Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RIO DE JANEIRO
MARÇO de 2018
Examinado por:
_____________________________________
Prof. Jorge Luiz do Nascimento, Dr. Eng.
(Orientador)
_____________________________________
Prof. Luís Guilherme Barbosa Rolim, Dr. Ing.
_____________________________________
Prof. Alan de Paula Faria Ferreira, M.Sc. Eng.
RIO DE JANEIRO
MARÇO de 2018
Gonçalves, Guilherme Guimarães.
Projeto de uma minigeração fotovoltaica aplicada no prédio do
centro de tecnologia da UFRJ / Guilherme Guimarães Gonçalves –
Rio de Janeiro: UFRJ/Escola Politécnica, 2018.
XV, 79p.;il.:29,7cm.
Orientador: Jorge Luiz Nascimento Dr.Eng.
Projeto de Graduação – UFRJ/Escola Politécnica/
Curso de Engenharia Elétrica, 2018.
Referências Bibliográficas: p.69-70.
1. Introdução. 2. Energia Solar Fotovoltaico. 3.Sistema Fotovoltaico
(SF). 4. Normas Técnicas e Regulamentação da ANEEL 5.
Desenvolvimento do Projeto. 6. Resultados Obtidos. 7. Avaliação
Econômica 8. Conclusão 9 Referências Bibliográfica. I. do Nascimento,
Jorge Luiz. II. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Escola Politécnica,
Curso de Engenharia Elétrica. III.. Projeto de uma minigeração
fotovoltaica aplicada a subestação do prédio de tecnologia da UFRJ
iii
“O nosso maior medo não é sermos inadequados. O nosso maior medo é sermos
infinitamente poderosos. É a nossa própria luz, não a nossa escuridão, que nos
amedronta. Sermos pequenos não engrandece o mundo.
Não há nada de transcendente em sermos pequenos, pois assim os outros não se
sentirão inseguros ao nosso lado. Todos estamos destinados a brilhar, como as
crianças. Não apenas alguns de nós, mas todos.”
Coach Carter
iv
AGRADECIMENTOS
Foi ao lado dos voadores que eu passei todas as fases da faculdade, desde a festas
até o desespero para as provas, e a tristeza de uma reprovação. Juntos aprendemos a real
lição e valor que a faculdade nos proporciona e ele não é medido por quantas matérias
você é bom, a quantidade de conhecimento que você adquire e muito menos o seu CR.
Agradeço muito a todos eles, André, Domingo, Chamma, Napoli e Camilla são
amizades verdadeiras e profundas que eu cultivei na faculdade e levarei para a vida todo.
Sem eles a universidade não teria tido graça e seria muito menos enriquecedora, admiro
muito todos eles. Mas dentre os voadores não poderia deixar de destacar Napoli que
sempre consegue tirar o peso dos problemas, Chammito, o pai de todos, o piloto dessa
tripulação, sempre com um conselho e garra para decolar, voar alto, conquistar metas e
mais importante sempre ajudando seus amigos à voassem tão alto quanto ele. E pôr fim a
mais importante, a minha melhor amiga Camilla Gonçalves, minha confidente, meu porto
seguro, alguém que eu sempre soube que estaria ali para me apoiar, alguém que eu sempre
soube que nunca me julgaria, se antes eu era felizardo por ter você ao meu lado como
amiga nesses anos todos, hoje sou abençoado por te ter ao seu lado como minha noiva.
Em finalmente ao professor Jorge Luiz pelo apoio não apenas ao longo deste
projeto, mas durante todo o curso, sempre foi solícito e disposto a me ajudar sempre que
preciso.
v
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Eletricista.
Março 2018
vi
Abstract of the Undergraduate Project, presented to POLI/UFRJ as a partial
fulfillment of the necessary requirements to obtain the degree of Electrical Engineer.
