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ARTIGO: Arthur Henrique e a “unidade” da CUT: um chamado à colaboração de classes

Com a ruptura da maioria das forças políticas de oposição ao Governo Lula, a CUT transforma seu 10º
Congresso num fórum bipartite e faz “chamado” oportunista para que a esquerda retorne à central

JUARY CHAGAS, de Natal (RN)

O processo de anexação da CUT ao aparelho do estado burguês segue com uma velocidade assustadora e no seu 10º
Congresso, a CUT sela de uma vez a sua falência enquanto organização dos trabalhadores.

Bem diferente do que acontecia durante o ascenso dos anos 80, quando ainda era possível se fazer um debate classista
e com independência frente a patrões e governos, o CONCUT demonstra ser – sem qualquer mediação – um fórum
bipartite, onde trabalhadores e governo debatem soluções “negociadas” para os problemas da classe.

A CUT, nos seus primórdios, sempre defendeu que os trabalhadores deveriam levantar suas bandeiras imediatas e
históricas para, a partir daí, construir as lutas e mobilizações que exijam e arranquem dos patrões e dos governos essas
reivindicações. Mas a ação direta e a independência de classe são princípios absolutamente esquecidos pela CUT.

Um congresso assumidamente governista

Para se ter uma idéia do grau de promiscuidade da CUT com os interesses patronais e dos governos, basta olhar para a
programação do Congresso. Para as mesas temáticas estão presentes Luiz Dulci (Secretário Nacional da Presidência da
República) e a senadora Marina Silva (PT). Além deles, participarão do Congresso como convidados os ministros Carlos
Minc (Meio Ambiente) e Edson Santos (Igualdade Racial). O Governo Lula sente-se tão “em casa” no CONCUT, que a
ministra e presidenciável Dilma Roussef não pôde estar presente, mas gravou um vídeo que foi exibido na abertura do
Congresso e levou os delegados governistas – que gritaram insistentemente o seu nome após a exibição – ao êxtase.

Mas o governismo da CUT não se resume às demonstrações de compadrio. Os cutistas acham importante registrar isso
em documentos e o fizeram no balanço político da sua atuação, através do “Texto Base da Direção Nacional da CUT” ao
Congresso. Nele, os cutistas reafirmam o “acerto” do apoio dado a Lula, ignorando a política de criminalização do
movimento e os ataques que esse governo imprimiu contra os trabalhadores: “Fruto de um intenso debate, o 9º
CONCUT apostou, com acerto, no apoio à continuidade do projeto democrático-popular representado pelo governo Lula”.

Sem independência política e com a democracia interna rasgada em mil pedaços, a CUT referenda conscientemente a
sua opção de apoio à construção do projeto burguês do PT de administração do capitalismo, de orientação neoliberal e
confirma a caracterização de todos os que romperam pela esquerda com a central no último período: trata-se de um
instrumento absolutamente decadente e a impossibilidade de dar-lhe outro rumo é irreversível.

A “unidade” da CUT não serve à luta dos trabalhadores

A promiscuidade desavergonhada da CUT com o Governo Lula – talvez por ser algo mais do que sabido pelo movimento
operário – não foi nem de longe o acontecimento mais marcante desse período de Congresso. Durante os preparativos
para o início do 10º CONCUT, Arthur Henrique – presidente da Central Única dos Trabalhadores – não economizou nas
bravatas em entrevista a revista “Caros Amigos”.

Arthur – que deverá ser candidato único à presidência da CUT num momento em que a Articulação reina absoluta na
entidade – afirmou, cinicamente, que “espera a volta dos sindicalistas que saíram da CUT e fundaram novas centrais”,
mesmo causando alguma turbulência nos mares calmos pelos quais navegam a burocracia sindical governista no interior
da CUT e, portanto, mesmo que isso pudesse atrapalhar a tranqüilidade da sua reeleição.

