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A Cura

Com base em palestra de Trigueirinho


realizada em junho de 1988
Copyright 1997 ©
José Trigueirinho Netto

Realidade
A Irdin Editora dedica-se a Planetária
publicações como um serviço altruísta,
visando a estimular a descoberta do
potencial evolutivo que existe Na época atual, milhões de pes-
dentro de cada ser.
soas necessitam de cura. Pode-se di-
zer que raras são as verdadeiramente
1ª edição, 1997: 25.000 exemplares
2ª edição, 2010: 2.000 exemplares sadias neste planeta.
3ª edição, 2016: 2.000 exemplares

A atmosfera física e psíquica da


Terra contém muitos elementos an-
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www.irdin.org.br | info@irdin.org.br Sol e do universo, que têm vibra-
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ção elevada e são bem mais puras, Ser interior, que não é de natureza
cria-se nela um atrito. A diferença material.
entre os elementos anti-evolutivos e
as energias construtivas se manifesta Uma das tarefas da humanidade é
como conflitos, que por sua vez se a de diminuir a tendência à doença,
materializam como doenças. Todos que impregna tudo o que é material;
os seres que vivem na órbita material e a forma de transcender os níveis de
terrestre são, portanto, suscetíveis a consciência em que as enfermidades
enfermidades. se manifestam é enfocar níveis mais
elevados, não materiais, que são
Mas, quando buscamos com- imunes a elas.
preender o que é a doença percebe-
mos que ela é independente de nós. A atenção da maioria está con-
Embora seja parte do planeta em que centrada apenas no corpo físico e
vivemos, acomete o corpo físico, o nos próprios sentimentos e ideias. E
mental e emocional, mas não nosso é nesses níveis de consciência que
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as doenças se instalam. Mas há ou-
tros, não infectados, a que podemos
ter acesso. O nível intuitivo e o es- Uma tarefa
piritual, por exemplo, ficam além da da humanidade
mente e abrem caminho para a saú-
de, pois estão em sintonia com ener-
A humanidade em geral não tem
gias solares e constituem uma espé-
assumido seu papel na cadeia evolu-
cie de esfera de proteção não só para
tiva. Em relação ao serviço ao pla-
os seres humanos, mas também para
tudo que os cerca. neta, o reino humano encontra-se
aquém dos demais reinos da nature-
za. Pela beleza das pedras preciosas,
percebemos o que o reino mineral
tem realizado. Pela perfeição das flo-
res, pela utilidade das plantas e pela
doação delas para nutrir os demais
reinos, vemos que o reino vegetal
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alcançou grande desenvolvimento Um joão-de-barro constrói uma
interior. A humanidade, todavia, tem casa, um tatu cava uma toca, as for-
usufruído, depredado, poluído e bem migas criam os formigueiros. E nós,
pouco servido o mundo em que se seres humanos, quando construímos
encontra. “nossa” casa, que acrescentamos a
essa ação que os animais praticam?
Ainda devemos tomar consciên- Quando procriamos, em que somos
cia do que viemos fazer na Terra. diferentes dos gatos, dos cachorros e
Teríamos vindo só para realizar dos passarinhos que geram suas ni-
obras materiais ou para nos manter nhadas? Será que estamos aqui co-
prisioneiros de emoções e pensa- mo os bichos, seguindo apenas a lei
mentos? Cabe-nos apenas ganhar natural?
dinheiro, procriar, construir um bom
destino individual ou familiar, po- Os seres humanos só poderão
rém ignorando a situação precária dar outra dimensão e sentido ao que
dos semelhantes? realizam quando se conectarem com
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os níveis elevados da consciência. cumprir essa tarefa, o reino humano
Sua tarefa prioritária não é a de cons- ocupará seu verdadeiro lugar na ca-
truir ou fazer, mas a de enfocar a deia evolutiva terrestre, porque então
mente nos níveis harmoniosos, onde transmitirá aos reinos sub-humanos
doenças e limitações não existem, e o que absorveu nas alturas da cons-
irradiar sua vibração para o mental, ciência, onde eles ainda não podem
para o emocional e para o físico, que chegar. Deveríamos colocar-nos
são vulneráveis. A partir daí podem nesses planos da forma mais estável
surgir atitudes e ações corretas e, possível.
consequentemente, saúde.

Nenhum outro reino manifestado


na superfície da Terra tem, como o
humano, a possibilidade de conec-
tar-se de forma consciente com o
nível intuitivo e com o espiritual. Se
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Se permanecemos com a atenção
só no corpo físico, nas emoções e nos
Reeducação pensamentos, não nos libertamos das
mental enfermidades.

