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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

Instituto de Nutrição Josué de Casto


Professora Dayana Farias

Alimentação Saudável e Sustentável


Grupo 2
Aline Farias
Raiane Araújo
Rudson Ribeiro da Cruz

RIO DE JANEIRO, RJ
2021

O que é Alimentação Saudável e Sustentável

Com o advento da agricultura a 10 mil anos, os seres humanos passaram


a ter acesso constante à alimentação. Já na primeira Revolução Industrial (1760)
na Inglaterra, máquinas foram introduzidas em nossa sociedade. Dessa forma,
o ser humano pôde acelerar ainda mais o processo de obtenção de alimentos,
utilizando-se de grandes áreas de terra, tração animal e máquinas à vapor. Já
com a globalização, esse processo ampliou o alcance, no qual antes era restrito
a uma cidade ou país, agora pode ser compartilhado com o resto do mundo.
Porém, isso traz um alerta sobre a questão da degradação ambiental,
desmatamento e aumento, controverso, de pessoas desnutridas durante esses
anos. O uso constante de alguns agrotóxicos nocivos à saúde, tecnologia de
transgênicos, aumentos da malha rodoviária. Sendo assim, o conceito de
sustentabilidade foi forjado para fazer a gente pensar em soluções alternativas
sobre alimentação, degradando o menos possível o planeta.

O conceito de sustentabilidade é moldado em torno da ideia de utilizar os


recursos naturais que nos é oferecido, respeitando os pilares fundamentais,
sendo necessário ser economicamente viável, respeitar a sociedade como um
todo, o ambiente e os recursos não renováveis. Ou seja, a produção de alimentos
deve seguir esses aspectos, buscando a conscientização da população sobre a
importância de se chegar a um equilíbrio sobre a degradação dos recursos
naturais, que atualmente estão cada dia mais escassos. Dessa maneira,
possibilitando uma alimentação mais adequada e sustentável para cada
indivíduo, a qual, deve conter padrões alimentares mais sustentáveis, com baixo
impacto sobre a natureza, atendendo às necessidades nutricionais, com maior
consumo de alimentos de origem vegetal e menor consumo de alimentos de
origem animal, pois estes exigem maior quantidade de recursos do meio
ambiente.

Nutrição e Sustentabilidade

Nesse sentido, o nutricionista, como é possível observar, tem papel


fundamental na alimentação, pois, o pensamento de como vai ser a melhor forma
de alimentar determinada população, reduzindo ao máximo a degradação do
planeta e ainda se adequando às necessidades físicas, biológicas e pessoais do
indivíduo, ele deve planejar com cuidado, ainda respeitando a condição
financeira de cada um. Com o avanço da tecnologia, da ciência e com diversas
pesquisas nesse campo, chegou-se à conclusão que é possível manter nosso
padrão de vida, e manter o estado do planeta em boas condições, suprindo
nossas necessidades. Porém, esse é o grande problema, é necessário a ajuda
de cada um, fazendo sua parte, monitorando e se adaptando às mudanças
necessárias. Em teoria, é possível, mas se hoje em dia, com 7 bilhões de
humanos habitando esse planeta, mais de ⅕ dessa população está passando
fome, difícil acreditar na possibilidade disso daqui a alguns anos, sendo que,
mais de ⅓ dos alimentos são desperdiçados e jogados no lixo. No entanto, esse
é um trabalho árduo, pois, em 2050 está previsto mais de 9 bilhões de indivíduos
em nosso planeta, então, como alimentar a toda essa gente sem que o planeta
sofra as consequências de nossa superpopulação.

Esse caso é agravado, pois o custo de recursos não renováveis para fazer
o transporte desse produto até seu prato foi feito, como eletricidade, combustível,
além da água que foi necessária para isso.

