MAIO #2 2016
PAULO ROSADO
OutSystems
“Os tempos de resposta das
empresas têm de ser muito
mais rápidos”
ITInsight
MAIO #2 2016
INSIGHT IN DEEP
- Segurança é indispensável à aceleração do Agilidade Organizacional
negócio
DIGITAL ENTERPRISE SHOW VAI DISTINGUIR OS AGILE PORTUGAL 2016 CHEGA AO PORTO
MELHORES PROJETOS DE TRANSFORMAÇÃO EM JUNHO
DIGITAL A sétima edição do Agile Portugal vai arrancar já nos
próximos dias 3 e 4 de junho. Este ano o evento será
Os European Digital Mindset Awards terão lugar durante o
no Porto, no Instituto Superior de Engenharia
Digital Enterprise Show (DES), que acontecerá em Madrid
entre 24 e 26 de maio O AGILE PORTUGAL
pretende promover o co-
que tenha conduzido da melhor forma nhecimento e a partilha de
a transição para o digital; “Best Jour- experiências na utilização
nalistic Work on Digital Transforma- de metodologias ágeis em
tion”; “Best Digital Campaign”, para organizações de base tec-
a melhor campanha publicitária ba- nológica com desenvolvi-
seada em canais digitais; e “Best Di- mento de software. Para
gital Disruptor Startup”, que visa dis- além das sessões com ora-
tinguir a startup com maior impacto dores de renome da comunida de Agile internacional, será
no setor que representa devido ao seu possível assistir a talks em simultâneo: “The basics”, “Build,
AS EMPRESAS poderão ser dis-
modelo de negócio. Os vencedores se- Measure and Learn”, “Culture Teams and Mindset”, “Or-
tinguidas dentro de cinco catego-
rão anunciados no dia 25 de maio. ganisations and Communities” e “Technical Excellence”.
rias, nomeadamente: “Best Digi-
Haverá ainda espaço para workshops com uma componente
tal Leader Executive of 2016”, Assista ao Digital Enterprise Show hands-on. O programa tem a presença confirmada de Emily
prémio atribuído ao melhor pre- de 24 a 26 de maio com desconto
Bache, especializada em testes automáticos e metodologias
sidente ou CEO que esteja a li- de 25% IT Insight
ágeis, de Geoff Watts, Scrum Coach, Paul Goddard, Scrum
derar a transformação digital da
Promo Code Coach e de Claudio Perrone, que tem ajudado organiza-
sua empresa com resultados posi-
Zdgkxh ções a revolucionarem o seu modo de trabalho através da
tivos; “Best Digital Transforma-
aplicação de conceitos Lean & Agile, e criador do método
tion Enterprise”, para a empresa REGISTE-SE AQUI
PopcornFlow, um acelerador de inovação e mudança.
ITInsight 6
FLASH
JAN
01 Agenda e calendário
SEGURANÇA É INDISPENSÁVEL À
ACELERAÇÃO DO NEGÓCIO
O alerta é dado pela IDC Portugal no estudo “Segurança da Informação nas Organizações
Portuguesas”, o primeiro realizado no nosso país
Vânia Penedo
ITInsight 9
INSIGHT
tuadas entre o segundo e o terceiro níveis, tecnologias de cifra para proteger a infor-
numa escala com cinco, em que o primeiro é mação empresarial.
o mais elementar e o último o mais completo.
QUEM GERE A SEGURANÇA DA
ORÇAMENTO É OBSTÁCULO INFORMAÇÃO?
Mais de 60 por cento dos inquiridos apon- O estudo procurou identificar quem é res-
taram orçamento insuficiente como o prin- ponsável por gerir os processos de seguran-
cipal obstáculo à implementação de estraté- ça da informação no seio das organizações e
gias de segurança de informação. Logo de destaca que só 17 por cento criaram o cargo
seguida surge a complexidade das ameaças, de Chief Security Officer (CSO) ou de Chief
indicada por 47 por cento como o maior Information Security Officer (CISO). Os da-
entrave. dos recolhidos revelam, porém, que em 45
O défice de profissionais com competências por cento das empresas esta responsabilida-
nesta área é também um dos principais de- do soluções mais avançadas de contenção e de está dispersa por diferentes áreas – da ad-
safios para as empresas, contribuindo para prevenção. Assim, a maioria das organiza- ministração à área financeira, passando pela
que estas não tenham a capacidade de im- ções já implementaram tecnologias de con- operacional. Verifica-se, no entanto, que o
plementar uma estratégia de gestão da se- trolo contra ameaças externas à segurança CIO é, em 30 por cento das organizações,
gurança. da informação, como anti-spyware (70 por quem assume este papel, à frente do CSO e
cento), anti-spam (77 por cento), antivírus do CISO (17 por cento). Gabriel Coimbra,
EMPRESAS SEM PREVENÇÃO (89 por cento), bem como firewalls (88 por diretor-geral da IDC Portugal, diz que é im-
Por outro lado, as empresas dão ainda pri- cento). Apenas uma pequena percentagem portante avaliar a segurança numa “perspe-
mazia à segurança de perímetro, não adotan- das organizações inquiridas implementam tiva transversal e não apenas tecnológica”.
