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Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Disciplina: Tecnologia Lítica II


Professora: Sibeli Aparecida Viana
Aluno: Pedro Henrique de Oliveira Pimenta Sousa
Atividade: fichamento do texto de Simondon

Esqueleto logico.

1. Objeto técnico submetido a umas gênesis.


 Possível entendimento da gênese através da espécie técnica.
 Possibilidade de haver ilusões das espécies técnicas.
 Uma gênese pode originar diferentes linhagens evolutivas.
2. Objeto técnico abstrato.
 Visto como forma primitiva do objeto técnico.
 Apresenta diversos problemas técnicos, ao se tratar de um
sistema fechado e absoluto.
 Noção de menos primitivo por parte do objeto técnico, em
questão da passagem do abstrato para concreto.
 Noção de objeto técnico abstrato comparado com objeto artificial.
3. Objeto técnico concreto.
 Visto como forma evoluída do objeto técnico.
 Concretização ligada ao objeto que possui sinergia com o seu
todo e não cada parte da o seu melhor.
 Noção do objeto técnico concreto comparado com objeto natural.
 Individuação do objeto técnico no processo de concretização.
4. Razões para evolução técnica.
 Dados através de necessidades internas e em raras vezes
externas.
 Passagem do artesanato para industrialização
 Um carro feito sobre encomenda.
 Mudança de características não essenciais ao
funcionamento do objeto técnico.
 Características essenciais não podem ser mudadas.
 Fatores econômicos (diminuição da matéria prima ou trabalho e
consumo durante a utilização.
 Fatores técnicos (guerra).

Síntese.

Na obra de Simondon, o autor vem nos trazendo em seu primeiro


capitulo a noção de concretização e abstração de objetos técnicos. Desta
maneira, nos é apresentado primeiramente que todo objeto técnico possui uma
gênese (um surgir ou primeiro objeto), todavia, definir a gênesis de um objeto
técnico se torna difícil, tendo em vista que o mesmo pode modificar em várias
linhagens ao longo do tempo e o objeto que temos aqui e agora, pode-se tratar
de um objeto totalmente ilusório.

Tendo a noção sobre a gênesis do objeto técnico, pode-se entender a


respeito dos objetos técnicos abstratos. Esses, são vistos como uma forma
primitiva do objeto técnico, onde suas funções não estão ligadas entre si, ou
seja, não há uma sinergia consigo mesmo. Um exemplo é dado por Simondon
a respeito de trabalhadores de uma fábrica, onde os funcionários trabalham em
turnos diferentes e não se conhecem. Desta maneira, em um objeto técnico
abstrato, uma série de funções dão o melhor de si para o funcionamento, más
nenhuma possui sinergia com a outra. Com isso, os objetos técnicos possuem
vários problemas a serem resolvidos, e são a resolução desses problemas que
indicam a evolução de um objeto técnico. Todavia, resquícios desses
problemas podem continuar, e são justamente essas marcas que nos
demonstram as espécies técnicas de cada objeto. Observa-se que o objeto
técnico pode evoluir continuamente, não continuamente e dar saltos. Um
exemplo de desenvolvimento continuo são estudos científicos, que ao se
utilizar e experimentar diversas vezes, consegue-se evoluir o objeto.

Ao objeto se tornar concreto, ele passa a ser visto como uma forma
evoluída do objeto técnico, onde as suas funções não são mais separadas e
sim possuem sinergia com todo o objeto. Desta maneira, diversos problemas
antes apresentados nos objetos abstratos são reduzidos, o que o torna mais
evoluído em comparação com o abstrato.

Simondon, explica que a noção da sinergia do objeto técnico, está


ligado a individuação do objeto técnico, ou seja, ele se torna um só, um objeto
único. Sendo assim, a passagem da abstração para concretização está ligada
a individuação do objeto técnico.

Esse objeto técnico concreto é visto como um objeto natural, por não
precisar do cuidado do homem para seu perfeito funcionamento. Um exemplo
são flores criadas na natureza, que são formas naturais e não precisam da
intervenção do homem para sobreviver ao seu meio. Todavia, ao serem
produzidas em estufas, as mesmas se tornam dependentes da mão do homem,
pois ao evolui-las a um determinado ponto, as mesmas deixaram de ser
evoluídas e retrocederam para abstratas ou artificiais.

Mas por que os objetos técnicos evoluem? Primeiramente temos que


entender que são fatores internos e poucas vezes externos que evoluem um
objeto. Simondon, nos apresenta dois exemplos, um carro sobre medida e uma
peça de roupa produzida por um alfaiate.

No caso do carro, o fabricante não poderá fazer nada além de inserir nos
veículos acessórios que não são necessários para o funcionamento do carro,
pois as partes essenciais não podem ser modificadas. Todavia, ao inserir essas
partes desnecessárias, o carro começa a ter problemas, sua velocidade já não
é a mesma, não anda como deveria, etc. Ou seja, foram fatores externos que
pediram o carro a medida e assim ele não evoluiu.

Já para o alfaiate, suas roupas são feitas sobre medida e com


características sem necessidade como a do carro. É o cliente quem pede a
mudança de coisas, e não o alfaiate que insere o que é essencial. Ou seja,
diferentemente da industrialização que modela uma sociedade através de
padrões em sua produção, o artesão recebe medidas de fora, o que não lhe dá
uma coerência interna e assim se torna abstrato.

Além do que foi citado, fatores econômicos como a economia de energia


ou matéria prima, são responsáveis pela evolução do objeto. Todavia, os
fatores técnicos são os mais dominantes, podendo citar por exemplo guerras
que exigem equipamentos de alta qualidade.

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