver habilidades para aquilo em que não somos ainda
competentes. As habilidades dão vida às competências‛. Diante do exposto, pode-se
Desse modo, não basta ter o conhecimento e saber como se faz algo. Para ser
183
Para Novick (2007) a atividade laboral produtiva depende de novos
conhecimentos para que se possa atuar de forma criativa, crítica e pensante,
vontade da empresa.
COMPETÊNCIAS EMPREENDEDORAS
tanto ao processo de ensinar quanto aos resultados que são obtidos neste processo.
Já a aprendizagem significa adquirir uma nova forma de conduta ou modificar uma
conduta anterior‛.
184
contestado e necessita passar por mudanças. Cada vez mais, se exige dos educadores
novas formas de difusão do conhecimento. Os alunos, com os novos meios de
sites da internet). Contudo, ensinar para pessoas sem experiência mercadológica que
acabaram de adentrar a Universidade é tarefa difícil.
8
MOSCOVICI, Fela. Desenvolvimento interpessoal: treinamento em grupo. 5a. ed. São Paulo: J.
Olympio, 1996. (USA, NJ: McGraw Hill, Inc., 1992.)
185
dito; existindo ainda o relato, que é a parte em que os participantes contam suas
experiências e compartilham seus sentimentos; o processamento, que é a fase na
fechamento do processo.
Desse modo é observado que ensinar não é um simples processo, mas sim um
186
Logo ensinar usando treinamento empresarial seria envolver as pessoas em
simulações que englobam fatores da vida real do contexto empresarial, dando a
ensino superior, o fato de trazer para sala de aula um contexto próximo à realidade
dos negócios que estes alunos estão se preparando para gerir, para Pessôa e Filho
(2001, p.141),
posição de executivo que define pelas suas decisões os rumos de sua empresa,
como vê logo em seguida os resultados dessas decisões e sente intimamente os
empresarial e ambiental.
187
habilidades necessárias para que eles absorvam o conteúdo abordado. O conteúdo
abordado pelos treinamentos que utilizam simulações de empresas, ou copia o
cotidiano organizacional atraindo a atenção dos participantes que toda via estão
buscando conhecimentos práticos. Podemos destacar a competição entre as pessoas,
pois estes simulam uma cadeia mercadológica interagindo com: formação de preço,
marketing, planejamento e tomada de decisão, exigindo raciocínio lógico e preciso.
4. RESULTADOS
criadas a partir deste trabalho, por ser uma metodologia estruturada e de abertura de
empresa de forma consciente, atendendo aos requisitos de gestão de qualidade, que
suas empresas geraram mais empregos e renda, sendo que, possivelmente pelo alto
índice de conhecimento adquirido, estas empresas são formalmente abertas, o que
5. CONCLUSÕES
6. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
189
AMARAL, Miriam Maia & VILARINHO, Lúcia Regina Goulart. Surfando na sociedade
da informação e do conhecimento: a questão das competências docentes. Boletim
Técnico do Senac: a Revista da Educação Profissional. Rio de Janeiro, v 34, n. 1,
jan/abr 2007.
BORDONI, Tereza. Habilidades e Competências. A & E – Atividades e Experiências.
Curitiba. Ed. Positivo, n 2, ano 9, maio de 2008.
CASTRO, Nivaldo José de; ROSENTAL Rubens; ARAÚJO Viviane. Educação a
Distância e a construção de competências: desafios na cultura corporativa. Boletim
Técnico do Senac: a Revista da Educação Profissional. Rio de Janeiro, v 33, n. 3,
set/dez 2007.
GRAMIGNA, Maria Rita Miranda. Jogos de empresa. São Paulo: Makron Books, 1993.
LOPES, Paulo. Reflexões sobre as bases de formação do administrador profissional no
ensino de graduação. Anais do XXVI ENANPAD. Salvador, 2002.
NOVICK, Victor. Competências socioambientais: pesquisa, ensino, práxis. Boletim
Técnico do Senac: a Revista da Educação Profissional. Rio de Janeiro, v 33, n. 3,
set/dez 2007.
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Rio de Janeiro. Elsevier, 1998.
SAUAIA, Antonio C. A., Jogos de empresas: aprendizagem com satisfação. Revista de
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FERREIRA, J. A. Jogos de empresas: modelo para aplicação prática no ensino de
custos e administração do capital de giro em pequenas e médias empresas
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Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis. 2000.
FAGUNDES, Mário. Modelos de habilidades e competências. Ano de publicação
2000 Disponível em
<http://www3.catho.com.br/salario/action//artigos/Modelos_de_Habilidades_e_Comp
etencias> Acessado em 06 de fevereiro de 2008.
Maria H. Araújo e Rochel M. Lago. O Estimulo ao Empreendedorismo nos Cursos
de Quimica: Formando Quimicos Empreendedores, Quim. Nova, Vol. 28,
190
IMPACTOS DA INSERÇÃO DA INOVAÇÃO NO AGLOMERADO MADEIRA E
MÓVEIS NO MUNICÍPIO DE MACAPÁ
RESUMO:
1 INTRODUÇÃO
modo de viver da sua população e costumes. Por muitos anos prevaleceu o uso da
madeira como elemento diverso nessa região, que aparece tanto na realidade laboral,
191
como no modo de vida da população, apresentando-se no habitat, na produção de
canoas, construção civil, móveis e materiais indiretos, muitas vezes como meio de
subsistência.
Neste contexto, embora a madeira represente o universo mais simbólico da
192
Além dos aspectos supramencionados, existem outros entraves, tais como: a
deficiência nos canais de comercialização, baixo volume de produção, geralmente
realizada por encomenda, o que limita quase que exclusivamente ao mercado local.
Assim como, limitações gerenciais e tecnológicas no processamento industrial, sendo
193
A presente pesquisa tem como finalidade o estudo do aglomerado madeira e
móveis no município de Macapá, no estado do Amapá, associado aos conceitos de
O presente trabalho foi construído com base em duas linhas significativas para
o estudo do aglomerado madeira e móveis. A princípio, a relevância de inserir
194
desenvolvimento e crescimento econômico, pois muitos autores atribuem apenas os
incrementos constantes no nível de renda como condição para se chegar ao
qualidade de vida:
social sustentada que tem como finalidade última o progresso permanente da região,
da comunidade regional como um todo e de cada indivíduo residente nela.‛
195
Inúmeros são os fatores que tem impulsionado as mudanças para um
desenvolvimento. Entre as mudanças, está o desenvolvimento das tecnologias que
196
melhorado, ou um processo, ou um novo método de marketing, ou um método
organizacional nas práticas de negócios, na organização do local de trabalho ou nas
relações externas.
A principal importância da dimensão local da inovação é de que a atividade
com China, Estados Unidos, Argentina, Japão, e, após o estreitamento recente das
relações Brasil e França, principalmente Guiana Francesa (SEPLAN, 2012).
utilizam a atual condição fronteiriça como forma de conexão entre territórios mais
vastos.
197
Para Barquero (2001), os processos de difusão das inovações e do
conhecimento estão condicionados pelo interno (sistema de empresas, instituições,
atores econômicos e sociais). Deste modo, com a presença ativa dos atores cabíveis,
é possível a viabilização do desenvolvimento inovador para as regiões as quais o
capitalistas com uma melhor distribuição de renda e justiça social, como também
com a redução das instabilidades da produção, almeja-se a possibilidade de alcançar
198
Segundo o IBGE (2007), a região representa 59% do território brasileiro, sendo
considerada a maior de todo território nacional e compreende estados da Região
sido cuidada de forma adequada, o que leva a destacar novas dimensões atreladas
ao desenvolvimento sustentável também das regiões (ROTTA, 2006).
199
econômico aos produtos florestais, amplie os benefícios sociais, melhore o padrão
tecnológico da produção e o uso sustentável e conservação dos recursos florestais
(MMA, 2008).
sendo um dos fatores determinantes por conta de suas áreas florestais estarem
bastante preservadas.
200
4. ARRANJO PRODUTIVO LOCAL –APL
Produtivos Locais (APLs) como ferramenta básica de estudos e ações voltadas para
promover aglomerações de empresas especializadas e concentradas
geograficamente.
Conforme a definição proposta pela Rede de pesquisa em Sistemas e Arranjos
201
4.1CARACTERISTICAS GERAIS DO ARRANJO PRODUTIVO LOCAL DO SETOR
MOVELEIRO
finais, e pode ser segmentada principalmente em função dos materiais com que os
móveis são confeccionados (madeira, metal e outros), assim como de acordo com os
usos a que são destinados (em especial, móveis para residência e para escritório).
Além disso, devido a aspectos técnicos e mercadológicos, as empresas, em geral, são
202
Outros fatores que influenciam a demanda por móveis são as mudanças no
estilo de vida da população, os aspectos culturais, o ciclo de reposição, o
investimento em marketing (em geral muito baixo nessa indústria), entre outros.
No tocante a tecnologia, como o processo produtivo não é contínuo, a
para o escoamento da madeira. Além disso, são relevantes por apresentarem intensa
atividade sócio- econômica e correlação direta com a atividade madeireira.
desemboca direto no Rio Amazonas. Essa área constitui um dos pontos de atracação
de embarcação na orla de Macapá. As embarcações que navegam pelo canal são de
(Mapa 03). Este Igarapé sofre grande influência do rio Amazonas. O Igarapé das
Pedrinhas torna-se importante, pois grande parte de sua extensão, que vai desde o
9
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Demográfico 2010. Disponível em:
<http://cidades.ibge.gov.br/xtras/perfil.php?codmun=160030>.
204
Quanto ao questionário, o mesmo apresenta em determinadas perguntas,
grupos de respostas com índices subdivididos- se em: alta importância (3), média
importância (2), baixa importância (1) e sem importância (0). Para a pesquisa, os
resultados obtidos foram ranqueados, a partir do nível de importância, e
moveleiro acredita ter para a sua empresa sobre determinado item em questão.
Média importância, refere- se ao fato de que a questão tratada representa de
integrada do setor.
205
bens e serviços, bem como a mudança de suas características específicas, sendo
considerado um aspecto agregador ou radical. A inovação organizacional realiza
pelo macro e micro ambiente. Por fim, a inovação de processo pode ser
caracterizada como a implantação de um método de produção novo ou
produção o MDF, concomitante aos 16% que utilizam algum tipo de software
específico.
Quanto ao uso da internet, 32% das empresas a utilizam como fonte de
206
empresas quanto a introdução da inovação no período de 2005 a 2015. No que diz
respeito a inovação de produtos, 56% das empresas implementaram inovações em
de lançamentos ou de novas marcas em seu portfólio. Por outro lado, uma oferta de
produtos exagerada pode ocasionar grandes prejuízos com estoque parado e
mais cara, onerando os custos e o valor final do produto. Vale ressaltar que, cerca de
70% da madeira florestal que chega nos canais de Macapá, têm origem do estado do Pará e
a maioria não possui Documento de Origem Florestal (DOF), conforme promotor de Justiça
10
A importância do mix de produtos. Disponível em: https://www.programanex.com.br/blog/a-
importancia-do-mix-de-produtos. Acesso em: 25 de maio de 2017.
207
do Meio Ambiente, Marcelo Moreira11.
Este foi um fator mencionado por cerca de 90% dos moveleiros entrevistados.
termos econômicos como sociais. Tal cenário remaneja muitas movelarias para outras
alternativas e oportunidades como a produção de móveis em MDF. Outro agravante,
refere-se as empresas que trabalham com a madeira, mas tem seu forte no MDF, pois
muitos atrelam o MDF como forma de complementar a renda. Todavia este acaba se
tornando a matéria prima principal. Muitos dos moveleiros alegam que não
conseguiriam sobreviver trabalhando somente com a madeira, pois justificam que os
empresa, mas já existente no setor, o que não é nenhum demérito haja vista a
melhoria na qualidade do produto e maior vantagem competitiva para a movelaria.
11
Madeira Florestal irregular no Amapá. Disponível em: http://g1.globo.com/ap/amapa/noticia/cerca-
de-70-da-madeira-florestal-irregular-que-chega-em-macapa-e-santana-sao-do-para-diz-mp.ghtml
Acesso em: 25 de maio de 2017.
208
gestão para o seu negócio. Geralmente, citadas como exemplo: software especifico
de gestão ou aplicação de técnicas administrativas e de produção adquiridas em
comercialização.
Comumente, entre as 25 movelarias entrevistadas, nenhuma apresentou
209
Sob o ponto de vista de importância, a variável enquadramento em regulações
e normas padrão apresentaram um índice de 33,33%, demonstrando o baixo grau de
que as empresas desenvolveram entre os anos de 2005 a 2015. Para este quesito, os
índices destacam baixa relevância, uma vez que, grande parte das empresas não
Poucos são os moveleiros que possuem capital para investir em novos maquinários.
Ganha destaque as empresas que investiram seus recursos na melhoria do móvel em
madeira e em MDF. Entre as empresas que trabalham com a madeira, ou com o MDF,
ou mesmo os dois segmentos, o quantitativo de máquinas existente na movelaria
referentes ao tempo em que as linhas de produção sofrem paradas que não estavam
programadas, gerando desperdícios e altos custos para a empresa.
210
obtiveram o nível de importância de 41,33%. Estes índices de atividade inovativa
desenvolvida, deve-se muito ao fato de que, muitos moveleiros ainda acreditam que
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
211
setor florestal madeireiro no Amapá. Evidenciou os aspectos direcionados ao arranjo
produtivo local com vistas aos sistemas de inovação e gestão.
212
As empresas moveleira tem remanejado esforços na produção dos móveis em MDF e
na utilização de vidros.
REFERÊNCIAS
213
CUNHA, Edison L. Avaliação da contaminação bacteriana e por metais pesados na
orla fluvial do município de Macapá, Amapá. 2012. 153 f. Programa de Pós-
Graduação em Biodiversidade Tropical. Unifap/Ci-Brasil/Embrapa-Ap/Iepa/Ppgbio,
Macapá, 2012.
DIAS, Célia R. da Silva. Geografia Histórica ambiental: uma geografia das matas
brasileiras. 2007. 227 f.. Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em
Geografia, Universidade Federal Fluminense, Instituto de Geociências, Niterói, 2007.
SILVA, Enéas Minelle; GOMES S., Ismara; SANTANA F., Lúcia. Processo de inovação:
um estudo no setor moveleiro de Campina Grande – PB. RAI - Revista de
Administração e Inovação, vol. 9, núm. 1, 2012, p. 257-279. Universidade de São
Paulo. São Paulo, Brasil.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. ISSN 0103-8435. Prod. Extr. veg.
e Silvic., Rio de Janeiro, v. 29, p.1-69, 2014
214
21,0x29,7 cm.
____________. Deforestation in Brazilian Amazon. São José dos Campos, São Paulo:
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), 1997.
215
SILVA, Gutemberg de Vilhena. Oiapoque: potencialidades e caminhos neste século
XXI. Macapá: UNIFAP, 2014.
SOUZA, A. L. L. Desenvolvimento sustentável, manejo florestal e o uso dos
recursos madeireiros na Amazônia Brasileira: desafios, possibilidades e limites.
Belém: UFPA/ NAEA, 2002.
216
INOVAÇÃO NA GESTÃO DE CONFLITOS SOCIOAMBIENTAIS NA AMAZÔNIA
RESUMO:
A Constituição de 1988 e novas legislações consagraram o ambiente ecologicamente
equilibrado como um direito fundamental e previu algumas ações que possibilitam a
sua efetivação. Este artigo tem por objetivo analisar novas possibilidades na solução
de conflitos socioambientais na Amazônia com a utilização dos métodos alternativos
de resolução dos conflitos como: a negociação, a arbitragem, a mediação, a
conciliação, e apresenta a utilização de audiências públicas e o termo de ajustamento
de conduta como importante instrumento extrajudicial de solução de conflitos,
envolvendo questões ambientais. Os resultados foram obtidos mediante a realização
da metodologia de pesquisa bibliográfica e documental, com enfoque descritivo e
analítico e com abordagem qualitativa. Demonstrou-se que o acesso à justiça das
questões ambientais face o monopólio do Estado na distribuição e aplicação do
direito, é possível a partir do uso dos meios alternativos de solução de conflitos.
Como proposta de resolução dos litígios e conforme preconiza nova legislação, deve-
se fomentar a instalação de Câmaras e/ou Centros de resolução de conflitos nos
órgãos ambientais. Concluiu-se que a Mediação, a Conciliação e a Arbitragem assim
como o Termo de Ajustamento de Condutas podem e devem ser adotados com o
fulcro de solucionar efetiva, consciente e coerentemente tais conflitos.
1. INTRODUÇÃO
uma das áreas mais desejadas do Brasil e do mundo, rica em recursos naturais e
matérias primas, não é surpreendente o interesse de investidores nessa região,
recursos disponíveis.
217
Desta forma, existem grandes números de conflitos socioambientais,
envolvendo conflitos por terras, disputas para exploração de garimpos, de extração
judiciais. Além disso, outro fator que favorece o surgimento dos conflitos e impede a
resolução destes, é a corrupção, permeados nos órgãos públicos e privados.
resolvidos e quais são os métodos legais que podem ser utilizados, tendo como
objetivo analisar as novas possibilidades na solução de conflitos socioambientais na
para resolução de conflitos sem a intervenção do Poder Judiciário, por meio da Lei da
arbitragem (Lei 9.307/96), a implantação da Resolução 125, de 29 de Novembro de
2010, do Conselho Nacional de Justiça, que dispõe sobre a Política Judiciária Nacional
de tratamento adequado dos conflitos de interesses no âmbito do Poder Judiciário e
218
dá outras providências, estabelecendo o uso da Conciliação e da Mediação pelos
Tribunais de Justiças. A Lei da Mediação (Lei 13.140/2015), o Novo código de
Processo Civil Lei 13.105/2015 que estabelece que os órgãos Federais, estaduais e
Municipais a possibilidade de criarem Câmaras de Resolução de Conflitos e que
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
naturais (minerais, ictiológicos, florestais, etc.), pela função dos impactos (sociais ou
ambientais) gerados pela ação humana, tais como contaminação dos rios e do ar, o
Os conflitos na Amazônia são marcados por batalhas entre a luta por moradia
e o direito de propriedade. No qual, os grupos locais, como os quilombolas, os sem-
219
Desta forma, Brito et al (2011), descreve que os conflitos ocorrem de forma
mais enfática pelo uso dos recursos naturais, sua preservação e conservação, pois
governantes, que na maioria das vezes usam sua autoridade em prol do benefício
dos grandes investidores, utilizando-se da bandeira do desenvolvimento, sem dá a
troca de mercadorias.