March 2018
vii
SUMÁRIO
AGRADECIMENTOS ........................................................................................................................ v
SUMÁRIO ................................................................................................................................... viii
LISTA DE FIGURAS......................................................................................................................... xi
LISTA DE TABELAS....................................................................................................................... xiii
LISTA DE SIGLAS.......................................................................................................................... xiv
viii
3.3.3. Inversor ......................................................................................................................... 26
3.3.4. Disjuntor........................................................................................................................ 27
3.3.5. Sistema de Aterramento ................................................................................................ 27
3.3.6. Medidor Bidimensional .................................................................................................. 27
ix
7.8. Projeção Global de Economia do Sistema ....................................................................... 66
ANEXO I ............................................................................................................................................... 71
ANEXO II .............................................................................................................................................. 72
ANEXO IV ............................................................................................................................................. 75
ANEXO V .............................................................................................................................................. 77
ANEXO VI ............................................................................................................................................. 78
x
LISTA DE FIGURAS
xi
FIGURA 5.12 – VISTA SUPERIOR INCLINAÇÃO DE 22° ......................................................................................... 49
FIGURA 5.13 – EXEMPLO DE SISTEMA INCLINADO ............................................................................................. 50
FIGURA 5.14 – SUPORTE DE INCLINAÇÃO ........................................................................................................ 50
FIGURA 5.15 – POSTE DE FERRO GALVANIZADO ................................................................................................ 51
FIGURA 5.16 – FIXAÇÃO INTERMEDIÁRIA ........................................................................................................ 51
FIGURA 5.17 – TRILHO DE ALUMINO ............................................................................................................. 52
FIGURA 5.18 – FIXAÇÃO DE TERMINAL ........................................................................................................... 52
FIGURA 6.1 – GERAÇÃO DO SISTEMA POR MÊS ................................................................................................. 57
FIGURA 6.2 – RENDIMENTO DO SISTEMA POR MÊS ........................................................................................... 57
FIGURA 6.3 – DIAGRAMA DAS PERDAS DO SISTEMA .......................................................................................... 59
xii
LISTA DE TABELAS
xiii
LISTA DE SIGLAS
CC Corrente Contínua
CT Centro de Tecnologia
FV Fotovoltaico
SF Sistema Fotovoltaico
xiv
VP Valor Presente
WP Watt-Pico
xv
CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO
1
O aumento das tarifas elétricas recaiu sobre os todos os tipos de consumidores. Os
residenciais podem minimizar seus custos fazendo um racionamento energético optando
por aparelhos mais eficientes e econômicos já os grandes consumidores, para reduzir
significativamente seus custos, além de diminuir gastos com racionamento, podem
investir em uma micro ou minigeração elétrica. Uma das mais promissora é a energia
solar, pois o Brasil tem imenso potencial devido ao nosso posicionamento geográfico
contanto com grande quantidade de irradiação solar o ano todo.
Levando em conta todos esses aspectos, esse projeto tem como finalidade a
redução dos custos de energia elétrica no prédio Centro de Tecnologia da Faculdade
Federal do Rio de Janeiro com uma minigeração fotovoltaica no telhado de um dos blocos
do prédio.
1.1. Objetivo
2
1.2. Relevância
1.3. Metodologia
3
1.4. Estrutura do Trabalho
4
CAPÍTULO 2 - ENERGIA SOLAR FOTOVOLTAICA
A forma direta da energia seria usar a radiação solar como fonte de energia
térmica, aquecendo fluidos, ambientes e como fonte de iluminação natural como o
posicionamento de prédios, casas e residências. A outra forma de aproveitarmos a energia
solar seria convertendo-a em energia elétrica através de materiais fotovoltaicos e
termoelétrico, que será feito e explicado no decorrer do trabalho.
5
Figura 2.1 – Posição do Planeta.(FONTE: DEPARTAMENTO DE FÍSICA - UFPR)
Algumas relações geométricas dos raios solares são descritas a seguir e podem ser
mais bem compreendidas nas Figuras 2.2, 2.3 e 2.4 [6]:
6
• Inclinação da superfície (β): é o ângulo de menor declive entre a superfície
e o plano vertical, variando entre 0° e 90° Figura 2.3;
• Ângulo horário do Sol ou Hora Angular (ω): é o ângulo diedro com aresta
no eixo de rotação da terra, formado pelo semiplano que contém o Sol e o
semiplano que contém o meridiano local. Podendo variar entre -180° e
180°, sendo os valores negativos para o período da manhã, e os positivos
para o da tarde e o zero ao meio-dia Figura 2.4 e.
• Ângulo Zenital(𝜃𝑧 ): é o ângulo com vértice no observador e formado pelas
semi-retas definidas pela direção do Sol e a vertical (zênite). Figura 2.2
Figura 2.3 – Orientação de uma superfície inclinada em relação ao mesmo plano. (FONTE: CRESESB-
CEPEL Adaptada)
7
Figura 2.4 -Hora Angular. (FONTE: ASTRONOMIA DE POSIÇÕES)
Radiação é a designação dada à energia emitida pelo Sol, em particular aquela que
é transmitida em forma eletromagnética. Irradiação é a quantidade radiação em um
intervalo de tempo específico, em horas ou em dias, e é geralmente apresentada em watt-
hora por metro quadrado.
8
Figura 2.5 – Componentes da radiação solar (FONTE:FCSOLAR)
O Brasil possui um alto potencial energético para se aproveitar. A Figura 2.6 faz
uma comparação dos valores de irradiação solar do Brasil e da Europa. Observando o
mapa é possível verificar o tamanho do potencial brasileiro, quanto mais avermelhada é
a área maior a sua irradiação solar. A área territorial brasileira é maior do que a europeia
além de conter uma irradiação mais alta, no entanto a Europa possui instalados mais de
106GW de energia fotovoltaica enquanto o Brasil possui um pouco mais de 1GW
instalado.
