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1.

TÍTULO: QUEDA LIVRE

2. OBJETIVOS:

Determinar tempo de queda de uma esfera que cai de distâncias pré-


determinadas e tabelar os resultados [1].

A partir desses resultados, tem-se como objetivo determinar a aceleração da


gravidade [1].

3. INTRODUÇÃO

O interesse em estudar o movimento de objetos em queda livre existe desde


a antiguidade. Esses estudos, apesar de terem sido iniciados pelos gregos, só foram
realizados com mais detalhes muitos anos depois, pelo italiano Galileu Galilei. O
cientista identificou que objetos diversos chegam ao solo em momentos distintos
devido à resistência do ar, e não devido à diferença de suas massas, como era
afirmado pelos estudiosos gregos [2]. Sem ela, todos os corpos, de qualquer forma
ou peso, que fossem abandonados na mesma altura nas proximidades da superfície
da Terra, levariam o mesmo intervalo de tempo para atingir o solo [3].

No presente relatório, foram registrados dados da atividade 03 em laboratório,


onde foram realizados lançamentos de uma esfera em distâncias pré-determinadas.
O objetivo desse experimento consiste em estudar o movimento de um corpo em
queda livre e, a partir de observações e de cálculos, determinar o valor da
aceleração da gravidade.
4. EQUIPAMENTO EXPERIMENTAL

Durante o processo experimental foram utilizados os seguintes aparelhos do


laboratório de mecânica:

 1 esfera de D mm  1 Fixador de Esfera


 1 Cronômetro Digital  2 Cordões de Conexão de 750
 1 Suporte de Base mm
 2 Grampos Duplos  2 Cordas de Conexão de 1500
 1 Haste de Suporte mm

 1 Régua Milimetrada  1 Prato Interruptor

5. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

PRÁTICA 1

a) Montamos o equipamento seguindo as instruções do manual.

b) Colocamos a esfera no prato em sua posição levantada, e fixamos a


posição inicial no centro da esfera.

c) Colocamos o fixador da esfera em uma outra posição ( por exemplo 100


mm a partir da posição inicial). Anotamos esta posição.

d) Prendemos a esfera no fixador, tomando cuidado de fixa-lo centralmente.


Liberamos a esfera e anotamos o tempo de queda. Fizemos esta medida três vezes
e tiramos a média.

e) Repetimos o item “C” para as seguintes alturas: 150, 200, 250, 300, 350,
400 mm.
Figura 1: Representação do equipamento
utilizado para a experiência de queda livre.

Figura 2: Esfera de D mm, utilizada no


decorrer da experiência.
6. DADOS EXPERIMENTAIS

Na tabela a seguir, apresentam-se os resultados obtidos do experimento


sobre cada novo ( tempo e altura) da esfera após as 6 medidas pré-determinadas.

Tabela 1. Intervalos de tempo para cada altura medida

Altura
Tempo ( T ± 0 , 0001 ) s
( y ±1)mm

1º 2º 3º
150 0,1813 0,1966 0,1866
200 0,2164 0,2193 0,2235
250 0,2984 0,3418 0,2289
300 0,2516 0,2721 0,2536
350 0,2886 0,2821 0,2743
400 0,2927 0,3191 0,3399

7. ANÁLISE E TRATAMENTO DE DADOS

PARA O CÁLCULO DE CONVERSÃO DE mm PARA m ADOTOU-SE

mm
X= 1000

 Para a h = 150 mm:  Para h = 300 mm:


150
X= =0 , 15 m 300
1000 X= =0 , 3 m
1000
 Para h = 200 mm:
 Para h = 350 mm:
200
X= =0 , 2m m
1000 350
X= =0 , 35 m
1000
 Para h = 250 mm:
 Para h = 400 mm:
250
X= =0 , 25 m m
1000 400
X= =0 , 4 m
1000
PARA O CÁLCULO DO TEMPO MÉDIO ADOTOU-SE

t 1 +t 2+ t 3 +…+ t n
T m=
tn

 Para a h = 150 mm:

0,1813+0,1966+ 0,1866 0,5645


t m= = ≅ 0,1882 s
3 3

 Para h = 200 mm:

0,2164+ 0,2193+ 0,2235 0,6592


t m= = ≅ 0,2197 s
3 3

 Para h = 250 mm:

0,2984+ 0,3418+ 0,2289 0,8691


t m= = =0,2897 s
3 3

 Para h = 300 mm:

0,2516+0,2721+0,2536 0,7773
t m= = ≅ 0,2591 s
3 3

 Para h = 350 mm:

0,2886+0,2821+0,2743 0,8450
t m= = ≅ 0,2816 s
3 3

 Para h = 400 mm:

0,2927+0,3191+0,3399 0,9517
t m= = ≅ 0,3172
3 3

PARA O CÁLCULO DA PROPAGAÇÃO DE INCERTEZAS ADOTOU-SE

N
1 1
¿ t> ¿ ∑ t i= [t 1 +t 2+t 3 ] =t s
N i=1 3
N
1
∆ t= ∑|¿ t>−t i|
N i=1

 Para a h = 150 mm:

1
[ 0,1813+0,1966+ 0,1866 ] =0,5645 s= 0,5645 s =0,1882 s
3 3

0,1882−0,1813|=0,0069

|
∆ t= 0,1882−0,1966|=0,0084
0,1882−0,1866|=0,0016

1 0,0169 s
∆ t= [ 0,0069+ 0,0084+0,0016 ]=0,0169 s= =0,0056 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,1882± 0,0056 ) s

 Para h = 200 mm:

1
[ 0,2164+ 0,2193+ 0,2235 ] =0,6592 s= 0,6592 s =0,2197 s
3 3

0,21997−0,2164|=0,0033

|
∆ t= 0,2197−0,2193|=0,0004
0,2197− 0,2235|=0,0038

1 0,0075 s
∆ t= [ 0,0033+ 0,0004+0,0038 ]=s= =0,0025 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,2197 ±0,0025 ) s

 Para h = 250 mm:


1 0,8691 s
[ 0,2984+ 0,3418+ 0,2289 ] =0,8691 s= =0,2897 s
3 3

0,2897−0,2984|=0,0087

|
∆ t= 0,2897−0,3418|=0,0521
0,2897−0,2289|=0,0608

1 0,1216 s
∆ t= [ 0,0087+ 0,0521+ 0,0608 ] =0,1216 s= =0,0405 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,2897 ±0,0405 ) s

 Para h = 300 mm:

1
[ 0,2516+0,2721+0,2536 ] =0,7773 s= 0,7773 s =0,2591 s
3 3

0,2591−0,2516|=0,0075

|
∆ t= 0,2591−0,2721|=0,013
0,2591−0,2536|=0,0055

1 0,026 s
∆ t= [ 0,0075−0,013+0,0055 ]=0,026 s= =0 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,2591± 0,0086 ) s

 Para h = 350 mm:

1 0,845 s
[ 0,2886+0,2821+0,2743 ] =0,845 s= =0,2816 s
3 3

0,2816−0,2886|=0,007

|
∆ t= 0,2816−0,2821|=0,0005
0,2816−0,2743|=0,0073

1 0,0148 s
∆ t= [ 0,007+ 0,0005+0,0073 ] =0,0148 s= =0,0049 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,2816± 0,0049 ) s


 Para h = 400 mm:

1 0,9517 s
[ 0,2927+0,3191+0,3399 ] =0,9517 s= =0,3172 s
3 3

0,3172−0,2927|=0,0245

|
∆ t= 0,3172−0,3191|=0,0019
0,3172−0,3399|=0,0227

1 0,0491 s
∆ t= [ 0,0245+ 0,0019+ 0,0227 ] =0.0491 s= =0,0163 s
3 3

( ¿ t> ± ∆ t )= ( 0,3172± 0,0163 )Tabela 2. Intervalos de tempo e tempo médio para cada
altura medida

