Você está na página 1de 5

Parasha Vaiakhel – Ex. 35.1 – 38.

20

Estudo sobre Adoração -


Em Ex 25.8-9 – Na parasha Teruma, o ETERNO instrui Moshe no monte
para construir um tabernáculo/ santuário para que Ele pudesse habitar no
meio de Israel.
O objetivo do tabernáculo era ser um local de adoração para o povo de
Israel. Deus constituiu Israel uma nação de adoradores do DEUS VIVO.
Deus ordenou a faraó que deixasse o povo ir para “que me sirva no
deserto” Ex 7.16b
Observamos agora em Ex 35.4 – Moshe cumprindo a ordem de HASHEM e
convocando o povo a ofertar ao Senhor para a construção do tabernáculo,
local de adoração.

O que vamos estudar diz respeito tanto a adoração individual, como em


família e na congregação, mas hoje vou me deter um pouco mais na
adoração comunitária, pois a parasha inicia com a reunião de todo Israel
para ouvir as instruções de D-us através de Moshe a respeito da
construção do local de adoração.

A partir da parasha Vaiakhel vamos buscar nas Escrituras alguns


fundamentos que norteiam esse assunto tão importante em nossa
caminhada com Deus

O que é adoração?

“ O transbordar de um coração grato impulsionado pelo sentimento do


favor divino.” R.Sheed

Inclui:
render-se ,
servir Hb 12.28
atos de reverência (prostrar-se, curvar-se,
serviço sacerdotal

Ela pode se manifestar através dos elementos devocionais como a


oração, leitura e estudo das escrituras, em cânticos, com instrumentos
musicais ou não, comunitariamente, na liturgia, na celebração do seudat
Mashiach, na proclamação da palavra (drasha), nas ofertas, nas boas
obras (maassim tovim), etc.

Mas vejamos com atenção algumas instruções que podemos retirar a


partir deste trecho da parasha:

Ex 35.5-9

Aqui aprendemos como disse um pregador que “ O próprio D-us, por meio
da sua palavra é quem determina como devemos adorá-lo. “
O ETERNO não deixou em aberto, para livre escolha o que as pessoas
trariam para a oferta da construção do tabernáculo. Ele especificou o que
deveria ser trazido, e com qual motivação.

1. Adoração Voluntária

O que ele deixou claro é que a disposição em ofertar deveria ser


VOLUNTÁRIA.

A adoração deve ser voluntária. Não podemos adorar por obrigação, por
costume, por falta de escolha, para ficarmos com a consciência tranquila.
Estes sentimentos são indignos do D-us a quem servimos. A adoração é
uma escolha voluntária, desejosa, preocupada em agradar a D-us e não a si
mesmo. Observamos como isso é importante pelas vezes em que essa
ideia se repete no texto

Ex 35. 5, 21, 22, 26, 29

Como está o nosso coração no que diz respeito a adoração?


Temos um coração totalmete voltado, rendido ao Senhor? O salmista pede
no Sl 86.11b - “ dispõe-me * o coração para só temer o teu nome (*
Yached – tornar um, unificar)
Não é possível adorar ao ETERNO com o coração dividido. Ele requer de
nós a inteireza do nosso ser na nossa relação com Ele, porque se não,
estaremos dividindo a glória do Senhor e o amor por ele com outras
coisas.
A declaração de fé judaica – SHEMA - repetida todos os diz diz isso –
Amar a D-us de TODO o coração, de TODA a alma, com TODAS as
forças. Essa é a base do relacionamento real com o Senhor.
Podemos testar isso com as seguintes questões:
− Qual tem sido a tua expectativa antes de vir ao serviço na sinagoga?
− Você separa tempo no shabat para preparar-se com adoração
(leitura das Escrituras, oração) ANTES de vir a sinagoga?
− Você se vê como um elemento passivo ou ativo nos serviços, ainda
que você não tenha uma função específica naquele serviço?
− Seu coração arde para ver a salvação de Israel reconhecendo o seu
Messias?
Muitos de nós tem chegado ao serviço cansados, deixam que as
preocupações com as coisas deste mundo te distraiam da meditação na
palavra, da oração, dos cânticos. Acabamos tendo uma postura mecânica
repetindo gestos como beijar a Torah, ou repetir as orações do sidur sem
nem ao menos refletir sobre estes atos. Que o Eterno nos livre de sermos
como aqueles descritos em 2 Tm 3.1-5 – a aparência deles era de
religiosidade, mas D-us prova os corações e conhece o que está lá dentro.
Outros se portam irreverentemente na casa do Senhor. Como é possível
conversar enquanto alguns estão louvando e celebrando a D-us com
canticos? Como é possível ouvir a exposição da palavra de D-us sem ao
menos abrir as escrituras, ou até mesmo anotar os versículos, para
meditar depois? Quanto da pregação absorvemos e colocamos em prática
na semana que se segue?