9
Figura 2.6 – Irradiação Solar Brasil vs Europa (FONTE: SWERA)
10
2.4. Efeito Fotovoltaico
11
junção P-N, os elétrons são orientados e fluem da camada “P” para a camada “N”. Essa
orientação é mostrada na Figura 2.8.
12
2.5. Tipos de Células Fotovoltaicas
13
2.5.2. Células de Silício Policristalino:
Estas células são produzidas a partir de blocos de silício obtidos por fusão de
silício puro em moldes especiais. Uma vez nos moldes, o silício esfria lentamente e
solidifica-se. Neste processo, os átomos não se organizam num único cristal. Forma-se
uma estrutura policristalina com superfícies de separação entre os cristais. Sua eficiência
na conversão de luz solar em eletricidade é ligeiramente menor do que nas de silício
monocristalino. A Figura 2.11 mostra a estrutura de uma célula de silício Policristalino
[8].
Estas células são obtidas por meio da deposição de camadas finas de silício sobre
superfícies de vidro ou metal. Sua eficiência na conversão de luz solar em eletricidade
varia entre 5% e 7%.
14
A melhor aplicação para essa tecnologia está em calculadoras, relógios e outros
produtos onde o consumo de energia é baixo. Tais células são eficientes sob iluminação
artificial (principalmente sob lâmpadas fluorescentes).
Estes filmes finos são depositados sobre substratos de baixo custo, como vidro,
aço, inox e alguns plásticos.
15
Figura 2.12 - Célula de Filmes Finos (FONTE: PORTAL SOLAR)
16
CAPÍTULO 3 - SISTEMA FOTOVOLTAICO (SF)
São sistemas que não apresentam qualquer ligação com a rede de distribuição
elétrica. Sendo assim não podem vender a energia excedente para a distribuidora e são
sistemas que contam com a um banco de baterias para armazenar a energia gerada a ser
utilizada em períodos em que não há radiação solar.
17
Como dito anteriormente a corrente que sai do painel fotovoltaico é uma corrente
continua (CC) e devido a todos os nossos aparelhos eletrônicos utilizaram corrente
alternada (AC) é necessário a implementação de um inversor CC/AC.
O sistema conectado tem a vantagem de não precisar do banco de bateria pois toda
energia que não é consumida é injetada diretamente na rede. No lugar do banco de bateria
o sistema contém um medidor bidirecional que mede a energia injetada na rede e a energia
retirada da rede.
No caso em que a geração for menor que o consumo, a rede elétrica fornece a
diferença de energia. No caso em que a geração for maior que o consumo, a distribuidora
cobrará o valor referente ao custo de disponibilidade que é um valor cobrado pelas
concessionárias por disponibilizar a energia elétrica no ponto de consumo.
18
3.3. Componentes do Sistema Fotovoltaico
Figura 3.3 – Norma de representação do módulo fotovoltaico (FONTE: Desenhado pelo próprio autor)
19
3.3.1.1.1. Tensão de circuito aberto (𝑽𝒐𝒄 ) e Corrente de Curto Circuito (𝑰𝒔𝒄 )
A tensão de circuito aberto é a maior tensão que o módulo atinge quando ele está
desconectado da carga e não há nenhuma corrente elétrica circulando. Já a corrente de
curto circuito, é a maior corrente que o módulo atinge ao se curto-circuitar os terminais
do módulo. Para a obtenção da 𝑉𝑜𝑐 , colocamos um voltímetro ligado aos terminais do
módulo, e para a obtenção da 𝐼𝒔𝒄 , colocamos um amperímetro fechando os terminais do
módulo.