Altura Tempo ( T ± 0 , 0001 ) s Tempo Médio


(h ± 0,001) m 1º 2º 3º
(t ± ∆ t ) s

0,150 0,1813 0,1966 0,1866 0,1882 ±0,0056


0,200 0,2164 0,2193 0,2235 0,2197 ± 0,0025
0,250 0,2984 0,3418 0,2289 0,2897 ± 0,0405
0,300 0,2516 0,2721 0,2536 0,2591 ±0,0086
0,350 0,2886 0,2821 0,2743 0,2816 ± 0,0049
0,400 0,2927 0,3191 0,3399 0,3172 ±0,0163

PARA CALCULAR A ACELERAÇÃO DA GRAVIDADE ADOUTOU-SE

Para calcular a gravidade, utilizou-se a formula horária do espaço (h) em função


do tempo médio obtido no cálculo das observações (t m ¿.

g t m2
h=
2

 Para h = 150 mm

g ( 0,1882 )2
0,15= ⟺ g ≅ 8,4699 m/s 2
2

 Para h = 200 mm
g(0,2197)2
0,2= ⟺ g ≅ 8,2870 m/ s2
2
 Para h = 250 mm

g(0,2897)2
0,25= ⟺ g ≅5,9576 m/ s2
2
 Para h = 300 mm

g(0,2591)2
0,3= ⟺ g ≅ 8,9375 m/s 2
2
 Para h = 350 mm

g(0,2816)2
0,35= ⟺ g ≅ 8,8273m/ s2
2
 Para h = 400 mm

g (0,3172)2
0,4= ⟺ g ≅7,9510 m/ s2
2

 Incerteza da gravidade

A incerteza relativa à gravidade, ∆g, calculada por meio do método de


máximos e mínimos é mostrada abaixo:

gmáx =2 X 10N +∆ N =2 X 10 0,44+0,22=10 0,66 = 9,14 m/s 2

gmín =2 X 10N −∆ N =2 X 100,44 −0,22 =100,22 = 3,32 m/s 2

g máx−g mín 9,14−3,32 5,82 2


∆ g= = = =2,91 m/ s
2 2 2

 Gravidade a partir da escala logarítmica

Y =MX + N
Y =1,7347 X +0,4448 y=a x2
a=10 A logy=2logx +loga
y=10 A x2
y=10 0,4448 x 2
g t2
Por meio a fórmula y= , pode-se obter a gravidade, por meio de:
2

gt2 0,4448 2 0,4448 2


=10 t ⟺ g=2∙ 10 ≅5,6108 m/ s
2

7. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Os dados obtidos foram organizados em um gráfico da altura em função do


tempo, e, por meio da regressão polinomial foi obtida uma função de segundo grau,
como pode ser visto no Gráfico 1:

Gráfico 1: Altura x tempo (Queda livre)

Altura x tempo
0.45
f(x) = 0 x² + 0.05 x + 0.04
0.4 R² = 0.98
0.4
0.35
0.35
0.3
0.3
Altura (m)

0.25
0.25 Valores Y
0.2 Polynomial (Valores Y)
0.2
0.15
0.15
0.1

0.05

0
0 1
0 2 3 4 5 6 7 8 9

Tempo (s)

Além disso, utilizou-se a linearização logarítmica para tornar a função da


altura em função do tempo em uma equação reduzida da reta:
Gráfico 2: log(y) x log(t)

log(y) x log(t)

0
-0.75 -0.7 -0.65 -0.6 -0.55 -0.5 -0.45
-0.1

-0.2

-0.3
y = log(y) m

f(x) = 1.73 x + 0.44 -0.4

-0.5

-0.6

-0.7

-0.8

-0.9

t = log (t) s

Pode-se afirmar que os resultados obtidos não foram muito precisos no


cálculo da gravidade. O motivo pode ser justificado por possíveis defeitos nos
equipamentos de medição, a incerteza muito grande do alinhamento da esfera com
a medida da régua podem ter alterado os resultados desse experimento, além de
fatores externos que também podem ter influenciado nos dados coletados.

