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Segurança e Higiene no Trabalho

Segurança e Higiene do 4 - Medidas de controle do risco elétrico


Trabalho
As principais medidas de controle do risco elétrico são:
 Desenergização;
 Uso de aterramento de proteção, funcional (TT/TN/IT) e temporário;
 Equipotencialização;
 Seccionamento automático da alimentação;

Capítulo 04 – Medidas 

Uso de dispositivos à corrente de fuga;
Utilização de tensões de segurança (extra-baixa tensão);

de Controle de Riscos 

Uso de barreiras e invólucros;
Uso de bloqueios ("lockout"), impedimentos, sinalização ("tagout");

Elétricos 

Uso de Obstáculos e anteparos;
Isolamento das partes vivas;
 Isolação dupla ou reforçada;
 Colocação fora de alcance;
 Separação elétrica.
nilo.melo@gsuite.iff.edu.br
1

Procedimentos de Desenergização (NR-10


4.1 – Desenergização item 10.5.1

 Conjunto de manobras e procedimentos  10.5.1 Somente serão considerados


visando proporcionar a ausência de energia desenergizadas as instalações elétricas
liberadas para trabalho, mediante os
elétrica em circuitos e equipamentos que serão procedimentos apropriados, obedecida a
manipulados com finalidade de garantir a seqüência abaixo:
segurança pessoal direta ou indiretamente  a) seccionamento;
envolvidos em sistemas elétricos  b) impedimento de reenergização;
 c) constatação da ausência de tensão;
 A NR 10, em seu item 10.2.8.2 considera que as  d) instalação de aterramento temporário com
medidas de proteção coletiva compreendem, equipotencialização dos condutores dos circuitos;
prioritariamente, a desenergização elétrica.  e) proteção dos elementos energizados existentes
na zona controlada (Anexo I da NR 10);
 f) instalação da sinalização de impedimento de
reenergização.

Procedimentos de Reenergização (NR-10


Desenergização e Reenergização
item 10.5.2)
 10.5.2 O estado de instalação desenergizada deve ser
mantido até a autorização para reenergização,  10.5.3 As medidas de desenergização e de
devendo ser reenergizada respeitando a seqüência de
procedimentos abaixo: reenergização podem ser alteradas, substituídas,
ampliadas ou eliminadas, em função das peculiaridades
 a) retirada das ferramentas, utensílios e
equipamentos; de cada situação, por profissional legalmente habilitado,
autorizado e mediante justificativa técnica previamente
 b) retirada da zona controlada de todos os
trabalhadores não envolvidos no processo de formalizada, desde que seja mantido o mesmo nível
reenergização; de segurança originalmente preconizado.
 c) remoção do aterramento temporário, da  10.5.4 Os serviços a serem executados em instalações
equipotencialização e das proteções adicionais; elétricas desligadas, mas com possibilidade de
 d) remoção da sinalização de impedimento de energização, por qualquer meio ou razão, devem
reenergização; e atender aos mesmos requisitos de uma instalação
 e) destravamento, se houver, e religação dos energizada, que é tratada no item 10.6 da NR-10
dispositivos de seccionamento.

Capítulo 04 – Medidas de
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Seccionamento Impedimento de Reenergização
 O Seccionamento é o ato de interromper o
fornecimento de energia por equipamento e  Composto por medidas e procedimentos que
manobras que permitam o isolamento do impeçam a reenergização acidental e
equipamento ou instalação do resto do circuito indesejada de equipamentos e partes do circuito
elétrico energizado. (Seccionadoras) onde estejam sendo realizados serviços. A
NBR 5410 considera impedimento de
reenergização os seguintes:
 abertura e travamento de seccionadoras,
 retirada de fusíveis,
 afastamento de disjuntores de barras,
 relés de bloqueio,
Abafadores de Arco
 travamento por chaves,
 Obs: Chaves Seccionadora a Vazio e Sob Carga  utilização de travas e cadeado etc.
(abafadores de arco)

Dispositivos de travamento de equipamentos


elétricos utilizados para impedir a 4.2. Constatação da ausência de tensão
reenergização  A constatação da ausência de tensão é feita no próprio
ambiente de trabalho através de:
 instrumentos de medições dos painéis (fixo)

*Obs: Atenção à posição das chaves selecionadoras,


fusíveis, tp’s, conexões, etc.

4.2. Constatação da ausência de tensão 4.2. Constatação da ausência de tensão


 instrumentos detectores de tensão  instrumentos detectores de tensão

 *Obs:
 Um cuidado que deve sempre ser lembrado é de que a não indicação
de tensão por um medidor ou aparelho não significa necessariamente
a ausência de energia elétrica.
 PODE TER HAVIDO ALGUM DEFEITO NO APARELHO DE MEDIÇÃO QUE
IMPOSSIBILITOU DETECTAR A PRESENÇA DE ENERGIA ELÉTRICA.