ITInsight 11
INSIGHT
O SQL SERVER EM LINUX constitui um Server, e que utilizam plataformas de dados compatíveis com
marco relevante na história de interope- Linux, têm agora a possibilidade de optar por SQL Server como
rabilidade da Microsoft, é mais um passo plataforma de dados para as suas aplicações.
no processo de tornar os nossos produ-
tos, serviços e inovações acessíveis a um Este anúncio não significa a descontinuação do investimento em
grupo mais vasto de utilizadores, inde- Windows Server, muito pelo contrário, pois o SQL Server e o
pendentemente da tecnologia base que Windows Server em conjunto garantem elevados níveis de desempe-
utilizem. nho, disponibilidade e escalabilidade. Para além disso, a nova versão
do Windows Server (2016) estará disponível mais tarde este ano.
O SQL Server em Linux permitirá que as organizações tenham uma O SQL Server é agora uma plataforma de dados consistente para
maior flexibilidade na escolha da sua plataforma de dados, poden- quem utiliza Windows Server ou Linux, on-premises ou na cloud.
do agora optar por uma plataforma de dados de confiança, tirando A Microsoft irá disponibilizar uma preview do SQL
partido das suas capacidades para suportar soluções críticas com Server em Linux, onde a comunidade poderá
elevado desempenho, com um baixo TCO, com elevada segurança contribuir ativamente para colocar no mer-
e capacidades híbridas. cado um produto que deverá ser disponi-
As empresas que desenvolvem soluções de negócio baseadas em tecno- bilizado publicamente em meados
logia open source, para não estarem dependentes do Windows de 2017.
ITInsight 12
FACE 2 FACE
Muitas empresas, quando vão para outros mercados, não conseguem ção altamente intensos que obrigam a prototipagens contínuas. Há
perceber porque estão a perder negócios, porque até estão a servir a necessidade de criar um asset digital, que pode mudar quase dia-
bem o cliente. Na realidade não, porque estão a servi-lo de forma riamente. Todas as empresas, em todos os países do mundo, têm de
muito lenta. Os tempos de resposta das empresas têm de ser muito entregar coisas a um ritmo cada vez mais rápido e de ter tecnologia
mais rápidos. Toda a experiência de um potencial cliente é muito im- que lhes permita corrigir os erros muito rapidamente. As tecno-
portante porque sumariza a oferta de valor. Esta é a base do sucesso. logias que existem atualmente dentro das empresas não permitem
alcançar isto. A OutSystems consegue fazê-lo.
A OutSystems pode ajudar as empresas portuguesas a serem mais
ágeis e a responderem melhor aos desafios do mercado? A OutSystems vende mais do que a tecnologia?
A OutSystems tem uma plataforma que acelera a transformação Vende-se, antes de mais, uma história. Há que perceber o ponto de
digital, muitíssimo adequada aos processos básicos que estão por vista do cliente e qual a história mais simples que lhe podemos contar
detrás desta. Por norma, são processos fortemente iterativos, nos para que decida experimentar o nosso produto. A história tem de ser
quais é necessário uma alteração da experiência do cliente, ou da percetível e ir diretamente à proposição de valor. E tem de ser contada
sua jornada, introduzindo elementos digitais que alteram comple- através de todos os assets de marketing, nomeadamente do marketing
tamente o modo como o cliente percebe a empresa. B2B moderno, de conteúdo e não de vendas. Tudo isto mudou. O
A nossa plataforma permite criar esses novos processos de work- próprio processo de compra alterou-se, tornou-se muito mais digi-
flow, essas interfaces, aplicações móveis, portais. Entregamos o tal. Os clientes estão muito mais sofisticados e os processos de venda
mesmo que se entregaria num ano em cerca de 12 semanas. Con- passaram a ser processos de compra, em que o cliente tem o poder e
seguimos suportar os modelos típicos de tentativa e erro com os pretende ser educado. Como resultado, a oferta, e tudo o que está por
quais se desenham estas jornadas. Porque são processos de inova- detrás, tem de alterar-se.
ITInsight 15
FACE 2 FACE
tos do mercado. Quando queremos perceber uma alteração, rente, com mais informação. Todos
basta ver se determinada disrupção tecnológica alterou as estes atributos aumentam a lealdade
regras sociais, culturais ou comportamentais de um número do cliente. As disrupções estão aqui.
suficientemente grande de pessoas. É o que está a acontecer
com os smartphones, por exemplo. Como avalia o ritmo de transforma-
ção das empresas portuguesas, face
Existem indústrias que sejam condutoras desta mudança e às congéneres internacionais?
que sejam o alvo da OutSystems? O nível de desenvolvimento é quase
Somos bastante transversais. Temos as mais variadas em- semelhante ao que assitimos lá fora.
presas como clientes. Há alguns segmentos que sentem uma Umas estão mais avançadas, outras
maior pressão para se transformarem, como é o caso dos menos. Portugal tem muitas subsi-
seguros. A área financeira também, porque está a ser desa- diárias que utilizam OutSystems, que
fiada pelas fintechs. São negócios de informação e que têm o acabam por ter resultados de rapi- “OS PROCESSOS
potencial de ser “uberizados”, ou seja, podem ser desafiados dez e de transformação digital mui-
FÍSICOS ESTÃO A
por empresas que têm uma base muito mais digital. Vemos to mais céleres e com muito menos
APROXIMAR-SE DOS
isto também em advanced manufacturing, por exemplo. custos, ficando à frente dos peers.
DIGITAIS, POR TODA
As mudanças ao nível do retalho também são significativas. Porque aqueles líderes utilizaram a
Os processos físicos estão a aproximar-se dos digitais, por tecnologia e apostaram no change A PARTE”
toda a parte. Tudo o que envolve processos físicos, ou de management interno, tornando-se
vendas ou de serviços, está a ser complementado pelo digital. agressivos. Foi o caso de quase to-
Não há substituição, mas um blend, de modo a que a expe- das as seguradoras, aliás. O mercado
riência do cliente seja superior: mais rápida, mais transpa- português é bastante sofisticado.
