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 A “estrada do pacífico” é, sem dúvidas, um dos atributos


necessário para o Acre tornar-se um polo estratégico do
desenvolvimento desta parte da América Latina.

Estrada do Pacífico
(interoceânica)

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 A existência de canal de saída para o Oceano Pacífico sempre foi


considerada relevante e estratégica para o Brasil, no caminho do
desenvolvimento econômico, bem como para a integração
nacional e continental. A construção da rodovia interoceânica que
agora permite acesso aos portos peruanos de Ilo, Maratani e San
Juan pelo do Acre, permite que o País aproxime-se do Oriente.
 As oportunidades que se abriram para a economia do país são
diversas, tanto em âmbito regional, dada a possibilidade de
intensificação do fluxo comercial e turístico entre a região norte do
Brasil e o Peru, quanto em âmbito nacional, dada a perspectiva de
escoamento, por esse canal, de parte da produção agrícola e
industrial destinada a países asiáticos, o que significa um
encurtamento de cerca de 6.000 km de percurso, se comparado à
distância praticada hoje. Esse fluxo ainda não se intensificou
devido a gargalos como a falta de uma ponte sobre o Rio Madeira
e, ainda, sobre o Rio Acre, na cidade de Brasiléia.

 A “Estrada do Pacífico”, quanto efetivamente se tornar um


corredor comercial, propiciará menores custos de transporte e
menor tempo de viagem, o que incentivará o maior intercâmbio de
mercadorias.

Redução de distâncias:

Marítimo
Santos/Yokohama 12.194 milhas
Iquique/Yokohama 8.480 milhas
Diferença 3.714 milhas

Rodoviário
Porto Velho/Santos 3.142 Km
Porto velho/Iquique 2.039 Km
Diferença 1.103 km

 O ganho de tempo aproximado seria de 13 dias segundo as


Companhias Marítimas.

 Frete Marítimo (um contêiner de 40 pés):

Santos/Kobe U$ 4.500
Iquique/Kobe U$ 3.400
Diferença de 32%

 Um produto para atravessar o Pacífico saindo do porto de Santos é


obrigado a subir pelo oceano Atlântico até o canal do Panamá,
seguindo até o Porto de São Francisco.

 Dentro do contexto geopolítico internacional, é fundamental que o


Brasil viabilizasse a saída pelo oceano Pacífico. Para se ter uma
idéia da importância, segundo exportadores brasileiros, as rotas
comerciais via Pacífico poderão reduzir o frete em até U$ 100,00
por tonelada.

 Vale destacar, que os retornos da solução rodoviária para o Pacífico


não se resume ao aspecto meramente econômico em curto prazo.
Razões estratégicas, políticas e de macro-economia, de largos
horizontes, nitidamente se sobrepõem ao primeiro aspecto. E
interessam não somente ao Brasil como a outros países, nossos
parceiros comerciais, especialmente o Peru e outras nações vizinhas,
nítidas vantagens do mais fácil comércio dos produtos originários do
centro oeste e do norte brasileiro, e das regiões adjacentes dos
países vizinhos. E também de produtos de vários países do mundo
que poderão encontrar aqui um corredor de transportes
sensivelmente mais curto, mais eficiente, e por isso mais vantajoso
em custo e tempo.

 As regiões Amazônica e Centro-Oeste, que atualmente atendem o


mercado mundial basicamente com recursos naturais em forma
bruta, com a viabilização da saída para o Pacífico pelo Acre, poderão
superar o modelo clássico extrativo-exportador, com a adoção de
uma base industrial e agro-industrial mais sólida, o que certamente
induziria mudanças significativas no emprego e na geração de renda
nas regiões.

PERSPECTIVAS ECONÔMICAS

 Estima-se um mercado potencial de 7 milhões de consumidores em


Madre de Dios, Cusco, Puno, Arequipa, Apurímac, Ayacucho, Ica,
Tacma, Moquegua, Loreto, San Martin, Ucayali, Huanuco e
adjacências.

A) Oportunidades de Negócios:

1) Investimentos em infraestrutura: perspectivas de privatização de


portos do Peru e a integração entre a ferrovia do Pacífico, no Peru, e a
ferronorte, no Brasil;

2) Energia: Peru explora apenas 5% de seu potencial hidroenergético,


que atinge 60 mil megawatts. O país conta com 35 projetos de geração
de energia que exigirá cerva de US$ 30 bilhões;

3) Gás natural: O peru possui fonte sustentável desse combustível;

4) Mineração: produção de prata, ouro, zinco, estanho,chumbo, cobre


e molibdênio.

B) Produtos/serviços exportáveis pelo Acre hoje:

Carne Bovina;
Móveis;
Madeiras (compensados, etc.);
Castanha.

C) Entraves para as relações comerciais (Acre/Peru):

Barreiras tarifárias;
Infraestrutura aduaneira;
Burocracia;
Quantidade pequena de exportadores;
Empresários ainda com poucas habilidades e competências para
exportar;
Poucas empresas com permissões sanitárias.

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