Estima-se que no Brasil, mais de 30% dos alimentos gerados não chegam
ao seu consumidor final, colocando o país entre os 10 que mais desperdiçam
alimentos. Isso deve-se ao fato de que o deslocamento do produto até as
prateleiras do mercado tem um trajeto muito grande, muitas vezes, estragando
no transporte, armazenamento sem nem mesmo terem a chance de serem
utilizados com outras finalidades

Como ser Sustentável

O principal objetivo de ter uma alimentação sustentável e saudável


começa conhecendo e compartilhando locais com essas práticas. Essa atitude
simples ajuda muito, pois, conhecendo lugares próximos a sua casa que vendem
produtos vegetais, assim reduzindo o deslocamento do alimento até seu prato,
utilizando seus alimentos na íntegra, como caule, casca e sementes. Dessa
forma, aproveitando o máximo dos alimentos, valorizando o produto. Quando
nascemos, estamos constantemente expostos a estímulos da natureza que
podem e vão influenciar nossos hábitos alimentares, então assim, mudando aos
poucos nosso cotidiano, é possível chegar na dieta sustentável com simples
atitudes.

Além disso, quando não é possível vigiar o que filhos comem em escolar
principal potencializador de educação alimentar, deve-se buscar formas de
orientar a escola na implementação de hortas escolares, inserção do tema sobre
alimentação nas aulas, oficinas de culinária, assim desenvolvendo um senso
crítico nessa criança em formação. Somado ao fato de que, mais de 30% dos
alimentos não chegam ao consumidor final.

O método de redução visa a diminuição da geração de resíduos, seja por


meio da minimização na fonte ou por meio da redução do desperdício. Ex: uso
racional da água, economia de energia elétrica e de combustíveis. Reutilizar:
Quando um produto é reutilizado, este é reaproveitado na mesma função ou em
diversas outras possibilidades de uso. Ex: papéis podem ser utilizados em blocos
de rascunho ou garrafas podem se tornar objetos de decoração.

A reciclagem e compostagem também é uma estratégia interessante


quando se trata de ajudar o planeta. Com alimentos que sobram, cascas,
sementes e bagaços é possível criar materiais que são benéficos para as
plantas. O produtor pode pegar os restos de seus alimentos e fazer uma
composta de matéria orgânica, isso reduzirá a emissão de plástico no ambiente
como rios e no mar, além de economizar recursos comprando adubo, podendo
ser feito esse adubo caseiro, que é tão eficiente quanto o comprado em lojas.
Essa estratégia é capaz de reduzir o preço do produto final na prateleira, assim,
tornando-se mais viável para pessoas em situação de vulnerabilidade financeira,
que não têm condições de comprar grandes quantidades devido o preço,
aumentando seu alcance e a margem de lucro em quantidade.

O objetivo principal do debate é sobre o pensar e o agir acerca da temática


da saúde ambiental do setor Saúde no Brasil, podemos observar os avanços e
retrocessos desejados no período compreendido entre a realização da cúpula da
Rio-92 e a realização da Rio+10, que ocorreu em Joanesburgo, em setembro de
2002.

A Reforma Sanitária, no Brasil, embora tenha incorporado em seu


discurso e na capacidade para fazer algo legal do setor em muitos aspectos da
dinâmica e das relações entre o meio ambiente e a saúde humana, não
apresentou um projeto definido de saúde ambiental no decorrer das décadas de
80 e 90.

A compreensão de forma que maioritariamente se expressa como saúde


ambiental no país é um aglomerado de ideias e práticas que ainda não
representam uma agenda estratégica capaz de refletir e apresentar ações do
governo e da sociedade que considerem os riscos à saúde decorrentes da
complexidade da estrutura de nossa sociedade, tendo em vista uma forte
concentração de renda, a urbanização desordenada marcada por uma
infraestrutura sem vigor e incompleta, e a disparidade regional associada, ainda,
a uma profunda iniquidade social.

Quando tomamos como referência o período de tempo entre a década de


70 e até atualmente, podemos dividi-lo em três períodos diferentes, visando a
compreensão do desenvolvimento da saúde ambiental no país.

O primeiro período, de meados da década de 70 até o início da de 90, que


identifica a importância das questões ambientais e sua relação com a saúde
humana como uma preocupação mundial a partir da conferência sobre meio
ambiente realizada em Estocolmo em 1972, e se expressa no fortalecimento da
capacidade institucional de órgãos ambientais e nas iniciativas do campo da
saúde e do meio ambiente – tendo como exemplos a criação do Centro de Saúde
do Trabalhador e Ecologia Humana, na Fundação Oswaldo Cruz, e as
organizações governamentais estaduais de meio ambiente.

