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UNIVERSIDADE REGIONAL DO CARIRI – URCA

UNIDADE DESCENTRALIZADA DE CAMPOS SALES


CURSO: LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
DISCIPLINA: DIVERSIDADE BIOLÓGICA
PROFESSOR: JOSÉ VINÍCIUS LEITE LIMA

JORDÂNIA OLIVEIRA DA SILVA

RESUMO TEXTUAL

CAMPOS SALES – CE
2019
A PERDA DA DIVERSIDADE – CAUSAS E CONSEQUÊNCIAS

PAUL R. EHRLICH

As discussões sobre a crise de extinção, focaliza no destino dessas


espécies, que estão em perigo, e, em muitos casos a superexploracão feita por
seres humanos. Assim, pode-se afirmar que as espécies servem como um
meio de produção para os seres humanos.

A preocupação com esse perigo é seriamente discutido politicamente,


uma vez que para a simpatia pública só interessa aqueles animais peludos,
atraentes ou espetaculares. Contudo, á atenção pública deve-se prestar
atenção a algumas verdades sobre a diversidade:

 A causa básica da decomposição da diversidade orgânica é a destruição


de habitats que resulta da expansão das populações humanas e suas
atividades.
 Muitos desses organismos, menos atraentes ou espetaculares, que o
Homo sapiens está destruindo, são mais importantes para o futuro da
humanidade. As pessoas precisam de plantas e insetos mais do que
precisam de espécies magníficas como leopardo e a baleia.
 Outros organismos supriram a humanidade, como plantas e animais
domésticos no âmbito industrial e na fabricação de remédios
importantes. Além disso, a preservação da diversidade se relaciona no
papel em que organismos, plantas e animais desempenham no
ecossistema, que também é importante para a sociedade atual.
 A redução de uma espécie, causa de sua capacidade de beneficiar a
humanidade diminui bastante, e sua extinção total torna-se mais
provável. No momento em que se reconhece que o organismo está em
perigo de extinção, é tarde demais para salvá-lo.
 Interromper a perda da diversidade será difícil, pois a tradicional
abordagem de “apenas estabelecer reservas” é inadequada por causa
de fatores como o crescimento da população humana, chuvas ácidas e
mudanças de clima induzidas por seres humanos.
Após uma análise dessas propostas, apesar de algumas poucas
espécies sejam superexplorados hoje em dia, milhares são consideradas como
espécies ameaçadas ou em perigo de extinção. A grande maioria está nesse
caminho porque a humanidade destrói os habitats, fazendo estradas e
destruindo florestas, enfim uma série de ações que prejudicam as espécies
com a variedade de toxinas.

Todos os organismos requerem hábitats próprios para sobreviver. Por


exemplo: as bactérias produz a toxina do tétano mas não produz em presença
de oxigênio; as aves norte-americanas como Bacuarus (Caprimulgus
vacifereus), Sanhaços-vermelho (Piranga flava) e entre outras, necessitam de
uma floresta tropical para passarem o inverno. Essa dependência que os
organismos tem de ambientes apropriados é que faz com que os ecologistas
afirmem que a destruição de habitats e modificações especialmente na floresta
tropical de alta diversidade favorece o empobrecimento biológico.

A extensão da devastação feita pela humanidade no meio ambiente é


mostrada por um estudo recente sobre a apropriação humana de produtos de
fotossíntese. A fonte de alimento dos animais em todos os ecossistemas é a
energia que as plantas verdes colocam em moléculas no processo de
fotossíntese, no jargão dos ecologistas, essa quantidade de energia é
conhecida como produtividade primária líquida (PPL) e globalmente essa
produção é de cerca de 225 milhõesde toneladas de matéria orgânica, em que
torno de 60% ficam em terra firme. A humanidade está utilizando diretamente
(comendo, alimentando animais) mais do que 3% da PPL global e cerca de 4%
da PPL de terra firme. Essa é uma estimativa do impacto do homem sobre os
sistemas terrestres.