O quadro abaixo apresenta dados da Campanha ‚Na Floresta Têm Direitos:
Justiça Ambiental na Amazônia,‛ que objetiva evidenciar a degradação ambiental e o
220
desrespeito aos direitos e modos de vida dos povos amazônicos, que mostra 675
focos de conflitos socioambientais que abrangem todo o território da Amazônia
Legal e concentram-se, sobretudo, nos estados do Pará 40% (272); Rondônia 17%,
(114); Tocantins 12%, (81); e Amapá 9% (59) focos de conflitos que foram agrupá-las
Fonte: ‚Mapa dos Conflitos Socioambientais da Amazônia Legal‛ Campanha na Floresta têm Direitos
Justiça Ambiental na Amazônia - FASE - Programa Amazônia
221
Dentre os vários tipos de conflitos na Amazônia, um dos mais comuns é o
conflito por terras. Segundo a Comissão Pastoral da Terra – CPT (2017):
‚À violência no campo brasileiro não é só um ato contra indivíduos e sim um
ato contra uma resistência camponesa, contra uma luta que visa à mudança
na estrutura fundiária em um país com milhões de quilômetros quadrados
de terras agricultáveis, mas que poucos detêm o poder sobre elas‛.
os estados com maior ocorrência de conflitos de terra em 2017, sendo liderados por
estados da Amazônia.
em 2017, 22% das 71 mortes eram de lideranças dos movimentos agrários, indígenas,
quilombolas e ribeirinhos.
222
meios físicos e bióticos, bem como a dos grupos sociais que deles dependem.‛
(CAMPANER; ARAÚJO; PINHEIRO, 2009, p. 16).
4
Sistema de Gestão Ambiental – SGA é definido como um conjunto de procedimentos que tem por
intuito gerir ou administrar uma organização, de forma a obter melhor relacionamento com o meio
ambiente. O SGA pode ser estabelecido pela NBR ISSO 14001, que é uma norma para auxiliar
empresas a identificar, priorizar e gerenciar seus riscos ambientais.
223
desmatamento desenfreado na Amazônia, a grande rede de afluentes que estão
poluídos em virtude de uma administração governamental que não apresenta
2011).
224
espécies autóctones; e a contaminação do meio, afetando tanto em escala local
como global.
preocupação ainda maior com a Amazônia, tendo em vista o papel fundamental que
a mesma possui para o equilíbrio do meio ambiente, a preservação dela tem sido
uma maneira encontrada para a possível oportunidade de no futuro ela ainda existir.
Deve-se concordar que isolar a Amazônia dos avanços tecnológicos e da
225
Conservação remete a importância de usar de forma consciente, ou seja, o homem
pode explorar dos recursos naturais existem, porém deve fazê-lo de maneira que não
3. METODOLOGIA
226
Em relação à abordagem, a pesquisa desenvolveu-se através do método
qualitativo, visto que foi utilizada uma investigação de forma subjetiva ao analisar as
4. DISCUSSÃO E RESULTADOS
consumo.
Assim, pretende-se compreender que a origem da problemática ambiental
está nos usos conflitantes gerados tanto pelas diversas demandas da sociedade em
relação a um determinado recurso ou sistema ambiental quanto pelas próprias
que perpassam a sociedade. Sendo assim, ocorrem no campo dos direitos sociais, na
área de família, idoso, criança e adolescente, gênero, do trabalho e do não trabalho,
227
A disputa de interesses torna ainda mais complicada os conflitos
socioambientais na Amazônia, principalmente pelo grande volume de recursos
o meio ambiente.
Bacellar (2016, p. 52) diz que oferecer e instituir meios e resoluções alternativas
todos. E o alcance aos direitos individuais e sociais garantidos pela Constituição pode
ser obtido tanto na via jurisdicional e formal, como na via alternativa de solução de
quando há algum desequilíbrio entre as partes, LEME (2006) afirma que, os conflitos
podem ser resolvidos de forma violenta ou pacífica, e que o mesmo depende do
228
conhecimento e da afetividade dos envolvidos, juntamente com a situação na qual o
conflito passa a existir e do método utilizado.
arrastem por anos até alcançarem uma decisão definitiva. Isso por vários motivos, tais
como a sucessiva possibilidade de recursos, o baixo número de servidores e
garantia da tutela jurisdicional efetiva, porque sem ela o titular do direito não dispõe
da proteção necessária do Estado ao seu pleno gozo. A tutela jurisdicional efetiva é,
portanto, não apenas uma garantia, mas, ela própria, também um direito
fundamental, cuja eficácia irrestrita é preciso assegurar, em respeito à própria
dignidade humana.
Dessa forma, é possível constatar um panorama não muito animador, qual seja
e mais demorada batalha no âmbito judicial. Há que se ressalvar que a opção pelos
meios de solução de conflitos não pode se dar apenas em razão da lentidão dos
processos e o intuito de desafogamento do Judiciário, mas também com o intuito e o
229
dessas técnicas, ao prever, em seu artigo 174, a criação de Câmaras e/ou Centros de
Mediação de Conflitos nos órgãos públicos.
como na extrajudicial.
Propõem-se a utilização da mediação, conciliação e a Arbitragem e outros
envolvidos.
Para agilizar os processos e resolvê-los de maneira amigável é necessário
conflitos, o qual tem sido bastante difundido em vários países, podem minimizar os
graves problemas enfrentados na gestão Ambiental.
230
implantar os Métodos Consensuais de Resolução dos conflitos utilizando a Mediação,
a Conciliação e a Arbitragem nos conflitos socioambientais da Amazônia.
4.2.1. Arbitragem
concordância, levam seu problema a um terceiro imparcial, que julgará a lide. Desse
modo, trata-se de um método de heterocomposição, que agirá assim como no poder
legislações de Arbitragem. Enquanto que a Lei 13. 129 de 26.05.2015 vieram para
estabelecer a qualidade da norma, focando em alterações pontuais e consolidando
seus vários conceitos, tem-se a definição dada por Valério (2016, p. 6):
...um meio extrajudicial de resolução de contendas, capaz de dirimir conflitos
contratuais entre particulares, podendo ser determinada antes, pela cláusula
arbitral, ou depois do surgimento da questão controvertida, pelo
compromisso arbitral.
distintos dos envolvidos, para que apreciem a demanda e profiram uma decisão, que
se comprometem a aceitar e cumprir previamente, toda via a arbitragem também é
conflito.
4.2.2. Mediação
mediador com qualquer das partes, pode interferir nos resultados e confiabilidade
necessária para manutenção do método.‛ (LEVY, 2015, p. 202).
envolvidos.
Cabe ressaltar que a habilitação para lidar com conflitos é de tal forma
a utilização desse método, mas autoriza o emprego dos demais mecanismos privados
de resolução de conflitos, incluindo-se, como dito, a Mediação.
ambiental. É possível aferir, também, que o referido instituto pode ter aplicabilidade
tanto nos conflitos envolvendo as comunidades tradicionais o consumidor e o
233
intimidade com os envolvidos, levando em consideração o princípio da
imparcialidade.
4.2.3. Conciliação
beneficie só um, mas todos os envolvidos, diminuído custo e tempo, mantendo sigilo,
atuando de forma ágil e eficaz, promovendo uma importante via de acesso à justiça e
conflito.
234
Segundo Watanabe (2005), o objetivo primordial que se busca com a
instituição de semelhante política pública é a solução mais adequada dos conflitos de
235
resolução de conflito ambiental, que pode ser dar com a ampliação de sua
celebração tanto pelos operadores de direito quanto pela sociedade em geral.
O objetivo do T.C.A. C deve ser o mesmo que o da Ação Civil Pública podendo
visar tanto a recuperação do dano ambiental, utilizando inclusive o instituto da
para propositura da Ação Civil Pública, ou seja, durante o Inquérito Civil, que é um
procedimento administrativo exclusivo do Ministério Público Estadual ou Ministério
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
que nesta a solução ocorre de forma absoluta. Levando em consideração que uma
resposta inadequada encerra a discussão, porém torna irrealizável a solução do
determinado conflito sem que haja diálogo, sendo assim, o intuito principal da
Mediação, Arbitragem e da Conciliação e de outros métodos é trilhar caminhos que
236
levem a resolução dos Conflitos de maneira consensual, promovendo a paz e o bem
da sociedade.
expostos, é importante lembrar que através deles será possível diminuir o número de
processos existentes, agilidade na resolução dos mesmos que perduram por anos nas
repartições dos órgãos competentes e diminuição dos custos gerados por cada
processo.
REFERÊNCIAS
237
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239
OTIMIZAÇÃO DA PRODUÇÃO POR MEIO DA SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL:
APLICAÇÃO EM UMA EMPRESA DE PROCESSAMENTO MECÂNICO DA MADEIRA
RESUMO:
O setor madeireiro no Brasil contribui com uma parcela importante na geração de
emprego e renda do País, tornando estratégica a produção florestal tanto para a
economia nacional quanto na serventia de base para outras indústrias. Para o
máximo aproveitamento dessa produção é relevante o uso de métodos e técnicas de
otimização da produção. Este trabalho teve por objetivo aperfeiçoar o processo
produtivo de uma serraria, localizada no Amapá, norte do Brasil, por meio de
simulação da produção, com foco na modelagem e simulação do sistema produtivo
por meio da criação de um modelo computacional. Para a modelagem do processo
produtivo, foram utilizados os dados previamente coletados nas visitas, foram
agrupados e ajustados e então inseridos no software de simulação da produção
Arena, simulando o processo produtivo real da empresa em estudo. Como meio de
otimização foram elaborados diferentes cenários considerados otimizados em
comparação ao real. Todos os cenários tiveram melhora em relação a saída do
produto final, a quantidade de peças que saíram do sistema foi maior que a
produção real, constatando significativa otimização em todos os modelos propostos.
1. INTRODUÇÃO
240
dificuldades para estruturar uma política industrial para os segmentos da cadeia
produtiva. Diante disso, estudos que avaliem o potencial e a situação da produção
papel e celulose, 25,2% para lenha industrial, 19,3% para indústria madeireira, 9,1%
para indústria de carvão, 7,8% para indústria de painéis reconstituídos, além de 1,2%
processo (JACOBS; CHASE, 2012). Devido às crises financeiras, é cada vez maior o uso
dessa forma de gestão por diversas empresas dos mais variados setores, as quais
buscam mais eficiência nas suas operações.
241
Segundo Lustosa et al. (2008), a técnica de produção japonesa Just-In-
Time (JIT) permite reduzir estoques assim como o tempo de fabricação aumentando
a capacidade produtiva do processo, seu objetivo é dispor da peça necessária, na
quantidade necessária no momento certo, elevando a produção e diminuindo os
possua um processo, produtivo ou não, espera que ele seja eficiente e que atenda
sua demanda de serviço, no entanto, em alguns casos, essa expectativa não é
tempo e dinheiro (PEREIRA, 2000). E para obter-se uma análise mais ampla uma
alternativa complementar é a criação de cenários, que permitam a visualização do
produção.
2. REVISÃO DE LITERATURA
242
gerou 635 mil empregos e receita de cerca de R$ 42 bilhões, e tem nas suas
exportações o equivalente a 3,4% do total exportado pelo país.
madeira e pela produtividade das florestas. Ainda que cada um dos produtos
florestais possua um mercado próprio, as condições para o seu desenvolvimento
14% são exportados. Pois, a floresta amazônica é rica em recursos naturais, tendo a
maior extensão de florestas brasileiras e possuindo uma grande diversidade da flora
anualmente mais de 100 mil m³ de madeira em tora, tendo uma receita bruta da
ordem de R$ 5 bilhões, gerando mais de 203 mil empregos (MMA, 2012).
Na Amazônia, estas empresas madeireiras foram aglomerando-se em
centros urbanos que estavam sendo criados ao longo das rodovias, formando os
243
polos madeireiros. Esses polos tendem a se desenvolver em áreas que concentram
serviços, infraestrutura (energia, comunicação, saúde e sistemas bancários) e mão-de-
obra disponível.
244
próximas às áreas onde há cobertura florestal e boa logística de transporte para a
madeira em tora e processada (IMAZON, 2010).
anualmente mais de 100 mil m³ de madeira em tora, tendo uma receita bruta da
local, conforme citou Polzl (2002) ‚O setor de base florestal brasileiro está
intimamente relacionado com diversos outros segmentos industriais, tais como:
constituída em toras para madeira serrada com baixo valor agregado (ripas, caibros,
tábuas e similares) ou o beneficiamento da madeira para algum grau de agregação
de valor (pisos, esquadrias, madeira aparelhada, etc.) e em madeira laminada e
compensada.
245
Conforme Neri (2005), dentre os setores da indústria de transformação
mecânica da madeira, as serrarias são, sem dúvida, as que necessitam maior apoio e
de madeira beneficiada.
ao modo pela qual as organizações produzem seus bens ou serviços, ela está
presente em todos os tipos de atividade de produção de produtos ou oferta de
246
sistema ser classificado de várias formas de acordo com o tipo de processo da
organização.
entende-se que as atividades do PCP incluem uma série de decisões que tem como
objetivo a definição sobre o que, quanto e quando produzir (FERNANDES; GODINHO
FILHO, 2010).
Segundo Lustosa et al. (2008), o PCP teve sua evolução na primeira
partir de uma minuciosa análise dos processos que compões uma operação torna-se
247
Cheung e Bal (1998), corresponde a uma técnica de orientação para
desenvolvimento, projeto ou avaliação dos processos existentes em um determinado
setor, departamento ou, até mesmo, uma organização inteira. Este mapeamento deve
ser realizado de forma gráfica, uma das maneiras é por meio de um fluxograma.
por Barnes (1977) segundo ele para se visualizar melhor um processo, desenham-se
as linhas de fluxo em uma planta de edifício ou da área em que a atividade se
desenvolve.
otimizar um processo produtivo, alguns até já citados nesse trabalho como o Just-In-
Time, LeanProduction, Six-Sigma, a escolha e aplicação do método vai depender da
firma, a forma como ela se organiza, o tipo de processo desenvolvido, e outras
características inerentes a mesma (SLACK et al., 2006).
248
comportamento dos sistemas, economia de recursos, e a semelhança do modelo
simulado ao sistema real auxiliando assim na tomada de decisão eficaz.
alterações no projeto.
3. MATERIAIS E MÉTODO
fluviais e aéreas, não possui ligações rodoviárias com as principais capitais do Brasil
(MORAIS; MORAIS, 2011).
serrada. Conforme dados do IBGE (2017) a cidade de Macapá possui área territorial
de 6.503,458 km² e uma população estimada de 447.706 pessoas.
249
madeireira. Foram fornecidas as licenças das empresas que estão atuando com o
setor de desdobro e processamento da madeira.
mencionadas acima, para facilitar a coleta das cronometragensa partir das médias
dessas cronometragens foi possível fazer o ajuste das funções para cada processo.
em consideração apenas os três processos principais, esses por sua vez foram
divididos em atividades (Tabela 1). As simulações foram realizadas com o auxílio do
Tabela 1 - Descrição das atividades dos processos principais de desdobro da madeira em uma serraria,
Macapá-AP
Processo Atividades
da costaneira
250
A2 - Corte tangencial da peça na serra circular
produtos acabados
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
o processo de desdobro primário na serra fita, essa etapa visa transformar a tora em
peças de menores dimensões que depois passam por mais etapas e ficam da sua
forma final.
Neste primeiro momento, após o posicionamento e fixação da tora no carro
ele se movimenta até a serra fita vertical para o desdobro principal, onde ocorre o
corte das costaneiras, retiradas e armazenamento de resíduos, após isso são
efetuados os cortes tangenciais na serra fita gerando as peças de madeira.
251
Em seguida, essas peças que saíram do primeiro processo a serem estocadas
são movimentadas até a serra circular de bancada onde receberão a largura desejada
através de cortes tangenciais, e por fim ocorre a movimentação desta peça até a
destopadeira pendular em que é feito a medição do comprimento da peça, é
realizado o corte transversal nas pontas e a peça é marcada e assim vai para o
estoque de produtos acabados (Figura 1).
252
parte central são removidas como resíduos.Destopadeira pendular: Máquina que
realiza corte transversais na peça de madeira.
Tabela 2 - Média das Cronometragens da Serra Fita, Serra Circular e Destopadeira em uma serraria,
Macapá-AP
Serra Fita
Atividades A1 A2 A3 A4 A5
Média 35 32,25 17,5 14,375 9,125
Serra Circular
Atividades A1 A2 A3
Média 12,5 10,875 10,125
Destopadeira
Atividades A1 A2 A3
Média 6,875 10 8,625
Tabela 3. Função para Serra Fita, Serra Circular, Destopadeira, processo produtivo em uma serraria,
Macapá-AP
Distribuição Uniforme
Equação UNIF(9, 35)
Pontos Coletados 5
Histograma Serra Circular
Distribuição Beta
Equação 10 + 2.74 * BETA(0.6, 0.762)
Pontos Coletados 3
Histograma Destopadeira
253
Distribuição Uniforme
Equação UNIF(6.56, 10)
Pontos Coletados 3
constatado em campo (tabela 4), cuja quantidade de peças produzidas por dia pela
serra fita seria de 179 peças, sendo ela a determinadora da produção diária, já que
representa o gargalo da produção com a menor quantidade processada por dia.
254
Tabela 5 - Relatório das Entidades do processo de produção de uma serraria, Macapá-AP.
Relatório de Entidades
foi identificado um gargalo na produção, onde verificou-se que a serra fita produz
um valor muito abaixo em comparação com os outros processos, sendo ela o foco da
otimização.
O princípio para essa otimização será a criação de diferentes cenários desse
formulação matemática.
255
de otimização do mesmo. Logo, segue os possíveis cenários criados como forma de
otimização da produção.
sugerido à adesão de uma nova serra fita de igual capacidade, dobrando assim a taxa
de produção desse processo (Figura 3).
ajustes ao modelo (Figura 3), onde a tora tem a possibilidade de ser processada pela
serra fita 2° caso a serra fita 1 esteja ocupada.