3.3.1.1.2. Curva𝑰𝒙𝑽
A curva I x V, mostra em que pontos o módulo fotovoltaico irá operar, nela pode-
se extrair as informações de corrente de curto circuito 𝐼𝒔𝒄 , e tensão de circuito aberto 𝑉𝑜𝑐 ,
como é mostrado na Figura3.4 [5]
20
3.3.1.1.3. Curva 𝑷𝒙𝑽
Na curva 𝑃𝑥𝑉, potência por tensão destaca-se ponto de potência máxima (MPP),
do qual se obtêm a tensão no ponto de máxima potência (𝑉𝑀𝑃𝑃 ) e a corrente no ponto de
máxima potência (𝐼𝑀𝑃𝑃 ) conforme ilustrado na Figura 3.5 [5]
• 𝐼𝑀𝑃𝑃
• 𝑉𝑀𝑃𝑃
21
Calculamos a eficiência pela Fórmula 3.1:
𝐼𝑀𝑃𝑃 𝑥𝑉𝑀𝑃𝑃
𝜂= (3.1)
𝐴 𝑥 𝐼𝑐
𝐼𝑀𝑃𝑃 𝑥𝑉𝑀𝑃𝑃
𝐹𝐹 = (3.2)
𝐼𝑠𝑐 𝑥𝑉𝑜𝑐
Como dito anteriormente os testes e especificações nas placas solares são feitos
nas condições de padrão de irradiância solar de 1000W/m² e temperatura de célula de
25°C, isso porque a variação de temperatura e irradiância solar influenciam diretamente
na eficiência de um módulo solar. Como pode ser visto através da Figura 3.6 quanto maior
a temperatura, menor a tensão produzida pelo módulo. Pela Figura 3.7 conseguimos ver
que quanto menor a irradiação menor a corrente produzida pelo módulo solar [5] [10].
22
Figura 3.6 – Efeito causado pela temperatura na célula (FONTE: CRESESB – CEPEL)
Figura 3.7 – Efeito causado pela variação de intensidade luminosa na célula (FONTE: CRESESB –
CEPEL)
23
Figura 3.8 – Associação em série (FONTE: CRESESB – CEPEL)
24
3.3.2. Diodo
Quando há uma associação em série das células fotovoltaicas, existe o risco das
células se comportarem como carga para o sistema, isso ocorre devido a um
sombreamento de células ou falha e defeito. Nesse cenário ocorre uma dissipação de
potência exagerada sobre ela e, por consequência, provoca um aquecimento que pode
causar danos à célula [5].
25
3.3.2.2. Diodo de Bloqueio
3.3.3. Inversor
26
diferentes níveis de radiação e de temperatura e observa-se que o seu ponto de máxima
potência varia dentro de uma faixa. Para otimização do funcionamento do sistema o
arranjo fotovoltaico deve funcionar no ponto de máxima potência. Isso se consegue com
o uso do MPPT, que opera de modo a regular a tensão e corrente de operação do arranjo
fotovoltaico, a fim de obter o máximo do produto I x V.
3.3.4. Disjuntor
27
CAPÍTULO 4 - NORMAS TÉCNICAS E REGULAÇÃO DA ANEEL
28
4.1. Regras Estabelecidas pela PRODIST
Tabela 4.2 - Níveis de Tensão Considerados para conexão de Centrais Geradoras - Fonte: PRODIST-
ANEEL
29
Tabela 4.3 - Proteções Mínimas em Função da Potência Instalada - Fonte: PRODIST- ANEEL
30
(1) Chave seccionadora visível e acessível que a acessada usa para garantir a desconexão da central
geradora durante manutenção em seu sistema, exceto para microgeradores e minigeradores que se conectam
à rede através de inversores.
(2) Elemento de interrupção automático acionado por proteção para microgeradores distribuídos e
por comando e/ou proteção para minigeradores distribuídos.
(4) Não é necessário relé de proteção específico, mas um sistema eletroeletrônico que detecte tais
anomalias e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação do elemento de interrupção.
(5) Não é necessário relé de sincronismo específico, mas um sistema eletroeletrônico que realize
o sincronismo com a frequência da rede e que produza uma saída capaz de operar na lógica de atuação do
elemento de interrupção, de maneira que somente ocorra a conexão com a rede após o sincronismo ter sido
atingido.
(7) O sistema de medição bidirecional deve, no mínimo, diferenciar a energia elétrica ativa
consumida da energia elétrica ativa injetada na rede.
A Tabela 4.4 foi retirada da publicação feita pela Light - Procedimentos para a
Conexão de Microgeração e Minigeração ao Sistema de Distribuição da Light SESA BT
e MT – Até Classe 36,2kV, nela consta todo o procedimento necessário para se obter
acesso à rede [15].
31
Tabela 4.4 - Etapas de acesso de Microgeradores e Minigeradores ao Sistema de Distribuição da Light
SESA
32
Para solicitação de acesso, o acessante deverá preencher o “Formulário de
Solicitação para Energia Alternativa” que se encontra no site da Light SESA
(www.Light.com.br). O formulário reúne as informações técnicas necessárias para os
estudos pertinentes ao acesso.
33
CAPÍTULO 5 – DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
Para termos uma melhor analise foi pego o consumo do último ano vigente, ano
de 2017, assim conseguimos ter uma leitura mais atual do consumo, pois temos um
número mais atualizado de alunos matriculados. Além disso, 2017 foi um ano em que a
universidade teve seu calendário acadêmico cumprido regularmente e sem interrupções
não previstas.