8. QUESTIONÁRIO

1. Compare o valor da aceleração da gravidade obtido nesta experiência com o valor


adotado, g = 9,8 m/s2. Calcule a margem de erro usando porcentagem.
R= A gravidade obtida a partir do gráfico 2 é g = 5,61 m/s2, enquanto a gravidade
real da terra é g = 9,81 m/s². A margem de erro obtida é de 42,81% em relação a
gravidade real.
A gravidade obtida para cada altura medida foram as seguintes:
 Para distância igual 0,15m:
9,8 - 8,5 = 1,3 m/s²
9,8 -> 100%

1,3 -> X

X=(100 . 1,3) / 9,8 -> X= 13,3 % a menos em relação ao valor adotado.

 Para distância igual 0,2m:

9,8 – 8,3 = 1,5 m/s²


9,8 -> 100%

1,5 -> X

X=(100 . 1,5) / 9,8 -> X= 15,3% a menos em relação ao valor adotado.

 Para distância igual 0,25m:

9,8 – 5,9 = 3,82 m/s²


9,8 -> 100%

3,9 -> X

X=(100 . 3,9) / 9,8 -> X= 39,8% a menos em relação ao valor adotado.

 Para distância igual 0,3m:

9,8 – 8,9 = 0,9 m/s²


9,8 ->100%

0,9 -> X

X=(100 . 0,9) / 9,8 -> X= 9,2% a menos em relação ao valor adotado.

 Para distância igual 0,35m:

9,8 – 8,8 = 1 m/s²


9,8 ->100%

1 -> X

X=(100 . 1 ) / 9,8 -> X= 10,2% a menos em relação ao valor adotado.


 Para distância igual 0,4m:

9,8 – 7,9 = 1,9 m/s²


9,8 ->100%

1,9 -> X

X=(100 . 1,9) / 9,8  X= 19,4 % a menos em relação ao valor adotado.


2. Em que circunstância o valor da aceleração da gravidade é constante?

R=No momento em que um determinado corpo aumenta de velocidade numa


mesma proporção, por exemplo, quando a curvatura da terra e a variação da altitude
são desprezadas a aceleração da gravidade é constante.

3. A aceleração da gravidade varia com a altitude e longitude? Justifique sua


resposta.

R= Sim, a aceleração da gravidade assume diferentes valores para cada ponto na


terra, fazendo que altitude quanto longitude variem. Isso acontece porque quanto
maior for o valor da altitude, menor será o valor gravidade, e, consequentemente da
força gravitacional entre dois objetos. Outro fator é que quanto mais se varia a
latitude, mais o objeto fica submetido à força centrífuga de sentido contrário a força
gravitacional causada pelo movimento rotacional da terra. Por isso objetos mais
próximos dos polos da terra são menos atraídos que aqueles que estão no equador.

10 . CONCLUSÃO

No fim da prática experimental 3, os resultados não alcançaram o objetivo


previsto apresentando a falhas nos pontos da parábola em função Altura x tempo.
Os motivos das variações observadas pode ser justificado por defeito no aparelho de
medição, podendo resultar em maior ou menor tempo de leitura para os dados
coletados, no entanto foi possível refletir tanto sobre o comportamento de um corpo
em queda livre como também observar o comportamento da aceleração
gravitacional e como a variação de Altura x tempo pode influenciar nos resultados
futuros entre eles o que reflete sobre comportamento da aceleração gravitacional
que resultou em g = 5,61 m/ s2 sendo uma margem de erro de 42,81% ficando bem
distante do valor tabelado de g = 9,81%.
11. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

[1] “Instituto de Ciências Exatas Manual de Física I,” 2013.

[2] Galileu e a Queda dos Corpos. Publicado por Kleber Kilhian em 29/01/2010.
Disponível em: https://www.obaricentrodamente.com/2010/01/galileu-e-queda-
doscorpos.html. Acesso em 15/10/19

[3] RESNICK, R., HALLIDAY, D. Fundamentos de Física, volume l: mecânica. 9ª


edição. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

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