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MÚSICOS BRASILEIROS

As música do século XX com ganho de popularidade do rádio pelo mundo ,foi se


expandindo cada vez mais.  Como ela já não era mais limitada a concertos e clubes,
tornou-se possível aos artistas da música ganhar rapidamente fama nacional e até
internacional. Objetivos (ritmo, melodia, harmonia, dinâmica, duração, altura, timbre e
massa) e subjetivos (quaisquer outros, mesmo extra-musicais), proporcionando uma
atuação muito livre. Este tipo de improvisação, embora sempre tenha existido num
grau mais tímido, ganhou destaque na música do século XX. No nosso meio o grupo de
compositores da Bahia utiliza-o desde os anos de 1960.

Os músicos mais conhecidos na época era ‘’Ernesto Nazareth’’, ‘’ Chiquinha Gonzaga’’


e ‘’ Pinxinguinha’’.

Ernesto Nazareth

Ernesto Nazareth (1863-1934) foi um pianista e compositor brasileiro, sua música se


situa entre a música erudita e a popular, e teve papel fundamental na cultura brasileira
dos séculos XIX e XX. Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 20 de março de 1863. Filho de
Vasco Lourenço da Silva Nazareth e de Carolina Augusta da Cunha Nazareth. Aprendeu
com sua mãe as primeiras noções do instrumento. Em 1874, após a morte da mãe,
passou a receber aulas com Eduardo Rodrigues de Andrade Madeira, amigo da família.

  Com 14 anos compôs sua primeira música “Você Bem Sabe”, uma polca-lundu,
dedicada ao Pai. Com 16 anos, Ernesto Nazareth fez sua primeira apresentação
pública, em um recital no salão do Clube Mozart. Em 1883, com 20 anos já era
compositor, intérprete e professor de piano. Em 1886, casou-se com Theodora Amália
Leal de Mairelles, onze anos mais velha, com quem teve quatro filhos. Em 1893,
Ernesto Nazareth escreveu “Brejeiro”, seu primeiro “tango brasileiro”, que se tornou
sucesso nacional, Seu primeiro concerto aconteceu em 1898, no Salão Nobre da
Intendência de Guerra. 

Em 1926 iniciou uma turnê pelo estado de São Paulo, quando realizou recitais na
capital, em Campinas, Sorocaba e Tatuí. Entre 1928 e 1929 teve algumas músicas
gravadas por Francisco Alves e Vicente Celestino. Ernesto Nazareth faleceu em
Jacarepaguá, no Rio de Janeiro, no dia 1 de fevereiro de 1934. Morreu aos 70 anos,
tendo escrito no total 211 peças.
Chiquinha Gonzaga
Chiquinha Gonzaga (1847-1935) foi uma compositora, pianista e regente brasileira, a
primeira mulher a reger uma orquestra no Brasil, combinando o popular com o
erudito. Autora da primeira marchinha de carnaval "Ó Abre Alas". Francisca Edwiges
Neves Gonzaga, nasceu no Rio de Janeiro no dia 17 de outubro de 1847. Era filha de
José Basileu Alves Gonzaga, primeiro-tenente, de família ilustre do Império, e Rosa
Maria Neves Lima, mestiça, filha de uma escrava, uma relação rejeitada pela família de
Basileu.

 Desde criança mostrou interesse pela música. Foi aluna do Maestro Lobo. Com 11
anos estreou como compositora com uma cantiga de Natal, intitulada “Canção dos
Pastores”. Em 1863, com dezesseis anos, Chiquinha Gonzaga se casa com Jacinto
Ribeiro do Amaral. Chiquinha, com um gênio forte e decidido, continuou sua dedicação
ao piano, compondo valsas e polcas, para desagrado do marido. Em 1864 nasceu seu
filho João Gualberto e no ano seguinte nasceu Maria do Patrocínio.

Em 1867 nasceu seu terceiro filho Hilário, mas o casamento durou pouco tempo. Após
a separação, a música voltou a fazer parte da vida de Chiquinha. Depois de separada,
Chiquinha voltou a viver da música. Dava aulas de piano e obteve grande sucesso,
compondo polcas, valsas, tangos e cançonetas. Ao mesmo tempo, juntou-se a um
grupo de músicos de choro. Foi a necessidade de adaptar o som de seu piano ao gosto
popular que lhe valeu a glória de se tornar a primeira compositora popular do país.

