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Assessoria de Comunicação

Secretaria de Comunicação
30/04/2009 Pró-Cidadão
Meio Ambiente
Parceria pretende resgatar história da aviação francesa em
Procon
Florianópolis

Florianópolis possui na região do


Campeche o maior patrimônio
histórico referente à atuação da
Compagnie Génerale Aéropostale no Brasil,
empresa de correio aéreo internacional
onde trabalhou o piloto e escritor francês
Antoine de Saint-Exupéry. Uma parceria
Destaques
entre a Prefeitura da Capital e herdeiros do
aviador, pretende resgatar a história da
empresa na comunidade e relembrar os
laços de amizade estabelecidos entre os
pilotos e pescadores locais. O assunto foi
discutido nesta quinta-feira (30), num
encontro na sede da Fundação Cultural de
Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC),
com a presença de François D’Agay,
presidente da Succession Saint-Exupéry e sobrinho do piloto. A entidade é responsável
mundialmente pelos direitos autorais do escritor, que ficou famoso pelos livros “O Pequeno
Príncipe” e "Vôo Noturno".
Participaram da reunião o Superintendente da FCFFC, Rodolfo Pinto da Luz, secretários
municipais José Carlos Rauen (Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente) e Adriano
Zanotto (Gabinete), além de Getúlio Inácio – filho de Rafael Inácio, o “seo” Deca, um dos
pescadores com quem o escritor francês manteve contato em sua passagem pela Ilha –, e
Mônica Cristina Corrêa, que coordena o projeto cultural “De Saint-Exupéry a Zeperri”. O
encontro contou ainda com a presença de técnicos da FCFFC e de arquitetas envolvidas no
projeto de resgate desse patrimônio.

Espaço Permanente

Chancelado pelo comissariado do Ano da França no Brasil (2009), o projeto cultural “De
Saint-Exupéry a Zeperri” abrange o restauro do casarão dos pilotos da Aéropostale, que
fundida com outras empresas, resultou anos mais tarde na atual companhia de aviação Air
France.
Fundada em 1919, a companhia francesa estabeleceu-se na década de 1920 no Brasil com o
serviço de correio aéreo internacional. Entre as cidades brasileiras, havia escalas em
Florianópolis, na região do Campeche, onde havia o aeródromo e pistas de pouso. No local
foi erguido um casarão, que os pescadores chamavam de “popote”, onde os pilotos
pernoitavam e faziam as refeições. A casa ainda está de pé até hoje, ao contrário de
construções similares erguidas em outras cidades brasileiras onde a companhia francesa
fazia escalas, como Natal e Rio de Janeiro.
A proposta é restaurar o prédio, situado na Avenida Pequeno Príncipe, na praia do
Campeche, com patrocínio da Tractebel Energia, e transformá-lo num memorial para
preservar a história dos pescadores e dos pilotos, recebendo, inclusive, exposições doadas
pela França. A iniciativa é coordenada pela pesquisadora Mônica Cristina Corrêa, doutora
em língua e literatura francesa pela Universidade de São Paulo (USP).
O projeto de restauração – que já está pronto – contempla a adequação do antigo casarão
dos pilotos franceses, transformando-o num espaço cultural, administrado pela Fundação
Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes (FCFFC). O local vai abrigar exposições e
atividades de uso comunitário, contando com salas para cursos, palestras, exibição de
filmes, reuniões de moradores, entre outras promoções da comunidade. A meta é conseguir
é que a obra seja concluída ainda em 2009. Ainda integra o projeto a elaboração de um
filme-documentário com o mesmo título, cuja primeira parte realizou-se em novembro de
2008, na França. Ambos serão viabilizados pela Lei Rouanet e contam com o apoio da Air
France.

Exposição e missa

François d’Agay fica em Florianópolis até domingo (3/05) cumprindo uma agenda de
compromissos, que inclui ainda visita à exposição “De Saint-Exupéry a Zeperri”, no Centro
Cultural Bento Silvério, na Lagoa da Conceição. Nesta sexta-feira (1º/05), às 10h, ele
participa de uma missa de abertura da pesca da tainha, no rancho dos pescadores da praia
do Campeche, com a presença do ministro da Secretaria Especial da Aqüicultura e Pesca
(Seap), Altemir Gregolin, e autoridades. No sábado (2/05),participa da abertura da
exposição “Pequeno Príncipe e Zeperri”, no Floripa Shopping, seguida de pequena
conferência e autógrafos.
Nascido em 1925, François D’Agay conviveu por quase vinte anos com o tio – piloto e
escritor –, até 1944, quando morreu. Ano passado, o francês esteve na cidade para
conhecer Getúlio Inácio, filho de Rafael Inácio, o “seo” Deca, pescador com quem o piloto
teve contato na Ilha de Santa Catarina, e os locais por onde o viajante passou. Na ocasião,
ele conversou com leitores de Saint-Exupéry em uma livraria e prestigiou a mesma
exposição que abria no Museu Histórico de Santa Catarina – Museu Palácio Cruz e Sousa.

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