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COLEGIADO DO CURSO DE PSICOLOGIA

ADNEIA
ELIANE FREITAS
GÉSSICA ARAÚJO
NICK
STRESS E SEXUALIDADE

“Stress já se transformou em uma palavra da moda, incorporada ao dia-a-dia das


pessoas. Isso por que o mundo moderno, globalizado, movido pela competição, pelo
desemprego traz muita insegurança e preocupação.” (p. 135).

A estruturação do mundo capitalista e competitivo leva a um reducionismo dos


sintomas advindos do stress, o que colabora com a ausência de busca de
tratamentos e banaliza as consequências do stress na vida do sujeito.

“[…] qualquer demanda ou estímulo feito ao organismo, seja do tipo físico (excesso
de exercício) ou psicológico (tensões ou agressões ambientais), pode provocar
todos esses sintomas em qualquer pessoa.” (p. 135).

O estressor, que é o evento ou estímulo que provoca o stress, pode ter origem
interna ou externa, sendo que, muitas vezes, a junção de diferentes fatores podem
desencadear diferentes sintomas.

“[…] é impossível viver sem stress. Podemos resumir ao adiantar que todo
organismo busca adaptar-se ás exigências ou solicitações que, dependendo dos
mecanismos de defesa e intensidade destes estímulos, os sintomas serão mais ou
menos intensos.” (p. 135).

O stress faz parte do funcionamento do indivíduo e é um mecanismo de adaptação


necessário ao organismo, podendo ser positivo ou prejudicial. Quando positivo, é
denominado eustresse e dá origem a motivação e satisfação. O stress é prejudicial
quando gera medo, fazendo o indivíduo se sentir ameaçado e intimidado. Nesta
situação, recebe o nome de distress.
O que determina a condição do stress é a maneira como interpretamos e reagimos
ao estímulo estressor, o que é singular de cada sujeito e envolve diferentes
qualidades.

“[...]acreditava-se que ostress era um distúrbio masculino pelo fato de o homem se


colocar na linha de frente como mantenedor da casa. Atualmente […] não é possível
identificar quem se mostra mais estressado. […] a mulher está trabalhando fora cada
vez mais, além de continuar com suas antigas atribuições (mãe e dona de casa).” (p.
135).

Atualmente, a dupla jornada de muitas mulheres consiste em manter uma inter-


relação entre os papéis exercidos no ambiente de trabalho e em casa e, apesar do
modelo clássico de família ter passado por alterações, o papel de “cuidadora” do lar
ainda é atribuído às mulheres.

“A preocupação em se destacar, ser reconhecida e valorizada faz com que chegue


em casa cansada, exausta, incapaz de se relacionar mesmo no plano afetivo.” (p.
135).

Além de realizar dupla-jornada, a mulher muitas vezes sente a necessidade de se


esforçar mais que os pares do sexo oposto, visto que, infelizmente, o trabalho da
mulher é frenquentemente desvalorizado. Estas situações podem vir a ser estímulos
estressores capazes interferir nas relações afetivas.

“A pessoa estressada evita o contato físico e se mostra pouco disponível para as


trocas afetivas.” (p. 135).

A manifestação dos sintomas causados pelo stress pode interferir em múltiplos


aspectos da vida do sujeito, principalmente nas relações afetivas.

“Tanto a mulher como o homem tem a sua sexualidade prejudicada uma vez que
não conseguem sensualizar o relacionamento pela inexistência de fantasias e perda
das pistas eróticas.” (p. 135).

Quando passamos por uma situação estressante por um longo período de tempo,
nosso corpo busca o equilíbrio, direcionando a energia para a resolução do
problema, o que pode impedir o indivíduo de vivenciar estes momentos de prazeres
sexuais devido ao desgaste do organismo. Além disso, o stress causa modificações
hormonais no corpo, como o aumento do hormônio cortisol, que, liberado em grande
quantidade e por muito tempo, pode diminuir a libido, além de acarretar outros
problemas que interferem na vida sexual.

“Tanto o homem quanto a mulher trabalham compulsivamente, mas não conseguem


ter uma relação de prazer com aquilo que realizam. […] Não conseguem ter paz e
tampouco relaxar.” (p. 135).

O stress interfere na vida do sujeito ao ponto em que as atividades realizadas


perdem o significado e, o que antes costumava ser fonte de prazer, passa a
provocar frustração e ansiedade.

A REDUÇÃO DO DESEJO
O estado de estimulação de desejo por parte do homem e da mulher tem influencia
direta da saúde mental de ambos, tornando o estresse um inimigo para realização
do ato sexual, o que pode gerar um “desconforto emocional, reduzindo o estímulo
sexual e erótico resultando em um mal-estar”.
O trabalho para discutir e executar junto ao paciente sobre o porquê de o desejo
sexual estar diminuído é feito em conjunto com urologistas, ginecologistas e
psicoterapeutas.
“[...] é realizado uma avaliação do nível de testosterona[...]” e se faz necessário
também avaliar “[...] a qualidade de vida a dois[...]” para melhor entendimento do
causador principal dessa situação prejudicial a qualidade da vida sexual.
DISTÚRBIOS DE EXCITAÇÃO

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