O discurso, o mesmo de sempre. A velha e surrada cantilena da “unidade” cutista. Arthur afirma continuar defendendo o
retorno dos militantes que romperam com a CUT, apesar destes terem feito o que ele classifica como “tentativa de dividir
o movimento sindical e a esquerda”, referindo-se, entre outras coisas, à fundação da Conlutas. E mais, diz que seremos
“bem recebidos” de volta à CUT.

De uma coisa não se pode ter dúvida. A veia teatral do presidente da Central Única dos Trabalhadores foi muito bem
desenvolvida. Seja pelo cinismo das suas afirmações, seja pela desfaçatez com que conclama a “unidade da esquerda”
ao mesmo tempo em que o seu partido (PT) e a sua corrente (Articulação) se instrumentalizaram da CUT para defender
o projeto burguês do Governo Lula e a sua política pró-especuladores e empresários, Arthur Henrique mostra de que a
CUT tem uma tática consciente para continuar amordaçando a classe trabalhadora: seguir protagonizando uma peça de
teatro na qual ela posa de classista e que, portanto, “merece a confiança dos trabalhadores”.
O falatório cutista reforça o discurso auto-proclamatório de que a CUT, por ser a “maior central sindical da América
Latina” (em razão do número de sindicatos filiados), detém uma condição de inquestionável, de irrenunciável e por isso,
devemos confiar nela até que ela se esfacele por completo e não reúna mais um sindicato sequer ao seu redor.

Esta é uma elaboração completamente torta do ponto de vista político e também teórico. A partir do momento que a CUT
abandona o programa dos trabalhadores; o princípio da independência de classe; a democracia interna que permitiria
que os trabalhadores de base impusessem sua vontade frente à cúpula de dirigentes que hoje controla a central; e todo o
seu legado classismo e luta pelo socialismo, o “tamanho” da CUT não só é secundário para essa discussão, como se
transforma num elemento que prejudica ainda os trabalhadores. Afinal, ter uma organização do tamanho da CUT se
colocando contra os interesses da classe não é nada fácil para quem já tem que enfrentar a burguesia e os governos.

Ao afirmar que os que reivindicam a Conlutas “dividem a esquerda” por terem rompido com a CUT, Arthur Henrique se
utiliza de um método politicamente desonesto, mas que ainda encontra eco no movimento. Arthur parte de um
pressuposto geral que a CUT “reúne a maioria dos trabalhadores brasileiros” e a partir daí, desfere suas críticas aos que
“dividiram a entidade” e “enfraqueceram a luta” pelo fato de terem optado por construir outra ferramenta.

Isso seria legítimo, se Arthur e os cutistas não ocultassem, deliberadamente, uma parcela importante desse debate. O
que eles não dizem é que a CUT há muito tempo deixou de reunir os trabalhadores nas suas instâncias. A cada ano que
passa a CUT vai ficando cada vez mais restrita a dirigentes sindicais acomodados e burocratizados, perdendo o contato
com a base e com o debate vivo que deveria existir entre os trabalhadores e a central.

Não dizem que a CUT abandonou as bandeiras históricas da luta da classe trabalhadora e também que já não ocupa um
lugar na esquerda. Ora, como uma organização que defende uma reforma da previdência (como a CUT defendeu em
2003) que retira direitos dos trabalhadores pode ser de esquerda? Como pode defender os trabalhadores uma central
sindical que coloca os interesses do governo de turno à frente dos interesses da classe? Esses questionamentos, Arthur
e seus companheiros também não respondem.