A seguir na Tabela 5.1 mostra-se o consumo de energia por mês em kWh no ano
de 2017, diferenciando o consumo realizado no horário de ponta (HP) e horário fora da
ponta (HPD). Esse consumo é referente ao prédio inteiro e não está descriminado o uso
de cada bloco:
Consumo em kWh
Mês HP HFP TOTAL R$
Jan 97.919,00 1.168.560,00 1.266.479,00 567.291,86
Fev 106.879,00 1.363.392,00 1.470.271,00 609.672,65
Mar 128.898,00 1.400.544,00 1.529.442,00 725.135,97
Abr 133.557,00 1.354.320,00 1.487.877,00 750.554,66
Mai 114.426,00 1.205.280,00 1.319.706,00 700.884,37
Jun 105.628,00 1.021.032,00 1.126.660,00 593.792,07
Jul 92.314,00 899.856,00 992.170,00 541.503,70
Ago 107.091,00 1.054.728,00 1.161.819,00 617.593,08
Set 106.190,00 1.024.056,00 1.130.246,00 612.404,85
Out 116.793,00 1.270.728,00 1.387.521,00 695.491,00
Nov 91.493,00 1.073.520,00 1.165.013,00 624.624,27
Dez 91.515,00 1.110.024,00 1.201.539,00 693.792,51
Média 107.725,25 1.162.170,00 1.269.895,25 644.395,08
Ano 2017 1.292.703,00 13.946.040,00 15.238.743,00 7.732.740,99
34
A Figura 5.1 é uma representação em gráfico de barra para um melhor
entendimento do consumo mensal do CT
A energia que se quer gerar é para atender às cargas do Bloco B, onde está situada
a Biblioteca Central do CT e mais algumas áreas próximas, onde também está situada a
Biblioteca do Instituto de Matemática. Trata-se de contribuir com parte da energia suprida
ao setor proveniente da Subestação ABC. A Figura 5.2 mostra a subestação ABC que
atende o Bloco B assim como algumas áreas próximas.
35
Subestação
do Bloco B
36
De início, é possível estimar o consumo da SE ABC, supondo que o consumo total
do conjunto predial do CT seja distribuído proporcionalmente entre as subestações
existentes. Ainda que as cargas de alguns setores envolvam máquinas com consumos
individuais muito altos, não se pode considerar que estas operem como nas indústrias ou
em linhas de produção. Suas utilizações são pontuais, distribuindo-se em usos
esporádicos ao longo dos dias de cada ano, ficando algumas sem uso até por mais de um
ano. Essa consideração, leva à conclusão de que o pesado da carga do prédio do CT tenha
uma característica forte do uso de iluminação, computadores e aparelhos de ar-
condicionado, podendo concluir também que as subestações suprem energia de mesmas
características, e considerar a distribuição proporcional da carga total nas subestações é
no mínimo razoável, levando ao seguinte cálculo para a energia suprida pela SE ABC:
Assumindo que parte desta energia é consumida nos fins de semana, considerar-
se-á que nos dias úteis o consumo é igual a 95% do total, identificando-se o consumo total
mensal para os dias úteis, como no cálculo mostrado na Equação 5.2.
Para a obtenção do consumo diário, admite-se que o mês é composto por 22 dias
úteis [26].
65076 𝐾𝑊ℎ
𝑀é𝑑𝑖𝑎 𝑑𝑖á𝑟𝑖𝑎 = = 2.958 𝐾𝑊ℎ (5.3)
22 𝑑𝑖𝑎𝑠
37
Ainda há que se considerar que a maior parte do consumo diário de energia fica
concentrada em poucas horas do expediente e uma pequena parte é consumida durante os
períodos de pouca permanência de docentes, alunos e funcionários nos locais de atuação.
Para o caso aqui em questão considerar-se-á 90% do consumo durante 6 horas do dia e
10% nos períodos restantes.
Tendo em vista que o fator de potência típicas dos aparelhos instalados e lâmpadas
no Bloco B variam entre 0,7 e 0,85 [25] temos como potência instalada de referência a
geração FV, em kVA.
443,7 𝑘𝑊
𝑃𝑜𝑡ê𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑖𝑛𝑠𝑡𝑎𝑙𝑎𝑑𝑎 = = 633 𝑘𝑉𝐴 (5.5)
0,7
38
Figura 5.3 – Área do primeiro andar
39
Tabela 5.3–Área do Bloco B
Andar Área m²
Primeiro Andar 4000
Segundo Andar 2000
O prédio do CT tem uma grande área a ser utilizado. Como o objetivo desse
projeto é suprir o Bloco B, primeiro se pensou em utilizar o telhado do Bloco B, cujo
telhado é mostrado na Figura 5.5 e 5.6. Porém, um exame no local foi realizado e
observou-se, que este telhado exigiria muitas intervenções em obra civil, o que conduziu
a alocação dos painéis para o telhado do Bloco I.