Figura 3 - Modelo Otimizado cenário 1.0, processo produtivo de uma serraria, Macapá-AP
256
Tabela 2 - Nova taxa de chegada para cenário 1.0, simulação da produção em uma serraria, Macapá-
AP
Tabela 8 - Relatório das Entidades: 2 Serras Fitas no processo de produção de uma serraria, Macapá-
AP.
Relatório de Entidades
Peças Quantidade de Entrada Quantidade de Saída
Total 332 310
otimização do processo.
Notou-se também, que com a inclusão da nova serra fita a taxa de
utilização da serra circular teve um aumento significativo, o que pode ser relevante
nas próximas tentativas de otimização. A tabela a seguir demonstra a porcentagem
Tabela 3 - Taxa de utilização dos processos: 2 Serras Fitas no processo de produção de uma serraria,
Macapá-AP.
Processo Taxa de Utilização (%)
Serra Fita 1 98,91%
Destopadeira 70,86%
257
Como observado no primeiro cenário mesmo com a inclusão de uma
segunda serra fita, o processo da destopadeira ainda teve uma utilização de 70,86%
da sua capacidade ao contrário da serra circular, que alcançou uma taxa de utilização
de 97,53%, o que torna este processo tão relevante quando a serra fita, que foi
Figura 4 - Modelo Otimizado cenário 2.0, processo produtivo de uma serraria, Macapá-AP
serra fita também foi necessária aumentar a capacidade da serra circular em mais 1/3
além da sua capacidade normal, já que ela quase atingiu sua máxima utilização no
primeiro cenário, para assim então obter a máxima utilização de todos os processos
(Tabela 10).
Distribuição Beta
Equação 6.59 + 1.91 * BETA(0.75, 0.849)
Pontos Coletados 3
Tabela 41 - Nova Taxa de Chegada para o cenário 2.0, simulação da produção em uma serraria,
Macapá-AP
atestou-se mais uma vez a otimização do processo com a saída de 431 peças sendo
39,03% maior que o primeiro cenário e 155,02% maior que o processo original
(Tabela 12).
Tabela 12 - Relatório das Entidades: 3 Serras Fitas no processo de produção de uma serraria, Macapá-
AP.
Relatório de Entidades
Peças Quantidade de Entrada Quantidade de Saída
Total 504 431
Tabela 13 - Taxa de utilização dos processos, modelo com 3 Serras Fitas, em uma serraria, Macapá-AP
Processo Taxa de Utilização (%)
Serra Fita 1 99,20%
Serra Fita 2 98,33%
Serra Fita 3 94,84%
Serra Circular 97,79%
Destopadeira 98,22%
5. CONCLUSÕES
259
decisão, a união desses dois fatores auxilia em uma visualização mais ampla do
processo, assim como em uma visão de como esse processo produtivo viria a ser no
concreta.
6. REFERÊNCIAS
260
COUTO, J. H. MENDES A. C. ANÁLISE ESTRUTURAL DA CADEIA PRODUTIVA DO
SETOR FLORESTAL BRASILEIRO. In: Congresso UFV de Administração e Contabilidade,
5, e Mostra Científica, 2,. Viçosa-MG,2012. Anais [...]Viçosa-MG: UFV,2012.
FERNANDES, F. C. F.; GODINHO FILHO, M. Planejamento e Controle da Produção:
Dos Fundamentos ao Essencial. São Paulo: Atlas, 2010. 296 p.
mista. Gestão & Produção , São Carlos, v. 24, n. 1, p. 67-77, abr. 2017.
262
SLACK, N. et al. Administração da Produção : Edição Compacta. São Paulo: Atlas,
2006. 526 p.
263
PROCESSO LOGÍSTICO DO AÇAÍ: UM ESTUDO DE CASO NA EMPRESA
SAMBAZON
RESUMO:
O açaí é um dos produtos mais representativos e tradicionais da Amazônia, sendo
utilizado de diversas formas. Sua colheita, transporte e comercialização requer uma
atenção das organizações, devido ao contexto presente na região amazônica. Nesse
sentido, a problemática que norteou este estudo é como o processo logístico do açaí
é realizado na empresa Sambazon. Para responder essas pergunta, o presente artigo
objetiva descrever o processo logístico do Açaí na empresa Sambazon. Quanto aos
procedimentos metodológicos, o trabalho pode ser classificado como um estudo de
caso único, exploratório, descritivo e qualitativo. Como método de coleta de dados,
elaborou-se uma entrevista semiestruturada, embasada na definição teórica sobre
atividades da logística, apresentado por Ballou (2015). A coleta de dados ocorreu
entre os meses de outubro a dezembro de 2018 e foi direcionada ao gestor
administrativo da empresa, também responsável pela função logística. Para
tratamento e análise dos dados, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo. Os
resultados demonstraram que o processo logístico do açaí inicia pela certificação das
áreas produtoras do fruto. Os pedidos de fornecimento observam o período de safra
de cada área, bem como expectativa e previsão de consumo. O transporte ocorre por
meio de embarcações até a Sambazon, onde o fruto é armazenado e aguarda até um
dia para ir à produção. Após a produção, a polpa do açaí e os produtos derivados são
armazenados, aguardando distribuição, realizada por transportadoras. A importância
desse estudo está na relação de duas temáticas presentes no cotidiano de milhares
de famílias da Amazônia, aplicadas em uma empresa do setor industrial.
1. INTRODUÇÃO
Seu consumo e produção tem seguido uma crescente expansão (IBGE, 2018),
alcançando diversos estados brasileiros e alguns locais do exterior, bem como sua
na empresa Sambazon.
geral sobre os assuntos; Referencial Teórico, organizado por três subcapítulos que
apresentam os principais conceitos sobre as temáticas apresentadas; Metodologia,
que descreve os métodos utilizados para realização do trabalho; Análise e Discussão
dos Resultados, que apresenta os dados e onde são realizadas as principais análises
265
do trabalho; Considerações Finais, onde há a retomada dos objetivos, descrição da
importância e limitação do trabalho; e Referências Bibliográficas, que contém as
2. REFERENCIAL TEÓRICO
cerâmicas.
outros 10% são adquiridos pelos seguintes países: Alemanha, Bélgica, Reino Unido,
Angola, Austrália, Canadá, Chile, China, Cingapura, Emirados Árabes, França, Israel,
Nova Zelândia, Peru, Porto Rico, Portugal e Taiwan. A partir desse dado, observa-se
266
que o açaí é exportado para países de todo mundo, dos cinco continentes, apesar de
apenas dois países concentrarem o maior destino das importações.
principais produtos para sua alimentação. Uma das formas de reverter esse quadro
social nesse período seria a expansão da produção do açaí em terra firme, visto que
polpa ou do vinho, o açaí tende a resistir geralmente até 72h, a partir desse período,
sua qualidade é afetada drasticamente (FERNANDES, 2016). Esse pode ser
267
Fonte: IBGE (2018)
está o preço que sofre influência de diversas variáveis como a quantidade do fruto,
estado em que o mesmo está conservado, custo de transportes relacionados e
qualidade (IPEA, 2015), sendo este último um dos principais fatores que ocasionam as
diferenças encontradas sobre o preço da saca do fruto nos mais diferentes pontos de
existiam em 2013 em torno de 3.000 organizações desse tipo, que podem ser
caracterizadas por pequenos produtores que utilizam máquinas do tipo
Com base nos autores citados acima, observa-se que o açaí no contexto do
Estado do Amapá é semelhantes ao de outras regiões, ressalvadas algumas
tendo cerca de 141.913 toneladas produzidas em 2017. Dos 20 municípios que mais
produzem açaí, 12 estão localizados no Pará (IBGE, 2018). O quadro 1 apresenta as
principais etapas da cadeia de valor do açaí no Marajó, uma das principais regiões
produtora do fruto no Pará (POTIGUAR; OLIVEIRA, 2016).
Quadro 1 - Etapas da cadeia de valor do Açaí no Marajó
269
A extração e comercialização do açaí no Pará vêm se avolumando ao passar
dos anos. De acordo com Oliveira et al (2016), a demanda anual nos mercados
2.2 LOGÍSTICA
Essa definição supera a visão da logística como uma atividade de suporte às demais
áreas funcionais.
Na ótica de Pêgo (2016), a logística compreende como planejamento,
270
pela logística, proporcionam a oferta da exata quantidade de produtos nos locais e
períodos desejados a custos mínimos.
produção.
manutenção de estoques.
1) Transporte- É considerado uma atividade primária por geralmente representar
cerca de 45 à 50% % dos custos que uma empresa tem com a logística (PAURA,
2012). Sakai (2005) descreve essa atividade como a movimentação dos insumos e
contido nas atividades primárias pode ser entendido por quatro motivos principais:
redução dos custos entre transporte e produção, amortecer a oferta e demanda,
que essa atividade pode impactar diretamente nos custos e níveis de serviços
ofertados ao cliente, devido ao tempo despendido para sua realização.
COSTA, 2014).
2) Armazenagem- Castiglioni (2010) caracteriza essa atividade de apoio com um
273
(BALLOU, 2015). Barão (2011) acrescenta que a embalagem deve exercer quatro
principais funções: proteção; conservação; informação; e a função relacionada ao
3. METODOLOGIA
274
descrição lógica e sistematizada do processo logístico do Açaí na empresa Sambazon
e a confrontação com a teoria utilizada.
4.1 SAMBAZON
internacionais.
O primeiro questionamento buscou saber como inicia o processo logístico do
açaí na Sambazon. De acordo com o gestor, o primeiro passo para que uma
comunidade, associação ou cooperativa possa fornecer o açaí à empresa é a
Após essa primeira etapa, os produtores de açaí estão aptos a fornecer o fruto
à Sambazon. Com base nesse contato com produtores, os locais são mapeados para
identificar as épocas de colheita. Desse modo, para entender como ocorre uma das
principais atividades primárias da logística, o transporte, o questionamento seguinte
transporte do açaí pode ocorrer de duas maneiras, porém sempre utilizando o modal
hidroviário.
transporte na região amazônica, porém ainda não é utilizado com todo seu devido
potencial, seja pelas características presentes na região ou por sua eficiência
energética frente a outros modais. Desse modo, nota-se que no contexto atual, esse
modal é o mais recomendado para o transporte do açaí desde o produtor até a
que possui uma área própria para recebimento das embarcações. O fruto é recebido
em sacas e/ou peneiras e depositado em basquetas, para ser pesado. Após a
pesagem, é feito um dos controles da qualidade do fruto que ocorre por meio da
classificação do açaí, que representa o nível de qualidade do fruto. Caso o fruto não
esteja em qualidade aceitável (qualidade é definida na etapa de certificação), o
276
mesmo não é recebido pela empresa, sendo devolvido ao produtor que arca com
todas as despesas de transporte reverso.
durante o ano. Segundo o gestor, a maior parte do açaí recebido na empresa vem do
Estado do Pará, e que quanto mais perto o produtor estiver de Belém, mais difícil e
realizado de acordo com a literatura, onde essa atividade deve ser devidamente
planejada e realizada de modo estratégico, pois pode impactar diretamente nos
com açaí serão transportadas através de empilhadeiras até esteiras para a realização
da retirada de resíduos e lavagem da fruta, em seguida é produzida a polpa do açaí.
conservação do fruto, que vai ao encontro com a afirmação de Ballou (2015) quando
indica que essas são as funções da embalagem. Sobre a movimentação, a utilização
qual a destinação dos caroços de açaí. A resposta obtida foi de que o caroço do açaí,
decorrente do processo de despolpamento, é recolhido por uma transportadora e
encaminhado até a empresa Jari Celulose, no município de Laranjal do Jarí, onde será
utilizado para a geração de energia.
277
Percebe-se que o açaí continua gerando valor a cadeia de diversas formas,
conforme relata Araújo (2017), onde afirma que todas as partes do açaizeiro podem
ser utilizados para gerar valor. Além disso, observa-se há simbiose industrial entre as
empresas envolvidas, Sambazon e Jarí Celulose, mesmo que em nível micro, uma vez
que uma utiliza os resíduos da outra para agregar valor no seu processo produtivo.
Esse fenômeno está de acordo com Herzer, Robinson e Nunes (2017) quando
descrevem que as empresas devem criar uma rede simbiótica entre si, de modo a
possibilitar a venda e/ou troca de resíduos e subprodutos.
278
Um dos fatores que mais afetam diretamente a produção na fábrica é a
dinâmica dos açaizeiros, que possuem um de ciclo de produção específico, que varia
período, não há obtenção do fruto se o preço do mesmo está muito elevado, e caso
necessário, é utilizada a polpa estocada, que é o insumo base à produção de vários
nível de serviço que espera dos prestadores de serviço logístico. Esse item caracteriza
essencial medida para aferir a qualidade do serviço contratado e possibilitar criação
279
Processamento de pedidos De acordo com planejamento de vendas
que todas as atividades da logística (BALLOU, 2015), são realizadas pela empresa em
alguma etapa, mesmo que com pequenas tarefas. Desse modo, nota-se a maturação
280
A partir da figura 1, percebe-se que algumas etapas utilizam poucas atividades
logística, como a etapa de transporte, bem como outras necessitam utilizar quase
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
região amazônica, sendo um dos frutos que mais a caracterizam. Diversas atividades
industriais, comerciais e científicas exploram o fruto, que requer uma atenção por
parte das organizações desde sua obtenção até a distribuição. Nesse sentido, este
estudo buscou descrever o processo logístico do açaí da empresa Sambazon.
tais áreas, informações essas que vão subsidiar a atividades de obtenção. Os pedidos
de fornecimento observam essas informações e também segue um planejamento de
espaço por até um dia. Após o processo produtivo, a polpa do açaí e os produtos
281
derivados do açaí são armazenados em um depósito de produtos acabados, à espera
da distribuição, que é realizada conforme a programação de saída dos produtos e os
etapa, como atividade de embalagem, que passa por três momentos: sacos e
peneiras (transporte), basquetas (armazenamento/recebimento) e sachês, baldes e
processo produtivo (caroços) são utilizados pela empresa Jarí Celulose para geração
de energia, o que configura uma simbiose industrial, mesmo que em pequena escala.
Outra limitação está no fato do objeto de estudo ser apenas um dos atores da
cadeia.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
282
ANDRADE, Carolina Oliveira de. Logística Empresarial: Aspectos teóricos e
tributários. São Paulo: 2b, 2015. 118 p.
283
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da instalação de ETCS em Rurópolis - PA. IN: XX Congresso Brasileiro de Economia,
FARIA, A. C.; ROBLES, L. T.; BIO, S. R.. Custos Logísticos: Discussão sob uma ótica
diferenciada. In: XI Congresso Brasileiro de Custos, 2004, Porto Seguro: XI
284
MORAES, Roque. Análise de conteúdo. Revista Educação, Porto Alegre, v. 22, n. 37,
p. 7-32, 1999.
OLIVA, Rafael Augusto. Logística de suprimentos: uma análise das atividades entre
produtores de tilápia e frigoríficos na uhe de Ilha Solteiras/SP. 2016. 140 f.
2005.
SANTOS NETO, Ubaldino José dos; SANTANA, Lídia Chagas de. Logística e serviço ao
cliente como estratégia competitiva. Revista de Iniciação CientíficaRic: RIC, João
285
Curso de Curso de Administração, Universidade Federal do Rio Grande do Norte,
Currais Novos, 2016.
286
A POLITICA TRIBUTÁRIA DE CONCESSÃO DE INCENTIVOS TRBIBUTÁRIOS NA
AMAZÔNIA COMO ESTIMULO AO DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO.
RESUMO:
A luz do conceito, se pode afirmar que o desenvolvimento econômico está ligado ao
crescimento do Produto Interno Bruto e da Renda Per Capita, associado ao
atendimento das necessidades básicas e da melhoria na qualidade de vida da
população de determinada região. Esses índices tendem a crescer com a influência
das ações do Estado no setor econômico e de estimulo a produção. Na Amazônia,
frente ao restante do país, o crescimento econômico foi tardiamente estimulado pelo
Governo Federal. O processo de desenvolvimento econômico da região Amazônica
ocorreu em momento posterior ao do restante do país, e de maneira distinta, sendo
estimulado pelo Estado à época com a intenção de manter a soberania nacional e
não propriamente de desenvolver as potencialidades econômicas da região. Nesse
sentido, as politicas públicas voltadas a desenvolver economicamente a Amazônia
Ocidental e no Amapá consistiram na renuncia tributária em favor do setor comercial.
Assim, Áreas de exceções foram criadas nos estados do Amazonas, Acre, Amapá,
Rondônia e Roraima. Em território Amapaense, especificamente nos municípios de
Macapá e Santana, foi criada e instalada a Área de Livre Comércio com renuncia fiscal
de impostos federais e estaduais. O modelo Zona Franca de Manaus é um importante
Polo Industrial brasileiro, onde politicas públicas de desenvolvimento cientifico-
tecnológico tem sido aplicada através da oferta de incentivos e estímulos à aplicação
de recursos em projetos de P&D. Neste texto pretendemos refletir sobre os reflexos e
a eficiência da concessão de incentivos tributários às empresas comerciais no
fomento à economia local.
1. INTRODUÇÃO
287
momento histórico para compreender e sugerir as condições que favoreceriam o
desenvolvimento econômico.
econômico não foi unanime ao longo da história e ainda hoje não é. Cada pensador
econômico destacado, ou se opõe ao modelo ou escola anterior, ou ainda acrescenta
288
dedicaram a desenvolver teorias que justificassem o crescimento econômico, ou
ainda que explicassem como seria possível alcançar o desenvolvimento das nações.
vai muito além da evolução da renda per capita, mas ocorrem modificações
estruturais na economia, nesse contexto, os economistas neoclássicos propuseram
que são conceitos diferentes, e outros ainda que assegurem serem termos
complementares.
Dispor de recursos para investir está longe de ser condição suficiente para
preparar um melhor fruto para população. Mas quando o projeto social
prioriza e efetiva melhoria das condições de vida dessa população, o
crescimento se metamorfoseia em desenvolvimento (FURTADO, 2004, p.486).