E não respondem por um motivo simples. Porque é impossível dizer que a CUT não é governista e que hoje não é
controlada de forma absoluta pelo PT, desde o Palácio do Planalto. Como expressão cabal disso, temos o episódio
recente da demissão em massa na EMBRAER. Três dias antes da demissão sumária de 4.270 trabalhadores da
empresa, o próprio Arthur reuniu-se com Lula para discutir as demissões que seriam anunciadas em breve. Qualquer
dirigente sindical digno da representação que os trabalhadores lhe delegaram, informaria da decisão tomada pela
empresa, denunciaria a parcimônia do Governo e organizaria minimamente a resistência dos trabalhadores contra esse
ataque. O papel de Arthur foi calar-se e ocultar esse fato dos trabalhadores. Um crime de traição fruto subserviência total
ao seu “companheiro” Lula, que afirmou nada poder fazer para reverter as demissões e ainda deu mais dinheiro público
para a EMBRAER.

Essa obediência canina que vem desde o seu presidente é um comportamento padrão dentro da Central Única dos
Trabalhadores. A CUT, que já vinha em franco processo de burocratização mesmo antes da chegada de Lula ao poder,
adaptou-se mais aceleradamente e de forma ainda mais assustadora ao Governo e ao aparato estatal, a partir de 2002.
A democracia no interior da central, que já era amplamente questionada, foi aniquilada por completo, de forma que se
tornara impossível “mudar a CUT por dentro”. E a tendência é que episódios como os que estão ocorrendo no 10º
CONCUT tomem ainda mais corpo e se tornem cada vez mais naturais.

Portanto, a “unidade” tão desejada pela CUT nada tem a ver com o conceito histórico de unidade da classe trabalhadora.
A unidade dos trabalhadores não é um conceito abstrato, que se faz com base a nada ou pela simples “unidade pela
unidade”. Ao conclamar “trabalhadores de todo mundo, uni-vos”, Marx coloca como condição a unidade em torno de
princípios, dentre eles a independência de classe, a democracia operária e tantos outros que a CUT já não sabe mais o
que é. Assim sendo, a grande vilã da unidade da classe trabalhadora nessa história é a própria CUT, que renunciou
organizar os trabalhadores ao redor das suas aspirações para cumprir o papel de escudo de um governo que ataca a
classe trabalhadora, se achando ainda no direito de criticar os que procuram levantar as bandeiras dos trabalhadores
que um dia a própria CUT levantou.

A briga por “espaço político” vem antes da democracia

Longe da construção das lutas da classe trabalhadora, a CUT vai se resumindo a um departamento institucional do
Governo Lula, onde a discussão central é sobre o espaço que os dirigentes devem ter na central, enquanto
representação política. Na mesma entrevista à “Carta Capital”, Arthur Henrique deixa muito claro qual o debate que
realmente têm relevância hoje, no interior da CUT.

Tentando dar respostas ao problema da completa falta de democracia dentro da central, Arthur tenta desmentir essa
realidade com provocações a José Maria de Almeida, Coordenador da Conlutas: “Construímos a CUT, justamente para
ser uma central única, onde todas as correntes de pensamento político pudessem estar representadas. [...] O Zé Maria
tinha mais espaço como dirigente da Executiva Nacional da CUT do que como coordenador da Conlutas".
Mas isso não é tudo. Arthur ainda encontra espaço para alfinetar infantilmente Zé Maria: "Ele não se reelegeu em seu
próprio sindicato, em Contagem (Minas Gerais). Acho muito complicado, para um dirigente de uma central sindical, não
ter um sindicato de base".

A linha de raciocínio utilizada pelo presidente da CUT simboliza no que se transformou essa entidade. Para Arthur,
negociar espaço aos dirigentes de determinadas correntes políticas é a garantia “democrática” de um debate que
contemple a participação dos mais diversos espectros de concepção. Mais ainda. Para Arthur, é preciso ter um sindicato
para construir a luta dos trabalhadores ao redor de uma central.