O sucesso de Chiquinha Gonzaga veio em 1877, com a composição "Atraente", um


animado choro. A partir da repercussão de sua primeira composição impressa,
Chiquinha resolveu se lançar no teatro de variedades, mesmo enfrentando o
preconceito. Mas, finalmente ela iniciou sua carreira de regente com a publicação da
revista, "A Corte na Roça" em 1885.
Sua música faz grande sucesso e Chiquinha recebeu vários convites de trabalho.
Em 1897, todo o Brasil dançou sua estilização da dança rural corta-jaca, sob a forma
de tango "Gaúcho". Sua carreira ganhou prestígio com a marcha-rancho "Ó Abre Alas",
composta em 1899, a pedido dos componentes do cordão carnavalesco Rosa de Ouro:
Pinxiguinha
Pixinguinha (1897-1973) foi um músico brasileiro, autor da música "Carinhoso", em
parceria com João de Barro. Foi arranjador, instrumentista e compositor, um dos
maiores representantes do "choro" brasileiro.
Alfredo da Rocha Viana Filho, conhecido como Pixinguinha, nasceu na Piedade, Rio de
Janeiro, no dia 23 de abril de 1897. Era filho do flautista e funcionário do
Departamento Geral dos Telégrafos, Alfredo da Rocha Viana e de Raimunda Viana.

Pixinguinha cresceu em meio a dezessete irmãos. Estudou no colégio mantido pelo


Mosteiro de São Bento. Nunca foi um aluno brilhante, estudava só para agradar os
pais.
Durante as serenatas que o pai promovia em casa, Pixinguinha ficava quieto em um
canto da sala, só escutando e fascinado pelas valsas, lundus e pelas polcas da moda.
Com 12 anos Pixinguinha já dominava os conhecimentos de teoria musical, ensinados
por César Borges Leitão. Nessa época, tocava flauta, cavaquinho e bandolim, mas
sonhava com uma clarineta de sons agudos.
Um dos frequentadores da casa era o professor Irineu de Almeida, que em 1911 levou
Pixinguinha, com apenas 14 anos, para o grupo carnavalesco “Filhas da Jardineira”.

Ainda em 1911, Pixinguinha compôs sua primeira música, o chorinho “Lata de Leite”.
Entusiasmado com o progresso do filho, seu pai importou da Itália uma flauta especial,
surgindo assim mais um músico na família.
Levado pelo irmão China, que tocava violão, Pixinguinha foi contratado para o
conjunto da “Concha”, casa de chope da Lapa. Logo ganhou fama na vida noturna
carioca. Tocou ainda no Ponto, no ABC e no Cassino.
Pixinguinha foi convidado pelo violonista Artur Nascimento para tocar com a orquestra
do Maestro Paulino no Teatro Rio Branco. No teste, mostrou perfeita harmonia com a
orquestra e logo garantiu seu lugar. Estreou tocando na peça “Chegou Neves”, com o
melhor elenco da época.

Oito Batutas
Em 1918 Pixinguinha e o amigo Donga foram convocados pelo proprietário do cinema
Palais, na Av. Rio Branco, para formar uma pequena orquestra para tocar na sala de
espera.
O grupo “Oito Batutas” foi formado com Pixinguinha na flauta, José Alves (bandolim),
José Palmieri (pandeiro), Nelson dos Santos (cavaquinho), Donga e Raul Palmieri
(violão), Luís de Oliveira (bandolim e reco-reco) e China (canto, piano e violão).
No dia 7 de abril de 1919 o grupo estreou no saguão do Palais tocando maxixes,
lundus, batuque e tangos, uma música intensa e animada fez vibrar o público,
acostumados com a música importada.
O conjunto fez diversas apresentações em Minas Gerais e São Paulo e logo começou a
se apresentar no cabaré “Assírio”, no subsolo do Teatro Municipal.
Em 1921 Pixinguinha foi convidado para uma temporada em Paris, financiada pelo
milionário Arnaldo Guinle. Com sete integrantes o “Les Batutas” embarcou no vapor
Massilia, rumo à Europa.

Aluna: Anne Josielly

2° ano ‘’D’’

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