Desempenho,

dos componentes e
elementos do ambiente
construído
 Ciclo de vida

Planejamento impactos
benefícios

Extensão do período de uso

Desmobilização
Projeto
determina benefícios sociais!

Construção Uso

MATERIAIS e
Manutenção
TÉCNICAS
CONSTRUTIVAS
 Necessidades dos Usuários
ISO 6241
• Segurança • Conforto
– estrutural – Higrotérmico
– ao fogo – visual
– no uso – acústico
– tátil
• Estanqueidade – antropodinâmico
• Higiene – antropométrico
• Qualidade do ar • Durabilidade
• Custos
….. novas necessidades vinculadas
ao desempenho ambiental!
 Outras necessidades dos usuários

• Adaptabilidade • Manutenção
– crescimento – preventiva
econômico (deve ser prevista em
projeto)
– novas tecnologias
– Corretiva
• computação,…
– mudanças nos
ocupantes • Construtibilidade
• envelhecimento – Projetos exequíveis no
âmbito das técnicas,
• crescimento da
materiais e mão-de-
empresa
obra disponíveis
Desempenho: atendimento das necessidades
conscientes e inconscientes dos usuários

• Avaliação do desempenho
– exigências do usuário
– condições de exposição
• f(agentes ambientais e das ações humanas)
– Requisitos: condições a serem atendidas
– Critérios: valores/níveis a serem atendidos
– métodos de ensaio: normalizados ou
específicos (casos especiais)
 Avaliação do Desempenho
• Análise de projeto • Ensaios de
– Analogias desempenho
– Conhecimento técnico – simulação de
científico dos materiais situações de uso
e das técnicas – custo elevado
– modelos matemáticos
• conforto térmico
• durabilidade do • Especificação de
concreto produtos e técnicas
• segurança estrutural de reconhecida e
– baixo custo comprovada
qualidade
 Análise de desempenho: pisos
1. Segurança ao uso
• Requisito: Resistência ao escorregamento: Tornar segura
a circulação dos usuários, evitando escorregamentos e
quedas.
Critério: A superfície dos pisos do edifício habitacional deve
apresentar coeficiente de atrito dinâmico igual ou superior aos
seguintes valores:
Área privativa Área comum
declividade<3% >0,4 >0,4
3%≤declividade<10% >0,7 >0,85 ou >0,7 com faixa
antederrapante (>0,85) a
cada 10cm
escadas >0,7 >0,7 ou com faixa
antederrapante (>0,85) a
cada degrau
 Análise de desempenho: pisos
1. Segurança ao uso
• Requisito: Segurança na circulação:Previnir lesões em
seus usuários, provocadas por quedas decorrentes de
irregularidades localizadas.

– Critério: Desníveis abruptos: Os pisos não devem possuir

desníveis abruptos superiores a 5 mm, inclusive entre áreas
separadas por portas, devem ser identificados por mudanças de
cor, faixas de sinalização - colocada pelo menos na borda da
superfície horizontal da parte superior - ou por outros
dispositivos que garantam a visibilidade do desnível

– Critério: frestas: Os pisos não devem apresentar abertura

máxima frestas, entre componentes do piso, maior de 4mm, à
exceção de juntas de movimentação da edificação quando estas
estiverem identificadas por faixas de sinalização ou por outros
dispositivos que garantam a sua visibilidade
 Análise de desempenho: pisos
1. Segurança ao uso
• Requisito: Segurança no contato diretor: Prevenir lesões
em seus usuários provocadas pelo contato direto de partes
do corpo com a superfície do piso.

– Critério: Rugosidade: A superfície do piso não pode apresentar

rugosidade excessiva ou arestas contundentes que tornem
impraticável o apoio direto dos pés desnudos sobre o piso ou
que possam ocasionar lesões. A superfície do piso também não
pode liberar, em condições normais de uso, incluindo as
atividades de limpeza, fragmentos perfurantes ou contundentes.
 Análise de desempenho: pisos
2. Desempenho estrutural (associado aos requisitos e critérios de
desempenho de componentes e elementos estruturais)

• Requisito: Resistência e estabilidade estrutural: Não

apresentar ruína ou deformação que coloquem em risco a
integridade física ou provoquem a sensação de insegurança
quando submetidos a carregamentos.
– Critério: limita resistência mecânica e deformações para o
estado limite de utilização e estado limite último