Tudo isso mostra de forma muito clara a que se reduziu a democracia no interior da CUT: uma mera formalidade que
está subordinada ao cupulismo. Para justificar a falta de democracia e a truculência imposta pelas correntes governistas
(em particular a Articulação, do próprio Arthur), o presidente da CUT sinaliza como funciona o mecanismo “aliviador de
tensões” no interior da CUT. Basta garantir um espaço na Executiva para um dirigente e tudo é resolvido ao final. É com
esse tipo de negociata que se consegue arregimentar todas as outras correntes do PT (Articulação de Esquerda, O
Trabalho, DS, etc.) que tentam se diferenciar da corrente majoritária que está mais à direita, mas que acabam abraçados
com a Articulação num “bloco dos governistas”.

Pior, a provocação infantil de Arthur a Zé Maria deixa transparecer uma concepção que inicialmente está implícita, mas
que se expressa claramente ao analisar o conteúdo de suas palavras. Deixando de lado se Zé Maria dirige ou não algum
sindicato, Arthur simplesmente secundariza a possibilidade das instâncias democráticas dos trabalhadores elegerem
seus representantes. Para ele, sem estar de posse política de um sindicato, um militante não teria legitimidade para
ocupar um lugar de destaque em uma central ou na luta mais geral dos trabalhadores, ignorando completamente o
critério histórico de tirada de representações pelas bases, seja em nome de quem dirige uma entidade sindical ou não.

Mas nada disso é novidade. As palavras do presidente da CUT nada mais são do que a expressão fiel da concepção que
essa central desenvolveu ao longo dos últimos anos. E é justamente por isso que a CUT hoje não é lugar para os
ativistas honestos.

Para nós que construímos a Conlutas, o critério do espaço político às lideranças não é nem de longe o primordial nesse
debate. Ainda que tivéssemos menos espaço do que temos hoje na Conlutas, em relação ao que teríamos na CUT, não
abriríamos mão desse projeto. Ainda que dirigíssemos um sem número de sindicatos, esse não seria o critério direto
utilizado para nomear nossos representantes.

Para nós, o importante é construir uma ferramenta que preserve um programa classista e independente, onde tudo e
inclusive a eleição dos representantes sejam feitos através das instâncias democráticas das entidades de base. Ter
espaço numa entidade que não representa os trabalhadores e nem coaduna com esse programa é o mesmo que dar
uma colher de plástico para extrair petróleo do solo: as condições dadas pelo instrumento não correspondem à
concretização da tarefa que nos propomos a fazer. E isso não interessa aos lutadores.

A demagogia cutista na relação com os partidos e o imposto sindical

Para coroar toda a chuva de falsificações na sua entrevista à “Carta Capital”, Arthur Henrique não poderia esquecer da
demagogia. Como se não bastasse todos os absurdos proferidos, o presidente da CUT baixa ainda mais o nível político
do seu discurso com um impropério sem tamanho, ao afirmar que o PSTU tentou “criar uma correia de transmissão” com
a Conlutas.

Simplesmente não dá para levar a sério as palavras do Sr. Arthur Henrique, por dois elementos. O primeiro, é
compreensível, pois é por motivo de desconhecimento. O funcionamento da Conlutas garante que todas as correntes,
todos os agrupamentos e todos os partidos expressem de forma democrática as suas posições. Essas posições são
debatidas e decididas pelas instâncias da central, que são formadas por representantes tirados nos organismos
democráticos das entidades de base. Quem define os rumos da Conlutas são as representações tiradas nas oposições,
sindicatos e organizações que mantém relação política com a entidade e não pelas instâncias de qualquer partido ou
agrupamento.

O segundo, é inaceitável, pois é por motivo de hipocrisia. A CUT hoje não só é controlada pelo PT como sua forma de
organização interna é uma garantia que isso se mantenha indefinidamente. Não poderia ser diferente, pois uma entidade
que é dirigida de forma presidencialista, na qual a direção é eleita a cada três anos através da costura de um acordo de
forças políticas do PT (que arregimentam seus delegados a partir das direções sindicais) não poderia funcionar de outra
forma: como uma correia de transmissão de um partido, e pior, um partido da ordem, que administra um governo
neoliberal de frente popular. Antes de falar do que não sabe, Arthur Henrique deveria olhar o seu próprio terreiro para
não ser demagogo.