O enfoque da mente no nível O sentido real da vida é reconhe-


intuitivo e no espiritual exige ree- cido quando nos tornamos cientes de
ducação. Por épocas inteiras fomos que temos um núcleo espiritual porta-
habituados a só pensar em doenças, dor de energias universais e curativas.
a considerá-las nossas opositoras e a Como o próprio fato de saber disso
nos prevenir contra elas. Aderimos nos conecta com o centro interno de
a uma espécie de “propaganda” que poder, resta-nos retirar a atenção dos
sustenta as indústrias de medicamen- níveis doentios e colocá-la nele.
tos e os sistemas de cura paliativos.
Isso nos mostra o quanto vivemos Para isso, precisamos fazer uma
centrados no aspecto material e ter- reprogramação mental. Ao lermos,
restre, na parte externa do ser. por exemplo, num anúncio: “Tome
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tal remédio”, não deveríamos fixar-
nos nos estímulos transmitidos por
ele, mas sim elevar a consciência A vontade
aos níveis em que as doenças não superior
existem.
Nosso núcleo espiritual conhece
Ao procurarmos contato com o a ideia divina que nos deu origem, e
mundo intuitivo e com o espiritual, sua vontade é realizá-la plenamente.
onde estão guardadas as ideias divi- A vontade humana, contudo, atuan-
nas que deram origem à Terra e a nós, te no nível físico, no emocional e
estaremos a caminho da cura. Podere- no mental, é na maioria das vezes
mos, então, usar os tratamentos dis- oposta a ela. O distanciamento entre
poníveis na medicina e na psicologia, a vontade espiritual e a vontade hu-
se necessário, mas sabermos que são mana é outra causa de desequilíbrio,
recursos acessórios e que a cura vem que nos predispõe às enfermidades
de regiões profundas de nosso ser. naturalmente já presentes no planeta.
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A vontade humana baseia-se em além da mente, facilitamos a har-
experiências passadas. Ela se pren- monização da vontade humana com
de ao que é conhecido e agradável a vontade espiritual. Para isso, um
e quer repetir as boas vivências que dos primeiros passos é perguntarmo-
teve anteriormente; não tem poder -nos internamente: “Qual é a vontade
para nos levar ao que seria novo em
superior? Qual é minha verdadeira
nossa vida.
vida?”

Mas não precisamos estar sem-


Mas, ao fazermos essas pergun-
pre sujeitos a essa condição. Mesmo
dentro da conjuntura terrestre pode- tas, nosso lado humano tenta dissua-
mos estar menos predispostos a en- dir-nos e diz: “Não mexa com isso,
fermidades, a depender de nossa sin- pois perderá a segurança”, ou: “Cui-
tonia com a vontade espiritual. dado com essas perguntas, porque se
a vontade profunda for o oposto do
Se contatamos os níveis superio- que você está vivendo e do que vo-
res da consciência, níveis que estão cê quer, você perderá coisas impor-
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tantes; é melhor não se arriscar”, ou tornaram-se montes de cinzas. É isso
ainda: “Cuidado! Que vão dizer de que temos medo de perder, uma vi-
você? Você ficará sozinho, será con- da material que pode ser pulverizada
siderado louco”. Essas “vozes” das de um momento para outro? E a tre-
forças contrárias à evolução vêm do menda insatisfação de não poder co-
homem velho que há dentro de nos- laborar com a natureza, de não poder
so ser. E tal tendência retrógrada só
servir criativamente ao planeta, de
começa a ser desmascarada quando
não conhecer a verdadeira vida, será
reavaliamos a própria vida, quando
essa insatisfação resolvida por uma
observamos a civilização de que fa-
zemos parte. Constatamos que não situação que consideramos segura?
há sequer um setor que não esteja em
crise. Então por que nos aferrarmos As condições da existência ma-
tanto ao conhecido e falho? terial tornam-se cada vez mais de-
sequilibradas, o que nos impulsiona
Na segunda guerra mundial ci- ainda mais a procurar o verdadeiro
dades inteiras em poucos minutos caminho, a realização da vontade
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espiritual. Temos um trabalho evolu- Por onde começar a cura? Não
tivo a fazer, aguarda-nos um amplo seria por nós mesmos?
serviço ao próximo e ao planeta que
habitamos.

Quando a água nos sacia a sede,


quando uma planta nos dá oxigênio,
beleza, calma, como retribuímos?
Quando um animal convive conosco
e tudo espera de nós, que resposta
lhe damos?

E que dizer da indiferença para


com os irmãos da mesma espécie,
que ainda vivem em condições sub-
-humanas sob nossa vista?
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Nesta coleção

O matrimônio superior
A única coisa necessária
A cura dos apegos
Optar por viver
A busca da serenidade
O que não se pode prever
A cura
A solução está pronta
A função do sofrimento
Curar é simples
Jejum de preocupação
A busca espiritual
Em nome da clareza
Cura e oportunidade
Três processos de cura
Transforme-se
O despertar da Terra
O corpo físico na cura
Exercício da vida
Curadores
A cura cósmica
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a IRDIN se destina a difundir
informações que promovam
a expansão da consciência
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