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Disponível em:
<https://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/10/151018_tecnologia_dessalinizacao_agua
_rm>
Análise
A distribuição de água doce e potável no mundo é desigual. Até mesmo no Brasil, que
contém a maior concentração de água doce do mundo também é desigual, tendo a região
Nordeste classificada como semiárida, com constante veiculação de notícias de que a escassez
de água atinge novamente tal região.
No estado de São Paulo, no Sudeste, que tem importantes bacias hidrográficas,
também sofre com a falta de água em épocas mais secas, como em 2018, em que houve mais
de 100 dias seguidos sem chuvas costumeiras. Período que foi comparado com a pior seca que
ocorrera em 1963. Sempre que eventos e notícias desse cunho são ocorrem ou são veiculados,
são levantados novamente que o consumo das pessoas deve ser mais cauteloso e equilibrado e
diversas campanhas de conscientização são levadas a mão. Não que tais campanhas não sejam
importantes, mas, se for verificado os principais motivos por escassez de água, além da falta
de chuvas, também ocorre que as indústrias e o agronegócio utilizam muita água, muita água
é poluída e em consequência, prejudicar o consumo das pessoas. Diga-se de passagem, que
esse consumo, descuidado, nem é o de mais nobre uso da água doce.
E falta de água, assola não só o Brasil, mas em países que historicamente tem
problemas com falta e escassez de água, como países do Oriente Médio e em países da África
Subsaariana essa realidade é bem pior, devido ao clima desértico. Mas tal realidade vem
mudando pouco a pouco, devido a novas metodologias para captação e tratamento de águas,
que agora vem utilizando águas salgadas do mar. As águas passam por um processo que
difere do costumeiro realizado nas terras tupiniquins. O costume brasileiro é captar águas de
rios ou das bacias e então realizar longo processo para que a água se torne boa para beber,
retirando as sujeiras, bactérias, vírus prejudiciais à vida humana.
É claro que esse processo, como todo avanço tecnológico, possui um lado negativo. A
água que sobra do tratamento, ainda mais salobra que a captada, precisa ser descartada ou
armazenada. Ecologistas tem alertado de que não há estudos suficientes para compreender
como esse resíduo afeta a natureza, pois essa água pode deixar ainda mais salgada a água do
mar e comprometer todo um ecossistema.