• Requisito: Deformações verticais: Impedir que as

deformações verticais, fissuras ou quaiquer falhas obstem o
livre funcionamento dos elementos e componentes do edifício
habitacional
– Critério: limita resistência mecânica e deformações para o
estado limite de utilização e estado limite último
 Análise de desempenho: pisos
2. Desempenho estrutural (associado aos requisitos e critérios de
desempenho de componentes e elementos estruturais)

• Requisito: Resistência a impactos de corpo duro e corpo

mole: Resistir aos impactos de corpo mole e duro previsíveis
nas condições normais de serviço, sem apresentar ruína ou
danos localizados nem deformações excessivas, e nem
provocar a sensação de insegurança.
– Critério: limitação de ruína, danos localizados e deformações

• Requisito: Cargas verticias concentradas: Resistir a

cargas verticais concentradas previsíveis nas condições
normais de serviço, sem apresentar ruína ou danos
localizados nem deformações excessivas
– Critério: flecha<L/500 (material rígido) ou flecha<L/300 (material
dúctil) submetido a carregamento de 1kN no ponto mais
desfavorável
 Análise de desempenho: pisos
3. Segurança contra incêndio
• Requisito: Propagação superficial de chamas: Dificultar a
ocorrência da inflamação generalizada no ambiente de
origem do incêndio
– Critério:
Cozinhas: ≤150
Áreas de uso privativo: ≤ 150
Áreas de uso comum (escadas, halls): ≤ 25
– Método de avaliação: NBR9442

• Requisito: Resistência ao fogo: Dificultar a propagação do

incêndio entre unidades contíguas.
Elemento: Pisos de compartimentação entrepisos
– Critérios:
Isolamento térmico: ≥½ hora
Estanqueidade: ≥ ½ hora
Estabilidade: ≥ ½ hora
– Método de avaliação: NBR10636
 Análise de desempenho: pisos
3. Segurança contra incêndio
• Requisito: Facilidade de fuga: Facilitar a fuga dos usuários
da habitação em uma situação de incêndio, bem como dispor
dos meios para tanto. Este requisito não se aplica a
componentes ou elementos incombustíveis
– Critério: Limitação da densidade ótica de fumaça <450:
Densidade ótica de fumaça máxima em cozinhas, locais de uso
privativo ou comum das habitações (dormitórios, sala, banheiro,
área de serviço, escadas, halls etc)
– Método de avaliação: ASTM E662 para materiais de
revestimento,acabamento e/ou de isolamento termo-acústico
reprozindo-se as respectivas condições de utilização. Os
materiais incombustíveis de acordo ISO1182 não necessitam
ser submetido ao ensaio de densidade de fumaça
 Análise de desempenho: pisos
4. Durabilidade e manutenabilidade
• Requisito: Vida útil de projeto: Manter a capacidade
funcional, e as características estéticas, ambas compatíveis
com o envelhecimento natural dos materiais durante a vida útil
de projeto, se submetidos a intervenções periódicas de
manutenção e conservação.

– Critério: Os pisos devem apresentar vida útil igual ou superior a

um determinado período de acordo com o nível de desmpenho
especificado no projeto.

Vida útil de projeto Nível de desempenho

10 anos Mínimo (M)

15 anos Intermediário (I)
20 anos Superior (S)
Durabilidade: garantir o desempenho durante a
vida útil da construção
• Fatores de degradação Cada
componente/elemento
– Ambientais é sensível a diferentes
• sol, chuva, fatores de degradação
radiação
– Carga • Projeto/Execução:
• cíclicas, – medidas de proteção
permanentes, (soluções arquitetônicas
acidentais e técnicas)
– Biológicos – selecionar material mais
• roedores, resistente na aplicação
microrganismos – selecionar técnicas
– Produtos do uso construtivas adequadas
 Desempenho
A: desemenho de
projeto manutenções
programadas
B: perda desempenho A
funcional manutenção
C: risco de prejuízo à B corretiva
segurança
D: prazo de garantia C
E: vida útil de projeto
F: vida útil residual
G: vida útil D Tempo
E F
H: sobrevida
G H
I: vida total I
 Vida útil de projeto
período estimado de tempo em que o
componente, elemento, instalação ou
sistema construtivo, aplicado, utilizado e
mantido de acordo com as especificações
do fornecedor, atende a todos os critérios
de desempenho previstos na norma
(desde que mantidas as condições de
exposição inicialmente presentes)
 Vida útil residual
Período de tempo, após a vida útil de
projeto, em que o produto apresenta
decréscimo continuado do desempenho
em função do uso eóu do envelhecimento
natural. Para retornar a níveis adequados
de conforto, segurança, saúde e higiene,
são necessárias manutenções e reformas
mais dispendiosas
 Prazo de garantia
A partir da disponibilização ao
consumidor, período de tempo em que é
extremamente elevada a probabilidade de
se manifestarem eventuais falhas de
formulação, fabricação, montagem ou
instalação do produto que repercutam em
desempenho inferior àquele previsto na
norma
 Agentes de Degradação
• Ambientais
– Radiação
– Temperatura
– Água
– Constituintes do Ar e poluentes
– Gelo-Degelo
– Vento
 Agentes de Degradação
• Biológicos • Carregamento
– Roedores – deformação lenta
– Fungos – fadiga
– bactérias – Água e seus derivados
– …
– Cargas de uso
 Agentes de Degradação
• Fatores de uso
• Incompatibilidade – Desgaste
– química – Atividades de
manutenção
– física
– Protejo
 Exemplos de agentes
• Madeira • Plásticos
– microrganismos – radiação UV
– água – temperatura
• Concreto armado
– ar atmosférico
• CO2
 Mecanismo de Degradação
• Processos pelos quais os diferentes
fatores agem sobre determinado material
– Exemplos
• corrosão
• apodrecimento
• ….
 Exemplos de degradação

