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1) Análise fundamentalista
De acordo com Chaves e Rocha (2004), análise fundamentalista é o estudo dos fatores que afetam
as situações de oferta e demanda de um mercado, com o objetivo de determinar o valor intrínseco
(preço justo) de um ativo. Através dessa análise, o analista está apto a comparar o preço encontrado
com o preço do mercado e classificá-lo como sobreavaliado com sinalização de venda, subavaliado
com sinalização de compra ou que seu preço é condizente (justo) com o praticado pelo mercado.
2) Indicadores de Mercado
a) Lucro por ação - uma perspectiva histórica, quanto maior for este indicador, maior a
lucratividade por ação da empresa.
b) P/L (Preço Lucro por Ação) – Medido em anos, mostra em quanto tempo o preço a ser
pago por uma ação poderá ser devolvido ao investidor sob a forma de lucro. Quanto menor,
melhor.
c) Preço Valor Patrimonial – Semelhante ao P/L, com a diferença de que, neste caso, no
denominador estamos analisando o valor patrimonial por ação. Este indicador evidencia
quanto tempo (em anos) o investidor obteria o retorno do capital aplicado na aquisição de
ações se fosse mantido o valor patrimonial por ação verificado no último exercício.
Pay out =
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2.3 – Indicadores de avaliação monetária das ações
a) Dividendo por ação – Indica quanto do dividendo distribuído cabe a cada ação. Reflete o
ganho real do acionista.
b) Yield – Revela o percentual do preço da ação que voltou ao acionista sob a forma de
dividendos no último balanço. Quanto maior, melhor.
Yield =
Indice de Lucratividade – Relação entre o Capital Atual e o Capital Inicial de uma Ação. Quanto
maior, melhor.
Preço Justo =
4) Análise Técnica
A análise técnica é uma abordagem que utiliza gráficos como a principal ferramenta na
determinação do melhor momento para comprar e vender ativos.
Os padrões repetem-se ciclicamente nos gráficos. Estes padrões têm significados e podem ser
interpretados em termos de prováveis movimentos futuros de preços.
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Tipos de Gráficos da análise técnica
1) Gráfico de barras
É um dos mais populares na análise técnica. Ele utiliza o valor de abertura, máximo, mínimo e
fechamento.
2) Gráfico de candles
3) A teoria de Dow
O tão conhecido índice de referência Dow Jones teve sua origem nos Estados Unidos, em 1884,
quando Charles Henry Dow e seu sócio Edward Jones, publicaram o primeiro índice do mercado de
ações composto por 11 papéis; nove do setor ferroviário e duas do setor industrial.
A teoria diz que, antes que aconteça qualquer modificação no mercado, quer para uma alta, quer
para uma baixa, aparecem “formações sinalizadoras” dessas mudanças.
As variações diárias dos preços de um índice já têm descontados no seu valor os eventos que irão
acontecer e que são desconhecidos pela maioria dos investidores.
O conjunto dessas “subidas e descidas” dentro de uma tendência primária chama-se de tendência
secundária. Uma tendência secundária dura geralmente de três semanas a alguns meses.
As tendências terciárias, por seu turno, estão contidas dentro das tendências secundárias. São
movimentos menores de, em média, até três semanas.
Fase 1: o início da formação de uma tendência de alta acontece após um período de baixa no
mercado;
Fase 2: é uma aceleração mais acentuada do movimento de alta;
Fase 3: é marcada por altas acentuadas nos preços dos papéis.
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Fase 2: é uma etapa caracterizada por um grande nervosismo, na qual os investidores, tentam
se desfazer de suas posições;
Fase 3: após acumular perdas a pressão de venda se retrai e abre caminho para o início de
um novo período de alta.
Para uma reversão de tendência ter sua validade confirmada, ela deve ocorrer em índices distintos.
(índice Ibovespa x índice IBRX).
Para que se tenha confiança de que estamos diante de uma tendência de alta, é esperado que haja
um aumento do volume de negociação decorrente da valorização dos papéis.
Princípio 6– a tendência continua até surgir um sinal definitivo de que houve modificação.
O importante é ter em mente que o mercado não vai cair apenas porque “subiu mais que o
esperado”, nem tampouco vai subir porque “já caiu demais”.