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4.3 - Aterramento Aterramento Temporário

 O termo aterramento é utilizado para designar a


ligação elétrica de equipamentos, estruturas
e carcaças a terra
 Tipos:
 Funcional: garantir a utilização e o funcionamento
correto e confiável da instalação
 Proteção (PE): proteção contra choques elétricos por
contato indireto;
 Temporário: Instalação temporária com a finalidade
exclusiva de oferecer proteção aos trabalhadores
durante a manutenção de equipamentos e
instalação

Aterramento Temporário Chaves de Aterramento


 Dispositivo de aterramento incorporado ao painel para
garantir o aterramento e a equipotencialização dos
equipamentos e terminais durante os serviços

*Obs: O grampo de aterramento deverá ser o


primeiro a ser conectado e o último a ser retirado

4.4 – Equipotencialização 4.4 - Equipotencialização


 Conjunto de medidas necessárias para
minimizar as diferenças de potenciais entre
componentes de instalações elétricas;

EQUIPAM. EQUIPAM.
ELÉTRICO ELÉTRICO
MASSA ENERGIZADA MASSA ENERGIZADA MASSA ENERGIZADA MASSA ATERRADA
COM POTENCIAL V1 COM POTENCIAL V2 COM POTENCIAL V1 POTENCIAL 0V

EQUIPAM. EQUIPAM. EQUIPAM. EQUIPAM. caso c: massas energizadas


ELÉTRICO ELÉTRICO ELÉTRICO ELÉTRICO e aterradas em locais diferentes

caso a: massas energizadas caso b: massa energizada


com potenciais dif erentes e massas aterrada
(V1 e V2) (0 V)

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4.5 – Proteção dos elementos energizados
existentes na zona controlada
4.4 - Equipotencialização
 ZL = Zona livre
 ZC = Zona controlada
MASSA ENERGIZADA
COM POTENCIAL V1
MASSA ATERRADA
POTENC IAL 0V (restrita somente a
trabalhadores
autorizados)
EQUIPAM.
ELÉTRIC O
EQUIPAM.  ZR = Zona de risco
ELÉTRIC O
(restrita a trabalhadores
autorizados e com a
adoção de técnicas,
caso c: massas aterradas e instrumentos e
eq uipotencializadas
ddp = 0V equipamentos
apropriados ao trabalho)

Distâncias no ar que delimitam


radialmente as zonas de risco,
controlada e livre– NR10.

4.5 – Proteção dos elementos energizados


4.5 – Proteção dos elementos energizados existentes na zona controlada
existentes na zona controlada

 Distâncias no ar que delimitam radialmente


as zonas de risco, controlada e livre, com
interposição de superfície de separação
física adequada.

4.5 – Proteção dos elementos energizados


existentes na zona controlada 4.6 - Seccionamento automático da
alimentação

ESQUEMA DE ATERRAMENTO DISPOSITIVO DE PROTEÇÃO


TN-C Sobrecorrente
TN-S Sobrecorrente DR
TT DR
Equipamento
IT(massas aterradas individualmente DR
em
Manutenção ou em grupos)
IT (todas as massas interligadas) DR Sobrecorrente

 Distâncias no ar que delimitam radialmente


as zonas de risco, controlada e livre, com
interposição de superfície de separação
física adequada.

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4.6 - Dispositivos à corrente de fuga DR Uso obrigatório dos dispositivos DR
(Dispositivos Diferenciais Residuais) de alta sensibilidade 30 mA (NBR 5410)

 circuitos que sirvam a pontos situados em locais


contendo banheiro ou chuveiro;
 circuitos que alimentem tomadas de corrente
situadas em áreas externas à edificação;
 circuitos de tomadas de corrente situadas em
áreas internas que possam vir a alimentar
equipamentos no exterior; e
 circuitos de tomadas de corrente de cozinhas,
copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço,
garagens e, no geral, de todo local interno
molhado em uso normal ou sujeito a lavagens.

Dispositivos à corrente de fuga


Dispositivos à corrente de fuga DR
DR

>
= +

Classificação de dispositivo DR quanto a Tempo de duração do choque


sensibilidade

 Dispositivos de alta sensibilidade (30 mA):


indicados para serem usados na proteção
complementar contra choques elétricos em
circuitos de banheiros, tomadas externas,
tomadas de cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço, garagens e com alternativa de proteção
de equipamentos situados próximos à piscinas.
 Dispositivos DR de baixa sensibilidade (500
mA): utilizados como um dos meios para limitar
as correntes de falta/fuga à terra em locais que
processem ou armazenem materiais
inflamáveis.