Material Mecanismo de Medida de projeto/

Degradação proteção
Polímeros Foto do sol
Térmico temperaturas elevadas
Aço Corrosão da umidade
cloretos
Concreto armado Corrosão da armadura cobrimento
por carbonatação impermeabilidade
Madeira Apodrecimento por contra umidade
ação de fungos
 Exemplos de degradação
Material Mecanismo de Medida de projeto/
Degradação proteção
concreto lixiviação concreto mais
águas puras e/ou ácidas imperveável,
compostos expansivos
ataque de sulfatos uso de pozolanas
reação álcali-agregado
GRC ataque hidroxílico do vidro matriz < alcalinidade
fibras AR
materiais oxidação, perda de voláteis impermeabilidade
betuminosos falta de coesão, fissuração
 Avaliação da durabilidade
• Preparação • Pré-teste
– agentes • Exposição
– mecanismos – rápida
– indicadores • acelerada
– técnicas de medida • não acelerada
– longo período
• exposição natural
• Inspeções
• Edifícios experimentais
 Durabilidade e meio ambiente
• Projetar para durabilidade elevada
– projeto protege os materiais
– projeto especifica materiais resistentes ao
uso e meio ambiente
– manutenção adequada
 Manutenção e meio ambiente
• Minimizar e simplificar a manutenção
• Prever manutenção em projeto
• Prever ampliação em projeto
 Manutenção e meio ambiente
• Fornecer Manual de Uso, Operação e
Manutenção
– recomendações para manutenção
– economia de água
– economia de energia
 Projeto para manutenção
• Como é possível • Como pode ser
realizar a realizada a
manutenção? manutenção?
• Como vai ocorrer a • O usuário pode pagar
degradação? Quais a manutenção?
as conseqüências? • Qual a evolução das
necessidades dos
usuários?
 Análise de desempenho: pisos
4. Durabilidade e manutenabilidade
• Requisito: Vida útil de projeto:
– Premissas de projeto:O fabricante do produto, o construtor e o
incorporador público ou privado, isolada ou solidariamente, devem
especificar todas as condições de uso, operação e manutenção
dos pisos, ou seja:
a) recomendações gerais para prevenção de falhas e acidentes
decorrentes de utilização inadequada (limpeza com produtos
ácidos ou abrasivos, arrastar objetos pesados sobre os pisos,
facilitar contato de materiais gordurosos com o piso etc);
b) periodicidade, forma de realização e forma de registro de
inspeções;
c) periodicidade, forma de realização e forma de registro das
manutenções;
d) técnicas, processos, equipamentos, especificação e previsão
quantitativa de todos materiais necessários para as diferentes
modalidades de manutenção.
 Referências

• INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR

STANDARDIZATION. Performance standards in building –
principles for their preparation and factors to be
considered: ISO 6241-1982 (E). Geneva, 1982, 11p.
• BLACHÉRE, G. Saber Construir – Habitabilidad, durabilidad,
economia de los edificios. 3 ed. Barcelona, Editores Técnicos
Asociados, S.A., 1978.
• Normas de desempenho de edifícios habitacionais de até
cinco pavimentos : http://www.cobracon.org.br
• Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade - PBQP:
http://www.pbqp.gov.br
• Associação Brasileira de Normas Técnicas:
http://www.abnt.org.br
• Sindicato das Industrias da Construção de São Paulo –
SindusconSP: http://www.sindusconsp.com.br