Só que este não é a único e nem será o último dos discursos demagógicos da CUT. Irritado com as rupturas que
solaparam inclusive o núcleo de apoio governista e ajudaram a esvaziar mais a CUT, Arthur Henrique também destila o
seu veneno contra a CTB, um histórico aliado cutista que inclusive integra o Governo Lula: "Não tenho a menor dúvida
de que o imposto sindical foi elemento central, para a saída da CUT. A CTB, por exemplo, sempre defendeu o imposto
sindical", alfineta.
É verdade que a CTB, desde quando era CSC (Corrente Sindical Classista) e se organizava na CUT, sempre defendeu o
imposto sindical. Podemos (e devemos) criticar a CTB por falta de independência de classe ao optar receber milhões que
foram retirados compulsoriamente dos bolsos dos trabalhadores a partir de uma concessão do Estado. Mas não
podemos chamá-la de hipócrita. Já Arthur, diz que é contra o imposto sindical, no entanto, a CUT nunca saiu do discurso
e nunca tirou nenhuma resolução prática que procurasse ir de encontro ao recebimento dos valores do imposto sindical
por parte dos seus sindicatos. Embora, tente apresentar essa rejeição em discurso, a CUT ainda não fez o mesmo que a
Conlutas, que rejeita o imposto sindical e discute claramente a devolução dos valores para os trabalhadores nos seus
sindicatos.

Isto, Arthur Henrique também não diz. Esconde de forma demagógica mais essa opção da CUT pela colaboração de
classes e continua com seus chamados vazios à “unidade”.

Queremos unidade... Na luta!

O “chamado” envergonhado de Artur Henrique à esquerda que rompeu com a CUT e constrói a Conlutas às portas do
CONCUT não nos coloca na defensiva. Embora sejamos passíveis de erros e equívocos políticos, procuramos ser os
campeões da unidade e levamos isto muito a sério.

No entanto, a unidade que defendemos não é a unidade sem critérios, sem princípios. Não é a unidade abstrata. A
unidade que defendemos é a que expressa a luta histórica da classe trabalhadora e que deve se dar através de
elementos irrenunciáveis, como a independência de classe, a ação direta e a democracia operária.

É a unidade contra os patrões, contra as políticas neoliberais do governo, contra as medidas pró-banqueiro de Lula e a
favor dos trabalhadores. É a unidade para derrubar Sarney e por um fim à câmara corrupta que é o Senado. É a unidade
para construir a solidariedade em torno dos trabalhadores hondurenhos e para exigir a retirada das tropas brasileiras do
Haiti. É a unidade para arrancar de Lula medidas que dêem garantia ao emprego, que reduzam a jornada de trabalho
sem redução de salário e para denunciar a traição desse governo caso não atenda nossas reivindicações. É a unidade
para construir o dia 14 de agosto como um dia de lutas e paralisações, que possa colocar os trabalhadores em
movimento e apontar para mobilizações cada vez mais fortes.

Enfim, a unidade que queremos é a unidade na luta, que aponte um caminho conseqüente rumo ao socialismo e não
hesitaremos em fazê-la mesmo construindo organizações distintas e mesmo com todas as nossas diferenças. O que não
aceitamos – e nem aceitaremos – é abrir mão de um programa de classe para aderir a um projeto burguês de conciliação
encabeçado pelo PT e pela própria CUT. A depender disso, o Sr. Arthur Henrique continuará muito “bem acompanhado”,
dividindo o congresso da sua central com defensores da patronal e seus companheiros de Governo.

Leia na íntegra a reportagem da revista “Caros Amigos” com o presidente da CUT


(http://www.cut.org.br/content/view/15954/) e o “Texto Base da Direção Nacional da CUT”
(http://www.cut.org.br/index2.php?option=com_docman&task=doc_view&gid=1018&Itemid=243/)

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