É importante identificar, sem o intuito de esgotar as suas possibilidades


de explicação, alguns dos eixos estruturantes que concorreram para o
surgimento da saúde ambiental no país. Assim, podemos destacar o
desenvolvimento da Secretaria Nacional de Meio Ambiente e a criação do
Sistema Nacional de Meio Ambiente. No âmbito do Sistema de Saúde,
observamos a estruturação da Divisão Nacional de Ecologia Humana e Saúde
Ambiental.

Como inovar com a sustentabilidade

Sustentabilidade e Inovações nas Empresas

Todas as empresas do percebidas como líderes desafiam-se a ter um


propósito que provoque transformação positiva no meio de sua própria atividade
produtiva. Pensando dessa forma é indispensável que se ofereçam incentivos
tanto de governo para empresa quanto de empresa para seus colaboradores,
parceiros e sociedade em geral. Assim, é possível criar uma rede sustentável.

As empresas podem iniciar esse processo com pequenas ações de


sustentabilidade e crescerem conforme as possibilidades que irão surgir. Dessa
forma, aproveitando as inúmeras formas de começar uma inovação sustentável
dentro das organizações. Atualmente, muitas empresas começaram a planejar
sistemas de tratamento e fazer também o reaproveitamento de água, reutilização
de matéria prima e economia de energia elétrica.

É importante lembrar que a liderança deve estar presente e participar das


ações. É ela o principal condutor da organização (para que o projeto obtenha
sucesso). Além do que, as ideias sustentáveis precisam se adequar aos
princípios da empresa para que se facilite o entendimento e o desenvolvimento
de tal mudança.

Em que a sua empresa pode inovar?

Pesquisando podemos observar que, há muitas maneiras de inovar e


ainda ser sustentável na sua empresa. O tema da sustentabilidade tem sido cada
vez mais debatido, reflexo da crescente complexidade do ambiente econômico
que envolve as empresas.

De acordo com a Fundação Nacional da Qualidade, à medida que as


empresas forem entendendo que a realização de ações sustentáveis
proporciona não só a substituição das empresas como também melhores
resultados econômicos e financeiros, acontecerá um maior incentivo à promoção
da sustentabilidade.

A Fundação ainda coloca como afirmação que a mudança só acontecerá


quando forem diminuídas as resistências e se conscientizarem da importância
da mudança no ambiente econômico atual frente às ações sustentáveis.

Em todo caso, é prioridade que para a alimentação ser saudável, ela


precisa esta relacionada diretamente com a produção de alimentos capazes de
proteger a biodiversidade do ambiente, com criação de multiculturas ou culturas
de rotação, aproveitando os nutrientes das terra e dos rios, assim como, a
utilização de tecnologias mais eficientes de irrigação, evitando o desperdício,
dentre elas estão o gotejamento, utilizado a partir de bicas posicionadas
diretamente em cara uma das plantas, sendo calculada a necessidade da planta
de forma individual. Além disso, os pequenos agricultores locais e familiares
podem ser reutilizar a água que é utilizada e desperdiçada no terreno para
irrigar gerações futuras de vegetais.

Todavia, ainda não há um consenso na literatura que determine as


recomendações para uma alimentação legitimamente sustentável e saudável.
Nesse sentido, o que temos hoje são ideias e teorias baseadas em discussões
do que seria mais viável e traga benefícios a sociedade. Assim, respeitando o
conceito de sustentável , visando suprir as necessidades da geração atual, ainda
assim, tendo capacidade de atender as necessidades das futuras gerações ,
sem comprometer o meio ambiente ou o processo de produção de alimentos.
Bibliografia

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alimentares sustentáveis. EAT- Lancet
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3. MARTINELLI, Suellen Secchi; CAVALLI, Suzi Barletto. Alimentação
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Acessível em <https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-
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pdf. Acesso em: 05 mar. 2021.

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