ITInsight 17
FACE 2 FACE
AGILIDADE
ORGANIZACIONAL
ITInsight 19
IN DEEP
Henrique Carreiro
PARA REPRESENTAR O ESTÁGIO de agilidade numa organi- O MODELO DE MATURIDADE PARA A AGILIDADE
zação, é conveniente basearmo-nos num modelo simples e de fácil ORGANIZACIONAL
compreensão. Uma forma usada com frequência em idênticas re- 0) Não-agilidade: as organizações no estágio de maturidade 0 apre-
presentações são os modelos de maturidade. A progressão na ma- sentam poucas ou nenhumas propriedades de agilidade organiza-
turidade pode ser observada e gerida pela definição dos estágios cional. Os valores relativos à agilidade são desconhecidos, e apenas
ou níveis de maturidade que medem o grau de atingimento dos uma minoria dos empregados e gestores partilham as capacidades
patamares propostos, através de conjuntos diferentes de critérios necessárias para implementar os valores e as atividades ágeis. Con-
multidimensionais. Um modelo proposto recentemente por Roy sequentemente, as atividades organizacionais para melhorar a co-
Wendler, da Universidade Técnica de Dresden, para medir a agi- laboração e a cooperação apenas acontecem por acaso. Pode acon-
lidade organizacional, baseia-se em quatro estágios. Cada estágio tecer que em subdimensões individuais se registem valores mais
de maturidade implica um objetivo específico. É importante para a elevados, mas em geral estas organizações são não ágeis.
organização ganhar sensibilidade relativamente à agilidade como
um ponto essencial para se manter competitiva. 1) Base da Agilidade: organizações no estágio de maturidade 1 parti-
ITInsight 20
IN DEEP
plementados nalguns, mas não na maioria dos departamentos, áreas VALORES VALORES EQUIPAS DE MUDANÇA DE COLABORA- ESTRUTURAS
ÁGEIS ÁGEIS GESTÃO TRABALHO ÇÃO E COOR- FLEXÍVEIS
de negócio, equipas ou níveis estruturais da organização. DENAÇÃO
PORQUÊ UM MANIFESTO? Atualmente, os analistas de marketing uti- 5 - Voice of the Costumer Analytics: reco-
Está na hora de conceber um sistema de lizam demasiadas ferramentas, que podem lher as perceções dos clientes e as suas opi-
analítica que reconheça a realidade da vida ser divididas essencialmente em cinco tipos: niões recorrendo à utilização de inquéritos,
digital. Um sistema que combine a melhor analítica de texto e feedback.
resolução da identidade de um cliente, canal 1 - Web e Mobile Analytics: que mede o
ou medição mediática, estatística e méto- engagement com sites e aplicações móveis Estes sistemas estão todos voltados para
dos de séries temporais e analítica de tex- (que necessitam frequentemente de uma fer- avaliar os pequenos elementos que, para
to. É importante criar uma única versão da ramenta diferente). uma pessoa — seja esta denominada um
verdade, a nível individual, que abranja o 2 - Social Analytics: aplicar analítica de tex- alvo ou uma audiência ou um possível
marketing e os média, de modo a estimar o to, contagem e métodos gráficos aos posts. cliente, mas permanecendo sempre uma
impacto dos nossos esforços em tudo o que 3 - Media Analytics: modelação de atribui- pessoa —, representam uma única relação.
estamos a tentar fazer. ção e do marketing mix (quer em separado
Está na hora de aplicar a matemática e a ou combinados) para a medição do impacto FICA PIOR
escala da atribuição mediática ao que está dos média pagos. Frequentemente, a analítica web e móvel é
além da publicidade: ao engagement com 4 - Costumer Journey Analytics: utilização realizada por um departamento ou agên-
o site e as aplicações, ao e-mail, ao conteú- do CRM e de um sistema de marketing de cia de marketing digital; a analítica social
do social e distribuído, aos call centers e à dados para rastrear cada pessoa ao longo é realizada por um estagiário; a analítica
pesquisa. do tempo. dos média por uma plataforma high-end ou
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IN DEEP
uma consultora; a voz do consumidor por uma equipa de supor- sumidor baseado nos seus atributos conhecidos – valor, lealdade,
te; e o percurso completo do cliente não é analisado por ninguém, preferências de produto e localizações – e estratificam como este se
quando muito por um intrépido literato numérico de CRM ou IT. comporta ao longo do tempo em canais digitais e lojas. Qualquer
Muito provavelmente, estas pessoas nem sequer se conhecem mu- cientista de dados reconhecerá o valor de tal informação, recolhida
tuamente. Está na hora de combinar as ferramentas, de começar a partir de um número suficiente de pessoas, para que o marketing
a ter um registo dos clientes. Estamos a chegar lá: a analítica web possa melhorar as suas ofertas, mensagens, timings e vendas.
e móvel estão já a aliar-se, como o social e a voz do consumidor. Acredito que esta analítica do percurso do consumidor é o futuro
Existe um esforço heróico para construir um registo mestre dos de uma solução combinada de marketing e analítica dos média. É a
clientes com recurso a plataformas de onboarding, cálculos para nossa grande oportunidade. Porquê? Porque incorpora o elemento
múltiplos dispositivos, APIs e DMPs e sistemas de integração. temporal, a quarta dimensão, e pode ser adaptada para responder
Depois, há ainda a ascensão da análise do percurso do consumidor, rapidamente, com base em gatilhos. A informação mais recente é a
que promete oferecer ao marketing o que a atribuição faz pelos média. melhor, independentemente do que possa ser dito.