289
crescimento do PIB per capita e pode ser observado nos diversos setores da
economia, todavia ressalta que é um erro observar um ano isoladamente, ao
contrário, o indicador que mede a queda nos níveis de pobreza e melhoria nas
condições básicas de vida da população local, devem ser ter crescimento exponencial
que é o desenvolvimento precisa ser automático, por que deve gerar a partir de si
mesmo. E necessário, pois o reinvestimento por parte das empresas se torna questão
difundida, como fruto, gerou politicas publicas como o Plano de Metas no Governo
Juscelino Kubitschek. A concentração do investimento público e estrangeiro na área
290
locais, formadas pelos empresários existentes e potenciais, universidades, prefeituras,
secretarias de Estado e demais órgãos públicos vinculados à questão regional. E a
promoção de ações integradas, inclusive que partam de baixo para cima, com a
criação de pequenas e médias unidades inovadoras, vinculadas à realidade de cada
espaço sub-regional, sendo apoiadas pelo setor público para que possam reinvestir
seus ganhos e gerar cada vez mais produtos e processos inovadores.
maior atenção das nações que buscam soluções para o alcance do desenvolvimento,
com alocação de vultosos recursos para a área em questão. (ARBIX, 2010)
com forte condução do Governo Federal. Prova disso, dentre outros, que até o ano
de 1988 os territórios dos hoje estados dos do Amapá, Rondônia e Roraima eram
administrados diretamente pela união.
291
O Estado no seu papel institucional associado a crescente intervenção
na economia e no território, inicia o processo de ocupação na Amazônia. Becker
(2001) considera que o planejamento regional teve sua fase inicial com a implantação
do ‘Estado Novo’ por Getúlio Vargas (1930 – 1960), na ocasião teve característica
Acre. Contudo, somente entre 1966-1985 que se deu o planejamento regional através
de estratégias coordenadas que permitiram acelerar a ocupação da região.
conduzido pelo Exercito nacional e a Aeronáutica, têm esse nome por estar localizado
na calha norte do Rio Amazonas e Solimões. Já o projeto SIVAM tinha por objetivo
(2016), os instrumentos utilizados pelo PNDN são Incentivos Fiscais (IF), o Fundo de
Desenvolvimento da Amazônia (FDA), e o Fundo Constitucional de Financiamento do
Norte (FNO).
Quanto ao aspecto econômico dos projetos na Amazônia, as ações e
esforços do Governo Federal em incentivar o desenvolvimento da região, foram
concebidos o projeto das Áreas de Livre Comércio na Amazônia Ocidental e no
293
Amapá. Este último apesar de estar localizado na Amazônia oriental tem extensa área
de fronteira internacional. Todavia antes da criação das áreas de livre comércio.
Áreas de Livre Comércio aos projetos que se utilizam de matéria prima da região
Amazônica e prevê a isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Junho de 1957 a Lei 3.173 a Zona Franca na cidade de Manaus (ZFM), a princípio com
características exclusivamente comerciais. Alguns anos depois, por meio do
Nº 356/68. Esse modelo passou quatro fases até a chamada fase atual a partir de
2003. (SUFRAMA)
perfumes.
294
importados em Manaus, que deixou de ter a exclusividade das importações como
vantagem comparativa; o Polo Industrial de Manaus passa a adotar o Processo
da Amazônia.
A partir de 2003, essa fase fica marcada inicialmente pela Política de
(PPBs) para produtos fabricados no Polo Industrial de Manaus (PIM) é orientada pelo
maior adensamento de cadeias produtivas nacionais, inclusive dos biocosméticos.
(SUFRAMA, 2018).
As politicas públicas de incentivo ao desenvolvimento industrial têm
295
agregação de valor, tinha por objetivo aumentar a competitividade da indústria
brasileira.
1996, atualmente é presidido pelo Presidente Temer voltou a ter reuniões em 2017 e
voltou a liberar recursos para desenvolvimento de projetos de pesquisa selecionados.
informática.
Segundo a Lei de Informática, se considera atividade de informática às
296
eletrônicos, software, insumos, partes e peças de máquinas e equipamentos de
informática.
Apesar da Lei de Informática ter sido promulgada, era apática, pois não
havia base, como mão de obra especializada, além disso, havia a dificuldade da
as empresas, ainda que no início, são dependentes de apoio externo para promover
o processo de produção de conhecimento, mas têm suas atividades gradativamente
Manaus, invistam por ano, o percentual mínimo de cinco por cento de seu
faturamento bruto obtido no mercado interno decorrentes da venda de produtos
297
o Governo Federal e a SUFRAMA disciplina o Decreto nº 6.008 de 29 de dezembro de
2006 e a Resolução nº 71 de 06 de maio de 2016 à obrigação das empresas no
em andamento.
As diversas legislações inerentes a Lei de Informática no Brasil e na
298
reajustado com a inclusão da valorização da questão ambiental, e o encerramento
das atividades de exploração mineral da Indústria e Comércio de Minérios S.A.
(ICOMI) no Amapá.
Em meio a esse cenário, na década de 1990, foi criada e instituída pelo
2005, p.20).
299
Geograficamente, foram definidos os limites da ALCMS no artigo 2º do
Decreto nº 517 de 08 de maio de 1992, que regulamenta a área incentivada. Todavia,
ano de 2017. Todavia, esse prazo foi prorrogado até o ano de 2050 através da Lei
13.023 de 08 de Agosto de 2014, Art. 3º. (Brasil, 1992).
serão descritos.
O Decreto 517/1992 também regulamenta e isenta o Imposto de
1991
1992
Lei nº 8.387 de
30 de 2009
dezembro de Decreto nº 517
1991 (Lei de de 08 de maio 2010
de 1992 Decreto nº
Informática da 6.759, de 5 de 2014
ZFM cria a (Regulamentaç Decreto nº
ão da fevereiro de
ALCMS 2009 7.212 de 15 de
ALCMS). junho de 2010 Lei nº 13.023
(Regulamenta de 8 de agosto
IPI vinculado a –
(Regulamenta de 2014
mercadoria (Prorrogação e
estrangeira) o IPI
Vinculado a uniformização
compra dos prazos das
nacional) ALC`S)
301
Com relação às contribuições do PIS e COFINS, essas têm reduzida a
alíquota a zero conforme art. 2º, parágrafo 3º da Lei 10.996/2004. O Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) é isento conforme Decreto 7.212/2010, Art. 99. Esse
conjunto de lei que a principio pode parecer complexo trata-se de renúncia fiscal
99. Esse conjunto de lei que a principio pode parecer complexo trata-se de renúncia
fiscal tributária do Governo federal e convênio entre os estados. O Quadro 1 sintetiza
302
Continuando a questão ao incentivo do ICMS, na aquisição
interestadual de produtos industrializados de origem nacional, crédito presumido
será 7% das mercadorias vindas dos estados da região Sul e Sudeste e 12% oriundas
dos estados do Norte, Nordeste, Centro Oeste e do Espirito Santo. E conforme o
Vale ressaltar também que conforme Convênio ICMS 65/88, clausula 1º,
parágrafo 2º o valor do ICMS que seria devido na operação será abatido do valor da
tributário diferenciado. Dessa maneira, a emissão da Nota Fiscal (NF) pelo fornecedor
à cliente incentivado localizado na ALCMS deve possuir código fiscal de operações e
(BRASIL, 1970).
303
Cabe a Superintendência da Zona Franca de Manaus (SUFRAMA)
cadastrar as empresas e habilitá-las afim de que essas possam usufruir dos incentivos
304
logístico, adquirir produtos com preços semelhantes ao dos demais estados da
região sudeste do país.
Em alguns casos, a redução total dos impostos ICMS, PIS e COFINS e IPI
pode chegar até 31,25% do custo da mercadoria. Todavia parte dessa redução é
absorvida pelo custo logístico. Dessa maneira, acredita-se que os benefícios fiscais
concedidos às empresas nas operações com mercadorias incentivadas contribuem
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
governo federal, com a criação de uma área de exceção fiscal em cidades estratégicas
da região norte, era de justamente promover a redução da desigualdade entre as
regiões,
As intervenções do Estado foram perceptíveis ainda em relação ao norte
tributária dessas áreas, deveria ser associada a outras politicas publicas como o
REFERÊNCIAS
306
BECKER, B. Revisão das políticas de ocupação da Amazônia: é possível identificar
modelos para projetar cenários? Parcerias Estratégicas, Rio de Janeiro; n. 12, p. 135-
159, set. 2001.
307
BRESSER-PEREIRA, L. C. O conceito histórico de desenvolvimento econômico.
2008. Disponível em: <
http://www.bresserpereira.org.br/papers/2008/08.18.ConceitoHist%C3%B3ricoDesenv
olvimento.31.5.pdf>. Acesso em: 13 out. 2018.
FURTADO, C. Os desafios da nova geração. In: Revista de Economia Política, vol. 24,
nº 4, p. 483-486, out - dez., 2004.
308
MODELAGEM MATEMÁTICA APLICADA A PRODUÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO
AUDIOVISUAL EM CURSOS A DISTÂNCIA*
RESUMO:
Os materiais didáticos audiovisuais, são aulas produzidas em conjunto com os
professores, e gravadas em espaços apropriados, como estúdios e também, podem
ser gravadas nas próprias salas de aula, sendo necessário que existam profissionais
envolvidos que auxiliem na produção, no que se refere a aspectos como som, cenário
e iluminação e requer o envolvimento de profissionais de diferentes áreas, como
tecnologia e educação. Este método de ensino, embora apresente muitas vantagens,
também evidencia dificuldades para sua realização. Uma delas está relacionada ao
problema de distribuição de carga horaria, que corresponde à distribuição de
horários para gravação de aulas em um estúdio. Este trabalho aborda a modelagem
matemática aplicada ao problema de distribuição de grade horária de cursos de
educação a distância em um Instituto de ensino técnico no estado do Amapá. O
mesmo se desenvolveu em torno da produção de material didático audiovisual, ou
seja, as videoaulas, produzidas para subsidiar a Educação a Distância. O modelo foi
feito com base no problema de mochila. Assim, de posse do resultado sobre o
algoritmo, pode-se gerar resultados, propondo caminhos para a melhor tomada de
decisão em relação a situação proposta relativa à demanda por produção de
videoaulas e a capacidade de produção atual da instituição. Dessa forma, foi possível
se ter uma visão mais clara sobre a distribuição de grade horária para produção de
material didático audiovisual visando auxiliar no planejamento da instituição de
ensino.
1 INTRODUÇÃO
A Modelagem Matemática pode ser definida como um processo
309
situações da realidade em problemas matemáticos em que soluções devem ser
interpretadas, segundo linguagem usual (BASSANEZI, 2014). Sendo esta uma, uma
trabalho de Spindler (2010), que propõe uma solução para problemas de horário
educacional, utilizando busca dispersa e reconexão por caminhos.
310
dos países. Diante disso, várias intuições têm trabalhado no sentido de pensar
mecanismos para desenvolver a EAD da melhor forma possível, de modo a atender o
caracteriza por alunos e professores separados por certa distância e tempo. Segundo
o mesmo autor, essa é uma modalidade que rompe paradigmas tradicionais, pois a
ideia dominante é de que só ocorre ensino quando há uma sala de aula tradicional
em que alunos e professores estão presentes fisicamente. Diferente do ponto de vista
audiovisual. Este, dentre as várias possibilidades de uso, permite que as aulas dos
professores cheguem aos alunos por meio de vídeos. Segundo o MEC, define-se
que o aluno experimente situações a partir da sua visualização. Assim, em virtude das
inúmeras vantagens relacionadas ao uso do material audiovisual na EAD, é cada vez
maior a demanda por produtos dessa natureza dentro de instituições que atuam
nessa modalidade. Assim, a videoaula, se apresenta como destaque na preferência
dentro deste contexto (BRASIL, 2007).
311
Os materiais didáticos audiovisuais, como as videoaulas, são aulas
produzidas em conjunto com os professores, e gravadas em espaços apropriados,
como estúdios e também, podem ser gravadas nas próprias salas de aula, sendo
necessário que existam profissionais envolvidos que auxiliem na produção, no que se
torno de: como distribuir a tempo das grades horárias de produção de vídeo aulas,
levando em consideração as variáveis e fatores restritivos?
2. MATERIAIS E MÉTODO
312
Os dados quali-quantitativos necessários para formulação da
modelagem matemática foram obtidos por meio de documentos da instituição de
ensino, bem como de dados disponíveis no site da instituição. Além disso, também
foram obtidos dados in loco, a partir da observação das atividades de produção
realizada com base em uma metodologia especifica, a qual usa critérios relacionados
a aspectos pedagógicos, técnicos e operacionais, e que também se baseia nas
313
Assim, a partir da obtenção dos dados, os mesmos foram organizados
de forma a possibilitar o desenvolvimento do trabalho e a modelagem do problema.
necessidades de produção dos cursos técnicos e que fossem adequadas aos recursos
disponíveis na instituição. Desse modo, entende-se que a função objetiva deve ser
Assim, o modelo foi feito para propor uma distribuição de carga horária
dentro de um espaço de tempo determinado e se realizou com o objetivo de
314
Logo, este trabalho permite encontrar uma melhor forma de distribuir
os horários disponíveis em relação a demanda por gravação de videoaulas. Levando
instituição.
315
Psicologia do Trabalho 12 48 60
Segurança Agrícola e Rural 12 48 60
SUBTOTAL 72 288 360
MÓDULO III Responsabilidade Civil e Criminal 12 48 60
Segurança na Eletrotécnica 12 48 60
Higiene no Trabalho 12 48 60
Análise de Riscos 12 48 60
Ergonomia 12 48 60
Medicina do Trabalho e Primeiros 12 48 60
Socorros
SUBTOTAL 72 288 360
MÓDULO IV Ética e Cidadania 8 32 40
EPI e EPC 8 32 40
Toxicologia 8 32 40
Direito do Trabalho 8 32 40
Epidemiologia em Segurança do 8 32 40
Trabalho
Práticas em Saúde e Segurança 8 32 40
do Trabalho
SUBTOTAL 48 192 240
TOTAL DE HORAS/AULAS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 1.260
PRÁTICA PROFISSIONAL: (ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO E 50
ATIVIDADES COMPLEMENTARES)
316
Computadores
Fundamentos de Web Design 15 45 60
e Formatação de
Imagem
Fundamentos de Eletricidade 15 45 60
SUBTOTAL 93 267 360
MÓDULO III Higiene e Segurança no 15 45 60
Trabalho
Metodologia de Projeto 8 22 30
Técnico
Software de Análise e 15 45 60
Monitoramento de Hardware
Software de Segurança da 15 45 60
Informação
Metodologia de Pesquisa 8 22 30
Protocolos e Serviços de Redes 15 45 60
Cabeamento de Redes 15 45 60
Computadores
SUBTOTAL 91 269 360
TOTAL DE HORAS/AULAS DA FORMAÇÃO 275 805 1.080
PROFISSIONAL
PRÁTICA PROFISSIONAL: (ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO E 50
ATIVIDADES COMPLEMENTARES)
TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 1.130
Fonte: Instituição Pesquisada
Tabela 3: Matriz curricular do Curso Técnico em Informática para a Internet, na forma subsequente, na
modalidade a distância
COMPONENTE CURRICULAR C. H. C. HÁ C. H.
PRESENCIAL DISTÂNCIA TOTAL
MÓDULO I Aplicativos de Escritório 15 45 60
Introdução à Computação 15 45 60
Inglês para Informática 15 45 60
Português Instrumental 15 45 60
Introdução a Linguagem de 15 45 60
Programação
Fundamentos de Redes de 15 45 60
Computadores
SUBTOTAL 90 270 360
MÓDULO II Fundamentos de 15 45 60
Desenvolvimento WEB
Linguagem de Programação 15 45 60
Empreendedorismo 15 45 60
Fundamentos de Banco de 15 45 60
dados
Ética e Legislação 15 45 60
Fundamentos de Web Design 15 45 60
317
e Formatação de Imagem
SUBTOTAL 90 270 360
MÓDULO III Banco de Dados 15 45 60
Técnicas Avançadas de Design 15 45 60
Metodologia de Projeto 15 45 60
Técnico
Técnicas Avançadas de 15 45 60
Programação WEB
Análise de Sistemas 15 45 60
Programação Orientada a 15 45 60
Objetos
SUBTOTAL 90 270 360
TOTAL DE HORAS/AULAS DA FORMAÇÃO 270 810 1.080
PROFISSIONAL
PRÁTICA PROFISSIONAL: (ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO E 50
ATIVIDADES COMPLEMENTARES)
TOTAL GERAL DE CARGA HORÁRIA DO CURSO 1.130
Fonte: Instituição Pesquisada
318
Contratos e Convênios na 8 32 40
Administração Pública
SUBTOTAL 48 192 240
MÓDULO IV Cidadania e Sustentabilidade Sócio 8 32 40
Ambiental
Cerimonial, Protocolo e Eventos 8 32 40
Ética no Setor Público 8 32 40
Prestação de Contas e Lei de 8 32 40
Responsabilidade Fiscal
Plano Diretor 8 32 40
Gestão Pública Contemporânea 8 32 40
Brasileira
SUBTOTAL 48 192 240
TOTAL DE HORAS/AULAS DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 192 768 960
PRÁTICA PROFISSIONAL: (ESTÁGIO NÃO OBRIGATÓRIO E 50
ATIVIDADES COMPLEMENTARES)
videoaulas. Uma videoaula terá tempo de gravação de (50 min). Com produto final
editado de (15 min) no máximo.
dentro de uma rotina de produção que envolve: Setup Inicial - Organização inicial do
trabalho (montagem de equipamento, orientações iniciais a equipe e professores);
Setup- Ajustes de trabalho (montagem de equipamento, orientações a equipe e
120 vídeos, que atende um total de 450 horas aula EAD. Na tabela 5 é apresentado a
grade horária de produção de vídeos.
Tabela 5: Grade Horário de Produção
GRADE HORÁRIO DE PRODUÇÃO
Segunda Terça – feira Quarta- feira Quinta- feira Sexta- feira
08 às 09h ___________ ___________ ___________ Setup Inicial Setup Inicial
09 às 09:50h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
09:50 às 10h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
10 às 10:50h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
10:50 às 11h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
11 às 11:50h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
11:50 às 12h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
12 às 13h ___________ ___________ ___________ INTERVALO INTERVALO
13 ás 13:10h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
13:10 às 14h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
14 às 14:10h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
14:10 às 15h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
15 às 15:10h ___________ ___________ ___________ Setup Setup
15:10 às 16h ___________ ___________ ___________ Produção Produção
16 às 17h ___________ ___________ ___________ Setup Final Setup Final
Fonte: Projeto de Extensão da Instituição
analisar melhor a eficiência dessas ou outras opções, por meio de uma simulação
mais precisa com dados da instituição, que foram organizados em planilha do Excel,
de modo sistematizado, para viabilizar a clara observação das variáveis a serem
utilizadas no problema.