40
Figura 5.5 – Qualidade do telhado do Bloco B
É possível ver o estado do telhado do Bloco I nas Figuras 5.7 5.8 e 5.9. Esse
telhado apresenta uma baixa inclinação, não apresenta rachaduras ou falhas estruturais
que exigisse um investimento com obras de reparo, e não apresenta nenhum prédio ao
redor que pudesse fazer sombras nas placas diminuindo assim a eficiência de geração.
41
Figura 5.8 – Qualidade do Teto do Bloco I
42
Figura 5.10 – Área disponível
Software Área m²
Daft Logic 6121.09
Maps Direction 6166.00
43
5.4. Avaliação Climática da Insolação
44
Como foi apresentado uma discrepância entre os valores para melhor, foi feito
uma média entre os valores obtidos nos dois softwares e chegamos a tais valores
apresentados na Tabela 5.7
45
• Cabeamento (de 0,5 a 1%)
• Conversão CC/CA (de 1 a 5%)
• MPPT (de 0,1 a 1%)
5.6.1. Módulos
Como há perdas na geração devemos calcular a energia real 𝐸𝑟 a ser suprida, seu
cálculo é feito através de uma razão entre a energia nominal 𝐸𝑛 e o fator de desempenho
global FDG, o cálculo é mostrado nas Fórmulas 5.7 e 5.8:
𝐸𝑛 2.662,2
𝐸𝑟 = = = 3.327,75 𝑘𝑊ℎ /𝑑𝑖𝑎 (5.8)
𝐹𝐷𝐺 0,8
Sua fórmula é uma razão entre a energia real e a hora de sol pleno (HSP).
𝐼𝑟𝑟𝑎𝑑𝑖â𝑛𝑐𝑖𝑎
𝐻𝑆𝑃 = = 5,2 ℎ/𝑑𝑖𝑎 (5.9)
1𝑘𝑊/𝑚²
𝐸𝑟 3.327,75
𝑃𝑝 = = = 639,95 𝑘𝑊 (5.10)
𝐻𝑆𝑃 5,2
46
A placa escolhida foi D6M365E4Ada Neo Solar Power. Ela foi escolhida devido
a sua potência, seu rendimento e seu preço.
𝑃𝑝 . 1000 639.950
𝑁= = = 1.754 𝑚ó𝑑𝑢𝑙𝑜𝑠 (5.11)
𝑃𝑜𝑡𝑒𝑛𝑐𝑖𝑎 𝑀á𝑥𝑖𝑚𝑎 365
Área utilizada:
A área utilizada é menor do que a área disponível, logo podemos utilizar o teto do
Bloco I
47
5.6.2. Escolha de Inversor
Como foi mostrado na Equação 5.10 o inversor a ser escolhido deve ser capaz de
suportar uma potência entrada de 639,95 kW.
Com a ajuda do PVsyst (versão 6.6.8), definiu-se que serão usados 2 inversores e
o inversor escolhido foi o Inversor INGECON Sun Power 250TL B400 cuja as principais
características técnicas estão na Tabela 5.9 e seu datasheet se encontra no Anexo IV.
Com a ajuda de uma bússola do Google Earth [21] sabe-se que o teto do Bloco I
se encontra aproximadamente a um ângulo de -34° do norte geográfico. Como mostrado
na Figura 5.11
48
Figura 5.11 – Graus ao Norte Geográfico
• 18 módulos em série
• 97 strings em paralelo
• Ângulo de inclinação de 22°
As Figuras 5.12, 5.13, 5.14 são ilustrações de como vai ser feita a estrutura de
suporte e a inclinação dos painéis.
49
Figura 5.13 – Exemplo de Sistema Inclinado
• Trilhos em alumínio
• Grampos de fixação intermediária para painéis
• Grampos de fixação terminal para painéis fotovoltaicos
50
Será também utilizado postes de fixação de ferro galvanizado de 8 e 4 metros de
altura com hástias móvel de 0º a 75º
51
Figura 5.17 – Trilho de Alumino
52
5.6.4. Caixa de Controle
53
5.6.5. Transformador
O dimensionamento dos condutores que saem das fileiras dos módulos será feito
através da norma europeia IEC 60364-7-7-712, pois ainda não existe uma norma
brasileira para sistemas fotovoltaicos.
A norma europeia diz que o condutor deve suportar até 1,25 vezes a corrente de
curto circuito dos módulos fotovoltaicos, no caso desse projeto.
Os cabos que saem do String Control e entram no inversor deverá suportar a 1,25
vezes a corrente máxima de cada arranjo.
Para uma melhor proteção contra chuva e possíveis danos, o inversor ficará
alocado no térreo do Bloco I.