A esse consumo de PPL, se adicionarmos a PPL perdida quando as


pessoas convertem sistemas naturais mais produtivos em menos produtivos, o
potencial em terra é reduzido em 13%, e a parte humana na PPL chega a 40%
com esse alto consumo de PPL não há como ter estabilidade em alimentos
consumidos. Essas estimativas podem explicar as causas e as consequências
de se alterar e destruir habitats quanto de justificar uma grande preocupação
com tendências futuras. Pesquisas mostram que o Homo sapiens dobrar a sua
população no próximo século isso implica que nossa espécie pode apoderar-se
mais de 80% da PPL terrestre, e a questão levantada é: onde essa população
encontraria recursos alimentares? A resposta é que a expansão dessa
população será sustentada pelas riquezas do mar, mas aí que está, essas
riquezas estão insuficientes.

A destruição de populações e espécies de organismos exerce o impacto


na sociedade através da alteração de tarefas do ecossistema. De fato todas as
plantas, animais e microorganismos trocam gases com seus meios ambientes
e então assim são envolvidos com a manutenção da composição dos gases na
atmosfera e mudanças nessa composição podem levar uma rápida mudança
climática e um desastre agrícola, como a destruição dos insetos que podem
levar uma quebra de safra, em que depende da polinização deles, a extinção
dos organismos subterrâneos podem destruir a fertilidade do solo. Enfim os
ecossistemas naturais mantém uma diversidade genética que já forneceu
vários benefícios para as pessoas e que podem fornecer ainda mais.

Na maioria dos casos, várias populações geneticamente diversas são


necessárias para assegurar a persistência de uma espécie diante das
inevitáveis mudanças ambientais que ocorrem naturalmente. A existência de
muitas populações distribui o risco, de maneira que condições desfavoráveis
em um ou alguns hábitats não ameaçam toda a espécie. Essa variação
genética juntamente com outros recursos que são insubstituíveis estão aos
poucos sendo destruídos pela espécie homo sapiens.

Se essa destruição da diversidade orgânica continuar, as colheitas das


plantações serão mais difíceis de se manter em razão de fatores como
mudanças climáticas, erosão do solo e ataques de pestes; a conversão da terra
produtiva em terra devastada se acelerará; os desertos continuaram em
expansão; a poluição do ar aumentará e os climas locais ficarão mais severos.
A humanidade terá que passar sem muitos de seus benefícios econômicos
diretos, que tenha retirado da coleção genética bem estocada que a terra teve
um dia. A medida que os serviços do ecossistema começarem a faltar, a
mortalidade por doenças epidêmicas e respiratórias aumentará, os desastres
naturais e a fomediminuirá as expectativas de vida.
Evitar esse enlace será muito difícil talvez seja até impossível. Os
habitats da terra são levados a morte, e os seres humanos têm grande
dificuldade em perceber e reagir a essas mudanças e a linhagem humana que
se desenvolveu em respostas das mudanças nos ecossistemas em que nossos
ancestrais viveram, os indivíduos não poderiam reagir adaptavelmentea essas
mudanças.

Se a humanidade deseja evitar de tornar-se uma espécie de grupos que


praticam agricultura de subsistência, algumas medidas devem ser tomadas;
como estabelecer reservas nos ecossistemas que ainda não foram perturbados
não será mais suficiente, áreas que já foram muito modificadas pela atividade
humana tem que ser mais hospitaleiras para outros organismos. Acima de
tudo, o crescimento da população humana tem que ser estancado, sendo que
as atividades humanas continuam a crescer e futuramente a biota da terra não
poderá ser evitada da extinção.

Tendo em vista toda essa problemática, é preciso fazer um esforço


maior para consciência do público em necessidade de proteger a diversidade
biológica e abordar as consequências da perda da mesma em todas as áreas.

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