O mercado não se movimenta em linha reta e, sim com momentos de impulsos e correções com a
aparência de uma montanha russa.
Linhas de tendência de alta: ligação dos pontos inferiores da série de preços em elevação.
Linhas de tendência de baixa: ligação dos pontos superiores do movimento de preços em
queda.
Modelo foi desenvolvido por Harry Markowitz e William F. Shape, com a finalidade de avaliar o
risco e o retorno sobre uma carteira de ações.
Chega-se a conclusão que se o valor de uma ação componente da carteira oscila, isso tem apenas
uma importância relativa. O relevante a ser estudado é o risco e o retorno da carteira como um todo.
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A análise individual do ativo, deve ser feita no sentido de se avaliar o seu impacto no total da
carteira.
O retorno esperado de uma carteira de ativos é igual a média ponderada dos retornos esperados, de
todos os ativos que compõem a carteira.
Onde:
Kc = Retorno esperado da carteira
P = Percentual da carteira investido na ação
K = Retorno esperado sobre os títulos individuais.
Exercício Resolvido
Risco da Carteira
O fator de risco de uma carteira de títulos é fruto da combinação de títulos com graus variáveis de
risco.
Coeficiente de Correlação
Mede o grau de relação entre os retornos esperados dos títulos. É uma indicação estatística do
comportamento do risco e da rentabilidade de uma carteira de ações.
Ocorre quando as variáveis sempre se movem com perfeito sincronismo em direções opostas,
fazendo com que o risco da carteira possa ser reduzido.
Essas ações possuem retornos de sentido inverso, quando o retorno de uma delas cai, o da outra se
eleva e vice-versa.
Ocorre quando as variáveis se movem na mesma direção. Nesse caso, a diversificação da carteira de
ações não tem nenhum efeito sobre o risco.
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Risco da Empresa ou Diversificável
(Queda no volume de vendas, greves, etc)
O risco da empresa pode ser minimizado através da diversificação da carteira, pois como já foi
visto, o mau desempenho de uma empresa pode ser compensado pelo bom desempenho de outra.
COEFICIENTE BETA
É um coeficiente que mede a volatilidade de uma ação em relação a média do mercado, ou seja,
mede o risco de mercado. A média do mercado utilizada no cálculo normalmente é o índice da bolsa
de valores, onde são negociadas as ações (Dow Jones, Bovespa, etc.)
Uma ação é considerada arriscada quando ela oscila em proporções maiores que a média do
mercado.
Por Exemplo, se a ação da empresa A caiu 20% enquanto a média do mercado caiu 10% essa ação
tem um coeficiente beta de 2 (b=2), ou seja, a ação é duas vezes mais volátil que a ação média.
Portanto, constituindo um risco maior para o investidor.
Quando a ação possui beta igual a 1 (b=1), significa que o risco e o retorno seguem a mesma
trajetória que a média das ações do mercado.
Ações com beta inferior a 1 podem ser consideradas de baixo risco quando comparadas com o
mercado, mas como risco e retorno estão sempre associados, a rentabilidade também será menor.
O coeficiente beta de uma carteira de títulos é representado pela média ponderada dos betas dos
títulos que compõem a carteira.
Exercício Resolvido
A Cia Diaz possui uma carteira de títulos e quer apurar, de acordo com as informações abaixo, o
risco desta carteira em relação ao mercado. Para isso, os analistas devem calcular o coeficiente beta
da carteira.
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Exemplo 1:
Se a média do mercado tem um retorno de 16% e os títulos do tesouro um retorno de 11%, o prêmio
de risco do mercado é de 5%
PRm = Km – Ksr
Onde:
PRm = Prêmio de risco do mercado
Km = Retorno do mercado
Ksr = Retorno sem risco.
Exemplo 2:
Considerando as informações abaixo, determine o prêmio pelo risco da ação da empresa e a taxa de
retorno exigida pelo investidor.
Beta da Empresa = 1,5
Taxa de retorno livre de risco = 7%
Retorno médio do mercado = 13%
Neste caso, o investidor se interessará pela ação se o retorno esperado for a partir de 16%.
“O retorno exigido para qualquer investimento pode ser expresso em termos gerais como: