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SUMÁRIO

João Vitor de Oliveira Relatório de Controle Ambiental –RCA/Bovinocultura


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1.0 – APRESENTAÇÃO.............................................................................................05

2.0 – DADOS DO EMPREENDEDOR.......................................................................06

3.0 - DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO...........................................................06

4.0 – DADOS DO EMPREENDIMENTO....................................................................06

4.1 – Informações Gerais...........................................................................................06

4.2 – Localização do Empreendimento......................................................................07

4.3 – Relação de Máquinas e Implementos Agrícolas...............................................07

4.4 - Combustíveis Utilizados.....................................................................................08

4.5 – Despejos Líquidos.............................................................................................08

4.5.1 – Memorial de Cálculo.......................................................................................08

4.5.1.1 – Dimensionamento dos Sistemas de Tratamento Adotados para Efluentes


Sanitários....................................................................................................................08

4.5.1.1.1 - Do Tanque Séptico....................................................................................09

4.5.1.1.2 - Do Sumidouro ..........................................................................................09

4.5.2 – Avaliação da Eficiência dos Sistemas Adotados para os Efluentes


Sanitários....................................................................................................................09

4.5.2.1 - Da Fossa Séptica.........................................................................................09

4.5.2.2 - Do Sumidouro..............................................................................................10

4.6 – Resíduos Sólidos...............................................................................................10

4.7 – Previsão dos Volumes de Produção.................................................................10

4.8 – Insumos Utilizados............................................................................................11

4.9 – Situação Legal do Empreendimento.................................................................14

5.0 – CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO E SEU


ENTORNO (DIAGNÓSTICO AMBIENTAL)................................................................14

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R.T. Genivaldo Pimentel Barros Engº. Ambiental
Celular: 98402-0872 e-mail engenheirogenivaldo@gmail.com
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5.1 – Caracterização do Meio Físico..........................................................................14

5.2 – Especificações Técnicas do Projeto..................................................................22

6.0 – ATIVIDADES PRODUTIVAS.............................................................................22

7.0 – INDICAÇÃO, ANÁLISE E/OU AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


(PROGNÓSTICO AMBIENTAL).................................................................................23

7.1 - Usos da Água.....................................................................................................23

8.0 – PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DOS


IMPACTOS AMBIENTAIS..........................................................................................27

8.1. Meio Físico..........................................................................................................27

8.1.1. Medidas de Controle da Poluição das Águas..................................................27

8.1.1.1. Águas Subterrâneas......................................................................................27

8.1.1.2. Águas Superficiais.........................................................................................27

8.1.2. Medidas de Controle para Sistema de Capacitação D’Água...........................28

8.1.3. Medidas de Controle para os Processos de Erosão........................................28

8.1.4. Medidas para o Controle do Assoreamento dos Cursos D’água.....................30

8.1.5. Medidas para o Controle da Compactação do Solo.........................................31

8.1.6. Medidas para Disposição de Resíduos Sólidos...............................................31

8.1.7. Medidas de Controle da Poluição Atmosférica.................................................33

8.1.8. Medidas de Controle do Uso de Projetos Químicos.........................................34

8.2. Meio Biótico.........................................................................................................35

8.2.1. Medidas de Proteção da Flora e Fauna...........................................................35

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8.3. Meio Sócio-econômico........................................................................................37

8.3.1. Medidas de Proteção da Saúde Humana........................................................37

9.0 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA....................................................40

10.0 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................42

11.0 – ANEXOS..........................................................................................................43

1.0– APRESENTAÇÃO

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A degradação ambiental nos dias de hoje está fortemente ligada a fatores de


ocupação e uso do solo, uma vez que as formas de ocupação e manejo ocasionam
o tipo e o grau de impacto, o qual atinge de maneira diferente o ambiente. Assim, o
uso do solo diversifica-se a partir de sua ocupação por diferentes categorias sociais,
daí a necessidade de se considerar fatores político-econômicos, sócio-culturais e
bióticos na análise dos processos de degradação ambiental.
O presente trabalho propõe-se a realizar um estudo sobre o projeto de
bovinocultura, analisando as repercussões dos processos da degradação junto ao
projeto rural na Fazenda Três Irmãos no Município de Cristalândia - TO.
O campo teórico utilizado neste trabalho é a economia, que tem a não
dissociação da relação homem/natureza seu pressuposto teórico e nas contradições
das transformações ambientais e sociais seu objeto de estudo, apresentando como
elemento fundamental tanto os processos físicos e biológicos quanto às questões
econômicas, políticas e sociais temporalmente determinadas para sua aplicabilidade
ao meio ambiente (COELHO, 2001). Os impactos ambientais analisados somente
através da questão biológica e física não são plenamente esclarecidos, assim como
as explicações de cunho somente social, em que se esquece o quadro natural não
conseguem expor a realidade dos impactos ambientais em toda sua complexidade. 
Da mesma forma, o estudo a partir da ocupação e uso do solo é inevitável, uma
vez que, a partir das dinâmicas de uso e manejo do solo, cria-se uma nova
morfologia, constrói-se uma outra fisiografia, enfim, uma realidade bastante diferente
daquela existente antes da ocupação, seja em âmbito rural, seja em âmbito urbano.
Impõe-se na área um outro padrão ambiental, o qual está sujeito a um processo de
violenta degradação, que se manifestam através das alterações vegetativas, da
erosão, do lançamento de águas residuárias, dejetos sólidos e efluentes rurais.
O presente estudo ambiental refere-se ao Relatório de Controle Ambiental –
RCA do Projeto de Bovinocultura na Fazenda Três Irmãos no Município de
Cristalândia-TO. Este projeto tem o objetivo de implementar o cultivo de pastagem
no sistema de convencional para a criação de bovinos, em uma área de 990,8787
(Soma das áreas já existentes+ARD). O Relatório de Controle Ambiental está sendo
apresentado de forma simples e coerente para a obtenção das licenças ambientais
pertinentes a esta atividade. Foram seguidas as resoluções 001/86, 237/97 e
284/2000 do CONAMA, obedecendo ao Termo de Referência (RCA) para
empreendimentos de bovinocultura, emitido pelo Instituto Natureza do Tocantins -
NATURATINS.

2.0 – DADOS DO EMPREENDEDOR

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NOME: João Vitor de Oliveira


CPF: 383.647.948.-68
RG: 139.170-82 SSP/SP
TELEFONE: 55 (31) 99600-0663
ENDEREÇO DE CORRESPONDÊNCIAS: Avenida Maria Guiotti, nº 63, Centro,
Pires do Rio-GO.
CEP: 75200-000
Local da Atividade: Faz. Três Irmãos, parte do Lote 40 do Loteamento São Miguel,
Mun. de Cristalândia-TO.

3.0 - DADOS DO RESPONSÁVEL TÉCNICO

Nome: Genivaldo Pimentel Barros


Título: Engenheiro Ambiental
CPF: 774.987.471-20
RG: 50601 SSP/TO
Registro Profissional: 010934 – 7/CREA/TO
Nº. de Cadastro no NATURATINS: 8.00044-2005
Endereço: Rua 03, nº. 144, Jardim Tocantins - Gurupi-TO.
Celular: (63) 98402-0872
E - mail: engenheirogenivaldo@gmail.com

4.0 – DADOS DO EMPREENDIMENTO

4.1 – Informações Gerais

Localização com descrição do acesso da propriedade: A propriedade se localiza


no endereço denominado Faz. Três Irmãos, Parte do Lote 40 do Loteamento São
Miguel, Mun. de Cristalândia, Estado do Tocantins. Para ter acesso á propriedade, a
seguir croqui de acesso fig. 01.

Município: O empreendimento estar inserido município de Cristalândia-TO.

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Terreno, Declividade (%) e caracterização do tipo de solo: O relevo é plano em


sua grande parte, ocorrendo porções suavemente onduladas, com declividade de
0,50 m/km. Os solos da região variam, principalmente, entre as Classes de
Latossolos. Algumas áreas contêm concreções ferruginosas (cascalho) com
fertilidade baixa à média, baixa saturação de bases e textura média.

Bacia Hidrográfica: A propriedade está inserida na Bacia do Rio Araguaia, sendo


banhada por algumas vertentes, sendo que a sua grande maioria tem suas
nascentes no interior da propriedade.

Edificações:

Existente:

Há 01 (um) Galpão para máquinas e implementos, casa para funcionário, 01


(uma) casa sede, 01 (uma) 01 (um) curral.

Obs. O Galpão será reformado após a emissão da Licença Prévia (LP)


A ser implantada:

Não está prevista no momento construir nenhuma edificação além das


existentes.

 Área Construída das Edificações (m²): 390,0 m²


 Estradas Vicinais e acessos (km): 4,50 km

Funcionários: 02 (dois) funcionários.

Período de Trabalho no Setor Produtivo: 8 horas/dia

4.2 – Localização do Empreendimento

A Localização Geográfica fica inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Araguaia, na


sub-bacia do Rio Pium com as seguintes coordenadas da sede da fazenda:

a) Sede da Fazenda
Latitude: 10°29'13,43" S, Longitude: 49°23'32,51"

Para uma melhor visualização do empreendimento seguem-se em anexo os


mapas com detalhamento da área de influência direta do empreendimento (imagem
de satélite).

4.3 – Relação de Máquinas e Implementos Agrícolas

Máquinas
01 trator de pneus da marca Valmet
01 trator de pneus da marca CBT

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4.4 - Combustíveis Utilizados

Na propriedade são utilizados como combustíveis, o óleo diesel para


acionamento das máquinas supracitadas. Os demais equipamentos são elétricos
(geladeiras e etc.) e não consomem combustíveis. O consumo médio mensal é de
aproximadamente 200 litros, mas somente em época de roçagem de pastagens,
período em que não alcança mais de um mês.

4.5 – Despejos Líquidos

Os despejos líquidos, que embora seja somente esgotos sanitários, são


provenientes dos banheiros utilizados pelos funcionários e que tem como base a
quantidade de água gasto por funcionário por dia. Daí segue-se os cálculos do
dimensionamento dos sistemas de tratamento destes efluentes.

4.5.1 – Memorial de Cálculo

4.5.1.1 – Dimensionamento dos Sistemas de Tratamento Adotados para


Efluentes Sanitários

4.5.1.1.1 - Do Tanque Séptico

Adotou-se para o cálculo do volume útil do tanque séptico a seguinte


Equação preconizada pela ABNT NBR 7227/93
Vu = 1000 +N (C x T+K x LF)

Onde:

V = volume útil em litros;


N = Número de pessoas;
C = Contribuição de despejos, em litros / pessoa x dia (tabelado);
T = Contribuição de despejos, em litro/pessoa x dia (tabelado);
K = Taxa de acumulação de lodo digerido em dias, equivalente ao tempo de
acumulação de lodo fresco (tabelado)
Lf = contribuição de lodo fresco, em litros/pessoa x dia (tabelado)

Na fazenda há somente dois caseiros com as suas respectivas esposas,


totalizando um número de quatro pessoas.

Assim temos:
Vu = 1000+4 (80x1+1x57)
Vu = 1.548 litros
Vu = 1,548 m3
As suas dimensões são:

Retangular com:

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Profundidade útil = 1,60 m


Comprimento = 1,40 m
Largura mínima = 0,70 m

4.5.1.1.2 - Do Sumidouro

Adotou-se para o cálculo da área útil do sumidouro a seguinte equação ABNT


NBR 7227/93:

A = V/Ci

Onde:

A = Área de infiltração necessária


V = Volume de contribuição diária de esgotos = 4 pessoas x 80litros/pessoa x
dia = 320 litros
Ci = Coeficiente de infiltração
Daí:
A = 320 l/dia /78 L x m2 /dia A = 4,10 m2
OBS.: A área de absorção de um sumidouro é corresponde somente as áreas
laterais até a altura H do líquido, não considerando o fundo, pois logo se colmata.

Assim, as dimensões do sumidouro são:

Profundidade útil (Hu) = 1,50 m


Diâmetro = 1,00 m

4.5.2 – Avaliação da Eficiência dos Sistemas Adotados para os Efluentes


Sanitários.

4.5.2.1 - Da Fossa Séptica

Segundo Barros apud Chernicaro o esgoto entra ao tanque séptico com


concentração em torno de 620mg/l em termos de DBO5.
De acordo os mesmos autores os tanques sépticos possuem eficiência de
55% em termos de DBO, assim o esgoto chega ao sumidouro (destino final) com
279mg/l.
4.5.2.2 - Do Sumidouro

Este sistema já foi descrito anteriormente, pois não faz diferença para qual
atividade o mesmo está sendo proposto (atividades industriais ou domésticas).

4.6 – Resíduos Sólidos

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Os resíduos sólidos que são gerados em uma propriedade rural são lixos
domésticos que devem ser aproveitados como alimento de animais, e aqueles que
não são aproveitáveis devem ser enterrados fora das margens dos córregos ou
nascentes e em valas apropriadas.
O lixo gerado por algum tipo de agrotóxico deve ser encaminhado ao
fabricante, obedecendo às normas estabelecidas pelos órgãos ambientais e de
defesa agropecuária. Pode-se gerar uma pequena quantidade com a mecânica de
máquinas, mas cuidados devem ser tomados e se possível deve ser queimado em
tambores metálicos (estopas e outros com resíduos de graxa).
As quantidades de resíduos são de 3 kg/dia de resíduos domésticos,
periodicamente 20 kg de embalagens de agrotóxico e herbicidas 0,20 kg/dia de lixos
oleosos.

4.7 – Previsão dos Volumes de Produção

O sistema de criação de gado em sistema convencional, não exige


adaptações muito elevadas. O sistema de criação de gado em pastagem
convencional é praticada na propriedade há algum tempo e não será ampliada
podendo ser aproveitada a mesma infra-estrutura existente, como galpões de
máquinas e insumos, casa de funcionários e currais. A principal adaptação é com o
manejo do gado e, aplicação de insumos e fertilizante, visto que será adotado o
sistema rotacionado, mesmo no sistema tradicional. No sistema rotacionado o pasto
é dividido em parcelas de tamanho adequado ao pastejo dos animais por um
período de aproximadamente 30 dias, de forma que a área somente será ocupada
novamente após 35 dias. Sendo esse o tempo total necessário para fechamento de
um ciclo de produção, como já descrito acima. A fertilização será feita assim que
houver a necessidade. A correção dos níveis de Ca e P será feita de acordo à
indicação das análises de solo feitas após o funcionamento do sistema, visto que os
níveis atuais são suficientemente e adequados para a continuação do sistema. A
aplicação de P (fósforo) é imprescindível para obter máxima produtividade
A lotação deste sistema é de 1,70 Unidades Animais (UA)/ha e no sistema
podendo ser uma lotação de até 2 UA/ha.
A espécie a ser criada em toda a propriedade é as Raças Nelores, podendo ser
mista quanto a categoria, sendo em sua maioria animais de recria.
A produtividade máxima esperada é 10@ de carne/ha/ano (0,8 kg/animal/dia).
(CORREIA, L. A. e SANTOS, P.M. 2003), no caso dos animais para engorda. A
produtividade de animais de recria é de 1 bezerro/ha/ano.
O manejo do gado inclui a movimentação entre os pastos e a higienização do
rebanho com vacinação e controle e pragas nos animais, definido através de um
programa higiênico descrito por um profissional da área. Em pastagem não se
espera a necessidade de controle de pragas, mesmo havendo pequena
possibilidade de ocorrência. Caso ocorra, o controle será definido em função da
praga e da intensidade de ataque, podendo essa ser definida apenas no momento
da ocorrência.
O produto final será, em sua maioria, comercializado no mercado local, no
frigorífico de cidade quando se trata de carne, e em leilões e para compradores
avulsos quando se tratar de bezerros e novilhas.

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4.8 – Insumos Utilizados

Na formação de pastagens que é o estudo proposto para licenciamento, são


utilizados alguns insumos como detalhados a seguir:

Formação de Pastagem

De modo geral, o processo de formação de pastagem segue as seguintes


operações que podem ser efetuadas manualmente ou com uso de maquinário no
estudo que se faz é através de maquinários.

Limpeza da área

No processo mecanizado, as áreas destinadas ao plantio da pastagem são


limpas com a lâmina de trator (tombamento e destoca). Os resíduos podem ser
reunidos em montes ou leiras.

Preparo do solo

Essa operação só é efetuada quando a área foi limpa mecanicamente. Consta


de uma aradura seguida de uma ou mais gradagens, para revolver, destorroar e
nivelar o solo para o plantio.

Adubação

Em sistemas extensivos, normalmente o solo não é adubado na formação da


pastagem, principalmente quando a área passou por um pousio e recuperou
parcialmente a sua fertilidade. Porém, em sistemas intensivos, é recomendada pelo
menos a adubação fosfatada, na base de 30 a 60 kg de P2O5/ha. Uma adubação
completa inclui 30 a 60 kg de N, P2O5 e K2O/ha, conforme análise do solo.
Adicionalmente, cálcio e magnésio podem ser adicionados via 500 kg de calcário
dolomítico/ha. O adubo pode ser aplicado a lanço sobre o solo preparado ou na linha
de plantio, quando essa operação for feita com máquina. No plantio de ramas e
perfilhos, o adubo pode ser colocado no fundo da própria cova.

Plantio

Plantio em monocultivo - A qualidade da semente é crítica no estabelecimento


de pastagem, pois dela depende todo o investimento feito no preparo da área. Os
baixos índices de germinação e pureza das sementes de forrageira podem ser
compensados pelo aumento na taxa de semeadura. Na falta de informações mais
precisas sobre a qualidade da semente, recomenda-se em torno de 5-10 kg de
semente de gramínea por ha. Em áreas limpas manualmente e, por conseguinte,
sem preparo do solo, o plantio pode ser feito com plantadeira tico-tico ou matraca,
no espaçamento de 0,5 x 1 m ou 1 x 1 m, o que requer menos semente. Quando o
solo foi preparado, o plantio pode ser feito juntamente com a adubação, em linhas
afastadas de até 0,8 m, utilizando a plantadeira-adubadeira. Em qualquer caso, o
plantio pode ser feito a lanço, desde que se cubram as sementes com uma camada

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fina de terra, passando-se sobre a área plantada ramos de arbustos. Isso diminui o
risco de arraste das sementes pela chuva e de ataque de pássaros. Por serem
geralmente pequenas, as sementes devem ser plantadas superficialmente (no
máximo 1 cm de profundidade), especialmente em solos arenosos, por causa do
risco de dessecação. Controle das plantas invasoras - a competição de invasoras,
após a germinação, é um dos principais entraves para a formação da pastagem. O
controle dessas plantas é mais eficaz no fim da época seca, para facilitar o
crescimento da pastagem no início das chuvas.

Início do pastejo

O tempo para o primeiro pastejo e sua intensidade vai depender do


desenvolvimento da pastagem em formação. Em condições ideais de chuva é baixa
a infestação de plantas invasoras, um pastejo leve (com baixa quantidade de
animais por hectare) pode ser antecipado no final das chuvas subseqüentes, 4 a 5
meses após o plantio. De qualquer forma, não se deve submeter às pastagens
recém-formadas a pastejos pesados (com elevada quantidade de animais por
hectare), por períodos prolongados, no 1º ano de formação.

Controle das plantas invasoras

Geralmente é feito com a limpeza periódica das plantas invasoras de


pastagem, comumente chamadas de juquira, uma vez a cada 2 ou 3 anos. Essa
operação é mais eficaz no fim da época seca para beneficiar o crescimento da
pastagem no início das chuvas. Em geral, essa operação é feita manualmente,
porém em áreas destocadas, a roçadeira é mais eficiente. Embora à primeira vista
haja certa vantagem do fogo no controle das plantas invasoras, em hipótese alguma
se recomenda o seu uso, pois prejudica o solo e contribui para a degradação da
pastagem em longo prazo.

Adubação de manutenção

Em sistemas menos intensivos, normalmente as adubações de manutenção


só são efetuadas quando a pastagem apresentar sinais de declínio, geralmente a
cada 3 anos, na base de 30 a 60 kg de P2O5/ha ou, mais completamente, de 30 a
60 kg de N, P2O5 e K2O/ha, conforme a análise de solo. O modo de aplicação é a
lanço sobre a pastagem, após uma limpeza e no início das chuvas, de uma ou de
duas vezes.

Degradação de pastagem

O principal problema das pastagens cultivadas na região é a sua degradação.


Uma pastagem é considerada degradada quando maior parte da sua superfície é
representada por plantas invasoras ou solo descoberto. As causas dessa
degradação incluem um ou mais dos seguintes fatores: formação deficiente, falta de
manutenção (limpeza e adubação de manutenção), surto severo de pragas e
doenças e deficiente manejo de pastagem ou de pastejo (alta lotação, falta de
rotação de pastagem e/ou de descanso suficiente).

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Recuperação de pastagem

Nos sistemas com baixa capacidade de investimento e quando houver


condições de rebrota e re-semeio da pastagem, a recuperação é feita, geralmente,
limpando-se e vedando-se a pastagem pelo tempo necessário. Também, o replantio
de áreas falhas é recomendável. Quando é possível investir, os procedimentos
incluem a eliminação da vegetação (derrubada, destoca e enleiramento, quando
necessário), preparo do solo (aradura e gradagem), adubação (ver adubação de
manutenção) e plantio de semente de alta qualidade (Veiga & Falesi, 1986; Veiga,
1995). Tanto nessa como em qualquer tecnologia que envolva investimentos, é
muito importante uma análise de custo/benefício, antes da adoção na prática.

Pragas de pastagem

Historicamente, o mais grave problema fitossanitário das pastagens na


Região foi a cigarrinha-das-pastagens (Deois incompleta), inseto do tipo sugador,
que ataca, principalmente, as espécies de gramíneas forrageiras do gênero
Brachiaria, especialmente a B. decumbens e o quicuio-da-amazônia (B. humidicola).

A introdução e o avanço da pastagem de braquiarão na região foram


motivados pela sua tolerância àquela praga, além de sua alta rusticidade. Foi
verificado que pastagens intensamente manejadas (elevadas cargas animais ou
pastejo baixo), sem reposição de nutrientes no solo, enfraquecem a pastagem de tal
modo, diminuindo sua resistência aos ataques dessa praga, para a qual o controle
químico não é prático.

Os danos das lagartas Spodoptera frugiperda e Mocis latipes, que consomem


rapidamente as folhas da pastagem, chegam a preocupar há alguns anos. Porém,
na maioria das vezes, são surtos rápidos e esporádicos, ocorrendo, principalmente,
no início das chuvas, não se constituindo em grande ameaça. Embora infestações
localizadas possam ser combatidas com inseticidas organofosforados, carbonatos
ou piretróides, o controle químico não é recomendado em grandes áreas.

Recentemente, vêm se constatando, em todo o País, casos de morte de


pastagem de braquiarão, cuja provável causa tem sido atribuída à ação de fungos
do solo (Pythium periilum, Rhizoctonia solani e uma espécie de Fusarium), cujo
ataque é estimulado em pastagens sob estresse de umidade, nutricional e de
manejo (Teixeira Neto et al. 2000). No Acre há indicações de que pastagens de
braquiarão, estabelecidas em solos mais argilosos e de difícil drenagem, do tipo
podzólico, tenham morrido por estresse de umidade (Valentim et al. 2000). Os danos
causados por essa doença vêm preocupando produtores e técnicos da Região
Amazônica, exigindo pesquisas para sua solução, antes do agravamento da
situação.

4.9 – Situação Legal do Empreendimento

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O empreendimento está em fase de licienciamento e, está sendo


apresentada, sendo que situação da propriedade é legal, própria e está sendo
licenciada a atividade (bovinocultura).

5.0 – CARACTERIZAÇÃO AMBIENTAL DA ÁREA DO EMPREENDIMENTO E


SEU ENTORNO (DIAGNÓSTICO AMBIENTAL)

5.1 – Caracterização do Meio Físico

a) Solo
Os solos da região variam, principalmente, entre as Classes de Latossolos.
Algumas áreas contêm concreções ferruginosas (cascalho) com fertilidade baixa à
média, baixa saturação de bases e textura média.
Os latossolos são solos muito intemperizados, resultantes da remoção da
sílica e de bases trocáveis do perfil. Grande parte dos minerais nestes solos são os
secundários, constituintes da fração argila. Ocorrem no solo por síntese de produtos
resultantes do intemperismo de minerais primários, herdados diretamente da rocha-
mãe. Esses minerais secundários podem ser encontrados na forma de silicatos
como a caulinita ou sob a forma de óxidos, hidróxidos e oxihidróxidos de Fe e Al
como hematita, goethita, gibsita e outros.

b) Hidrografia

A propriedade está inserida na Bacia do Rio Araguaia, sendo banhada por


algumas vertentes, além disso, a hidrografia na propriedade é composta por
pequenas nascentes.

c) - Geomorfologia

O relevo é plano em sua grande parte, ocorrendo porções suavemente


onduladas, com declividade máxima abaixo de 0,5 m/km.

d) Geologia

A propriedade está inserida sobre os Complexos Metamórficos do Arqueano e


Protezóico Inferior; está inserida sobre o Compartimento Geoambiental do Planalto
Central do Tocantins.
Evolução crustal no Pré-Arqueno, Arqueano e Proterozóico Inferior;
características gerais e modelos petrogenéticos, geoquímicos e geotectônicos. Os
terrenos arquenos do tipo "grey gneisses" e outros de alto grau metamórfico. Os
terrenos "granito-greenstone belt" arqueanos e do Proterozóico Inferior; exemplos do
Brasil e da área do Planalto Central do Tocantins. Magmatismo plutônico arqueano.
A crosta siálica arqueana e os retrabalhamentos proterozóicos metamórficos,
magmáticos, geoquímicos (inclusive isotópicos); processos geotectônicos
associados. Aspectos metalogenéticos de terrenos arqueanos e do Proterozóico
Inferior.

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e) Vegetação

A vegetação local é típica da vegetação dos cerrados sendo encontradas nas


áreas preservadas as seguintes espécies:

Quadro-01 - principais espécies da flora encontradas na área


Nome Popular Nome Científico
AÇOITA CAVALO Luehea paniculata
ALGODOEIRO Heliocarpus americanus
ALMESCA Trattinickia rhoifolia
AMARELÃO Agonandra brasiliensis
AMARGOSO Vitairea macrocarpa
ANGELIM DO CERRADO Andira cuyabensis
ANGICO BRANCO Albizia polycephala
ARAÇÁ Psidium incanescens
ASSA PEIXE Vernonia feruginea
BANANEIRA   Salvertia convallariaeodora
BARBATIMÃO Stayphnodedron adstringens
BRUTO DO CERRADO   Annona crassiflora
CACHAMORRA Sderobium paniculatum
CAGAITA Eugenia dysenterica
CAJU DO CAMPO Anachardium humile
CANDEIA Vanillos mopsis erythropappa
CAPITÃO DO CAMPO Terminalia argentea
CRAÍBA Tabebuia caraiba
CURRIOLA Pouteria torta
FARINHA SECA Albizia hasslerii
FAVA D'ANTA Dimorphandra mollis
FAVEIRO Pterodon peroba
GARROTEIRO Bagassa guianensis
GONÇALO ALVES Astronium flaxinifolium
JACARANDÁ Dalbergia miscolobuim
JATOBÁ Hymeneaea stigonocarpa
LIXEIRA Aloysia virgata
MANGABA Hancornia speciosa
MURICI Byrsonima verbascifolia
OLHO DE BOI Diospyros ulmifolia
PAINEIRA Melouetia cestroides
PAU DE LEITE   Sapium glandulatum
PAU DE RATO   Cesalpinea pyramidalis
PAU D'OLEO Copaifera longsdorfii
PAU TERRA Qualea parviflora
PAU TERRA FOLHA LARGA Qualea grandifolia
PEQUI Cariocar brasiliensis
PINDAIBA Styrax ferrugineus
PUÇA PRETO Mouriri sp.

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QUINA Strychnos pseudo-quina


SAMBAÍBA Curatella americana
SUCUPIRA BRANCA Pterodon emarginatus
SUCUPIRA PRETA Bowdichea virgilioides
TATAREMA Maclura tinctoria
TINGUI Magonia pubescens
VINHÁTICO Planthymenia raticulata
IMBIRUÇU DO CERRADO Pseudobombax grandiflorum
CABELO DE NEGRO   Connarus suberosus
BACUPARI  
MAMA DE PORCA  

e) Fauna

A fauna do Bioma do Cerrado é pouco conhecida, particularmente a dos


Invertebrados. Seguramente ela é muito rica, destacando-se naturalmente o grupo
dos Insetos. Quanto aos Vertebrados, o que se conhece são, em geral, listas das
espécies mais freqüentemente encontradas em áreas de Cerrado, pouco se
sabendo da História Natural desses animais, do tamanho de suas populações, de
sua dinâmica etc. Só muito recentemente estão surgindo alguns trabalhos
científicos, dissertações e teses sobre estes assuntos.

Entre os Vertebrados de maior porte encontrados em áreas de Cerrado,


citamos a jibóia, a cascavel, várias espécies de jararaca, o lagarto teiú, a ema, a
seriema, a curicaca, o urubu comum, o urubu caçador, o urubu-rei, araras, tucanos,
papagaios, gaviões, o tatu-peba, o tatu-galinha, o tatu-canastra, o tatu-de-rabo-mole,
o tamanduá-bandeira e o tamanduá-mirim, o veado campeiro, o cateto, a anta, o
cachorro-do-mato, o cachorro-vinagre, o lobo-guará, a jaritaca, o gato mourisco, e
muito raramente a onça-parda, a onça-pintada e a capivara.

Quadro –02 - Espécies da Fauna

Nome Científico

Nome Popular
AVES(Classe)
APODIFORMES (Ordem)
APODIDAE (Família)
Reinarda squamata (Espécie) andorinhão
TROCHILIDAE
Anthracothoraz nigricollis beija-flor-de-papo-preto
Colibri serrirostris beija-flor cantador
Eupetomena macroura beija-flor-tesoura
CAPRIMULGIFORMES
CAPRIMULGIDAE
Caprimulgus parvulus curiango

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Nyctidromus albicollis curiango


NYCTIBIIDAE
Nyctibius griseus urutau

CHARADRIIFORMES
CHARADRIIDAE
Vanellus chilensis quero-quero

CICONIIFORMES
THRESKIORNITHIDAE
Theristicus caudatus curicaca

COLUMBIFORMES
COLUMBIDAE
Columbina minuta rolinha
Columbina talpacoti rola-caldo-de-feijão
Scardafella squammata fogo-apagou
Zenaida auriculata pomba-de-bando

CUCULIFORMES
CUCULIDAE
Crotophaga ani anu-preto
Guira guira anu-branco

FALCONIFORMES
ACCIPITRIDAE
Buteogallus meridionalis gavião-caboclo
Polyborus plancus caracará
CATHARTIDAE
Cathartes aura urubu-caçador
Cathartes burrovianus urubu-de-cabeça-amarela
Coragyps atratus urubu-preto
Sarcoramphus papa urubu-rei
FALCONIDAE
Milvago chimachima gavião-pinhé

GRUIFORMES
CARIAMIDAE
Cariama cristata seriema

PASSERIFORMES
CORVIDAE
Cyanocorax cristatellus gralha-do-cerrado
DENDROCOLAPTIDAE
Lepidocolaptes angustirostris arapaçu-do-cerrado
FRINGILLIDAE
Charitospiza eucosma papa-capim-de-crista
Oryzoborus angolensis curió
Oryzoborus crassirostris bicudo
Passerina brissonii azulão
Sicalis flaveola canário-da-terra

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Sporophila caerulescens coleirinha


Volatinia jacarina tisiu
FURNARIIDAE
Furnarius rufus joão-de-barro
HIRUNDINIDAE
Notiochelidon cyanoleuca andorinha
ICTERIDAE
Gnorimopsar chopi pássaro-preto
Molothrus bonariensis chupim
MIMIDAE
Mimus saturninus sabiá-do-campo
TURDIDAE
Turdus amaurochalinus Sabia-poca
Turdus rufiventris sabiá-laranjeira
TYRANNIDAE
Empidonomus varius siriri
Pitangus sulphuratus bem-te-vi
Tyrannus melancholicus siriri
Tyrannus savana tesourinha

PICIFORMES
PICIDAE
Colaptes campestris chanchã
Leuconerpes candidus pica-pau-branco
RAMPHASTIDAE
Ramphastos toco tucanuçu

PSITTACIFORMES
PSITTACIDAE
Amazona aestiva papagaio-verdadeiro
Amazona xanthops papagaio-galego
Ara ararauna arara-canindé
Aratinga aurea periquito-rei
Pionus menstruus maitaca

RHEIFORMES
RHEIDAE
Rhea americana ema

STRIGIFORMES
STRIGIDAE
Speotyto cunicularia coruja-buraqueira

TINAMIFORMES
TINAMIDAE
Crypturellus parvirostris inhambu-xororó
Nothura maculosa codorna
Rhynchotus rufescens perdiz

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MAMÍFEROS (Classe)
ARTIODACTYLA (Ordem)
CERVIDAE (Família)
Mazama americana (Espécie) veado mateiro
Mazama gouazoubira catingueiro
Ozotoceros bezoarticus veado-campeiro
TAYASSUIDAE
Tayassu pecari queixada
Tayassu tajacu caitetu

CARNÍVORA
CANIDAE
Cerdocyon thous cachorro-do-mato-comum
Chrysocyon brachyurus lobo-guará
Speothos venaticus cachorro-do-mato-vinagre
FELIDAE
Puma concolor suçuarana
Herpailurus yagouaroundi jaguarundi
Panthera onca onça-pintada
MUSTELIDAE
Conepatus semistriatus cangambá, jaritataca

CHIROPTERA
PHYLOSTOMIDAE
Carolia perspicillata morcego
Desmodus rotundus vampiro comum

EDENTATA
DASYPODIDAE
Dasypus novemcinctus tatu-galinha
Euphractus sexcinctus peba
MYRMECOPHAGIDAE
Myrmecophaga tridactyla tamanduá-bandeira
Tamandua tetradactyla tamanduá-mirim

LAGOMORPHA
LEPOIDAE
Sylvilagus brasiliensis tapiti

MARSUPIALIA
DIDELPHIDAE
Didelphis albiventris gambá
Monodelphis americana musaranha
Philander opossum cuíca

PERISSODACTYLA
TAPIRIDAE
Tapirus terrestris anta

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PRIMATES
CALLITHRICHIDAE
Callithrix penicillata sagui

RODENTIA
AGOUTIDAE
Agouti paca paca
CAVIIDAE
Cavia aperea preá
DASYPROCTIDAE
Dasyprocta agouti cutia
ERETHIZONTIDAE
Chaetomys subspinosus ouriço-caxeiro
Coendou prehensilis coandu

RÉPTEIS (Classe)
CHELONIA (Ordem)
TESTUDINIDAE(Família)
Geochelone carbonaria (Espécie) jabuti
SQUAMATA
AMPHISBAENIA (Subordem)
AMPHISBAENIDAE
Amphisbaena alba cobra-de-duas-cabeças
OPHIDIA (Subordem)
BOIDAE
Boa constrictor jibóia
COLUBRIDAE
Erythrolamprus aesculapii falsa-coral
Spilotes pullatus caninana
CROTALIDAE
Bothrops moojeni jararaca
Bothrops itapetiningae jararaquinha-do-cerrado
Bothrops neuwiedi jararaca-de-rabo-branco
Crotalus durissus cascavel
ELAPIDAE
Micrurus frontalis cobra-coral-venenosa
SAURIA ou LACERTILIA (Subordem)
IGUANIDAE
Tropidurus torquatus calango
TEIIDAE
Cnemidophorus ocellifer calango
Tupinambis merianae teiu

Principais espécies encontradas na região

Tamanduá Bandeira
Myrmecophaga tridactyla

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Carcará

Emas

João de Barro

Quati Logo Guará

Obs. Fotos extraídas de literaturas, e não são tiradas no local.

A ictiofauna

No local, através de observações no decorrer dos cursos d’água em estudo,


observaram-se poucas espécies.

Por ser pequenos córregos, encontramos os peixes mais comuns, como Piabas
(Astyanax spp.); Lambaris (Deuterodon spp., Moenkhausia spp), Cará (Aequidens
spp, Mesonauta spp), Bagres e Mandis (Pimelodus spp.), Mussum (Synbranchus
marmoratus) e Tuvira (Eigenmannia spp).

O Município e a Situação Atual

O município de Cristalândia pertence ao estado Tocantins, ele fica localizado


na latitude 10º36'01" sul e a uma longitude 49º11'35" oeste.
Sua extensão é de 1.848,241 km². A população do município é de
aproximadamente 7.300 habitantes segundo dados do IBGE.
O clima em Cristalândia é tropical. No inverno existe muito menos
pluviosidade que no verão. O clima é classificado como Aw segundo a Köppen e
Geiger. 26.6 °C é a temperatura média. 1920 mm é a pluviosidade média anual.
O Relevo: Pertence ao Planalto Central Brasileiro. Caracteriza se, sobretudo,
por superfícies tabulares e aplainadas.
Propriedade se localiza no relevo de superfícies de pediplanos–na qual
apresenta topografia plana a suavemente inclinada.
O município é cortado pelos rios Pium e Campeira.
Principais atividades econômicas do município de Cristalândia são:

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O município obteve em 2017 um Produto Interno Bruto de R$62,482 milhões


o que significou um aumento de 2,5% quando comparado ao ano anterior. Seu PIB
municipal em 2017 ficou classificado na 43°colocação no ranking Geraldo Estado.
No município em 2017, o setor de serviço foi responsável por 57,1%, foi à atividade
de maior participação neste setor.

Desenvolvimento Regional

O desenvolvimento de uma região se dará de forma mais rápida e a um custo


mais barato, se baseado na agricultura. E se esta agricultura for baseada na
pecuária este processo será ainda melhor, pois a pecuária além de ser um seguro
retorno, pois melhora a qualidade dos produtos, garante maiores produtividades,
otimiza os custos de produção e finalmente permite alcançar maiores lucros.

O uso da bovinocultura seguramente potencializa a economia regional.


Atualmente a lotação é de 1,70 Unidades Animais (UA)/ha de pastagens muito
próximo do que dizem os especialistas que é uma lotação de 02 UA/há, bem acima
da média do Tocantins que não chega a 01 (UA)/ha de pastagens.

5.2 – Especificações Técnicas do Projeto

O local de cultivo foi desmatado e está sendo cultivado de modo tradicional há


vários anos, por isso, não será necessária a movimentação do solo para
implantação do sistema, apenas as correções e fertilização do solo feitos em
superfície de acordo a análise do solo, sendo alguns dados da análise do solo
descritos a seguir:

Local pH Ca + Mg P(mel) K Al
(CaCl2) (cmolc/dm3) (ppm) (cmolc/dm3) (cmolc/dm3)
Pastagem 4,30 2,4 8,1 55,0 0,1

Interpretação:
Local pH Ca + Mg P(mel) K Al
(CaCl2) (cmolc/dm3) (ppm) (cmolc/dm3) (cmolc/dm3)
Pastagem Bom Bom baixo medio Muito Baixo

O cultivo de andropolon nestas áreas necessita apenas de uma fosfatagem


leve para elevação do teor de P, a adição de 100,0 a 150,0 kg/ha/ano de
superfosfato simples será o suficiente para elevar o teor de P, além de fornecer Ca e
S, embora esse último elemento não seja tão importante, ele é requerido em grande
quantidade por essa cultura. O teor de Ca embora não esteja alto considera-se
suficiente um nível dessa amplitude em cultivos convencionais.

6.0 – ATIVIDADES PRODUTIVAS

O sistema de criação de gado em sistema convencional, não exige


adaptações profundas. O sistema de criação de gado em pastagem tradicional já é
praticado na propriedade já algum tempo e não será ampliada podendo ser

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aproveitada a mesma infra-estrutura existente, como galpões de máquinas e


insumos, casa de funcionários e currais. A principal adaptação é com o manejo do
gado, e aplicação de insumos e fertilizante, visto que será adotado o sistema
rotacionado em toda propriedade. No sistema rotacionado o pasto é dividido em
parcelas de tamanho adequado ao pastejo dos animais por um período de 20 a 30
dias, de forma que a área somente será ocupada novamente após 35 dias, sendo
esse o tempo total necessário para fechamento de um ciclo de produção, como já
descrito acima. A correção dos níveis de Ca e P será feita de acordo à indicação das
análises de solo feitas periodicamente, visto que os níveis atuais são
suficientemente adequados para a continuação do projeto, nas quais a aplicação de
P é imprescindível para obter máxima produtividade o volume a ser aplicado é de
250 kg/ha de Superfosfato Simples a cada 6 meses até que se obtenha valores de P
na análise do solo de 20ppm, a qual provavelmente será atingida na 2ª aplicação.
A lotação no sistema tradicional será de 1,70 Unidades Animais (UA)/há, um
pouco abaixo da média tradicional que tem a lotação de 2 UA/ha.
A espécie a ser criada em toda a propriedade é as Raças Nelores, podendo ser
mista quanto à categoria, sendo em sua maioria animais de recria.
A produtividade máxima esperada é 10@ de carne/ha/ano (0,8 kg/animal/dia).
(CORREIA, L. A. e SANTOS, P.M. 2003), no caso dos animais para engorda. A
produtividade de animais de recria é de 1 bezerro/ha/ano.

7.0 – INDICAÇÃO, ANÁLISE E/OU AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS


(PROGNÓSTICO AMBIENTAL).

7.1 - Usos da Água

De todos os possíveis usos da água doce, como higiene, alimentação,


transporte, lazer e processos produtivos industriais, comerciais e agrícolas, os usos
agrícolas são os que requerem maior volume de água. De um modo geral no mundo,
cerca de 70% de toda água retirada dos rios ou do subsolo é usada para irrigação;
enquanto apenas 20% se destinam para usos industriais e 10% para usos
residenciais. Há de se acrescentar ainda, a maior exigência relativa em termos de
qualidade da água requerida para a agricultura irrigada, além deste uso ser
altamente consultivo, isto é, um uso em que grande parte ou o total da água captada
não retorna aos mananciais de origem. Em relação à necessidade de uso de água,
pode-se diferenciar os países em quatro categorias de perspectivas agrícolas,
segundo três componentes de desenvolvimento - recursos, tecnologia, e meio
ambiente: (1) baixo potencial de produtividade / alto potencial de terras (por exemplo
os EUA); (2) alto potencial de produtividade / alto potencial de terras (Brasil); (3) Alto
potencial de produtividade / baixo potencial de terras (Índia); (4) baixo potencial de
produtividade / baixo potencial de terras (Europa Ocidental).
Dada à prospectiva escassez de energia, água para irrigação, e incremento
de custos, os países da primeira categoria tendem a aumentar a exploração de seu
alto potencial de terras com um máximo de adoção de tecnologias de uso extensivo
do solo, e a erosão é passível de tornar-se o principal problema ambiental. Os
países da segunda categoria, incluindo o Brasil, em resposta aos esforços dos
países da primeira categoria, tendem a aumentar o uso extensivo do solo, mas o alto
potencial de produtividade fará atrativa a adoção de tecnologias para maximização

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da produtividade, e o uso de insumos (fertilizantes e agrotóxicos) e deverá


aumentar, juntamente com problemas de erosão, perda de habitats e de
biodiversidade, e degradação dos recursos naturais.
A avaliação dos impactos ambientais da bovinocultura é, pois, essencial
para promover o entendimento dos processos de degradação dos recursos naturais,
para orientar a adequada seleção de alternativas tecnológicas para o processo
produtivo, e para o delineamento de medidas corretivas e de manejo que permitam
auferir os máximos benefícios sociais com o mínimo de prejuízos ambientais.
O primeiro fator a ser considerado na avaliação do impacto da bovinocultura
refere-se ao regime hídrico da área sob influência do projeto, a disponibilidade
espacial e temporal de água tanto em termos de quantidade quanto em termos de
qualidade. Deve-se levar em consideração, além do dimensionamento do sistema do
sistema de abastecimento de água para matar a sede dos animais, possíveis
interferências para os múltiplos usos presentes e potenciais dos recursos hídricos
locais da microbacia, desde a conservação da vida silvestre até abastecimento
público. Isto quer dizer que mesmo quando há água em quantidade suficiente, pode
haver restrição de disponibilidade, devido a usos projetados ou antecipados, fazendo
necessário observar os planos de desenvolvimento local. Consideração especial
deve ser dedicada à conservação da qualidade das águas de escoamento, ou seja,
das águas servidas nas áreas do projeto, para que apresente qualidade compatível
com os usos previstos à jusante.
O segundo fator refere-se às modificações no manejo do solo necessárias à
implementação do projeto de produção de bovinos. Há que se considerar a
necessidade de movimentação de grandes volumes de terra, seja para a construção
das “obras de arte” dos aterros e diques, ou terraceamento ou nivelamento da área
cultivada, e a conseqüente exposição do solo à erosão, com efeitos potenciais para
os corpos d’água adjacentes.
Além dos cuidados de controle de erosão, há que se avaliar a lixiviação de
nutrientes e substâncias com as águas que percolam o perfil do solo nas áreas de
pastagens, cujo efeito local pode ser a salinização ou solidificação do solo cultivado
quando a chuva é insuficiente; ou a drenagem deficiente ou arraste de nutriente
caso a chuva seja excessiva. Estes impactos normalmente são evitados e corrigidos
simplesmente pela observância de práticas adequadas de manejo da bovinocultura.
O terceiro fator a ser considerado, qual seja, a modificação do sistema de
produção agrícola local, é de ordem mais complexa, pois sua influência extrapola os
limites da atividade agrícola imediata, e pode ter repercussões nos outros fatores de
impacto da atividade, desde as pragas e doenças associadas às plantas cultivadas,
até alterações nas relações trabalhistas. Ocorre que com a introdução da pastagem,
novas culturas e cultivares tendem a serem também introduzidas, bem como
modificações no regime de ocupação do solo, com eliminação de períodos de pousio
da terra, inclusão de práticas de rotação de culturas, com seus insumos,
implementos de mecanização e práticas de manejo associadas, todos demandando
adaptação do sistema produtivo como um todo. Cada uma destas alterações deve
ser muita bem planejada previamente, sua implementação, a fim de prover
condições para o seu adequado manejo. Conforme mencionado, uma conseqüência
imediata da introdução de novas culturas devido à abertura de áreas de pastagens é
a modificação do comportamento e tipologia das pragas e doenças associadas aos
cultivos. Isto demanda métodos eficazes de controle, incluindo aplicação de

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pesticidas, com possíveis implicações sobre a contaminação das águas e do


ambiente como um todo, e em especial, do trabalhador e do produtor rural.
Embasado em todo o discorrer, leva-se umas análises simples e coerentes de
uma observação mais sucinta de todo o processo que engloba a atividade na
Fazenda Três Irmãos com o sistema implantado para bovinocultura com o cultivo de
capim para a criação de bovinos, acelerando e implementando todo o sistema de
produção de carne e novos animais, pois se trata na sua maioria a recria.
Vale lembrar que, onde há desenvolvimento social há impacto também social
e, sobretudo ambiental. Ao fazer uma avaliação e análise dos impactos encontrados
na fazenda Três Irmãos com a atividade de bovinocultura, que embora seja
benéfico, ou seja, os impactos às vezes positivos valem lembrar que na grande
maioria são negativos em relação ao meio ambiente. Isso faz levar em conta uma
série de medidas mitigadoras (item 08) pra minimizar tais impactos oriundos desta
atividade.
A seguir foi elaborada uma planilha que identifica os principais impactos
ambientais gerados no empreendimento. Isso melhora a percepção destes impactos
para melhor buscar e descrever as devidas medidas de minimização dos impactos a
seguir. O prognóstico ambiental faz buscar uma melhor forma de diagnosticar os
problemas ambientais decorrentes destas atividades potencialmente poluidoras.

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FAZENDA TRÊS IRMÃOS MUNICÍPIO DE CRISTALÂNDIAI


PEQUENA MATRIZ DE IDENTIFICAÇÃO/IMPACTOS AMBIENTAIS
INTERVENÇÕES E ATIVIDADES ANALISADAS CONSIDERANDO A SITUAÇÃO DE MAIORES IMPACTOS AMBIENTAIS ADVERSOS
ite Atividades Unidade Geomorfológica Variável Ambiental Atingida Impacto Ambiental identificado
m
Atividades Agropecuárias

Água superficial, flora, fauna Interferência na disponibilidade de água; interferência na qualidade de


Cultivo de Área de pastagens e solo. água, uso de fertilizante e herbicida; alteração no ecossistema local e
capim regional interferindo na fauna e flora.

Interferência na qualidade da água (contaminação e poluição físico-


Criação de Área de pastagens Solo e ar; flora e fauna, água química – biológica da água); alteração química do solo e aqüífero
Animais superficial; população livre; alteração das condições da fauna e flora por inserção de
nutrientes e outras substancias no solo e corpo aquático.
Diminuição no nível de água do reservatório, lamina d’água e usos
Dessedentação Barragem Água superficial múltiplos.
de animais
Outras Edificações Atividades Domésticas

Esgotamento Interferência na qualidade da água subterrânea por contaminação


sanitário (fossa Sede da propriedade e casas dos Solo e água Subterrânea química – biológica do solo e aqüífero livre.
e sumidouro) vaqueiros

Disposição de
resíduos Sede da propriedade e casas dos Solo e água Subterrânea, Interferência na qualidade da água subterrânea por contaminação
sólidos vaqueiros água superficial, fauna, flora; química – biológica do solo e aqüífero livre.
domésticos população.

Galpões de Sede da propriedade Solo e água Subterrânea, Interferência na qualidade da água subterrânea por contaminação
Ferramentas e água superficial, fauna, flora; química – do solo e aqüífero livre.
máquinas população.

Estradas Acesso da Cidade de Água Superficial, flora (mata Interferência na disponibilidade de água, interferência na qualidade da
CristaLandiaAté a sede e da sede ciliar) fauna e solo. água.
até as áreas de pastagens

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8.0 – PROPOSIÇÃO DE MEDIDAS DE CONTROLE E MITIGAÇÃO DOS


IMPACTOS AMBIENTAIS

8.1. Meio Físico

8.1.1. Medidas de Controle da Poluição das Águas

8.1.1.1. Águas Subterrâneas

Os impactos ambientais negativos sobre as características dos mananciais


superficiais decorrentes da implantação de projetos de bovinocultura e
contaminação da água ar principalmente pelos gases amoniacais, são
representados principalmente pelas implementações agrícolas e pela potencial
contaminação por ocasião do uso de fertilizantes e agrotóxicos e/ou herbicidas.
Têm-se consciência que melhores resultados na prevenção e minimização
nos impactos negativos adquiridos do projeto, sob os impactos quantitativos e
qualitativos das águas subterrâneas, serão obtidos nas mesmas medidas em que o
empreendedor atender às orientações descritas e registradas no presente estudo
ambiental, e àquelas estabelecidas pelos órgãos competentes, principalmente de
fomento agrícola, como é o caso do RURALTINS e Secretaria da Agricultura, e de
licenciamento ambiental e monitoramento ambiental, de responsabilidade do
NATURATINS.

Como serão abordadas em capítulos posteriores neste documento, tais


orientações foram direcionadas principalmente para os seguintes aspectos:

a) mecanização agrícola com adequação de equipamentos, máquinas e


capacitação de mão-de-obra;
b) controle no uso de fertilizantes e agrotóxicos e/ou herbicidas;
c) manejo racional e adubação adequado do solo;
d) rotação de culturas/pastagens;
e) controle de pragas e doenças através de usos técnicos eficientes e
ecologicamente corretas, e
f) fomento ao plantio de culturas alternativas.

8.1.1.2. Águas Superficiais

O projeto agropecuário em estudo localiza-se em área com predomínio de solos


textura argilo-arenosa a concressionários e alta permeabilidade, localizando-se em
terrenos com reduzida declividade. Estas características são favoráveis à
minimização dos impactos ambientais negativos decorrentes de possíveis
contaminações e desequilíbrios (alterações quantitativas e qualitativas) das águas
superficiais e subterrâneas. De qualquer forma, o principal método de controle da
poluição das águas é a adoção de medidas preventivas, a mencionar:

a) o planejamento criterioso na fase de sistematização da área de plantio


(aração, gradagem, calagem e cultivo em nível);

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b) o uso da prática da rotação de culturas/pastagens;


c) o uso de receituário agronômico, expedido por técnico qualificado e
devidamente registrado em conselho profissional, com utilização de produtos
químicos modernos e menos agressivos ao meio ambiente;
d) a adoção de técnicas de controle de processos erosivos, e
e) a conscientização dos agricultores quanto ao manuseio adequado de insumos
agrícolas.

Deve-se observar que as medidas preventivas acima mencionadas serão


descritas neste documento, em itens e capítulos específicos a cada tema abordado.

8.1.2. Medidas de Controle para Sistema de Capacitação D’Água

O projeto agropecuário, município de Cristalândia, insere-se na Bacia


Hidrográfica do Rio Araguaia
Importante salientar que o respectivo projeto de pastagens encontra-se em
fase de regularização junto ao NATURATINS, mais especificamente junto à
Coordenação de Cadastro e Outorga de Uso da Água, no que se refere ao pleito de
outorga de direito de uso dos recursos hídricos, além do licenciamento da atividade
de bovinocultura.
Isto significa que o empreendedor executará a atividade proposta mediante ao
dimensionamento criterioso de seu balanço hídrico, devidamente avaliado pela
Coordenadoria de Cadastro e Outorga de Uso da Água, que por sua vez emitirá a
portaria de outorga com as características do projeto em estudo e recomendações a
serem implementadas e otimizadas. Portanto, a operacionalização do aludido projeto
de bovinocultura, será de acordo com as orientações desta portaria e estimulará,
certamente, o uso eficiente e racional do recurso hídrico.

8.1.3. Medidas de Controle para os Processos de Erosão

Os processos de aração e gradagem e a queimada das pastagens, prática


comum na região, comprometem a estabilidade da camada superficial do solo e são
responsáveis pela suscetibilidade do terreno à ação das chuvas e à capacitação dos
solos por ocasião da movimentação das máquinas e implementos. Este fato gera
condições propícias à perda da camada fértil do solo, podendo ocasionar alteração
de sua estrutura, além de seu adensamento, aliado à possível alteração da vida
microbiana presente no solo.
As medidas ora descritas para controle dos processos erosivos visam, dentre
outros aspectos: a) à proteção permanente das encostas, de nascentes e de
possíveis áreas de menor estabilidade e maior risco e b) ao manejo racional e
adequado do solo. Assim sendo, as medidas de controle dos processos erosivos são
as seguintes:

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1) Racionalização das Práticas Agrícolas: esta medida poderá ser realizada


através da incorporação dos restos de cultivos, como alternativa às
queimadas e aos seus graves e múltiplos impactos, de maneira a facilitar a
agregação do solo e evitar a mineralizaçao da matéria orgânica, e

2- Adoção de praticas conservacionistas de uso do solo: esta medida é


alcançada a partir da adoção das seguintes práticas: rotação de cultivos,
manejo do solo, cultivo em nível e controle de queimadas. A implantação
destas práticas dá-se da seguinte forma:

A- rotação de cultivos- será realizada como a inclusão de leguminosas, a fim


de facilitar a absorção de nitrogênio. Esta medida evitará a exaustão e o
empobrecimento do solo, diminuindo sobremaneira a incidência de pragas e
doenças nas culturas, e dispensará, parcialmente, o uso de adubos
nitrogenados, cuja lixiviação produz eutrofizacão de corpos d’água;

B- manejo do solo- 1) aração, que deve ser realizada a uma profundidade de


15cm, permitindo 20% de folga sobre a camada grumosa de 18cm, deve ser
executada preferencialmente quando o solo apresentar 20% de umidade. Isso
se verifica quando os torrões se esmigalham sem sujar as mãos. Para tanto,
deve-se utilizar o grande arado, e quando necessário o subsolador para aração
mais profunda; 2) plantio direto, prática utilizada com sucesso por alguns
agricultores da região eficaz na redução da mecanização, mantendo-se a
camada grumosa na superfície. A EMBRAPA apresenta as seguintes
orientações: a) os restos de culturas anteriores devem ser picadas e
distribuídas homogeneamente sobre o solo quando; b) devem-se aplicar
herbicidas, pré-emergente e contato; c) deve-se fazer o plantio de uma cultura
protetora se necessário ; d) o plantio da cultura desejada deve ser realizado
com implemento que abrirá sulcos de 5cm de profundidade e 5cm de largura.
Tratando-se de gramíneas, o adubo no sulco fica a 3cm e a semente a 2cm. 3)
subsolagem, deve ser realizada até 30cm de profundidade, com solo seco,
quando da necessidade do afrouxamento da camada grumosa. Para tanto, o
espaçamento entre as astes do subsolador será de 50cm. A composição
volumétrica do solo que servirá de referência será: 45% de matérias minerais
(areia, argila, limo e outros), 50% de cheios ou sólidos e 5% de matéria
orgânica, e ainda 50% de vazios ou poros, 25% de água e 25% de ar; 4) a
calagem, será realizada em observância à análise de solo, a ser feita
anualmente. Utilizar-se-á calcário dolomítico, com: Ca (31%), Mg (18,5%) e
PRNT-poder de neutralização do calcário (72%); 5) a adubação, em função dos
solos da região serem predominantes laterítico, consistirá na aplicação de solo
e em comparação ao quadro que segue:
do solo;
C- controle de queimadas- a ocorrência de queimadas da região está
tradicionalmente associada a queima da palha de pastagens. A magnitude dos
impactos ambientais conseqüentes de queimadas dependerá de em que
medida esta prática seja evitada. Assim, resultados satisfatórios podem ser
adotados alcançados adotando-se os seguintes procedimentos: a)
enterramento dos restos culturais, em tempo suficiente para sua decomposição

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e incorporação ao solo, devendo ser realizada logo após a retirada do rebanho,


quando poderá fazer –se uma roçagem para que os restos de capim fiquem
distribuídos homogeneamente sobre o solo; b) manutenção de aceiros ao longo
das cercas, das áreas de reservas florestais e em torno das matas cravadas
dentro da área da propriedade ao plantio. Estes deverão apresentar largura
mínima de 3m (três metros). No caso das cercas, 3m para um lado e mais 3m
para o outro.

8.1.4. Medidas para o Controle do Assoreamento dos Cursos D’água

As medidas e práticas que visam ao controle de processos erosivos,


como já abordados no item anterior (8.1.3), apresentam resultados positivos e
satisfatórios também no controle do assoreamento dos cursos d’água. Já o
assoreamento dos canais de transbordamento/vertedouro (canal de terra) e
drenagem deve ser evitado mediante:
a) sua adequada abertura (perfil trapezoidal), e
b) através do plantio de gramíneas em suas bordas livres, a fim de evitar
desmoronamentos e carreamento do solo por ocasião das chuvas, da ação dos
ventos e da alternância do seu nível d’água.

Na área estudada não foi observado nenhum processo erosivo, o que


evidencia que os solos locais são bastante estáveis, bem drenados e apresentam de
nula a baixa erosão laminar. Evidente que para não se comprometer esta
estabilidade, principalmente pele motivação dos solos durante sua sistematização
anual ou até mais(aragem e gradagem), reforça-se a necessidade de adoção de
técnicas e práticas conservacionistas de uso do solo, oportunamente descritas no
item referente ao controle de processos erosivos.

Ressalta-se que nas áreas de pastagens devem ser adotadas práticas,


tais como:
a) Aumentar a absorção e a retenção da água pluvial, através da
conservação da pastagem;
b) o excesso de água pluvial que escoa deve conter o mínimo possível de
sais (nutrientes) e de material em suspensão, evitando-se pois a exposição do
solo às intempéries e conseqüentemente seu arraste, e
c) Recomenda-se para as áreas de plantio a adoção do plantio direto com
abundancia de raízes, intensa atividade biológica subterrânea e com presença
de palha na superfície do solo. Esta técnica reduz os impactos proporcionados
pelas gotas das chuvas, aumenta a absorção e reduz a velocidade de perda do
excesso d’água sobre o solo e;
d) Nunca deixa a pastagem ficar degradada.

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8.1.5. Medidas para o Controle da Compactação do Solo

A adoção de técnicas de conservação e manejo racional do solo certamente é


responsável pelo controle do seu processo de compactação. Para isto as seguintes
ações são recomendadas:
a) As áreas de declive mais acentuado e de textura arenosa devem,
preferencialmente, ser mantidas conservadas;
b) Deve-se evitar o processo de monocultivo, planejando-se a adoção de
rotação de culturas;
c) Deve-se procurar diminuir o espaço de tempo em que o terreno fica
descoberto, vulnerável aos processos de erosão. Daí a recomendação de
adoção do plantio direto, e uma pastagem mais foliar;
d) No combate à capacitação do solo, deve-se incentivar a adoção de
práticas de aração e/ou drenagem com alternância de profundidade nos
transcorrer dos anos e reduzir a movimentação de máquinas, utilizando-se
somente o necessário, a fim de evitar a formação de camadas compactas no
subsolo, que prejudicam a infiltração de água e facilitam o arraste da camada
fértil do solo para os cursos d’água.

As práticas de adubação verde, cobertura morta (restos culturais), plantio em


nível e/ou em faixas, subsolagem e o plantio direto apresentam excelentes
resultados, inclusive no controle do processo de capacitação do solo, dentre outras
inúmeras vantagens. Estas práticas são discutidas em capítulos específicos deste
documento.

8.1.6. Medidas para Disposição de Resíduos Sólidos

No projeto de bovinocultura da Fazenda Três Irmãos, as medidas adotadas


para a disposição de embalagens vazias de produtos químicos (agrotóxicos) foram
condicionadas a Lei Federal nº9.974, de 06 de junho de 2000, e ao Decreto nº3.550,
de 27 de julho de 2000, devendo estar, ademais, em conformidades com as
orientações da Associação Nacional de Defesa Vegetal (ANDEF) e Associação
Nacional de Distribuidores de Defensivos Agrícolas e Veterinários (ANDAV), através
de seu ¨Manual sobre a Destinação Final de Embalagens Vazias de Agrotoxicos¨.

Tais medidas podem ser descritas como segue:


a) as embalagens vazias, com suas respectivas tampas, não serem utilizadas;
b) as embalagens vazias, com suas respectivas tampas, deverão ser
armazenadas, temporariamente, na propriedade, em local coberto, ao abrigo
da chuva, ventilado ou no próprio depósito das embalagens cheias;
c) as embalagens vazias com suas respectivas tampas, serão devolvidas aos
revendedores (estabelecimentos comercias em que foram adquiridos os
agrotóxicos), de acordo com as instruções previstas nos rótulos e bulas, no

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prazo de até um ano, contando da data de sua compra, sendo que antes da
sua devolução as embalagens rígidas laváveis (plásticas, metálicas e de
vidro) passarão pelo processo de tríplice lavagem, já as embalagens rígidas
não laváveis (embalagens flexíveis, rígidas que não utilizam água como
veículo de pulverização e secundárias não contaminadas rígidas ou flexíveis)
serão mantidas intactas, adequadamente tampadas e sem vazamento e as
embalagens flexíveis contaminadas serão acondicionadas em sacos plásticos
padronizados até a sua devolução. A água utilizada durante a tríplice
lavagem, já misturada aos restos do produto, será acrescentada à preparação
para ser utilizada na pulverização;
d) Quando de sua devolução, as embalagens vazias lavadas serão
transportadas veículo do tipo caminhonete, acondicionadas na carroceria
devidamente coberta, não permitindo o transporte das mesmas junto com
pessoas, animais, alimentos, medicamentos ou ração animal. No ato do
transporte, as embalagens estarão acompanhadas de uma declaração do
proprietário de que se encontrão adequadamente lavadas de acordo com as
recomendações da NBR 13.968;
e) A tríplice lavagem será executada da seguinte forma: 1º - esvazia-se
completamente o conteúdo da embalagem no tanque pulverizador, 2º -
adiciona-se água limpa à embalagem até um quarto do seu volume, 3º -
tampa-se bem a embalagem e agita-se por 30 (trinta) segundos, 4º - despeja-
se a água de lavagem no tanque do pulverizador, 5º - faz-se esta operação 3
(três) vezes, e 6º - inutiliza-se a embalagem plástica ou metálica, perfurando o
fundo. As operações de tríplice lavagem serão realizadas na ocasião do
preparo da calda, mediante após o esvaziamento da embalagem, para evitar
que o produto resseque e fique aderido à parede interna da embalagem,
dificultando assim a remoção. Estas operações serão executadas com a
utilização de equipamentos de proteção individual ( EPI’s) exigidos para o
preparo da calda, e
f) As empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus
componentes afins, são responsáveis pela destinação das embalagens vazias
dos produtos por elas fabricados e comercializados, após a devolução pelos
usuários, conforme previsto na legislação pertinente.

O destino final dos resíduos sólidos domiciliares deve seguir o método mais
adequado às circunstancias do aludido projeto, diante de rigorosos critérios técnicos,
observando-se:
Construção de uma vala, que é como um pequeno aterro controlado, onde o
lixo é colocado dentro da vala e colocado uma camada de terra sobre o mesmo.
Tem-se na propriedade 02 funcionários que são casados, um dos casais com
02 filhos, tem-se então, 06 pessoas permanentes na propriedade.
Como sempre tem mais um ou dois ajudantes, vamos considerar 08 pessoas
para efeitos de cálculos.

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Quadro 01 - Estimativa de Habitantes/lixos gerados


Estimativa de Habitantes 08 hab
População Atendida 08 hab
Coleta de Resíduos 100,00% %
Estimativa de quantidade de lixo gerado 0,00768 ton/dia
Geração per capta 0,96 kg/hab/dia
Taxa de crescimento 0,0 %/ano
Peso especifico médio do lixo 0,7 ton/m3
2,80 ton/ano
Produção Futura de Resíduos
2,80 m3/ano
Percentual de Cobertura 15% 3,22 m3/ano
Vida Util 20 anos
Estimativa de Capacidade 64,40 m3
Área necessária 35 m2
Aqui, foram consideradas algumas ferramentas da Política Nacional de
Resíduos Sólidos, Lei n° 12.305/2010.

8.1.7. Medidas de Controle da Poluição Atmosférica

No Projeto de bovinocultura da Fazenda Três Irmãos as fontes da poluição


atmosférica são representadas unicamente pela emissão de gases e partículas por
ocasião da utilização de máquinas e implementos agrícolas, além das geradas pelas
fezes dos animais.
Com o intuito de minimizar os efeitos da poluição atmosférica conseqüente da
utilização de máquinas e implementos agrícolas, uma vez que sua prevenção é
muito pouco provável, são seguidas as recomendações técnicas preconizadas pelos
fabricantes quanto ao seu uso e à sua manutenção. Para seu perfeito
funcionamento, além de óleo diesel, estas máquinas necessitam de óleos
lubrificantes específicos e de filtros de óleo, que devem ser substituídos de acordo
com as recomendações estabelecidas pelo fabricante, levando-se em consideração,
sobre tudo, o número de horas trabalhado e a qualidade do óleo diesel e do
lubrificante. Com relação ao filtro de ar, este deve ser avaliado conforme o resultado
do seu teste de funcionamento, realizado por pessoal competente e
preferencialmente autorizado pelo fabricante.
Já foram mencionadas neste documento inúmeras vantagens ambientais
relacionadas à adoção de prática de plantio direto e que a pastagem conservada
traz vantagens neste aspecto, uma vez que possibilita satisfatória redução do
processo de compactação do solo, dentre outros benefícios. Tal prática reveste-se
ainda de importância no contexto deste projeto por promover a redução do uso de
máquinas e insumos, o que leva a uma conseqüente diminuição na emissão de
gases poluentes e de partículas.
A queimada, que podem ser consideradas agentes de poluição atmosférica,
embora represente prática repudiada pelo empreendedor, são riscos potenciais à

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integridade física da propriedade. A magnitude dos impactos ambientais


conseqüentes da queimada dependerá de em que medida esta prática seja enviada,
uma vez que a ocorrência de queimadas na região esta tradicionalmente associada
à queima da pastagem no final da seca.
É importante ressaltar que a prática de queimada não é adotada em hipótese
alguma na propriedade em virtude dos inúmeros malefícios que a mesma acarreta
ao meio ambiente. Porém, conscientes do risco potencial que representa, como já
mencionado, quando acidental ou até mesmo criminosa, o empreendedor deve
adotar os seguintes procedimentos preventivos:
a) manutenção de aceiros ao longo das cercas, dar áreas de reservas florestais e
em tornos das matas cravadas dentro da área destinada ao plantio. Estes deverão
apresentar uma largura mínima de 3m (três metros). No caso das cercas, 3m para
um lada e mais 3m para o outro, e
b) os funcionários serão devidamente orientados e equipados para combate às
queimadas quando por ventura vierem a ocorrer nos domínios da propriedade.

8.1.8. Medidas de Controle do Uso de Projetos Químicos

A utilização de produtos químicos (agrotóxicos e fertilizantes) em projetos


agrícolas/pastagens é inevitável: porém são manuseados quantitativa e
qualitativamente apenas para atender as reais necessidades no tratamento do solo e
da espécie a cultivar, com o entuito de excessos e conseqüentemente desperdícios,
o que pode acarretar incrementos financeiro desnecessários e danos ao meio
ambiente, quando de sua contaminação do solo e conseqüente arraste aos cursos
d’água.
O manuseio de agrotóxicos deve seguir receituário agronômico devidamente
emitido por técnico qualificado e registrado em seu conselho profissional.Deve-se
fomentar o controle biológico e as técnicas alternativas, como plantações-isca e a
utilização de produtos biodegradáveis.
Destaca-se que só podem ser comercializados defensivos agrícolas,
independentemente de sua classificação toxicológica, mediante receituário
agronômico, conforme Portaria n°007, de 13 de janeiro de 1981. Em sua prescrição,
conforme preconiza tal Portaria, devem constar os seguintes elementos descritos
obrigatórios:
a) nome completo do técnico responsável que prescreveu a receita, seguido do seu
registro no CREA – Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura e de seu
endereço;
b) nome do consulente, proprietário e localização;
c) diagnóstico;
d) recomendações técnicas com as seguintes informações: (1) nomes dos produtos
comerciais que deverão ser utilizados; (2) cultura onde serão aplicados; (3)
dosagens de aplicação e quantidades totais a serem adquiridas; (4) modalidade de
aplicação ( no caso aplicação por via aérea devem ser registradas as instruções

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específicas); (5) época de aplicação; (6) intervalos de segurança (período de


específicas); (7) precauções de uso; (8) primeiros socorros em caso de acidente,e
(9) advertências relacionadas com a proteção ao meio ambiente aos produtos.
A emissão de receituário agronômico pressupõe que o técnico conheça as
origens do processo que está prejudicando o desenvolvimento da cultura (etiologia),
haja vista que em muitos casos há necessidade de efetuar um diagnóstico
polietiológico, em função do comprometimento da cultura com diferentes agentes
(bactérias, vírus, fungos, insetos etc).
Quando da emissão do receituário deve-se levar em consideração os seguintes
procedimentos técnicos:
a) receitar o mínimo de produtos para obtenção do máximo de rendimento;
b) elaborar um plano de tratamento cujos procedimentos sejam os mais simples
possíveis;
c) estabelecer estratégias de interferência no processo, quando necessário;
d) ampliar o máximo os recursos terapêuticos;
e) acompanhar a execução dos trabalhos de aplicação;
f) elaborar o diagnóstico etilógico ou polietiológico;
g) levar em consideração os aspectos etiológicos locais e também regionais, e
h) levar em consideração os aspectos toxicológicos que afetarão, dereta e
indiretamente, o homem, os animais, as plantas e o meio ambiente.

A utilização de produtos químicos, portanto, é administrada apenas para atender


as reais necessidades do cultivo, a fim de evitar excessos, o que poderia acarretar
incrementos financeiros desnecessários e danos ao meio ambiente, quando de sua
contaminação do solo e conseqüente arraste aos cursos d’água, além dos riscos
para a saúde humana.
Fica evidente, inquestionavelmente, que a aquisição e utilização de tais produtos
devem obedecer ao receituário agronômico próprio, prescrito por profissional legal
habilitado, de acordo com a legislação pertinente.
Seguindo-se as orientações do receituário, além de promover a adoção de
controle biológico e de técnicas alternativas, como plantacões-isca e a utilização de
produtos biodegradáveis, observam-se significativa redução do uso destes produtos,
resumindo-se ao extremamente necessário e ao efetivo controle de seu manuseio,
no que tange à correta dosagem de aplicação e à época certa de aplicação. Por
outro lado, os funcionários devem ser devidamente orientados e equipados para o
manuseio eficiente e seguro de produtos químicos.

8.2. Meio Biótico

8.2.1. Medidas de Proteção da Flora e Fauna

Com medida de proteção da flora e da fauna, considerou-se necessário


delimitar áreas de proteção ambiental (Áreas de Preservação Ambiental e Reserva

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Legal) prioritárias para conservação e otimização do agroecossitema a ser


implantado. Esta medida proporciona a proteção da biota, propiciando-se
manutenção da biodiversidade local, e minimiza os efeitos sobre os ecossistemas
terrestres e aquáticos, que ocorrerão devido à implantação do empreendimento.
A delimitação das florestas e demais formas de vegetação natural observadas
na área em estudo como de preservação permanente obedece aos preceitos
estabelecidos na Lei n°4.771/65 (Código Florestal) e Lei n°771/95 (Política Florestal
do Estado do Tocantins), sendo delimitada a vegetação sendo situada ao logo dos
rios e quaisquer cursos d’água, ao redor de lagos e lagoas, obedecendo-se suas
larguras mínimas, sendo determinações deste código, bem como naquelas áreas
estabelecidas no Art. 8° da Lei n°771/95. A definição das Áreas de Reserva Legal
segue as determinações preconizadas pela Medida Provisória n°2.080-58, de 27 de
dezembro de 2000.
Com o intuito de garantir a proteção flora e fauna local destacam-se as seguintes
medidas adicionais:
a) educação ambiental a cerca da importância da preservação ambiental, que
envolva o próprio proprietário e funcionários permanentes e temporários;
b) proibição da caça e pesca nos domínios da propriedade, através da
indicação de placas educativas,
c) proteção de nascentes e manutenção de aceiros no contorno da
propriedade, de áreas de reserva;
d) confecção e instalação de placas indicativas de proibição de caça e pesca,
de não permissão de acesso e pessoas não autorizadas e das áreas de
reserva;
e) introdução de gramíneas nas bordas dos canais drenagem a fim de evitar
desmoronamentos, e
f) manutenção das áreas de reserva legal e preservação permanente a fim de
que sirvam de habitat e fonte de alimento para a fauna local.

Propõem-se, caso seja necessária, a recomposição das matas ciliares de cursos


d’água que cortam o empreendimento e/ou que façam limite com outras
propriedades, através de enriquecimento vegetal, ou seja, plantio de mudas de
espécies nativas de ocorrência local naqueles pontos de mata perturbados por ação
antrópica. Para isso, as seguintes ações serão necessárias:
a) reconhecimento completo de toda extenção de mata ciliar e de área de
plantio (inspeção de campo para detalhamento das áreas) para a
identificação dos pontos perturbados por ação antrópica;
b) dimensionamento (medição e quantificação) das áreas a serem enriquecidas
através do plantio de mudas de espécies nativas;
c) definição das espécies a serem utilizadas para o referido enriquecimento
junto às instituições (organizações governamentais, não-governamentais, de
ensino e pesquisa) em funcionamento no Estado, e
d) aquisição (em viveiros especializados) e plantio de mudas (através da
orientação de consultor habilitado) das espécies selecionadas.
O enriquecimento vegetal das matas ciliares nos domínios do empreendimento.

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Será realizado, caso necessário, através do plantio de mudas de espécoes


nativas arbóreas de ocorrência local (basicamente pioneiras, que possibilitarão, por
um processo natural de sucessão, a formação de uma população clímax
ecologicamente compatível com a área); por outro lado, nas bordas dos canais de
drenagem, serão introduzidas espécies de gramíneas a fim de minimizar até mesmo
evitar possíveis desmoronamentos.
Como conseqüência do enriquecimento de matas ciliares, será realizado o
monitoramento da evolução das espécies cultivadas. Com o intuito de aumentar a
eficácia dos procedimentos de reabilitação, serão levadas em consideração as
seguintes diretrizes:
a) o coveamento deverá seguir as seguintes dimensões de covas: 40x40x40cm;
b) a adubação das covas deve ser realizada utilizando-se NPK (fórmula 10-30-
10), na quantidade de 200g/cova;
c) a época de plantio obedecerá ao início do período chuvoso, escolhendo-se
dias sombrios e com temperaturas amenas, para um rápido estabelecimento
da vegetação;
d) instalação de grades de madeira para a proteção das mudas , após seu
plantio;
e) manutenção de aceiros permanentes ao redor das mudas já plantadas e
protegidas, e
f) combate às formigas, durante e após o plantio.

O processo de enriquecimento vegetal de matas ciliares é de responsabilidade do


empreendedor.

8.3. Meio Sócio-econômico

8.3.1. Medidas de Proteção da Saúde Humana

O risco à saúde humana, em projetos agropecuários, pode estar relacionado


ao manuseio de combustíveis, à utilização de equipamentos quando dos tratos
culturais e à lida direta com máquinas pesadas; além de outros riscos de menores
proporções. É evidente que o principal risco a saúde humana está relacionada ao
manuseio de produtos químicos, como fertilizantes e agrotóxicos (defensivos
agrícolas). Torna-se importante, portanto, a conscientização e o esclarecimento,
através de programas de educação ambiental específico, que envolva desde o
empreendedor, sejam muni fundiário, pequeno e/ou grande proprietário de terra,
além de seus familiares, até empregados permanentes e/ou temporários e, se
possível, fornecedores destes produtos.
É importante destacar que o uso indiscriminado de defensivos agrícolas pode
não apenas prejudicar a saúde daqueles que o manipulam, mas também colocar em
risco o equilíbrio do meio ambiente. Ao atingir o solo, além de contaminá-lo, pode
ser carregado para os mananciais superficiais e subterrâneos, além de inserir-se na

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cadeia alimentar, quando absorvido por espécies aquáticas, como no caso dos
peixes.
Os riscos de acidentes e contaminações serão reduzidos à proporção
praticamente inexpressiva com a adoção do manuseio de produtos químicos,
através de dosagens e aplicações criteriosa e tecnicamente orientadas. Assim
sendo, as seguintes práticas são recomendadas e, em alguns casos, exigidas por
lei, a saber:
a) utilização de Equipamentos de Proteção Individual (EPI), tais como: macacão
com mangas compridas; luvas; botas; avental impermeável e chapéu (em
muitos casos também exigi-se o uso de máscara);
b) evitar a utilização de equipamento e/ou vasilhame com vazamento;
c) jamais desentupir orifícios, válvulas, tubulações etc. com a boca;
d) evitar comer, beber e fumar durante o manuseio do produto;
e) manter os produtos fora do alcance de crianças e animais;
f) evitar a aplicação do produto contra a direção do vento,
g) evitar o contato com os olhos e a pele. Caso atinja os olhos, devem-se lavá-
los imediatamente com água corrente durante quinze minutos, e caso haja
irritação, procurar assistência médica tendo em mãos a embalagem, rótulo
ou bula do produto. No caso de derrame sobre a pele, devem-se lavar as
partes atingidas imediatamente com bastante água e sabão, procedendo-se
similarmente conforme irritação nos olhos;
h) não se deve reutilizar a embalagem vazia, nem tão pouco queimá-la ou
enterrá-la, e
i) após utilização de todo o produto, deve-se armazenar adequadamente a
embalagem em lugar ventilado e coberto, construído de alvenaria ou de
material não comburente, com piso impermeável, com acesso restrito. A
legislação vigente estabelece que o produtor rural deve devolver as
embalagens ao revendedor, que por sua vez deve enviá-las ao fabricante.

Podem ser destacadas ainda outras recomendações imprescindíveis para se evitar a


contaminação do meio ambiente, quais sejam:
a) Evitar a aplicação de produtos químicos em horários de ventos fortes e de
intensa insolação e ainda em dias de chuva;
b) evitar derramamento de produto, mesmo as “sobras”;
c) não lavar embalagens e/ou equipamentos em cursos d’água, sejam lagoas,
ribeirões, rios, córregos e até meso em poços rasos ou profundos;
d) devem-se devolver as embalagens ao revendedor, que por sua vez deve
enviá-las ao fabricante, conforme na legislação vigente, e
e) após recebimento do fornecedor, os produtos devem ser armazenados
adequadamente em lugar ventilado e coberto, construído de alvenaria ou de
material não comburente, com piso impermeável, de acesso restrito, onde
deve-se instalar placa de advertência, com os dizeres: CUIDADO, VENENO.

Destacam-se ainda recomendações quando do registro de acidentes, seja na


manipulação e/ou em derrames casuais:

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a) em caso de derrame, o escoamento deve ser estacando da seguinte forma: (1)


quando se tratar de piso cimentado deve-se absorver o produto derramado com
terra, areia ou ma absorvente, para posteriormente recolhê-lo com auxílio de uma
pá, colocando-o em tambores ou recipientes devidamente identificados e lacrados.
O local onde ocorreu o derrame deve ser lavado com solução de carbonato de
sódio; (2) no caso de derramamento diretamente sobre o solo, deve-se retirar toda a
camada da terra contaminada até atingir o solo seca, colocando-a em tambores ou
recipientes devidamente identificados e lacrados, e (3) se o derrame for ocasionado
em cursos d’água, deve-se interromper imediatamente o consumo humano e animal,
contactando-se com o fabricante para a adoção das medidas cabíveis, que
dependerão das características do recurso hídrico, das especificações técnicas
inerentes ao produto e da sua quantidade derramada, e
b) isolar e sinalizar as áreas contaminadas, utilizando-se de Equipamentos de
Proteção Individual (EPI).
No contexto deste estudo, mais especificamente no que concerne o manuseio
de defensivos agrícolas, deve-se salientar que a Lei Federal nº9.974, de 06 de junho
de 2000, em seu art. 1º, que altera a redação do art. 6º da Lei n°7.802/89,
estabelece que “os usuários de agrotóxicos, seus componentes a fins deverão
efetuar a devolução das embalagens vazias dos produtos aos estabelecimentos
comerciais em que foram adquiridos, de acordo com as instruções previstas nas
respectivas bulas, no pardo de até um ano, contando da data da compra, ou prazo
superior, se autorizado pelo órgão registrante, podendo a devolução ser
intermediada por postos ou centros de recolhimento, desde que autorizados e
fiscalizados pelo órgão competente”. A referida lei estabelece ainda que “as
empresas produtoras e comercializadoras de agrotóxicos, seus componentes afins,
são responsáveis pela destinação das embalagens vazias dos produtos por ela
fabricados e comercializados, após a devolução pelos usuários, e pela dos produtos
apreendidos pela ação fiscalizatória e dos impróprios para utilização ou em desuso,
com vistas à sua reutilização, reciclagem ou inutilizacão, obedecidas às normas e
instruções dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes”.

Não obstante, reforça-se o acima exposto através do Decreto Federal


nº3.550, de 27 de junho de 2000, em seu art. 1º que altera a redação dos arts.
33,38,41,45,48,58 e 72 do Decreto nº98.816/90 e que estabelece que “os usuários
de agrotóxicos e afins deverão efetuar a devolução das embalagens vazias, e
respectivas tampas, dos produtos aos estabelecimentos comerciais em que foram
adquiridos, observadas as instruções estabelecidas nos rótulos e bulas, no prazo de
até um ano, contando da data de sua compra”. O respectivo decreto estabelece
ainda que “os estabelecimentos comerciais deverão dispor de instalações
adequadas devidamente dimensionadas para recebimento e armazenamento das
embalagens vazias devolvidas pelos usuários, até que sejam recolhidas pelas
empresas produtoras e comercializadoras, responsáveis pela destinação final destas
embalagens”. Além do mais “ as empresas produtoras de agrotóxicos, seus
componentes a fins, são responsáveis pelo recolhimento, transporte e pela
destinação final das embalagens vazias, devolvidas pelos usuários aos
estabelecimentos comerciais ou às unidades de recebimento, e dos produtos por

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elas fabricados: I – apreendidos pela ação fiscalizatória; II – impróprios para


utilização ou em desuso, com vista `a sua reciclagem ou inutilizacão, de açodo com
as normas dos órgãos registrantes e sanitário-ambientais competentes”.

9.0 – CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DA OBRA

O cronograma de execução das medidas mitigadoras e de controle dos


impactos adversos associados ao respectivo Projeto Agropecuário foi definido
mediante as peculiaridades das culturas exploradas economicamente. Os quadros
que seguem representam as referidas culturas associadas às medidas mitigadoras e
de controle.
A seguir os números de 01 a 11 representam respectivamente os itens.
Cronograma de Execução das Obras

1 Programa de Enriquecimento Vegetal de Matas Ciliares


2 Programa de Monitoramento da Qualidade das Águas do Rio Santo Antonio
3 Programa de Educação Ambiental
4 Programa de Manejo das Áreas de Preservação
5 Programa de Manejo Racional das Águas

Medidas a partir de Outubro de 2021.


Medidas Mitigadoras out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set
e de controle
01 x x x x x
02 x x
pastagens/criação 03 x x x x
04 x x x x x x x x x x x x
05 x x x x x x x x x x x x

Obs.: Os itens 2 e 5 terão atenção especial.

No item 02, o monitoramento deverá de 06 em 06 meses, ou de acordo


determinação do NATURATINS, bem como os parâmetros (OD, Turbidez,
Salinidade e etc) também deve ser orientados e listados pelo NATURATINS.
Esta análise deverá se estendida a todas vertentes pertencentes ao projeto

No item 05, deve – se observar a vazão no período de estiagem para que não seja
captado mais do que o estimado.

As medidas listadas a seguir foram as mesmas listada no Cronograma do PCA.


Estas medidas deverão ser obedecidas integralmente.

1- Medidas de Controle de Poluição das Águas Subterrâneas (item 8.1.1.1)

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2- Medidas de Controle de Poluição das Águas Superficiais (item 8.1.1.2)


3- Medidas de Controle para Sistema de Capacitação D’água (item 8.1.3)
4- Medidas de Controle para os Processos de Erosão (item 8.1.3)
5- Medidas para o Controle do Assoreamento dos cursos D’água (item8.1.4)
6- Medidas para o Controle da Compactação do Solo (item 8.1.5)
7- Medidas para Disposição de Resíduos Sólidos (item 8.1.6)
8- Medidas de Controle da Poluição Atmosférica (item 8.1.7)
9- Medidas de Controle do Uso de Produtos Químicos (item 8.1.8)
10- Medidas de Proteção da Flora e Fauna (item 8.2.1)
11- Medidas de Proteção da Saúde Humana (item 8.3.1)

No caso de desativação novas medidas deverão ser tomadas.

Com base nos quadros supracitados é possível destacar que determinadas


medidas de mitigação e controle de impactos negativos serão implementados
durante todo o ano e no decorrer dos anos (tendo como horizonte de implantação a
vida útil do projeto). Outras medidas e principalmente os programas de
acompanhamento e monitoramento serão implementados paulatinamente durante a
vida útil do projeto, ora com freqüência mensal (como é ocaso das medidas 1,2 e11).

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10.0 - REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL.[Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998]. A Lei da Natureza: lei de


crimes ambientais. Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renováveis. Brasília: IBAMA, 1998, 62p.

CONSORCIO SONDOTÉCNICA S.A., HIDROPROJETO S.A. Projeto Javaés:


Estudo de Pré-viabilidade para Aproveitamento Hidroagrícola. V. 02, 1995.

DAKER, A. A água na agricultura: irrigação e drenagem. 4ªEd. Rio de Janeiro: F.


Bastos. 1973, V.3.

GALERIA DE FOTOS DE ANIMAIS, extraído de www.faber-castell.com.br no dia


01 de agosto de 2007.

MARGALEF, R. Ecologia. Barcelona: Omega, 1982.

MA/SUPLAN. Plano indicativo de ocupação agrícola para o estado do Pará.


Segmento de recursos naturais. Brasília, 1979 (mimeo).

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, RECURSOS HÍDRICOS E AMAZÔNIA


LEGAL, UNESCO e GOVERNO DO TOCANTINS. Programa internacional de
Pesquisa e Desenvolvimento dos Ecótonos Brasileiros. Lago da Confusão-TO, 5-8
de março de 1996.

PRIMAVESI, A. Manejo Ecológico dos Solos: A Agricultura em Regiões Tropicais.


São Paulo: NOBEL, 1998.

SENIR/IBAMA/PNUD/OMM. Meio Ambiente e Irrigação. Brasília, 1998.

UNITINS – FUNDAÇAO UNIVERSIDADE DO TOCANTINS. Estudo de Impacto


Ambiental-EIA e Relatório de Impacto Ambiental-RIMA: Projeto Javaés/Sub-projeto
Lagoa/Bacia do Rio Urubu/Lagoa da Confusão-TO. Palmas, 1996, digitado.

RADAMBRASIL. Folha SC.22-Tocantins. Levantamento de Recursos Naturais, 22.


Rio de Janeiro.

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11.0 – ANEXOS

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