320
4.6.2 Formulação matemática e soluções
metodologia definida pela instituição. Além disso, é importante mencionar que para
tabular os dados, foi considerada a CH de aulas a distância, ou seja, se a disciplina
32 horas aula a distância, teria uma demanda por 2 blocos de 4 videoaulas. Ou seja,
geraria a necessidade de gravar 8 videoaulas para atender a esta disciplina. Essas
Metodologia em EaD 40 32 8
Português 40 32 8
Introdução à Segurança do Trabalho 40 32 8
Controle de Qualidade 60 48 12
Indústria da Construção 60 48 12
Gestão da Segurança do Trabalho 60 48 12
Subtotal 300 240 60
Fonte: Autora com base nos dados da instituição estudada
Aplicativos de Escritório 60 45 12
Introdução à Computação 60 45 12
Ética Profissional e Relações Interpessoais 30 22 6
Português Instrumental 30 22 6
Introdução a Software Livre 60 45 12
Fundamentos da Física 60 45 12
Periféricos e Suprimentos 60 45 12
Subtotal 360 269 72
Fonte: Autora com base nos dados da instituição estudada
321
Tabela 8: Organização dos dados da disciplina do Curso 3 Informática para internet
Aplicativos de Escritório 60 45 12
Introdução à Computação 60 45 12
Inglês para Informática 60 45 12
Português Instrumental 60 45 12
Introdução a Linguagem de Programação 60 45 12
Fundamentos de Redes de Computadores 60 45 12
Subtotal 360 270 72
Fonte: Autora com base nos dados da instituição estudada
poderia ser encontrada pensando-se que o tempo disponível na grade horária eram
sua equivalência em demanda por videoaulas. Dessa forma, foi possível analisar
diante da situação apresentada, qual a capacidade de atendimento da demanda
Síntese do enunciado:
Uma instituição deseja escolher quais disciplinas terão seus vídeos
produzidos para atender aos 4 cursos que oferta. Para tanto, precisa maximizar a
utilidade total da grade horária de produção, e escolhendo corretamente as
deverá ser alocado na mochila (pj). Para cada possível objeto, ou carga horária, se
atribui uma nota em função da sua utilidade. Para classificar sua utilidade, foram
aula por semestre. No entanto, a demanda por gravação chega a 971 horas-aulas.
323
Cmax= capacidade da mochila
Variáveis de decisão:
Formulação matemática:
Fobj= max z = 𝑛
𝑗 =1 𝑐𝑗𝑥𝑗
Sujeito a:
𝑛
𝑝𝑗𝑥𝑗 ≤ 𝑐𝑚𝑎𝑥
𝑗 =1
𝑋𝑗 ∈ 0,1
Função objetiva:
A função objetivo busca maximizar a utilidade total da grade horária:
Fobj = max z = 8𝑥1 + 8𝑥2 +8𝑥3 + 12𝑥4 +12𝑥5 + 12𝑥6 +12𝑥7 + 12𝑥8 + 6𝑥9 + 6𝑥10 +12𝑥11 +
12𝑥12 +12𝑥13 + 12𝑥14 +12𝑥15 +12𝑥16 +12𝑥17 + 12𝑥18 +12𝑥19 + 8𝑥20 + 8𝑥21 +8𝑥22 + 8𝑥23 +8𝑥24 +
8𝑥25
Restrições
1) 32x1 + 32x2+ 32x3+ 48x4+ 48x5+ 48 x6 + 45x7+ 45x8+ 22x9+ 22x10+ 45x11+
45x12+ 45x13+ 45x14+ 45x15+ 45x16+ 45x17+ 45x18+ 45x19+ 32x20+ 32x21+
32x22+ 32x23+ 32x24+ 32x25≤ 450
Resultados
2) As variáveis do subproblema
de decisão são binárias:1
Xj ∈ {0,1}
O modelo apresentado tem como objetivo, maximizar a utilidade total da
grade horária, a fim de ajustar a capacidade de produção pela demanda por
videoaulas. Nesse modelo, tem-se como objetos do problema as disciplinas de 1 a
324
25, que deverão ser atendidas. E o valor, ou seja, a sua utilidade é representada pelo
número de vídeos a serem gravados em relação à carga horaria EAD da disciplina. E
selecionar aqueles objetos que preencherão a mochila. Os dados podem ser melhor
observados abaixo na Tabela 10.
Tabela 10: Dados do problema
325
unidades/vídeos, ou 450 horas aula. Assim, o modelo foi montado, considerando que
o resultado do peso da mochila seria a somatória das cargas horárias referentes aos
apresentam, sua máxima utilização possível, dentro das restrições apresentadas. Pois
o peso máximo da mochila deveria ser menor ou igual a sua capacidade total de
carga horária de 450 horas. O modelo foi resolvido pela ferramenta do Excel.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
partir dos dados descritos e processados no Excel, com o auxílio do solver, chegou-se
a seguinte solução disposta na Tabela 11.
Pj x Xj
Objeto (Peso da
(Disciplina) Valor (V) Peso (P) (CH Objeto mochila x
(Número de EAD da selecionado Objeto
vídeos) disciplina) Xj Selecionado)
1 8 32 0 0
2 8 32 0 0
3 8 32 0 0
4 12 48 0 0
5 12 48 0 0
6 12 48 0 0
7 12 45 1 45
8 12 45 1 45
9 6 22 1 22
10 6 22 1 22
11 12 45 1 45
326
12 12 45 1 45
13 12 45 1 45
14 12 45 1 45
15 12 45 0 0
16 12 45 1 45
17 12 45 1 45
18 12 45 0 0
19 12 45 1 45
20 8 32 0 0
21 8 32 0 0
22 8 32 0 0
23 8 32 0 0
24 8 32 0 0
25 8 32 0 0
252 971
Peso da Mochila Capacidade da mochila
449 <= 450
cronograma de execução.
Além disso, foi simulado um sistema alternativo para melhorias do
Tabela 12: Solução processada pelo Excel para o sistema alternativo proposto
Pj x Xj
Objeto (Peso da
(Disciplina) Peso (P) (CH Objeto mochila x
Valor (V) (Número de EAD da selecionado Objeto
vídeos) disciplina) Xj Selecionado)
1 8 32 1 32
327
2 8 32 1 32
3 8 32 1 32
4 12 48 0 0
5 12 48 1 48
6 12 48 1 48
7 12 45 1 45
8 12 45 1 45
9 6 22 1 22
10 6 22 1 22
11 12 45 1 45
12 12 45 1 45
13 12 45 1 45
14 12 45 1 45
15 12 45 1 45
16 12 45 1 45
17 12 45 1 45
18 12 45 1 45
19 12 45 1 45
20 8 32 1 32
21 8 32 1 32
22 8 32 1 32
23 8 32 1 32
24 8 32 1 32
25 8 32 0 0
252 971
Peso da Mochila Capacidade .da mochila
891 <= 900
Max z ( utilização) 232
instituição.
328
Capacidade total da Mochila em horas 450 900
Peso da Mochila 449 891
entende-se que este modelo possibilitou que se chegasse a uma resposta para o
problema, desenvolvendo um modelo matemático que propiciou como se dá a
De forma mais abrangente, percebe-se que com este estudo foi possível
então prever o que poderia ou não se encaixar dentro deste sistema, possibilitando
serem tomadas nesse sentido, poderiam ser de várias naturezas, pois os gestores
poderiam decidir sobre quais disciplinas seriam excluídas, ou mesmo rever a
possibilidade de aumentar a capacidade de produção, o que significaria, dentro de
suas características, um aumento em seu tempo de produção, por exemplo, o que foi
possui atualmente, pois no caso de mudanças o ideal seria, que para atender o prazo
de 5 meses para produção, a empresa aumentasse o número de dias por mês
329
forma, ambas as saídas demandariam aumentar recursos produtivos voltados para a
atividade, seja de tempo, ou mesmo de investimentos materiais e financeiros.
produção.
variadas para realização do processo, e gerando resultados que levam a uma tomada
de decisão com base em modelos mais precisos de processo produtivo. Logo, dentro
métodos, para melhor gerir os recursos de produção inerentes à sua área de atuação.
E levando em conta os aspectos importantes que influenciam no seu trabalho,
a que a tecnologia vem trazendo ainda mais desafios. Como este relativo a grade
horária para produção de material didático audiovisual, mais conhecidos como
4 CONCLUSÕES
330
A partir do estudo foi possível verificar que, com a aplicação da
modelagem matemática pode-se prever como solucionar aspectos que poderiam
Além disso, foi possível verificar que uma possível solução para o
problema foi dado pelo modelo da mochila, pelo qual se podem mensurar a
capacidade e definir estratégia para a locação dos recursos destinados à produção.
como por exemplo, o das restrições e pode gerar resultados que podem ser
comparados quanto à sua eficiência e atendimento à demanda.
de produção. Dessa forma, será possível fazer uma distribuição das disciplinas ao
longo do período previsto especificando o mês em que ela deverá ser gravada.
para a problemática.
5 REFERÊNCIAS
331
BASSANEZI, R.C. Ensino – aprendizagem com modelagem matemática: uma nova
estratégia. Contexto. 4 Ed. São Paulo, 2014.
332
PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO PARTICIPATIVO E SEUS EFEITOS NO CLIMA
ORGANIZACIONAL
LeilianePenafort da Silva
Ananias Costa Oliveira
Luis de Jesus Pereira
Cláudio Marcio Campos de Mendonça
RESUMO:
O objetivo deste artigo é investigar a participação no planejamento estratégico como
fator de satisfação e influência no clima organizacional. O universo amostral é a Pró-
Reitoria de Gestão de Pessoas - PROGEP, da Universidade Federal do Amapá –
UNIFAP. Quanto à abordagem do problema, esta pesquisa se caracteriza como
qualitativa e quantitativa, e do ponto de vista dos seus objetivos é classificada de tipo
exploratória e descritiva. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário
com 22 servidores e entrevistas com 3 gestores, correspondendo a uma parcela de
69% de seu público-alvo. O resultado geral da pesquisa indicou um nível de 86% de
satisfação dos servidores, evidenciando que envolver as pessoas nas decisões e na
construção de instrumentos estratégicos da instituição contribuiu para fomentar a
gestão participativa e melhorar o clima organizacional entre os envolvidos.
1. INTRODUÇÃO
positivos.
Neste sentido, conduzir a organização em um caminho onde seus
333
desse contexto, estudiosos se dedicam a criar modelos e teorias de gestão com
ênfase a orientar as organizações no alcance de seus objetivos, de forma eficaz, por
consultores, mas de forma coletiva, pois deve estar em consonância com o contexto
interno em que a organização está inserida (PINTO et al., 2016).
parte do cotidiano das Instituições. Este entendimento oferece um suporte tanto para
os gestores, auxiliando na tomada de decisão e condução das atividades, quanto
para os demais colaboradores que atuam nos diversos níveis organizacionais,
possibilitando diagnosticar problemas, bem como as ferramentas para solucioná-los.
334
Outra contribuição deste estudo é mostrar que um instrumento
sistemático, como o planejamento estratégico, pode ser construído de forma
2. REFERENCIAL TEÓRICO
alguns fatores que justificam o maior envolvimento dos trabalhadores nas gestões
das empresas como a democratização das relações sociais, a elevação do nível
por parte das pessoas que se encontram abaixo do nível de direção superior, de
335
decisões ou funções usualmente consideradas privativas da gerência ou dos
proprietários da empresa.
as pessoas influenciem decisões que as afetarão. Essa influência pode variar pouco ou
muito. Participação é um caso especial de delegação, na qual o subordinado obtém
desempenho excepcional.
Outros autores utilizam o termo ‚Gestão Participativa‛ para expressar essa
estratégia gerencial utilizada pelas empresas para aumentar sua eficiência e eficácia.
A Gestão Participativa, para Robbins (2009), cria um elo entre os
contribuir de forma mais pró ativa para que esses objetivos organizacionais sejam
alcançados.
Leal Filho (2007) afirma que a participação mobiliza a inteligência da
organização, valoriza o potencial das pessoas e permite que elas exprimam suas
ideias e emoções e desenvolvam relações pessoais e organizacionais. Para Luck
(2008), trabalhar em um clima participativo provoca a melhoria do comportamento,
reduz resistência às mudanças e aumenta a produtividade das organizações.
336
Observa-se do posicionamento dos autores mencionados que a Gestão
Participativa proporciona resultados significativos para a organização, principalmente
a equipe estará mais comprometida com a empresa, contribuindo para o alcance dos
objetivos organizacionais.
(2000) ressaltam que as estratégias devem refletir essas transformações. E para que
as estratégias logrem êxito faz-se necessário um planejamento.
PETER, 2010).
Segundo Hitt, Ireland e Hoskisson (2011), o planejamento estratégico
compreende a combinação de compromissos, decisões e ações que irão nortear a
organização na obtenção de vantagem competitiva. Nesse processo, acrescentam os
337
relacionamentos estabelecidos por seus colaboradores. Para os autores, trata-se de
investir em recursos intangíveis como forma de estabelecer bases para vantagem
estratégica da organização.
Os estudos de Silveira Junior (1995), concluíram que a construção do
sentido, este processo deve ser caracterizado por um canal aberto de comunicação
entre todos da organização, pois, embora a estratégia seja de responsabilidade do
338
veem a organização. Nesta ótica, eles realizam determinadas avaliações que,
consideradas satisfatórias ou não, além de influenciar no comportamento
instável em que as organizações estão inseridas, elas têm buscado cada vez mais
conhecer sobre a dinâmica organizacional e, além disso, verificar como colaboradores
p. 31).
Outro fator relevante, é o papel do gestor, que segundo Chiavenato
(2016), está relacionado com a motivação de pessoas e equipes. O autor vai mais a
fundo e afirma que a partir do momento em que o gestor proporciona senso de
339
Já a motivação, segundo Villardi (2011), é um meio pelo qual uma plêiade
de razões ou motivos demonstra, induz, incentiva, estimula ou provoca algum tipo de
(CUNHA, 2014, p. 61). Ainda segundo o autor, a motivação pode ser considerada uma
ação que leva o colaborador a perseguir o alcance e, até mesmo, a superação de
3. METODOLOGIA
determinadas exigências científicas, e para isso são necessários que critérios como:
coerência, consistência, originalidade e objetivação sejam obedecidos. Para atender
métodos estatísticos para análise dos resultados (SILVA; MENEZES, 2005). Segundo
340
Collis e Hussey (2005), o capítulo referente a metodologia é o lugar para se explicar
os dados coletados.
comportamento humano.
Gil (2008) classifica a pesquisa do ponto de vista da natureza, que pode ser
descritiva ou explicativa.
Do ponto de vista dos seus objetivos, esta pesquisa é exploratória e
descritiva. Coda, (2014), afirma que a pesquisa exploratória visa proporcionar maior
conhecimento do assunto, no intento de tornar a pesquisa mais concisa ou elaborar
341
responderam ao questionário, no período de 01 a 08 de agosto de 2016,
correspondendo a uma parcela de 69% do público-alvo da pesquisa, sendo portanto,
relação a alguns aspectos da PROGEP. À cada variável foi atribuída uma pequena
série de perguntas. A escolha dessas variáveis advem da filtragem de resultados de
342
Segundo Boni (2005), a entrevista semi-estruturada é composta por questões abertas
e fechadas, na quais os respondentes têm a possibilidade de fazer as considerações
poderá manifestar-se com maior precisão e na tabulação dos dados será possível
graduar o grau de intensidade de satisfação ou insatisfação dos participantes em
relação à questão.
Foram formulados parâmetros para facilitar a tabulação dos dados,
343
recomenda Cunha (2014), para não interferir no resultado da pesquisa, bem como
para garantir o máximo de sinceridade, no sentido de obter dados mais fiéis.
Médio/Técnico; 19% têm Graduação e 5%, Mestrado. 55% desses 22 servidores estão
na Instituição de 1 a 3 anos; 23% há menos de 1 ano e 23 % fazem parte do quadro
Gestão Participativa
110% 100%
100% 91% 95% 95%
% de Satisfação
90% 82%
80% 73%
68%
70%
60% 55%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
6 7 8 9 10 11 12 Variável
Perguntas
345
Em relação à entrevista com as gestoras, quando perguntado se ‚Na
elaboração do planejamento estratégico, houve oportunidade e liberdade para os
utilizada envolveu toda a PROGEP. Nós erámos divididos em grupos e nos grupos
nós tínhamos a oportunidade de opinar, de sugerir. As pessoas se envolveram e
baseada na gestão participativa? por quê?‛. As respostas foram afirmativas. Uma das
gestoras relatou: ‚ A partir do momento que a gestão reúne, deixa para a equipe a
nesse contexto de Gestão Participativa, pois lhes são oferecidas oportunidades para o
diálogo e a participação.
346
Gráfico 2. Percentuais da variável Planejamento Estratégico
Planejamento Estratégico
100% 95% 95%
86% 90%
90% 82%
% de Satisfação
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
13 15 16 17 Variável
Perguntas
Nesse sentido, uma das gestoras afirmou que uma das conquistas dessa
participação coletiva na construção do planejamento da PROGEP, ‚foi perceber que
cada pessoa, cada tarefa, cada ação que é desenvolvida, faz parte de um plano maior.
Isso valoriza o trabalho das pessoas, faz com que você se sinta importante para a
instituição, pois você vê que a instituição depende de você e das atividades que você
executa.‛
347
Esses resultados remetem à ideia de que a construção coletiva do
planejamento da PROGEP trouxe resultados significativos para a equipe, pois a
pontos fortes e pontos fracos para a satisfação da sua equipe?‛. Obteve-se a seguinte
resposta de uma das gestoras: ‚Considero um ponto forte o fato de haver uma
influenciou nos processos de tomada de decisão (pergunta 19), onde se nota 95% e
78% de satisfação, respectivamente. Nas perguntas: como os servidores avaliaram o
348
21), após o processo de elaboração do planejamento, houve um percentual de
satisfação de 86% e 95%, respectivamente.