Existe mercado para uma análise coerente com base em sistemas
ANALÍTICA DO PERCURSO DO CONSUMIDOR: O QUE É? que capturam detalhes ao nível do cliente e recorrem a uma análise
Trata-se de um conjunto de métodos e ferramentas interessantes e cronológica. Sistemas que se socorrem dos avanços incríveis reali-
relativamente recentes que evoluíram a partir do CRM. Os líderes zados pelos players de tecnologia para os aplicarem diretamente às
nesta área são a Thunderhead (“It’s Not Your Journey, It’s Theirs”) tecnologias de marketing das empresas.
e a Clickfox, nomes pouco conhecidos nos departamentos de mar- Não digo que não estejamos a tentar. Apenas que não estamos a
keting digital. E existe alguma atividade promissora de startups tentar o suficiente. Temos de começar a refletir sobre a questão do
(como a Pointilist). Estas ferramentas constroem um perfil de con- tempo.
ITInsight 25
IN DEEP
INOVAR É UM DESAFIO?
AJA COMO UMA STARTUP
As grandes empresas estão a ser cada vez mais desafiadas pela agilidade das startups. A Beta-i faz o
scouting, realiza o casting e promove o ‘matrimónio’ entre as necessidades das primeiras e a oferta das
segundas, através de programas de aceleração da inovação
ACELERADORES INTERNOS
A Beta-i recorre a duas abordagens para ajudar as empresas a abra-
çar a inovação. Numa implementa um acelerador interno: elege te-
mas que estejam já em cima da mesa e inicia um processo que lhes
permita começar finalmente a concretizar a(s) ideia(s) – o mesmo
que aplicariam a uma startup. “É o que apelidamos de facilitação
de inovação ou programas de intrapreneurship”, explica Manuel
Tânger. “É um processo bem-sucedido porque são ideias que nas-
cem dentro das empresas. O problema é que tendem a ficar-se pela
ideia. O nosso papel é dizer por onde começar”.
PROGRAMAS COM STARTUPS pondem diretamente aos desafios da empresa. “Por vezes as melho-
A Beta-i dispõe ainda de programas temáticos pelos quais atrai res propostas são as de startups que não pertencem à indústria em
startups que façam sentido na cadeia de valor das organizações. questão. Desenvolveram a solução para outro fim, mas acaba por
Desaprender é frequentemente mais difícil do que aprender e o ele- encaixar perfeitamente naquele negócio”, nota Hugo Vaz Oliveira,
mento de imprevisto adicionado por uma startup pode revelar-se Head of Media & Partnerships. “As startups não têm tanto receio
determinante para uma empresa que esteja a passar ao lado do de comprometer valores de marca. Não sentem que seja um proble-
rumo que o seu negócio realmente necessita. Assim, a Beta-i opta ma chegar ao mercado de forma completamente diferente daquela
frequentemente por aceitar candidaturas de startups que não res- que tem sido a norma para aquela empresa”.
ITInsight 27
CASE STUDIES BETA-I
PROTECHTING
O programa da Fidelidade produziu já um piloto, a decorrer
com a Luz Saúde. A solução passa pela minimização de infeções
hospitalares provocadas pelo incumprimento dos protocolos de
higiene: os profissionais que lidam com doentes de maior risco um alerta que, sem identificar quem cumpre ou não o protocolo,
utilizam uma etiqueta RFID, que comunica com as etiquetas permite avaliar, em percentagem, o desempenho global de cada
presentes nos diversos equipamentos de limpeza e higiene, medindo equipa. É assim possível, em tempo real, emitir avisos e contribuir
o cumprimento de todos os passos. Se tal não se verificar, é emitido para a motivação pessoal de cada profissional.
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IN DEEP
QUEM SÃO OS CLIENTES? O que estamos a fazer é-lhes útil? E, se wares. Hoje, a Earthindicators (que se chamará Ubismart) trabalha
sim, irão pagar para ter o produto? Conseguimos, enquanto equipa, para o setor do retalho.
desenvolver a tecnologia? De facto, existem bem mais hipóteses de A primeira ideia não era viável. Tínhamos só um (bom) projeto sem
falharmos do que acertarmos. Enquanto Co-Founder da Earthindica- retorno financeiro. Optámos por continuar a avançar, até que um
tors, vivi todos estes problemas bem de perto. Tem sido recorrente a dia alguém nos disse: “Acho que têm uma excelente ferramenta para
necessidade de tomar decisões sobre o incerto, de apontar o rumo sem controlar vendas e stocks, de uma forma centralizada e rápida. É um
saber se se avizinha um precipício ou um mundo cheio de oportuni- problema que temos na empresa. Querem apresentar uma propos-
dades, e com uma equipa por norma dividida. Certo é que é preciso ta?” Hoje, passado mais de um ano, estamos a trabalhar com duas
seguir em frente, testando e corrigindo a rota ao longo do percurso. multinacionais norte-americanas, com controlo das vendas e dos
stocks em mais de 1500 lojas. Começámos a controlar os resultados
INVERTER O RUMO no Brasil, entrámos no México e já se falou nas Caraíbas, também.