Is 1. 12-18
Mq 1.6-13

São palavras muito duras, mas que expressam o desagrado de D-us com
relação aquilo que trazemos a ele de qualque maneira.

Precisamos nos preparar para adorar ao ETERNO. Tg 4.8-10

É a presença do Senhor no nosso meio que nos distingue de outros povos


Ex 33.16 (Aleinu)

2 . Precisamos conhecer o D-us a quem adoramos

Oséias 4:6 O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta o
conhecimento.
Quando reconhecemos a grandeza e a majestade divina, seus
atributos, suas promessas, sua santidade, etc, isso deve gerar em nós uma
profunda adoração, uma rendição total, um anseio por servir, por
reverenciar e por entregar sacrifícios de louvor agradáveis a D-us.

Mas Yeshua, na conversa que teve com a mulher samaritana em João


4.22 faz uma afirmação bastante séria. “ Vós adorais o que não conheceis”
v. 22 .Será isso possível? Será possível adorar a D-us sem o conhecê-lo?
Não, não é possível oferecer adoração verdadeira e espiritual sem
conhecer Aquele a quem adoramos.

As Escrituras nos conclamam a buscar o conhecimento do Senhor :


Os. 6.3 – conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor
Is 33.6 – promessa de abundância de salvação e conhecimento, o temor do
Senhor será o TESOURO de Sião.
Em Mt 6.21 Yeshua ensina que onde está o teu tesouro, aí estará também
o teu coração.

Temos feito do conhecimento e temor do Senhor o nosso Tesouro?


Ou temos caído na advertência de Tt 1.16 professamos conhecer o Senhor
mas negamos isso por nossas obras?

Que não conhece a Deus não pode verdadeiramente adorá-lo porque a


adoração deve ser baseada no amor e no temor a Deus e na obediência aos
seus mndamentos. O que foge disto é engano. Ideias erradas sobre D-us
tem efeitos devastadores sobre a nossa vida. Uma visão pequena de D-us
nos levará a uma falta de expectativa de D-us agir com poder nas nossas
vidas. Para muitos, D-us é um ser distante e intangível, por isso a
adoração delas é vazia, seca, formal e sem vida. Se buscarmos no mais
profundo do nosso coração, qual tem sido o fundamento da nossa alegria, o
que vamos encontrar? Alegria no que temos conseguido através de D-us
ou alegria nEle?

Sl 63.1-8

3. Devemos focar e basear a nossa adoração em Yeshua HaMashiach

Ap. 5.9-14
João tem uma visão a respeito do louvor que ocorre no céu nos capítulos 4
e 5 de apocalipse.
O Cordeiro , que foi morto, recebe a adoração pois é digno de recebê-la.
Através do Seu sangue o cordeiro comprou para D-us você e eu.
Através do sangue ele fez um novo e vivo caminho (Hb 10. 19-23) para
entrarmos nos Santo dos santos. Agora não precisamos ficar fora
esperando que o sangue de animais, levado pelo sumo sacerdote expie os
pecados que cometemos. Mas podemos estar na presença do Todo
Poderoso e adorá-lo verdadeiramente porque fomos comprados por preço
alto. Ninguém poderia entrar na presença de D-us se não fosse através de
um mediador, o sacerdote e através do derramamento de sangue. Nossos
pecados fazem separação entre nós e D-us. Mas ao receber sobre si o
castigo divino pelo pecado, esse castigo nos trouxe a paz e podemos desde
agora desfrutar da preciosa presença de D-us aqui, ainda que imitados
por nossos corpos carnais, mas ansiando e com uma alegre expectativa de
quando estaremos participando dessa adoração no céu, quando o
conheceremos assim como também somos conhecidos ( 1 Co 13.12)

Vamos voltar ao Senhor, buscar a sua face, nos arrependermos dos nossos
maus caminhos e confiar que o Senhor pode nos transformar em
adoradores que o Pai busca, que o adoram em espírito e em verdade, que
valorizam a presença de D-us e a sua Torah, que tem corações que ardem
para que a vontade do Senhor seja feita aqui na terra como no céu,
adoradores que não se sentem confortáveis quando pecam mas que são
constrangidos pelo Ruach HaKodesh a purificar-se, que estão mais
preocupados em agradar a D-us do que agradarem-se a si mesmos, que
desejam ensinar a próxima geração a amarem ao ETERNO com Todo o
coração, com Toda a alma e com Todas as suas forças buscando ser o
exemplo para seus filhos no que diz respeito a adoração. Que o ETERNO
nos ajude.

Você também pode gostar