2 𝐿 𝐼𝑐𝑜𝑛𝑑
𝑆𝑚𝑚2 = (5.18)
𝜎 𝑄𝑉 𝑉𝑠𝑡𝑟𝑖𝑛𝑔
54
O comprimento do cabo é uma estimativa, foi considerada uma altura de um
prédio de 5 andares, com pé direito de 4 m. Assim:
2 ∗ 20 ∗ 301,275
𝑆𝑚𝑚2 = = 25,08𝑚𝑚2 (5.18)
56 ∗ 0,01 ∗ 858,06
√3 𝐿 𝐼𝐶𝐴 cos 𝜑
𝑆𝑚𝑚2 = (5.19)
𝜎 𝑄𝑉 𝑉𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎
55
5.6.9. Disjuntores de Lado CA
Para proteger o sistema haverá 1 disjuntor para cada saída de inversor, totalizando
assim 4 disjuntores. O disjuntor deverá suportar a corrente de 368A, o disjuntor com tal
características é o disjuntor industrial da marca Steck modelo SKU:1030964
Com a ajuda do software Pysyst (versão 6.68) [18] simula-se o projeto de geração,
basta colocar no programa:
Os resultados obtidos estão a seguir nas Figuras 6.1 e 6.2 e na Tabela 6.1 [18]
56
Figura 6.1 – Geração do Sistema por mês
57
Tabela 6.1 – Tabela da Geração Completa
A energia produzida por ano foi de 937,31 MWh, e o rendimento global do sistema
foi de 83%.
58
Figura 6.3 – Diagrama das Perdas do Sistema
Com a Equação 5.7 foi calculado a energia diária desejada de 2.662,2 kWh, o que
daria por ano 971,70 MWh. O diagrama de perdas mostrado na Figura 6.3 mostra que o
sistema gerou 937MWh, que corresponde a 96,42% do esperado.
59
CAPÍTULO 7 – AVALIAÇÃO ECONÔMICA
Esse capítulo tem como objetivo levantar todos os custos do projeto e analisar sua
viabilidade econômica a partir, payback e valor presente líquido.
60
7.2. Levantamento da tarifa elétrica cobrada pela Light
Vale ressaltar que esse preço não é fixo e sofre reajustes todos os anos. Como
iremos fazer uma avaliação econômica de 25 anos, que corresponde os anos de garantia
das placas solares, precisamos fazer estimativas, suposições de reajustes e algumas
premissas, todas elas estarão citadas no próximo tópico.
61
7.3. Parâmetros Adotados
Uma premissa a ser adotada é que toda a geração do sistema fotovoltaico vai ser
no período de fora de ponta, como mostrado anteriormente o período de ponta é de 17:30h
até 20:30h período essa onde não há tanto sol.
E por último e mais difícil, precisa-se estimar a inflação da moeda Real ao longo
desses 25 anos, mesmo sabendo que acertar um valor preciso é impossível, a fim de
aumentar a confiabilidade da análise será estimado uma inflação de 3,5% ao ano
62
7.4. Projeções Futuras
63
7.4.2. Projeção de custos de Manutenção do Sistema
64
7.5. Payback
7.6. VPL
𝑛
𝐹𝑛 𝐹1 𝐹2 𝐹𝑛
𝑉𝑃𝐿 = ∑ = 𝐹0 + + + . . . + (7.1)
(1 + 𝑖 )𝑛 (1 + 𝑖 )1 (1 + 𝑖 )2 (1 + 𝑖 )𝑛
0
Onde:
A TIR pode ser calculada através da equação 7.2, e é a taxa de desconto que irá
igualar o 𝑉𝑃𝐿 a zero. É um indicador bastante usado para análise de investimentos e
normalmente é analisada no sentido de que quanto maior for a diferença entre a TIR e a
taxa de desconto, melhor será o investimento.