A Earthindicators começou com uma ideia para o setor da
agricultura e floresta: uma plataforma que permitisse monitorizar TODOS OS PROBLEMAS NECESSITAM DE UMA
as produções de uma forma mais simples e rápida. Sem necessidade SOLUÇÃO
de ferramentas difíceis e que obrigassem a conciliar diversos soft- Que problema resolvemos, com a nossa solução? As empresas que
ITInsight 30
IN DEEP
fornecem os retalhistas, as designadas CPG (consumer packaged vel. É neste campo que atuamos. A plataforma recolhe os dados e ana-
goods, onde se encaixam, por exemplo, as empresas produtoras de lisa-os automaticamente. Os dados tabulares são transformados em
alimentos, como a Pepsico) procuram diminuir a rutura de stocks gráficos, os gestores recebem e-mails automáticos com sínteses diárias/
dos seus produtos nos supermercados. Pretendem cada vez mais semanais/mensais e ainda com a possibilidade de construção rápida de
adotar uma atitude proativa de modo a evitarem perdas de vendas. reports para uma análise completa. E se, em vez de disponibilizarmos
Imaginemos, por exemplo, uma fábrica que produz 10 chocolates informação histórica das lojas com rutura de stock, conseguíssemos
diferentes, que fornece 150 lojas em Portugal, mais 300 em Es- prever quais as lojas em que faltarão produtos nas próximas semanas?
panha. Que lojas estão em rutura? Quais os produtos em falta? É exatamente nesse próximo passo que estamos a trabalhar.
Quando terão de ser repostos? E onde? Esta informação é crítica, e
é mais valorizável quanto mais rápida e acessível. ADQUIRIR INOVAÇÃO
Recordo uma conversa que tive com o diretor de uma mul-
PENSAR NO PRÓXIMO PASSO tinacional. Inesperadamente, disse-me que não inovam, pois prefe-
As CPGs passam a ter, agora, a possibilidade de adotar rem comprar inovação. Agora têm equipas de “olheiros” atentos às
uma atitude proativa. Em vez de aguardarem a encomenda dos seus startups. “Para quê ter grandes equipas de investigação se existem
produtos para determinadas lojas (por vezes recebiam encomendas startups excelentes com modelos de negócio já provados e a tecno-
já com zero stock durante vários dias), assumem o compromisso de logia já desenvolvida? Além disso, são empreendedores com uma
as entregar. A Walmart foi pioneira nesta partilha de dados e, segun- visão totalmente inovadora. Precisamos dessa gente (e da tecnolo-
do muitos artigos, este foi um dos fatores de sucesso deste (enorme) gia, claro) na nossa empresa.”
retalhista. Foi uma forma de reduzir custos e de diminuir as ocorrên- Ou seja, vale a pena não desistir e manter o foco no problema dos
cias de rutura de stock nas lojas, em qualquer ponto do mundo. clientes. Por vezes, as oportunidades podem surgir quando menos
O número massivo de lojas vezes o número de produto, mais a fre- esperamos. O importante é existir e alguém saber que podemos fa-
quência faz com que a informação recebida seja simplesmente intratá- zer a diferença.
ITInsight 31
ROUND TABLE
CONCLUSÃO 1 – BI É NECESSÁRIO não acabam”, porque este “é sempre necessário”, apesar de os de-
“BI não é uma commodity, é uma necessidade”. José Oliveira re- cisores nem sempre terem essa consciência. “Muitas vezes já medi-
sume deste modo a importância da adoção do business intelligence mos as necessidades da empresa, já sabemos o valor que irá gastar
por parte das empresas. Nuno Pacheco acrescenta que assim é em a dois ou três anos em projetos. Acontece que o cliente nem sempre
organizações “de todos os setores e tamanhos” e também porque está preparado para isso, e acabamos por diluir os projetos no tem-
a concorrência o exige, “para conseguir, mais rapidamente, tomar po, ao ritmo que se adequa à sua preparação, para conseguirmos
decisões e não estar tanto tempo à espera. O nosso mercado está disponibilizar a informação que pretende”.
muito mais rápido hoje em dia”, indica. “Os clientes começam a
aperceber-se das vantagens que os concorrentes têm quando defi- CONCLUSÃO 2 – MATURIDADE DAS ORGANIZAÇÕES É
nem os padrões dos clientes e começam a querer capitalizar esses COMPLEXA
movimentos”. A procura por BI é sentida pela Noesis desde há cerca de três anos,
O CEO da BI4All indica mesmo que os projetos de BI “geralmente quando decidiu criar uma área de negócio exclusivamente dedica-
ITInsight 33
ROUND TABLE
um alerta: “As empresas retiram dos sistemas ape- so”, aponta, o que invalida que o KPI seja o ponto
nas 8 a 10 por cento do total da informação”. de partida.