Clima Organizacional
100% 95% 96%
86% 86% 85%
90% 78% 77%
% de Satisfação
80% 73%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
18 19 20 21 22 24 25 Variável
Perguntas
que 73% dos participantes consideram que a PROGEP é aberta a receber sugestões e
contribuições de seus colaboradores. A pergunta 25, aponta que 86% dos servidores
perguntado acerca dos fatores que mais motivam os colaboradores da PROGEP, uma
das entrevistadas citou a autonomia e descentralização na execução de atividades, o
349
das gestoras: ‚Precisamos nos sentir aceitos, cuidados e receber estima das pessoas
(...) eu vejo isso muito forte na progep. Há uma interação, um relacionamento
três variáveis abordadas na pesquisa, Luz (2003) afirma que faz-se necessário calcular
o grau de satisfação dos participantes em relação à pesquisa como um todo, ou seja
com relação ao conjunto das variáveis pesquisadas. Assim, este percentual calculado
representa o resultado geral da pesquisa, também chamado de ISG – Índice de
Satisfação Geral.
Este Índice de Satisfação Geral, é obtido através da média aritmética dos
350
ISG - Índice de Satisfação Geral
100% 90%
90% 82% 85% 86%
% de Satisfação
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
Gestão Planejamento Clima ISG
Participativa Estratégico Organizacional
apontam a seguinte classificação: r = 0,10 até 0,30 (fraco); r = 0,40 até 0,6
(moderado); r = 0,70 até 1 (forte). Assim, a correlação de nível 0,01 é considerada
Tabela 1. Coeficientes de correlação de Pearson entre sete variáveis que influenciam no clima
organizacional da PROGEP.
351
Nessa lógica, é possível verificar que ambiente psicológico sofre influência
significativa de valor moderado de liderança (685**), significativa forte de respeito
(531*).
Todas estas variáveis obtiveram avaliações positivas por parte da equipe,
trabalho.
Outro ponto a destacar é que estas variáveis foram compostas por
perguntas que abarcam as dimensões de clima organizacional. Assim, observou-se
nos resultados que a participação dos servidores na construção do planejamento
352
estratégico da PROGEP proporcionou um clima organizacional favorável e positivo
entre os mesmos. A análise das entrevistas com as gestoras corrobora também esta
5. CONCLUSÃO
353
coletiva é o somatório do comprometimento de colaboradores e gestores que visam
melhorar os resultados da organização. E nesse sentido, a gestão da PROGEP
354
participativo constitui-se em um dos diversos instrumentos que pode ser utilizado
para contribuir com a melhoria do ambiente organizacional. Portanto, este trabalho
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357
PROSPECÇÃO ESTRATÉGICA DO CAFÉ COM CIÊNCIA PARA DISSEMINAÇÃO DE
PUBLICAÇÕES TÉCNICO-CIENTIFICAS EM ACESSO ABERTO DA EMBRAPA
AMAPÁ
RESUMO:
1 Introdução
358
empresa pública, criada em 1973, composta por centros de pesquisa localizados em
vários locais do país, que possui como missão viabilizar soluções de pesquisa,
em especial àqueles preocupados com o uso mais frequente das plataformas digitais
por parte da sociedade local, já que o uso por várias partes do mundo já é bem
atores da sociedade, sobretudo, aqueles voltados para pesquisa, foi planejado pela
equipe da Biblioteca da Embrapa Amapá, juntamente com os gestores da Unidade e
implementado no ano de 2017 o evento Café com Ciência, tendo inicialmente como
elemento propulsor as publicações técnico-científicas, recém-publicadas e disponíveis
359
de servir como instrumento para tomada de decisão na gestão da informação
especializada.
voltados para pesquisa foram realizados quatro sessões do evento ‚Café com
Ciência‛, entre os meses de agosto a dezembro de 2017. O evento foi planejado pela
dos autores das publicações e demais empregados da Unidade. Além disso, sempre
foi observado a agenda de eventos sobre as temáticas inerentes ao ‚Café com
no debate.
360
Quadro 1 - Cafés com Ciência da Embrapa Amapá que ocorreram no ano de 2017.
TEMA/ DATA PUBLICAÇAÇÕES INDICADOR DE NUMERO
LANÇADAS PRODUÇÃO DE
TÉCNICO- PARTICIPANTES
CIENTIFICA
diferentes níveis de
III CAFÉ COM CIENCIA. - Embrapa Amapá e a pós- - Série Documentos, 40 participantes
internacional na 99
Embrapa Amapá: 2008-
2015.
361
dezembro de 2017 1030 na Região de presença)
Paragominas, PA.
-Sanitização por cloração - Folder técnico
no processamento de açaí:
como fazer e onde aplicar
exemplo do Pintof Science (Como..., 2018) inclusive no ano de 2017 aconteceu uma
edição no Amapá (PINT..., 2018) e outras instituições de pesquisa conforme Quadro 2,
362
Centro de http://www.cetene.gov.br
Café com Ciência Tecnologias /index.php/2018/11/19/c
Estratégicas do afe-com-ciencia/
Nordeste
Café e Ciência VideoYoutube https://www.youtube.com
/channel/UCdFNjuQaNP4
oRbWPPwZE7Lw
estratégicos.
onde cada cenário pode ser definido como uma previsão (Godet, 2003 citado por
Polacinski, 2011).
364
Assim, é uma prospecção estratégica de gestão para os futuros Café
com Ciência:
artigos em eventos).
b) O evento deve sair dos muros da Embrapa Amapá e acontecer em outras
365
esteja na categoria de Emergente ou Em Crescimento, conforme especificados na
Figura 1 Tabela 1.
4 Metodologia
Córdova (2009), não tem preocupações apenas com a representação numérica, mas,
sobretudo com a compreensão do objeto por meio de dados não-métricos. Mas
Técnicas de coleta de
Tipo de pesquisa Natureza
dados
Bibliográfica
Exploratória Qualitativa
Documental
367
Descritiva Estudo de casos Quantitativa
4 Resultados
da sociedade, mas essa mesma sociedade, muitas vezes (na maioria delas),
nem mesmo conhece aquilo que a Ciência produz ou está produzindo para
Para Silva Neto (2015) a divulgação científica pode ser entendida como
368
abordados. Os aspectos de tecnologia da informação presentes no Infoteca-e
facilitara essa interação, já que o repositório possui interface responsiva e licença
369
30000
25.897
25000
20.826
20000
Número de Consultas
15000
12.001
10000
Ano
55000
45000
35000
Número de Downloads
25000
downloads
15000 Linear (downloads)
5000
-5000
-15000
Ano
370
Fonte: Lançamento... (2016).
5 Conclusão
instituições utilizando o Café com Ciência, foi possível perceber que é possível utilizar
a boa pratica como estratégia para aumentar positivamente o impacto de resultados
de pesquisa.
371
Por fim, acredita-se que para a sociedade, é oportunizado mais uma
Referências
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<http://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/100348/1/doc-317.pdf>.
Acesso em: 20 abr. 2019.
<http://seer.cgee.org.br/index.php/parcerias_estrategicas/article/viewFile/867/793>.
Acesso em: 20 abr. 2019.
374
MAPEAMENTO PROSPECTIVO DO JAMBU: PESQUISAS E PATENTEAMENTO
RESUMO:
O Jambu, de nome científico AcmellaOleracea, é uma hortaliça originária da região
Amazônica, rica em ferro, cálcio e vitaminas. É ingrediente essencial para o preparo
do pato-no-tucupi e tacacá, tradicionais iguarias paraenses e possui propriedades
terapêuticas. Seu principal composto ativo é o alcaloide spilanthol, substancia usada
para produzir remédios e cosméticos para uso anestésico, antisséptico, antirrugas,
anti-inflamatório, antimicrobiano, entre outros. Com o objetivo de realizar um
mapeamento prospectivo do jambu, buscou-se artigos publicados na base SCOPUS,
e depósitos de patentes na base PATENTSCOPE da Organização Mundial da
Propriedade Industrial (OMPI). Constatou-se que os principais países depositantes:
Estados Unidos, Austrália e China, possuem reduzido número de publicações. Na
contramão, o Brasil é líder no número de artigos publicados sobre o tema, mas
possui baixa quantidade de depósitos de pedidos de patentes relacionadas ao jambu.
INTRODUÇÃO
O Jambú (AcmellaOleracea) é uma hortaliça da família Asteraceae
popularmente conhecida por seu uso em pratos típicos da culinária paraense e por
possuir propriedades terapêuticas. Embora seja uma espécie originária da região
375
combinações: arroz paraense (arroz com jambu), pastel de jambu, pizza de jambu etc
(HOMMA et al., 2011).
(COSTA, 2010).
O jambu tem propriedades anestésica, diurética, digestiva, sialagoga
brasileiros não poderiam continuar suas pesquisas sobre o jambu. O fato é que a lei
brasileira não permite o patenteamento de substancias encontradas na natureza,
376
predominantes, que por sua vez remetem ao tipo de produto/processo objeto do
pedido de proteção.
MATERIAIS E MÉTODOS
sobre o jambu na base de dados SCOPUS. A busca por patentes foi realizada na base
PATENTSCOPE, da Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), que
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A tabela 1 mostra os resultados da busca por publicações relacionadas
Palavra-chave Quantidade de
Publicações
Jambu 131
‚AcmellaOleracea‛ 56
Espilantol 3
Spilanthol 89
Spilanthol AND 18
‚AcmellaOleracea
377
Para análise, foram considerados somente os resultados da busca
Fonte: Scupus
Na figura 2, o Brasil se destaca como sendo o país com mais
publicações sobre o assunto.
Figura 6 - Publicações por países.
378
Fonte: Scopus
Fonte: Scopus.
PATENTSCOPE.
Patentes
Jambu 31
‚AcmellaOleracea‛ 30
Espilantol 9
379
Spilanthol 89
Spilanthol AND 14
‚AcmellaOleracea‛
Fonte: Patentscope.
380
Figura 9 - Principais países depositantes.
Fonte: Patentscope.
predominam nos resultados encontrados os código A61K, A23G e A61Q (Figura 6),
todos da seção de Necessidades Humanas(Tabela 3). Os códigos encontrados em
menor quantidade são: G01N, C11B e C07D (Figura 6), relativos às seções de Física e,
Química e Metalurgia, respectivamente (Tabela 4).
Figura 10 - Principais Classificações relacionadas.
Fonte: Patentscope.
381
Tabela 7 - CIP predominantes na pesquisa sobre patentes relacionadas ao Jambu na base de
dados PATENTSCOPE.
382
enzimas ou micro-organismos C12M, C12Q).
macromoleculares C08).
resultado total apenas 41 registros são atribuídos ao país. Entre 2008 e 2018 as
publicações de patentes relacionadas ao jambu variaram entre 1 a 4 pedidos por ano.
383
Fonte:
Patentscope.
Fonte: Patentscope.
Tabela 9 - CIP predominantes nas publicações de patentes do Brasil relacionadas ao Jambu na
384
CIP Área Tecnológica Quantidade
saponáceas C11D).
Tabela 10 - CIP menos encontrados nas publicações de patentes do Brasil relacionadas ao Jambu
na base de dados PATENTSCOPE.
385
sólidos dos materiais sólidos ou de fluidos, separação
por meio de campos elétricos de alta-tensão B03C;
386
pesquisadores não se preocupam em proteger o resultado de seu trabalho,
contentando-se apenas em apresentar seus estudos em revistas e eventos. Em
com um número quase cinco vezes menor do que o apresentado pelo Brasil.
Quanto a Classificação Internacional de Patentes (CIP), tanto no geral
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A prospecção tecnológica confirma que o jambu é uma planta com
387
publicados não corresponde à quantidade de depósitos de patentes relacionadas à
espécie, realizadas por pesquisadores e/ou instituições brasileiras. Considerando o
REFERENCIAS
388
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vazio&busca=920560&qFacets=920560&sort=&paginacao=t&paginaAtual=1>.
Acesso em: 18 dez. 2018.
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scopus.ez7.periodicos.capes.gov.br/search/form.uri?display=basic>. Acesso em: 17
dez. 2018.
389
AS INDICAÇÕES GEOGRÁFICAS E OS QUILOMBOS DO AMAPÁ:INOVAÇÃO PARA
MANUTENÇÃO DOS SABERES TRADICIONAIS AFRICANOS NA AMAZÔNIA
APÓS O PERÍODO COLONIALISTA.
RESUMO:
Este artigo é um ensaio sobre o processo de colonização na Região Norte do Brasil, a
partir da Capitania de São José do Rio Negro – que compreendia os estados do
Amazonas, Roraima, Pará e Maranhão - que contribui para a chegada dos negros no
Amapá e sobre o processo de ressignificação dos saberes tradicionais, a relação de
respeito com a biodiversidade, as técnicas para uso e manutenção do solo herdadas
da África e que são repassados de geração após geração. Neste sentido, os autores
fizeram um recorte breve no espaço-tempo sobre a chegada dos negros a partir da
Capitania do Rio Negro para que possamos situar a chegada do negros na capital do
Amapá, assim, como, a ocupação e permanência da comunidades quilombolas por
todo território amapaense. Por conseguinte, os autores consideram que este ensaio
possa servir como base para futuros pedidos de proteção das IG existentes nos
quilombos da Amazônia, e em especial nos quilombolos do Amapá.
1 INTRODUÇÃO
sequestrados que data desde 1538. Segundo Nunes (2017) a partir do aumento do
excedente da produção de açúcar, foi sendo introduzido a mão de obra escravizada
391
Para entendermos esse sistema, foram organizados os grandes períodos da
escravidão, em quatro momentos distintos de ciclo de tráfico de africanos. Por
com o Ciclo da Guiné no século 16. Mais tarde, se desenvolve o Ciclo do Congo e
Angola, nos períodos dos séculos XVII e XVIII. Por sua vez, o ciclo da Costa da Mina
que compreendia as regiões Baía de Benin e a última fase no século XIX com a
presença de negros genericamente denominados de Iorubás . A classificação dos
africanos que foram escravizados pelo reino da coroa portuguesa, usa a referência
genérica identificada a partir de quatro grandes grupos linguísticos/culturais: Banto,
americanas de maneira massiva, sendo que no nosso caso a discussão versa sobre o
desenvolvimento dessa forma de sobrevivência e trabalho no Brasil e na Bahia.
392
explorados pela produção do trabalho escravo, identificados até pelo desígnio de
‚negros da terra‛ para diferenciá-los dos negros da Guiné, ou seja as populações
africanas:
que ocuparia mais tarde políticos postos para manutenção dessa economia.
escravizados e mais tarde por negros libertos e pobres, nos ajuda a entender as bases
de um cenário construído no passado a partir da introdução dessas pessoas na
lavoura das colônias, na falta de moradia digna sem qualquer condição de construção
de um espaço digno, de um lugar para se para os seus familiares. Este mesmo cenário,
393
que, lentamente dará bases para a formação das favelas nas grandes cidades,
enquanto resultado da metabolização sistêmica do abandono sofrido por esses
multiétnica que conferia ela uma dinâmica social diferente da capitania do Rio Negro,
a primeira tinha presença maiores cravos urbanos e, enquanto na segunda a maioria
era formada por índios. (SMAPAIO, 2011. p.202). Não obstante a tudo isso, as fugas de
escravos revelavam a experiência de resistência e confrontamento com sistema de
escravidão, aplicado nas regiões do Grão-Pará. Por sua vez só em 1844 quando é
registrada a Declaração da igualdade de direitos dos habitantes da província do
identificado pela mesma autora como estudo que apresenta lacunas composição de
sua historiografia na medida em que se identificam poucos trabalhos que analisem a
394
frente da mão de obra indígena em razão da interdição da igreja e da legislação do
império.
escravagistas.
Sampaio (2011) nos informar que a carta de alforria, era uma outra estratégia
395
Santos canônicos, e de modo subliminar manifestando sua culturas e desenvolvendo
expressões como Carimbó, Boi Bumbá folguedos e etc. (FUNES, 2010).
Após esta breve viagem histórica sobre o processo da vinda dos africanos no
quanto nas demais cidades pertencentes ao Amapá, assim, como nas comunidades
quilombolas. Dentre estes podemos destacar a Gengibirra, as Caldeiradas, o Mel da
12
A mais autêntica e exclusiva manifestação da Cultura Negra Amapaense.
396
indígenas, que consequentemente estão elegíveis para o pedido de proteção através
da IG:
proteger os seus conhecimentos tradicionais, que resistiram durantes todos estes anos
e foram perpassados de geração após geração.
em duas espécies:
valorizados, e tendo pouca visibilidade. Pois não são publicados em revistas do INPI,
não estão em catálogos físicos ou digitais, não recebem turistas para apreciarem e
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Geográfica como Instrumento para o Desenvolvimento de uma Região: caso indicação de
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400
METODOLOGIAS CRIATIVAS E INOVADORAS PARA GESTÃO DE COMPETÊNCIAS
NA NOVA ECONOMIA
Jorgeane Gonçalves,
Kamila PereiraTavares
RESUMO:
O artigo apresenta estudos sobre metodologias criativas e inovadoras para gestão de
competências na nova economia. O objetivo geral foi abordá-las no contexto
dagestão empreendedora das competências na nova economia. Obteve-se os
resultados mediante o uso do método de pesquisa bibliográfica de natureza
explicativa e abordagem qualitativa para coletar em livros e artigos científicos obtidos
junto a base de dados de revistas indexadas e bibliotecas virtuais, as informações
para que os objetivos pudessem ser atingidos nesse estudo. Os resultados analisaram
o contexto histórico da gestão empreendedora, abordaram os aspectos conceituais e
características da gestão de competências ensejadas na Nova Economia; e, elencaram
algumas metodologias criativas e inovadoras para gestão das competências na nova
economia. Concluiu-se que há muitas metodologias criativas e inovadoras que
podem ser usadas por gestores para garantir o sucesso de suas competências na
Indústria 4.0, nessa pesquisa, os autores que foram analisados auxiliaram a identificar
a Tecnologia RFID, a Impressão 3D, a Realidade Aumentada (RA), os Sistemas digitais
poka-yokes, o Treino virtual, a Internet das coisas (I.O.T.), Histórico de informações
(big data) e a computação na nuvem como inovações já presentes nos processos
industriais na nova economia. Em relação ao desenvolvimento das competências dos
gestores, salientou-se: ‚desaprender‛ para ‚renovar‛; ser pessoas criativas e não
repetitivas; interagir mais com seus clientes; tomar conhecimento de novos métodos
para criar soluções para seus clientes e testá-las por meio do método D.R.I.V.E.R. de
Inovação baseado no método de design Thinking.