𝑛
𝐹𝑛 𝐹1 𝐹2 𝐹𝑛
0= ∑ 𝑛
= 𝐹0 + 1
+ 2
+ ...+ (7.2)
(1 + 𝑖 ) (1 + 𝑖 ) (1 + 𝑖 ) (1 + 𝑖 )𝑛
0
65
7.8. Projeção Global de Economia do Sistema
Ano Geração MWh R$ MWh Economia com Energia Investimento Manutenção Fluxo de Caixa
1° 937,31 326,14 R$ 305.694,28 R$ 2.350.000,00 R$ 0,00 -R$ 2.044.305,72
2° 931,69 358,75 R$ 334.246,13 R$ 10.500,00 -R$ 1.720.559,59
3° 926,10 394,63 R$ 365.464,72 R$ 10.867,50 -R$ 1.365.962,37
4° 920,54 434,09 R$ 399.599,12 R$ 11.247,86 -R$ 977.611,11
5° 915,02 477,50 R$ 436.921,68 R$ 11.641,54 -R$ 552.330,97
6° 909,53 506,15 R$ 460.358,16 R$ 12.048,99 -R$ 104.021,80
7° 904,07 536,52 R$ 485.051,77 R$ 12.470,71 R$ 368.559,27
8° 898,64 568,71 R$ 511.069,95 R$ 12.907,18 R$ 866.722,03
9° 893,25 602,83 R$ 538.483,74 R$ 13.358,93 R$ 1.391.846,84
10° 887,89 639,00 R$ 567.368,01 R$ 13.826,49 R$ 1.945.388,36
11° 882,57 677,35 R$ 597.801,63 R$ 14.310,42 R$ 2.528.879,56
12° 877,27 704,44 R$ 617.983,41 R$ 14.811,29 R$ 3.132.051,69
13° 872,01 732,62 R$ 638.846,53 R$ 15.329,68 R$ 3.755.568,53
14° 866,77 761,19 R$ 659.782,00 R$ 15.866,22 R$ 4.399.484,31
15° 861,57 791,64 R$ 682.056,24 R$ 16.421,54 R$ 5.065.119,02
16° 856,40 823,31 R$ 705.082,46 R$ 16.996,29 R$ 5.753.205,18
17° 851,27 856,24 R$ 728.886,04 R$ 17.591,16 R$ 6.464.500,06
18° 846,16 890,49 R$ 753.493,24 R$ 18.206,85 R$ 7.199.786,44
19° 841,08 926,11 R$ 778.931,17 R$ 18.844,09 R$ 7.959.873,52
20° 836,04 963,15 R$ 805.227,88 R$ 208.648,25 R$ 8.556.453,15
21° 831,02 1001,68 R$ 832.412,38 R$ 20.186,26 R$ 9.368.679,27
22° 826,03 1041,74 R$ 860.514,62 R$ 20.892,78 R$ 10.208.301,10
23° 821,08 1083,41 R$ 889.565,59 R$ 21.624,03 R$ 11.076.242,66
24° 816,15 1126,75 R$ 919.597,33 R$ 22.380,87 R$ 11.973.459,12
25° 811,25 1171,82 R$ 950.642,93 R$ 23.164,20 R$ 12.900.937,85
Parâmetro Valor
Payback 6 anos e 9 meses
TIR 22,04%
VPL R$4.331.810,53
66
CAPÍTULO 8 –CONCLUSÃO
A partir dos dados coletados e da escolha do terreno, foi feita uma escolha de
equipamentos e então foram realizadas simulações utilizando o software PVsyst
67
(versão6.68), este programa recebe informações de dados solares, área, datasheet de todos
os equipamentos utilizados para então simular e fornecer um relatório completo da
geração fotovoltaica.
No âmbito pessoal gostaria de destacar que esse projeto foi muito enriquecedor,
aprofundou meus conhecimentos em energia solar fotovoltaica, de investimentos e
principalmente me fez sentir realizado em saber que de certa forma, posso estar
devolvendo todo investimento que a universidade depositou em mim. Acredito que todo
estudante de ensino público deva de alguma forma devolver para instituição o
investimento a que lhe foi dado, sendo assim gostaria muito que esse projeto chegasse
aos diretores da escola Politécnica e que fosse implementado
68
CAPÍTULO 9 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[4] https://ufrj.br/noticia/2018/02/07/jornal-o-globo-nao-fecha-conta
[10] http://www.cresesb.cepel.br/download/tutorial/tutorial_solar_2006.pdf
69
[14] ANEEL, Agência Nacional de Energia Elétrica, “Resolução Normativa n˚ 687”,
disponível em: http://www2.aneel.gov.br/cedoc/ren2015687.pdf
[17] SWERA – Solar and Wind Energy Resource Assessment – Disponível em:
http://en.openei.org/wiki/SWERA/About
[22] http://www.light.com.br/para-empresas/Tarifas-e-Tributos/Comparativo-Tarifas-
Anuais.aspx
[26] http://www.tc.df.gov.br/ice4/ice4_calendario.php
70
ANEXO I
LOCALIZAÇÃO SE E GERADORES CT
71
ANEXO II
DADOS SE E GERADORES CT
72
ANEXO III
DATASHEET DO PAINEL NEO SOLAR POWER
73
74
ANEXO IV
DATASHEET DO INVERSOR UTILIZADO
75
76
ANEXO V
DATASHEET DO STRING CONTROL UTILIZADO
77
ANEXO VI
PROPOSTA DE COMPRA DO TRANSFORMADOR
78
ANEXO VII
DSV – DISPOSITIVO DE SECCIONAMENTO VISÍVEL
79