José Oliveira, por sua vez, refere que, frequente-
CONCLUSÃO 3 – DISPONIBILIDADE DA mente, pela arquitetura empresarial, as empresas
INFORMAÇÃO É UM DESAFIO não dispõem de “um ciclo de maturidade entre o
“O BI tem sempre a vicissitude de estar dependente fluxo dos processos e os KPIs”. É, assim, frequente
- José Oliveira -
dos sistemas operacionais dos quais recolhe a in- as empresas pretenderem um sistema de BI “para o CEO da BI4ALL
formação”. Nuno Pacheco aponta aquele que é um qual não estão preparadas. Acabam por colocar to-
“As empresas retiram dos
dos maiores desafios: a maturidade incipiente das das as variáveis fora da organização, o que é errado. sistemas apenas 8 a 10 por
cento do total da informação”
empresas nacionais no que respeita aos indicado- Muitas vezes, o problema está na base e só depois
res-chave de desempenho. “Através de uma posição se chega aos sistemas, que têm de ser automáticos”.
inicialmente agnóstica da tecnologia conseguimos O responsável da Noesis diz mesmo que “empre-
criar o processo que vai gerar o KPI”, explica o sas completamente desprovidas de informação ain-
senior manager da Noesis. A empresa já teve, in- da são uma realidade”. A partir do momento em
clusive, de redesenhar os processos de negócio que que esta, a informação, existe, “passa a ser possível
lhe permitissem entender quais os KPIs possíveis de atuar de outra forma, o que leva à otimização dos
medir. “Muitas vezes não há uma noção de proces- processos empresariais”.
ITInsight 35
CIO 2 CIO
OS MEDIA TÊM SIDO UM dos setores mais afetados pela Por tudo isto, o setor dos media está
crise económica. Entre 2007 e 2013 as receitas publicitárias em grande transformação. Todas estas
em Portugal reduziram-se para cerca de metade, tendo es- alterações exigem mudanças tecnológi-
tabilizado a partir daí. Estas alterações do lado da receita cas de fundo, desde a produção à dis-
obrigaram a um esforço de redução de custos e de aumento ponibilização de conteúdos.
de eficiência.
Usando o caso da televisão, dantes bas-
Para além da conjuntura económica nacional, há uma mu- tava produzir um sinal para a emissão
dança estrutural nos hábitos de consumo. O digital mudou em direto. Hoje para além desse sinal é
a forma como todos nós temos acesso a informação (seja necessário ter o conteúdo sempre dis-
ela fidedigna ou não) e como consumimos programas de en- ponível em diferentes formatos e para
tretenimento. O digital tornou-se um meio privilegiado de diferentes tamanhos de ecrã que os
acesso. E em especial o telemóvel. Na televisão, temos cada consumidores usam. Na imprensa es-
vez mais canais e não só vemos em direto como vamos ver crita produzia-se uma edição por dia,
filmes e séries que já passaram nas horas e dias anteriores. E ou por semana ou até por mês. Hoje
não chega, vamos ainda a plataformas digitais procurar os é necessário ter a versão em papel, a
nossos filmes e séries favoritos. digital e uma produção de conteúdos
ITInsight 36
CIO 2 CIO
contínua para alimentar o digital em decidimos começar tudo do zero. Foi um cami-
tempo real. Tudo isto exige alteração nho difícil do qual estamos a colher os frutos, com
nos sistemas de produção e na forma uma maior agilidade na criação de novas soluções,
de trabalhar das equipas editoriais. novos formatos e parcerias. Desenvolvemos uma
nova arquitetura, baseada em open source, modu-
Como noutros setores, o papel do lar e com simplicidade de integração com o exte-
CIO/CTO torna-se mais central ao de- rior. Algumas das partes do nosso código também
senvolvimento da estratégia de negó- estão hoje disponíveis em open source. Hoje, todas
cio. A tecnologia é um fator essencial as marcas do grupo Impresa são suportadas numa
da estratégia quer na transformação única solução, totalmente na cloud. Todas as nos-
HOJE, TODAS AS da oferta quer na transformação dos sas marcas têm sites novos com versões adaptadas
MARCAS DO GRUPO processos de negócio para se atingir ao móvel.
IMPRESA SÃO uma maior eficiência.
SUPORTADAS NUMA Na imprensa escrita, substituímos sistemas edito-
ÚNICA SOLUÇÃO, A Impresa efetuou nos últimos anos riais que tinham mais de 10 anos. O objetivo: im-
TOTALMENTE uma transformação tecnológica pro- plementar um sistema eficiente transversal às mar-
funda nos seus processos de trabalho cas, multiplataforma, aberto a integrações. Está
NA CLOUD
e com impactos visíveis na oferta aos totalmente integrado com a solução digital, po-
nossos clientes. dendo os nossos jornalistas escrever apenas numa
Começámos pela solução de suporte plataforma e distribuir por todos os canais. Adi-
às nossas ofertas digitais. Há 3 anos cionalmente, substituímos o sistema de arquivo,
ITInsight 37
CIO 2 CIO
de forma a ter uma solução integrada no processo produtivo, que da receção à emissão, pode ser integralmente efetuada em formato
começa com um fluxo de trabalho para fotografia, a partir da cap- digital. Neste projeto também implementámos um novo centro de
tura, e totalmente integrado com o sistema editorial. emissão dos nossos 8 canais atuais.
Como exemplo, estas mudanças permitem hoje, ao Expresso, ter o Os desafios são imensos. Os responsáveis de tecnologia têm que
Jornal semanal, as suas versões digitais, o Expresso Diário, o Expresso contribuir para a procura de soluções que melhorem a sustentabi-
Curto e o site em plataformas totalmente integradas, e disponível para lidade do negócio. O cada vez maior contacto com os clientes atra-
uso noutros meios do grupo, como os vídeos da SIC Notícias. vés do digital e a adaptação aos hábitos de consumo em mudança
são os principais desafios.