1 INTRODUÇÃO
gestão.
Tais características são relevantes para o propósito desse estudo, por
402
economia para confirmar o que preconizam as hipóteses definidas, para isso, foi
escolhido o método de pesquisa bibliográfica para coletar em livros e artigos
desse estudo, aconteceu por meio da interpretação e análise de conteúdos das obras
selecionadas, organizando resumos críticos e resenhas para identificação da
403
Inicia-se esse item tecendo considerações breves sobre o processo de
404
O período compreendido entre 1960 a 2000 foi marcado pelo surgimento da
Terceira Revolução Industrial, caracterizada, segundo Pilatti e Lievore (2018) como
405
proteção do meio ambiente, suscitando que as empresas adequarem suas práticas de
gestão ao principio denominado ‚Sustentabilidade‛.
Cardoso et al. (2017, p. 2-3) é caracterizado por diversos relatórios ‚*...+ que reportam
suas açõesperante o público, logo, além de adotarem os relatórios financeiros, estão
âmbito, denominada Quarta Revolução Industrial por Maciel (2018), que caracterizou
suas primeiras menções na Alemanha em 2011, quando foram feitas as referencias
A Indústria 4.0, por fim, fruto da quarta revolução industrial que está para
acontecer é a união das inovações tecnológicas com a velocidade em que
vivemos hoje.Ela traz para o meio empresarial um novo paradigma, tendo
por característica principal a sinergia entre os mundos digital, físico e
biológico, além de maior interoperabilidade (MACIEL, 2018, p. 1).
406
beneficiem a economia e elevem as condições de vida dos brasileiros, o que inclui a
melhora dos padrões de educação, saúde, alimentação e habitação, sobretudo
(MACIEL, 2018).
As principais características da Quarta Revolução Industrial (Indústria 4.0) são
(IEDI), constatou-se que o atual modelo proposto pelo Japão por ser uma referencias
para a criação das estratégias brasileiras, pois, segundo a autora:
situação bastante divergente, pois há pulverização dos aspectos da Indústria 4.0, pois
ainda há setores que carecem maiores investimentos e maior interação entre
concilia negócios inovadores, empresas com visão pouco burocratizada, gestão com
vistas a maior motivação, criatividade e disposição para dividir o mercado, surgem as
‚Start-up’s‛ que segundo Filho, Reis e Zilber (2018) são novas empresas inovadoras,
que conseguem se manter com custos muito baixos, crescem rapidamente e geram
várias vezes e pode ser classificadacomo uma embalagem que está entre a
descartável e a retornável (embalagemmontável, constituída por estrutura de aço e
como: Facebook, Peixe Urbano, Groupon, Easy Taxi e BuscaPé têm inspirado
empreendedores diariamente a iniciarem seus projetos, o que só foi possível graças
Com a era da Indústria 4.0 existe uma necessidade imperiosa por parte dos
pesquisadores de prever a eficiência e a eficácia dos resultados organizacionais, uma
vez que as problemáticas que emergem no cenário global a uma velocidade atroz,
409
possuem características diferenciadas e necessitam de reunir competências de
liderança, aplicadas tanto no âmbito empresarial como no social, de modo a criar
esperado pelos clientes, mas possam demonstrar e fazê-los entender que em todo o
contexto produtivo há pessoas envolvidas que favoreceram para o crescimento da
não utilizar normas dirigidas aos gestores para promoverem o controle do meio e,
consequentemente, disciplinar atitudes dos colaboradores. O poder, expresso
410
nacionais e flutuam com as divergências no contexto internacional, superando à sua
maneira, a política externa no contexto interno. Como exposto pelos autores:
reformulação dos valores sociais dos colaboradores nos dias de hoje é um grande
desafio, pois exige diálogo, ferramentas organizacionais e negociações.
Não importa a forma com que os gestores devem liderar, mas sim, a maneira
com que cada gestão empreendedora aplicará investimentos em
Nesse sentido, Maffia et al. (2018) explicaram em seus estudos que a gestão
das competências no século XXI deve ser realizados por gestores que buscam
serviço público. É evidente então que deve existir competência na gestão da coisa
pública (MAFFIA et al., 2018).
412
anular postulados e diretrizes internas que os promovem e na verdade, têm
prejudicado a atingir as metas pretendidas.
carro chefe dos investimentos. O corolário disto é que a empresa de sucesso é a que
consegue aprender eficazmente(SENGE, 1998).
apenas realizar o trabalho. Nesse aspecto, quem contribui está aberto para receber
conhecimentos e dinamizar a forma de realizar o trabalho, entre esses aspectos
tornado cada vez mais exigente e imprevisível. Todos os profissionais, das mais
diversas atividades de negócio, poderão seguir um fluxo introspetivo sobre a sua
414
Ainda segundo Rocha (2018), as metodologias de atuação da gestão de
empresas na Indústria 4.0 mostram-se muito eficazes por seus diferenciais e
dinamismo, haja vista que são delineadas para promover a inovação, agregando-a na
identificação de oportunidades empresariais e nichos de mercado são fatores chave
autor:
[...] a capacidade inovadora dessas empresas é tão expressiva que esses
negócios são apontados como elementos de base para geração de novas
ideias para produtos e serviços que irão, rapidamente, responder as
demandas do mercado [...]. A prática da inovação e o sucesso de empresas
startups estão vinculados pela disponibilidade de diferentes fluxos de
conhecimentos, principalmente de conhecimentos especializados e
correlacionados com a finalidade e atividade produtiva da empresa nascente
(ROCHA, 2018, p. 64).
Sobre esse assunto, Rocha e Vieira (2016) evidenciam que, no caso das
415
aspecto, para que seja possível identificar onde estão os riscos, mas também as
oportunidades para o progresso e a inovação social‛.
416
identificado pelo autor, as soluções de gestão de competências foram organizadas na
tabela 3.
percorrer a trajetória para a Indústria 4.0 devem avaliar suas capacidades e adaptar
suas estratégias de forma a implementá-la nos cenários apropriados. Ultrapassar
dos produtos que poderão ser fabricados a partir do momento que recebeu a ordem,
418
eliminando a necessidade de stocks e melhorando a logística. A qualificação das
competências será fundamental, pois ao ser implantada nas empresas reduzirá a
3D real, com óculos de realidade aumentada para treinar os operadores para lidar
419
máquinas, produtos, sistemas e pessoas. Jáse usa um termo específico para indústria
que é a Internet das Coisas na Indústria (I.I.O.T.). O fato é que vai se tornando possível
estações de trabalho sabem que, passos de fabricação devem ser realizados a cada
momento. Asnovas máquinas e os robôs podem ser ainda mais integrados. Écomo se
computadores que até conectam a produção de uma fábrica com outras em diversos
lugares e países é possível integrar uma enorme cadeia de produção como a de um
Computação na nuvem.
7. Histórico de informações (big data): é uma técnica ou de um conjunto de
ferramentas de banco de dados que permitem agregar todos esses bancos de dados
estruturados e os não estruturados (dados que as pessoas estão colocando em forma
420
entender esses dados, e criar ferramentas para gerar mais experiência, produtividade,
consumo e novos serviços.
feito pela internet, sem a necessidade de instalar nada. Por exemplo, ao acessar a
conta no Google é possível usar diversos serviços armazenados na nuvem (e-mail
ficam na cidade ou até mesmo do outro lado do mundo. Anuvem permite o consumo
racional de recursos, faz ganhar tempo e otimizar investimentos. Há10 anos as
empresas mantinham seus servidores e não tinham data center próprio. Agora, todas
podem usar a computação em nuvem para hospedar servidores virtuais e pagar
somente pelo que prepara. Dessa maneira, entende-se que a nuvem na Indústria 4.0
está se transformando em uma ferramenta estratégica para acelerar o crescimento da
empresa.
No geral, é importante que os gestores empreendedores entendam a
importância de renovarem seus conceitos para atuar na Indústria 4.0 entre várias
características que demonstram as competências para participar do processo de
421
por isso, as competências das pessoas serão avaliadas por meio da criatividade. A
tendência 4.0 explicita a necessidade do gestor ou das pessoas empreendedoras
aplicarem valor à suas ideias, ou seja, seguir a tendência da sigla MVP (Minimo Valor
do Produto), tratando-se de testar a ideia de negocio para ter certeza que há valor
que o gestor desenvolva a competência de interagir com seus clientes através das
redes sociais, de e-mail, do Whatsapp, e por todos os possíveis canais meios de
entrar em contato com ele. É preciso criar uma solução para cada cliente para ter
ciência do potencial do pessoal das funções operacionais no contato com os clientes.
O gestor precisa ter ciência que os robôs na Indústria 4.0 utilizarão Sistemas de
computação cognitiva e será preciso que o gestor promova relações e atitudes
precisará tomar conhecimento de novos métodos para criar soluções para seus
clientes. Os robôs farão todo o trabalho, mas as soluções ficarão a cargo da gestão
422
cliente não vai para frente, não terá sustentabilidade e não conseguirá fazer o
playback.
Passo 2. Relevância– O que o gestor está investindo para ser criado será
relevante para o cliente? De outra forma, tem volume? Temmassa crítica em
identificar o tempo que o mercado precisa para aquele novo produto ser útil e gerar
lucro na era da Indústria 4.0. Em outra maneira de esboçar essa característica, se o
gestor demorar muito para colocar um produto em teste prático no mercado pode
ser que daqui a um ano já não seja mais necessário.
clientes estão dispostos a pagar para ter uma solução que cabe no bolso e que seja
eficaz.
tornar potencial de negócio, a tal ponto de ganhar em cima daquela ideia, compra-la
e sersustentável até mesmo para as futuras gerações de empreendedores.
Asempresas da indústria 4.0 precisam ganhar em cima daquilo que compram.
Agorano varejo também é a mesma coisa, o cliente precisa ter o benefício que vai
423
projetar, que vai resolver a vida dele e esse benefício é algo prático também para o
gestor da visão 4.0.
foco no cliente e valor para o cliente. São conceitos que não precisam de grandes
investimentos, nem de tecnologias avançadas, as competências dos gestores da
Indústria 4.0 serão desenvolvido por uma nova maneira de pensar a gestão.
A gestão empreendedora para a Indústria 4.0 surge com grande propósito de
inovação de indústria para o futuro que tem que mudar muito rápido. Hoje, não é
possível mensurar quais profissões estarão ativas daqui a 20 anos, tão pouco se sabe
como ocorrerão os processos fabris, mas, olhando como as coisas estão acontecendo
no mundo, a dimensão 4.0 tem implementado a noção de Inovação como temas
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Há muitas metodologias criativas e inovadoras que podem ser usadas por gestores
para garantir o sucesso de suas competências na Indústria 4.0, nessa pesquisa, os
autores que foram analisados auxiliaram a identificar a Tecnologia RFID, a Impressão
3D, a Realidade Aumentada (RA), os Sistemas digitais poka-yokes, o Treino virtual, a
424
Internet das coisas (I.O.T.), Histórico de informações (big data) e a computação na
nuvem como inovações já presentes nos processos industriais na nova economia.
com seus clientes; tomar conhecimento de novos métodos para criar soluções para
seus clientes e testá-las por meio do método D.R.I.V.E.R. de Inovação baseado no
de novas tecnologias, requerendo cada vez mais mão de obra especializada. Aofim
do processo não se busca mais manter o emprego dos que não se qualificam, mas
mão de obra cada vez mais especializada e requerer do gestor competências para
manuseá-las e participar das novas perspectivas imbricadas na Indústria 4.0.
REFERÊNCIAS
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425
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426
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IST, 2018.
427
ROCHA, Ronalty Oliveira. Estratégias de inovação para startups de Tecnologia da
informação: uma análise na Região nordeste do Brasil. 2018. 241 f. Dissertação
v. 1, n. 8, 65-86, 2016.
SAUAIA, Antonio Carlos Aidar. Laboratório de gestão: simulador organizacional,
428
VISÃO PANORÂMICA SOBRE O E-COMMERCE NO AMAPÁ
RESUMO:
O presente artigo trata de um visão do e-commerce no Brasil perpassando pelo uso
da tecnologia e até chegar numa panorâmica desse tipo de vendas no Amapá.
Mostra como o uso da internet modificou, ampliou o comércio em vários
segmentos do mercado, ajudando a impulsionar as vendas, mostrando um novo
perfil de comprador/usuário trazendo o conforto e a comodidade de comprar sem
sair de casa. Então, dentro dessa visão, verificar-se-á como se comporta esse cliente
amapaense no mundo tecnológico de compra e venda online, levando em conta
que em Macapá não se tem uma qualidade nos serviços prestados pelas empresas
de internet e isso causa a indagação se Macapá trabalha com a ferramenta e-
commerce, em vista poucas informações sobre o comércio eletrônico. Assim, o
objetivo geral do artigo é fazer um estudo mais abrangente do comércio que vem
de forma acelerada sendo praticada por milhares de brasileiros: o e-commerce e o
objetivo específico é verificar se empresas e consumidores sabem o que é o e-
commerce, analisar o comércio local para verificação se estão inseridos no comércio
de compras e vendas pela internet, verificar o suporte tecnológico utilizado para
esta prática. É necessário perpassar pela observação das vantagens e desvantagens
de ser ter um comércio online e que até ponto Macapá pode dar suporte para esse
tipo de atividade. Com o estudo obteve-se resultados favoráveis para serem bases
para estudos posteriores, uma vez encontrada a dificuldade de materiais impressos
acerca desse assunto tão rico e específico sobre o nosso Estado mas ainda pouco
explorado.
mercado amapaense
1 INTRODUÇÂO
sobre vendas pela internet, pois poucos produtos eram comercializados, como dvd’s
e livros, e hoje com a nova tendência tecnológica é possível visualizar um mercado
429
tão amplo como o dos eletrônicos, vestuário, e até mesmo os impalpáveis como por
exemplo os pacotes turísticos, pacote de softwares, e de serviços em gerais.
Brasil.
Neste modelo de comércio pela rede virtual traz vantagens para as empresas
em que seus produtos podem ser vendidos a qualquer momento, 24 horas, 7 dias
por semana, horários em que as lojas físicas encontram-se fechadas. Por isso esta
tempo de entrega, enfim, tudo para atrair clientes que almejam um conforto,
facilidade na hora de comprar.
ferrovia, que, por sua vez, reduziu o prazo de entrega das mercadorias e não tirava o
espaço dos carros.
amapaense.
Um dado importante a ser observado neste tipo de negócio, como indica o
autor Bretzke (2000) que aponta a importância da relação com o cliente, ter o
jeito e-commerce, tão inovador que ao mesmo tempo vai ganhando notoriedade, é
preciso reformular sempre para maior credibilidade, já que comércio eletrônico tem
uma parcela significativa no faturamento das grandes empresas, como também nas
431
de médias e pequenas, pois é uma atividade em que atrai investimentos no mercado
digital brasileiro, como por exemplo as Casas Bahia, Americanas, Mercado Livre.
causa da grande procura deste tipo de serviço que traz a comodidade tão requerida
pelo consumidor na hora de comprar, e às empresas no momento de oferecer
produtos e serviços.
De acordo com Bretzke (2000), os benefícios e as estatísticas trazidas sobre a
definições para ter o entendimento sobre esse meio eletrônico e sua aplicação na
vida dos consumidores, mostrando uma nova maneira de vender, comprar, prestar
432
perspectiva de processo de negócio, o Comércio Eletrônico é a aplicação de
tecnologia para a automação de transações de negócio e fluxos de dados; de uma
Ao se pensar que tudo isso pode ser feito de qualquer lugar, tendo internet,
usando tecnologias como os computadores, tablets, smartphones, nem imagina-se
que antes os computadores eram usados como máquina de calcular e após um longo
tempo, aperfeiçoados na década de 70 para serem utilizados em escritórios.
Ao final da década de 70, percebeu-se que começaria uma nova fase das
comunicações, a qual seria muito mais do que um instrumento de negócios, atingiria
substituídas.
É inquestionável que o aumento do uso da internet é constante na vida das
pessoas, e que elas estão a cada dia mais conectadas com tudo o que acontece no
mundo inteiro.
empresas trabalham em cima desse mercado mais rápido, mais prático e mais
exigente estão se reinventando para atender esse consumidor o qual quer conforto,
praticidade e segurança na hora das transações comerciais.
433
Características essas que o e-commerce traz consigo uma responsabilidade em
atender pra quem quer vender e pra quem quer comprar de forma rápida, sem
Por se perceber que o mundo tecnológico é muito dinâmico, e isso faz com
que as empresas aproveitem para mudar o perfil de vendas dos seus produtos. O
em que o consumidor está atrás de ótimas oportunidades, ou seja menor preço sem
sair de casa.
direcionar campanhas para traçar novos perfis de consumidores, como por exemplo
o facebook. Publicações feitas nesse canal de comunicação podem gerar
longínquas. Hoje, já percebe-se que muitas empresas vêm usando oinstagran, outra
forma bem interessante de propagação de produtos e serviços que gera muitas
visualizações e curtidas.
Nessa direção, Teixeira aponta (2015, p.20) ‚as categorias de bens mais
comercializados são: moda e acessórios, 19⅜; cosméticos e perfumaria, 18⅜;
434
eletrodomésticos, 10⅜; livros e revistas, 9⅜; informática, 7⅜.‛ Isso deve-se a
segurança que as empresas repassam ao consumidor.
comentários feitos nos posts, esclarecendo dúvidas, isso faz o consumidor se sentir
próximo da empresa, da marca que ele admira, é o retorno da própria campanha
estratégia inteligente e atual bastante usada pelas empresas, através também de links
patrocinados, e-mail marketing aumenta a exposição dos produtos e serviços
população tem acesso à internet, comparando com os anos de 2000 e 2012, percebe-
se um aumento significativo, aproximadamente de 1500⅜,do número de usuários da
435
Outros dados sobre o crescimento do e-commerce é o relatório webshoppers,
tendo respaldo por especialista que acompanham muitos profissionais que trabalham
e estudam o segmento online. Neste relatório, no ano de 2016, verificou-se um
faturamento de R$ 44,4 bilhões no comércio eletrônico, sendo uma alta de 7,4% em
comparação à 2015, provando que esta prática está em ascensão, a partir do
momento que também mostrou um aumento de 22% de consumidores.