Capítulo 04 – Medidas de
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4.8 - Extra-baixa tensão (Utilização de 4.8 - Extra-baixa tensão (Utilização de
tensões de segurança) tensões de segurança)
 Uma das formas de proteção bastante eficiente é  A proteção por extrabaixa tensão consiste em
a utilização de níveis de tensões extremamente empregar uma fonte geradora de baixa tensão ou
uma tensão abaixada a partir de uma tensão de
baixas, pois tais tensões provocariam no corpo maior valor utilizando transformadores isoladores
humano correntes abaixo do limite de sensação, com isolação elétrica confiável (separado
não provocando a sensação de choque elétrico eletricamente).
no trabalhador.  Certos critérios devem ser observados quanto ao
uso deste tipo de proteção, como por exemplo:
 Uma categoria tensão quase não oferece riscos  não aterrar o circuito de extrabaixa tensão quando esta
para o trabalhador é aquela limitada a 50V, para for gerada a partir de transformadores;
tensão alternada, e 120V, para tensão contínua, a  não fazer ligações condutoras com circuitos de maior
tensão;
extrabaixa tensão.  não dispor os condutores de um circuito de extrabaixa
 OBS: 120 VCC não provoca sensação de choque??? tensão em locais que contenham condutores de
tensões mais elevadas.

4.9 - Uso de barreiras e invólucros 4.9 - Uso de barreiras e invólucros


 Consiste basicamente da colocação de
barreiras e invólucros que impeçam pessoas
ou animais de entrarem em contato com
partes energizadas da instalação elétrica.
 Devem ser fixados de forma segura e também
possuir robustez e durabilidade suficiente
para manter os graus de proteção e ainda
apresentar apropriada separação das partes
vivas.

4.10 - Uso de bloqueios ("lockout"), 4.10 - Uso de bloqueios ("lockout"), impe-


impedimentos, sinalização ("tagout") dimentos, sinalização ("tagout")

Cadeados utilizados para o


bloqueio de equipamentos
Bloqueio “lock out ”

Garras de bloqueio para permitir o bloqueio simultâneo de


Estação de cadeados equipamentos por pessoas e equipes de trabalhos
diferentes

Capítulo 04 – Medidas de
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4.10 - Uso de bloqueios ("lockout"), impe- 4.10 - Uso de bloqueios ("lockout"), impe-
dimentos, sinalização ("tagout") dimentos, sinalização ("tagout")

Bloqueio e Sinalização
“lock out & tag out”

Sinalização (Tagout)

Obstáculos e anteparos 4.12 – Isolamento de partes vivas


Destinada a
impedir
 O isolamento elétrico consiste de ação
contatos destinada a impedir todo o contato com
acidentais, as partes vivas da instalação elétrica.
mas não  As partes vivas devem ser
contatos completamente recobertas por uma
voluntários isolação que só possa ser removida
por tentativa através de sua destruição.
deliberada

4.13 – Isolação dupla ou reforçada


Isolação dupla
 Composta por duas isolações distintas
 Tem como finalidade propiciar uma dupla
linha de defesa contra contatos indiretos. A
isolação dupla é constituída de:
 Isolação básica – Isolação aplicada às partes vivas,
destinada a assegurar proteção básica contra
choques.
 Isolação suplementar – Isolação independente e
adicional à isolação básica, destinada a assegurar
proteção contra choques elétricos em caso de falha
da isolação básica
Simbologia

Capítulo 04 – Medidas de
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Isolação dupla fonte: www.tramontina.com.br Isolação Reforçada
 Tipo de isolação única
aplicada às partes vivas
que assegura um grau de
proteção contra choques
elétricos equivalente ao da
dupla isolação.

Isolação Reforçada fonte


www.gedore.com.br
4.14 – Colocação fora de alcance

 destinada a impedir os contatos fortuitos com


as partes vivas de equipamentos e instalações
elétricas
 utiliza somente o afastamento (espaçamento),
o espaço deve ser suficiente para que evite que
pessoas circulando nas proximidades das
partes vivas em média tensão possam entrar e
contato com essas partes, seja diretamente
ou por intermédio de objetos que elas
manipulem ou transportes.

4.15 – Separação elétrica 4.15 – Separação elétrica

 A Proteção por separação elétrica tratada na


NBR-5410/2004, consiste em abaixar a
tensão para níveis seguros (extrabaixa) e do
uso de transformador de separação.
 A proteção por separação elétrica pode ser
realizada pelos seguintes meios:
 Transformador de separação;
 Grupo motor-gerador com enrolamentos que
forneçam uma separação equivalente à de um
transformador.

Capítulo 04 – Medidas de
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Controle de Riscos Elétricos pag. 8

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