Na televisão, estamos numa revolução de processos de trabalho,
com um modelo operacional 100 por cento digital. No passado, A transformação digital visível ao exterior é só a ponta do iceberg.
todo o processo de produção de televisão era baseado em cassetes. Há um trabalho profundo de transformação de processos de negó-
Só na informação o digital já era uma realidade. cio que é necessário fazer e que a tecnologia atual permite. Nos me-
dia e noutros setores, o CIO/CTO tem que contribuir com o seu co-
Implementámos um novo sistema de arquivo, um sistema de nhecimento único e essencial para esta transformação digital. Tem
workflow de tratamento dos conteúdos que trata a formatação de que ser o braço direito do CEO para a tecnologia e apoiar todas as
conteúdos, controlo de qualidade e todos os processos subsequen- áreas da empresa na transformação. O CIO/CTO tem a obrigação
tes (legendagem, dobragem, segmentação, promoção, preparação de assumir a liderança tecnológica da transformação digital, para
para emissão e para o digital). Toda a circulação de conteúdos, bem das suas organizações.
ITInsight 38
CIONET INSIGHTS*
Por Tiago Azevedo
CIO, REN
*Em parceria com a CIONET Portugal
tunidade de conhecer o ser humano que é ção adequada, talvez possa parar de falar to obviando a comunicação, garanta que
único e quem tem algo para oferecer, é po- ou repetir a frase para dar a entender que é escutado, observando quem está presen-
tenciar compromissos e evoluir individual procura a atenção. Nas divergências, tente te, pedindo opinião ou pedindo que expli-
e coletivamente. avaliar a que níveis se situam: nas crenças; quem o que entenderam da ideia exposta.
Nas organizações, o foco na execução asso- nos objetivos; ou em emoções que colocam A presunção de que o seu par compreende
ciado à agitação e inquietude são como uma a energia em diferentes direções? Faça per- o que foi dito pode ser um erro, apesar da
luz forte que encandeia e limita a capacida- guntas que ajudem a clarificar as posições boa atenção. É possível que todos afirmem
de de aproveitar as oportunidades. A escu- de cada parte e faça silêncio após cada per- perceber e, no entanto, cada um tem uma
ta fica muito condicionada, chega mesmo a gunta para dar oportunidade de refletir ou ideia diferente.
desaparecer. Há muitas vezes a perceção de mesmo só a oportunidade de responder. Na obtenção de um compromisso é mui-
que escutar é uma perda de tempo, porque Avançar num tema com objetivos divergen- to vulgar alguém comprometer-se não se
escutar não é executar. Nada mais errado! tes pode ser recuar. comprometendo. Ao não exprimir o que
As situações originadas ou potenciadas por Não escutar pode gerar um sentimento de percecionou tem margem para, mais tarde,
falta de escuta, como por exemplo mal-en- ameaça a quem não é escutado e provocar afirmar que o percecionado era diferente. O
tendidos, conflitos e tarefas mal desempe- reações contra, ainda que no essencial até silêncio após a pergunta é como o contrato
nhadas, consomem energia e levam à para- possa haver perceções semelhantes. Não es- que é colocado para assinar, a verbalização
gem ou até ao atraso de atividades. Isso sim, cutar é perder a oportunidade de clarificar e do entendido é a assinatura. A obtenção de
é não executar! de saber as motivações, perdendo oportuni- acordos explícitos existe quando há escuta
Nas interações, garanta que há escuta. Antes dades de alinhar e obter colaboração. de cada parte, permitindo melhor colabora-
de começar a conversa, se não houver aten- Quando expõe uma ideia, defina o contex- ção. É por isso que escutar é avançar!
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TRANSFORM
tor tão exigente como o automóvel. A esco- vada velocidade (OLTP), combinado com a
lha pelo SAP HANA e suas aplicações foi a analítica de informação (OLAP), o que per-
solução mais adequada por se tratar de uma mitiu otimizar a informação fidedigna em
solução de ponta, reconhecida mundial- tempo real sobre o seu negócio e efetuar vá-
mente, com provas dadas e capacidade de rios tipos de análise com a multiplicidade
evolução e inovação”, justifica Jorge Torres, de dados que tem disponível.
CEO da Coindu após comparativo com as Do vasto leque de soluções implementa-
outras soluções no mercado. das, que incluíram também as aplicações
Tendo como solução central o SAP Busi- da Open-Text para a gestão documental e
ness Suite, assente na plataforma de base de faturas, a solução SAP Human Capital
de dados SAP HANA, conjugada com um Management para a gestão dos recursos
vertical para o setor automóvel, o projeto humanos e a criação de um portal para os
levado a cabo na Coindu claramente ex- colaboradores num modelo de self-service.
travasou a componente tradicional OLTP te (Business Intelligence) conjugada com o Esta demorou dois anos, com investimento
pela implementação de um sistema ERP SAP BW (Business Warehouse) assentes na global de dois milhões de euros. Um valor
(Enterprise Resource Planning). Integrou mesma plataforma SAP HANA. Desta for- significativo que atesta a significativa trans-
também na mesma plataforma a compo- ma, a Coindu tem um sistema unificado de formação digital que a Coindu desenvolveu
nente OLAP, pela inclusão do SAP BI Sui- gestão da informação que é atualizado a ele- e confiança que deposita nas soluções da
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TRANSFORM
SAP e nos serviços da Roff, enquanto par- abrangência da oferta da SAP, o facto de se ficidades legais e culturais que lhes são ca-
ceiros tecnológicos. apoiar numa plataforma OLTP e OLAP uni- raterísticas. Há também que destacar que
Tendo em conta a relevância e o impacto da ficada de base de dados (SAP HANA), que toda a infraestrutura e base de dados estão
nova solução na transformação digital da disponibilizará toda a informação necessá- alojadas na “nuvem”, mais concretamente
Coindu, não é, portanto, de estranhar que a ria em tempo real por um único motor a no serviço Smart Cloud da PT. Estes dois
administração da empresa tenha estado di- todas as aplicações das empresas da Coindu aspetos – a componente in-memory na par-
retamente envolvida na decisão, tanto das sem duplicação de dados e, por último, mas te transacional (OLTP) e analítica (OLAP),
diferentes soluções a implementar, como do não menos importante, o facto das soluções bem como a componente de virtualização
parceiro implementador. SAP estarem aptas a suportar operações em do projeto nos servidores aplicacionais, são
Os fatores ponderados na escolha foram a diferentes geografias, com todas as especi- fatores diferenciadores.