Ainda com base nos dados de 2016, pôde-se traçar um panorama do
consumidor, pois mostrou que moda e acessórios tiveram um ligeira alta(13,6%) em
relação a eletrodomésticos(13,6%), seguidos de livros/assinaturas 12,2% e saúde e
cosméticos com 11,2%, telefonia e celular com 10,3%.
Esses dados mostram que o comportamento do consumidor mudou bastante
nas últimas décadas em função de mudanças principalmente na economia, pois
também as necessidades, as formas de prestar e oferecer serviços e produtos, o que
antes fazia-se por meio telefônico, hoje, modernamente se faz pela internet,
reduzindo custo e tempo. E é nesse novo perfil de cliente Schiffman e Kanuk (2000)
mostram que muitas empresas preocupam-se com o marketing de relacionamento.
A pesquisa Tic Domicílios e Empresas mostra que as políticas de fomento ao
acesso à Internet nos domicílios e seu uso pelos cidadãos não têm sido suficientes
para reduzir de forma significativamente as disparidades socioeconômicas entre as
áreas urbanas e rurais, as diferentes regiões geográficas do país e, no interior de cada
região e entre as diferentes classes sociais.
A diferença na proporção de domicílios com acesso à Internet entre as áreas
urbanas (44%) e rurais (10%) ainda é muito grande. De igual maneira, o acesso à
Internet nas diferentes regiões geográficas é também muito significativo: a região
Sudeste se apresenta como a maior proporção de domicílios com acesso à Internet
(48%), seguido da região Sul (47%) e do Centro-Oeste (39%), enquanto Norte e
Nordeste apresentam proporções muito inferiores: 12% e 27%, respectivamente.
Nesta perspectiva é que se pretende averiguar, especificamente em Macapá, como se
comporta o e-commerce, posto que na pesquisa percebe-se uma baixa no acesso
domiciliar à internet, que possa ser um entrave para o comércio eletrônico local.
Muitos estudiosos acreditam positivamente que este é o melhor momento de
436
oportunidade, visto que alguns com pouco preparo ou mesmo falta de capital de
giro
fecham as portas, e o e-commerce surge como uma alternativa para tal, por mais que
não pareça, o comércio está aquecido e a crise logo passará, aumentando ainda mais
as vendas e lucros. Nesse olhar, este é um grande momento de apostar nas redes
sociais, marketing, fazer um trabalho contínuo para manter-se ativo, embora não haja
crescimento no mercado, mas consegue-se resultados quanto ao posicionamento da
marca, do produto, é um passo a frente dos concorrentes que desestimularam ou até
mesmo desistiram pela crise.
E assim, para uma maior visão sobre o papel do e-commerce, o artigo se
subdividirá em:‛, ‚O papel da internet no e-commerce‛,‚ O e-commerce no Amapá‛ e
‚Resultados e discussões
3- O E-COMMERCE NO AMAPÁ
437
O que se percebe em Macapá são pessoas que vendem seus produtos pelas
redes sociais, como o facebook através de vários grupos que lá existem e o atual
canal para divulgação está se mostrando é oinstagran (ampliar detalhes doinstagran).
Neles o alcance visualizações é enorme e faz com que mesmo se aquele produto não
interessar no momento para aquele cliente que visualizou pode ‚marcar‛ outro
usuário a fim de mostrar para quem possa ser um possível comprador.
Hoje, estar nas redes sociais é quase uma obrigação para as empresas, pois é
quando uma pessoa curte ou compartilha um post, grande parte da rede de amigos
dela podem visualizar também, mesmo que não tenham curtido a sua página, ou
pelos grupos ou até mesmo pelo perfil pessoal e obtiveram sucesso em suas
postagens.
438
sociais(não abriram necessariamente uma loja virtual) para oferecer seus laços de
várias cores, tamanhos e formatos até se tornarem empresa física em um quiosque
atividade, como a venda, a entrega, o feedback. Por mais que tenha loja virtual, as
redes sociais pessoais não deixam de ser usadas para a divulgação do nome da loja e
dos produtos.
Um produto bem atual que se tem visto e comercializado e com boa aceitação
pela redes sociais é o produtos feitos em crochê, em alta, não mais os moldes
tradicionais de pano de prato ou tapetes e sim em peças mais elaboradas, com
que em sua história fala o que antes era uma distração, um entretenimento, foi
ganhando incentivos e logo tornou-se em produtos a serem comercializados neste
segmento artesanal.
Em geral, percebe-se a vantagem que há nesse tipo de atividade comercial
para empresas ou quem tem seus produtos em casa para vender online, uma delas é
o acesso ilimitado aos produtos da organização aos seus clientes, podendo mostrar
439
Quanto à logística, que vai desde a compra até a entrega do consumidor final,
para Alves (apud OLIVEIRA, 2009), não basta à empresa possuir apenas um ótimo
site, preços baixos e bons produtos, ela precisa investir na sua logística para que os
produtos estejam no lugar certo e na hora certa ao seu consumidor.
produtos nos estoques, o atraso nas entregas, isso faz com que ocorra uma grande
insatisfação do cliente, denegrindo a imagem da empresa.
bairros, com loteamento e residenciais, não necessita de uma grande logística para
entrega do produto. Com o transporte próprio ou um motoboy contratado para
fazem questão de falar para seus amigos e familiares, numa forma bem tradicional de
marketing ‚boca a boca‛ bem peculiar em nossa Capital.
Uma vantagem para esse tipo de comércio eletrônico traz é que não
necessariamente necessite de um espaço físico para expor os produtos, amplia-se a
Pode-se citar como desvantagens é que como usam a rede social se algo não
sair como o esperado, a velocidade é rápida e o alcance vai longe, como uma espécie
de SAC (serviço de atendimento ao consumidor) porque tem muitos clientes que
preferem escrever para todos saberem antes mesmo de tentar resolver com quem
lhe vendeu. Isso mostra que precisa aprender a lidar com clientes afoitos e faz com
440
que o empresário tenha mais cuidado na fabricação, entrega e todo processo para
que atinjam o máximo de satisfação do cliente.
atrativos, com receio do pedido não chegar ou até demorar mais que o tempo
estipulado, de terem que disponibilizar seus dados pessoais, ou ocorrer fatos
inusitados como posto anteriormente. Mas apesar disso, tem-se visto um aumento
nesse modelo comercial eletrônico, a medida que os impactos positivos superam os
Por fim, dentro desta visão panorâmica que se tem em Macapá, podemos falar
sobre as consideradas grandes empresas do estado como a Domestilar e Center
Kennedy. Ambas possuem sites, mas com abordagens diferentes embora nenhuma
realmente venda online. A empresa Domestilar possui um voltado mais para
comprar.
4-RESULTADOS E DISCUSSÕES
441
dizem que muito ainda falta para melhorar a divulgação e o tempo de resposta aos
clientes e interessados, pois o que se quer sempre é otimizar o tempo.
tendo assim um feedback do que é oferecido pelas empresas nas redes sociais
Nesta perspectiva, verifica-se que a utilização do comércio eletrônico veio não
uma loja física, para complementar as estruturas empresariais físicas, ou até mesmo
substituí-las com a finalidade em comum: obter bons resultados com as vendas.
Macapá, para aumentar o conhecimento desse tipo de comércio ou até mesmo para
servir de inspiração para quem quer abrir o próprio negócio virtual, este vem
ganhando espaço no mercado, não deixando de ser um atrativo para quem quer
442
Portanto, o que se tem são empresas virtuais de pequeno porte e
microempresas que possuem lojas virtuais e seus estoques são em pequenos espaços
maior visualização/divulgação.
Assim, obteve-se uma visão panorâmica sobre essa possibilidade de consumo
que hoje alcança elevados patamares, abrindo novas oportunidades de negócios que
crescem diariamente.
BIBLIOGRAFIA
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18/10/2018
444
PERSPECTIVAS SOBRE UMA EXPERIÊNCIA DE GESTÃO DA INOVAÇÃO NO
AMAPÁ: A POSSIBILIDADE UNIFAP
Daniel Chaves
Vitor Hugo Costa
RESUMO:
e por outro, no sentido dos caminhos futuros os quais tal Núcleo pode, como
agência de desenvolvimento, articular ações pró-Inovação e Transferência de
Tecnologia
446
transferência da tecnologia como processo, desde a base da construção
local/regional das agendas de pesquisa, está sendo diretamente influenciado pelo
modos de produção, mas sim empoderada de uma ação disruptiva cada vez mais
constante e voraz. As emergentes startups, iniciativas empreendedoras de baixo
produção/negócios repetível (ou seja, passível de ser reproduzido com agilidade sem
delongadas customizações) e escalável (ou seja, de potencialmente acomodar
sistemas produtivos tidos como perenes, pulverizando em poucos ciclos toda sorte
de mercados, serviços e produtos e afetando cadeias produtivas que em ambiente
447
ponderadamente. Em outras palavras, o que é risco aos estabelecidos do status quo
também é oportunidade para concorrentes periféricos se reposicionarem.
humanos e culturais. Crises geradas por problemas como desemprego e retração dos
produtos internos brutos, defasagem de infraestrutura logística interurbana, pressões
Universidade Federal faz parte por excelência, zelada pelas instituições responsáveis,
mas pautadas pelo interesse civil generalizado por um lado, por outro se encontram
governanças.
É possível dizer que dentre os propósitos das ações para a promoção e gestão
448
autoralidade e ao princípio da liberdade criativa, das ideias produzidas no interior
dos seus grupos, laboratórios, colegiados, projetos, centros, programas de pós-
graduação e departamentos, que tenham por sua vez a capacidade de arrolar estas
inovações no sentido de melhorar a Universidade, culminariam na potencialização do
ser mediado pelo papel atinente das instituições como receptáculos fomentadores de
políticas e ações capazes de induzir, catalizar e promover a aplicação de soluções
13
voltadas para as sempre específicas necessidades regionais . O extensionamento
como dimensão e prática presume que esta criatividade tem propensão, potencial e
condições para sair dos muros da Universidade, fazendo com que produtos e serviços
que nasceram de projetos ou de iniciativas acadêmicas da Unifap cheguem à
contextos. Assim, reforça-se o papel estratégico a se desempenhar por cada ICT e IES
como usina de ideias criativas, endogeneizantes na pesquisa ou exogeneizantes na
13
No que diz respeito à premissa de que a Universidade pode ser, localmente, núcleo de provimento
de soluções objetivas e específicas, ressaltamos a experiência do Hackathon Lupa NH 2017,
coordenado pelo prof. Walter Lima Jr., que ocorreu no dia 04/03/2017. Ver mais em:
http://projetolupanh.blogspot.com.br/
449
tão globalizado e competitivo pode potencializar. Este papel pode-ser potencializado,
na dimensão da transferência tecnológica, como expressão da importação de saberes
450
internacionalizante e, significativamente, no desenvolvimento regional do Extremo
Norte brasileiro. Considerando, então, a expansão das investigações decorrentes não
apenas é uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), mas também uma Instituição
de Ensino Superior (IES) temos ampla capacidade de realizar o duplo exercício de
emancipação por meio dos pilares da amálgama entre ICT e IES: a educação e o
desenvolvimento científico-tecnológico da região como objetivos. Neste cenário
451
são parte essencial do trabalho da Unifap na garantia da qualidade, da soberania e
da implementação da sua produção intelectual e industrial diante dos órgãos de
três (3) coordenadores/as de área indicados pela Direção, contando com auxílio
prático de bolsistas de extensão e iniciação científica para o amparo das atividades.
452
Federal (1943-1988), e portanto à luz das limitações marcadas das suas políticas
públicas ainda em construção.
Agência
2004, que tornou-se histórica como a nossa "Lei de Inovação", instalando diversos
dispositivos e normativas sobre as Instituições. No nosso caso, seu art. 16 impõe e
14
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/lei/l10.973.htm, de 2 de dezembro de
2004. Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo
e dá outras providências.
453
15
Marco Civil de Ciência, Tecnologia e Inovação, a Lei nº 13.243 de 2016 ),
consagrando a sua importância no Sistema Nacional de Inovação.
nacional de produção científica inovadora, o Marco Civil de 2016 por sua vez
contribuiu substancialmente para a modernização, desburocratizante e liberalizante,
15
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/l13243.htm, 11 de janeiro de 2016.
Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento científico, à pesquisa, à capacitação científica e
tecnológica e à inovação e altera a Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, a Lei no 6.815, de 19 de
agosto de 1980, a Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993, a Lei no 12.462, de 4 de agosto de 2011, a Lei
no 8.745, de 9 de dezembro de 1993, a Lei no 8.958, de 20 de dezembro de 1994, a Lei no 8.010, de 29
de março de 1990, a Lei no 8.032, de 12 de abril de 1990, e a Lei no 12.772, de 28 de dezembro de
2012, nos termos da Emenda Constitucional no 85, de 26 de fevereiro de 2015.
454
também no setor privado, com remuneração e aumenta o número de horas para
atividades fora da universidade, de 120 horas para 416 horas anuais (8
exterior. Dentro das ICTs, não apenas as próprias como seus NITs podem agora ser
constituídas como entes públicos ou pessoas jurídicas de direito privado sem fins
lucrativos (Lei 10.973/04): nada impede que NITs obtenham personalidade jurídica
própria, como fundação de apoio, com a finalidade de captar, gerir e fomentar
tecnologia e inovação aplicadas. Assim, não apenas a sua estrutura seria capaz de
angariar recursos e gerir recursos como Fundação - algo que é caro em um
455
16
Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) , com disposições atualizadas, e
17
nacionalmente o caso da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) , que é
16
http://www.ufopa.edu.br/institucional/suplementares/agencia-de-inovacao-tecnologica-ait
17
http://www.inova.unicamp.br/sobre-a-inova/
456
captação de recursos; Cooperação com Departamentos de Extensão e Pesquisa para
mapeamento de projetos.
gestões anteriores a esta, e por sua vez tributária da iniciativa da Rede NAMOR /
MCTIC - a rede de NITs da Amazônia Oriental, contando com ICTs do Pará, Amapá e
Tocantins, liderada pelo Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG) -, gerou o pedido
nacional de Invenção, Modelo de Utilidade, Certificado de Adição de Invenção de no.
BR 51 2016 001159-9 (FRACTRON), de autoria dos Drs. Rafael Pontes de Lima e Pedro
Franco Sá, além da colaboração de José Luis Soares Batista. Este segundo, publicado
até setembro de 2026 significando que o software – resultado de um esforço que por
sua vez integrou de forma exemplar ensino, pesquisa e extensão, conectando-se
plenamente com a lógica da transferência de tecnologia para o beneficiamento social
– fica protegido diante do nosso processo de registro e das instâncias devidas.
457
Quanto às patentes, com notável dilatação no tempo de resposta do INPI se
comparados aos programas de computador, pela complexidade da análise da
áreas da saúde e das ciências exatas e tecnológicas, para tantas outras patentes e
programas, podendo fazer da Unifap uma verdadeira usina de projetos, ideias,
18
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2016/lei/L13267.htm, de 6 de Abril de 2016
Disciplina a criação e a organização das associações denominadas empresas juniores, com
funcionamento perante instituições de ensino superior.
458
Inovação mais amplo, recenseado e inter-relacional. Destacamos o papel do NITT na
adesão à Rede #InovaAmapá – uma rede regional de núcleos de inovação e
interesses francamente comuns, poderiam gerar – como assim avaliamos que o fora –
uma interação complementar entre as ICTs e IESs regionais. Não poderíamos, neste
19
A direção atual do NITT / Unifap colabora, diante do FORTEC, como parte da atual gestão regional
Norte do Fórum, como vice-coordenação, em representação aos estados do Acre, Amapá, Amazonas,
Pará, Rondonia, Roraima e Tocantins, até o período da transição para uma nova gestão em maio de
2018.
459
neste momento já implantada na Unifap como Ponto Focal, buscando intervir de
forma associada em ensino e pesquisa por meio da atuação no âmbito da pós-
modelo de intervenção junto ao seu complexo e vasto tecido social, o livre trânsito
do público e espontânea inscrição de propostas inovadoras de pesquisa, ainda que
460
aprimorá-las e validá-las 20, para que assim se premiassem e incubassem as melhores
propostas que sejam voltadas para dois modelos básicos e gerais de aplicação
poderiam dispor da sua expertise (por sua vez já instalados na Unifap nos já
20
As primeiras experiências relativas à validação de startups as quais esta gestão do NITT tem notícia,
no âmbito da Unifap, circunscrevem-se no ambiente do Curso de Administração de Empresas, em
iniciativa conduzidas pelo prof. Claudio Marcio de Mendonça.
461
correntes Laboratórios, Departamentos, Núcleos, Cursos e Projetos, bem como nas
ICTs e IESs parceiras, que podem e devem ser chamadas a colaborar) para
produzida nesta Unifap que não apenas é uma Instituição de Ciência e Tecnologia
(ICT), mas também uma Instituição de Ensino Superior (IES), como acima referenciado
– localizada na Amazônia Brasileira, em uma região de Fronteira, com uma população
462
com o poder público e as forças produtivas, por outro, garantindo assim a
sustentabilidade como força motriz da emancipação por meio dos pilares da
5. Referências
463
ETZKOWITZ, Henry & ZHOU, Chunyan. Hélice Tríplice: inovação e empreendedorismo
universidade-indústria-governo. Estudos Avançados, n. 90, v. 31, 2017
RABELLO, Antonio Claudio. Amazônia: uma fronteira volátil. Estudos Avançados, v.
27, n. 78, 2013. Disponível em: <www.scielo.br/pdf/ea/v27n78/14.pdf>. Acesso em 14
jan 2017.
SANTOS, Marli Elizabeth Ritter dos, TOLEDO, Patricia Tavares Magalhães de &
LOTUFO, Roberto de Alencar (orgs). Transferência de Tecnologia: estratégias para a
estruturação e gestão de Núcleos de Inovação Tecnológica. Campinas, SP: Komedi,
2009.
STAUB, Eugênio. Desafios estratégicos em Ciência, Tecnologia e Inovação.
Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, Ministério da Ciência e
Tecnologia, Academia Brasileira de Ciências. Brasília, 18 a 21 de setembro de 2001.
Disponível em: <www.iedi.org.br/admin_ori/pdf/desafios.pdf>. Acesso em 09 jan
2017.
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