CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB Laura Gabriela Araújo da Silva1, Gabriel Pereira Ramalho Trigueiro², Marina Fernandes de Carvalho³, Yurick Wênio Melo de Queiroz 4, Thyago Italo Castro Carvalho5. 1-10 Unipê/Coordenação de Engenharia Civil, 1lauralgads@gmail.com
RESUMO 1. PROBLEMÁTICA
A falésia do Cabo Branco, situada no extremo leste da cidade de João
Pessoa, vem sofrendo há anos os efeitos da ação erosiva. A destruição da barreira é apenas um exemplo da degradação causada pelos processos erosivos em zonas litorâneas. Por ser um ponto turístico, a falésia apresenta crescente urbanização, o que agrava a situação de degradação dela. No início dos anos 2000, iniciaram-se estudos que apontaram intenso desgaste do talude e, nos últimos anos, têm ocorrido diversos movimentos de massa na barreira, com comprometimento de estruturas que nela se encontram, como rodovias e muros, fatos que acarretaram a interdição. do local.
2. JUSTIFICATIVA
A processo de erosão litorânea é um grave problema que atinge as costas
situadas em alguns pontos do litoral. Esse processo destrutivo é provocado em grande parte pelo impacto das ondas que quebram no litoral, e pelas correntes marítimas. Outro fator preponderante que contribuem para esse tipo de erosão é o movimento das marés. Essa degenerativa ação das ondas é pode ser conhecida também como abrasão. Locais que mais sofrem como esse tipo de erosão são as conhecidas como encostas altas, como por exemplos as falésias. Nesse caso, a abrasão vem a provocar desmoronamentos na base das falésias, consequentemente tirando o apoio da parte superior, que por fim causa sua ruína. Esse processo de erosão pode vir a ser causado tanto por ordem natural quando por ações humanas. Dito isso, é importante ressaltar que com o constante crescimento e exploração do espaço litorâneo, vem- se fazendo uma ocupação cada vez menos consciente, sem o devido estudo de viabilidade daquele espaço com as considerações acerca do método como as ondas se comportam e como isso pode vir a transformar o meio o qual estamos inseridos. No litoral de João Pessoa, capital da Paraíba, está situada em uma zona costeira com extensão de aproximadamente 140km. Em toda sua extensão podemos encontrar zonas de falésias mortas e vivas. É importante ressaltar outro fator preponderante para esse processo de erosão. Regiões litorâneas como a qual João Pessoa está situada também estão sujeitas ao grande volume de infiltração, que pode vir a causar grande degradação em suas estruturas. Essa ação de degradação pode vir a representar um recuo da linha da costa. É o caso de João Pessoa: em 2009 foi feito um estudo que apontava alguns pontos críticos em toda costa pessoense, os quais se não fossem colocados em prática medidas de contenção, em alguns anos a capital paraibana perderia o título de extremo oriental das américas, como também a biodiversidade de toda a sua região costeira.
3. SOLUÇÃO PROPOSTA
Algumas soluções foram propostas para essa problemática que vem se
arrastando há pelo menos duas décadas. Quebra-mares, enrolamentos são alguns dos exemplos de planos de contenção desse tipo de erosão, entretanto vários estudos de viabilidade ambiental mostram que essas soluções podem vir a extinguir vários - senão todos - microrganismos presentes na vida marinha ali presente. É necessário entender que além da erosão causada pelas ondas, existe a própria do solo de "cima para baixo" do próprio talude. Algumas ações que podem vir a diminuir tanto uma quanto outra seria a naturalização da vegetação nativa. Ação essa que vida diminuir a infiltração e degradação por erosão do solo. Essa solução precisa ser tratada de forma interdisciplinar, não tratando somente da vegetação como também da drenagem que ali passa. Por fim, é necessário que se compreenda que todas as soluções são artifícios que visam diminuir a ação da natureza sobre a falésia. O processo já foi iniciado e não podemos recuperar o que já foi perdido. O que nos resta é manter a integridade do que ainda temos e buscando sempre atingir o objetivo sem afetar outros pontos da natureza.