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...aaS
— NEGÓCIOS COGNITIVOS —
Os sistemas e tecnologias com capacidades de aprendizagem e correlação de informação, como o
IBM Watson, podem ser o primeiro passo para transformar as empresas em negócios cognitivos, que
reagem e tomam decisões em tempo real
Connie:
https://www.youtube.com/watch?v=c91UwLDipkU
INTERPRETAÇÃO EM PORTUGUÊS
Atualmente, o Watson consegue interpretar quatro línguas: espa-
nhol, japonês, árabe e português do Brasil. A IBM prevê que, em
meados de 2017, todas as tecnologias que o compõem já interpre-
tem o português de Portugal. “Está previsto decorrer um projeto
com a Universidade do Minho, que contemplará a interpretação
de legislação portuguesa e que contribuirá para que a nossa língua
passe a fazer parte das competências do Watson”, realça o respon-
sável da IBM.
A Novabase desenvolveu uma solução para a área da banca, ba-
O WATSON POR CÁ seada em Watson, o Wizzio. A plataforma disponibiliza aos gesto-
O IBM Watson está já a ser utilizado para ampliar conhecimentos res de conta o acesso, em dispositivos móveis, às funcionalidades
e melhorar as decisões num vasto leque de setores: da saúde aos que tradicionalmente apenas existem num balcão. Isto permite, por
serviços financeiros, passando pelo direito, retalho e educação. exemplo, que aconselhem os seus clientes quanto a aplicações fi-
Hoje, centenas de clientes e parceiros em 36 países e mais de 29 nanceiras – usufruindo das antevisões do Watson – com uma maior
indústrias têm projetos em curso com o IBM Watson, e Portugal flexibilidade, já que podem fazê-lo em qualquer momento e em
não é exceção. qualquer lugar.
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OUT OF THE OFFICE
A CIONET pretende Jon Toigo estará em O DES 2016 pretende O evento da ACEPI
juntar diversos CIOs Portugal a convite da promover a interação entre ficará marcado por um
num evento onde a IoT IDC para este seminário, CEOs, CIOs, CMOs e roadshow de quatro
estará em destaque. sedo um dos principais departamentos de RH e as dias, com apresentações
Mais do que o foco na especialistas em disaster empresas mais inovadoras do em vários universidades
tecnologia, o evento recovery e business ponto de vista tecnológico, em todo o país; pela
tem como objetivo continuity. que demonstrarão os Portugal Digital Summit
debater o impacto da Como consultor produtos e as soluções (11 e 12), uma novidade;
IoT na indústria, tendo independente, conta com mais recentes. O objetivo é pela entrega do Prémio
como orador o Business clientes como a HP, a ajudar empresas de todos ACEPI Navegantes XXI
Director da KPN EMC e a Cisco, entre os tamanhos a abraçarem a e pelo Dia das Compras
Holanda, Joris Geertman. outros. transformação digital. na Net (14).
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OUT OF THE BYTE
O PALÁCIO QUINTELA, no número 70 da Rua do Alecrim, “MERGULHAR de cabeça no impiedoso ESTE NOVO ESPAÇO
é agora Palácio Chiado. Trata-se de um dos mais recentes mundo do empreendedorismo”. Eis o mote no bairro do Bonfim,
espaços de Lisboa dedicados à gastronomia e também um da obra de Nuno Machado Lopes, atual di- Porto, combina uma
dos mais originais. Pelo conceito e pelo próprio edifício, que retor de marketing da Beta-i, que pretende atmosfera descontraí-
data do século XVIII, agora adaptado aos sete conceitos que deitar por terra os mitos que influenciam a da com inspiração nos
aqui moram, associados a marcas e/ou restaurantes já estabe- maioria dos empreendedores. “Deverá colo- bares de Nova Iorque
lecidos: Burguers&Feikes (by U-try); Meat Bar (by Atalho); car a sua inocência de lado por tempo sufi- e nos pubs de Londres.
Local Chiado (by Local – Your Healthy Kitchen), com um ciente para que se aperceba daquilo em que Apesar dos cocktails
conceito de alimentação saudável; Páteo no Palácio (by Pá- se está a envolver. Afinal, as probabilidades serem a especialidade,
teo do Petisco); Espumantaria do Mar (by Espumantaria), de sucesso não têm que ser forçosamente es- o Terraplana também
com carta do Chef executivo do 100 Maneiras, Vítor Hugo; cassas – basta uma boa preparação e com- serve pizzas a preceito.
DeLisbon (by Charcutaria Lisboa), com enchidos, queijos e preensão do que é necessário para criar uma
tapas e carta do chef Vítor Sobral; Renaissance (by Sushic). empresa sustentável”, pode ler-se na sinopse.
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FINISH
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